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Licenciado para - Kamila Aiane - 03837235157 - Protegido por Eduzz.com

CAROL PAIFFER
CEO da Atom, é graduada em Administração de Empresas, e atua
no mercado financeiro desde 2005. Desde sua primeira operação
até hoje seu foco sempre foi no daytrade: compra e venda de
ativos no mesmo dia. Carol é uma das poucas mulheres que se
arriscaram nessa profissão. Seus principais estudos sempre foram
focados na disciplina. Hoje, como CEO da Atom, Carol dedica-se a
ajudar aos traders a operarem de 1 a 2 horas por dia com
paciência, foco e disciplina, para que seus resultados possam ser
consistentes. Incentivada pelo seu irmão e atual sócio Joaquim,
entrou de cabeça no mercado financeiro, ministrando palestras e
cursos pelo Brasil e agora pelo mundo. Carol havia escolhido fazer
faculdade de Moda quando conheceu a Bolsa de Valores, se
apaixonou e resolveu se dedicar a mudar a vida das pessoas.
Correu 3 maratonas pelo mundo (42 km em Miami, Mendonza e
Florença), pratica hipismo, ciclismo, futsal e é escritora do livro
“4traders”, a história de 4 traders mulheres que aprendem bolsa
de valores em Nova York.

JOAQUIM PAIFFER
É um dos gestores mais jovens do Brasil. Atua no mercado
financeiro desde 2005. É formado em administração de empresas
e presidente do conselho de administração da Atom
Participações, maior mesa de traders da América Latina. Joaquim
tem como especialidade operações estruturadas, juros futuros e
daytrade. Responsável pelo lucro de mais de R$400 milhões no
mercado financeiro para seus clientes da Tuchê Asset tem como
sucesso o foco em operações simples e objetivas. No ano passado,
a fim de ajudar os novos traders a ganharem dinheiro de forma
consistente, criou o curso sobre ZONAS DE PROTEÇÃO, ficando
conhecido como “Estratégia do Joaquim de como ganhar R$
500,00 por dia”. Mais de 4 mil pessoas apontaram satisfação por
sua objetividade e índice de acerto. Principais lemas: “o simples
sempre vence”, “nós dormimos a noite”. Hoje seu maior desafio é
transformar qualquer pessoa em um trader consistente.

Nenhuma informação apresentada neste material didático constitui uma recomendação do autor para comprar, vender ou manter qualquer
ativo, produto ou instrumento financeiro aqui discutidos ou se engajar em qualquer estratégia de investimento específico. Toda informação
presente neste material está protegida pelas leis de direito autorais. Nenhuma parte do mesmo pode ser copiados, reproduzidos, distribuídos,
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UNIVERSIDADE
ATOM

ATOM TRADERS PUBLICAÇÕES S.A.


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Se você quer ser bem-sucedido,


precisa ter dedicação total, buscar seu
último limite e dar o melhor de si”.
Ayrton Senna

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Sumário
Glossário.............................................................................................................................. 4
O que é Renda Fixa? .........................................................................................................28
O que é Mercado Financeiro? ............................................................................................ 47
Mercado Primário...............................................................................................................62
Mercado secundário...........................................................................................................68
Introdução ao mercado de opções .....................................................................................81
Estratégias Para o Mercado de Opções .............................................................................87
O que são contratos futuros ............................................................................................. 111
Introdução à Análise Fundamentalista ............................................................................. 120
O Que é Macroeconomia? ............................................................................................... 146
Pressupostos Básicos da Análise Microeconômica .......................................................... 158
Análise técnica ................................................................................................................. 171
Suportes e resistências .................................................................................................... 180
Candlesticks .................................................................................................................... 190
Indicadores ...................................................................................................................... 200
Tipos de trading no mercado financeiro ........................................................................... 226
Conceitos básicos da matemática financeira ................................................................... 241
Introdução à Política econômica ...................................................................................... 247
Renda Passiva ................................................................................................................. 251
Tipos de fundos de investimentos .................................................................................... 268
Tributação para o mercado financeiro .............................................................................. 271
Como escolher uma Corretora? ....................................................................................... 278
Introdução ao Profitchart .................................................................................................. 285
Módulo 1 .......................................................................................................................... 289
Como usar o simulador Atom ........................................................................................... 289
AULA 1 - INTRODUÇÃO E CONCEITOS ........................................................................ 296
AULA 2 - CONCEITO TÉCNICO: MERCADOS FUTUROS ............................................. 299
AULA 3 - CONCEITOS AO OPERAR NA PRÁTICA ........................................................ 304
AULA 4 - INICIANDO AS OPERAÇÕES .......................................................................... 307
AULA 5 - DISCIPLINA E CONTROLE .............................................................................. 312
AULA 6 - MOVIMENTO DE MERCADO........................................................................... 315
AULA 7 - SUPORTES E RESISTÊNCIAS........................................................................ 321
AULA 8 - REVISÃO.......................................................................................................... 324
Módulo 2 .......................................................................................................................... 326
AULA 1 - ANÁLISE TÉCNICA .......................................................................................... 326

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AULA 2 - ANÁLISE TÉCNICA: CANDLES ....................................................................... 341


AULA 3 - ESTRATÉGIA VWAP ....................................................................................... 350
AULA 3.2 ......................................................................................................................... 361
AULA 4 - DESENVOLVENDO ESTRATÉGIA .................................................................. 366
Módulo 3 .......................................................................................................................... 368
AULA 1 - MINDSET DO TRADER.................................................................................... 368
AULA 2 - PREPARAÇÃO PARA O DIA............................................................................ 373
AULA 3 - CONCEITO ESTRATÉGIA ROMPIMENTO SCALPING ................................... 379
AULA 4 - GERENCIAMENTO DE RISCO ........................................................................ 381
AULA 5 - TELA OPERACIONAL ...................................................................................... 383
AULA 6 - ESTRATÉGIA DE ROMPIMENTO.................................................................... 386
AULA 7 - ABERTURA DE MERCADO, AÇÕES E ÍNDICE ............................................... 391
AULA 8 - REVISÃO.......................................................................................................... 398
EXERCÍCIOS TEÓRICOS - RENDA FIXA ....................................................................... 399
EXERCÍCIOS TEÓRICOS - MERCADO PRIMÁRIO ........................................................ 402
EXERCÍCIOS TEÓRICOS - MERCADO FINANCEIRO ................................................... 406
EXERCÍCIOS TEÓRICOS - MERCADO DE OPÇÕES .................................................... 410
EXERCÍCIOS TEÓRICOS - ANÁLISE FUNDAMENTALISTA (MACRO E
MICROECONÔMICA) ...................................................................................................... 413
EXERCÍCIOS TEÓRICOS - UNIVERSIDADE ATOM....................................................... 417
Bibliografia ....................................................................................................................... 421

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Glossário

AÇÃO (SHARES): Valor mobiliário emitido pelas sociedades anônimas,


representando a menor fração do capital destas empresas.

AÇÃO NOMINATIVA (NOMINATIVE SHARES): É uma ação cujo certificado é


nominal ao seu proprietário. O certificado, entretanto, não caracteriza a posse, que
só é definida depois do lançamento no Livro Registro das Ações Nominativas da
empresa emitente.

AÇÃO ORDINÁRIA (ON) (ORDINARY SHARES): São ações que conferem ao


acionista direito de voto na empresa, por ocasião da realização das assembleias de
acionistas. São ações normalmente menos negociadas no mercado que as
preferenciais e, portanto, de menor liquidez.

AÇÃO PREFERENCIAL (PN) (PREFFERED SHARES): São ações que garantem


aos acionistas maior participação nos resultados da empresa, mas que não dão direito
a voto. A preferência, no caso, diz respeito à distribuição dos resultados, ou seja, os
acionistas preferenciais têm prioridade no recebimento de proventos e no reembolso
de capital em caso de dissolução da sociedade em relação aos demais acionistas. Em
geral, são as ações mais negociadas e, portanto, de maior liquidez.

ACIONISTA (SHAREHOLDER): Possuidor de ações de uma sociedade anônima, o


que o caracteriza como proprietário de uma parcela da empresa proporcionalmente
à quantidade de ações detida.

ACORDO DE BASILEIA (BASEL ACCORD): foi estabelecido por diversos países a


fim de sustentar e regulamentar o sistema bancário mundial. Seu primeiro encontro
se deu na cidade de Basileia, na Suíça, em 1988, e contou com a participação dos
maiores bancos centrais do mundo. Neste acordo foram estipulados critérios para dar
mais segurança à atividade bancária dos países signatários do acordo. O acordo
apresenta princípios básicos com o objetivo de conciliar liquidez e estabilidade
financeira, estipulando-se um capital mínimo que os bancos deveriam possuir para
minimizar o risco de inadimplência dos empréstimos. O acordo de Basileia I, como
ficou conhecido o primeiro acordo, estipulou três grandes pontos principais: (I) Índice
mínimo de capital: o banco deve possuir em caixa 8% de seu capital emprestado
total; (II) capital regulatório: o banco deve manter um montante de capital próprio
para cobrir riscos; (III) avaliação de risco dos ativos: o banco deve fazer a avaliação
de risco dos ativos que está emprestando baseando-se no perfil do tomador.

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ADR (AMERICAN DEPOSITARY RECEIPT): Recibo de ações de companhias com


sede no exterior que é emitido por um banco norte-americano. Uma empresa
brasileira, por exemplo, para ter suas ações negociadas na NYSE precisa ser emitida
em forma de títulos, com o nome de ADRS

AFTER MARKET: Horário de negociação de ativos do mercado à vista após o


fechamento do pregão regular. No caso do mercado acionário, o after market começa
às 17h30 e termina às 18h, horários de Brasília. Durante o horário de verão, não há
negociação no after market, e o pregão regular termina às 18h.

AJUSTE (AJUSTED CLOSING PRICE): O ajuste diário é um mecanismo de


equalização automática da posição de todos os participantes do mercado futuro.
Diariamente, as contas de compradores e vendedores que possuem posições em
aberto neste mercado sofrem um ajuste financeiro (crédito ou débito) de acordo com
o preço de ajuste do dia. O preço de ajuste diário é o preço médio dos negócios
realizados com um contrato futuro no período da tarde do pregão da bolsa de
mercadorias e futuros. No final de cada dia de pregão, a bolsa divulga o valor de
ajuste, que é a diferença diária – positiva ou negativa – que será paga ou recebida
pelos investidores.

ALAVANCAGEM (LEVERAGE): Entre operadores do mercado financeiro, a


alavancagem é uma técnica que permite ao investidor maximizar a rentabilidade por
meio do endividamento. Assim, ela funciona como um limite de crédito disponibilizado
a você pela sua corretora ou banco, permitindo que você compre e venda títulos ou
valores mobiliários em um montante superior ao que você teria em caixa.

ANÁLISE TÉCNICA (TECHNICAL ANALYSIS): Também denominada Análise


Gráfica. “Análise técnica é o estudo dos movimentos do mercado, principalmente pelo
uso de gráficos, com o propósito de prever futuras tendências no preço.” John J.
Murphy

ANDAR DE LADO (SIDEWAYS MARKET): Significa que o mercado opera estável,


ou seja, com poucas oscilações em relação ao pregão imediatamente anterior.

APREGOAR: Deixar apregoado é deixar a sua oferta na pedra. Deixar a sua oferta
no book de ofertas para ser executada em determinado nível de preço.

ARBITRAGEM (ARBITRAGE): É uma operação de compra e venda de uma moeda


em duas praças financeiras diferentes, com o objetivo de obter lucro derivado da
diferença de preços que possa existir durante pequenos intervalos de tempo.

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ATIVO (ASSETS): Termo que determina propriedades ou itens de valor possuídos


por uma empresa ou pessoa.

BALANÇA COMERCIAL (BALANCE OF TRADE – BOT): Registra o resultado das


transações de bens (exportações e importações) entre um país e o resto do mundo.
Caso o valor das exportações supere o das importações, a balança comercial
apresenta um superávit, caso o contrário ocorra, temos um déficit da balança
comercial.

BALANÇO PATRIMONIAL (BALANCE SHEET): Demonstração financeira que


detalha e quantifica os ativos, passivos e patrimônio de uma empresa. Em termos de
unidades monetárias, o balanço mostra o que a empresa possui (ativos), o quanto
deve (passivos), o quanto seus acionistas já investiram na empresa (capital) e o
quanto ganhou ou perdeu desde sua abertura (reserva de resultados).

BATER (GO SHORT): Sinônimo de vender uma posição em algum ativo.

BEAR MARKET: Terminologia na língua inglesa que significa que o mercado está
em tendência de queda. A associação ao bear (urso) deve-se à forma como esse
animal ataca suas vítimas, que é com uma patada vinda de cima para baixo.

BEIGE BOOK: Relatório que resume a situação econômica dos Estados Unidos,
emitido pelo Federal Reserve oito vezes por ano.

BENCHMARK: Indicador utilizado para comparar a rentabilidade entre


investimentos, produtos, serviços e taxas. O índice Bovespa, o Índice Brasil (IBrX),
Índice Brasil – 50 (IBrX-50), taxa Selic são exemplos de benchmarks brasileiros, visto
que servem para avaliar o desempenho de um ativo financeiro em relação ao
desempenho de outros ativos financeiros.

BETA: O beta (β ou coeficiente beta) indica se um investimento – pode ser uma


ação, um título, uma carteira etc. – é mais ou menos volátil que o mercado. Quanto
maior o beta, maior a exposição à volatilidade. É utilizado pelo investidor como uma
medida de risco. Se o investidor quiser ações ou fundos com menores exposições ao
mercado, deverá buscar betas mais baixos, se quiser aumentar sua exposição às
variações do mercado, deverá manter ativos ou portfólios com betas mais altos. Um
beta abaixo de 1 pode indicar um investimento cujos movimentos de preço não são
altamente correlacionados com o mercado. Tomemos como exemplo o título do
Tesouro dos Estados Unidos, cujo preço não sobe ou desce muito; ou seja, esse
instrumento tem um beta baixo. Um beta maior que 1 geralmente significa que o

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ativo é volátil e tende a subir e descer mais rapidamente que o mercado. Betas
negativos são possíveis para investimentos que tendem a diminuir quando o mercado
sobe e vice-versa. Existem poucos investimentos fundamentais com betas negativos
consistentes e significativos.

BDR (BRAZILIAN DEPOSITARY RECEIPT): Títulos emitidos por bancos


brasileiros que representam ações de companhias estrangeiras. O BDR pode ser
negociado livremente no Brasil, inclusive nas bolsas de valores. Fica a cargo da
instituição custodiante manter, no país de origem dos valores mobiliários, o
certificado de custódia dos BDRs. BID Termo usado para determinar o preço de
compra de um título no mercado.

BLOCK TRADE: Negociação de um grande lote de ações nas bolsas de valores,


normalmente sob a forma de leilão.

BLUE CHIP: Termo usado para fazer referência às ações de grande liquidez e
números de negócios no mercado. Em geral, são ações de empresas tradicionais,
com ótima reputação e de grande porte. Podemos citar como exemplos no Brasil:
Petrobrás, Vale, Bradesco, Itaú etc.

BOLA: Se refere ao 0. Dizer que a compra ou venda de um ativo é no (preço) bola


significa que é no preço redondo; R$4,50, por exemplo. Bola bola são dois 0 e
significa que o preço pretendido da operação é no R$5,00, por exemplo.

BOLSA DE VALORES (STOCK EXCHANGE): Sociedade civil sem fins lucrativos e


com funções de interesse público, tais como: manutenção de local físico ou de um
sistema eletrônico de negociação, entre seus membros, de títulos e valores
mobiliários; divulgação com velocidade, amplitude e detalhe das operações de
compra e venda de títulos e valores mobiliários; preservação de alto padrão ético de
negociação; fiscalização de seus membros, as sociedades corretoras de valores
mobiliários, como órgão auxiliar da CVM; e preservação da autonomia de sua ampla
esfera de responsabilidade.

BULL MARKET: Terminologia na língua inglesa que significa que o mercado está em
tendência de alta. A associação ao “bull” (touro) deve-se à forma como esse animal
ataca suas vítimas, que é com uma chifrada vinda de baixo para cima.

BUSINESS INVENTORIES: O Departamento de Comércio dos EUA divulga


mensalmente o nível de vendas e estoques das empresas norte-americanas, levando
em consideração tanto o setor industrial, como o atacado e o varejo.

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BUY AND HOLD: Estratégia de selecionar ações de excelentes empresas, comprá-


las na bolsa e mantê-las por um longo tempo na carteira, independente das
oscilações que sempre ocorrem de curto prazo.

CANDLESTICK / CANDLE: O candlestick é uma técnica para analisar graficamente


o mercado. Representa a variação de preços de um determinado ativo em uma
unidade de tempo. Por meio desse tipo de gráfico é possível saber o preço de
abertura, de fechamento, e as máximas e mínimas de um ativo em um determinado
período.

CÂMBIO (OU TAXA DE CÂMBIO) (EXCHANGE): Taxa em que é efetuada a


operação de compra e venda entre moedas de dois países; importante variável
macroeconômica, que afeta diretamente a relação comercial entre os países

CAPITAL DE GIRO (WORKING CAPITAL): Termo que se refere ao capital


(próprio ou de terceiros) utilizado pela empresa para o financiamento da sua
produção

CAPITAL DE RISCO (VENTURE CAPITAL): Termo usado para determinar a


parcela do capital da empresa que está investida em atividades ou instrumentos nos
quais existe a possibilidade de perdas ou ganhos superiores aos normalmente
esperados nas atividades habituais da empresa.

CAPITAL SOCIAL (SHARE CAPITAL): O capital social de uma empresa reflete a


parcela de recursos financeiros colocada na empresa pelos seus acionistas.

CARÊNCIA (OU PERÍODO DE) (GRACE PERIOD): Termo usado para definir o
período em que o participante/investidor não pode resgatar os recursos aplicados no
seu plano ou fundo de investimento.

CARTEIRA DE INVESTIMENTOS (INVESTMENT PORTFOLIO): Muitas vezes


usado apenas como “carteira” este termo descreve um grupo de investimentos que
o investidor possui, ou que compõe o fundo de investimento.

CASAR: Quando o investidor fica comprado ou posicionado em um papel por um


longo período.

CATAR LATA: Quando o mercado caminha fortemente contra a operação e o


investidor tem que sair da operação com grandes perdas.

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CDB – CERTIFICADO DE DEPOSITO BANCÁRIO (CERTIFICATE OF


DEPOSIT): Sigla que significa Certificado de Depósito Bancário, título de renda fixa
emitido por bancos que pode render mais que a Poupança.

CDI - CERTIFICADO DE DEPOSITO INTERBANCÁRIO (INTERBANK RATE):


Taxa que os bancos usam para aplicar os seus recursos excedentes ou para captar
dinheiro de outros bancos com o intuito de melhorar sua posição de liquidez. A taxa
média diária do CDI é utilizada como um referencial para o custo do dinheiro, ou
seja, os juros que as pessoas e as empresas pagam pelos créditos que elas tomam.
A taxa CDI serve para avaliar o retorno das aplicações em fundos.

CIRCUIT BREAKER: Uma condição de negociação que é adotada em muitas bolsas


de valores. Através do Circuit Breaker, o pregão é imediatamente interrompido toda
vez que o índice representativo dos preços de um conjunto de ações tenha queda
substancial. No caso da Bolsa de Valores de São Paulo, o circuit breaker é adotado
quando o Ibovespa tem uma queda de 10% em relação ao fechamento do pregão
anterior, levando a uma paralisação de 30 minutos das negociações. Caso a queda
atinja 15%, há uma nova paralisação de uma hora. Em último estágio, caso o índice
caia 20% em relação ao fechamento do dia anterior, a bolsa poderá suspender todos
os negócios por prazo a ser definido por seu critério.

CLUBE DE INVESTIMENTO (INVESTMENT CLUB): Os Clubes de Investimento


funcionam de maneira semelhante aos fundos de investimento, com a diferença que
o número de participantes do clube é limitado a 50 pessoas

CMN - CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (NATIONAL MONETARY


COUNCIL): Órgão do Sistema Financeiro Nacional que tem como missão cuidar da
política da moeda e do crédito no país, com objetivo de garantir a estabilidade, o
desenvolvimento econômico e social.

COLATERAL (COLLATERAL): Ativos financeiros ou outro tipo de ativos dados como


garantia por um devedor para dar garantia a um determinado empréstimo.

COMMODITIES: Termo em inglês que significa mercadoria. Trata-se de produtos


primários como café, soja, milho, trigo, petróleo, além de alguns produtos industriais
semielaborados como celulose e açúcar.

COMPENSAÇÃO (COMPENSATION): Procedimento de apuração da posição


líquida (créditos menos débitos) de direitos e obrigações das contrapartes para a
liquidação na câmara.

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COMPLIANCE: Conjunto de ações para fazer cumprir as normas legais e


regulamentares, as políticas ou as diretrizes estabelecidas para um negócio, bem
como evitar quaisquer desvios.

COPOM - COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA DO BANCO CENTRAL DO


BRASIL: Responsável, entre outras coisas, pela determinação da taxa Selic.

CORRETAGEM (BROKERAGE): Taxa de remuneração de um intermediário


financeiro na compra ou venda de títulos.

CUSTO DE OPORTUNIDADE: é o benefício perdido por causa de uma determinada


escolha. Ao decidir por uma das muitas alternativas que você possa ter, você
automaticamente deixa de escolher as outras.

CUSTÓDIA (CUSTODY): Serviço de guarda de títulos e valores prestado aos


investidores CVM - A Comissão de Valores Mobiliários É uma entidade pública e
autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda. Entre seus maiores objetivos está
fazer com que todos possam investir com segurança e transparência. D D+0, +1,
ETC. Terminologia usada no mercado para definir data em que se realizou a operação
e a data em que se realiza a liquidação e/ou conclusão da mesma operação. Por
exemplo uma operação D+2 significa que a instituição financeira precisa de 2 dias
para efetivar a operação.

DAY TRADE: Combinação de operações de compra e de venda realizadas por um


investidor com o mesmo título em um mesmo dia.

DEBÊNTURES (DEBENTURES): As debêntures são títulos de renda fixa de longo


prazo (ou seja, com prazo acima de um ano), que são emitidos por empresas e
podem ou não ter como garantia algum tipo de ativo. Sua finalidade principal é
financiar os projetos de investimento ou alongar dívidas da empresa.

DEPRECIAÇÃO (DEPRECIATION): A depreciação indica o quanto do valor de um


ativo foi utilizado. Ela é usada em contabilidade para tentar igualar o custo de um
ativo à renda que o ativo ajuda a empresa a ganhar. Por exemplo, se uma empresa
compra um equipamento de R$1 milhão e espera que ele tenha uma vida útil de 10
anos, este bem será depreciado ao longo de 10 anos. Todos os anos, a empresa vai
contabilizar R$100.000, considerando uma depreciação em linha reta, que será
comparada com o dinheiro que o equipamento ajuda a fazer a cada ano, ajudando a
calcular também a lucratividade da empresa.

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DERIVATIVOS (DERIVATIVES): Derivativo é um contrato no qual se estabelecem


pagamentos futuros, cujo montante é calculado com base no valor assumido por uma
variável, tal como o preço de um outro ativo (e.g. uma ação ou commodity), a inflação
acumulada no período, a taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer outra
variável dotada de significado econômico. Derivativos recebem esta denominação
porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro ativo, denominado
ativo-objeto.

DISCLAIMER: É uma ressalva ou um aviso legal que informa ao leitor de um


documento as responsabilidades assumidas pelo autor do mesmo documento.

DIVIDENDOS (DIVIDEND): São os lucros distribuídos por uma empresa aos seus
acionistas, sendo normalmente pagos em dinheiro.

DIVIDEND PAYOUT: Termo que vem do inglês e significa taxa de distribuição de


dividendo. Indicador de análise financeira que denomina a porcentagem do lucro
líquido da empresa paga aos acionistas na forma de dividendos.

DIVIDEND YIELD: Termo em inglês que significa retorno de dividendo. Indicador


que expressa a relação entre os proventos pagos em dinheiro por uma empresa e a
cotação das ações desta empresa no mercado de ações.

DJIA (DOW JONES INDUSTRIAL AVERAGE): Índice criado por Charles Dow em
1896 e utilizado para acompanhar o desempenho das ações da Bolsa de Valores de
Nova York (NYSE).

DÓLAR COMERCIAL (COMMERCIAL DOLLAR): Taxa de câmbio que é publicada


pelo Banco Central e utilizada nas operações de balança comercial e de serviços do
país (exportações, importações), no pagamento do serviço da dívida externa e na
remessa de dividendos das empresas com sede no exterior.

DÓLAR FLUTUANTE (TOURISM DOLLAR): Operação de conversão de Reais por


dólar no mercado flutuante. O mercado flutuante também é conhecido como
“turismo” e é usado como referência para compra de moeda estrangeira para viagem,
tanto em espécie quanto em travellers.

DÓLAR PTAX (PTAX RATE): A cotação Ptax da moeda norte-americana, apurada


pelo Banco Central, é a taxa de câmbio média ponderada entre as cotações do dólar
e o volume de operações envolvendo cada uma destas taxas a que foi negociado ao
longo do dia.

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DORMIR POSICIONADO: Quando o investidor mantém sua exposição a um ativo


durante um fim de semana ou um feriado longo, correndo o risco de que algum fato
impacte o rendimento dele.

DOWNSIDE: Potencial desvalorização de uma ação

DUQUE = 200 Equivalente a 200 contratos.

EBIT: Sigla em inglês “Earnings Before Interest and Taxes”. Em português significa
lucro antes de juros e impostos e pode ser substituído pela sigla LAJIR, que reflete o
resultado das atividades operacionais da empresa. Ao contrário da definição de lucro
operacional no Brasil, o cálculo do LAJIR permite estimar o resultado das operações
sem a inclusão das receitas ou despesas financeiras.

EBITDA: Sigla que vem do inglês “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and
Amortization. Em português significa lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização e pode ser substituído pela sigla LAJIDA, e que dá uma ideia da
capacidade de geração de caixa operacional de uma empresa. A diferença entre o
LAJIR e o LAJIDA é que este último exclui as despesas que não alteram o caixa de
uma empresa, como é o caso da depreciação e amortização de ativos.

EMOLUMENTO (TRADE FEES): De forma genérica é o pagamento ou vantagem


concedida a uma pessoa, além do que já recebe de maneira fixa pelo exercício de
suas tarefas. (1) No mercado de ações refere-se à taxa paga à Bolsa de Valores por
conta dos negócios de compra e venda serem realizados em suas instalações, e não
inclui custos com liquidação e custódia das ações. (2) No mercado segurador refere-
se às despesas adicionais cobradas do segurado pela companhia seguradora, o que
inclui os impostos e encargos incidentes sobre o seguro.

EQUITY: Termo que vem do inglês e denomina o Patrimônio Líquido de uma


empresa e pode ser calculado como a diferença entre os ativos totais e os passivos
de uma empresa. Termo usado para se referir a investimentos em ações.

ETFs – EXCHANGE TRADED FUNDS: são fundos formados por um grupo de ações,
que por sua vez espelham-se em um certo índice. Como o BOVA11 se espelha no
Índice Ibovespa F

FATO RELEVANTE: Decisão, notícia ou deliberação que possa interferir na cotação


de uma companhia listada na bolsa. O fato relevante é sempre publicado no site do
regulador do mercado de capitais, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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FEDERAL RESERVE (FED): É o banco central norte-americano, responsável pela


formulação e execução de política monetária. Além disso, o FED age como regulador
e supervisor do sistema bancário, serve como “banco” do Governo e assessora em
operações financeiras. A taxa de juros do EUA é definida pelo FOMC.

FOMC (Federal Open Market Commitee): o principal órgão do FED.

FEDERAL RESERVE BANK: Termo que denomina os 12 bancos centrais regionais


norte-americanos. Cada um dos Federal Reserve Banks dos EUA, é responsável por
determinada região. Estes bancos trabalham em conjunto com o FED na condução
da política monetária, fornecem informações sobre o desenvolvimento econômico de
seus distritos e supervisionam as instituições bancárias de sua região.

FLIPAR: Quando o investidor compra e vende as ações de uma companhia no


mesmo dia em que ela estreia na bolsa.

FREE FLOAT (FF): Percentual do total de ações que a empresa possui fora do bloco
de controle acionário, disponível para negociação no mercado.

FUNDO DE INVESTIMENTO (INVESTIMENT FUND): Um fundo de investimento


pode ser entendido como um veículo de investimentos no qual é colocado o dinheiro
de diversos investidores. Esse dinheiro é usado por um gestor profissional para
comprar um conjunto de vários ativos financeiros.

FUNDO DE PENSÃO (PENSION FUND): Opção de aposentadoria complementar,


regida por uma fundação que não visa lucrar, apenas administrar os recursos. Os
fundos são mantidos por contribuições mensais dos participantes, que são investidas
em outros ativos como ações ou índices.

FUNDO IMOBILIARIO (REAL ESTATE FUND): Este fundo aplica os investimentos


dos cotistas em empreendimentos imobiliários como shopping centers, edifícios
comerciais, galpões logísticos, entre outros. Os recursos levantados são destinados à
aplicação em empreendimentos imobiliários, o que inclui, além da aquisição de
direitos reais sobre bens imóveis, o investimento em títulos relacionados ao mercado
imobiliário, como letras de crédito imobiliário (LCI), letras hipotecárias (LH), cotas de
outros fundos imobiliários, certificados de potencial adicional de construção (CEPAC),
certificados de recebíveis imobiliários (CRI), e outros previstos na regulamentação
para o setor.

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GAP: Refere-se a uma região em que o preço de abertura e fechamento “salta”,


quando avaliado o gráfico do ativo.

GALO = 50 Equivalente a 50 contratos.

GDP: Sigla em inglês que significa Gross Domestic Product, o que equivale em
português ao Produto Interno Bruto, ou PIB.

HEDGE: Termo que vem do inglês e que significa salvaguarda. Também denomina
administração do risco como, por exemplo, o ato de tomar uma posição em outro
mercado (futuros, por exemplo) oposta à posição no mercado à vista, para minimizar
o risco de perdas financeiras em uma alteração de preços adversa.

HEDGE FUND: São também conhecidos como fundos de cobertura. São fundos de
investimentos mais arriscados e que admitem apenas investidores com altas
quantias. Utilizam diferentes estratégias de investimento e não necessariamente
estão registrados na CVM.

HOLDING: Termo usado em contabilidade para denotar a empresa que possui,


como atividade principal, a participação acionária em uma ou mais empresas.

HOME BROKER: Sistema online oferecido por diferentes bancos, gestoras e outras
companhias para que o investidor se conecte ao pregão eletrônico da bolsa de valores
e possa, por exemplo, comprar e vender ações.

IBOVESPA FUTURO: O contrato futuro de Ibovespa possibilita que o investidor


negocie as expectativas futuras do mercado de ações, sem a necessidade de comprar
toda a cesta de ações que compõem o índice Bovespa e ficar exposto à variação do
indicador. O investidor deve ter em mente qual será a pontuação do principal índice
de referência do mercado em uma determinada data futura. Na prática, o investidor
faz uma aposta na valorização ou na desvalorização do índice Bovespa. O Ibovespa
do mercado à vista é apenas um índice de referência, que representa o desempenho
de uma carteira de investimentos teórica composta pelas ações mais negociadas no
Mercado Bovespa. Já o Ibovespa futuro é um ativo real, negociado no Mercado BM&F.

IGP-M - ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO: É um indicador


macroeconômico que mede a variação de preços do mercado, muito utilizado no
reajuste de aluguéis.

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ÍNDICE IBOVESPA: Indica o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira


teórica de ações constituída em 2 de janeiro de 1968, a partir de uma aplicação
hipotética. Seu valor base é de 100 pontos. É o indicador mais representativo do
desempenho médio dos ativos mais negociados no Brasil.

ÍNDICE BRASIL: O IBrX é um índice acionário que mede o retorno de uma carteira
teórica composta por 100 ações selecionadas entre as mais negociadas na B3, em
termos de número de negócios e volume financeiro.

ÍNDICE BRASIL 50 (IBrX-50): O IBrX-50 é um índice que mede o retorno total


de uma carteira teórica composta por 50 ações selecionadas entre as mais
negociadas na B3 em termos de liquidez, com diferentes pesos na carteira
considerando o valor de mercado das ações.

ÍNDICE BRASIL AMPLO (IBrA): Mede o comportamento das ações de


determinadas empresas que atendem a alguns critérios de liquidez. O objetivo do
IBrA é ser o indicador do desempenho médio das cotações de todos os ativos
negociados no mercado à vista da B3 que atendam a critérios mínimos de liquidez e
presença em pregão, de forma a oferecer uma visão ampla do mercado acionário.

ÍNDICE DE CONSUMO (ICON): Mede o comportamento das ações das empresas


do setor varejista.

INSIDER TRADING: Uso de informações privilegiadas para a negociação de valores


mobiliários. É considerado crime federal.

INTRADAY: Intraday é o período observado desde a abertura até o fechamento do


pregão em Bolsa de Valores. Operações intraday são aquelas que são concluídas no
mesmo pregão, ou seja, o trader não possuirá o ativo negociado em sua custódia ao
final do pregão, mesmo tendo negociado (compra e venda na mesma quantidade)
durante o funcionamento do mesmo.

IPCA - ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO: Índice


oficial do governo para medir a inflação no Brasil.

IOF - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS: Tributo federal pago em


operações de câmbio, crédito, entre outras. Alguns títulos resgatados em menos de
30 dias de aplicação precisam pagar IOF.

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JOINT VENTURE: Termo que vem do inglês e significa união de empresas.


Denomina uma forma de aliança interempresarial com o objetivo de criar um novo
negócio,

JURO (INTEREST): Remuneração que o tomador de um empréstimo deve pagar


ao proprietário do capital emprestado.

JURO NOMINAL (NOMINAL INTEREST RATE): A taxa de juros nominal é a taxa


que obrigatoriamente deve ser indicada em quaisquer contratos de crédito ou nas
aplicações de renda fixa. Geralmente, ela é expressa em termos anuais, ou seja,
corresponde ao período de um ano, e representa uma remuneração monetária sujeita
aos efeitos da inflação. Se um banco lhe oferece um fundo de investimento que
remunera 15% ao ano, esta é a taxa nominal.

JURO REAL (REAL INTEREST RATE): A taxa de juros real é o rendimento do


dinheiro descontada a inflação (IPCA) do período. Ou seja, a taxa real é o que o
investidor ganha menos o valor que o dinheiro perde.

JURO SOBRE CAPITAL PRÓPRIO – JCP (INTEREST ON OWN CAPITAL): Juros


Sobre Capital Próprio, ou JCP, é uma das formas de uma empresa distribuir o lucro
entre os seus acionistas – a outra é sob a forma de dividendos. O pagamento é
tratado como despesa no resultado da empresa, o que obriga o investidor a pagar o
Imposto de Renda, retido na fonte, sobre o valor recebido; isso não ocorre para o
caso de dividendos. Essa questão fiscal é benéfica para a companhia, pois sendo o
pagamento contabilizado como despesa, ela não arca com os tributos, repassando
este ônus ao investidor. Geralmente são as empresas que escolhem como distribuir
seus lucros.

KNOW-HOW: Termo que vem do inglês e denomina experiência técnica e


conhecimento tácito, ou conjunto de operações que demandam experiência
específica.

LASTRO (COVERAGE RATIO): Termo que é usado para determinar a garantia


implícita de um ativo. Desta forma, quando uma moeda tem lastro os investidores
não questionam sua aceitabilidade, pois sabem que seu valor é garantido.

LETRA DE CÂMBIO: Título de renda fixa emitido por financeiras.

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LETRAS DE CRÉDITO: Título de renda fixa emitido por instituições financeiras para
financiar atividades imobiliárias (LCI) e do agronegócio (LCA).

LINHA DE TENDÊNCIA DE ALTA – LTA (UPTREND LINE): Linha que une vários
fundos ascendentes formados anteriormente para identificação uma tendência de
alta.

TENDÊNCIA DE BAIXA – LTB (DOWNTREND LINE): Linha que une vários topos
descendentes formados anteriormente para identificação uma tendência de baixa.

LIQUIDEZ (LIQUIDITY): Liquidez é um conceito econômico que considera a


facilidade com que um ativo pode ser convertido em dinheiro. O grau de agilidade de
conversão de um investimento sem perda significativa de seu valor mede sua liquidez.

LUCRO BRUTO (GROSS PROFIT): Indicador que faz parte do demonstrativo de


resultado de uma empresa, e que é determinado como sendo o lucro obtido pela
empresa depois de se deduzir da receita líquida de vendas o custo de mercadorias
vendidas. No caso dos bancos também pode se referir ao resultado bruto de
intermediação financeira.

LUCRO LÍQUIDO (NET PROFIT): Lucro disponível aos acionistas, ajustado para
eventuais despesas ou receitas extraordinárias. É um dos principais itens do
demonstrativo de resultados analisado pelos analistas.

MACD – MOVING AVERAGE CONVERGENCE/DIVERGENCE: Indicador usado


em análise técnica (ou grafista) de ações, que busca determinar o desempenho de
curto prazo de ações. O MACD indica a diferença entre as expectativas de curto e de
longo prazo, e é calculado pela subtração do valor de duas médias móveis dos valores
de fechamento de uma ação (de 26 dias e de 12 dias são as mais usadas). Uma
média móvel exponencial de 9 dias é mostrada juntamente com a linha do MACD. A
regra básica do MACD é vender se o MACD (linha vermelha no gráfico) cai abaixo da
média de 9 dias (linha azul no gráfico) e comprar, quando o MACD passa acima da
mesma linha.

MARGEM (MARGIN): Quantia depositada pelo comprador, em uma operação a


termo em bolsa de valores, como garantia de liquidação do negócio no prazo
estipulado.

MERCADO A TERMO: É aquele em que as partes assumem compromisso de compra


e venda de uma quantidade determinada de um ativo dito real, como uma

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mercadoria. Um exemplo pode ser a contratação de compra e venda de um lote


padronizado de minério de ferro para entrega em 60 dias. As partes ficam vinculadas
uma à outra até a liquidação do contrato, ou seja, até o comprador pagar pela
compra, ao final do prazo contratado, e receber a mercadoria; para o vendedor,
quando receber o correspondente pagamento. O contrato a termo caracteriza-se por
seu detalhamento e por ter movimentação financeira somente na liquidação. Como
desvantagens, os investidores indicam sua baixa liquidez, transparência limitada e o
risco de não pagamento, conhecido como risco de crédito.

MERCADO DE AÇÕES (STOCK EXCHANGE): O mercado de ações é o ambiente


no qual empresas de capital aberto, ou seja, listadas na bolsa, negociam frações de
seu patrimônio, as ações. Em geral, as operações de compra e venda acontecem em
uma bolsa de valores, mas também podem ocorrer em mercados de balcão, no qual
comprador e vendedor se encontram diretamente.

MERCADO DE BALCÃO (OVER THE COUNTER): Também conhecido como Over


The Counter (OTC), o mercado de balcão é um segmento do mercado de capitais no
qual são negociadas ações de empresas não registradas em bolsas de valores e
outras espécies de títulos. Não há um lugar físico determinado para as transações,
as quais são realizadas por telefone entre instituições financeiras.

MERCADO DE CAPITAIS (CAPITAL MARKET): É o conjunto de instituições, tais


como bolsas de valores e instituições financeiras (bancos, corretoras, bancos de
investimento, seguradoras), ligadas à intermediação de ativos financeiros (ações,
títulos de dívida em geral). A principal função do mercado de capitais é canalizar a
poupança (recursos financeiros) da sociedade para o comércio, a indústria, outras
atividades econômicas e para o próprio governo. Distingue-se do mercado monetário
que movimenta recursos a curto prazo, embora tenham muitas instituições em
comum.

MERCADO DE OPÇÕES: O mercado de opções é aquele no qual o investidor


negocia o direito de comprar ou de vender um bem por um preço fixo numa data
futura. Quem adquirir o direito deve pagar um prêmio, ou um fee, ao vendedor – que
dá a opção (possibilidade) de comprar ou vender o referido instrumento. O objeto de
negociação pode ser um ativo financeiro ou uma mercadoria, negociados em pregão,
com a máxima transparência possível. O vendedor ou lançador da opção terá a
obrigação de atender ao exercício caso o titular opte por exercer seu direito.

MERCADO FINANCEIRO (FINANCIAL MARKET): É o mercado voltado para a


transferência de recursos entre os agentes econômicos. No mercado financeiro, são
efetuadas transações com títulos de prazos médio, longo e indeterminado,
geralmente dirigidas ao financiamento dos capitais de giro e fixo.

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MERCADO FUTURO (FUTURE MARKET): O mercado futuro é normalmente


centrado em uma bolsa de valores ou de mercadorias, tendo como objetivo principal
prover instrumentos financeiros que permitam a compradores e vendedores
proteger-se de oscilações de preços. O mecanismo básico é a negociação de títulos
ou mercadorias, a preços determinados, para uma data futura, exigindo-se garantias
dos vendedores e compradores.

MIQUEIRO: É o operador especialista em negociar papéis que são considerados


verdadeiros micos na bolsa de valores.

NASDAQ (NATIONAL ASSOCIATION OF SECURITY DEALERS AUTOMATED


QUOTATION SYSTEM): Principal instituição norte-americana operando no mercado
de balcão. Neste tipo de mercado os títulos são negociados por meio de pregão
eletrônico e não por meio do pregão ao vivo. Recentemente, a NASDAQ uniu-se à
American Stock Exchange (AMEX), formando o Nasdaq-Amex Market Group. Muitas
das principais empresas negociadas na NASDAQ são ligadas aos setores de alta
tecnologia, tais como Microsoft, Intel, Dell Computer, Amazon.com e Yahoo!. NABO
Quando o investidor leva prejuízo na posição.

OFERTA PÚBLICA INICIAL – IPO (INITIAL PUBLIC OFFER): Um IPO – sigla


em inglês para “Initial Public Offer” e cuja tradução é oferta pública inicial – é quando
uma companhia fechada decide ofertar publicamente parte de seu capital por meio
de ações que são negociadas na bolsa de valores. Desta forma, uma empresa se
torna uma companhia de capital aberto ou listada. Ao adquirir ações de uma
companhia o investidor torna-se seu sócio, pois passa a deter uma parte de seu
capital.

OPERAR COMPRADO (LONG): Operar comprado significa ter uma posição em que
o investidor ganha com a alta do preço de um ativo financeiro; em inglês esta
operação é conhecida como long. O exemplo mais comum é simplesmente ter uma
ação. Se você tem uma ação da Petrobrás, Vale, Itaú, etc., você está “comprado
nesta(s) ação(ões)”. Se a ação subir, você ganha, se cair, você perde.

OPERAR VENDIDO (SHORT): Operar vendido é manter uma posição na qual o


investidor lucra com a queda do preço de um ativo financeiro – sejam ações, opções
etc. Em inglês é conhecida como short. O investidor pode operar vendido via o

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empréstimo de ações ou mesmo descoberto, que é vender um instrumento sem


possuí-lo diretamente, porém tem que fechar a posição no mesmo dia.

ORDEM (ORDER): Instrução dada por um cliente a uma corretora de valores, para
a execução de compra, ou venda, de valores mobiliários (ações, títulos de renda fixa,
opções, etc.).

ORDEM A MERCADO (MARKET ORDER): Ordem na qual o cliente especifica


somente qual a quantidade a ser negociada de um valor mobiliário. Dado que a ordem
deve ser efetuada no momento de seu recebimento, o preço será determinado de
acordo com o preço de mercado no momento da execução.

OVERNIGHT: Indica as aplicações financeiras feitas no open market em um dia para


serem resgatadas no dia seguinte.

PAGÃO: Investidor que está disposto a pagar até determinado preço por um ativo.

PASSIVO (LIABILITIES): É o saldo de tudo que é devido por alguém ou por uma
companhia. Para uma pessoa física, por exemplo, são todas as contas que essa
pessoa paga, os financiamentos, empréstimos, prestações adquiridas, ou seja, tudo
que sai do bolso em forma de despesa.

PATRIMONIO LÍQUIDO – NAV (NET ASSET VALUE): O patrimônio líquido


representa o valor residual dos ativos de uma empresa depois de deduzidos todos os
seus passivos. Para chegar ao patrimônio líquido, o investidor deve considerar todos
os bens e direitos de uma companhia (ativos) e subtrair destes as dívidas exigíveis
(dívidas com fornecedores, trabalhistas e outras), sendo a fórmula representada por:
Patrimônio Líquido = ativo – passivo. A formação do patrimônio líquido consiste nos
recursos dos proprietários do negócio investidos inicialmente, como também por
aportes na sociedade via aumento de capital e também em decorrência dos lucros
gerados pela atividade da empresa e reinvestidos por seus sócios.

PERNADA: Trajetória completa de alta ou queda de um ativo.

PIB - PRODUTO INTERNO BRUTO: Soma de todos os bens e serviços finais


produzidos em um lugar, durante um período. É considerado um dos indicadores
mais importantes para a macroeconomia com o objetivo de avaliar o desempenho da
atividade econômica de uma região.

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PGBL - PLANO GERADOR DE BENEFÍCIO LIVRE: Tipo de previdência privada


onde os pagamentos realizados mensalmente podem ser deduzidos do Imposto de
Renda até um limite de 12% da renda total tributável.

PIVOT: Elemento de análise técnica que confirma a continuidade ou determina a


reversão de uma tendência.

POSICIONADO (POSICIONED): Estar comprado ou vendido em algum ativo


financeiro.

PREÇO (COTAÇÃO) (PRICE): Preço dos títulos, ações, moedas estrangeiras ou


mercadorias. O termo é usado principalmente nas bolsas de valores ou de
mercadorias.

PREÇO DE EXERCÍCIO (STRIKE): No mercado de opções, é o preço que o titular


paga, ou recebe, pelo bem em caso de exercício da opção – que é quando o quando
o titular da opção exerce seu direito de comprar ou vender um lote de ativos.

PREGÃO: Modalidade de leilão, em que se negociam os ativos financeiros. Antes da


tecnologia permitir que o cruzamento de ordens de compra e venda fosse rápido e
seguro, existia o pregão de viva voz – um sistema em que as operações eram
executadas no prédio da bolsa, por investidores, representantes das corretoras e por
pessoas físicas habilitadas a atuar executando ordens em seu próprio nome.

PRÊMIO: No mercado de opções, negocia-se o direito de comprar ou vender um


ativo por um preço fixo numa data futura. Quem adquirir o direito deve pagar um
prêmio ao vendedor. Este prêmio não representa o valor do ativo; é um valor pago
para ter a possibilidade (opção) de comprar ou vender o ativo em uma data futura
por um preço previamente acordado.

PULL BACK: Após o rompimento de uma resistência ou a perda de um suporte


importante, o papel faz um retorno a esse ponto perdido/superado para seguir no
sentido do rompimento.

QUILO: Termo usado para determinar milhares. Ex: 10 Quilos de Petro = 10.000
ações da Petrobras. Também dito K; 10k de Petro

QUINA = 500 Equivalente a 500 contratos.

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RASPAR: É o ato de comprar uma quantidade considerável de um ativo, de forma


rápida.

REALIZAR LUCRO: Obtenção do lucro com a venda de um ativo financeiro.

REALIZAR PREJUIZO: Quando se vende um ativo por um preço menor do que se


pagou originalmente.

RENTABILIDADE (PROFITABILITY): Termo usado para expressar a valorização


(ou desvalorização) de um determinado investimento em termos percentuais.

RESISTÊNCIA (RESISTANCE): Termo usado em análise técnica de ativos


financeiros, que determina o nível de cotações de um ativo onde existe uma parcela
substancial de investidores que está disposta a vender estes mesmos ativos a este
preço, de forma a evitar que os preços subam ainda mais.

RESPIRO: Quando um ativo ou índice devolvem parte das perdas significativas no


meio do pregão.

RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO - RSPL (RETURN ON EQUITY –


ROE): Mede a rentabilidade dos recursos aplicados pelos acionistas da empresa. A
fórmula mais comum usada para o cálculo do ROE é: ROE = lucro líquido / patrimônio
líquido médio. O patrimônio líquido médio é calculado ao somar o patrimônio líquido
inicial e o final do período apurado, e dividir o resultado por 2. Exemplo de cálculo
de ROE: uma companhia do setor automobilístico detinha um patrimônio líquido de
R$ 10 milhões ao final de 2017 e teve um acréscimo de R$ 3 milhões em seu PL no
final de 2018, além de um lucro líquido de 3 milhões nos 12 meses apurados. Temos,
portanto: patrimônio líquido médio = 10 + 13 / 2 = R$ 11.5 milhões. Para chegar ao
ROE agora é simples: 3 milhões / 11.5 milhões = 26.08% de ROE.

REVERSÃO: Inversão do sentido em que os preços estão se movimentando,


mediante esgotamento do movimento vigente.

SARDINHA (SARDINES): Investidor pequeno

SELIC: Taxa básica de juros da economia brasileira definida pelo COPOM e que serve
como referência para investimentos como Tesouro Direto e Poupança.

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SHORT: Venda a descoberto, que vem do inglês short selling. É uma prática que
consiste na venda de um ativo ou derivativo que não se possui, esperando que seu
preço caia para então comprá-lo de volta e lucrar na transação com a diferença.

SPREAD: Diferença entre o custo de captação de um banco e a taxa de juros cobrada


do cliente. Na prática, é o ganho bruto de uma instituição financeira com um
empréstimo.

STOP-LOSS: É uma operação na qual o investidor deixa programado na corretora a


venda automática de suas ações quando elas caem para um determinado preço.
Serve como uma forma de proteção para que o investidor não tenha um grande
prejuízo em casos de queda intensa do preço de um ativo.

SUPORTE (SUPPORT): Termo usado em análise técnica de ativos financeiros, que


determina o nível de cotações de um ativo onde existe uma parcela substancial de
investidores que está disposta a comprar estes mesmos ativos a este preço, de forma
a evitar que os preços caiam ainda mais.

SWAP: Operação financeira em que ocorre troca de posições entre investidores em


relação ao risco e retorno.

SWING TRADE: Estratégia com ativos negociados em Bolsa, apostando em


variações de preços de curto a médio prazo (e não no curto e curtíssimo prazo, como
no Day Trade), visando realizar lucro ao final da operação. Os principais fatores que
influenciam nos resultados desta estratégia são a volatilidade e a liquidez do ativo
negociado.

TAPE READING: Técnica usada por traders para analisar o fluxo de ordens e tomar
decisões de investimento. É uma espécie de leitura do fluxo para identificar
comportamentos de agentes de mercado, direção dos preços, intensidade das
ofertas, entre outras variáveis

TAXA DE PAYOUT (PAYOUT RATE): Representa o percentual de lucros que uma


empresa destina a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio para os seus
acionistas. O índice de payout é calculado da seguinte forma: Payout = Total de
dividendos distribuídos no período/ lucro líquido no período. Para calcular o payout
os investidores normalmente levam em conta os últimos 12 meses de distribuição de
dividendos e de lucro líquido reportado ou o ano de exercício fiscal de uma empresa.
A Lei das Sociedades Anônimas garante o percentual mínimo de 25% de payout a
ser distribuído em cada período fiscal, podendo a empresa, a seu critério, definir

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percentuais de payout mais elevados. Quanto maior o payout, menor será a


proporção de retenção de lucros da empresa para utilizar em sua atividade. Do lado
oposto, quanto menor o payout, maior a retenção de lucros para que uma empresa
invista no financiamento da sua atividade.

TAXA DE ADMINISTRAÇÃO: Valor cobrado normalmente por fundos de


investimento para cobrir os custos da gestão. Mas essa taxa também pode ser
cobrada em outros investimentos, como CDB, LCI, LCA e Tesouro Direto.

TAXA DE CORRETAGEM: Valor cobrado sobre as operações de compra e venda de


ativos na Bolsa de Valores. Pode ser uma taxa fixa por operação, um pacote fixo por
mês ou ainda um percentual sobre o valor negociado.

TAXA DE CUSTÓDIA: Cobrada pela Bolsa de Valores brasileira em vários


investimentos para cobrir os custos referentes à guarda dos títulos e às informações
e movimentações de cada conta.

TAXA DE PERFORMANCE: Costuma ser cobrada pelos fundos de investimentos


sobre a rentabilidade alcançada acima do esperado.

TAXA HÍBRIDA: Rentabilidade que reúne duas taxas: uma prefixada e outra
vinculada a um indicador econômico, por exemplo o IPCA.

TAXA PÓS-FIXADA: Rentabilidade que segue a variação de um indicador da


economia. Dessa forma, se o indicador cai o rendimento do investimento vinculado a
ele também cai.

TAXA PREFIXADA: Rentabilidade combinada no momento da compra do título e


não varia durante todo o período em que ocorre o investimento.

TAXA REFERENCIAL: Popularmente chamada de TR, é utilizada como referência


para parte do rendimento da Poupança e de outras aplicações como FGTS e
financiamentos imobiliários

TENDÊNCIA (TREND): Termo usado no mercado financeiro para se referir a um


movimento consistente e ordenado do preço de um ativo, representando uma
mudança nas expectativas dos investidores.

TENDÊNCIA DE ALTA (UPWARD TREND): Representada por fundos (no gráfico)


ascendentes

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TENDÊNCIA DE BAIXA (DOWNWARD TREND): Representada por topos (no


gráfico) descendentes.

TERNO = 300 Equivalente a 300 contratos.

TESOURO DIRETO: Programa criado pela parceria entre a Bolsa de Valores do


Brasil e o Tesouro Nacional para permitir a negociação de títulos públicos por pessoas
físicas pela internet.

TICKER: É o termo em inglês para o código de negociação de um ativo. O “ticker”


das ações da Vale, por exemplo, é VALE3.

TÍTULOS PÚBLICOS: Também chamados de títulos de dívida pública. São títulos


de renda fixa emitidos pelo Governo Federal para financiar suas atividades e
disponibilizados para pessoas físicas através do programa Tesouro Direto.

TOMAR (GO LONGO): Quando é comprado o ativo pela quantidade e preço


sugeridos.

TOMAR CALOR: Quando o trade vai contra. Ou seja, você compra e o mercado cai,
ou vende e o mercado sobe.

TRADE: Operação de compra e/ou venda de determinado ativo negociado em


mercados financeiros.

TRADER: Operador do mercado financeiro, aquele que faz as operações de


compra/venda

TRIGGER: Traduzida como gatilho no português, a palavra é usada entre os


investidores para identificar o motivo que desencadeou uma alta ou uma baixa de
um ativo financeiro.

TUBARÃO (SHARK): Investidor grande.

UNIT: É um ativo composto por um pacote de ações, com mais de uma classe de
valores mobiliários. Podem conter, por exemplo, ações ordinárias e preferenciais. Na
bolsa brasileira, a codificação das units leva o número 11. Exemplo: TIET11 = unit
da AES Tietê. KLBN11 = unit da Kablin.

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UPSIDE: Refere-se à diferença percentual entre o preço-alvo de uma ação e sua


cotação atual. Assim, uma ação com preço-alvo de R$60 e cotação atual de R$ 40
tem um upside ou potencial de valorização de 50%. Quando o preço-alvo é menor
que a cotação atual, fala-se em downside, ou potencial de desvalorização.

VALOR DE MERCADO (MARKET VALUE): Para uma empresa de capital aberto,


ou seja, listada em bolsa, seu valor de mercado é o resultado da multiplicação da
cotação da sua ação pelo total de ações que a empresa possui, determinando quanto
o mercado paga pela empresa.

VALUE AT RISK (VaR): Indicador que mostra a probabilidade de perda de


determinada aplicação em diversos cenários da economia. Se o VaR de um fundo é,
por exemplo de 10%, significa que o aplicador pode ter perda de até 10% num único
dia. Ele também pode ser expressado em unidades monetárias, sendo o montante
de capital máximo permitido que uma mesa de negociações pode perder em um só
pregão.

VENDIDO (SHORT): Quando o investidor vendeu ou está vendendo os ativos.

VGBL: Plano Vida Gerador de Benefício Livre é um tipo de previdência privada que
não permite deduzir as aplicações frequentes do Imposto de Renda. Além disso, o IR
será cobrado no momento do resgate e incide apenas sobre a rentabilidade
acumulada, e não sobre o valor total.

VIOLINAR: É quando a variação de determinado papel mostra fortes movimentos,


de alta ou de baixa, e, logo em seguida, revertem essa tendência.

VIRAR PÓ: Quando um ativo perde todo seu valor.

VOLATILIDADE (VOLATILITY): É a intensidade e frequência de variações da


cotação de um ativo, índice, título ou valor mobiliário. A volatilidade também é
definida como uma medida de risco que um fundo apresenta com relação ao valor
de suas cotas diárias. Quanto mais o preço de uma ação, por exemplo, varia num
curto período, maior o risco de se ganhar ou perder dinheiro negociando esta ação,
e, por isso, a volatilidade é uma medida de risco.

VOLUME (VOLUME): Medida, em moeda corrente, dos negócios de um


determinado título, também conhecido como giro financeiro. É uma importante
medida de liquidez de um papel, já que mede qual o montante financeiro que um
papel girou em um determinado período.

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VWAP: O preço médio ponderado pelo volume, do inglês Volume-Weighted Average


Price (VWAP). É o valor de negociação em um período, dividido pelo número de ativos
negociadas nesse mesmo período.

ZERADO: Estar zerado significa sair de uma posição na qual o investidor vinha
mantendo num ativo, ou se manter fora dele.

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O que é Renda Fixa?

Renda Fixa são todos os investimentos que têm regras de rendimentos definidas
antes, ou seja, na hora de aplicar os recursos, o investidor já sabe o prazo e taxa de
rendimento, ou o índice de correção que será utilizado para valorizar o dinheiro
investido.

Como funciona?

Nesse tipo de investimento, o investidor concede um empréstimo, usualmente em


dinheiro a uma entidade, em troca de pagamento de juros. Dessa forma a entidade
financiada (a que recebeu os recursos) emite um título, onde ela se compromete a
devolver o dinheiro emprestado acrescido de juros após o período investido.

Portanto, o que caracteriza um título de Renda Fixa é:

● Prazo de tempo definido: ou seja, quanto tempo você terá que ficar
naquele título, qual o cronograma de pagamento ao investidor;
● Taxas de juros: ou índices de correções já estabelecidas antes de você
fazer a aplicação.

Com isso, podemos concluir que a Renda Fixa é a modalidade de investimentos onde
se pode prever a rentabilidade do ativo.

Tipos de Renda Fixa

Pré Fixados: São títulos que o prazo e a taxa de remuneração do capital são
conhecidos e definidos antes da aplicação. Nesse tipo de investimento, o investidor
resgata o valor investido na data acordada; acrescido da remuneração previamente
estabelecida. Ou seja, você consegue estimar exatamente o valor que terá no futuro.

Exemplo: Você fez uma aplicação em um título prefixado a taxa de 8% a.a. no valor
de R$100.000,00 pelo prazo de 1 ano. Ao final desse um ano, ou seja, no vencimento,
você receberá o valor de R$108.000,00, que é o valor inicial acrescido dos juros de
8% no período.

Pós-fixados: São títulos onde você tem conhecimento do prazo, mas, no entanto,
não tem conhecimento do montante de juros que irá receber, uma vez que as taxas
possuem uma correção indexada (dividida) a variação de algum índice que pode
sofrer alterações até o vencimento. Portanto, nesse caso, esse tipo de Renda Fixa,
contém componentes variáveis. Normalmente, esses títulos são indexados a taxas de

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juros ou indicadores de inflação previamente estabelecidos, no qual o resultado


esperado é positivo.

Exemplo: Você faz uma aplicação em um título pós-fixado, com prazo de 12 meses
indexado ao IPCA no valor de R$100.000,00. Você espera que o IPCA tenha
rendimento de 4% no período. Porém, ele pode variar para muito mais ou muito
menos. Portanto, você só saberá o valor ao final do prazo. Não há como precisar o
valor que irá receber.

Ao que esses títulos estão ligados e quais tipos existem?

Os títulos ligados à Renda Fixa seguem a Taxa Selic, que é a base para esse tipo de
investimento. A rentabilidade desses títulos varia conforme a variação da própria Selic
. Mas afinal, o que seria a Taxa Selic?

A taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira. Os movimentos da


Selic influenciam todas as taxas de juros praticadas no país - sejam as que um banco
cobra sobre um empréstimo, sejam as que um investidor recebe em uma aplicação
financeira.

Selic é a abreviação de “Sistema Especial de Liquidação e de Custódia”, um sistema


administrado pelo Banco Central em que são negociados títulos públicos federais. A
média registrada nas operações feitas diariamente nesse sistema equivale à taxa
Selic.

Mas que tipo de operações?

São empréstimos de curtíssimo prazo - com vencimento em apenas um dia - realizado


entre as instituições financeiras, que têm títulos federais dados como garantia.

A média desses negócios, conferida todos os dias, é chamada de Selic “efetiva”. O


nome diz tudo: é o percentual de juros que efetivamente está sendo praticado nesse
mercado. Mas existe ainda a Selic “meta’’ - e é provavelmente sobre essa que você
costuma ouvir falar com mais frequência no seu dia a dia.

Quanto aos tipos, no Brasil há uma imensidão de tipos de títulos, separados por duas
grandes categorias: Títulos Privados e Títulos Públicos.

● Títulos Privados: São aqueles que são emitidos por instituições


financeiras e empresas. O investidor empresta os recursos a essas
instituições e recebe o principal acrescido de remuneração adicional
(juros), podendo ser prefixado ou pós-fixado.

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Os títulos privados mais comuns são:

● CDB: é a sigla para Certificado de Depósito Bancário e é um produto


emitido pelos bancos. De maneira simples, o CDB funciona dessa forma:
você “empresta” dinheiro aos bancos que, em contrapartida, devolve a
quantia aplicada com uma remuneração, conforme o prazo de
vencimento do título. Pode existir CDB pré (aquele com taxa de juros pré
definida), ou CDB pós, também conhecido como CDB CDI, que é um
título pós indexado à taxa de juros atual. O CDB é um investimento para
pessoa física.

● CDI: o Certificado de Depósito Interbancário trata-se de uma taxa que


lastreia as operações interbancárias (entre bancos). Sim, os bancos
emprestam dinheiro um para o outro com o prazo de devolução de 24
horas ou curtíssimo prazo. A taxa cobrada entre eles regula; “precifica” o
mercado de Renda Fixa e de fundos de investimento em Renda Fixa. Isso
acontece porque por força de uma regra do Banco Central, os bancos
precisam fechar o dia positivo, e quando há um volume financeiro de
saque maior que o de depósitos, a diferença é tomada de outros bancos
que estejam superavitários através do CDI.

● LCI: A LCI é a Letra de Crédito Imobiliário. Ela é um investimento de


Renda Fixa emitida pelos bancos lastreados no crédito imobiliário. Ou
seja, é um empréstimo que você faz a uma instituição financeira, que irá
direcionar esses recursos para o financiamento de imóveis, como
construção ou reforma. Esses títulos no momento possuem uma
particularidade: eles estão isentos de tributação de imposto de renda.

● LCA: Letra de Crédito Agronegócio é um título de crédito emitido por


instituições financeiras públicas ou privadas (bancos), com objetivo de
obter recursos para financiar o setor agrícola. Assim como a LCI, a LCA é
isenta de imposto de renda.

● CRI: O Certificado de Recebível Imobiliário é um título de Renda Fixa de


crédito privado que representa a promessa de um pagamento futuro
referente a imóveis.

Trata-se de títulos lastreados em créditos imobiliários, representativos de


parcelas de um direito creditório. Nesse caso, o investidor de CRI ajuda a
financiar o Mercado Imobiliário ao antecipar os créditos que serão recebidos
pela empresa do setor.

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O instrumento permite que exista, por parte de instituições que possuem lastro
imobiliário (ativo real), a possibilidade delas se capitalizarem levantando
recursos no Mercado Financeiro, securitizando fluxos de recebíveis de médio
e longo prazos.

Os CRIs só podem ser emitidos por companhias securitizadoras de créditos


imobiliários, as quais NÃO fazem o papel de devedoras na operação. Ou seja,
elas não são garantidoras ou devedoras solidárias, apenas a estruturadora.

Para facilitar o entendimento, vamos exemplificar:

Passo 1: A construtora lança unidades dos empreendimentos imobiliários


(condomínios, casas, apartamentos, salas comerciais, lajes corporativas etc.)
que serão construídas.

Passo 2: Para financiar as obras e entregar os imóveis no prazo estipulado, a


construtora contrata uma empresa securitizadora (empresa especializada com
autorização para fazer isso). É ela que vai “empacotar” as parcelas dos
compradores em sua totalidade, antecipando o pagamento à construtora ou
incorporadora.

Passo 3: A securitizadora faz isso ao transformar as dívidas dos compradores


em títulos de crédito - e são nesses títulos que os investidores de CRI podem
colocar o dinheiro.

Temos dois tipos principais tipos de estruturas de CRI:

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O Pulverizado: O risco está atrelado a uma carteira de crédito de diversos


devedores (mutuários). Podem ser lastro ou garantia de operações, contratos
de compra e venda de unidades domiciliares ou de loteamento. Além disso,
podem ser securitizados fluxos de aluguel de pontos comerciais, como em
shopping centers ou lajes corporativas.

O Corporativo: Contratos que possuem uma empresa como principal


devedora. É possível dividir ainda em diversas subcategorias, dentre elas,
Desmobilização (Sale and Lease-Back) Construção Customizada (Built-to-Suit).

● CRA: Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio são lastreados em


recebíveis originados de negócios entre produtores rurais (ou suas
cooperativas) e terceiros, abrangendo financiamentos ou empréstimos
relacionados à produção, à comercialização, ao beneficiamento ou à
industrialização de produtos, insumos agropecuários ou máquinas e
implementos utilizados na produção agropecuária.

● DEBÊNTURE: A debênture é um valor mobiliário emitido por sociedades,


por ações, representativo de dívida, que assegura a seus detentores o
direito de crédito contra a companhia emissora. Consiste em uma
captação de recursos no mercado de capitais, que as empresas fazem
uso para financiar projetos. Apenas empresas S.A (Sociedade Anônima)
podem emitir esse tipo de título.

Uma debênture é um título de dívida de empresa que oferece direito de crédito


ao investidor, remunerado por meio de juros prefixados ou pós-fixados. Trata-
se de uma aplicação com rentabilidade superior a muitos investimentos de
Renda Fixa. Por meio de um título como esse, você empresta dinheiro para
empresas.

Há vários tipos de debêntures que, cada uma possui alguma característica. As


mais conhecidas são:

Debêntures Incentivadas: As debêntures incentivadas são aquelas com


isenção fiscal, que buscam financiar projetos de infraestrutura.

Normalmente, é o caso de títulos para financiamento em segmentos como


construção de portos e aeroportos, transmissão de energia, melhorias de
rodovias, ferrovias, logística, saneamento básico, entre outros.

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Debêntures Conversíveis: Como o nome sugere, esse tipo de debênture


oferece a possibilidade de o investidor decidir transformar o crédito a receber
ações da companhia.

Nesse modelo, com a conversão da aplicação em ações, a Renda Fixa se torna


variável. Todos os detalhes como vencimento, resgate e rendimento, devem
constar na escritura de emissão.

Debêntures Simples: Uma debênture simples, também chamada de não


conversível, trata-se do tipo mais comum desse título. Tem rendimento
prefixado ou pós-fixado, conforme o título, com pagamento periódico de juros,
conforme a escritura de emissão. O investimento não pode ser convertido em
ações da companhia.

Debêntures Permutáveis: Esse tipo de debênture também tem um nome


bastante significativo: nesse caso, o investidor pode optar por trocar o título
por ações de uma companhia que não seja a própria que emitiu a dívida. Para
isso, porém, é preciso observar regras e condições na escritura de emissão
do papel.

Quais os Tipos de Garantia que possuem os Títulos Privados?

No Brasil, os títulos privados podem ter garantias previstas na escritura (ou seja,
garantias que são oferecidas ao investidor em contrato) ou garantia do FGC, que é o
Fundo Garantidor de Crédito.

As garantias escriturais, normalmente utilizada em debêntures podem ser:

Flutuante: O investidor tem a prioridade em relação a outros credores em caso


de falência da empresa emissora. Ou seja, caso algumas dívidas sejam pagas, a sua
tem maior chance de ser honrada.

Quirografária (sem preferência): Ela não concede prioridade sobre ativos da


empresa emissora, ou seja, o investidor concorre com todos os demais credores em
caso de falência.

Subordinada: Em caso de liquidação da sociedade, a debênture subordinada


oferece prioridade de pagamento apenas em relação aos acionistas, no que se
refere aos ativos da companhia.

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Já a garantia do FGC é oferecida apenas a uma lista de instituições participantes, na


qual antes de adquirir um título privado, você deve checar se realmente aquela
instituição consta na lista.

O FGC é um mecanismo de segurança do mercado que protege os investidores para


aumentar a segurança no sistema financeiro. Ele existe para minimizar o risco de
crédito, resguardando os investidores da eventual falência das instituições. Além
disso, é uma ferramenta para proteger o mercado de riscos sistêmicos, que poderiam
ser causados caso quebras de instituições gerassem uma corrida bancária, por
exemplo. Com o investidor estando mais seguro, o sistema também estará.

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos que
tem como objetivo prestar garantia de créditos aos clientes das instituições
participantes do fundo.

Quais investimentos são segurados?

Não são apenas os investimentos que estão cobertos pelo FGC. Alguns outros tipos
de depósitos também têm cobertura. Você encontra a lista completa de operações
seguradas no site do FGC. A seguir, você pode conferir a lista de aplicações
seguradas:

● Poupança;
● CDB (Certificado de Depósito Bancário);
● LCI (Letras de Crédito Imobiliário);
● LCA (Letras de Crédito do Agronegócio).

Qual o Limite de Cobertura (garantia do seu dinheiro de volta)?

O limite por pessoa, é de 250 mil reais por instituição participante, mas, com um teto
de R$1 milhão por investidor e com validade de 4 anos. Isso quer dizer que, para
que seu dinheiro esteja totalmente coberto pelo FGC, você não deve manter mais
que esse valor numa mesma instituição, investido no mesmo CPF ou CNPJ. Após
quatro anos, esse teto é restabelecido.

Se você tiver um valor maior do que esse e desejar escolher investimentos cobertos
pelo FGC, selecione mais de uma instituição participante e divida seu dinheiro entre
investimentos de diferentes instituições.

Já em CRI e CRA, não são cobertos pelo FGC e possuem garantia do


empreendimento, caso seja ele imobiliário ou do agronegócio, caso de um CRA.

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O Certificado de Recebíveis Imobiliários e também do Agronegócio (CRI e CRA) estão


expostos ao risco de crédito, que implica na possibilidade de o credor não conseguir
cumprir suas obrigações com o investidor. Esse risco é amenizado pelo fato de esses
investimentos possuírem a garantia de empreendimentos físicos.

Riscos dos Títulos Privados

Os riscos desses títulos podem ser classificados em dois grandes grupos.

O primeiro é o risco de crédito, que implica na possibilidade do credor (aquele que


recebeu os recursos) não conseguir cumprir suas obrigações com o investidor. Esse
risco pode ser amenizado com as garantias prestadas, ou até mesmo se estiver
enquadrado no FGC dentro dos limites que há a abrangência.

O segundo risco é o de liquidez. Normalmente os títulos, especialmente aqueles que


não são emitidos por instituições financeiras, como CRI e CRA, possuem prazos para
permanecer com investimentos longos, entre 2 a 5 anos. Durante esse intervalo, o
investidor não consegue realizar o resgate seus recursos, ficando restrito a atuar
apenas no mercado secundário, onde em virtude da liquidez do papel, os preços de
venda podem ser piores do que os de compra.

Qual é a Tributação para Títulos Privados?

Para os Títulos Privados CRI, CRA, LCI, LCA e debêntures incentivadas, a alíquota é
zero de imposto de renda e o IOF (Imposto sobre Operação Financeira) para pessoa
física. Já as pessoas jurídicas não possuem esse benefício e são tributadas
normalmente conforme a tabela dos CDBs e Debêntures.

Já outros títulos como CDBs, debêntures no geral, tanto para pessoa física como para
pessoa jurídica possuem a seguinte tributação:

-Alíquota de 22,5% até 180 dias corridos na aplicação;

-Alíquota de 20,0% entre 181 e 360 dias corridos na aplicação;

-Alíquota de 17,5% entre 361 e 720 dias corridos na aplicação;

-Alíquota de 15,0% após 720 dias corridos na aplicação.

Ou seja, quanto maior o prazo de vencimento e mais tempo você estiver nessa
aplicação, menos impostos você paga e mais rendimento pode obter.

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O que são Títulos Públicos ou Títulos do Tesouro?

São títulos de dívidas emitidos pelo Governo para financiar seu déficit público (gasta
mais do que arrecada) e refinanciar sua dívida. Como sabemos, a máquina pública
mais do que arrecada e precisa emitir dívida para se financiar. Quando você compra
um título público, você automaticamente está financiando (emprestando dinheiro) o
governo para expandir seus gastos, tais como educação, saúde, infraestrutura,
orçamento, etc.

Esse é considerado o investimento mais seguro, ou risco zero, uma vez que todos os
recursos independentemente do valor são garantidos pelo governo. São títulos de
altíssima liquidez, o que permite maior segurança na hora de comprar e vender a
qualquer momento.

Em 2002, o governo lançou o programa Tesouro Direto, onde pessoas físicas podem
comprar títulos direto, através de uma corretora credenciada ou banco a partir de
R$30,00. Essa foi uma medida para popularizar esses títulos, antes restritos a
investidores institucionais que participaram dos leilões para repassar aos
investidores.

O valor máximo para adquirir por esse programa é de R$1 milhão por mês. Se o valor
for superior, o investidor poderá esperar o próximo mês, ou terá que fazer uma mesa
(broker) de títulos públicos na corretora.

O rendimento prefixado (juro anual definido), atrelado à variação da Selic (taxa de


juros da economia) ou atrelado ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo,
considerado a inflação do país).

O pagamento do investimento e da valorização ocorre no vencimento do título ou


na venda antecipada do papel.

Na venda antecipada, os títulos atrelados à inflação e prefixados sofrem com a


chamada “marcação de mercado”, ou seja, podem apresentar volatilidade ao longo
da aplicação para a negociação antes do vencimento.

Os títulos podem ter longo prazo, o qual pode chegar a algumas décadas.

Nesses papéis, a garantia de segurança do crédito é oferecida pelo Governo


Federal, que se compromete em pagar o valor dos títulos do Tesouro Direto.

Para entender melhor é preciso antes conhecer o significado de duas siglas da


economia que ajudam muito a entender a rentabilidade da Renda Fixa.

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IPCA: É o Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Trata-se da inflação oficial do


país, um patamar básico de investimento. A partir do momento em que o
investimento apresenta um rendimento maior que o dela, é que você obtém um
ganho real. Ou seja, quando você faz um investimento, o ganho real é a diferença
entre os juros que recebeu de capitalização (valorização) do investimento, menos a
capitalização da inflação no mesmo período.

Exemplo: Você investiu R$1.000,00 e conseguiu uma rentabilidade no período de


12 meses de 8% ou R$80,00. Esse é seu ganho bruto. Se a inflação foi de 4% no
período, você teve um ganho de R$40,00 (80-40).

Selic: Como dito anteriormente, Selic é o Sistema de Liquidação e Custódia. É a taxa


de juros básica do país, estipulada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central
(COPOM) para controlar o crédito e a inflação. A taxa impacta diretamente nos juros
da Renda Fixa, já que, na prática, representa o que o Governo Federal topa pagar
pela dívida dele, da qual depende o Sistema Financeiro Nacional.

No Brasil, o órgão responsável pela administração e planejamento da dívida mobiliária


interna e pela emissão de títulos públicos é a Secretaria do Tesouro Nacional, a
qual pertence ao Ministério da Fazenda e foi criada em 1986.

O Papel do Banco Central (BACEN)

Após a emissão dos títulos pelo Tesouro Nacional, o BACEN executa a política
monetária via as operações de compra e venda desses títulos no “mercado aberto”
(open market).

Na política monetária o Banco Central regula a quantidade de moeda disponível em


um país.

Curiosidade importante: Se o BACEN compra títulos públicos, ele entrega dinheiro


em troca de títulos, favorecendo um aumento na inflação. Já se o Bacen vende
títulos, então ele entrega títulos e recebe dinheiro, induzindo a uma redução na
inflação.

Tipos de Títulos Públicos

Título Público é investimento da categoria “Renda Fixa”. Isso quer dizer, conforme já
falamos anteriormente, que sua rentabilidade pode ser definida no momento da
compra. A rentabilidade dos títulos públicos pode ser pré-fixada ou atrelada às
oscilações de algum indicador, como a Selic ou o IPCA.

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Porém, para garantir a rentabilidade é preciso que o investidor permaneça


posicionado no título até o vencimento. Caso contrário, o preço do título pode sofrer
oscilações de mercado, fazendo com que a rentabilidade não seja garantida ao
investidor.

Há três tipos de títulos públicos, de acordo com sua rentabilidade: a prefixada (juro
anual predefinido); a vinculada ao IPCA (paga a variação da inflação oficial e mais
um juro prefixado) e a atrelada à Taxa Selic (que paga essa taxa mais um juro
mínimo)

Veja a seguir os tipos de títulos públicos existentes:

● TESOURO SELIC (Ex-LFT)


Como é determinada a rentabilidade: taxa de juros baseada somente na
SELIC.
O título paga ao investidor: no vencimento, só é possível resgatar antes,
sem perder a rentabilidade.
Indicado para: quem que está montando uma reserva de segurança,
investidores de curto e médio prazo e para quem aposta na alta da SELIC.

● TESOURO IPCA + (Ex-NTN-B Principal)


Como é determinada a rentabilidade: variação do IPCA (inflação) + taxa
de juros determinada.
O título paga ao investidor: apenas no vencimento.
Indicado para: quem deseja se proteger das variações da inflação,
garantindo um juro real. O investidor não perderá seu poder de compra.

● TESOURO IPCA + JUROS SEMESTRAIS (Ex-NTN-B)


Como é determinada a rentabilidade: variação do IPCA (inflação) + taxa
de juros determinada.
O título paga ao investidor: paga os juros a cada 6 meses e no vencimento
todo o valor investido corrigido pela inflação.
Indicado para: quem quer viver de renda! Pois o investidor tem liberdade
de gastar como quiser os juros que recebe a cada seis meses.

● TESOURO PREFIXADO (Ex-LTN)


Como é determinada a rentabilidade: taxa de juros baseada, entre outros
fatores, pela SELIC e pela expectativa do mercado.
O título paga ao investidor: só no vencimento.
Indicado para: quem está acumulando recursos, e aposta na queda da
SELIC.

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● TESOURO PREFIXADO COM JUROS SEMESTRAIS (Ex-NTN-F)


Como é determinada a rentabilidade: taxa de juros baseada, entre outros
fatores, pela SELIC e pela expectativa do mercado.
O título paga ao investidor: paga os juros a cada 6 meses e no vencimento
paga o valor investido
Indicado para: quem quer viver de renda e aposta na redução da taxa de
juros.]

Títulos Públicos Para Cada Momento da Sua Vida

É importante o investidor escolher o tipo ideal de título público para cada momento
da sua vida. Dependendo dos objetivos do investidor, alguns tipos de títulos públicos
são mais recomendados do que outros em função da sua característica. Abaixo estão
os tipos de títulos públicos mais indicados para quem quer acumular renda, manter
o patrimônio ou viver de renda de acordo com o site do tesouro direto.

● Acumulação
Tesouro IPCA+
Tesouro Prefixado
Tesouro Selic

● Manutenção
Tesouro Selic
Tesouro IPCA +

● Viver de Renda
Tesouro IPCA+ com juros semestrais
Tesouro Prefixado com juros semestrais

Os preços e taxas sofrem variações ao longo do tempo?

Sim e muito. Há grande volatilidade nos títulos de renda fixa, principalmente em


função da indexação aos juros futuros. O aumento ou diminuição estão ligados a
diversos fatores, que podem ser desde a inflação e PIB (produto interno bruto, mede
a riqueza produzida no país) a choques e crises externas.

As variações nas taxas de juros, política monetária, fiscal e cambial também


influenciam na precificação. Com isso acontece de surgir grandes simetrias e altas
rentabilidades para os mais malicia nesse mercado, podendo conceder rentabilidades
maiores do que as rentabilidades no mercado de capitais.

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Tributação

O Tesouro Direto sofre a mesma tributação da maioria de aplicações da renda fixa:


IOF, para investimentos inferiores a 30 dias, e Imposto de Renda, cuja alíquota se
reduz ao longo do tempo.

IOF

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo que pode ser muito alto,
cuja alíquota se reduz conforme o tempo de aplicação, de um a 29 dias. Após 30 dias
não há incidência de IOF.

Para que serve a Taxa Selic e como impacta a economia?

A Selic é um dos elementos centrais da estratégia de política monetária no Brasil,


que está baseada em um sistema de metas de inflação. Criado em 1999, ele
estabelece o compromisso do país em acatar critérios para manter a inflação dentro
de uma faixa fixada regularmente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN),
composto pelos ministros e o presidente do Banco Central. O objetivo é assegurar a
estabilidade da economia e evitar descontroles de preço como os que o país já viveu
no passado, e, por consequência, diminuem o poder de compra da moeda.

A meta de inflação no Brasil começou em 8%, com um limite de variação de dois


pontos percentuais para cima ou para baixo. Caiu ao longo do tempo e se manteve
em 4,5% ao ano por quase 15 anos. Em 2020, a meta era 4% ao ano, com um
intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Significa
que a meta é considerada cumprida se a inflação acumulada no ano ficar na faixa de
2,5% a 5,5%.

O que o governo faz para tentar manter a inflação nesse patamar? A principal
estratégia de política monetária é influenciar a quantidade de dinheiro que circula na
economia. Não é difícil entender a lógica: quanto mais recursos estiverem disponíveis,
maior a tendência de as pessoas consumirem. E quando elas aumentam a demanda
por produtos e serviços, é natural que os preços subam. O contrário também é
verdadeiro.

É aí que entra a Selic. Ela é a principal ferramenta que o Banco Central usa para
controlar o volume de recursos em circulação. Por isso, quando a economia está
aquecida e os preços começam a subir a ponto de minar a meta de inflação, a Selic
é elevada. Com juros mais altos, fica mais caro tomar crédito – e não só para os
consumidores, como também para as empresas e o próprio governo. Isso
desestimula o consumo e ajuda a controlar os preços.

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A medida oposta é tomada em períodos em que a inflação está controlada ou abaixo


da meta. Quando há espaço, a Selic diminui, o que incentiva a compra e ajuda a
aquecer a economia.

Assim, resumindo os principais efeitos da Selic no dia a dia dos brasileiros, temos:

● Impacto no crédito:
A taxa Selic é uma referência para o custo das linhas de crédito em geral.
Quando ela está alta, existe a tendência de que empréstimos e
financiamentos fiquem mais caros– ou seja, os bancos e outras
instituições financeiras cobram juros mais altos nessas operações. Já quando
a Selic diminui, acontece o movimento contrário: os juros do crédito ficam
mais baratos.

● Impacto no consumo:
Crédito e consumo andam lado a lado. Quando os empréstimos e
financiamentos ficam mais caros, naturalmente o nível de consumo tende
a diminuir, já que o custo dos produtos e serviços aumenta também. Por
isso, a tendência é de que uma elevação da Selic cause uma redução das
compras. Na situação oposta – quando a Selic cai – o consumo costuma
aumentar.

● Impacto nos investimentos:


De modo geral, uma elevação da Selic beneficia os investimentos de renda
fixa, que oferecem uma remuneração baseada em juros. É o caso dos títulos
públicos do governo federal, dos tradicionais CDBs emitidos pelos bancos, das
letras de crédito, das debêntures, entre outras opções. Todos esses papéis
tendem a ter uma rentabilidade maior em tempos de Selic em alta. Do
mesmo jeito, quando a taxa é reduzida, o mesmo acontece com o retorno
deles.

Quando e como é definida a Selic?

A taxa Selic “meta” é definida e anunciada pelo Comitê de Política Econômica


(Copom), um órgão do Banco Central formado pelo seu presidente e por alguns
diretores. Ela representa o alvo perseguido pela instituição para a Selic “efetiva”. Isso
significa que o BC pode usar suas ferramentas – que basicamente são as negociações
de títulos públicos – para conduzir a taxa efetiva o mais perto possível da taxa meta.

O Copom se reúne a cada 45 dias para decidir que Selic “meta” vai vigorar no próximo
mês e meio. As reuniões seguem um calendário definido no ano anterior e, em geral,

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duram dois dias. Normalmente, segundo o Banco Central, em cada um desses


encontros os participantes assistem a apresentações técnicas, discutem sobre as
perspectivas para a economia brasileira e também global, avaliam as condições de
liquidez e ainda, o comportamento dos mercados.

Os membros do Copom votam sobre os rumos da Selic “meta” somente depois de


receber e analisar todas essas informações, além de considerar os principais riscos e
potencialidades do cenário macroeconômico à frente. A decisão do Copom é
divulgada no mesmo dia, por meio de um comunicado distribuído pela internet.

O que é a Ata do Copom e por que é importante?

Embora o público saiba de imediato qual foi a decisão do Copom sobre a direção da
Taxa de Juros, sempre que uma reunião acontece, o detalhamento das razões só é
conhecido mais tarde. Mais precisamente, seis dias úteis depois, quando é publicada
a ata da reunião. Tradicionalmente, o Copom se reúne entre terça e quarta-feira de
uma semana, e o documento final sai uma semana depois.

Mas por que a ata do Copom é tratada com tanta seriedade? Porque ela é um
importante canal de comunicação do Banco Central com a sociedade – especialmente
com o mercado e os agentes econômicos. Quanto mais transparente o órgão for,
mais ajustadas estarão as expectativas do público quanto às suas decisões.

A confiança que a comunicação clara e constante gera na sociedade é importante


para o funcionamento do sistema de metas de inflação. Se um comerciante confia
que o IPCA e a Taxa Selic permanecerão no nível estabelecido pelo governo, ele se
sentirá mais confortável para tomar suas próprias decisões.

Pode pegar um empréstimo para investir na melhoria do seu estabelecimento sem


medo de que os juros aumentem no mês seguinte. Também pode ficar comprar (ou
não) estoques, porque consegue projetar o nível de demanda que terá dali para
frente. O que importa para os agentes econômicos é não serem pegos de surpresa
pela condução da política monetária.

Por isso, na ata, o Copom explica e contextualiza sua decisão sobre a Selic.
Geralmente, ela apresenta uma análise da evolução recente e também as
perspectivas para a economia brasileira. São consideradas ainda as perspectivas para
a economia global. Enquanto o comunicado sobre os resultados da reunião costuma
ser um texto curto, de um ou dois parágrafos, a ata é um documento mais robusto
– em geral, com duas ou três páginas de detalhamentos.

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Com esse mesmo objetivo, o Banco Central publica ainda outros documentos
periódicos que orientam o mercado sobre suas expectativas e decisões futuras. Um
deles é o Relatório de Inflação, um documento bem detalhado em que apresenta
suas projeções para a inflação diante do cenário atual e considerando eventuais
mudanças de perspectivas.

O que faz a Selic subir e cair?

Na prática, depois de estabelecer uma meta para a Taxa de Juros, o Banco Central
precisa proceder de uma determinada forma para que a taxa efetiva se mantenha
naquela porcentagem. Não basta o anúncio – por si só, ele não garante que os juros
permaneçam no nível esperado.

A atuação do Banco Central acontece no que se chama de “mercado aberto”.


Basicamente, o que ele faz é comprar e vender títulos públicos federais, todos os
dias, aumentando ou diminuindo a oferta deles, de modo que a manter os juros
próximos do valor definido pelo Copom.

Suponha que em uma determinada reunião foi decidido que a Selic deve subir. Para
conduzir esse movimento altista nos juros, o Banco Central procura vender mais
títulos públicos às instituições financeiras. Para que sejam atraentes, eles precisam
ser negociados a um preço mais baixo, o que implica em oferecer uma remuneração
maior. Isso repercute nas taxas de juros praticadas pelas próprias instituições
financeiras, pois só será interessante para elas realizar outras operações de crédito
– em vez de manter o dinheiro aplicado nos títulos públicos vendidos pelo Banco
Central – se as taxas também forem maiores.

Para pressionar a Selic a um nível mais baixo, o Banco Central faz o contrário. Em
vez de vender, ele procura comprar títulos públicos que as instituições financeiras já
tenham na sua carteira. Para que, de fato, os bancos tenham interesse em vender
seus papéis de volta para o Banco Central, é preciso que haja negociação a um preço
mais alto, o que tende a “empurrar” a remuneração geral dos títulos públicos para
baixo.

Como analisar cada cenário?

Como já dissemos, os movimentos da Selic têm impacto sobre a remuneração que


os investidores encontram nas aplicações financeiras de modo geral.

Em alguns casos, o impacto é imediato. É o caso dos investimentos de renda fixa.


Esses papéis, na prática, representam títulos de crédito. Assim, quando você compra

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um CDB de um banco, na verdade “empresta” dinheiro a ele, por um determinado


prazo, em troca de uma remuneração – ou seja, juros.

A taxa oferecida nesse caso, e em todas as outras aplicações do tipo, sofre a


influência do aumento ou da redução da Selic, que é referência para o sistema
financeiro como um todo.

Ainda mais direto é o impacto nos títulos públicos negociados no Tesouro Direto. A
remuneração do título Tesouro Selic, por exemplo, é a própria taxa Selic (em algumas
épocas com um pequeno deságio, em outras com algum adicional). Se os juros
básicos sobem ou descem, a rentabilidade desses papéis reflete o movimento na
hora.

Por isso, de maneira geral, períodos em que a Selic está em alta costumam ser mais
favoráveis para os investimentos de renda fixa do que as épocas em que a taxa está
em queda. Como no país os juros se mantiveram muito altos durante anos, os
brasileiros se acostumaram a ter bons retornos com esse tipo de papel.

Dizemos que a Selic alta “costuma” ser favorável à renda fixa por uma razão. Se os
juros estiverem altos, mas a inflação também, a rentabilidade real será pequena. Ela
corresponde ao retorno obtido com uma aplicação, descontada a inflação. É, na
prática, quanto o investidor ganha de fato. Se, em dado momento, a Selic estiver em
– digamos – 10% ao ano e a inflação a 7%, a rentabilidade real será de
aproximadamente 3%. Mas se os juros caírem para 6% anuais e a inflação, para 1%,
o investidor terá um retorno real maior: de 5%.

Já quando observamos outros tipos de investimentos, como os de renda variável, a


análise é diferente. Ativos como as ações negociadas na bolsa de valores sofrem um
impacto menos agressivo nos movimentos da Selic. E isso por algumas razões:

Uma Selic mais baixa costuma impulsionar o consumo.

Se as pessoas consomem mais, as empresas tendem a vender mais os seus produtos.


Com resultados melhores, as ações dessas companhias tendem a distribuir mais
dividendos e também a se valorizar. Já quando a Selic aumenta, a atividade
econômica em geral acaba arrefecendo, assim como os resultados das empresas.

Ao mesmo tempo em que estimula o consumo, os juros baixos reduzem o custo


do crédito para as companhias. Isso facilita investimentos, por exemplo, na
expansão das instalações ou outros projetos que as permitam crescer. Empresas que
crescem tendem a apresentar melhores resultados, o que, novamente, beneficia suas
ações. Se, por outro lado, a Selic aumentar, todo esse movimento fica prejudicado.

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Resumindo: em linhas gerais, em períodos de Selic elevada os investimentos de


renda fixa podem se tornar opções mais atraentes, enquanto em épocas de juros
baixos a renda variável tende a oferecer melhores retornos.

Qual é a relação entre CDI e Selic?

Quem já investe está habituado a ouvir falar da Selic e também da taxa do CDI com
frequência. Ambas são importantes referências para a rentabilidade das aplicações
financeiras. Normalmente, elas caminham muito próximas: a diferença porcentual
entre as duas costuma ser muito pequena. Mas em que elas são distintas?

Como explicamos no início deste guia, a Selic representa a taxa média dos
empréstimos feitos entre bancos tendo títulos públicos federais como garantia, e
registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Todo esse mecanismo tem
como objetivo conduzir a política monetária do país em busca da estabilidade da
economia.

A taxa do CDI, por sua vez, tem outra origem. CDI significa Certificado de Depósito
Interbancário, que representa empréstimos realizados entre instituições financeiras
com seus próprios recursos. Os bancos realizam essas operações porque, pela lei,
precisam encerrar todos os dias com os balanços nivelados – ou seja, se tiveram
desembolsos de dinheiro de um lado, têm de buscar recursos para cobri-los de outro.
Muitas vezes, a maneira que encontram para buscar esses recursos é tomá-los
emprestados de outras instituições financeiras.

Esses empréstimos também são de curtíssimo prazo, mas ao contrário das operações
que dão origem à Selic, são registrados em outro sistema: o da Cetip, incorporada à
B3 – a bolsa brasileira – em 2017.

Calendário de reuniões do Copom

O Copom tem uma reunião45 dias dividida em duas sessões: a primeira reservada
para apresentações técnicas e a segunda para decisões das diretrizes de política
monetária.

A divulgação das decisões do Copom é realizada na segunda sessão, a partir das


18h30, imediatamente após o seu término. Já as atas da reunião do Copom são
divulgadas às 8h da terça-feira seguinte ao término da reunião.

Conclusão

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No Brasil e no mundo o mercado de renda fixa é um dos mais importantes no mercado


financeiro, uma vez que proporciona aos investidores correr riscos mais “previsíveis”
do que montar o próprio negócio. Esse mercado proporciona financiamento adequado
a empresas, governos e instituições financeiras para que possam expandir suas
atividades, tendo também a segurança e controle sobre os custos pagos de juros aos
investidores.

Para o investidor os títulos públicos e privados são altamente propícios para


diversificação da rentabilidade, melhor controle de alocação e oportunidade sem
igual.

Em grandes crises esses tipos de títulos podem apresentar excelentes oportunidades,


principalmente em relação a distorção de preços gerada por falta de liquidez. O
investidor atento, pode aproveitar para ajustar e equilibrar sua carteira nessas
oportunidades.

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O que é Mercado Financeiro?

O Mercado financeiro, em economia e finanças, é como se denomina todo o universo


que envolve as operações de negociação de ativos financeiros, como por exemplo,
os valores mobiliários (ações, opções, títulos de dívida, etc.), mercadorias
(commodities) e câmbio.

Mercado financeiro é o ambiente onde todos os tipos de negócios financeiros


ocorrem.

No mercado financeiro é onde os compradores e vendedores se “encontram” em


ambiente regulado (para se ter segurança jurídica) para realizar seus negócios. Nesse
tipo de ambiente os negócios são potencializados exponencialmente principalmente
pela transparência, segurança e por ser um “ponto” de encontro para esses negócios.

Economistas como o americano Milton Friedman e Friedrich Hayek, ambos


ganhadores do Prêmio Nobel de economia, afirmam que este setor é um dos
principais responsáveis por potencializar o crescimento econômico, gerando
consequente desenvolvimento humano e, portanto, aumentando a qualidade de vida
e o bem-estar da sociedade.

Os mercados financeiros permitem:

● Levantar (arrecadar) capital no mercado de capitais;

● Utilizar instrumentos financeiros para proteção de capital ou alavancagem


em moedas, commodities, opções, contratos futuros.

Uma curiosidade para se aprofundar no tema, é que, encontramos em matemática


financeira, o conceito de um mercado financeiro é definido como um “processo
estocástico de movimento Browniano em tempo contínuo”.

Segundo ainda nossos estudos, processo estocástico é uma família de variáveis


aleatórias representando a evolução de um sistema de valores com o
tempo. É a contraparte probabilística de um processo determinístico.

Ao invés de um processo que possui um único modo de evoluir, como nas soluções
de equações diferenciais ordinárias, por exemplo, em um processo estocástico há
uma indeterminação: mesmo que se conheça a condição inicial, existem várias, por
vezes infinitas, direções nas quais o processo pode evoluir.

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Ou seja, apesar da grande volatilidade, é possível determinar dentro das


probabilidades a direção que um ativo pode tomar com o tempo.

Já o movimento browniano segundo nossas pesquisas, é um dos mais simples


processos da estocástica (ou probabilística) de tempo contínuo, e é um limite de
ambos os processos mais simples e mais dificultosos estocásticos (veja passeio
aleatório e teorema de Donsker).

Esta universalidade está intimamente relacionada com a universalidade da


distribuição normal. Em ambos os casos, é muitas vezes a conveniência matemática,
em vez da exatidão dos modelos, que motiva o seu uso.

Mas o que isso tem a ver com mercado financeiro? Tudo. Os movimentos muitas
vezes parecem aleatórios e completamente difíceis de entender, mas as noções de
matemática podem ajudar a explicar um pouco mais sobre esses tipos de
movimentos.

Dentro do Mercado de Financeiro, podemos ter as seguintes subdivisões:

Mercado de Capitais: é um sistema de distribuição de valores mobiliários que


proporciona liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabiliza o processo de
capitalização. É constituído pelas bolsas de valores, corretoras e outras instituições
financeiras autorizadas.

Os principais títulos negociados (título mobiliário) representam o capital social das


empresas, representados em suas ações ou ainda empréstimos tomados pelas
empresas no mercado, representado por debêntures que são conversíveis em ações,
bônus de subscrição e outros papéis mercatórios. Esta constituição permite o fluxo
de capital e custeia o avanço econômico.

No mercado de capitais, ainda podem ser negociados os direitos e recibos de


subscrição de valores mobiliários, certificados de depósitos de ações e outros
derivativos autorizados à negociação.

A importância desse mercado é atrair a recursos financeiros dos investidores da


Renda Fixa para as empresas (comércio, indústria, serviços) para que elas possam
se desenvolver cada vez mais.

Nos países desenvolvidos, como EUA, China, Canadá, esse mercado é muito
desenvolvido, atraindo um percentual grande da população (mais de 50% em alguns
países), fortalecendo e acelerando o desenvolvimento privado e melhorando a
qualidade de vida das pessoas.

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Mercado de crédito: é o sistema financeiro onde ocorre o processo de concessão


e tomada de crédito.

O mercado de crédito envolve duas partes, uma credora e outra devedora, que
normalmente estabelecem uma relação contratual entre si, podendo ser formal ou
informal. Esta situação sugere que uma das partes, a credora conceda liquidez à
outra, mediante um prêmio de liquidez ou de risco, comumente intitulado de juros.
Nesta relação a parte credora oferece um bem à parte devedora, que na sociedade
capitalista é a moeda fiduciária ou escritural.

Segundo o novo dicionário Aurélio, crédito é definido como cessão de mercadoria,


serviço ou importância em dinheiro, para pagamento futuro. Assim sendo, ao
dispormos a terceiro uma certa mercadoria, diante do compromisso, formal
(contrato) ou informal, de reembolso no futuro, estamos vendendo a crédito. Quando
dispomos a terceiro uma importância em dinheiro mediante o compromisso, formal
ou informal, de pagamento no futuro, estamos emprestando a crédito.

Esse Mercado serve de alavancagem para a maioria das economias desenvolvidas do


mundo.

No sistema capitalista, os principais agentes de concessão de crédito são as


instituições financeiras, embora existam vários outros agentes, como as empresas
para seus clientes e as pessoas físicas para seus familiares e amigos. As instituições
financeiras são os principais agentes pela sua capacidade de arregimentar recursos,
e pelo grau de especialização que alcançam no processo de emprestar e
principalmente receber seus empréstimos.

Existem muitas modalidades de crédito disponíveis ao consumidor atualmente, as


principais são: cheque especial, empréstimo pessoal, cartão de crédito, crédito direto
ao consumidor (CDC), crédito habitacional, crédito consignado, leasing.

Mercado de câmbio: é onde são negociadas as trocas de moedas estrangeiras


(dólar, euro, yuan, etc.).

Mercado monetário: é um componente do mercado financeiro, relativo à


concessão de empréstimos no curto prazo, com vencimento inicial de um ano ou
menos. A negociação nos mercados monetários envolve títulos do Tesouro, papel
comercial, aceitação dos banqueiros, certificados de depósito, dos fundos do banco
central e hipotecas de curto prazo.

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Ou seja, o mercado monetário é utilizado para a realização de financiamento de curto


ou curtíssimo prazo, como os bilhetes de tesouro nacional, e o papel comercial. Sendo
os títulos públicos os papéis mais negociados. Geralmente são transações:

● Do Banco Central vendendo títulos do Tesouro às instituições


financeiras, retirando moeda do mercado e diminuindo a liquidez geral;

● Do Banco Central comprando títulos do Tesouro às instituições


financeiras, injetando moeda no mercado e aumentando a liquidez geral;

● Entre instituições financeiras para ajustes internos de liquidez.

Organização do Mercado Financeiro no Brasil

Sobre esse assunto, trazemos o estudo e artigo publicado dos brilhantes Guilherme
Binato Villela Pedras e da Helena Mulim Venceslau, que, de forma muito clara e
objetiva, faz um estudo aprofundado de toda a estrutura brasileira.

No Brasil, há diversas instituições privadas e públicas, responsáveis pela estruturação


e gerenciamento da dívida pública brasileira, o que acarreta o bom funcionamento
do Sistema Financeiro Nacional. De acordo com os autores, “os normativos que
regulam as instituições participantes do sistema definem os possíveis caminhos dos
recursos financeiros e a maneira como eles devem ser aplicados”.

Entre as Instituições Normativas, podemos citar:

● Conselho Monetário Nacional (CMN);


● Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP);
● Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC).

Os órgãos normativos, como o próprio nome diz, têm a função de criar normas sobre
as atividades realizadas dos seus subalternos. Essas regras, em geral, são criadas
entre os órgãos reguladores e são aprovadas pelos órgãos normativos.

Por exemplo: o Banco Central do Brasil (BC) ou a Comissão de Valores Mobiliários


(CVM) precisam estar no âmbito da CMN para propor uma regulamentação necessária
para o funcionamento das entidades financeiras. Somente assim, ela é aprovada e
executada.

O CMN é responsável pelas instituições financeiras que estão sob a regulação e


fiscalização do Banco Central e CVM. O CNSP cuida das entidades abertas de
Previdência Privada, companhias seguradoras e resseguradoras. Já o Conselho de

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Gestão da Previdência Complementar (CGPC), cuida das diretrizes da regulação e


fiscalização das entidades fechadas de previdência complementar.

Todas as instituições participantes do Mercado financeiro estão sujeitas às


normas estabelecidas pelos órgãos normativos.

Órgãos Reguladores

A função das instituições reguladoras é regulamentar as regras decretadas pelas


instituições normativas, bem como sugerir a adoção de certos comportamentos para
melhor funcionamento das entidades participantes do Mercado Financeiro.

A boa comunicação entre esses órgãos é de total importância, visto que, o Tesouro
Nacional vende títulos da dívida pública em um mercado em que os participantes são
coordenados por diferentes instituições. Essa comunicação visa o desenvolvimento e
a segurança do mercado, e ainda, estejam de acordo com o financiamento da dívida
doméstica.

As instituições reguladoras são divididas em:

Intermediários Financeiros:

● Banco Central (BC);


● Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Instituição Fechada de Previdência Privada e/ou Fundo de Pensão:

● Secretaria de Previdência Complementar (SPC).

Seguros, Capitalização e Entidades de Previdência Aberta:

● Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Regime Geral de Previdência Social e Regime Próprio de Previdência:

● Secretaria de Políticas de Previdência Social (SPS).

Normas de Resseguro:

● Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).

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A Receita Federal emite ordens tributárias que influenciam as decisões dos agentes
econômicos no mercado financeiro. No entanto, ela não é considerada um órgão
regulador.

Esses órgãos estabelecem diversas regras relativas a diversas ações das instituições
financeiras. Ao definirem a estrutura de investimentos possíveis para os diferentes
tipos de ativos disponíveis no Mercado Financeiro brasileiro, são capazes de
influenciar quais ativos serão mais demandados para cada segmento de gestão de
recursos de terceiros.

O Banco Central regula e estabelece normas para o Sistema Financeiro, influenciando


o tipo e a quantidade de ativos que as instituições podem investir seus recursos. Os
Fundos de Investimento (FI) são regulamentados pela CVM, que define as
modalidades de fundos e a limitação para os muitos ativos em que cada fundo pode
aplicar seus recursos. São nesses fundos que se encontra a maior parte dos recursos
da poupança doméstica. Além disso, são uma ótima opção para quem tem pouco
capital para investir e/ou diversificar seu portfólio. A SPC define os limites de
investimento dos fundos de pensão em geral. A SPS regula os fundos de pensão dos
servidores dos estados e dos municípios. E a Susep, define os limites das instituições
seguradoras e de previdência privada aberta.

Nosso Mercado doméstico oferece ativos com muita liquidez, tanto na Renda Fixa
quanto na Renda Variável. Para investimentos em Renda Fixa, temos títulos privados
e públicos. Esse último, é considerado um ativo livre do risco de crédito. Com isso,
as restrições de aplicação são bem menores do que para os ativos privados.

O BC controla os limites de riscos aos quais uma instituição pode ficar exposta,
incluindo os limites relativos ao risco de mercado e risco de volatilidade das taxas de
juros (VaR). Essas causam impacto direto na posição dos bancos e outros
participantes quanto à aplicabilidade em ativos prefixados. Nesse ponto, é necessário
que os gestores da Dívida Pública Federal recebam mais atenção, pois, embora seja
preciso que esses limites sejam compatíveis com as regras de risco, eles não podem
ser tão restritivos a ponto de impedir a venda de títulos em linha de médio e longo
prazos.

Algumas ações do Tesouro Nacional em parceria com a Receita Federal trouxeram


mudanças em regras de tributação, o que provocou uma nova cultura no mercado
de títulos públicos. A decisão da alíquota decrescente do imposto de renda em cima
do ganho com títulos de renda fixa, contrária ao prazo da aplicação é um exemplo
disso. Nesta tributação, temos os seguintes valores:

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● Para investimentos com prazo de até 180 dias, aplica-se a alíquota de


22,5%;
● Para investimentos com prazo de 181 a 360 dias, 20%;
● Para investimentos entre 361 e 720 dias de aplicação, a alíquota é de
17,5%;
● Investimentos acima de 720 dias, aplica-se 15%.

Outra alteração significativa, foi a isenção de pagamento de imposto de renda sobre


os ganhos em títulos públicos federais para os investidores não residentes. Esses são
investidores que apresentam perfil de longo prazo e acabam tendo que enfrentar
duas taxações, a do Brasil e de seu próprio país. Com essa isenção, os títulos
brasileiros ficaram mais atrativos aos estrangeiros, o que gerou alongamento da
dívida e redução de custo.

Intermediários e Investidores

Os Títulos Públicos são vendidos no Mercado Primário para instituições que possuem
reserva bancária; bem como aquelas que têm autorização da Selic para participar dos
leilões por meio de subcontas de reserva bancária das instituições financeiras. Esses
bancos atuam como agentes de negócios para os clientes. No mercado secundário,
são essas instituições que distribuem esses títulos têm a responsabilidade de
disponibilizar os preços e as cotações e intermediar as operações.

Intermediários: De modo geral, os intermediários são os bancos e as


corretoras/distribuidoras de Valores Monetários, que participam do Mercado Primário
e Secundário. As chamadas “Instituições Dealers”, são classificadas em dois grupos
muito distintos. Um é levando em consideração a participação da instituição nas
compras primárias e o outro classifica de acordo com a participação no Mercado
Secundário.

Esses critérios de definição e escolha de instituições Dealers, são estabelecidos por


meio dos Atos Normativos do Tesouro Nacional e do Banco Central, onde se sabe os
direitos e deveres. Os Dealers primários têm direcionamento a emissão primárias dos
títulos, enquanto os Dealers especializados ficam com a responsabilidade de girar
alguns títulos no mercado secundário, fornecendo liquidez e mostrando o preço dos
ativos. O Tesouro Nacional consulta essa instituição com regularidade, para assim,
poder definir os lotes de títulos que serão ofertados em leilão. Com isso, é possível
saber como anda a demanda por esses títulos semanalmente. Esses dois grupos de
estão continuamente repassando essa informação sobre as taxas dos títulos no
mercado secundário, que são tão importantes quanto a definição do preço dos títulos
oferecidos no Programa Tesouro Direto.

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No Brasil existem 156 bancos, dos quais 136 são bancos múltiplos e 20 estão divididos
entre bancos comerciais nacionais e filiais de bancos estrangeiros; 107 corretoras de
títulos e valores mobiliários e 133 distribuidoras de valores mobiliários.

Os intermediários são fundamentais para a boa distribuição e apreçamento dos ativos


no mercado financeiro, visto que, são eles que encontram as necessidades dos
investidores e atendem isso através do Mercado Secundário. Além disso, são
responsáveis por repassar ao Tesouro Nacional a demanda por títulos, a
aceitabilidade de determinado título ou prazo que ainda não esteja sendo atendido
pelo Tesouro Nacional.

Investidores: Os clientes mais relevantes de títulos públicos no mercado doméstico


são:

● Fundos de Investimento (FI);


● Bancos;
● Fundos de Pensão (EFPC);
● Companhias Seguradoras;
● Investidores Não Residentes.

Fundos de Investimento: os FI são regulados pela CVM e apresentam as seguintes


características:

● Curto Prazo;
● Referenciado;
● Renda Fixa;
● Ações;
● Cambial;
● Dívida Externa;
● Multimercado.

Esses fundos podem até ter a classificação para longo prazo, desde que atendam as
condições para obter os benefícios da tributação decrescente de imposto de renda.

Aplicações em títulos públicos tem um peso de 50% do montante total de recursos


em Fundos de Investimento, divididos em muitos tipos de fundos. É a maior categoria
que investe em títulos do governo federal.

Bancos: Esses têm uma característica que os difere dos FIs. Os bancos são mais
ágeis e estão sempre à procura de oportunidades para arbitrar entre os ativos
variados, atentos ao movimento do mercado. Em sua carteira de títulos, aqueles
prefixados têm maior participação. Os bancos se apresentam como parceiros do

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Tesouro Nacional, tanto para que haja o entendimento das demandas, quanto no
papel de auxílio na divulgação das estratégias de emissão.

Fundos de Pensão: os EFPC são incumbidos pelo gerenciamento dos recursos da


previdência complementar de funcionários de empresas (públicas e privadas) e
funcionários públicos estaduais e municipais e ficam sob a regulamentação das SPSs
e SPCs. Esses recursos têm como características o longo prazo e a vinculação de
tempo que cada integrante contribui e o momento em que decide se aposentar e
passa a receber a aplicação. Devido à natureza passiva, essas entidades são
demandantes dos títulos públicos de longo prazo, especialmente aqueles indexados
a índices de inflação.

No nosso país, existem dois tipos distintos de Fundos de Pensão em termos de prazo
médio de aplicação:

● Contribuintes em fase de saques;


● Contribuintes em fase de formação.

O segundo grupo são os principais investidores no longo prazo em títulos atrelados


ao IPCA com vencimento em 2045.

Companhias Seguradoras: Essas companhias compõem um grupo de pessoas


jurídicas fora do setor financeiro e podem participar dos leilões por meio de conta de
sub custódia no Selic, podendo assim, gerenciar sua própria carteira sem precisar de
um intermediário.

Investidores Não Residentes: Eles são os principais clientes requerentes de


títulos prefixados a longo prazo. “A presença desses investidores no Brasil auxilia no
alongamento do prazo da dívida, por apresentarem perfil de aplicação de prazo mais
longo e, assim, auxiliarem na mudança da cultura de aplicação de curto prazo”.

Entidades de Classes

As entidades de classes reúnem os participantes do mercado de títulos públicos e


facilitam a discussão entre Tesouro Nacional, intermediários e clientes. São
importantes parceiros na divulgação de temas referentes à dívida pública e auxiliam
na mudança de cultura dos investidores. Assim, são responsáveis pela captura dos
empecilhos que os participantes enfrentam no mercado em questões relacionadas à
negociação de títulos públicos.

No Mercado brasileiro temos:

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● Associação Brasileira de Instituições de Previdência e Assistência


Estaduais e Municipais (Abipem);
● Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (Abrapp);
● Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais
(Anbima);
● Federação Brasileira de Bancos (Febraban);
● Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi);
● Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização
(Fenaseg).

Abipem: Criada em 23 de outubro de 1980, inicialmente era parte apenas aos


institutos estaduais de previdência e era conhecida como Abipe. Com a integração
dos municípios, ficou conhecida como é hoje. A Abipem tem como objetivo reunir as
instituições que dela participam, promovendo o aprimoramento de seu conhecimento
técnico-administrativo, suas atividades de comércio, a realização de congressos
nacionais e conferências regionais, discutindo e difundindo os princípios da doutrina
previdenciária e assistencial.

Abrapp: Fundada em 1978 para representar os fundos de pensão, ou EFPC, perante


a sociedade. Ela auxilia na comunicação com os órgãos do governo, como o Tesouro
Nacional e a SPC. Ela ainda publica informações, dados e trabalhos sobre o setor. Em
outubro de 2008, o sistema fechado de previdência era composto por 369 fundos de
pensão.

O Tesouro Nacional, convidado pela Abrapp, participa de reuniões e seminários, nos


quais se anuncia a política de emissão de títulos públicos federais e esclarece aos
investidores as características dos títulos ofertados em leilão com o objetivo de
auxiliar na mudança da cultura do CDI por grandes investidores de recursos no
mercado doméstico brasileiro. Essas reuniões são uma boa oportunidade para
debater sobre as singularidades do mercado em questão e sobre o papel dos fundos
de pensão no âmbito da administração da Dívida Pública Federal.

Anbima: Ela surgiu oficialmente em 2009, com a fusão da Associação Nacional das
Instituições do Mercado Financeiro (era a antiga Andima) e da Associação dos Bancos
de Investimentos (antiga Anbid). Ela é responsável por definir as práticas para as
empresas desses setores e, oferece certificação para os profissionais da área.

É nessa Associação em que se reúne os bancos comerciais, as corretoras e


provedores de valores mobiliários, os fundos de investimento e os fundos de pensão.
E mais, ela ainda se mostra prestadora de serviços, dando suporte técnico e
operacional às instituições associadas, incentiva novos mercados, e trabalha para o

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desenvolvimento do sistema financeiro nacional. Como entidade autorreguladora,


possui o “Código de Ética” (CE) e o “Código Operacional do Mercado” (COM).

A Anbima desempenha um papel importante na transparência do mercado, visto que,


é ela quem diariamente divulga os preços para todos os títulos de emissão do Tesouro
Nacional que estão em poder do mercado, por meio do “Projeto de Consolidação,
Disseminação e Monitoramento de Preços”. Isso a torna uma instituição de referência
para todo o mercado que precisa de preços para marcação a mercado de suas
carteiras. Esse trabalho tem base em três pilares:

● Coleta e divulgação de informações;


● Construção de intervalo indicativo de preços;
● Monitoramento efetivo dos preços praticados no segmento.

Na Anbima, existem comitês e comissões com a finalidade de discutir assuntos


relacionados ao funcionamento do Mercado Financeiro, dedicando certa atenção para
o Mercado de Renda Fixa. Seus comitês são:

● Acompanhamento Macroeconômico;
● Consultivo do Selic;
● Comitê de Gestão de Recursos
● Comitê de Mercado;
● Comitê de Novos Produtos;
● Comitê Operacional e de Ética;
● Comitê Operacional e de Ética Misto – Anbima/Abrapp;
● Comitê de Política Monetária;
● Comitê de Precificação de Ativos, Tributário e de Normas;
● Comitê de Valores Mobiliários.

O Tesouro está ligado a grupos de trabalho associados a esses comitês para discutir
o desenvolvimento do Mercado Secundário e do Mercado de Empréstimo de Títulos
Públicos.

Febraban: Essa Associação, como representante dos bancos, auxilia na


comunicação com essas instituições e ainda traz propostas para a inovação dos
regulamentos do Mercado. Foi criada em 1967 e tem o objetivo de “representar seus
associados em todas as esferas – Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e
entidades representativas da sociedade – para o aperfeiçoamento do sistema
normativo, a melhoria regular da produção e a redução dos níveis de risco”.

A Febraban foi responsável pela elaboração do Código de Ética Bancária e os


Estatutos do Sistema Nacional de Ética Bancária, que entraram em vigor em 1986.

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No Código de Ética (CE), se encontram os fundamentos que norteiam a atividade do


sistema bancário e, o Sistema Nacional aplica os princípios do CE, defende os
mercados em que os bancos atuam e promove as práticas de mercado. Nessa
Federação funcionam 25 comissões técnicas com o objetivo de desenvolver estudos
e trabalhos sobre os temas relacionados à atividade bancária, como:

● Comissão de Economia;
● Comissão de Serviços Bancários;
● Comissão de Tecnologia e Automação Bancária;
● Comissão de Gestão de Riscos;
● Assuntos de Bancos Internacionais.

Fenaprevi: Criada em março de 2007, representa as Entidades Abertas de


Previdência Complementar (EAPC). Ela presta serviços para as afiliadas, incita novos
mercados, é responsável por desenvolver conhecimento técnico e trabalha pelo
desenvolvimento da previdência complementar no Brasil.

A entidade possui 11 comissões técnico-regulatórias, com o objetivo de acompanhar


e coordenar assuntos e atividades relacionados às questões judiciais, atuariais,
financeiras, tecnológicas, contábeis e de produtos do setor de previdência privada e
vida.

Fenaseg: Foi fundada em 1951 e tem o objetivo de desenvolver o setor de seguros


e capitalização. Ela tem como missão “colaborar com o governo no estudo e na
elaboração de regras que possam contribuir para o desenvolvimento e
aperfeiçoamento da atividade que representa, e para a solução para disfunções que
se relacionem com o setor”.

Todas essas instituições exercem a função de parceria com os órgãos públicos, tanto
com os órgãos reguladores quanto com o Tesouro Nacional, que, por sua vez,
compreende o desenvolvimento e a modernização do mercado financeiro brasileiro.

Mercado Primário e Mercado Secundário

O Mercado Primário é aquele em que os Valores Monetários de uma nova emissão


da companhia são negociados diretamente entre os investidores e a companhia e as
receitas são destinados para os projetos de investimento da empresa ou para o caixa.

O mercado secundário é onde os ativos são negociados entre investidores. No


mercado secundário as negociações geralmente acontecem em uma Bolsa de
Valores, como por exemplo a B3 no Brasil, mas também podem acontecer em um
mercado de balcão, através de uma corretora de valores. O que importa para ser um

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mercado secundário é que a negociação aconteça entre dois investidores,


independente do ambiente no qual a negociação ocorra.

Centrais de Custódia e Câmaras de Liquidação

No Brasil existiam quatro centrais de Custódia e liquidação:

● Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic);


● Câmara de Custódia e Liquidação (Cetip);
● Câmara (Clearing) de Ativos da BM&FBovespa;
● Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).

Atualmente, a B3 e a CBLC são apenas uma só e possuem outras duas câmaras de


liquidação: uma para o câmbio (Câmara (Clearing) de Câmbio) e outra para os
derivativos (Câmara (Clearing) de derivativos).

O sistema Selic foi criado em 1979, por meio de uma colaboração entre a Andima e
o BC, com o objetivo de promover a liquidação financeira das operações com títulos
públicos ao final de cada dia, pelo resultado líquido, diretamente na conta de reservas
bancárias. A partir de 1996, todos os procedimentos, inclusive a realização dos
leilões, passaram a ser feitos de forma eletrônica. A partir de abril de 2002, pela
implementação do novo SPB, a forma de liquidação foi alterada e passou a ser
realizada pelo valor bruto em tempo real (LBTR), onde existem várias janelas de
liquidação ao longo do dia. Com essa nova forma de liquidação, quem vende o título
tem sua posição automaticamente bloqueada, e na ponta compradora a conta é
debitada.

A Cetip presta serviços de custódia, negociação eletrônica, registro de negócios e


liquidação financeira, principalmente para os títulos de renda fixa. Criada em 1984,
também vem de uma parceria entre a Andima e o BC. Além dos cotistas, cerca de 6
mil instituições têm participação ativa a esse sistema.

E dentre essas instituições, estão empresas de leasing, fundos de investimento e


pessoas jurídicas não financeiras, bem como fundos de pensão e seguradoras.
Apenas instituições financeiras (as demais pessoas jurídicas podem ser participantes)
podem ser cotistas da Cetip, e todos os que não detenham conta de reserva bancária
devem liquidar suas operações por meio de uma instituição liquidante.

A Cetip oferece quatro possíveis modalidades de liquidação:

● Liquidação bruta em tempo real no STR;


● Liquidação bruta em tempo real via transferência;

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● Multilateral netting na Cetip;


● Bilateral netting na Cetip.

A estrutura de câmara de compensação e liquidação da B3 corresponde a um


sistema de liquidação (SSS) e a uma contraparte central (CCP).

Como contraparte central, realiza a compensação multilateral das obrigações e efetua


a liquidação das operações pelo resultado líquido (netting). Neste caso, a B3 garante
a liquidação das operações com base em mecanismos de controle e risco e
salvaguardas apropriadas.

A B3 efetua a liquidação bruta de certas operações, como é o caso da liquidação de


ofertas de distribuição pública (primária ou secundária). Neste caso, a liquidação,
apesar de não ser garantida, é sempre condicionada à disponibilidade do título
negociado na conta do vendedor e ao capital disponível por parte do comprador.

A B3 atua como central depositária para títulos e valores mobiliários de emissão


corporativa, de renda variável, primordialmente ações, e renda fixa, como debêntures
e cotas de fundos, e também de ouro. Como tal, além da custódia intermediária dos
ativos, efetua o tratamento das ocorrências corporativas sobre eles incidentes
(pagamento de dividendos e juros, tratamento de grupamentos e desdobramentos,
por exemplo) e a conciliação de saldos com os emissores e custodiantes.

Sistemas e Ambiente de Negociação

Existe duas formas de negociação: à vista e a prazo. Nas negociações a prazo, as


operações são liquidadas em uma data futura, enquanto a operação à vista tem
realização e liquidação à vista. Ou seja, o que difere as duas negociações é o prazo
de liquidação. As negociações são feitas em espaços seguros e mediadas por agentes
do mercado, como corretoras de valores.

As negociações a prazo podem ser feitas em 3 mercados diferentes:

● Mercado a Termo;
● Mercado Futuro;
● Mercado de Opções.

No Mercado à Vista, o comprador realiza o pagamento e recebe suas ações do


vendedor em 3 úteis. Os preços são estipulados durante o pregão da Bolsa de
Valores.

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As negociações realizadas no Mercado a Termo são feitas com contratos com data
futura a um preço fixado. O prazo desses contratos varia de 16 a 999 dias corridos.
Aqui, os preços dependem do valor da ação no mercado à vista e da taxa de juros
esperado para o período do contrato.

Assim como no mercado a termo, no Mercado Futuro são negociados contratos


para liquidação em data posterior, a preço fixado. O preço é definido em função do
valor do ativo no mercado à vista e da taxa de juros esperada para o período. Porém,
os dois mercados diferem em aspectos operacionais.

No Mercado Futuro, os contratos sofrem um ajuste diário de perdas e lucros. Nessa


movimentação, as posições em aberto são avaliadas diariamente em relação a um
preço de referência, conhecido como preço de ajuste diário. O preço de ajuste diário
é calculado pelo preço médio dos negócios realizados com o papel no mercado futuro
no período da tarde. Dessa forma, a diferença, seja positiva seja negativa, entre os
preços de ajuste diário de dois pregões consecutivos ou entre o preço de ajuste e o
preço do contrato fechado no dia, será paga ou recebida pelos investidores com
posição em aberto.

No Mercado de Opções são negociados contratos de direito de compra ou de venda


de uma determinada ação dentro de um prazo estipulado, a um valor prefixado.

Esse valor prefixado é conhecido como preço de exercício ou, na sua expressão
em inglês, de strike price. Já o valor do contrato, é chamado de prêmio. Desse
modo, prêmio é o preço pago pelo comprador da opção para ter o direito de comprar
(opção de compra ou call) ou vender (opção de venda ou put) determinada
quantidade de ações ao preço estipulado em contrato (preço de exercício) durante
um determinado período (até o vencimento da opção).

Conclusão

Com isso, concluímos que o Mercado Financeiro é muito mais abrangente do que se
costuma pensar. Há opções de investimentos para todos os perfis investidores, do
mais conservador até o mais arrojado.

É o caminho mais sensato e assertivo para fazer seu capital render e criar patrimônio
para viver de renda, através de diversas operações que combinam com seu perfil de
investidor.

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Mercado Primário

Antes de falarmos sobre o Mercado Primário, é importante que se entenda o que é


“abertura de capital” e como ele funciona.

“Abrir o capital” significa que uma empresa está tornando seus dados públicos e
disponibilizando suas ações para os investidores comprarem pela primeira vez.

O processo de abertura do capital requer a ativa participação de várias organizações.


Dessa forma, garante que os movimentos feitos pela empresa para realizar a oferta
pública atenda aos requisitos da CVM e cheguem de maneira ordenada ao
conhecimento de potenciais investidores, podendo-se definir um preço adequado
para as ações que estão sendo emitidas.

Processo de Abertura de Capital

Para registrar um IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na B3 é preciso


passar por um processo burocrático, a começar pela decisão dos acionistas sobre
a oferta de distribuição pública em uma Assembleia Geral (caso de sociedade
fechada).

Feita a decisão, a CVM autoriza a abertura pública do capital da empresa e o


pedido de registro da oferta de distribuição pública de ações, de acordo com as regras
estabelecidas nas Instruções CVM 400/2003 e CVM 480/2009 e, logo depois, a B3
autoriza a empresa a ter seus valores mobiliários comerciado em bolsa, de
acordo com as regras estabelecidas no Regulamento de Listagem de Emissores.

Em seguida, o processo de oferta pública começa. Nessa fase, começa o aviso ao


mercado e a divulgação de prospecto, ou seja, um documento preciso sobre a
empresa, a composição do pool de distribuição; a reserva por investidores de varejo;
a formação do livro dos investidores institucionais; a precificação e a alocação das
ações entre os investidores; a liquidação da oferta e o anúncio de início de
distribuição pública de ações; e anúncio de encerramento.

Finalmente, as ações distribuídas durante a oferta passam a integrar as ações


negociadas em bolsa no mercado secundário no dia seguinte à divulgação do
anúncio de início e dois dias após a precificação. A partir desse momento, os negócios
entre investidores envolvem apenas a troca de titularidade das ações disponíveis para
negociação.

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Quanto ao futuro sócio da empresa, ele também precisa cumprir com algumas etapas
até o momento da compra e recebimento das ações.

Antes de ofertar as ações dentro de um determinado preço, a empresa que está


abrindo capital passa pelo processo chamado de roadshow. Esse processo é o
período no qual o projeto da empresa é apresentado a potenciais investidores,
principalmente grandes fundos de investimento. Desta forma, a empresa busca
atingir a demanda necessária para realizar a sua oferta com sucesso.

Então, após o roadshow e depois da divulgação dos prospectos, os investidores


poderão passar pelo processo conhecido como bookbuilding. Ou seja, durante o
período de reserva do IPO, diversos investidores fazem as suas ofertas por um
determinado preço dentro de uma faixa antecipadamente estipulada pela empresa.
Essa listagem das ofertas acontece por meio do bookbuilding.

O que é o Mercado Primário?

Quando nos referimos ao Mercado Primário, estamos falando da criação de um novo


ativo financeiro, como uma ação ou uma série de debêntures de uma determinada
instituição. Nesse mercado, as companhias negociam propriamente com os
investidores.

Um exemplo de Mercado Primário, é a Oferta Pública Inicial, os famosos IPOs da


Bolsa de Valores. O IPO acontece quando uma empresa emite pela primeira vez suas
ações para negociação dentro de uma Bolsa. Nesses casos, a companhia contrata
Bancos para realizar a oferta pública de um lote de ações e os investidores que
tiverem interesse na compra, negociam diretamente com a empresa.

Nesse tipo de mercado, temos também a emissão de dívidas.

Quando um banco deseja emitir uma série de CDBs ou uma empresa emite uma
debênture, o investidor negocia diretamente com a instituição emissora,
configurando a negociação a um Mercado Primário.

O Governo também faz emissões primárias. No Brasil, por exemplo, temos o Tesouro
Direto. Ao comprar um título por meio do Tesouro Direto você está negociando de
forma direta com o governo, ou seja, no mercado primário.

Oferta Primária

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Antes de comentar sobre as “Ofertas Primárias”, vamos entender o que é uma


“Oferta Pública”. A Oferta pública, nada mais é, que vender um determinado
número de títulos e valores mobiliários.

Quando uma empresa vende seus títulos e o capital recebido vai direto para seu
caixa, estamos nos referindo às ofertas primárias.

Como participar das Ofertas Primárias?

Primeiro, é preciso que você tenha uma conta em uma corretora, onde você consegue
ter acesso a todas as informações necessárias e suporte na hora de investir.

A oferta em si, acontece em três períodos simples:

● Informação ao Mercado;
● Reserva;
● Compra Efetiva.

Primeiro, é feito um documento com todas as informações importantes sobre o


momento em que se situa e as perspectivas de negócios.

A seguir, acontece o período de Reserva, que é quando os investidores manifestam


seu interesse no ativo através da corretora.

Normalmente, quando a oferta é divulgada, já existe um intervalo de valor sinalizador


de qual será o valor da ação/cota do fundo objeto desta oferta. Mas é nesse período
de reserva que o preço final da ação ou cota é formado, com base na demanda.

E, finalmente, na data marcada, os interessados podem finalizar a compra do ativo.

Oferta Pública Inicial (IPO)

Os IPOs marcam o lançamento de uma nova empresa no mercado acionário, visando


a captação de recursos no curto prazo para as empresas que o fazem.

Para as empresas que já estão listadas na Bolsa e desejam fazer uma nova captação
de recursos, se realiza o chamado “Follow-on”.

Oferta Pública de Fundos

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De forma similar às ações, (IPO), existe uma oferta inicial para fundos de
investimento e, em ambos os casos, são registrados pela CVM, garantindo segurança
ao investidor.

Os Fundos de Investimento (FI), sé uma ótima modalidade para diversificar seus


investimentos. Quem opta por Fundos Imobiliários, por exemplo, investe no setor, e
arca com uma parcela menor do que é necessária para adquirir um imóvel. O fundo
ainda pode ser uma forma de investir em ações.

O Que Analisar Antes de Operar no Mercado Primário?

Sempre que pensar em comprar um título primário, faça uma análise crítica sobre a
companhia. Procure conhecer o ativo que está adquirindo, a forma como ela será
administrada. Afinal, comprar de uma empresa que você não está de acordo com a
administração, é como criticar pessoas que se aglomeram, estando em uma
aglomeração numa pandemia.

É importante levar em consideração o motivo dessa venda de títulos. Se for para


quitar dívidas, isso pode ser ruim. Contudo, se a intenção é expansão, melhorias e
novos investimentos, bem como reformas estruturais, isso pode ser um sinal de bons
lucros futuramente.

Pesquise sobre o histórico da empresa, administração, registro de lucros e outros


indicadores para medir a saúde e o potencial de crescimento dessa companhia.
Verifique se a empresa está oferecendo um IPO ou emitindo novas ações. As
empresas mais novas na Bolsa de Valores possuem menos dados e algumas podem
apresentar riscos muito maiores que possíveis retornos.

Embora não seja regra, empresas consolidadas apresentam menos riscos e melhores
retornos financeiros.

Por que o Mercado Primário é importante?

O Mercado Primário é de extrema importância, visto que é o primeiro contato entre


as empresas e os futuros sócios. Além disso, os títulos no mercado primário oferecem
muitas vezes, grandes oportunidades de investimento e realização de lucro.

Essa captação inicial de capital permite que a companhia expanda suas atividades,
seja abrindo novas filiais, modernizando seus equipamentos e produtos oferecidos,
financiando novos projetos ou fazendo novos investimentos. Dessa forma, a
companhia não precisa se endividar com empréstimos bancários e tem a
oportunidade de empregar o capital de giro e melhorar sua receita.

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Ativos Negociados

É comum usarmos ações para exemplificar. No entanto, elas não são o único ativo
que é negociado tanto no Mercado Primário quanto no secundário. Também podem
ser negociados:

● Fundos Imobiliários;
● Debêntures;
● Fundos Multimercados;
● Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI);
● Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA);
● Fundos de índice (ETF);
● Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).

Fundos Imobiliários: Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII) são fundos


compostos por investimentos do setor imobiliário. Basicamente, eles podem ser
classificados em dois tipos:

● Fundos de tijolo: estes possuem imóveis físicos, como shoppings


centers, edifícios empresariais e hotéis.
● Fundos de papel: o patrimônio é composto por aplicações financeiras
do setor imobiliário, por exemplo, LCI, LCA, CRI e CRA.

Debêntures: As debêntures são, portanto, emissão de dívidas de instituições que


podem ser obtidos como investimentos de renda fixa em troca de uma remuneração
previamente combinada.

Fundos Multimercados: O fundo multimercado é uma aplicação que tem como um


dos principais atrativos a liberdade de investimento. Isso acontece, pois, esse ativo
pode mesclar diferentes investimentos, como ações, CDBs, câmbio, derivativos, etc.

Está atrelado às oscilações do mercado, trazendo um certo risco. Por essa razão, para
se ter uma rentabilidade satisfatória, é crucial que o investidor confie o dinheiro a um
gestor competente.

CRI: São títulos de renda fixa que têm a como função simbolizar a promessa de
um pagamento futuro em dinheiro. Ou seja, é uma forma de o emissor ter maior
liquidez, termo que significa maior facilidade de resgatar dinheiro, em um tempo mais
curto.

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CRA: Os certificados de recebimento são títulos de renda fixa de crédito privado,


que simboliza uma promessa de pagamento futuro em dinheiro. São usadas boas
opções para investidores que fazem um investimento de longo prazo.

Fundo de Índice: ETFs são fundos de investimento que replicam a composição de


índices e são negociados na Bolsa de Valores.

FIDC: De maneira bem simples, a FIDC funciona como uma união de diversos
investidores que, com o mesmo objetivo, unem seus recursos em um investimento
comum para todos. Para isso, é necessário que seja destinada uma parcela de, no
mínimo, 50% do patrimônio líquido a investimentos em Direitos Creditórios.

Já os Direitos Creditórios são créditos que empresas têm a receber, como, por
exemplo, aluguéis, cheques, duplicatas ou valores que foram parcelados no cartão
de crédito. Essas dívidas são convertidas em títulos e vendidas a terceiros.

É bom lembrar que toda Oferta Inicial é monitorada pela CVM e precisa seguir uma
série de regras para que a companhia possa negociar com os primeiros investidores.
Dessa forma, os interessados nos novos papéis tomam decisões mais assertivas e
tem proteção em seu investimento.

Principais Características

● Este é o mercado para novos capitais de longo prazo. O mercado


primário é o mercado em que os títulos são vendidos pela primeira vez.
Portanto, também é chamado de mercado de nova emissão (NIM).

● Em uma questão primária, os títulos são emitidos pela empresa


diretamente para os investidores;

● A empresa recebe o dinheiro e emite novos certificados de segurança


para os investidores;

● As principais questões são utilizadas pelas empresas para fins de criação


de novos negócios ou para expandir ou modernizar os negócios
existentes;

● O mercado primário desempenha a função crucial de facilitar a formação


de capital na economia;

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● O mercado de novas emissões não inclui outras fontes de financiamento


externo de longo prazo, como empréstimos de instituições financeiras.
Mutuários no mercado de novas emissões podem estar levantando
patrimônio para converter capital privado em público; isso é conhecido
como "ir a público";

● Nesse mercado não é possível realizar um resgate antecipado, apenas as


negociações ou ativos de vencimento muito longos.

Resumidamente:

● O Mercado Primário consiste em abertura de capital de empresas


"fechadas”, com a intenção de recolher recursos para seu caixa;

● É a negociação direta entre os investidores e a empresa;

● Segue uma série de etapas e obrigações com a CVM e a B3 para garantir


a segurança do investidor nos IPOs;

● Apresentam oportunidades de rentabilidade a longo prazo;

● Ofertas de diversos ativos, permitindo a diversificação de portfólio.

Mercado secundário

O mercado secundário é onde os investidores realizam suas operações e negociam


seus ativos entre si. Nesse mercado não há transações diretas com quem emitiu os
ativos (ações, debêntures, etc.)

As negociações geralmente acontecem na bolsa de valores (B3), ou então nos


mercados de balcão, por meio de uma instituição.

Por exemplo, se você for comprar ações de uma companhia na B3, negociará
diretamente com outro investidor, sem interferência dessa companhia.

Não só ações são negociados no mercado secundário, mas também títulos de dívida
e outros ativos financeiros. Debêntures, títulos de renda fixa em geral como CRI e
CRA, entre outros papéis, também pode ser negociados no mercado secundário.
Basta haver interessados no título, que as transações podem ser concluídas.

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Quando falamos em títulos do governo, por exemplo, você pode negociar títulos do
Tesouro Direto com uma instituição ou com outros investidores.

Em resumo, tanto o mercado secundário como o primário são essenciais para o


funcionamento do mercado e a liquidez das negociações. Eles se completam, pois o
mercado primário fornece os títulos e o mercado secundário funciona como uma
vitrine, ofertando os papéis entre os investidores, movimentando o mercado
financeiro, gerando oferta e demanda.

Como acessar o mercado secundário?

A forma mais conhecida de se ter acesso ao mercado secundário, é por meio da Bolsa
de Valores. Para acessar a bolsa, o investidor deve ter uma conta em algum banco
ou corretora e valores que negocie nesse mercado.

Outra forma de acessar esse mercado, é ao repassar duplicatas a embolsar de um


cliente para uma Factoring ou um FIDC (Fundo de Investimentos em Direitos
Creditório), pode ser utilizado para conseguir liquidez. Esse repasse da duplicata (ou
do direito de receber os valores referentes a duplicata), serve como uma forma de
adiantar os valores a receber.

Importante frisar que operações de renda fixa no mercado secundário, podem ser
menos atrativas, pois grande parte dos produtos tem seu valor descontado em caso
de antecipação da venda.

Liquidez

No mercado secundário o investidor poderá realizar a negociação de forma rápida e


por um preço aproximado da última negociação, por serr um ambiente que conta
com bastante liquidez.

Portanto, a liquidez do ativo é incerta e nem sempre isso é garantido, por se tratar
de um mercado onde a vontade dos investidores faz o preço, então não é simples
prever se o ativo vai se valorizar ou desvalorizar.

Desse modo, os investidores que realizarem a compra do ativo em questão tem a


oportunidade de vender o mesmo (porque sempre haverá uma contraparte nas
operações).

De maneira geral, no mercado de ações há muito mais liquidez do que no mercado


de Fundos Imobiliários. Já o mercado da renda fixa é muito mais limitado.

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As companhias emissoras e o Mercado Secundário

Na prática, as operações realizadas no mercado secundário não fazem diferença


alguma para a empresa emissora, isso porque isso não gera recebimento de capital
para a mesma, pois as negociações são sempre realizadas entre investidores.

O que é influenciado neste mercado, são os preços das ações da companhia em


questão, alterando diretamente o valor de mercado desta empresa.

Obviamente, a direção da companhia também se atenta com a valorização das ações


no mercado, pois representa o reconhecimento das escolhas realizadas pela
administração.

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Mercado à vista

Ações

Basicamente, uma ação é um pedacinho de uma empresa. São valores mobiliários


emitidos por sociedades anônimas representativos de uma parte do seu capital social.
De forma mais simples, são títulos de propriedade que conferem a seus detentores
(investidores) a participação na sociedade da empresa.

Simplificando mais ainda, com um ou mais pedacinhos da empresa, você se torna


sócio dela.

Elas são emitidas por companhias que desejam, principalmente, obter recursos para
desenvolver projetos que viabilizem o seu crescimento.

Ao investir em ações, o investidor tem algumas vantagens, como por exemplo,


potencial de boa rentabilidade no longo prazo se a empresa investida se valorizar ou
até então receber dividendos periodicamente.

O que são dividendos?

Uma empresa deve dividir os lucros com seus acionistas. Essa parcela direcionada
aos detentores de ações é conhecida como dividendo. Ou seja, os dividendos
correspondem à parcela de lucro distribuída aos acionistas, na proporção da
quantidade de ações detidas, apurado ao fim de cada exercício social.

O estatuto social de uma companhia pode estabelecer o dividendo mínimo a ser


distribuído, desde que não seja inferior a 25% de seu lucro líquido ajustado. Caso
não haja previsão no estatuto social, o dividendo obrigatório deve corresponder, pelo
menos, metade do lucro líquido ajustado. Quando determinada empresa vai bem, ela
divide os lucros com quem tem suas ações, isso são dividendos.

E bonificações?

As bonificações correspondem à distribuição de novas ações para os atuais acionistas.


Excepcionalmente pode ocorrer a distribuição de bonificação em dinheiro.

Como funcionam as subscrições de novas ações?

Os acionistas têm ainda preferência na compra de novas ações emitidas ou direito


de preferência na subscrição. Além de garantir a possibilidade de manter a mesma
participação no capital total, esse direito pode significar lucro adicional, dependendo

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das circunstâncias do lançamento. Por fim, se não exercido, o direito pode ser
vendido a terceiros.

Quais os tipos de ação?

• Ordinárias, são as ações representadas pelo dígito 3 no final do código, que


concedem àqueles que as possuem o direito de voto nas assembleias dos sócios da
companhia;

• Preferenciais, que oferecem preferência na distribuição de resultados,


recebimento de dividendos em valor superior ao das ações ordinárias, ou no
reembolso do capital em caso de liquidação da companhia, não concedendo o direito
de voto;

• Units, são ativos compostos por mais de uma classe de valores mobiliários, como
uma ação ordinária e um bônus de subscrição, por exemplo, negociados em conjunto.
As units são compradas e/ou vendidas no mercado como uma unidade.

O mais comum no mercado são Units constituídos por mais de uma classe de ações,
como por exemplo: 1 ação ordinária (ON) + 2 ações preferenciais (PN). A codificação
das Units possui quatro letras e mais o número 11. Ex.: SANB11 – Unit – Santander
BR

Características técnicas
XXXXY

XXXX = 04 letras maiúsculas que


representam o nome do emissor

Código de negociação
Y = 01 número que representa o tipo da
ação, adotado 3 para ordinária; 4 para
preferencial; 5, 6, 7, 8 para preferenciais
classes A, B, C e D, respectivamente

Cotação Reais por Ação, com 02 casas decimais

Liquidação Física e Financeira


Prazo de liquidação D+2, a partir da data de negociação
Mercado A vista

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Determinado pelo emissor, sendo


geralmente igual a 100. No mercado
Lote padrão
fracionário é possível negociar quantidades
inferiores ao lote padrão
Fonte: B3

BDR

O BDR (Brazilian Depositary Receipt), ou certificado de depósito de valores


mobiliários, é um valor mobiliário emitido no Brasil que representa outro valor
mobiliário emitido por companhias abertas no exterior.
Em outras palavras, comprar esse tipo de papel, disponível na B3, equivale a negociar
ações de empresas sediadas no exterior.

Tipos de BDR:

Patrocinado: quando a companhia estrangeira participa de todo processo de


emissão dos ativos. Para emissão do BDR Patrocinado, a companhia emissora dos
valores mobiliários no Exterior deve contratar no Brasil uma instituição depositária,
que será responsável por lançar os BDRs. Esse tipo de BDR é subdividido em três
níveis diferentes:

Nível I: Não precisam do registro de companhia na CVM. Só podem ser negociados


em mercados de balcão não organizado ou em segmentos especificamente criados
para papéis desse tipo na bolsa.

Níveis II e III: Nos dois casos, a empresa emissora das ações no exterior precisa
obter registro na CVM (ao contrário dos programas de Nível I). Além disso, eles
podem ser negociados no pregão da bolsa ou em balcão organizado, sem
necessidade de integrarem um segmento especificamente criado para eles.

Não patrocinado: A grande maioria dos BDRs disponíveis na B3 são do tipo Não
Patrocinados. Os BDRs Não Patrocinados, sempre considerados de nível I, a iniciativa
de lançar os recibos no Brasil não parte da empresa emissora, e sim unicamente da
instituição depositária (ou mais do que uma). Não há necessariamente um acordo
com a companhia.

O objetivo da instituição depositária ao criar um programa de BDR Não Patrocinado


é oferecer mais opções de investimento a seus clientes. Nesse caso, é ela quem tem
a responsabilidade por divulgar dados da empresa emissora, como balanços e fatos
relevantes.

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Características técnicas
XXXXYY

XXXX = 04 letras maiúsculas que


representam o nome da empresa

YY = número que representa o BDR


P Nível I

XXXX32

XXXX = 04 letras maiúsculas que


Código de negociação correspondem o nome da empresa

32 = número que representa o BDR


P Nível II

XXXX33

XXXX = 04 letras maiúsculas que


correspondem ao nome da empresa

33 = número que representa o BDR


P Nível III

Reais por BDR P, com 02 casas


Cotação
decimais
Liquidação Física e Financeira

Prazo de liquidação D+2, a partir da data de negociação

Mercado A vista
Lote padrão 1 BDR

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ADR

American Depositary Receipt (ADR), é um termo em inglês que, traduzido


literalmente, significa um recibo de “depósito americano”, e é o nome para às ações
negociadas nas Bolsas americanas que são de empresas estrangeiras.

Em outras palavras, são recibos que possibilitam que empresas estrangeiras, assim
como investidores pessoas físicas, como a Petrobras, por exemplo, participem do
mercado de ações dos Estados Unidos. O mesmo vale para os norte-americanos, ou
seja, para que eles comprem ações de outros países é preciso ADR.

Com o ADR, os americanos podem investir na bolsa brasileira comprando um ADR da


Petrobrás da mesma forma que compra uma ação americana, como da Ambev
(ABEV3), Gerdau (GGBR4), Embraer (EMBR3), Vale (VALE3), Itaú (ITUB4), que são
algumas das empresas brasileiras que têm ativos disponíveis nas grandes bolsas de
valores americanas.

ETF

O ETF, também conhecido como Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo de


investimento negociado em Bolsa.

As duas grandes diferenças entre um ETF e um fundo de investimento tradicional


são:

1 – As cotas dos ETFs são negociadas no pregão da bolsa de valores como se fossem
ações. As oscilações são baseadas conforme a performance dos papéis em carteira,
bem como à oferta e à demanda pelas cotas no mercado.

2 – Os ETFs são atrelados a um índice de referência, ou seja, o gestor do fundo


ajusta a composição do ETF de modo que ela seja a mais parecida possível com a do
indicador.

Tanto na hora de emitir quanto na hora do resgate das cotas deve ser utilizado o
valor patrimonial apurado no fechamento do dia da solicitação. O valor patrimonial
da cota é o resultante da divisão do valor do patrimônio líquido do fundo pelo número
das cotas existentes no encerramento do dia, apurado com base nos mesmos
parâmetros utilizados para o cálculo do valor de fechamento do índice de referência.

As cotas do ETF são negociadas na B3 de forma semelhante às ações. Ao adquirir


tais cotas, o investidor, indiretamente, passa a deter todas as ações da carteira
teórica do índice, sem ter que realizar a compra efetiva de cada uma separadamente

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no mercado. Dessa forma, o ETF pode proporcionar mais rapidez e eficiência no


momento de diversificar seus investimentos.

Características técnicas
Código de negociação XXXX11

XXXX = 04 letras maiúsculas que


representam o nome do fundo

11 = número que corresponde,


dentre outros ativos, cotas de fundo

Reais por cota, com 02 casas


Cotação
decimais
Liquidação Física e Financeira

Prazo de liquidação D+2, a partir da data de negociação

Mercado A vista
Mercado primário: determinado pelo
Lote padrão
emissor
Mercado secundário: 1 cota

Fundos imobiliários

Um Fundo de Investimento Imobiliário (FII) é uma espécie de “condomínio de


investidores” que reúnem recursos destinados à aplicação em ativos relacionados ao
mercado imobiliário.

Como acontece nos outros tipos de fundos, o patrimônio do fundo imobiliário é


dividido em cotas, que são adquiridas pelo investidor que decide aplicar em uma
dessas carteiras.

Os recursos captados na venda das cotas poderão ser utilizados para a aquisição de
imóveis rurais ou urbanos, construídos ou em construção, destinados a fins
comerciais ou residenciais, bem como para a aquisição de títulos e valores mobiliários
ligados ao setor imobiliário, tais como cotas de outros FIIs, Letra de Crédito
Imobiliário (LCI), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), ações de companhias
do setor imobiliário etc.

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A dinâmica mais tradicional é que o dinheiro seja usado na construção ou na aquisição


de imóveis, que depois sejam locados ou arrendados. Os ganhos obtidos com essas
operações são divididos entre os participantes, na proporção em que cada um
aplicou.

As regras e decisões sobre como serão alocados os recursos do fundo, são pré-
definidas através de regulamento que, dentre outras disposições, determina a política
de investimento do fundo. A política pode ser específica e estabelecer, por exemplo,
que o FII invista apenas em imóveis prontos destinados ao aluguel de salas
comerciais, ou ser genérica e permitir ao fundo adquirir imóveis prontos em geral ou
em construção, os quais poderão ser alugados ou vendidos.

O FII é constituído sob a forma de condomínio fechado, em que não é permitido ao


investidor resgatar as cotas antes de decorrido o prazo de duração do fundo. A maior
parte dos FIIs tem prazo de duração indeterminado, ou seja, não é estabelecida uma
data para a sua liquidação. Nesse caso, se o investidor decidir sair do investimento,
somente poderá fazê-lo através da venda de suas cotas no mercado secundário.

Características técnicas
XXXX11B

XXXX = 04 letras maiúsculas que


representam o nome do fundo

Código de negociação 11 = número que simboliza, dentre


outros ativos, cotas de fundo

B= indicativo de negociação em
mercado de balcão organizado
(quando aplicável)

Reais por cota, com 02 casas


Cotação
decimais
Liquidação Física e Financeira

Prazo de liquidação D+2, a partir da data de negociação

Mercado A vista
Lote padrão 01 cota

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Quais são os tipos de FII?

1. Fundos de Renda:

Visto como formas de fundo imobiliário menos arriscado, os Fundos de Renda são
aqueles em que os gestores fazem a aquisição ou constroem imóveis para alugar. O
foco, geralmente, é em empresas de médio e grande porte, como shopping; lajes
corporativas (imóveis de alto padrão); galpões industriais para centros e distribuição
de grandes varejistas, indústrias ou empresas de logística; agências bancárias;
escolas e faculdades; hospitais, hotéis; imóveis residenciais para pessoas físicas.

A renda líquida dos aluguéis, que pode ser fixa ou atrelada à receita do locatário, é
distribuída entre os investidores (cotistas). Pelo investimento, os contratos tendem a
ser longos, conferindo maior segurança. Para manter a renda fluindo e diminuir o
risco de ver os imóveis vagos, é importante investir em fundos com boa diversificação
de locatários.

2. Fundos de Tijolo:

Este é o tipo de fundo imobiliário mais tradicional e procurado que temos no mercado.
Os Fundos de Tijolo caracterizam os imóveis físicos já prontos, ou seja, efetivamente
construídos, por isso o nome “tijolo”.

Essa aplicação tem como objetivo adquirir as propriedades para alugar, considerando
o potencial de valorização ao longo do tempo. Normalmente são lajes corporativas,
galpões logísticos e industriais, clinicas hospitalares, escolas, bancos, hotéis,
shoppings centers, entre outros.

Os empreendimentos podem ser os mesmos dos Fundos de Renda. Uma das


principais vantagens é a possibilidade de diversificar entre vários setores.

3. Fundos de Desenvolvimento Imobiliário:

Os Fundos de Desenvolvimento têm potencial de riscos e lucros maiores. Os recursos


recolhidos pelo fundo são utilizados na compra de terrenos para construir
empreendimentos e vendê-los ou alugá-los mais tarde.

Durante o período de construção e posterior entrega, o lucro das vendas das


unidades é distribuído para os cotistas. São semelhantes às empresas de construção
civil.

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Os riscos podem surgir do embargo nas obras ou do próprio gerenciamento da


construção, de imprevistos com o orçamento, problemas com licenças ambientais ou
atrasos na entrega. Gestores devem ser rígidos com prazos, custos e todas as etapas
do projeto.

4. Fundos de Recebíveis Imobiliários:

Também conhecido pelo nome de Fundos de Papel, ele possui mais características
de renda fixa do que de fundos imobiliários. Esses fundos compram títulos ligados ao
mercado imobiliário, ao invés dos imóveis em si. Pode ser uma boa opção para perfis
de conservador a moderado, com alto poder de investimento.

5. Fundos de fundos:

Os Fundos de fundos (FOF), funcionam como uma grande cesta constituída por
outros fundos de investimentos imobiliários. É semelhante a um Fundos de Ações,
quando o patrimônio do fundo é composto por ações de empresas diferentes.

Nesse caso, o gestor compra diversos fundos imobiliários para montar sua carteira
com o objetivo de gerar renda ou até potencializar o lucro. Pode vir a ser uma boa
opção para quem está sem tempo de analisar o mercado e quer investir em um FII.

Mercado a termo

O mercado a termo foi desenvolvido com o objetivo de ser uma ferramenta para o
gerenciamento do risco sobre a oscilação de preço. É uma operação de compra e
venda de um derivativo, com prazo de vencimento em data futura a um preço fixado
e acordado hoje. As partes (vendedor e comprador) assumem o compromisso de
efetuar a transação no vencimento, e com uma taxa de juros estipulada em relação
à cotação atual. Essa taxa de juros é combinada livremente entre o vendedor e o
comprador, mas costuma ficar próxima à taxa SELIC.

Geralmente, os prazos dos contratos a termo podem variar entre 16 e 999 dias
corridos. No Mercado a Termo, os preços advêm do valor da ação no mercado à vista
e da taxa de juros esperado para o período do contrato.

Por exemplo, se uma determinada ação custa R$ 10,00 no mercado à vista, a compra
dessa ação a termo será estabelecida pelo preço de R$ 10,00 + taxa de juros entre
hoje e o dia do vencimento.

Numa operação a termo, é exigido um depósito de garantia pelo o sistema de


compensação e liquidação da bolsa, que podem ser oferecidas na forma de cobertura

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ou margem. A cobertura é realizada pelo vendedor a termo, e vem a ser um depósito


do ativo objeto da operação como garantia. Margem é um valor depositado, conforme
regras do sistema de compensação, que procura reduzir os riscos de liquidação da
operação.

Ainda que o comprador se arrependa da aquisição do ativo (ao vê-lo desvalorizar,


por exemplo), no prazo final deverá ser efetuado o pagamento do preço acordado.
Dessa forma, as duas partes ficam vinculadas entre si até a efetivação do contrato.

Quando realizar operações no mercado a termo?

A - Não ter dinheiro disponível no curto prazo;


B – Alavancagem da carteira;
C – Realizar uma aplicação de renda fixa.

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Introdução ao mercado de opções

Os contratos de opções, negociados no mercado financeiro, atraem participantes de


vários estilos, dentre os quais destacam-se os hedgers, especuladores e
arbitradores.

Enquanto os hedgers procuram proteção com relação a movimentos adversos nos


preços de determinados ativos, os especuladores querem abrir posições, apostando
na alta ou queda dos preços. Já os arbitradores procuram travar um lucro sem
risco, realizando transações simultâneas de um mesmo ativo em dois ou mais
mercados (HULL, 1994).

As opções chamam a atenção de qualquer investidor, principalmente pelo poder de


que com pouco capital, pode-se transformar em muitas vezes o patrimônio. Porém,
é importante tomar cuidados, não se vislumbrar, e sempre lembrar que o
planejamento, o gerenciamento de risco, a disciplina e a paciência é o que
de fato trazem consistência na geração permanente de riqueza.

No mercado há vários tipos de opções de ativos disponíveis para negociação, tais


como ações, de futuros, de commodities, de índices, as taxas cambiais, entre
outras. Há muitos tipos de estratégias operacionais envolvendo a combinação de
duas ou mais opções, resultando nas chamadas travas, que permitem a
administração do risco de variações desfavoráveis nos preços de determinados ativos.

O conceito de opções, desenvolvido no mercado financeiro, também tem sido


utilizado na avaliação de investimentos em ativos fixos, como edifícios e
equipamentos. Um projeto de investimento pode ser visto como um conjunto de
opções reais. A gerência pode expandir ou prolongar um projeto de investimento,
caso as condições do mercado sejam mais favoráveis que o esperado; pode reduzi-
lo ou abandoná-lo, caso os resultados sejam piores que o previsto inicialmente
(COPELAND & ANTIKAROV, 2001).

Todas essas opções proporcionam maior flexibilidade ao projeto, o que possibilita,


à gerência, uma maior capacidade de reagir às mudanças ocorridas no mercado,
sejam estas desfavoráveis ou não.

Nosso objetivo é explorar e fundamentar o conceito por trás do racional e levar até
você uma base sólida para desenvolver estratégias vencedoras e rentáveis, e
entender o momento e aplicabilidade de cada uma.

O Que é Uma Opção?

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Uma opção é um direito de compra ou venda de um ativo por um preço, em uma


data e por um período pré-estabelecido.

De maneira simples, é um contrato em que uma parte tem direito (de comprar uma
ação, por exemplo) e a outra obrigação (vender a ação pelo preço combinado).

O titular da opção paga um prêmio para adquirir este direito do lançador, podendo
exercê-lo ou revender a opção no mercado. Por se tratar de um direito, o titular da
opção pode não o exercer e deixar que a opção expire. Em contrapartida, a outra
parte, o lançador, que recebeu o prêmio em dinheiro, não pode deixar de cumprir
suas obrigações.

Nomenclatura

Titular: Tem direito de compra ou venda;

Lançador: Quem vende o ativo, tem a obrigação;

Prêmio: Valor pago pelo Titular ao Lançador, afim de adquirir direito;

Preço de Exercício (X): É o preço combinado do ativo-objeto;

Preço do Ativo-Objeto (S): Preço do Ativo Subjacente;

Vencimento: Data que cessa o direito do Titular. Sempre a terceira Segunda-


feira de cada mês.

Série de Opções: São as opções referentes ao mesmo ativo-objeto, tendo o mesmo


vencimento e o mesmo preço de exercício.

Ativo-Objeto: É o ativo de referência de um contrato de opção. O ativo-objeto pode


ser uma ação, uma commodity, uma moeda, um índice ou um instrumento
financeiro.

Tipos de Opções

Opção de Compra (CALL): Dá direito de compra do Ativo-Objeto ao titular em uma


data e um preço pré-determinado.

Opção de Venda (PUT): Dá direito de venda do Ativo-Objeto ao titular em uma


data e um preço pré-determinado.

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Esses dois tipos de opção ainda são classificados quanto a forma de exercício:

Americana: Pode ser exercida a qualquer momento, até a data de vencimento;

Europeia: Só pode ser exercida no dia do vencimento.

A possibilidade de exercício a qualquer momento faz com que uma Opção Americana
se torne valiosa mediante a Europeia. No entanto, o prêmio por esperar até o
vencimento faz com que o exercício antecipado não seja tão atraente.

Antes de Operar o Mercado de Opções

Para que um investidor possa operar no mercado de opções com ações é essencial
saber as regras, códigos e normas da B3.

Uma dessas regras diz respeito ao horário de exercício das opções. Sim, esse tipo
de operação tem um horário específico para acontecer.

De acordo com a B3, a posição das séries vincendas deve ser encerrada no último
dia útil antes do vencimento das opções. Portanto, o exercício de posições titulares
de tais séries devem ser realizado das 10h às 13h.

No dia do exercício (segunda-feira) não poderão ser negociadas séries que estiverem
vencendo, sendo possível apenas posições titulares (compradas).

Código das Opções

O código das opções negociadas no Mercado Bovespa é composto por 5 letras e 2


números. Esta estrutura composta por 7 caracteres indica qual o ativo-objeto, o mês
de vencimento e o preço de exercício da opção negociada.

Por exemplo, PETRK40.

A letra K indica o mês da opção em questão. Pelo o exemplo, a opção vence em


novembro. O 40 mostra que o preço de exercício é de R$40,00.
Vale ressaltar que a letra intermediária que vai fazer a distinção de uma Opção Call
(compra) e uma Opção Put (venda):
Call: Letras A a L;
Put: Letras M a X.

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Operando Opções

O objetivo básico na negociação deste ativo é vender por um prêmio maior do que
foi pago ou comprar a um prêmio menor do que foi vendido e lucrar com essa
diferença de preços. Em síntese, é comprar barato e vender caro.

Para que isso ocorra de forma satisfatória, o investidor precisa entender a variação
de preço do ativo e como isso afeta o valor final do prêmio.

Precificação das Opções

Um dos pontos mais importantes e vitais no processo de compreensão do mercado


de opções é entender quais os fatores que afetam os preços das opções.

As opções, como todos os ativos financeiros, têm seu preço determinado pelas forças
de oferta e demanda.

A importância de se entender estes conceitos é porque passa a ser possível esclarecer


muitos pontos acerca do comportamento das opções. Pontos como elucidar o motivo
pelo qual nunca é ideal exercer uma opção americana de compra, sobre uma ação
que não distribui dividendo, antes do vencimento ou, a razão pela qual é interessante
antecipar o exercício de uma opção.

Para entender o mecanismo de precificação de opções, é preciso compreender que


o valor (prêmio) das opções se divide em duas partes: o valor intrínseco e o valor
extrínseco.

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● Valor Intrínseco é valor que leva a cotação atual da ação ao preço alvo
da opção;
● Valor extrínseco representa os fatores externos que podem vir a
influenciar nos preços da ação associada a opção. Pode ser chamado
também de Valor no Tempo.

Classificamos as opções de 3 formas distintas de acordo com a relação entre o preço


de exercício da opção e a cotação atual do Ativo-Objeto:

● In the Money (“dentro do dinheiro”): Uma opção dentro do dinheiro


(in the money; ITM), é uma opção de compra cujo Ativo-Objeto está
sendo negociado no mercado à vista a um preço superior ao preço de
exercício da opção, ou seja, se fosse o momento do vencimento, seu
detentor certamente a exerceria;
● At the Money (“no dinheiro”): Uma opção no dinheiro (at the money;
ATM) é aquela (ou opção de venda, ou opção de compra) em que o
preço do Ativo-Objeto é igual ao preço de exercício, de forma a não ter
uma definição razoável sobre se essa opção será exercida ou não;
● Out of the Money (“fora do dinheiro”): Uma opção fora do dinheiro
(out of the money; OTM) é aquela em que o exercício não compensaria
se estivesse no momento de seu vencimento. É uma opção de compra
com o preço de seu ativo objeto abaixo do preço de exercício do
contrato, ou uma opção de venda com o preço do ativo acima do seu
preço de exercício.

Parâmetros de Cálculo

Existem 5 fatores que afetam o preço de uma opção:

● Preço da Ação (S): Valor da ação ao qual a opção está associada;


● Preço de Exercício (X): Preço que o titular pode exercer;
● Volatilidade (σ): Mede a incerteza sobre o preço de mercado do Ativo-
Objeto;
● Tempo: Tempo de vencimento da Opção. Quanto maior o tempo, maior
o prêmio, pois, aumenta as chances de ela ser exercida;
● Taxa de Juros (r): Se os juros estiverem muito altos, o prêmio de Call
(compra) será maior que a Put (venda).

Efeito dos fatores X Prêmio das Opções

● Preço da Ação Sobe: Valor da Call diminui;


● Maior Preço de Exercício: Valor da Call diminui;

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● Maior Volatilidade: Valor da Call aumenta;


● Mais Tempo: Valor da Call aumenta;
● Juros Maiores: Valor da Call aumenta.

Vamos supor que um investidor esteja comprado em uma Call.


Se o preço da ação ao qual a opção está associada subir, essa Call irá subir
juntamente. No entanto, se o preço de exercício for alto, seu valor diminui, pois
reduz a probabilidade dessa opção ser exercida.

Quanto maior a volatilidade, mais valor a opção recebe. A volatilidade aumenta


a chance da opção ser exercida. A variável tempo influi positivamente nas opções
americanas, mas pode influenciar positivamente ou negativamente uma
opção europeia. No caso de opções “fora do dinheiro”, isso implicará numa maior
probabilidade de não ocorrer o exercício e, portanto, menor valor da opção.
Com base nisso, fica claro a importância de se entender o efeito que esses fatores
causam. Afinal, o investidor só consegue lucros se conseguir vender o ativo a um
preço maior do que ele comprou.

Volatilidade

A volatilidade está muito presente no Mercado de Renda Variável em geral. Não seria
diferente se tratando das Opções.

Sendo uma das principais variáveis no Mercado de Derivativos, quanto maior a


expectativa de movimentos nos preços do Ativo-Objeto, maior a possibilidade da
Opção ser exercida e maior será o ganho do prêmio.

A volatilidade pode ser Histórica ou Implícita.

A volatilidade histórica é medida pelo desvio padrão da variação histórica do ativo-


objeto. Com base nela é possível estimar a tendência futura da volatilidade.

Quanto à volatilidade implícita, essa é uma estimativa futura adotada pelo mercado.
Para calculá-la são utilizadas informações do preço do ativo subjacente no mercado
de derivativos ou futuro. É a mais usada no Mercado de Opções.

Porém, infelizmente, nem sempre é possível utilizá-la devido a falta de liquidez das
opções, o que leva o investidor a analisar a volatilidade histórica para tomada de
decisão.

Agora que já deixamos a parte técnica esclarecida, que tal conhecermos algumas
estratégias de operações para esse mercado?

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Estratégias Para o Mercado de Opções

LONG FUTURES (Posição comprada em futuros)

Quando usar: Quando se está otimista com a perspectiva do mercado, porém,


incerto com a volatilidade.

Características de lucro: O lucro aumenta conforme o mercado sobe. Os ganhos


se baseiam na diferença do preço de entrada e no preço de saída.

Características de perda: A perda aumenta conforme o mercado cai. As perdas se


baseiam na diferença entre o preço de entrada e o preço de saída.

Características de depreciação: Nenhuma.

Categoria: Direcional

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SHORT FUTURES (Posição vendida em futuros)

Quando usar: Quando se está pessimista com as perspectivas do mercado e incerto


com a volatilidade.

Características de lucro: O lucro aumenta à medida que o mercado cai. Os ganhos


se baseiam na diferença do preço de entrada do preço de saída.

Características de perda: O lucro diminui conforme o mercado sobe. Os prejuízos


se baseiam na diferença entre o preço de entrada e o preço de saída.

Características de depreciação: Nenhuma.

Categoria: Direcional.

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LONG SYNTHETIC FUTURES (Posição comprada sintética em futuros)

Quando usar: Quando se está otimista com as perspectivas do mercado e incerto


com a volatilidade. A negociação pode acontecer a partir de uma posição comprada
em Call ou vendida em Put.

Características de lucro: O lucro aumenta à medida que o mercado sobe. Os


ganhos se baseiam na diferença entre o preço de entrada e o preço de saída.

Características de perda: A perda aumenta à medida que o mercado cai. As perdas


se caracterizam na diferença entre o preço de entrada e o preço de saída.

Características de depreciação: Nenhuma.

Categoria: Direcional.

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SHORT SYNTHETIC FUTURES (Posição vendida sintética em futuros)

Quando usar: Quando se está numa posição baixa no mercado e incerto com a
volatilidade. A negociação pode acontecer a partir de uma posição inicial vendida em
Call ou comprada em Put para criar uma posição mais baixa.

Características de lucro: O lucro aumenta à medida que o mercado cai. Os ganhos


se baseiam na diferença entre o preço de entrada e o preço de saída.

Caraterísticas de perda: A perda aumenta à medida que o mercado sobe. As


perdas se baseiam na diferença entre o preço de entrada e o preço de saída.

Características de depreciação: Nenhuma.

Categoria: Direcional.

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LONG RISK REVERSAL (Split Strike)

Quando usar: Quando se está otimista com as perspectivas do mercado e incerto


com a volatilidade. O risco/retorno é o mesmo do que com “long futures”, com a
exceção de uma área de pouco ou nenhum lucro/prejuízo.

Características de lucro: O lucro aumenta quando o mercado fica acima do preço


de exercício da posição comprado Call. O lucro fica em aberto no vencimento e se
baseia no preço de exercício B mais/menos o preço recebido ou pago para iniciar a
posição.

Características de perda: A perda aumenta quando o mercado fica abaixo da


posição vendida em Put. A perda fica em aberto no vencimento e se baseia no preço
de exercício A mais/menos o prêmio recebido ou pago para iniciar a posição.

Características de depreciação:Elas variam de acordo com a relação entre o


preço de exercício da call, o preço de exercício da put e o preço dos futuros no
momento em que a posição é estabelecida.
A posição não é afetada se o preço dos futuros fica exatamente no meio entre o
preço de exercício da call e da put; se beneficia da depreciação quando o preço dos
futuros está mais perto do preço de exercício da call do que da put; ou é depreciada
quando o preço dos futuros está mais próximo do preço de exercício da put do que
da call.

Categoria: Direcional.

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SHORT RISK REVERSAL (Split Strike)

Quando usar: Quando você está pessimista com as perspectivas do mercado e


incerto quanto à volatilidade. Normalmente, esta posição é iniciada para
complementar uma outra estratégia. Seu risco/retorno é o mesmo do que com “long
futures”, exceto por uma área estável de pouco ou nenhum lucro/prejuízo.

Características de lucro: O lucro aumenta à medida que o mercado fica abaixo do


preço de exercício da posição comprada em put. O ganho fica em aberto no
vencimento e baseia-se no preço de exercício A mais/menos o prêmio recebido ou
pago para iniciar a posição.

Características de prejuízo: A perda aumenta quando o mercado fica acima da


posição vendida em call. O prejuízo fica em aberto no vencimento e baseia-se no
preço de exercício B mais/menos o prêmio recebido ou pago para iniciar a posição.

Características de deterioração: Elas variam de acordo com a relação entre o


preço de exercício da call, o preço de exercício da put e o preço dos futuros no
momento em que a posição é estabelecida. A posição não é afetada se o preço dos
futuros fica exatamente no meio entre o preço de exercício da call e da put; se
beneficia da depreciação quando o preço dos futuros está mais perto do preço de
exercício da put do que da call; ou é depreciada quando o preço dos futuros está
mais próximo do preço de exercício da call do que da put.

Categoria: Direcional.

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LONG CALL

Quando usar: Quando se está otimista, ou muito otimista, com as perspectivas do


mercado. Em geral, quanto mais “fora do dinheiro” forem as opções de compra, mais
altista deve ser a estratégia.

Características de lucro: O lucro aumenta à medida que o mercado sobe. No


vencimento, o ponto de equilíbrio será o preço de exercício A da call mais o preço
pago por opção de compra.

Características de prejuízo: O prejuízo se limita ao montante pago por opção. A


perda máxima é realizada se o mercado ficar abaixo do preço de exercício A.

Características de depreciação: A posição é um ativo esgotável. Com o tempo, o


valor da posição deprecia conforme se aproxima do valor de vencimento.

Categoria: Direcional.

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SHORT CALL

Quando usar: Quando se está pessimista sobre o mercado. É recomendável vender


opções de compra (calls) ‘fora-do-dinheiro’ (maior preço de exercício), se estiver
menos confiante de que o mercado irá cair, e vender opções de compra (calls) ‘no
dinheiro’, se estiver confiante de que o mercado irá estabilizar ou declinar.

Características de lucro: O lucro se limita ao prêmio recebido. No vencimento, o


ponto de equilíbrio é o preço de exercício A mais o prêmio recebido. O ganho máximo
é realizado se o mercado ficar no preço de exercício A ou abaixo dele.

Características de prejuízo: A perda potencial fica em aberto e o prejuízo aumenta


à medida que o mercado sobe. No vencimento, o prejuízo aumenta em um ponto
para cada ponto em que o mercado estiver acima do ponto de equilíbrio. Como o
risco fica em aberto, a posição deve ser observada cuidadosamente.

Características de depreciação: A posição é beneficiada pela depreciação. O lucro


do vendedor da opção aumenta conforme a opção perde seu valor de tempo. O lucro
máximo com depreciação ocorre se a opção estiver “no dinheiro”.

Categoria: Direcional.

LONG PUT

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Quando usar: Quando você estiver pessimista, ou muito pessimista, com as


perspectivas do mercado. Em geral, quanto mais “fora do dinheiro” for o preço de
exercício da put, mais baixista deve ser a estratégia.

Características de lucro: O ganho aumenta conforme que o mercado cai. No


vencimento, o ponto de equilíbrio será o preço de exercício A menos o preço pago
por opção. O lucro aumenta um ponto adicional para cada ponto abaixo do ponto de
equilíbrio.

Características de prejuízo: O prejuízo se limita ao montante pago por opção. A


perda máxima é realizada quando o mercado fica acima do preço de exercício A.

Características de depreciação: A posição é um ativo esgotável. Com o tempo, o


valor da posição deprecia conforme se aproxima do valor do vencimento.

Categoria: Direcional.

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SHORT PUT

Quando usar: Quando se acredita firmemente que o mercado não irá declinar. É
recomendável vender as opções “fora do dinheiro” se estiver mais ou menos
convencido de que o mercado não irá declinar, e vender as opções “no dinheiro”
quando estiver bastante convencido de que o mercado irá estabilizar ou subir. Se
duvida que o mercado vai estabilizar e está mais otimista, venda as opções “dentro
do dinheiro” para obter lucro máximo.

Características de lucro: O ganho se limita ao prêmio recebido com a venda de


put. No vencimento, o ponto de equilíbrio fica no preço de exercício A menos o prêmio
recebido. O lucro máximo é realizado quando o mercado fica no preço de exercício A
ou acima dele.

Características de prejuízo: O potencial de perda fica em aberto e o prejuízo


aumenta conforme o mercado declina. No vencimento, a perda aumenta em um
ponto para cada ponto em que o mercado fica abaixo do ponto de equilíbrio. Como
o risco fica em aberto, a posição deve ser observada atentamente.

Características de depreciação: A posição se beneficia da depreciação. O lucro


do vendedor da opção aumenta conforme a opção perde seu valor de tempo. O
máximo lucro com depreciação ocorre quando a opção é “no dinheiro”.

Categoria: Direcional

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BULL SPREAD (Trava de alta)

Quando usar: Quando se acha que o mercado subirá, mas com alta limitada. Uma
boa posição se quer se manter no mercado, mas está menos confiante em relação
às expectativas otimistas. Esta é a negociação altista mais popular.

Características de lucro: O ganho é limitado e alcança seu ponto máximo quando


o mercado fecha no preço de exercício B ou acima dele na data de vencimento. Se a
versão call x call (mais comum) for usada, o ponto de equilíbrio fica em A mais o
custo líquido do spread. Se a versão put x put for usada, o ponto de equilíbrio fica
em B menos o prêmio líquido recebido.

Características de prejuízo: O que se ganha limitando o potencial de lucro é


basicamente uma limitação da perda se você errou em sua previsão do mercado. O
prejuízo máximo ocorre quando o mercado fica no preço de exercício A ou abaixo
dele no vencimento. Com a versão call x call, a perda máxima equivale ao custo
líquido do spread.

Características de depreciação: Se o mercado está no meio entre A e B, verifica-


se pouca ou nenhuma depreciação. Se o mercado está mais próximo de B, a
depreciação é geralmente um benefício. Se o mercado está mais perto de A, a
depreciação é geralmente prejudicial à rentabilidade.

Categoria: Direcional

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BEAR SPREAD (Trava de baixa)

Quando usar: Quando se acha que o mercado vai declinar, mas com queda limitada.
Esta é uma boa posição se quer se manter no mercado, mas está menos confiante
em relação às expectativas baixistas. Esta é a posição mais popular entre os
investidores que apostam na baixa, porque pode ser lançada como uma negociação
conservadora quando não se tem certeza sobre a postura baixista.

Características de lucro: O ganho é limitado e alcança seu ponto máximo quando


o mercado fica no preço de exercício A ou abaixo dele na data de vencimento. Se a
versão put x put (mais comum) for usada, o ponto de equilíbrio fica em B menos o
custo líquido do spread. Se a versão call x call for usada, o ponto de equilíbrio fica
em A mais o prêmio recebido.

Características de prejuízo: Ao aceitar um limite nos lucros, você também limita


as perdas. Na data de vencimento, os prejuízos aumentam à medida que o mercado
sobe em direção ao preço de exercício B, no qual as perdas atingem seu ponto
máximo. Com a versão put x put, a perda máxima equivale ao custo líquido do spread.

Características de depreciação: Se o mercado está no meio entre A e B, pouca


ou nenhuma depreciação é verificada. Se o mercado está mais próximo de A, a
depreciação é geralmente um benefício. Se o mercado está mais perto de B, a
depreciação é geralmente prejudicial à rentabilidade.

Categoria: Direcional.

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LONG BUTTERFLY (Borboleta comprada)

Quando usar: Esta é uma das poucas posições que podem ser lançadas, de maneira
vantajosa, em uma série de opções de longo prazo. Recomenda-se que seja lançada
quando, faltando um mês ou mais para o vencimento, o custo do spread for 10% ou
menos dopico menos A (20% se houver um preço de exercício entre A e B). Esta é
uma regra prática. Verifique os valores teóricos.

Características de lucro: O lucro máximo ocorre quando o mercado está em B na


data de vencimento. Este ganho equivaleria a B menos A menos o custo líquido do
spread. Ele se desenvolveu, quase completamente, no último mês.

Características de prejuízo: A perda máxima, em ambas as direções, equivale ao


custo do spread. Esta é uma transação bastante conservadora, cujos pontos de
equilíbrio se encontram em A mais o custo do spread e em C menos o custo do
spread.

Características de depreciação: A depreciação é insignificante até o último mês,


durante o qual padrões distintos de butterfly (borboleta) são formados. O lucro
máximo coincide com B. Se você estiver afastado da faixa A a C no início do último
mês, é recomendável liquidar a posição.

Categoria: Precisão.

SHORT BUTTERFLY (Borboleta vendida)

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Quando usar: Quando o mercado está abaixo de A ou acima de C e a posição está


superfaturada com cerca de um mês remanescente até a data de vencimento. Ou
quando faltam apenas algumas semanas, o mercado está próximo de B e você espera
um movimento em uma direção ou na outra.

Características de lucro: O lucro máximo equivale ao crédito no qual o spread foi


estabelecido. Este ocorre quando, no vencimento, o mercado está abaixo de A ou
acima de C, o que torna todas as opções “dentro do dinheiro” ou “fora do dinheiro”.

Características de prejuízo: O prejuízo máximo ocorre quando o mercado está


em B na data de vencimento. Ele equivale a B menos A menos o crédito recebido
quando a posição foi estabelecida. Os pontos de equilíbrio ficam em A mais o crédito
inicial e em C menos o crédito inicial.

Características de depreciação: A depreciação é insignificante até o último mês,


durante o qual padrões distintos de butterfly (borboleta) são formados. A aceleração
do prejuízo máximo coincide com B.

Categoria: Precisão.
LONG IRON BUTTERFLY

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Quando usar: Quando o mercado está abaixo de A ou acima de C e a posição está


subfaturada com cerca de um mês remanescente. Ou quando faltam apenas algumas
semanas, o mercado está próximo de B e você espera um movimento iminente em
uma direção ou na outra.

Características de lucro: O lucro máximo equivale a B menos A menos o prejuízo


líquido para criar a posição. Ele ocorre quando, no vencimento, o mercado está abaixo
de A ou acima de C.

Características de prejuízo: O prejuízo máximo é verificado quando o mercado


está em B na data de vencimento. O montante da perda equivale ao prejuízo líquido
para criar a posição. Os pontos de equilíbrio estão em B mais e menos o débito inicial.

Características de depreciação: A depreciação é insignificante até o último mês,


durante o qual padrões distintos de butterfly (borboleta) são formados. O prejuízo
máximo coincide com B. Se você estiver afastado da faixa de A a C ao entrar no
último mês, é recomendável manter a posição.

Categoria: Precisão

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SHORT IRON BUTTERFLY

Quando usar: Recomenda-se que seja lançada quando o crédito do “short iron
butterfly” for equivalente a 80% ou mais de C menos A, e você consiga prever um
período longo de relativa estabilidade de preço, no qual o objeto estará no ponto
central da faixa entre C e A perto da data de vencimento. Esta é uma regra prática.
Verifique os valores teóricos.

Características de lucro: O lucro máximo ocorre quando o mercado está em B na


data de vencimento. O ganho seria equivalente ao prêmio do “short straddle” menos
o prêmio da “long strangle”. Ele se desenvolveu, quase completamente, no último
mês.

Características de prejuízo: A perda máxima, em ambas as direções, equivale ao


prêmio líquido recebido menos (B menos A). Esta é uma negociação bastante
conservadora, cujos pontos de equilíbrio se encontram em B mais e menos o prêmio
líquido recebido.

Características de depreciação: A depreciação é insignificante até o último mês,


durante o qual padrões distintos de butterfly (borboleta) são formados. O lucro
máximo coincide com B. Se você estiver afastado da faixa de A a C ao entrar no
último mês, é recomendável liquidar a posição.

Categoria: Precisão.
LONG STRADDLE (Straddle comprado)

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Quando usar: Quando o mercado está próximo de A e você acredita que haverá
movimento, mas não sabe em que direção. Esta é uma posição especialmente boa
quando o mercado está calmo, mas começa a oscilar bruscamente indicando uma
possível erupção.

Características de lucro: O lucro fica em aberto em ambas as direções. No


vencimento, o ponto de equilíbrio fica em A mais/menos o custo do spread.
Entretanto, esta posição é raramente mantida até o vencimento devido à crescente
depreciação provocada pela passagem do tempo.

Características de prejuízo: O prejuízo está limitado ao custo do spread. O


prejuízo máximo ocorre quando o mercado está em A na data de vencimento.

Características de depreciação: A depreciação aumenta à medida que as opções


se aproximam da data de vencimento. A posição é geralmente liquidada bem antes
do vencimento.

Categoria: Precisão.

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SHORT STRADDLE (Straddle vendido)

Quando usar: Quando o mercado está próximo de A e você supõe que ele esteja
se estabilizando. Como você está apenas vendido em opções, você lucra conforme
elas declinam se o mercado permanecer perto de A.

Características de lucro: O ganho será maximizado se o mercado estiver em A na


data de vencimento. Em cenário envolvendo call e put (mais comum), o lucro máximo
equivale ao crédito recebido no estabelecimento da posição. O ponto de equilíbrio
fica em A mais/menos o crédito total.

Características de prejuízo: O potencial de perda fica em aberto em ambas as


direções. Consequentemente, a posição deve ser monitorada cuidadosamente e
ajustada em relação ao delta-neutro caso o mercado comece a se afastar de A.

Características de prejuízo: Por estar negociando apenas posições vendidas em


opções, você verifica uma depreciação crescente do valor de tempo à medida que a
data de vencimento se aproxima. A depreciação é maximizada quando o mercado
está próximo de A.

Categoria: Precisão.

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LONG STRANGLE (Strangle largo)

Quando usar: Quando o mercado está dentro ou próximo da faixa de A a B e tem


se mantido estável. Se o mercado explodir em uma direção ou na outra, você ganha
dinheiro. Se ele continuar estável, você perde menos do que com a “long straddle”.
Esta estratégia é útil também quando o aumento da volatilidade implícita é previsto.

Características de lucro: O lucro fica em aberto em ambas as direções. Os pontos


de equilíbrio estão em A menos o custo do spread e em B mais o custo do spread.
No entanto, geralmente o spread não é mantido até a data de vencimento.

Característica de prejuízo: A perda é limitada e equivale ao custo líquido da


posição. O prejuízo máximo ocorre quando, no vencimento, o mercado está entre A
e B.

Característica de depreciação: A depreciação é acelerada à medida que as opções


vencem, mas não tão rapidamente quanto com a “long straddle”. Para evitar uma
crescente depreciação, a posição é normalmente liquidada antes do vencimento.

Categoria: Precisão.

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SHORT STRANGLE (STRANGLE VENDIDO)

Quando usar: Quando o mercado está dentro ou próximo da faixa entre A a B e,


embora ativo, começa a acalmar. Se o mercado se estabiliza, você ganha dinheiro,
se ele continua ativo, você tem um pouco menos risco do que com a “short straddle”.

Características de lucro: O ganho máximo equivale ao prêmio de opção recebido


e é realizado, no vencimento, se o mercado estiver entre A e B.

Características de prejuízo: Na data de vencimento, as perdas são verificadas se


o mercado estiver acima de B mais o prêmio da opção recebido (para put e call) ou
abaixo de A menos o referido prêmio. A perda potencial fica em aberto e embora o
risco seja menor do que com a “short straddle”, a posição é arriscada.

Características de prejuízo: Por estar vendido em opções, você verifica uma


depreciação crescente do valor de tempo à medida que a data de vencimento se
aproxima. A depreciação será maximizada se o mercado estiver na faixa entre A a B.

Categoria: Precisão.

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RATIO CALL SPREAD (Venda de volatilidade - Call)

Quando usar: Geralmente quando o mercado está perto de A e você espera uma
leve ou moderada ascensão, mas vê potencial para venda. Este é um dos spreads de
opções mais comuns e é raramente feito mais do que de 1 para 3 (duas posições
vendidas a mais) devido ao risco de alta.

Características de lucro: O ganho máximo equivale a B menos A menos o custo


líquido da posição (para versão call x call) e é realizado se o mercado estiver em B
na data de vencimento. Pode equivaler também a B menos A mais o crédito líquido
da posição (se o prêmio da opção comprada for menor do que o prêmio recebido
pela venda de duas ou mais opções).

Características de prejuízo: A perda é limitada se o mercado estiver em baixa


(para custo líquido da posição em call x call, ou nenhuma perda é verificada se a
posição for estabelecida com crédito), mas fica em aberto se o mercado subir. Se
este subir acima do preço de exercício B, a perda será proporcional ao número de
posições vendidas a mais na posição.

Características de depreciação: Depende do valor de tempo líquido comprado ou


vendido através desta estratégia. Quando o valor de tempo vendido é maior do que
o comprado, a depreciação do valor de tempo beneficia o detentor da estratégia.

Categoria: Precisão.

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RATIO PUT SPREAD (Venda de volatilidade - Put)

Quando usar: Geralmente, quando o mercado está próximo de B e você pressupõe


que ele irá declinar leve ou moderadamente, mas vê potencial para uma ascensão
brusca. Este é um dos spreads de opções mais comuns e é raramente feito mais do
que de 1 para 3 (duas posições vendidas a mais) devido ao risco de baixa.

Características de lucro: O ganho máximo equivale a B menos A menos o custo


líquido da posição (para versão put x put) e é realizado se o mercado está em A na
data de vencimento. Ele pode equivaler também a B menos A mais o crédito líquido
da posição (se o prêmio da posição comprada em opção for menor do que o prêmio
recebido pela venda de duas ou mais opções).

Características de prejuízo: A perda é limitada se o mercado estiver em alta (para


custo líquido da posição em put x put ou nenhuma perda é verificada se a posição
for estabelecida com crédito), mas fica em aberto se o mercado cair. Se este cair
abaixo do preço de exercício A, a perda será proporcional ao número de posições
vendidas a mais.

Características de depreciação: Depende do valor de tempo líquido comprado ou


vendido por meio desta estratégia. Se houver mais valor de tempo vendido do que
comprado, a depreciação do valor de tempo será benéfica ao detentor.

Categoria: Precisão.

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CALL RATIO BACKSPREAD (Compra de volatilidade - Call)

Quando usar: Normalmente quando o mercado está perto de B e apresenta sinais


de atividade crescente com maior possibilidade de ascensão.

Características de lucro: O ganho é limitado na queda (caso o crédito líquido tenha


sido recolhido quando a posição foi estabelecida), mas fica em aberto se o mercado
estiver em ascensão rápida (rally).

Características de prejuízo: A perda máxima equivale a B menos A menos o


crédito inicial (ou B menos A mais o crédito inicial) realizada quando o mercado está
em B na data de vencimento. A perda é menor em comparação com a “long straddle”
e resulta da decisão de sacrificar a obtenção de lucro potencial na queda do mercado.

Características de depreciação: Depende do valor de tempo líquido comprado ou


vendido através desta estratégia. Se houver mais valor de tempo vendido do que
comprado, a depreciação do valor de tempo é benéfica ao detentor.

Categoria: Precisão.

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PUT RATIO BACKSPREAD (Compra de volatilidade - Put)

Quando usar: Geralmente quando o mercado está próximo de A e apresenta sinais


de atividade crescente, com maior probabilidade de queda. Por exemplo, se o último
movimento significativo foi de ascensão seguido de estabilidade.

Características de lucro: O ganho é limitado na alta (caso o crédito líquido tenha


sido recolhido quando a posição foi estabelecida), mas fica em aberto se o mercado
estiver em declínio.

Características de prejuízo: A perda máxima equivale a B menos A menos o


crédito inicial (ou B menos A mais o crédito inicial) realizado quando o mercado está
em A na data de vencimento. A perda é menor em comparação com a “long straddle”
e resulta da decisão de sacrificar a obtenção de lucro potencial na subida do mercado.

Características de depreciação: Depende do valor de tempo líquido comprado ou


vendido através desta estratégia. Se houver mais valor de tempo vendido do que
comprado, a depreciação do valor de tempo é benéfica ao detentor.

Categoria: Precisão.

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BOX

Quando usar: Ocasionalmente, o mercado torna-se desalinhado o suficiente para


justificar o lançamento inicial em uma dessas posições. No entanto, elas são mais
comumente usadas para “travar” todas ou algumas partes de uma carteira
comprando ou vendendo de modo a criar as “pernas” que faltam na posição. Estas
são alternativas para fechar as posições a preços possivelmente desfavoráveis.

Long box: Posições comprada em uma trava de alta e comprada em uma trava de
baixa, ou seja, comprada em call A, vendida em call B, comprada em put B e vendida
em put A. Valor = B menos A menos o débito líquido.

Short box: Posições comprada em call B, vendida em call A, comprada em put A e


vendida em put B. Valor = Crédito líquido mais (A menos B).

Conversão de instrumento comprado: Comprado no instrumento, comprado em


put A, vendido em call A. Valor = 0. “Preço” = instrumento mais put menos A menos
call.

Conversão de instrumento vendido: Vendido em instrumento, comprado em call


A, vendido em put A. Valor = 0. “Preço” = A mais call menos instrumento menos put.

Categoria: Operação travada ou de arbitragem. Estes spreads são conhecidos como


“operações travadas” porque seu valor na data de vencimento é completamente
independente do preço do instrumento. Se você puder comprá-los por menos do
referido valor ou vendê-los por mais, você obterá lucro (excluindo os custos das
comissões).

O que são contratos futuros

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Como o próprio nome diz, os contratos futuros são contratos de compra ou venda de
um ativo que possui uma data específica para ocorrer.

Para entender um pouco mais, vamos falar sobre o surgimento deste tipo de contrato.

Surgimento dos contratos futuros

Muito antes das ações existirem, o setor agrícola sempre precisou lidar com o risco
existente na produção de qualquer produto, seja uma plantação de soja ou a criação
de gado.

Os produtores sempre precisaram lidar com o risco que possuíam de ter uma safra
ruim ou terem uma safra boa, mas não conseguirem vender por um preço que os
desse lucro.

Além disso, os comerciantes também enfrentavam o risco de precisar pagar muito


caro em um produto caso alguma coisa, como a mudança do clima ou a seca numa
determinada região, ocorresse.

Com o tempo, produtores e comerciantes começaram a negociar a compra


antecipada da safra de uma plantação ou da arroba do boi.

Dessa maneira, não importa o que ocorresse no meio do caminho, ambos os lados
diminuem o risco da negociação: De um lado, os produtores estariam protegidos caso
um incidente acontecesse. De outro, os comerciantes sabiam exatamente quanto
pagariam pelo produto quando ele estivesse pronto para ser negociado.

Assim surgiu o contrato futuro: Um acordo de compra e venda entre duas partes que
se trata de um produto que será adquirido no futuro

Como é utilizado no mercado financeiro

No mercado financeiro hoje em dia os investidores continuam utilizando esses


contratos como forma de proteção da imprevisibilidade de ativos como moedas e
commodities.

Imagine que você é um grande investidor que precisará pagar contas em dólares 6
meses a partir de hoje.

Devido à grande volatilidade da cotação do dólar e da imprevisibilidade desta moeda,


você pode fazer uma “trava” com contratos futuros: Você compra o ativo à vista e
vende o contrato futuro.

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Dessa maneira, independentemente da moeda se valorizar ou não, você estará


protegido e sabe exatamente quando irá pagar por esta conta.

É claro que isso evita que você se beneficie de uma desvalorização da moeda nesse
cenário. Contudo, no mundo financeiro o que realmente importa é não correr riscos
desnecessários. Eliminar o fator risco desta operação já é considerado um ganho,
independentemente do que aconteça no futuro.

Mas se eu comprar contratos futuros, vou receber o produto em casa?

Ao contrário do que ocorria na época em que os primeiros contratos futuros eram


feitos, hoje em dia a maioria absoluta dos contratos negociados na B3 possui
liquidação financeira e não física.

Isso quer dizer que você não receberá o produto físico em sua conta, mas sim o valor
financeiro daquela transação.

No exemplo da trava de dólar no item anterior, o empresário não receberá dólares


pelo correio, mas terá o valor financeiro daqueles contratos creditados em sua conta
na data do vencimento.

Tipos de contratos futuros

Os contratos futuros podem ser de moeda, índices ou commodities (arroz, café, ouro,
etc). Cada contrato é negociado na bolsa através de um código (ticker) semelhante
às ações.

Contudo, diferente do mercado de ações, este ticker muda periodicamente e varia de


acordo com o vencimento de cada ativo. A única coisa que não se altera são as três
primeiras letras de cada um desses contratos.

A seguir, você pode ver uma tabela com as três primeiras letras do código de
contratos futuros:

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Fonte: http://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda-
variavel/mercado-de-acoes/mercado-futuro.htm

Além das três primeiras letras, um contrato também é composto por uma letra
adicional, que representa o mês de vencimento, e dois números que representam o
ano de vencimento.

E como funcionam os vencimentos?

O vencimento dos contratos futuros é representado sempre por uma letra, que
representa o mês, além de dois números que representam o ano de vencimento.

Cada mês é representado por uma letra, de acordo com a tabela abaixo:

Mês Letra

Janeiro F

Fevereiro G

Março H

Abril J

Maio K

Junho M

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Julho N

Agosto Q

Setembro U

Outubro V

Novembro X

Dezembro Z

O ano será representado pelos dois números finais. Ex: O contrato com vencimento
em 2021 terá o número “21” no final do seu ticker.

Contudo, cada contrato possui um vencimento específico. A maioria vence de maneira


mensal, mas outros podem apresentar vencimento a cada dois meses.

Para day trade, os contratos operados são sempre o do próximo vencimento daquele
contrato. No caso do dólar, por exemplo, sempre iremos operar em janeiro o contrato
que vence em fevereiro e assim por diante.

Resumindo, o código do ativo é formado por:

Código de negociação + Letra do mês de vencimento + número do ano de


vencimento

Ex: O contrato de dólar cheio (DOL) com vencimento em janeiro (F) de 2022 (22)
será DOLF22.

Os contratos futuros são amplamente utilizados em day trade devido à sua alta
liquidez (quantidade de negócios disponíveis), possibilidade de alavancagem (operar
mais contratos do que o financeiro depositado como margem na corretora) e
volatilidade (variação do preço ao longo do dia).

Esses três requisitos geram possibilidade de grandes retornos com capital


relativamente pequeno.

Os contratos futuros mais utilizados são o Dólar e Índice, que falaremos um pouco
mais a seguir.

Contratos Futuros de Dólar

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Como dito anteriormente, a compra de contratos futuros de dólar não é o mesmo


que a compra da moeda em espécie. Nesse caso, a liquidação é financeira, ou seja,
apenas o valor financeiro dessa operação será debitado/creditado em sua conta.

Os contratos são subdivididos em duas opções: Dólar cheio (DOL) e mini dólar
(WDO).

As estratégias e os preços de cada um desses dois são exatamente a mesma. A


diferença está no volume financeiro de cada um.

O dólar cheio pode ser negociado apenas em lotes de 5 em 5 contratos no mínimo,


não sendo possível comprar/vender 1, 2, 3, 4. No índice, a negociação é feita em
lotes de 1 em 1 mini contrato.

Quanto vale um contrato de dólar?

O valor de cada contrato é de U$ 50 mil. Ou seja, o valor de um lote é de U$ 250


mil.

O minicontrato de dólar (mini dólar), por sua vez, tem valor correspondente a 20%
do dólar cheio, ou seja, U$ 20 mil.

Qual o volume financeiro?

O volume financeiro do contrato será de valor x cotação. Ou seja, um contrato de


mini dólar cotado a 5.300,00 tem o volume financeiro de US 20.000,00 x 5.300,00 =
U$ 106 milhões.

Qual o vencimento dos contratos?

No caso do dólar, o vencimento é sempre no primeiro dia útil de cada mês e o


contrato mais líquido é sempre o que possui vencimento no mês seguinte à data
atual.

Por exemplo, se você for realizar operações no dólar no mês de Março, deve operar
o contrato com vencimento para maio. Se estiver no ano de 2021, o ticker correto é
DOLK21 conforme explicado anteriormente.

Como funciona a pontuação no dólar

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A cotação dos contratos futuros de dólar varia de 0,5 em 0,5 pontos, tanto para o
cheio quanto para o mini.

A diferença é que 0,5 pontos do dólar cheio equivale a R$ 50,00 e 0,5 pontos no mini
dólar equivale a R$ 5,00.

Portanto, caso você realize uma operação onde consiga 6 pontos com 2 mini
contratos, basta multiplicar a quantidade de pontos que ganhou (6) por R$ 5,00 e
depois pela quantidade de mini contratos (2).

Assim, terá: 6 x R$ 5,00 x 2 = R$ 60,00.

Para resumir, segue uma tabela com as principais informações do dólar:

Código DOL (Cheio) WDO (mini)

Tamanho do contrato US 50.000,00 U$ 20.000,00

Valor do contrato US 50.000,00 x cotação U$ 20.000,00 x cotação

Meses de vencimento Todos os meses Todos os meses

Data do vencimento 1° dia útil de cada mês 1° dia útil de cada mês

Horário de negociação 9h às 18h 9h às 18h

Contratos Futuros de índice

O índice futuro é um contrato que representam índice Ibovespa no futuro e ele é


utilizado pelos investidores para proteção em investimentos com ações.

Assim como o dólar, a compra de contratos futuros de índice também possui


liquidação financeira e os contratos são subdivididos em duas opções: índice cheio
(IND) e mini índice (WIN).

A diferença entre Índice Cheio e WIN também permanecem as mesmas, sendo que
o IND é negociado em lotes de 5 em 5 contratos enquanto o WIN é negociado em
lotes de 1 em 1 mini contrato.

Quanto vale um contrato de índice?

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Para o caso do índice, o valor de cada contrato futuro é com base na pontuação do
ativo. O Índice Cheio será R$ 1,00 x a pontuação e o mini índice será de R$ 0,20 x
pontuação.

Qual o vencimento dos contratos?

Para o índice, o vencimento é um pouco diferente do apresentado no dólar.

Seus contratos irão vencer sempre na quarta-feira mais próxima do dia 15 nos meses
pares.

Você também deve operar os contratos sempre do próximo vencimento para o índice.
Isso quer dizer que se você estiver em janeiro de 2021, o contrato operado deve ser
o que possui vencimento em Fevereiro. Nesse caso, o contrato cheio que deve ser
utilizado é o INDG21.

O único detalhe é para quando estiver nos meses pares. Antes da quarta-feira mais
próxima do dia 15, você deve operar o contrato com vencimento para o mês atual.
Depois desta data, deve utilizar o contrato com vencimento no próximo mês par.

Por exemplo: No dia 03 de fevereiro de 2021, você deve utilizar o contrato INDG21.
Contudo, no dia 25 de fevereiro de 2021, o ticker do contrato que você irá operar
deve ser o INDJ20.

Como funciona a pontuação no índice?

A cotação dos contratos futuros de índice varia de 5 em 5 pontos, tanto para o cheio
quanto para o mini. A diferença é que 5 pontos do cheio equivalem a R$ 1,00 e 5
pontos no mini equivale a R$ 0,20.

Portanto, caso você realize uma operação onde consiga 50 pontos com 2 mini
contratos, basta multiplicar a quantidade de pontos que ganhou (50) por R$ 0,20 e
depois pela quantidade de mini contratos (2).

Assim, terá: 50 x R$ 0,20 x 2 = R$ 20,00.

Para resumir, segue uma tabela com as principais informações do índice:

Código IND (Cheio) WIN (mini)

Cotação R$ 1,00 por tick U$ 0,20 por tick

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Valor do contrato R$ 1,00 x pontuação R$ 0,20 x pontuação

Meses de Meses pares Meses pares


vencimento

Data do Quarta-feira mais próxima do dia Quarta-feira mais próxima do dia


vencimento 15 dos meses pares 15 dos meses pares

Horário de 9h às 18h 9h às 18h


negociação

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Introdução à Análise Fundamentalista

É a análise favorita dos maiores investidores da história como Warren Buffet, Lírio
Parisotto, Luiz Alves Paes de Barros, Luiz Barsi e grandes gestoras e bancos de
investimento.

A análise Fundamentalista reúne um conjunto de estratégias que permitem avaliar a


saúde financeira de uma empresa, de um país e o momento em que está inserido.
Ela é uma das principais aliadas dos investidores que focam no longo prazo e
compram ações na Bolsa de Valores com a mentalidade de sócio.

Quando você vai montar um negócio, ou ser sócio de um, o que você avaliaria para
investir?

Com certeza você irá analisar o segmento, o momento econômico do país, os preços
dos competidores, as vantagens que pode ter, além de analisar o potencial de
lucratividade, nível de alavancagem, endividamento, calcular as margens de lucro,
escalabilidade.

Ou seja, o mínimo necessário para se ter uma segurança que seu dinheiro irá ser
bem investido. Pois então, isso é a análise fundamentalista se propõe: descobrir se
vale a pena investir em uma empresa com base em diversos dados e indicadores
relacionados à empresa, ao mercado e ao segmento no qual ela está inserida.

O que é Análise Fundamentalista?

A análise fundamentalista reúne um conjunto de técnicas e abordagens que buscam


investigar uma empresa para descobrir se vale a pena investir.

Em geral, ela leva em consideração informações divulgadas pelas próprias empresas,


como geração de lucro, número de clientes, crescimento da receita, entre centenas
de outros dados.

Essas informações são acrescentadas do contexto macroeconômico, do panorama do


setor em que a companhia atua e do histórico da organização. Desse modo, é possível
traçar cenários e fazer previsões.

Outro objetivo da análise fundamentalista é determinar o valor intrínseco de


determinado ativo e comparar ao preço pelo qual ele é negociado.

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Que tal uma analogia para entender melhor como a análise fundamentalista
funciona?

Pense, por exemplo, nas investigações criminais. Os policiais avaliam a cena do crime
e conferem o cenário, coletando e analisando provas e evidências, além dos relatos
de testemunhas.

Trata-se exatamente disso: uma investigação profunda. Na análise fundamentalista,


não é diferente. O que muda é o elemento de estudo e as técnicas utilizadas. Mas o
objetivo, no fundo, é o mesmo: reunir o máximo de informações possíveis para
destrinchar um assunto e tomar a melhor decisão.

Histórico da Análise Fundamentalista

O criador da análise fundamentalista foi o célebre economista, estudioso e investidor


americano Benjamin Graham. Ele é considerado o precursor por acreditar que o preço
da ação deve refletir a perspectiva de performance da empresa no futuro.

Falando em termos simplificados, o objetivo de Graham era identificar os indicadores


de sucesso futuro para saber quais ações tinham maior potencial de valorização.

Basicamente, sua proposta era encontrar as pistas certas para ter retorno no médio
e longo prazo. Portanto, fica claro que a avaliação fundamentalista tem como foco a
estratégia do holder, não do trader, ok?

A partir de sua análise, Graham encontrava ações de companhias subvalorizadas,


mas com perspectivas de melhoria. Ou seja, ele achava as melhores oportunidades
do mercado.

Para reforçar o conceito e começar a explicar a análise fundamentalista, é preciso


entender que um dos principais objetivos é definir o valor justo para os ativos de
uma companhia.

Princípios da Análise Fundamentalista

Para entender a análise fundamentalista, é necessário compreender suas diferentes


etapas e conceitos, que formam os princípios:

● Estudo dos demonstrativos financeiros: Compreende a análise de


dados qualitativos e quantitativos da companhia;
● Cálculos e estimativas: Envolvem a realização de projeções para o
médio e o longo prazo, a partir dos dados coletados;

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● Comparação com outros ativos: Foca em uma referência, para


comparar a empresa aos seus pares;
● Tomada de decisão: Ocorre depois dos dados coletados e da análise
realizada.

Dentro desse cenário, ainda é necessário entender o que é valor intrínseco, um


conceito muito utilizado por quem faz valuation dos ativos em busca de
oportunidades.

O pressuposto desses investidores é simples: o preço no mercado de ações não


reflete necessariamente o valor real do ativo.

Eles consideram que o valor intrínseco é o verdadeiro, e não o preço de tela, pelo
qual a empresa é negociada.

Por exemplo: digamos que determinada ação está sendo negociada a R $20. Ao
fazer a análise fundamentalista e o valuation, você descobre que o preço verdadeiro,
para os valores que você projetou, seria de R $25. Esse é o valor intrínseco.

Neste caso, poderia ser uma boa ideia comprar a ação com foco no longo prazo,
porque você compraria a empresa com um desconto em relação ao valor real.

No futuro, se as suas projeções se confirmarem e a ação atingir o valor que você


calculou, irá atingir um ganho de R $5 por papel comprado.

Aqui, é importante reforçar um dos principais pressupostos dessa abordagem: o


mercado de ações vai refletir os fundamentos da empresa no longo prazo.

Por isso, ao encontrar o valor intrínseco, você reúne mais elementos para saber se
vale a pena adquirir uma ação ou até mesmo vendê-la.
Vale lembrar, porém, que você nunca saberá se a sua estimativa está correta nem
quanto tempo vai demorar para o preço do ativo chegar ao valor intrínseco.

Trata-se de um exercício de projeção e uma das abordagens possíveis para embasar


a sua tomada de decisão. Note que não existe uma regra, nem uma única maneira
de lucrar com a venda e compra de ações.

Por que Usar a Análise Fundamentalista?

A análise fundamentalista é recomendada para quem deseja investir na Bolsa de


Valores com foco no longo prazo.

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Neste caso, o objetivo é montar uma carteira de ações para construir e solidificar seu
patrimônio. É o famoso buy and hold, no qual você compra as ações e carrega por
muito tempo.

Para definir quais empresas comprar, os investidores de longo prazo buscam


respostas para algumas perguntas, como:

● Como está o faturamento da empresa?


● Como está sua lucratividade?
● A empresa é rentável?
● Qual é a participação da companhia no seu segmento?
● Ela é forte o suficiente para vencer os concorrentes?
● A empresa tem vantagens competitivas?
● Como está a capacidade do negócio de honrar seus compromissos
financeiros?

Todas essas perguntas ajudam a entender se comprar aqueles ativos é uma boa
ideia. Por isso, a análise fundamentalista é uma das mais indicadas para os
investimentos em renda variável.

Principais Características da Análise Fundamentalista

Diante dos propósitos da análise fundamentalista, chegamos às suas principais


características. Elas são:

● Destrinchar a saúde financeira da empresa;


● Descobrir se a empresa tem vantagens competitivas e perspectiva de
crescimento;
● Estudar as perspectivas do setor em que a empresa atua e quais são os
aspectos referentes à economia;
● Analisar como a gestão da empresa é realizada em comparação com a
concorrência e os resultados financeiros obtidos;
● Fazer o valuation da empresa para definir seu valor justo, a fim de refletir
a situação atual da companhia e as expectativas futuras.

Como a Análise Fundamentalista Funciona?

Como vimos, o objetivo principal da análise fundamentalista é compreender o


desempenho e o comportamento de determinada companhia.

Em geral, esse processo ocorre pela análise de indicadores financeiros, os balanços


e os resultados da companhia, além de dados do setor, da economia e do mercado.

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Essas informações são verificadas porque definem o valor intrínseco do ativo. Com
isso, o valor da companhia é avaliado, em vez do preço de suas ações. Dentro desse
contexto, os fatores analisados são:

Fatores Microeconômicos

O foco são as variáveis diretamente relacionadas à empresa ou ao seu setor de


atuação. Aqui, os fatores são divididos em duas análises:

● Histórica: contempla o desempenho financeiro, o Balanço Patrimonial


(BP), o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) e o
Demonstrativo do Fluxo de Caixa (DFC);
● Qualitativa: abrange gestão, reputação e reconhecimento.

Esses agentes podem ser divididos em 3 principais critérios. Veja!

● GESTÃO DA EMPRESA: Conhecer a capacidade de administração dos


gestores da companhia é essencial para avaliar a empresa, porque
determina como suas decisões são tomadas. A partir do histórico, é
possível verificar como foi a entrega dos resultados ao longo do tempo.

● INSUMOS E BENS DE PRODUÇÃO: Idealmente, os preços de compra


dos insumos devem ser o menor possível, porque isso significa que a
margem de lucro operacional tende a ser maior. Portanto, o potencial de
valorização também tende a ser. O cuidado é com a qualidade, já que
prejuízos na satisfação dos clientes levam à perda de resultados.

● ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA: O segmento de atuação também é


relevante. Por isso, a análise fundamentalista fica mais completa quando
verificada a performance da empresa perante a concorrência. Desse
modo, é possível definir qual é a melhor e avaliar as estratégias de
benchmarking para melhoria dos resultados.

Fatores Macroeconômicos

Esses fatores se referem à economia geral. São ameaças e oportunidades, que podem
ajudar ou atrapalhar o desempenho da empresa na bolsa de valores. Entre as
variáveis consideradas estão:

● Nível de Atividade: Engloba Produto Interno Bruto (PIB) do país,


emprego e renda;

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● Inflação: A inflação contempla o poder de compra e os preços do ativo;


● Taxa de Câmbio: Refere-se à competitividade no mercado global;
● Taxa de Juros: Abrange o crescimento no mercado.

Dentro desses fatores, os destaques são:

TAXA DE JUROS: A taxa básica de juros da economia, a Selic, impacta o


desempenho das empresas devido à alavancagem operacional. Nesse caso, recursos
são captados no mercado com uma determinada taxa de juros. O dinheiro é
empregado em projetos que prometem alta rentabilidade.

Por outro lado, há organizações que funcionam apenas com caixa líquido. Elas
ignoram a alavancagem operacional, porque têm dinheiro sobrando. Esse capital é
empregado no mercado de juros. Com isso, em tese, são prejudicadas com a baixa
da taxa e beneficiadas com a alta.

INFLAÇÃO: A perda do poder de compra da moeda é outro fator relevante para os


investimentos.

A inflação tende a afetar as empresas de diferentes maneiras. Um exemplo são as


companhias de energia elétrica. Os contratos do setor são reajustados de acordo com
o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA. Portanto, há garantia de reajuste
nos ganhos.

Além disso, o consumo de energia tende a permanecer o mesmo, inclusive em


períodos de crise. Esse é mais um fator que mostra por que essas companhias
tendem a ter bons resultados e apresentar resiliência no longo prazo.

Por outro lado, as empresas de consumo podem sofrer com a alta da inflação. Como
o poder de compra das famílias diminui, pode haver queda no consumo, o que
impacta a geração de caixa dessas empresas.

NÍVEL DE DESEMPREGO: O aumento da taxa de desocupação é um dos fatores


mais relevantes para avaliar a saúde de uma economia. A explicação é simples:
quanto maior for esse índice, menor será o consumo. Desse modo, o resultado das
empresas tende a diminuir e outras variáveis também são impactadas, como a própria
inflação.

FATORES SETORIAIS: O panorama do segmento de atuação da empresa também


é relevante para a análise fundamentalista. Entre os fatores a serem considerados
estão:

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● Tamanho e faturamento: São avaliados de acordo com a relação


histórica e per capita;
● Capacidade instalada: Abrange os diferenciais competitivos;
● Tecnologia: Envolve importação e exportação;
● Novos produtos: Analisa barreiras de entrada e possível inserção de
competidores no mercado.

Perceba que essas análises podem ser divididas em fundamentos quantitativos e


qualitativos. Os primeiros são aqueles expressados em termos numéricos. Um
exemplo é o faturamento. Os segundos, por outro lado, estão relacionados a aspectos
impossíveis de serem mensurados por meio de dados, como a reputação ou o
reconhecimento da marca no mercado.

Como Fazer Análise Fundamentalista de Uma Ação?

Chegamos à parte prática!

Você já entendeu o que precisa considerar na sua avaliação e está na hora de colocar
esse conhecimento em prática. Então, arregace as mangas e vamos lá! Veja o que
fazer, segundo as etapas que mostraremos abaixo.

Defina a Abordagem da Análise Fundamentalista a Ser Utilizada

Existem duas grandes possibilidades de aplicação da análise fundamentalista: top


down e bottom up. Basicamente, uma é o inverso da outra.

A primeira avalia os fatores macroeconômicos para os microeconômicos e a segunda


faz o contrário.

No caso do top down, você analisa os seguintes elementos, da forma indicada:

● Ambiente macroeconômico, isto é, nível de atividade, inflação e taxas


de juros e de câmbio;
● Panorama setorial, ou seja, tamanho e faturamento, capacidade
instalada, tecnologia e novos produtos;
● Análise da empresa, a partir do desempenho histórico dos quesitos
econômico-financeiros.

Para começar, avalie os indicadores econômicos que impactam a companhia e


entenda como isso acontece. Por exemplo, entenda como a taxa de câmbio influencia
os resultados da companhia. Depois, comecem a destrinchar os aspectos mais diretos
que influenciam o negócio.

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Entenda as Metodologias da Análise Fundamentalista

A análise fundamentalista também pode ocorrer de maneira horizontal ou vertical,


dentro da demonstração de resultados de uma empresa.

A primeira é aquela que avalia a evolução dos balanços e dados da companhia com
o passar do tempo. Ela tem como objetivo avaliar a variação percentual das contas
presentes no DRE considerando um intervalo de tempo.

Desse modo, é possível identificar se houve melhoria ou piora dos indicadores. Por
suas características, a análise horizontal indica tendências futuras.

Já a análise vertical, por sua vez, compara a relação entre dois campos do balanço
patrimonial.

Um exemplo é comparar o lucro líquido e a receita líquida ao longo de três anos.


Outro exemplo é entender quais produtos têm maior participação sobre a geração de
caixa da empresa. Ou entender quais despesas têm maior influência sobre os custos.

Avalie os Indicadores Mais Importantes

Os indicadores mais importantes para a tomada de decisão são divulgados pelas


próprias empresas. Por lei, elas são obrigadas a divulgar as informações operacionais
a cada trimestre.

Por isso, é importante acompanhar os resultados para conferir:

● Balanço Patrimonial – BP;


● Demonstrativo de Resultados do Exercício – DRE;
● Demonstrativo de Fluxo de Caixa – DFC.

Os dados descritos nesses relatórios ajudarão a avaliar o comportamento da


companhia, seu potencial de valorização, valor intrínseco, entre outras informações
relevantes.

Dentro desse contexto, alguns dos principais indicadores obtidos nos demonstrativos
ou através deles, são:

RETURN ON INVESTED CAPITAL (ROIC): Do inglês Return Over Invested


Capital, é o Retorno Sobre o Capital Investido, isto é, o capital próprio somado ao
capital de terceiros. É um método muito utilizado para determinar o desempenho

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financeiro de uma empresa e apresenta, em termos percentuais, quanto dinheiro a


organização tem capacidade de gerar com o capital investido.

O ROIC é similar ao ROE, porém o segundo refere-se apenas ao retorno sobre o


capital próprio, enquanto o ROIC refere-se ao retorno sobre o capital total investido
– soma do capital próprio e do capital de terceiros.

O cálculo do ROIC é feito depois de se subtrair os dividendos pagos durante o ano


do lucro líquido e dividir a diferença pelo capital investido. Logo, a fórmula do ROIC
é:

ROIC = Resultado Operacional / Valor Contábil do Capital Investido .

ÍNDICE PREÇO/LUCRO (P/L): Mostra quanto o mercado aceita pagar pelos lucros
de uma empresa. Ele faz isso comparando a relação entre preço e lucro, conforme a
seguinte fórmula:

P/L = preço da ação / lucro por ação

O P/L pode ser analisado de diferentes maneiras pelos investidores. Uma empresa
com P/L baixo, em geral, está sendo “punida” pelo mercado, que está desconfiado
da sua capacidade de geração de caixa. Já uma empresa com P/L alto, em geral, é
uma empresa para a qual o mercado espera um alto crescimento.

Vale lembrar, no entanto, que nenhum indicador pode ser analisado de forma isolada.

PREÇO/VALOR PATRIMONIAL (P/VPA): Sinaliza quanto o investidor está


disposto a pagar pelo valor patrimonial da empresa. A fórmula é:

P/VPA = preço da ação / valor patrimonial da ação

Para encontrar o VPA, basta fazer o seguinte cálculo:

VPA = patrimônio líquido / número total de ações

EBITDA: O EBITDA é conhecido também como LAJIDA, ou seja, Lucro Antes de


Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. É um dos indicadores mais
importantes, porque avalia o desempenho operacional da companhia, mostrando a
capacidade de gerar caixa a partir da sua atividade, sem considerar impostos e juros
com endividamento, por exemplo.

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DIVIDEND YIELD (DY): Mostra quanto a empresa pagou em dividendos nos


últimos 12 meses, considerando as cotações atuais. O cálculo é feito da seguinte
maneira:

DY = dividendos pagos nos 12 meses anteriores / preço da ação

RETURN ON EQUITY (ROE): Consiste no retorno sobre o patrimônio líquido. É um


indicador que mostra a eficiência da companhia e capacidade de gerar caixa a partir
de recursos próprios, ou seja, se ela é capaz de crescer com o capital disponível.

Por suas características, o ROE mensura a eficiência da gestão empresarial. Sua


fórmula é caracterizada por:

ROE = lucro líquido / patrimônio líquido do período contábil anterior

RETURN ON ASSETS (ROA): É o retorno sobre ativos, que mede se a empresa é


capaz de gerar lucro com eles. Esse é outro indicador que avalia a capacidade da
gestão, mas mostra se o negócio é rentável. O cálculo deve ser feito da seguinte
forma:

ROA = (lucro líquido / ativo total) x 100

MARGEM BRUTA: Mensura o percentual de lucro por venda realizada. Analisa a


capacidade de lucratividade e rentabilidade da companhia. Lembre-se de que o
primeiro indicador assinala o ganho da empresa em relação à atividade desenvolvida.
Por sua vez, o segundo analisa o potencial de retorno de determinado investimento.
A fórmula da margem bruta é:

Margem bruta = (lucro bruto / receita total) x 100

MARGEM LÍQUIDA: Avalia o percentual de lucro líquido da companhia quando


comparado ao seu faturamento líquido total. Esse indicador faz parte do índice de
rentabilidade e assinala a situação financeira do negócio. Por isso, é usado como
margem de segurança para o investidor nos períodos de crise. Para calculá-lo, basta
fazer:

Margem líquida = (lucro líquido após os impostos / receita total) x 100

MARGEM OPERACIONAL: É a divisão entre o resultado operacional (resultado


após custos e despesas) da empresa sobre a receita líquida, e mostra qual o lucro
operacional obtido por uma companhia para cada unidade de venda realizada.

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Normalmente, margens operacionais maiores indicam maior lucratividade.


Entretanto, em alguns momentos, as empresas podem reduzir sua margem para
ganhar mercado.

ENDIVIDAMENTO: Tem o propósito de entender como está a saúde financeira da


companhia. Vale a pena compará-lo a outras empresas. A fórmula é:

Endividamento = dívida líquida / patrimônio líquido

ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL: É usado na análise fundamentalista para


mensurar o percentual de endividamento da organização em comparação com o total
de ativos. Em outras palavras, avalia quanto dos ativos totais da empresa são
financiados por meio de terceiros. O cálculo é feito assim:

Endividamento geral = (capital de terceiros x ativos totais) x 100

ÍNDICE BETA: É um indicador que mostra se o investimento é mais ou menos volátil


do que a média do mercado geral. Assim, é possível saber como o preço do ativo se
movimenta. No Brasil, o benchmark costuma ser o Ibovespa, índice da bolsa de
valores brasileira, a B3. A fórmula é:

Beta = covariância entre o ret. do ativo e do mercado / variância do ret. do mercado

Conheça os Métodos de Valuation Mais Usados

Dentro da análise fundamentalista, o valuation também costuma fazer parte do


processo, embora não seja uma regra.

Neste caso, existem alguns modelos de valuation mais populares para descobrir o
valor intrínseco dos ativos.

FLUXO DE CAIXA DESCONTADO (FCD): O modelo de Fluxo de Caixa Descontado


é a metodologia mais completa, porque permite visualizar receitas, margens, custos,
endividamentos e investimentos. Também ajuda a ter clareza sobre os fatores que
influenciam a companhia, o que leva ao preço justo do ativo.

MODELO DE GORDON: O Modelo de Gordon é um pouco mais limitado, e utiliza


como base a estimativa de pagamento futuros de dividendos, a partir de dados
históricos. É mais usado para precificar companhias consideradas maduras e com
taxas de crescimento estáveis.

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COMPARAÇÃO DE MÚLTIPLOS: A comparação de múltiplos tem o objetivo de


avaliar se a empresa ou o ativo está valorizado, quando comparado aos pares. Essa
é uma forma de compreender o valor dos indicadores e dos dados calculados e
coletados sobre a companhia. Por isso, ajuda nas tomadas de decisão.

Considere os Indicadores Econômicos

Já os indicadores econômicos estão relacionados à macroeconomia e não são usados


de forma direta na análise fundamentalista. No entanto, ajudam a entender o cenário
da empresa. Os principais são:

● Decisões do Federal Reserve Board (FED), ou seja, o Banco Central


dos Estados Unidos. Um dos principais impactos se refere à taxa de juros
americana;
● Livro Bege do FED, que apresenta a situação econômica dos Estados
Unidos. É divulgada oito vezes ao ano e informa a taxa de juros local e a
política monetária do país;
● Payroll, que é divulgado a cada primeira sexta-feira de cada mês para
mostrar a saúde financeira dos Estados Unidos;
● PIB, que mostra a soma de todos os bens e serviços produzidos. No
Brasil, é apresentado pelo IBGE a cada três meses;
● Ata do Comitê de Política Monetária (COPOM), que define a taxa
básica de juros da economia, a Selic, em reuniões que ocorrem a
cada 45 dias;
● Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (IBC-
Br), que é divulgado todos os meses e é considerado uma prévia do PIB;
● Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que
mensura a inflação oficial do País;
● Taxa Selic, que serve de base para as operações financeiras no Brasil;
● Variação do dólar, que impacta as decisões estratégicas das empresas
no mercado financeiro. Também impacta o preço de produtos e serviços.

Explore o Conceito de Value Investing

O value investing é uma estratégia para selecionar as ações na hora de investir na


bolsa de valores. O chamado investimento em valor prioriza os ativos com preço
abaixo do valuation em determinado momento.

Ao comprar uma ação com base nesse conceito, você garante a margem de
segurança. Assim, tem uma proteção maior caso a companhia tenha problemas,
por exemplo, ao reduzir seu crescimento ou a margem de lucratividade.

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Quando Comprar ou Vender um Ativo Pela Análise Fundamentalista?

Embora não exista uma receita de bolo para descobrir se é hora de vender uma ação,
há algumas estratégias que os investidores costumam seguir para tomar essas
decisões.

Em geral, há duas perguntas principais:

● A empresa tem fundamentos positivos?


● O preço do ativo tem desconto sobre seu valor intrínseco?

O segundo questionamento costuma ter uma relevância maior, especialmente se


você fizer investimentos de valor baixo, porém regulares. Por outro lado, para decidir
o momento da venda, é mais difícil.

Nesse caso, a decisão deve ser tomada em 4 principais situações. Elas são:

A Ação Atingiu Seu Valuation

Se a empresa chegou no patamar do valor intrínseco, significa que o preço do ativo


chegou ao valor justo calculado. Neste caso, quem é adepto do valuation não vê mais
margem de segurança ou potencial de valorização.

Assim, ou você revê os cálculos e cria outras projeções, ou começa a pensar em


vender a ação, caso tome como regra não investir em empresas acima do valor
considerado justo.

Vale lembrar, no entanto, que há muitas empresas que negociam há anos acima dos
valores considerados “justos”, porque, na prática, os investidores estão colocando no
preço uma enorme capacidade de crescimento e criação de receitas novas.

Os Fundamentos da Companhia Pioraram

Acontece devido a fatores internos e externos. É preciso fazer uma análise


aprofundada para ter certeza de que houve a deterioração. Para isso, é essencial
acompanhar a evolução dos indicadores da empresa a cada trimestre.

A Avaliação da Empresa Estava Errada

É possível cometer erros na análise fundamentalista. Além disso, novas informações


ou uma mudança de estratégia também pode alterar os resultados. Nesse caso, faça

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novos cálculos e veja como a companhia está em relação ao seu planejamento de


longo prazo.

Uma Oportunidade Mais Atraente Surgiu

Comercializar um ativo para adquirir outro mais interessante e com melhor potencial
é uma boa oportunidade. É preciso fazer uma análise correta para garantir o
investimento inteligente do seu dinheiro.

Diferença Entre Análise Fundamentalista e Análise Técnica

Enquanto a análise fundamentalista analisa os dados financeiros sobre a empresa e


busca entender se a companhia é um bom investimento no longo prazo, a análise
técnica olha apenas a variação do preço da ação ao longo do tempo.

Também conhecida como análise gráfica, ela tem o objetivo de identificar tendências
e padrões. Por isso, costuma ser utilizada no curto prazo, principalmente por
traders.

Mas vale lembrar que tanto a análise fundamentalista como a análise técnica podem
ser utilizadas no mercado de ações, dependendo do perfil de cada investidor.

Em alguns casos, inclusive, são metodologias que podem ser até complementares.

A seguir, abordamos as principais diferenças:

● Análise fundamentalista: O foco é a análise de variáveis micro e


macroeconômicas, sempre visando ao longo prazo. Por ter um horizonte
mais largo, é mais usada por pessoas de perfil conservador ou moderado.
Seu principal objetivo é identificar boas oportunidades e formar uma
carteira de ações e carregar os ativos por bastante tempo, investindo
com a mentalidade de sócio.

● Análise técnica: Para os entusiastas da análise gráfica, ela pode indicar


a tendência de comportamento dos preços para os próximos minutos,
dias ou semanas.

Em geral, a análise técnica é focada no curto prazo, mudando a cada minuto.

Por isso, ela é mais utilizada por traders, que têm perfil arrojado. O principal objetivo
é comprar um ativo para vender por um valor mais alto no curto prazo, na
especulação.

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Apesar de serem diversas, você pode usar as duas abordagens para complementar a
sua análise. No caso da fundamentalista, os gráficos podem ajudar a confirmar se
um preço está subvalorizado, para indicar a compra.

E aí, gostou de conhecer um pouco sobre a análise fundamentalista?

Como você viu, trata-se de um universo bastante extenso, em que o aprendizado é


constante. Na prática, investidores que focam na análise fundamentalista estão
sempre estudando e aprendendo para aperfeiçoar a tomada de decisão.

Principais Medidas de Retorno: Valorização em Bolsa e Dividendos

Em se tratando de companhias abertas, a valorização da ação em Bolsa é, sem


dúvida, o principal parâmetro de avaliação da sua performance como investimento.
Entretanto, o acionista tem como atrativo adicional a possibilidade de ser remunerado
através do recebimento de dividendos.

Neste caso, é possível criar uma expectativa de recebimento futuro de dividendos e


considerá-la como um desconto sobre o preço atual da ação. Isto é possível da
seguinte maneira: se a empresa sob análise apresenta um histórico estável em sua
distribuição de resultados, pode ser estimado o dividendo a ser recebido no próximo
exercício, partindo de uma projeção para suas demonstrações financeiras.

Fórmulas de cálculo de Pay-Out e Yield “Pay-Out”: É a taxa de distribuição do


lucro da empresa para os acionistas na forma de dividendos ou juros sobre o capital
próprio. A legislação exige que seja distribuído, no mínimo, 25% do lucro líquido após
as deduções legais.

Exemplificando, se uma empresa tem lucro de R $1,00/ação e distribui R $0,35/ação


como dividendos, seu payout seria de 35%.

“Yield”: É calculado tendo como numerador o dividendo distribuído por ação e como
denominador o preço atual da ação. Torna-se especialmente relevante se visto para
o futuro, sendo neste caso necessário que tenhamos uma projeção de lucro e seja
estabelecido um pay-out realista.

Assim, se uma ação custa hoje R$100,00 e esperamos receber R $10,00 em


dividendos, o yield seria de 10%, podendo ser visto como um rendimento da ação,
independentemente da valorização em Bolsa.

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Risco da Ação X Risco do Mercado: Ao investirmos em determinada ação,


devemos estar cientes de que as chances de retorno para tal aplicação serão
determinadas por dois fatores básicos, quais sejam, bom desempenho da companhia
em foco, sobretudo o desempenho futuro, e um bom andamento do mercado
acionário no período para o qual se espera o retorno.

O primeiro fator é denominado Risco Não Sistemático (ou diversificável) e o


segundo fator chamamos de Risco Sistemático.

As modernas teorias sobre administração de carteiras mostram a possibilidade de


anular o risco não sistemático na montagem de carteiras de ações. É óbvio que
alterações nos rumos da economia, interna ou externa, causam oscilações por vezes
bruscas nos mercados de capitais e podem afetar a performance dos títulos de
determinada empresa, mesmo que seus negócios em nada estejam sendo afetados
pelo(s) fato(s) ocorrido(s). Neste caso, a situação específica dos papéis da empresa
tende a se ajustar com o tempo, podendo voltar à curva anteriormente esperada de
valorização.

Questões específicas do mercado de capitais também interferem nas


movimentações dos títulos, como é o caso da liquidez em Bolsa.

Ações com baixa frequência de negócios nos pregões trazem um risco a mais para o
investimento, pois não há garantia de que você vai conseguir negociá-las sem
dificuldades. Para que um mercado seja eficiente, a boa liquidez dos títulos
negociados é premissa básica. Não podemos contar com respostas imediatas.

Em essência, o investimento em ações apresenta horizonte de retorno de


médio/longo prazo, uma vez que é necessário aguardar a confirmação dos fatos os
quais nos baseamos para avaliar aquela ação como atrativa. Por outro lado, retornos
rápidos também ocorrem com frequência. Não podemos tomá-los como certos.

Quando escolhemos determinada ação para aplicar recursos, esperamos sempre que
apresente nível de rentabilidade superior à dos ativos de renda fixa disponíveis no
mercado, como títulos do Governo ou de instituições privadas.

Estrutura Acionária Básica das Empresas: A Ação é a menor fração do capital


de uma sociedade anônima. As ações podem ser ordinárias (com direito a voto nas
Assembleias) ou preferenciais (têm preferência na distribuição dos resultados).

Necessariamente devem existir ações ordinárias no capital de uma empresa (pode


ser 100% formado por ordinárias). Quanto às ações preferenciais, são limitadas a
50% do capital total para as empresas que abriram o capital desde a publicação da

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Lei 10.303, de 31/10/2001. Esta Lei alterou e acrescentou a Lei das Sociedades
Anônimas (Lei 6.404/76), que havia determinado um máximo de dois terços de
preferenciais no capital total das sociedades anônimas.

As ações podem ser nominativas ou escriturais, sendo que, de qualquer modo, é


necessária a identificação dos acionistas, sejam eles de pequeno ou grande porte,
minoritários ou majoritários.

O número de ações de uma empresa pode sofrer modificações por várias razões, mas
os três principais eventos que o altera são os seguintes:

● Subscrição de Novas Ações (ou Aumento de Capital): Ocorre


quando a empresa emite ações novas e as lança no mercado, buscando
captar recursos novos para viabilizar um plano de investimentos,
amortização de dívidas ou por outro motivo. Esta emissão faz parte do
chamado Mercado Primário de ações.

● Bonificação em Ações: Também representa um aumento do capital da


empresa e se origina da incorporação de reservas acumuladas ao capital,
com a emissão de novas ações, que são oferecidas aos acionistas. Não
envolve captação de recursos.

● Desdobramento do Número de Ações (ou Split): Neste caso, o que


ocorre é apenas a divisão do número de ações da empresa, que se
desdobra em determinada proporção. Teoricamente não causa qualquer
modificação no capital social da empresa, provocando apenas a
multiplicação do número total de ações. Exemplo: se uma empresa tem 2
milhões de ações em seu capital e resolve desdobrá-las na proporção de
100%, o capital desta empresa passa a contar com 4 milhões de ações e
seu preço em Bolsa se ajusta proporcionalmente.

Nada ocorre em termos fundamentalistas, mas esta decisão pode contribuir


para uma melhor negociabilidade dos títulos em Bolsa, pois no nosso exemplo
a cotação cairia para a metade, o que poderia propiciar a realização de mais
negócios com tal ação, tendo em vista a maior facilidade para a formação de
lotes mínimos de negociação.

Valor de Mercado: O valor de mercado de uma empresa é representado pela


cotação das suas ações em Bolsa, multiplicada pelo número total de ações que
compõem seu capital. Para o cálculo adequado do valor de mercado, deveriam ser
consideradas as cotações em Bolsa de cada tipo de ação (ordinárias e preferenciais)
e ponderadas pelas quantidades de cada tipo no capital da empresa.

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Entretanto, na maioria dos casos, não há negócios com os dois tipos em Bolsa, motivo
pelo qual é frequente utilizar-se como referência a cotação da ação mais líquida (com
mais negócios em Bolsa) e efetuar a multiplicação pelo número total de ações.

Valor Contábil X Valor de Mercado: O valor patrimonial das empresas não é


necessariamente próximo do valor de mercado. Isto se deve basicamente ao fato de
que os dados contábeis são escriturais e podem conter defasagens em relação ao
valor considerado justo para a ação, que é um entendimento subjetivo e pode variar
de investidor para investidor.

Os diferentes julgamentos de valor é que fazem, afinal, o mercado funcionar,


havendo sempre compradores e vendedores e proporcionando liquidez para os
ativos.

É importante saber que a contabilidade utiliza como parâmetro o conceito de valor


econômico, e não financeiro. Isto significa que os valores observados nos balanços
não têm relação direta com o valor efetivo de realização, o que é dado pelo mercado.

Noções de Contabilidade: Para avançarmos em nosso propósito de conhecer as


bases da Análise Fundamentalista, é necessário que sejam transmitidos alguns
conceitos básicos de contabilidade.

As empresas de capital aberto no Brasil têm a obrigação de divulgar balanços


trimestrais, que são enviados à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), autarquia
vinculada ao Ministério da Fazenda, a qual compete, dentre outras funções, a de
fiscalização das companhias abertas, tendo poderes para examinar livros e
documentos, exigir esclarecimentos e até republicação de balanços, na hipótese de
ser encontrada qualquer anormalidade na apresentação dos mesmos.

Geralmente, as empresas brasileiras têm o exercício social coincidente com o ano


calendário, de modo que os balanços anuais, normalmente os mais ricos em
informações, se encerram em dezembro.

As demonstrações financeiras devem seguir a Lei das Sociedades Anônimas (Lei


6.404/76, alterada e complementada pela Lei 10.303, de 31/10/2001 e pela Lei
11.638/07) e exprimir com clareza a situação patrimonial da empresa e as mutações
ocorridas no exercício. Devem observar as normas exigidas pela CVM, serem
auditadas por auditores independentes credenciados e assinadas pelos
administradores e contadores legalmente habilitados.

Os principais itens das demonstrações financeiras são:

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● Balanço Patrimonial;
● Demonstração dos Resultados do Exercício.

Balanço Patrimonial: No Balanço Patrimonial são registrados os bens, direitos e


obrigações da empresa num determinado momento, agrupados em contas dispostas
em ordem decrescente de liquidez.

Vejamos o Balanço Patrimonial da Empresa XYZ S.A.

A soma de todos os itens do Ativo será SEMPRE igual à soma dos itens do
Passivo.

No Ativo Circulante estão contabilizadas as disponibilidades (caixa, valores


depositados em bancos, aplicações financeiras de curto prazo, etc.) e os direitos
realizáveis no prazo de um ano (contas a receber de clientes, estoques, etc.).

Como Não Circulante, podemos destacar dois grupos:

● Realizável a Longo Prazo;


● Ativo Permanente.

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O Realizável a Longo Prazo também registra direitos e obrigações, porém aqueles


que somente têm expectativa de realização após um ano a partir da data do balanço
(exemplos: vendas com prazo superior a um ano, empréstimos concedidos a
empresas do mesmo grupo controlador, dentre outras operações consideradas de
longo prazo).

O Ativo Permanente pode ser dividido em três parcelas básicas:

● Investimentos;
● Imobilizado;
● Intangível.

Em Investimentos, classificam-se as participações societárias de caráter


permanente em outras empresas.

No Imobilizado, estão os bens destinados às operações da companhia, como suas


fábricas, equipamentos, instalações, etc.

Com relação ao Intangível, alguns exemplos seriam marcas, patentes e licenças de


uso de software.

No Passivo Circulante estão classificadas as obrigações de curto prazo da


companhia, como dívida com fornecedores, impostos, instituições financeiras, etc.

O Exigível a Longo Prazo, da mesma forma, registra dívidas e obrigações, com a


única diferença situada no prazo de pagamento, ou seja, aqui se incluem aquelas
com prazo superior a um ano.

Finalmente, chegamos ao Patrimônio Líquido, que representa o capital próprio da


empresa.

Nele estão incluídas as contas de: Capital Social, Reserva de Capital, Reserva
de Lucros e outras reservas, além dos Prejuízos Acumulados (caso existam). Em
outras palavras, este grupo se caracteriza pela diferença entre o valor total dos
ativos (bens e direitos) e dos passivos (obrigações).

Demonstração dos Resultados: Na Demonstração dos Resultados do Exercício é


que iremos verificar a performance da empresa dentro de um determinado período.

Cabe aqui lembrar que o Balanço Patrimonial representa uma fotografia dos
números da empresa em certa data. No caso da Demonstração dos Resultados a

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visão é outra, ou seja, são valores acumulados num espaço de tempo (receitas e
despesas), cujo somatório vai nos mostrar se houve lucro ou prejuízo.

A classificação das contas segue uma sequência lógica e se inicia com o faturamento
da empresa (ou Receita Operacional) no período.

Vamos tomar como referência a Demonstração de Resultados da empresa fictícia XYZ


S.A., mostrada a seguir:

A contabilidade utiliza o chamado regime de competência, e não de caixa, o que


significa que todos os valores são lançados na Demonstração dos Resultados, sejam
eles efetivamente recebidos ou não.

A Receita Operacional Bruta se relaciona com as vendas da empresa no período,


não importando se foram feitas à vista ou a prazo. Da receita bruta são deduzidos os
impostos, como IPI, ICMS e outros, e ainda eventuais devoluções de vendas e
abatimentos concedidos posteriormente à entrega dos produtos.

Chegamos então à Receita Operacional Líquida.

O Custo dos Produtos Vendidos, ou simplesmente CPV, representa a parcela dos


estoques que foi vendida no período, incorporando todo o custo envolvido na
produção, como matérias-primas, mão-de-obra, energia, depreciação, etc.

Numa empresa industrial, a fórmula básica do CPV é a seguinte:

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CPV = EI + CPP – EF

Onde: EI = Estoque Inicial


CPP = Custo de Produção no Período
EF = Estoque Final

O Custo de Produção obedece a seguinte composição:

CPP = MC + MO + CI

Onde: MC = Materiais Consumidos


MO = Mão-de-Obra Direta
CI = Custos Indiretos de Fabricação (aluguéis, materiais auxiliares, m.o.
indireta, etc.)

A diferença entre a receita líquida e o CPV resulta no Lucro Bruto.

Em seguida, encontramos as Despesas Operacionais, apresentadas de acordo com


as definições dada pela Lei das S.A.

As principais despesas operacionais são:

Despesas com Vendas: representam todos os gastos de promoção, colocação e


distribuição dos produtos da empresa, tais como salários do pessoal de vendas,
comissão de vendedores, propaganda e publicidade, dentre várias outras.

Despesas Administrativas: incluem os gastos com o pessoal específico da área


administrativa, honorários da diretoria, dentre outras despesas.

Despesas Financeiras: referem-se aos custos dos empréstimos contratados junto


às instituições financeiras, além de encargos de títulos e outras operações sujeitas a
despesas de juros (debêntures, por exemplo).

Nosso exemplo menciona despesas financeiras líquidas, o que significa que as


Receitas Financeiras também estão contabilizadas aqui, sendo mostrado o saldo
entre despesas e receitas. As receitas financeiras se originam basicamente da
aplicação no mercado financeiro das disponibilidades de recursos da empresa.

Equivalência Patrimonial: diz respeito à parte proporcional que cabe a uma


empresa sobre a variação do Patrimônio Líquido de outras empresas nas quais
tenha participação acionária relevante.

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Seguindo o ordenamento lógico da Demonstração dos Resultados, concluímos


que se reduzirmos do Lucro Bruto todas as despesas operacionais, chegamos ao
Lucro Operacional antes do IR e CS.

Deste lucro é deduzida a parte do “Leão” da Receita Federal. Tudo considerado


apura-se então o Lucro Líquido do exercício, que é direcionado para os acionistas,
sendo uma parte na forma de dividendos e outra parte incorporada ao Patrimônio
Líquido, na condição de reservas.

Constam ainda com destaque nas demonstrações financeiras:

● Relatório da Administração;
● Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
● Demonstração do Fluxo de Caixa;
● Notas Explicativas;
● Parecer dos Auditores Independentes.

Em seguida, estaremos conhecendo os chamados Múltiplos de Mercado,


destacando quatro dos mais utilizados. São eles:

● P/L;
● P/VPA;
● P/CFS;
● EV/EBITDA.

Preço/Lucro (P/L) = Cotação da Ação / Lucro por Ação: O P/L indica o tempo
de retorno do investimento, partindo-se da premissa teórica que o lucro da empresa
em um ano se repetirá nos anos seguintes. Assume ainda um caráter de preço
relativo, na medida em que seja disponível uma série de lucros anuais para várias
empresas.

Se esta série indicar, por exemplo, uma média 10,0 de P/L para o universo
considerado, pode ser entendido que o risco médio atribuído ao mercado tem valor
10,0 para aquele ano. Esta média certamente envolve empresas de vários setores,
alguns considerados mais arriscados (mais difíceis para definirmos prognósticos para
o futuro, em face de características sazonais ou outras).

Assim, começamos a atribuir níveis de P/L “justos” para cada setor e para cada
empresa. Então, se entendemos que determinado setor apresenta risco abaixo da
média dos setores envolvidos, é lícito supor que nos dispomos a esperar mais tempo
pelo retorno em um investimento naquele setor, ou seja, podemos aceitar “pagar”

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um P/L mais alto por ações de uma empresa atuante num setor considerado de
menor risco.

E o mesmo raciocínio vale para comparações entre empresas do mesmo setor, em


face de diferenças nas estruturas de capitais, nos mercados específicos de atuação,
etc.

Exemplo: Se determinada empresa tem uma cotação atual de R $5,00/ação e o lucro


projetado é de R $1,00/ação, o P/L projetado é de 5,0. Admitindo que o P/L médio
de uma série confiável de projeções para o mesmo período seja 8,0 e que o mercado
atribui baixo risco à empresa sob análise, poderia ser atribuído ao valor das suas
ações um potencial de valorização mínimo de 60%, que equivale, em nosso exemplo,
à valorização necessária para que sua cotação se ajustasse à média de “risco”
atribuído ao mercado.

Portanto, o P/L atual de 5,0 vezes indicaria que seus títulos em Bolsa estariam
subavaliados, de acordo com esta análise.

Preço/Valor Patrimonial (P/VPA) = Cotação da Ação / Patrimônio Líquido


por Ação: Indica a relação existente entre o valor de mercado e o valor contábil do
Patrimônio Líquido da empresa.

Como já vimos, o valor contábil não é a representação do que o mercado entende


sobre o valor da empresa. Entretanto, sempre será um bom parâmetro de
comparação.

Uma decisão sobre o lançamento de novas ações, por exemplo, também pode ser
alterada em face das condições deste indicador.

Preço/Geração de Caixa (P/CFS) = Cotação da Ação/Geração de Caixa p/


Ação: Este indicador oferece uma informação complementar à do P/L, sendo visto o
tempo teórico de retorno esperado à luz apenas do efeito caixa do resultado do
exercício.

EV/EBITDA = Enterprise Value (Valor do Empreendimento) / Geração de


Caixa na Atividade: Aqui há um confronto entre a capacidade de geração interna
de caixa da empresa, a partir de suas atividades próprias, e o valor presente dos
fluxos de caixa projetados para a empresa (representado pelo EV).

Podem ser usados dados históricos ou projetados, a depender de cada caso. Assim
como os outros múltiplos, quanto menor, em princípio é mais atrativo.

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Como Analisar uma Startup?

Startups empreendem, normalmente, em territórios desconhecidos. Um mercado que


ainda não existe ou uma solução que bate de frente com grandes players.

Para ter uma noção do caminho para o qual você está indo e aonde quer chegar, os
KPIs (Key Performance Indicators, ou Indicadores-chave de Performance) são
fundamentais. Confira alguns indicadores para startups:

1. RECEITA RECORRENTE: Para garantir a confiança de investidores, esse é um


indicador fundamental. Ele calcula a receita vinda de clientes fixos. Quanto mais
renda vier dessa fonte, mais saudável é o seu negócio.

Um serviço como o Spotify, por exemplo, que cobra uma mensalidade dos usuários,
tem neles a sua receita recorrente. É o que chamamos de modelos de assinatura,
mas isso pode acontecer nos mais diversos tipos de negócio.

2. CUSTO DE AQUISIÇÃO DE CLIENTE (CAC): Para medir esse indicador, você


deve somar todos os custos que têm com a aquisição dos seus clientes, como posts
patrocinados e ações de marketing, e dividir pelo número de clientes únicos.

Vamos supor que você tenha feito uma campanha de AdWords que custou R$100,00.
Com ela, 200 novos clientes foram adquiridos. Isso significa que o CAC foi de R$0,50.

Quanto menos você adquirir clientes de forma orgânica, menor será o CAC. Isso
demonstra maior penetração do produto ou serviço no mercado. Além disso, é preciso
ficar atento para que o CAC não ultrapasse a receita que cada cliente gera.

3. TEMPO DE RETORNO DO CAC: Quando você gasta mais dinheiro para adquirir
um cliente do que ele gera de receita, precisa começar a medir o Tempo de Retorno
do CAC, um dos mais importantes indicadores para startups.

Ele mede quanto tempo, geralmente medido em meses, esse cliente precisa pagar
pelo seu produto ou serviço para que haja retorno. Permite uma visão da startup
como um todo, determinando certa segurança para o seu futuro.
Se você gasta R$100,00 para adquirir um cliente, juntando todos os gastos com
campanha e vendas, e ele gera R$10,00 de receita por mês, seu Tempo de Retorno
do CAC será de 10 meses.

4. TICKET MÉDIO: Ticket médio é o valor médio de compra do seu cliente. Para
calcular, você deve somar a receita total das vendas e dividir pelo número de clientes
do período.

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Sozinho, esse indicador não tem tanta influência sobre suas próximas decisões, mas,
junto com o CAC e outros indicadores para startups, faz grande diferença.

5. LIFETIME VALUE: Para ajudar no cálculo do retorno do CAC, outro indicador


importante é o lifetime value. Ele mensura quanto um cliente gera de receita durante
determinado período. Calcula-se:

valor médio de receita por cliente x tempo de vida do cliente (tempo que a conta
permanece ativa).

Simplificando: ticket médio dividido pelo churn.

Você deve buscar um lifetime value cada vez maior, pois significa que o negócio é
vantajoso. Se, no fim, você gasta mais para adquirir o cliente do que ele gasta com
o seu produto ou serviço, você está escalando a startup sem gerar lucro. É sinal de
que o negócio não é sustentável.

6. USUÁRIOS ATIVOS MENSAIS OU USUÁRIOS ATIVOS POR DIA: Está entre


os indicadores para startups que faz mais sentido para empresas B2C, especialmente
aquelas que têm um modelo de negócio baseado em um aplicativo.

Se você mensurar apenas o número de downloads, por exemplo, terá uma visão
limitada da aderência do seu produto. Determinar o número de usuários ativos
demonstra que o seu aplicativo não está “esquecido”.

7. CHURN: Depois de calcular o seu CAC, outro indicativo importante é o churn. Ele
mostra quantos clientes deixaram de utilizar o seu produto. Quanto mais pessoas
param de comprar ou usar, mais você precisa gastar com aquisição.

É o contrário da taxa de retenção. Mas se você tiver churn na sua startup, não se
desespere. Para os investidores, é saudável e aceitável. Começa a ser preocupante
apenas quando passa de uma taxa determinada, que costuma ser de 5%.

Tenha em mente que manter clientes é mais barato do que adquirir novos. Assim,
seu esforço com atendimento, encantamento e fidelização de clientes deve ser
grande.

8. NPS (NET PROMOTER SCORE): O Net Promoter Score é uma técnica muito
utilizada para medir a satisfação do cliente com o seu produto ou serviço. Pode indicar
que algum problema está aumentando seu churn, por exemplo.

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Consiste, basicamente, em perguntar aos clientes: “em uma escala de 0 a 10, qual a
probabilidade de nos recomendar ou indicar [o produto ou serviço] a um amigo ou
novo cliente?” A avaliação dos resultados depende da metodologia que você utilizar.

9. “J-CURVE” – ANÁLISE GRÁFICA J-CURVE: Um gráfico da rentabilidade de


uma empresa sobre o relacionamento com o cliente ao longo do tempo, com tempo
no eixo “X” e lucro por cliente no eixo “Y”. Esta curva é muitas vezes J-Shaped
(pretendido que seja formato em J), porque uma empresa tem custos maiores
associados com a aquisição e onboarding de um novo cliente, que são ou deveriam
ser compensados ao longo do tempo pela receita incremental desse cliente.

Algumas pessoas se referem a isso como uma S-Curve porque na maioria dos casos,
a receita incremental para de ser gerada e a curva toma a forma de um S em vez de
um J. Gráfico importantíssimo para análises mais profissionais da evolução de
estratégias comerciais e de marketing.

10. CASH BURN RATE – “QUEIMA” DE DINHEIRO: A quantidade de dinheiro


que uma empresa consome a cada mês, a fim de continuar as operações.
Ocasionalmente refere-se a despesas totais, mais comumente usados para se referir
aos recebimentos de caixa, menos despesas em dinheiro, quando a diferença é
negativa (USA).

Startups podem apresentar altas possibilidades de lucro a médio e longo prazo, desde
que, sejam analisadas corretamente para que seu capital não seja desperdiçado.

O Que é Macroeconomia?

Macroeconomia é uma das divisões da ciência econômica dedicada ao estudo, medida


e observação de uma economia regional ou nacional como um todo individual. A
macroeconomia é um dos dois pilares dos estudos da economia, sendo o outro a
microeconomia.

O estudo macroeconômico surgiu como forma de oposição ao sistema mercantilista


vigente na Europa, este movimento foi chamado por Keynes de Revolução Clássica.

Os dois dogmas mercantilistas atacados pelos clássicos eram, o metalismo (a crença


de que a riqueza e o poder de uma nação estavam no acúmulo de metais preciosos),
e a crença na necessidade de intervenção estatal para direcionar o
desenvolvimento do sistema capitalista.

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O primeiro trabalho clássico foi A Riqueza das Nações, 1776 de Adam Smith, sendo
considerado a partir desta publicação o início da ciência econômica.

O termo macroeconomia teve origem na década de 1930 a partir da Grande


Depressão iniciada em 1929, onde foram intensificadas a urgência do estudo das
questões macroeconômicas, sendo a primeira grande obra literária macroeconômica
o livro Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, do economista britânico
John Maynard Keynes, dando origem a Revolução Keynesiana que se opôs à
ortodoxia da Economia Clássica.

A macroeconomia concentra-se no estudo do comportamento agregado de uma


economia, ou seja, das principais tendências (a partir de processos microeconômicos)
da economia no que concerne principalmente à produção, à geração de renda, ao
uso de recursos, ao comportamento dos preços, e ao comércio exterior.

Os objetivos da macroeconomia são principalmente: o crescimento da economia, o


pleno emprego, a estabilidade de preços e o controle inflacionário.

Um conceito fundamental à macroeconomia é o de sistema econômico, ou seja, uma


organização que envolve recursos produtivos.

A expressão agregados macroeconômica designa, genericamente, os resultados da


mensuração da atividade econômica como um todo. As palavras que estão por trás
dessa expressão são conjuntos, totalizada, agregação. A dimensão total da economia
é a referência do cálculo agregado. Para sistematizá-lo desenvolveram-se diferentes
Sistemas de Contabilidade Social.

Os principais agregados macroeconômicos são:

● Produto (economia);
● Renda;
● Despesa.

Produto - é a produção total de bens e serviços finais que são produzidos por uma
sociedade num determinado período.

Renda - renda pessoal ou consumo das famílias - somatório das remunerações


recebidas pelos proprietários dos fatores de produção como retribuição pela utilização
de seus serviços na atividade produtiva.
Ex: salário, aluguéis, juros, lucros.

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Renda pessoal disponível (RPD) é a renda com que as famílias contam para
poderem consumir.
Poupança (S) é a parte da RPD que não foi consumida.

Renda(D) = C + S

W - Salários - remuneração do fator de produção trabalho (comissões, honorários


de profissionais liberais, ordenados dos executivos, mesmo que não assalariados)
J - Juros - prêmio pago aos detentores de recursos por abrir mão da preferência
pela liquidez
A - Aluguéis - remuneração dos proprietários dos recursos naturais
L - Lucros - remuneração do fator de produção capital

Renda(D) = W + J + A + L

Despesas - é o total dos gastos efetuados pelos agentes econômicos na aquisição


de bens e serviços produzidos pela sociedade.

Investimento - refere-se às despesas voltadas para a ampliação da capacidade


produtiva da economia.
Ex. construção de uma hidrelétrica, a construção ou ampliação de uma fábrica, a
aquisição de novas máquinas e equipamentos por uma firma, etc...

Investimento Bruto = Formação bruta de Capital fixo + Variação de Estoque


Ib = Fbkf + VarEst

Investimento bruto é a compra de bens de capital - somente produtos novos.


Representam um acréscimo ao estoque de capital da economia. Bens de investimento
e bens de capital são sinônimos.

Formação bruta de capital fixo refere-se à ampliação da capacidade produtiva


futura de uma economia por meio de investimentos correntes em ativos fixos, ou
seja, bens passíveis de utilização repetida e contínua em outros processos produtivos,
por tempo superior a um ano, sem serem consumidos ao longo desses processos.
Trata-se, portanto, de acréscimos ao estoque de bens duráveis destinados ao uso
das unidades produtivas, realizados a cada ano, visando ao aumento da capacidade
produtiva do país.

Variações positivas de estoque são bens produzidos e não vendidos no período, para
serem vendidos no futuro. Por significarem um acréscimo ao patrimônio da
sociedade, tais variações são computadas como investimentos.

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Investimento bruto
(-) depreciação
(=) Investimento Líquido
Iliq = Ib - Dep

Depreciação - uma parte dos bens de capital em uso na economia pode sofrer
desgastes física ou obsolescência. Isso configura um decréscimo no estoque de
capital denominado depreciação.

Renda = consumo + poupança


R=C+S
Despesa = Consumo + Investimento
D=C+I
Como PRODUTO = RENDA = DESPESA
C+I=C+S
I=S

Desenvolvimento da Teoria Macroeconômica

Origem

A macroeconomia descende dos campos da teoria do ciclo econômico e da teoria


monetária. A teoria quantitativa da moeda foi particularmente influente antes
da Segunda Guerra Mundial. Ela tomou muitas formas, incluindo a versão baseada
na obra de Irving Fisher:

{\displaystyle M\cdot V=P\cdot Q}

Na visão típica da teoria quantitativa, a velocidade da moeda (V) é a quantidade


de bens produzidos (Q) seriam constantes, assim qualquer aumento na oferta
monetária (M) levaria a um aumento direto no nível de preços (P). A teoria
quantitativa da moeda era um elemento central da teoria clássica econômica que
prevaleceu no começo do século XX.

Keynes e seus seguidores

A macroeconomia, pelo menos em sua forma moderna, começou com a publicação


de A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de John Maynard Keynes.
Quando a Grande Depressão atacou, os economistas clássicos tiveram dificuldade
em explicar como os bens não eram vendidos e os trabalhadores ficaram
desempregados.

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Na teoria clássica, os preços e salários cairiam até o mercado se ajustar e todos os


bens e trabalho serem vendidos. Keynes ofereceu uma nova teoria econômica que
explicava por que os mercados poderiam não se ajustar.

Keynes apresentou uma nova teoria sobre como a economia funcionava. Em sua
teoria, a teoria quantitativa não era usada mais pois as pessoas e as empresas
tendiam a segurar seu dinheiro em tempos econômicos difíceis, um fenômeno que
ele descreveu em termos de preferência pela liquidez.

Keynes explicou como o efeito multiplicador ampliaria uma pequena diminuição


no consumo ou investimento e causaria quedas por toda a economia. Ele também
destacou o papel que a incerteza e o espírito animal podem exercer na economia.

A geração seguinte a Keynes combinou a macroeconomia da Teoria Geral com a


economia neoclássica para criar a síntese neoclássica.

Por volta dos anos 50, a maior parte dos economistas tinha aceitado o ponto de vista
da síntese sobre a macroeconomia. Economistas como Paul Samuelson, Franco
Modigliani, James Tobin, e Robert Solow desenvolveram teorias formais de
Keynes e teorias do consumo, investimento, e demanda de dinheiro que escapavam
do escopo da obra de Keynes.

Monetarismo

Milton Friedman atualizou a teoria quantitativa da moeda para incluir um papel


para a demanda por moeda. Friedman amplia a interpretação da TQM proposta pela
Universidade de Cambridge, no final do século XIX, argumentando que, a partir
do inverso da velocidade da moeda, k =1/V, os agentes optaram por alocar seus
recursos em títulos ou moeda, que obedeceria à renda, às preferências e, inclusive,
à inflação, que desestimularia a retenção.

Ele argumentou que o papel do dinheiro na economia era suficiente para explicar a
Grande Depressão, e que as explicações orientadas para a demanda agregada não
eram necessárias. Friedman argumentou que a política monetária era mais eficiente
que a política fiscal.

No entanto, questionou como ajustar a economia com políticas monetárias. Era a


favor de uma política de crescimento estacionário na oferta monetária, ao invés de
intervenções frequentes. Friedman também desafiou a relação entre inflação e
desemprego da curva de Phillips.

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Friedman e Edmund Phelps (que não era um monetarista) propuseram uma versão
"aumentada" da Curva de Phillips que excluía a possibilidade de um trade-off estável
de longo prazo entre inflação e desemprego. Quando a crise do petróleo da década
de 1970 criou uma alta taxa de desemprego e inflação, Friedman e Phelps foram
questionados.

O monetarismo foi particularmente influente no começo da década de 1980. O


monetarismo caiu em desgraça quando os bancos centrais descobriram ser difícil
ajustar a oferta monetária ao invés das taxas de juros, como os monetaristas
recomendaram. O monetarismo também se tornou politicamente impopular quando
os bancos centrais criaram recessões a fim de diminuir a inflação.

Novos clássicos

Outro desafio ao Keynesianismo veio da nova economia clássica.

Um desenvolvimento centrado no novo pensamento clássico veio quando Robert


Lucas introduziu as expectativas racionais à macroeconomia. Antes de Lucas, os
economistas em geral usavam as expectativas adaptativas, quando supunha-se
que os agentes viam o passado recente para fazer expectativas sobre o futuro. Sobre
as expectativas racionais, supunha-se que os agentes eram mais sofisticados.

Um consumidor não irá simplesmente assumir uma taxa de inflação de 2% devido ao


fato de que esta foi a média dos anos anteriores; ele irá observar a política monetária
atual e as condições econômicas para formar uma previsão mais informada. Quando
os economistas novos clássicos introduziram as expectativas racionais em seus
modelos, eles mostraram que a política monetária poderia ter apenas um impacto
limitado.

Lucas também fez uma crítica influente aos modelos empíricos Keynesianos. Ele
argumentou que modelos de previsão baseados em relações empíricas seriam
instáveis. Ele defendia que os modelos baseados na teoria econômica fundamental
seriam, a princípio, mais estáveis em relação às mudanças das economias. Seguindo
a crítica de Lucas, os economistas novos clássicos, liderado por Edward Prescott e
Finn Kydland, criaram a teoria dos ciclos reais de negócios (teoria RBC).

Esses modelos foram baseados na combinação de equações fundamentais com a


microeconomia neoclássica. Eles produziram modelos que explicam recessão e
desemprego com mudanças na tecnologia. Os modelos RBC não incluíram um papel
para o dinheiro exercido na economia.

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As críticas aos modelos RBC argumentavam que o dinheiro claramente exerce um


papel importante na economia, e que a ideia de que o regresso tecnológico pode
explicar recessões recentes é também implausível. Dentro da lógica do RBC, os
agentes são extremamente racionais, ao ofertarem mais trabalho quando os salários
reais fossem maiores, o que leva à elaboração de modelos que retomam o postulado
clássico do trade off entre lazer e trabalho. Apesar das questões acerca da teoria
atrás dos modelos RBC, eles claramente foram influentes na metodologia econômica.

Resposta Nova Keynesiana

Os novos economistas keynesianos responderam à escola neoclássica adotando


as expectativas racionais e focando no desenvolvimento de modelos baseados na
microeconomia que são imunes à crítica de Lucas.

Stanley Fischer e John B. Taylor produziram trabalhos iniciais nesta área,


mostrando que a política monetária poderia ser efetiva mesmo em modelos com
expectativas racionais e salários limitados por contratos. Outros novos economistas
keynesianos expandiram esta obra e demonstraram que em outros casos nos quais
os preços e salários inflexíveis levaram a uma política monetária e fiscal tiveram
efeitos reais.

Como os modelos clássicos, os modelos novos clássicos assumiram que os preços


seriam capazes de se ajustar perfeitamente e que a política monetária apenas levaria
a mudanças de preço. Os modelos novos keynesianos investigaram fontes de preços
e salários resistentes (sticky), que não se ajustaram, assim levando a política
monetária impactar quantidades ao invés de preços.

No final da década de 1990, os economistas chegaram a um difícil consenso. A rigidez


da nova teoria keynesiana foi combinada com as expectativas racionais e a
metodologia RBC para produzir os modelos de equilíbrio dinâmico estocástico
geral (DSGE). A fusão de elementos de diferentes escolas de pensamento tem sido
apelidada de nova síntese neoclássica.

Esses modelos agora são usados por muitos bancos centrais e exercem um papel
central na macroeconomia moderna. As metas de inflação, a partir da equação
proposta por John Taylor, conhecida como Taylor rule (regra de Taylor),
passaram a ser utilizada pelos Bancos Centrais ao redor do planeta: enquanto a nova
Zelândia foi sua pioneira, em 1990, o Brasil adotaria tal regime em junho de 1999,
com o término do Plano Real I e o início do Plano Real II, a partir da lógica do "tripé
macroeconômico." A partir dela, as autoridades monetárias controlam a taxa de juros
de curto prazo, que detém influência sobre as expectativas dos agentes e,
consequentemente, o nível geral de preços.

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Crescimento e Economia do Desenvolvimento

Gráfico do PNB per capita por região ao longo dos últimos 2000 anos.

O PNB per capita é uma forma resumida de se medir o desenvolvimento econômico


no longo prazo.

A economia do desenvolvimento estuda fatores que explicam o crescimento


econômico – o aumento na produção per capita de um país ao longo de um extenso
período de tempo. Os mesmos fatores são usados para explicar diferenças no nível
de produção per capita entre países.

Fatores muito estudados incluem a taxa de investimento, crescimento


populacional, e mudança tecnológica. Que estão representados em formas
empíricas e teóricas (como no modelo de crescimento neoclássico) e na
contabilidade do crescimento. O campo distinto da economia do desenvolvimento
examina aspectos econômicos do processo de desenvolvimento em países de baixa
renda focando em mudanças estruturais, pobreza, e crescimento
econômico. Abordagens em economia do desenvolvimento frequentemente
incorporam fatores políticos e sociais.

Sistemas Econômicos

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Sistemas econômicos é o ramo da economia que estuda os métodos e


instituições pelas quais sociedades determinam a propriedade, direção e alocação
dos recursos econômicos e as suas respectivas trajetórias de desenvolvimento
econômico. Um sistema econômico de uma sociedade é a unidade de análise.

Entre sistemas contemporâneos em diferentes partes do espectro organizacional são


os sistemas socialistas e os sistemas capitalistas, nos quais ocorre a maior
parte da produção, respectivamente em empresas estatais e privadas. Entre esses
extremos estão as economias mistas. Um elemento comum é a interação de
influências políticas e econômicas, amplamente descritas como economia política.

Sistemas econômicos comparados é a área que estuda a performance e o


comportamento relativos de diferentes economias ou sistemas.

Contabilidade Nacional

A contabilidade nacional é um método para listar a atividade econômica agregada de


uma nação. As contas nacionais são sistemas contábeis de partidas dobradas que
fornecem informações detalhadas sobre a atividade econômica de um país.

Essas incluem o produto nacional bruto (PNB), que fornece estimativas para o
valor monetário da produção e da renda por ano ou por trimestre. O PNB permite
que se acompanhe a performance de uma economia e seus componentes ao longo
de ciclos econômicos ou períodos históricos.

Dados de preços podem permitir a distinção entre valores reais e nominais, isto
é, corrigir totais monetários para refletir as variações nos preços ao longo do tempo.
As contas nacionais também incluem aferições do estoque de capital, riqueza de uma
nação, e fluxos internacionais de capital.

Indicadores Macroeconômicos – Exemplos

● Desemprego: O desemprego é um dos mais importantes dos


indicadores da macroeconomia, pois ele tende a ser a última variável
a se mexer em uma recessão ou em um desenvolvimento da economia
do país. Isto ocorre, pois, as demissões são muito onerosas aos
empregadores, devido às verbas de rescisão. Assim, a decisão de demitir
tende a ser adiada ao máximo.

Por outro lado, uma vez que a economia retome o crescimento, os


empregadores ainda demoram muito a contratar, pois tendem a esperar o
crescimento e a confiança na economia voltar com mais força.

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Um exemplo disso é o caso Brasileiro. O PIB do país apresentou leve


crescimento no ano de 2017 e no primeiro semestre de 2018, no entanto,
ainda no meio de 2018 o desemprego ainda assola milhões de brasileiros.

Assim, os economistas tendem a considerar o emprego como o principal


indicador de uma recessão ou de um crescimento econômico.

Também pois o desemprego tem capacidade de afetar outros indicadores


macroeconômicos, tais como o consumo.

● Inflação: A inflação é a perda do poder de compra da moeda. Esta é


uma variável muito importante pois, além de reduzir o poder de compra,
e assim o consumo, ela também pode afetar os juros do país. Quando a
inflação está muito alta, o Banco Central, através do COPOM, tende a
aumentar os juros como forma de contê-la.

A taxa de juros, por sua vez, é muito importante pois afeta diretamente a
decisão de investimentos das empresas.

● PIB: O PIB é o produto interno bruto. Ele é a soma de todas as riquezas


criadas por um país.

Tipicamente, quando o PIB cresce, isto significa que o país está se


desenvolvendo e o consumo tende a aumentar.

Por outro lado, caso o PIB esteja estagnado, ou caindo, isto pode indicar uma
recessão econômica. Em uma recessão econômica é esperado que o consumo
venha a cair bastante, e que os lucros das empresas diminuam.

Como dito anteriormente, os indicadores macroeconômicos do Brasil são


bastante voláteis, e isto pode ser percebido através de uma análise do PIB
brasileiro.

Em 2010 o PIB do Brasil cresceu quase 4%, e seguiu-se em 4 anos de


crescimento moderado. Já em 2015, abalado pela recessão, o PIB caiu quase
4%, seguido por outra grande queda em 2016.

Em países mais desenvolvidos é comum uma menor volatilidade dessa


variável. Tanto para subidas, quanto para descidas. Os Estados Unidos, por
exemplo, crescem entre 1,5% e 3% todos os anos de 2010 até 2017.

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Conceito

Paul Anthony Samuelson, um dos pais fundadores da microeconomia, autor de


um dos manuais mais marcantes da história, Economics (primeira edição em 1948)
juntamente com os Princípios de economia política de John Stuart Mill (primeira
edição de 1848) e os Princípios de economia política de Alfred Marshall (primeira
edição de 1890).

A Microeconomia, também conhecida como a “teoria dos preços”, analisa a


formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem
e decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço em mercados
específicos.

Assim, enquanto a Macroeconomia enfoca o comportamento da Economia como um


todo, considerando variáveis globais como consumo agregado, renda nacional e
investimentos globais, a análise microeconômica preocupa-se com a formação de
preços de bens e serviços (por exemplo, soja, automóveis) e de fatores de produção
(salários, aluguéis, lucros) em mercados específicos.

A teoria microeconômica não deve ser confundida com a economia de empresas pois
tem enfoque distinto. A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da
demanda na formação do preço no mercado, isto é, o preço obtido pela interação do
conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem
ou serviço.

Do ponto de vista da economia de empresas, que estuda uma empresa específica,


prevalece a visão contábil-financeira na formação do preço de venda de seu produto,
baseada principalmente nos custos de produção, enquanto na Microeconomia
predomina a visão do mercado.

A abordagem econômica se diferencia da contábil mesmo quando são tratados os


custos de produção, pois o economista analisa não só os custos efetivamente
incorridos, mas também aqueles decorrentes das oportunidades sacrificadas, ou seja,
dos custos de oportunidade ou implícitos. Os custos de produção do ponto de vista
econômico não são apenas os gastos ou desembolsos financeiros incorridos pela
empresa (custos explícitos), mas incluem também quanto às empresas gastariam se
tivessem de alugar ou comprar no mercado os insumos que são de sua propriedade
(custos implícitos).

Os agentes da demanda - os consumidores - são aqueles que se dirigem ao mercado


com o intuito de adquirir um conjunto de bens ou serviços que maximize sua função

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de utilidade. No Direito utilizou-se a conceituação econômica para se definir


consumidor: pessoa natural ou jurídica que no mercado adquire bens ou contrata
serviços como destinatário final, visando atender a uma necessidade própria. Deve-
se salientar que o Código Brasileiro de Defesa do Consumidor considera o consumidor
como hipossuficiente, uma vez que entre fornecedor e consumidor há um
desequilíbrio que favorece o primeiro.

A conceituação de empresa, entretanto, possui duas visões:

● Econômica;
● Jurídica.

Do ponto de vista econômico, empresa ou estabelecimento comercial é a


combinação realizada pelo empresário dos fatores de produção: capital, trabalho,
terra e tecnologia, de tal modo organizados para se obter o maior volume possível
de produção ou de serviços ao menor custo.

Na doutrina jurídica, reconhece-se o estabelecimento como uma universalidade de


direito, incluindo-se na atividade econômica um complexo de relações jurídicas entre
o empresário e a empresa. O empresário é, assim, o sujeito da atividade econômica,
e o objeto é constituído pelo estabelecimento, que é o complexo de bens corpóreos
e incorpóreos utilizados no processo de produção. A empresa, nesse contexto, é o
complexo de relações jurídicas que unem o sujeito ao objeto da atividade econômica.

A Microeconomia está voltada fundamentalmente para:

● As unidades individualizáveis da economia, como o consumidor e a


empresa, considerados isoladamente, ou em agrupamentos homogêneos;

● O comportamento do consumidor, a busca da satisfação máxima


(com sua restrição orçamentária), e outras motivações;

● O comportamento da empresa, a busca do lucro máximo (com sua


estrutura de custos e com a atuação da concorrência) e outras
motivações;

● Os mecanismos do funcionamento do mercado. Oferta e procura;

● Imperfeições e Funções do mercado, na utilização eficaz dos


recursos escassos da sociedade e na geração dos produtos destinado a
satisfação e necessidades ilimitáveis;

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● As remunerações pagas aos agentes que participam do processo


produtivo e sua repartição da renda social;

● Os preços recebidos pelas unidades que geram cada um dos bens de


serviços que compõem o produto social;

● Custo e Benefícios privados e o interesse maior do bem-comum.

Pressupostos Básicos da Análise Microeconômica

A hipótese coeteris paribus

Para analisar um mercado específico, a Microeconomia se vale da hipótese de que


tudo o mais permanece constante (em latim, coeteris paribus). O foco de estudo é
dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda
nele exercem, supondo que outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não
interfiram de maneira absoluta.

Adotando-se essa hipótese, torna-se possível o estudo de determinado mercado,


selecionando-se apenas as variáveis que influenciam os agentes econômicos -
consumidores e produtores - nesse particular mercado, independentemente de
outros fatores, que estão em outros mercados, podem influenciá-los.

Sabemos, por exemplo, que a procura de uma mercadoria é normalmente mais


afetada por seu preço e pela renda dos consumidores. Para analisar o efeito do preço
sobre a procura, supomos que a renda permanece constante (coeteris paribus); da
mesma forma, para avaliar a relação entre a procura e a renda dos consumidores,
supomos que o preço da mercadoria não varia. Temos, assim, o efeito "puro" ou
"líquido" de cada uma dessas variáveis sobre a procura.

Papel dos preços relativos

Na análise microeconômica, são mais relevantes os preços relativos, isto é, os preços


de um bem em relação aos demais, do que os preços absolutos (isolados) das
mercadorias.

Por exemplo, se o preço do guaraná cai 10%, e o da soda igualmente cai 10%, nada
deve acontecer com a demanda (procura) dos dois bens (supondo que as demais
variáveis permaneceram constantes). Agora, tudo permanece constante, se cai
apenas o preço do guaraná, permanecendo inalterado o preço da soda, deve-se

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esperar um aumento na quantidade procurada de guaraná, e uma queda na soda.


Embora não tenha havido alteração no preço absoluto da soda, seu preço relativo
aumentou, quando comparado com o do guaraná.

Objetivos da empresa

A grande questão na Microeconomia, que inclusive é a origem das diferentes


correntes de abordagem, reside na hipótese adotada quanto aos objetivos da
empresa produtora de bens e serviços.

A análise tradicional supõe o princípio da racionalidade, segundo o qual o empresário


sempre busca a maximização do lucro total, otimizando a utilização dos recursos de
que dispõe. Essa corrente enfatiza conceitos como receita marginal, custo marginal
e produtividade marginal em lugar de conceitos de média (receita média, custo médio
e produtividade média), daí ser chamada de marginalista. A maximização do lucro da
empresa ocorre quando a receita marginal se iguala ao custo marginal.

As correntes alternativas consideram que o móvel do empresário não seria a


maximização do lucro, mas fatores como aumento da participação nas vendas do
mercado, ou maximização da margem sobre os custos de produção, independente
da demanda de mercado.

Geralmente a abordagem marginalista compõe a teoria microeconômica


propriamente dita, pelo que é chamada de teoria tradicional, enquanto as demais
abordagens são usualmente analisadas nas disciplinas denominadas teoria da
organização industrial ou economia industrial.

Tópicos de estudo

Mercado

A microeconomia, tal como a macroeconomia, é um método fundamental de análise


à economia enquanto sistema. Examina o comportamento dos agentes (tais como
os agregados familiares e as firmas) e as suas interações em mercados específicos,
considerando a escassez de recursos e a regulação governamental.

Um determinado mercado pode ser para de um produto, por exemplo milho, ou de


serviços de um fator de produção, por exemplo, os serviços de um pedreiro. A
teoria considera agregados de uma quantidade demandada por compradores e
quantidade ofertada por vendedores para cada preço possível por unidade.

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A microeconomia une esses dois aspectos para descrever como o mercado pode
atingir o equilíbrio entre o preço e a quantidade negociada ou explicar as variações
do mercado ao longo do tempo.

Esta análise é geralmente referida como análise de oferta e demanda. As estruturas


do mercado, como concorrência perfeita e monopólio, são também estudadas
para as suas implicações no comportamento e na eficiência econômica. A análise das
alterações num mercado geralmente parte do pressuposto simplificador de que o
comportamento nos outros mercados permanece inalterado (ceteris paribus), ou
seja, é uma análise de equilíbrio parcial.

A teoria do equilíbrio geral permite alterações em diferentes mercados e agregados


de todos os mercados, incluindo a sua evolução e interações em direção ao ponto de
equilíbrio.

Produção, Custo e Eficiência

Em microeconomia, a produção é um processo que usa insumos para criar produtos,


destinados ao comércio ou ao consumo. A produção é um fluxo, logo é mensurável
através de um rácio por unidade de tempo. É comum distinguir entre a produção de
bens de consumo (alimentos, cortes de cabelo, etc.) vs. bens de investimento
(novos tratores, edifícios, estradas, etc.), bens públicos (defesa nacional,
segurança pública, proteção civil, etc.) ou bens privados (computadores novos,
automóveis, etc.).

O custo de oportunidade está relacionado com o custo económico: é o valor da


melhor alternativa dispensada, quando se tem que fazer uma escolha entre duas
ações desejadas, mas mutuamente exclusivas. É descrita como sendo a
expressão da "relação básica entre escassez e escolha".

O custo de oportunidade é um fator que garante a utilização eficiente dos recursos


escassos, pois o custo é ponderado face ao valor gerado, no momento de decidir
aumentar ou reduzir uma atividade. Os custos de oportunidade não se restringem a
custos monetários. Podem também ser medidos em tempo, lazer, ou qualquer outra
coisa que corresponda a um benefício alternativo (utilidade).

As entradas para o processo de produção incluem fatores de produção básicos


como o trabalho, capital (bens duradouros usados na produção, como uma fábrica)
e terra (incluindo recursos naturais). Outros fatores incluem bens intermediários
usados na produção dos bens finais, como seja o aço num carro novo.

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A eficiência econômica descreve o quanto um sistema utiliza bem os recursos


disponíveis, dada a tecnologia disponível. A eficiência pode aumentar se
conseguirmos obter um maior resultado sem aumentar os recursos usados, ou seja,
se conseguirmos reduzir o "desperdício". Dizemos que temos uma eficiência de
Pareto quando estamos num ponto onde nenhuma alteração na forma como usamos
os recursos disponíveis consegue melhorar o resultado para alguém sem piorar a
situação de outro.

Curva de possibilidades de produção.

A fronteira de possibilidades de produção (FPP) é uma ferramenta analítica que


representa a escassez, custo e eficiência. No caso mais simples, estudamos uma
economia que produz apenas dois bens. A FPP é uma tabela ou gráfico (ver
ilustração) que mostra as várias combinações de quantidades dos dois produtos que
é possível ter dado a tecnologia e os fatores de produção disponíveis em cada
ponto na curva

Cada ponto na curva mostra uma produção potencial total máxima para a
economia, que é a produção máxima de um bem, dada uma quantidade de produção
do outro bem.

O ponto A no gráfico, por exemplo, mostra que FA de comida e CA de computadores


podem ser produzidos quando a produção é eficiente. Assim como FB de comida e
CB de computadores (ponto B).

A escassez é representada na figura pelas pessoas poderem querer, mas não


poderem consumir, para além da FPP. Quando a produção de um bem aumenta, a
produção do outro diminui, numa relação inversa. Isso ocorre porque uma maior
produção de um bem requer a transferência de insumos da produção do outro bem,

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diminuindo-a. A inclinação da curva num ponto determina o trade-off entre os


dois bens. Mede o quanto uma unidade adicional de um bem implica reduzir o outro
bem, que é um exemplo de custo de oportunidade.

Ao longo da FPP, a escassez significa que escolher mais de um bem implica ter menos
do outro. Ainda assim, numa economia de mercado, o movimento ao longo da
curva pode ser explicado como uma escolha que os agentes veem como preferível.

Por construção, cada ponto na curva mostra a eficiência produtiva, por maximizar
a produção para um total dado de insumos. Um ponto "dentro" da curva é possível,
mas representa ineficiência produtiva (uso de insumos com desperdício), no sentido
de que a produção de um ou ambos os bens poderiam aumentar movendo-se no
sentido nordeste em direção a um ponto na curva.

Um exemplo de ineficiência pode ser uma alta taxa de desemprego durante uma
recessão. Está na curva pode ainda não satisfazer completamente a eficiência
alocativa (também apelidado de eficiência de Pareto) se a curva não consistir numa
combinação de produtos que os consumidores tenham preferência face a outros
pontos ou combinações.

Muito da economia aplicada em políticas públicas está preocupada em


determinar como a eficiência de uma economia pode ser aumentada. Encarar a
realidade da escassez para então perceber como podemos organizar a sociedade
para ter o uso mais eficiente dos recursos tem sido descrito como sendo a "essência
da economia", onde a disciplina "faz a sua contribuição ímpar".

Especialização

A especialização é considerada um aspecto chave para a eficiência econômica, devido


a diferentes agentes (indivíduos ou países) terem diferentes vantagens
comparativas. Mesmo que um país detenha vantagem absoluta em todos os
setores, tem vantagem em se especializar nas áreas onde tenha as maiores
vantagens comparativas, efetuando depois trocas comerciais com outros países.

Consegue desta forma obter uma maior quantidade dos produtos onde não se
especializou comparado com a opção de produzir tudo por si. Um exemplo disso é a
especialização dos países desenvolvidos em produtos de alta tecnologia,
preferindo adquirir os bens de manufatura aos países em desenvolvimento, onde
a mão-de-obra é barata e abundante.

A teoria defende que desta forma se consegue obter um maior total de produtos e
utilidade, comparando com a situação em que cada país decide pela produção própria

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de todos os produtos. A teoria da vantagem comparativa é responsável pela crença


generalizada dos economistas nos benefícios do comércio livre. O conceito aplica-
se a indivíduos, fazendas, fábricas, fornecedores de serviços e a economias.

Em qualquer um destes sistemas produtivos podemos ter uma divisão do trabalho


onde cada trabalhador é responsável por uma tarefa distinta e especializada fazendo
parte do esforço produtivo, ou diferentes formas de uso de capital fixo e da terra.

A Riqueza das Nações (1776), de Adam Smith, faz uma discussão notável dos
benefícios da divisão do trabalho. A forma como os indivíduos podem aplicar da
melhor forma o seu trabalho, ou qualquer outro recurso, é um tema central do
primeiro livro da obra. Smith afirmava que um indivíduo deveria investir recursos, por
exemplo, terra e trabalho, de forma a obter o maior retorno possível.

Desta forma, as várias aplicações de um mesmo recurso devem ter uma taxa de
retorno igual (ajustada pelo risco relativo associado a cada atividade). Caso contrário,
acabaria por ocorrer uma realocação de recursos melhorando o retorno. Essa ideia,
escreveu George Stigler, é a proposição central da teoria econômica. O economista
francês Turgot fez o mesmo raciocínio dez anos antes, em 1766.

De forma mais geral, a teoria diz que, incentivos do mercado, como preços da
produção e dos insumos de produção, determinam a alocação dos fatores de
produção através da vantagem comparativa. Isto ocorre porque são escolhidos
os insumos mais baratos, mantendo baixo o custo de oportunidade de um tipo de
produto.

Com este processo, a produção agregada aumenta como efeito colateral. Esta
especialização da produção cria oportunidades para ganhos com o comércio em
que os detentores dos recursos beneficiam do comércio vendendo um tipo de
produto contra outros bens de maior valor.

Uma medida dos ganhos de comércio é o aumento na produção (formalmente, a


soma do acréscimo do excedente do consumidor e dos lucros do produtor)
resultante da especialização na produção e do consequente comércio.

Oferta e demanda

A teoria de oferta e demanda explica os preços e as quantidades dos bens


transacionados em uma economia de mercado e as respectivas variações. Na teoria
microeconômica em particular, refere-se à determinação do preço e quantidade num
mercado de concorrência perfeita.

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Tem tido um papel fundamental na construção de modelos para outras estruturas


de mercado (como monopólio, oligopólio e competição monopolística) e para outras
abordagens teóricas.

Externalidades

Esta área da economia estuda se os mercados levam em consideração de maneira


adequada todos os benefícios e custos sociais. Uma externalidade ocorre quando
há custos ou benefícios sociais significativos advindos da produção ou do consumo
que não são refletidos nos preços de mercado. Por exemplo, a poluição do ar pode
ser considerada uma externalidade negativa e a educação pode ser uma
externalidade positiva.

Os governos, no papel de um planejador social benevolente, frequentemente


estabelecem impostos ou restringem a venda de bens que geram externalidades
negativas e fornecem subsídios ou de alguma forma promovem a compra de bens
que causam externalidades positivas com o intuito de corrigir distorções nos preços
causadas por essas externalidades.

A economia do meio ambiente estuda os assuntos relativos à degradação,


recuperação ou preservação do meio ambiente. Em particular, externalidades da
produção ou do consumo, como a poluição do ar, podem levar a falhas de
mercado. A disciplina considera como políticas públicas podem ser usadas para
corrigir tais falhas. Opções incluem regulação que reflita uma análise de custo-
benefício ou soluções de mercado que alterem incentivos como multas por
emissão ou redefinição de direitos de propriedade.

A economia do meio ambiente não deve ser confundida com novas escolas de
pensamento econômico referidas como Economia ecológica.

Economia agrícola

A economia da agricultura é uma das mais antigas e mais bem estabelecidas áreas
da economia. É o estudo das forças econômicas que afetam o setor agrícola e o
impacto do setor agrícola no resto da economia. É uma área da economia que, graças
à necessidade de se aplicar a teoria microeconômica a situações complexas do mundo
real, tem contribuído com avanços importantes de aplicação mais geral; o papel do
risco e da incerteza, o comportamento das famílias e as ligações entre direito de
propriedade e incentivos. Mais recentemente, áreas como o comércio internacional
de commodities e meio ambiente têm recebido grande atenção.

Economia financeira

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A economia financeira, muitas vezes chamada simplesmente de finanças, está


preocupada com a alocação dos recursos financeiros em um ambiente de risco (ou
incerteza). Assim, seu foco está na operação dos mercados financeiros, na avaliação
de preços de ativos financeiros, e na estrutura financeira das empresas.

Economia industrial

A economia industrial, também conhecida nos Estados Unidos como organização


industrial, estuda o comportamento estratégico das firmas, a estrutura dos mercados
e suas interações. As estruturas comuns do mercado incluem competição perfeita,
competição monopolística, várias formas de oligopólio e monopólio.

Economia da informação

A economia da informação examina como a informação (ou sua falta) afeta o


processo decisório econômico. Um importante foco da disciplina é o conceito de
assimetria de informação, onde um participante possui mais ou melhor informação
que a outra. A existência da assimetria de informação abre espaço para o surgimento
de problemas como risco moral e seleção adversa estudada na teoria dos contratos.
A economia da informação tem relevância em muitas áreas como finanças, seguros,
direito, e processo decisório em condições de risco e incerteza.

Economia do trabalho

A economia do trabalho procura entender o funcionamento do mercado e a sua


dinâmica relacionada ao trabalho. Os mercados de trabalho funcionam através
das interações entre trabalhadores e empregadores. A economia do trabalho observa
os ofertantes de força-de-trabalho (trabalhadores), seus demandantes
(empregadores) e tenta entender os padrões resultantes de salários e outras rendas
do trabalho, de emprego e desemprego. Usos práticos incluem a assistência na
formulação de políticas de pleno emprego.

Economia e direito

Economia e direito, ou a análise econômica do direito, é uma abordagem da teoria


do direito que aplica métodos da economia ao direito. Inclui o uso de conceitos
econômicos para explicar os efeitos de normas legais a fim de determinar quais
normas são economicamente eficientes e para prever quais normas o serão.

O artigo seminal de Ronald Coase "The Problem of Social Cost", publicado em 1961,
sugeriu que direitos de propriedade bem definidos poderiam superar os problemas

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das externalidades. Desde que os custos de transação se aproximassem de zero,


acordos mutuamente benéficos regulam quem arcaria com o custo da externalidade.

Economia gerencial

A economia gerencial aplica análise microeconômica para especificar decisões nas


organizações. Ela se aproveita pesadamente de métodos quantitativos como
pesquisa operacional e programação e também de métodos estatísticos como a
regressão, ausentes a certeza e informação perfeita. Um tema unificador é a
tentativa de otimizar decisões de negócios, inclusive minimização de custo por
unidade e maximização de lucro, dados os objetivos da firma e limitações impostas
pela tecnologia e condições de mercado.

Finanças públicas

Finanças públicas é o ramo da economia que lida com os gastos e receita dos
orçamentos das entidades do setor público, geralmente o governo. O campo aborda
questões como a incidência fiscal (quem realmente paga um imposto), análise custo-
benefício de programas do governo, efeitos na eficiência econômica e
distribuição de renda de diferentes tipos de gastos e impostos e políticas fiscais.
Essa última, um aspecto da teoria da escolha pública, modela o comportamento
do setor público de forma análoga à microeconomia, envolvendo interações de
eleitores, políticos e burocratas interessados em si mesmos.

Economia do bem-estar

A economia do bem-estar é um ramo da economia que usa técnicas microeconômicas


para determinar simultaneamente eficiência de alocação dentro de uma economia
e a distribuição de renda associada a ela. Ela tenta medir o bem-estar social
examinando as atividades econômicas dos indivíduos que compõem a sociedade.

Teoria Microeconômica Tradicional

A teoria microeconómica standard assume que os agentes económicos, às famílias


ou as empresas são "racionais", isto é, supõe-se terem habilidades cognitivas e
informações suficientes para, por um lado, construir critérios para escolher entre
diferentes opções possíveis e identificar as restrições sobre estas escolhas, tanto
restrições "internas" (a sua capacidade tecnológica, no caso das empresas, por
exemplo), como as "externas" (por exemplo, as resultantes da conjuntura
económica) e, por outro, para maximizar sua satisfação dadas as restrições.

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É o paradigma do homo economicus, que não implica a prioridade que os


critérios de escolha dos indivíduos sejam puramente egoístas. Podem perfeitamente
ser "racionalmente" altruístas.

Esta teoria deve sua existência à síntese feita pela economia matemática
neoclássica de 1940 e 1950, entre os contributos da corrente marginalista do século
XIX e a teoria do equilíbrio geral de Walras e Pareto.

John Hicks e Paul Samuelson são considerados os pais da microeconomia


tradicional atual, que podemos dividir em quatro áreas:

● A teoria do consumidor, que estuda o comportamento das famílias ao


fazer opções de consumo sujeitas a restrições orçamentais;

● A teoria da firma, que estuda o comportamento de empresas que


pretendem maximizar seus lucros sujeitos a restrições tecnológicas;

● A teoria das trocas dos mercados, que podem ou não ser


concorrenciais;

● A teoria do ótimo econômico, que recorre ao conceito de Pareto para


avaliar a eficiência econômica das interações coletivas entre os agentes,
através do comércio.

A teoria tradicional surge no contexto do equilíbrio geral walrasiano e tende a


"assimilar o funcionamento real da sociedade ao do modelo de equilíbrio geral
abstrato".

Mercado e imperfeições de mercado

Um mercado tradicional é um espaço onde os compradores e vendedores se


encontram.

Agir pelo interesse individual conduz muitas vezes ao interesse geral, mas nem
sempre é assim. Paul Krugman e Robin Wells notam que "a mão invisível não é
sempre nossa aliada".

Uma falha de mercado é uma situação na qual o mercado não consegue a alocação
óptima dos recursos económicos e dos bens e serviços. Isso pode acontecer, por
exemplo, no caso de um monopólio (ou de um cartel), ou de uma situação em que
exista desemprego e falta de mão-de-obra, ou ainda a existência de poluição.

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A falha de mercado, no sentido de alocação económica, é um conceito diferente da


anomalia de mercado, que tem um caráter mais financeiro, não da falta de
eficiência do mercado. A anomalia de mercado diz respeito ao rendimento financeiro
e a uma anomalia nos preços devida a fenómenos comportamentais. Estes dois
fenómenos podem ser a causa ou a consequência um do outro, ou resultar de uma
causa comum.

O conceito de falha tem também um aspecto político, e por isso algo controverso, na
medida em que serve para justificar intervenções políticas para “corrigir”, ou até
mesmo suprimir, o mercado. Apesar disso, a generalidade dos economistas utiliza o
termo, mas para se referir às situações em que o funcionamento real de um mercado
se afasta significativamente do mercado perfeito, devido ao efeito de três causas
principais:

● De estruturas de mercado sub-optimal (falta de transparência,


latência, etc.);

● Da não internalização de custos (como nos casos de externalidades,


bens públicos e assimetria de informação, seleção adversa, risco moral e
do problema do principal-agente);

● Das ineficiências de preço (não consideração de informação na


formação dos preços) devidas a desvios comportamentais.

Os autores liberais, após o surgimento da teoria da escolha pública, acrescentam


uma quarta causa, que na sua opinião tem consequências bem mais graves:

● As intervenções estatais.

A expressão falha do Estado (no sentido de falha do governo, em inglês


government failure), surge por analogia com a "falha de mercado".

Novas teorias: Compreendendo Melhor a Concorrência Imperfeita

A partir dos anos 1970, o paradigma dominante na microeconomia sofre uma


inflexão, de modo a melhor integrar todas as anomalias e imperfeições do mercado.
Para Pierre Cahuc, "a nova microeconomia foi construída progressivamente, a partir
de críticas dispersas, muitas inicialmente de forma isolada, ao modelo walrasiano".

De uma forma mais geral, para a economista Anne Perrot, o edifício teórico da
microeconomia tradicional deixava "desarmado o economista que procurava uma
representação positiva do funcionamento do mercado". Esta mudança aconteceu

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num momento em que a macroeconomia buscava os seus fundamentos


microeconómicos, de forma que iria gerar alguma convergência entre os dois campos.

O quadro geral da nova microeconomia é preferencialmente reduzido à análise de


um só mercado e o seu estudo científico baseia-se mais em constatações que se julga
serem representativas do funcionamento da economia (que são apelidados de "fatos
estilizados").

A nova microeconomia enfatiza os problemas relativos aos estímulos, à informação


e à teoria dos jogos. Por "estímulo" entende-se toda a ação de um agente
econômico (incluindo o Estado) que levem a certos agentes econômicos adotar este
ou aquele comportamento.

Esta noção tem todo o sentido se considerarmos que a informação disponível é


inevitavelmente limitada por um agente econômico desejoso de incentivar outros
agentes a ter comportamentos do seu interesse.

A teoria dos jogos, por seu lado, é um ramo da matemática aplicada que estuda
as interações estratégicas entre agentes. Segundo essa teoria, os agentes escolhem
as estratégias que maximizam os seus benefícios, sendo dadas as estratégias que os
outros agentes irão escolher. Propõem um modelo formal das situações em que os
decisores interagem com outros agentes. A teoria dos jogos vem para generalizar a
abordagem de maximização desenvolvida anteriormente para a análise de mercados.

Foi desenvolvida a partir do livro de 1944 Theory of Games and Economic Behavior,
de John von Neumann e Oskar Morgenstern. É também empregue em
numerosos domínios não económicos: estratégia nuclear, ética, ciência política e
teoria evolucionista.

A extensão da abordagem microeconómica conduziu também ao desenvolvimento da


"teoria dos contratos". Esta teoria conceitualiza as organizações, instituições, famílias
e empresas como conjuntos de contratos (nós de contratos, na terminologia
econômica).

Uma empresa é, por exemplo, um nó composto por contratos de trabalho, ligando-a


aos seus assalariados, por contratos ligando-a aos seus clientes e fornecedores, por
contratos de produtos bancários e financeiros, por contratos legais ligando-a ao seu
Estado ou região em matéria fiscal e de regulação.

Os mercados são outro caso particular de nós de contratos, neste caso de contratos
de comércio. Os Estados, no sentido das organizações políticas que administram
determinados espaços geográficos, são um outro exemplo de nó contratual,

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representando as Constituições contratos gerais ligando estas organizações ao povo


que governam.

Um aspecto importante dos contratos é, regra geral, serem "incompletos", isto é, não
conseguem especificar totalmente as obrigações das partes em todas as situações
possíveis.

O desenvolvimento desta teoria gerou naturalmente um aprofundamento das teorias


da negociação e renegociação. De fato, o seu propósito é não só explicar como e por
que os contratos são firmados entre os agentes, mas também as razões pelas quais
eles os põem, ou não, em causa com o decorrer do tempo.

A nova microeconomia pode ser usada pela economia industrial, economia do


trabalho e pela economia pública, devido à sua capacidade para se aproximar
das preocupações práticas de certos industriais.

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Análise técnica

O que é a Análise Técnica?

Quantas vezes você precisou adquirir um produto e, primeiramente, decidiu


acompanhar o preço por um tempo para entender o que é caro e o que é barato?

Esse comportamento não é dos dias de hoje. Desde quando as relações de


negociação se iniciaram, houve a necessidade de ter um histórico dos preços a fim
de identificar quando um produto está valendo a pena ser comprado.

Contudo, em uma análise um pouco mais profunda, iremos ver que o desempenho
do preço ao longo de um intervalo de tempo não nos fala apenas o que é caro e o
que é barato, mas também os padrões de consumo e produção de um determinado
produto.

Veja por exemplo este gráfico do custo do petróleo no momento em que a pandemia
de covid-19 passou a nível mundial em abril de 2020:

Mais do que dizer que o preço caiu, podemos afirmar que a pandemia diminuiu
significativamente a atividade econômica no mundo como um todo, o que fez com
que a demanda por combustível despencasse enquanto a produção continuava a
mesma.

Isso fez o preço despencar a níveis assustadores para empresas do ramo. Portanto,
podemos dizer que o comportamento do preço já inclui a informação por parte dos
investidores.

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Teoria de Dow

Essa foi exatamente a teoria desenvolvida por Charles Henry Dow. Em seu estudo,
ele relatou que o mercado respeita sempre 6 regras

1) O histórico do preço é reflexo do comportamento dos investidores e as informações


que cada um possui.

2) O mercado possui três tendências:

● Primária: são movimentos duradouros, seja de subida, seja de baixa. A


tendência primária pode durar de meses até anos.

Aqui, se faz necessário explicar dois conceitos importante: Quando uma linha liga
topos ascendentes, como no gráfico apresentado acima, nós a chamamos de linha
de tendência de alta (LTA). Quando ela liga fundos descendentes em um movimento
de baixa, dizemos que é uma linha de tendência de baixa (LTB).

● Secundária: Movimentos mais curtos de alta ou baixa que ocorrem


dentro da tendência primária. Duram de 3 semanas até 3 meses.

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● Terciária: pequenas variações de preços que ocorrem diante da


tendência secundária. Tem uma duração inferior a 3 semanas.

3) A tendência primária possui 3 fases:

● Acumulação: Momento que o mercado fica “de lado” e está preparando


um movimento mais longo.

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● Participação pública: Movimento mais longo e forte após a saída da


fase de acumulação.

● Distribuição: Hora em que a informação já está amplamente divulgada.


Ocorrerá a entrada tardia de investidores mal informados e pode criar
uma movimentação forte a favor da tendência. No entanto,
frequentemente, é seguido por uma reversão do movimento.

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O mercado é formado por pessoas irracionais e que tendem a tomar decisões com
base no movimento da massa e o gráfico nos auxilia exatamente a identificar qual é
esse movimento.

Teoria de Elliot

Quando falamos de comportamento de massas e de gráficos, não podemos deixar


de fora Ralph Nelson Elliot.

Ele propôs que os ciclos do mercado eram uma resposta às reações dos investidores
aos fatores externos, fazendo o mercado ir da euforia (movimento de alta) ao pânico
(movimento de baixa).

Com isso, o autor definiu que o mercado se movimenta como se fossem ondas,
subindo e descendo, em direção de uma tendência principal.

Observe a seguinte imagem:

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Perceba que o movimento desta ação é composto por 5 “ondas”, exatamente o


número de ondas propostas por Elliot em sua teoria. As ondas são classificadas em:

Onda 1 (Amarelo):

Primeiro movimento em direção à tendência, quando o cenário talvez não seja muito
favorável e as notícias continuam negativas. É nessa hora que os investidores bem
informados se posicionam. O movimento dessa onda irá definir o tamanho das demais

Onda 2 (Vermelho):

Momento em que os investidores aproveitam para recolher os lucros da onda 1,


podendo atingir de 60% a 100% da onda inicial.

Onda 3 (Preto):

A terceira é a que tem uma movimentação mais forte e acelerada. Deve ser igual ou
1,5x maior que a onda 1.

Onda 4 (rosa):

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A quarta onda é a menor correção contra o preço e não costuma uma reversão maior
do que 38% da onda 3.

Onda 5 (azul):

Seu tamanho se aproxima ao da onda 4 e indica o fim do movimento de alta.


Graficamente, as ondas de Elliot podem ser representadas da seguinte maneira:

Além das ondas de 1 a 5, existem também as ondas finais chamadas de A, B e C,


que são os indicadores do fim do movimento.

Aplicando em um gráfico real, veja como essas ondas podem ser identificadas:

A partir da onda C, o mercado fica com rumo indefinido e o trader deve esperar por
outros sinais para realizar novas operações.

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Perceba que a teoria das ondas de Elliot pode ser considerada como um complemento
da Teoria de Dow, pois apresenta mais detalhes e mais pontos estudados.

Esse movimento não é nada mais do que um reflexo do comportamento das massas
que operam na Bolsa de Valores e dos sentimentos de cada um ao longo da
movimentação.

No começo da onda 1, temos um cenário de euforia, que é substituído por medo e


cautela quando chega ao final. Esse medo causa uma recuada (onda 2), pois os
investidores estão vendendo as ações adquiridas para contabilizar seu lucro.

No fim da Onda 2, os compradores voltam a ter terreno (afinal, se era barato antes
naquele preço, está barato agora também) e dão início à onda 3. Dessa vez, o
movimento é ainda mais forte devido a euforia e não estão mais em “terreno
desconhecido”, uma vez que o preço já havia passado por ali antes.

Com o tempo, o receio e a cautela voltam a terem presença e se inícia à onda 4.


Como o último movimento foi mais forte, a onda 4 não dura muito tempo, já que,
logo os compradores se animam novamente e passam a comprar, formando a 5ª
onda.

A partir daí, a euforia e o receio se misturam e fazem com que o mercado tome a
forma das ondas a, b e c, mostrando o fim do movimento até que novas informações
ou novos players entrem em ação para começar uma nova fase.

Fractais

Ainda falando das ondas de Elliot, iremos explicar um pouco sobre a teoria dos
fractais. Essa teoria sugere que todo evento caótico possui padrões com proporções
parecidas, mas em escadas diferentes.

Isso significa que as ondas de Elliot podem ser vistas tanto em um gráfico diário
como em um tempo menor. Ou seja, dentro da tendência principal de um ativo em
certo tempo gráfico, há tempos menores em que os padrões também vão se repetir
no curto prazo.

Veja o exemplo a seguir:

Imagine o movimento de um determinado ativo no gráfico de 15 minutos:

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A teoria dos fractais sugere que, dentro de um período gráfico menor, você verá o
seguinte movimento:

Perceba como dentro da tendência primária, a mesma movimentação aconteceu em


um tempo menor.

Esse mesmo prazo padrão pode ser quebrado mais pouco, e encontraremos o mesmo
comportamento lá também.

Sendo assim, na sua rotina de análise no mercado, você deve:

1. Analisar o gráfico diário para identificar a tendência principal;

2. Diminuir para o gráfico de 15 minutos e identificar os fractais dentro da


tendência primária;

3. Diminuir o tempo gráfico para 5 minutos para confirmar que uma nova
onda começou no gráfico de 15 min

Entender sobre os fractais vai te ajudar a não estopar desnecessariamente em


movimentos de correções dos preços.

Por exemplo:

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Imagine que você fez uma compra na região indicada pela seta cinza na figura:

Sabendo que está dentro de uma perna 3 da tendência principal, você possui duas
opções:

1. Alavancar sua posição na 4ª perna da tendência menor para obter


lucros maiores;
2. Contabilizar parte dos lucros no início da perna 4 da tendência
menor para diminuir sua exposição.

As duas opções são estratégias distintas, válidas e variam de acordo com a


personalidade do trader.

O trader que prefere assumir mais riscos, vai optar pela primeira alternativa,
enquanto aquele que prefere ser menos agressivo, terá preferência para a opção 2.

Nesse caso, nenhuma das duas escolhas está errada.

Suportes e resistências

Sobretudo, o que faz o preço se movimentar, é a relação Oferta e Demanda, ou seja,


a quantidade de pessoas desejando comprar determinado ativo e a quantia de
pessoas querendo vendê-lo.

É exatamente essa relação de oferta (vendedores) e demanda (compradores) que


define o preço de um ativo.

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Imagine que você tem interesse em comprar uma bicicleta e, por isso, começa
fazendo uma pesquisa de valores em diferentes lojas por um determinado período
de tempo, sempre atento a qualquer mudança no preço do modelo desejado.

Ao fazer isso, você irá entender uma coisa de extrema importância sobre o produto:
sua faixa de preço (ou seja, o range) em que ele é negociado.

Se em sua pesquisa, você acabou percebendo que a bicicleta é negociada entre


R$100,00 e R$200,00 ao longo do tempo, a conclusão óbvia é que, qualquer valor
próximo dos R$100,00 é entendido como barato e qualquer preço próximo dos
R$200,00 é entendido como caro.

Nós chamamos este intervalo de faixa de negociação, ou range do preço.

Você deve se lembrar do item 32 (Introdução a Análise Fundamentalista) do módulo


de nivelamento onde te explicamos sobre a lei da oferta e da demanda, certo?

Pois então, além de você, há diversas outras pessoas que também estão
acompanhando o preço da bicicleta e têm o mesmo discernimento do que é caro e o
que é barato.

Isso significa que, quando o custo for entendido como barato, haverá uma onda de
compras que fará o valor aumentar novamente para perto dos R$200,00 devido à
demanda mais alta.

Assim que o preço voltar para esse novo patamar, as compras irão diminuir porque
as pessoas irão começar a entender que este produto está com o valor mais alto.
Isso fará o preço diminuir aos poucos, até que volte para perto da faixa dos R$100,00.

Se olharmos um gráfico do comportamento do preço da bicicleta ao longo do tempo,


podemos ter algo parecido com isso:

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Perceba como o preço varia no range, freando sempre que está numa região
considerada cara e voltando a subir sempre que chega naquele preço visto como
barato.

Pelo gráfico, podemos ver claramente que a faixa de negociação deste produto é
entre R$ 200,00 (faixa de preço superior) e R$ 100,00 (faixa de preço inferior)

O andamento do mercado financeiro não é diferente do cenário descrito acima.

Com base nas referências que os investidores tem a disposição, eles criam a ideia de
o que é barato e o que é caro para um certo ativo. Ou seja, caso não ocorra nenhuma
mudança de cenário, eles sabem qual é o menor valor que podem comprá-lo e qual
o maior preço que podem vender.

Agora, chegamos a duas importantes conclusões:

1- Da mesma forma que você sabia qual era o valor que valia a pena pagar a bicicleta,
eles também sabem qual é o preço ideal para comprar um ativo;

2- Assim como as lojas sabem qual o melhor valor que conseguem vender essa
mesma bicicleta, elas também sabem qual o melhor preço que podem conseguir este
ativo.

Agora, sabemos que existe uma região de preço onde, quem possui uma ação vai
querer vendê-la por saber que não vai conseguir valor melhor que esse, fazendo o
preço voltar a cair.

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A essa região, nós damos o nome de resistência. No exemplo da bicicleta, a


resistência do preço era no R$200,00.

Contudo, quando o preço começa a cair e chega em uma região onde os investidores
entendem que ele está barato, uma nova onda de compra começa a acontecer até
que o preço comece a subir novamente.

Agora, temos um valor onde os interessados vão querer comprar mais ações, fazendo
o preço subir novamente.

Chamamos essa região de preço de suporte. No exemplo da bicicleta, o suporte do


preço era a região dos R$ 100,00.

No contexto do gráfico de ITSA4 apresentado no tópico anterior, os suportes e


resistências são:

Essas regiões podem mostrar 3 comportamentos:

1) Esgotamento de um movimento, que é quando o mercado “freia” naquela região


e volta no sentido oposto (circulado em vermelho);

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2) Recuperação de um movimento, que é quando o mercado vem de uma correção,


bate naquele ponto e volta no sentido da tendência principal (circulado em verde);

3) Começo de um novo movimento (circulado em amarelo).

Toda linha que está abaixo do preço de Mercado é considerada como um suporte
(Ou Pivot de baixa) e toda a linha que está acima da cotação é considerada como
uma resistência (Ou Pivot de alta).

Uma das características dessas regiões é que, quando o preço “rompe” esse ponto,
os suportes tendem a começar a agir como resistência ou vice e versa.

Na imagem anterior, temos:

Perceba que a linha foi resistência e depois passou a agir como um suporte quando
o preço conseguiu superar esse patamar.

Ou seja: Suportes e resistências podem ser considerados “pontos de reversão”.


Regiões de mudança de preço em que o mercado tende a ter dificuldade para passar,
mas que quando consegue romper, pode seguir movimentos mais longos, como no
gráfico a seguir:

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Porém, não são apenas os suportes e resistências os padrões que se repetem ao


longo do tempo no mercado.

Existe uma infinidade de padrões que se repetem e que podem ser utilizados como
indicadores de qual será o movimento do mercado.

Esses padrões são divididos em duas categorias: Figuras de continuidade e figuras


de reversão.

Figuras de continuidade

As Figuras de continuidade em geral representam um descanso do mercado após


uma forte alta. Quando elas se formam, indicam que o mercado deverá seguir esse
movimento assim que sua linha de tendência superior for rompida.

Essas figuras são:

1. Retângulo

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2. Triângulo Simétrico

3. Triângulo de alta
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4. Triângulo de baixa

5. Bandeira
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Figuras de reversão
6. Flâmula
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1. Ombro-cabeça-ombro

2. Fundo Duplo

3. Topo duplo
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Agora que já falamos sobre os padrões de figuras formadas no gráfico, vamos


entender um pouco sobre o candlesticks, que são essas barras de coloridas que você
enxerga no gráfico.

Candlesticks

Apesar de não parecer, os candles possuem uma riqueza de informações que são
perdidas quando utilizamos somente o gráfico de linhas.

Enquanto no gráfico de linhas vemos somente o preço final do ativo dentro de um


período de tempo, os candles nos mostram uma gama de informações de maneira
mais condensada e sem ocupar espaço em nossa tela.

Para dar o start nos nossos estudos sobre isso, vamos te explicar os três elementos
que o formam:

1. Tempo:

O candle mostra o comportamento do preço em um determinado espaço de tempo.


Ou seja, cada candle representa o que o preço fez dentro de 5min, 15min, 1 dia, e
por aí vai. As possibilidades são numerosas.

2. Composição:

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Cada forma do candle é relevante para entender as informações que ele possui. Em
resumo, os pontos são:

No corpo temos:
– Preço de abertura;
– Preço de fechamento;

Na sombra (ou vela) temos:


– Preço mínimo que o ativo custou durante aquele candle;
– Preço máximo que o ativo custou naquele candle;

3. Cor:

A cor também tem importância para compreendermos o modo que o preço se


comportou através de um candle. Elas irão variar em duas situações:

● Candle de alta: Quando o valor final (fechamento) do ativo naquele


intervalo de tempo for mais alto que o preço inicial (abertura)
● Candle de baixa: Quando o valor de fechamento do ativo naquele
intervalo de tempo é menor que valor de abertura

Veja os exemplos a seguir:

Candle de alta:

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Na imagem, temos um candle positivo (representado pela cor verde). Com isso,
podemos afirmar que ele abriu em R$73,80 e fechou em R$75,50 (como se trata de
um candle de alta, o preço de fechamento é sempre o de cima)

A máxima do candle neste período foi o valor de R$75,89 e o valor mínimo que o
ativo custou foi R$73,63.

Assim, temos que neste período de candle:

1. O preço iniciou em R$73,80;


2. Teve uma variação entre R$73,63 e R$75,89;
3. Após essas variações, encerrou em R$75,50.

Se isso fosse analisado em um gráfico de linha no mesmo período de tempo, a única


informação que teríamos seria o preço de fechamento, ou seja, o preço de R$75,50.

Da mesma maneira que estudamos o candle de alta, faremos o mesmo para o de


baixa:

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Candle de baixa:

Na imagem, temos um candle negativo (representado pela cor vermelha). Assim,


podemos afirmar que ele abriu em R$23,09 e fechou em R$22,87 (se tratando de um
candle de baixa, o preço de fechamento é sempre o de baixo)

A máxima do candle foi no R$23,35 e o valor mínimo que o ativo atingiu foi R$22,69.

Então, temos que neste período de candle:

1. A cotação abriu em R$23,09;


2. Houve uma variação entre R$22,69 e R$23,35;
3. Após essas variações, encerrou em R$23,09.

Assim como no candle de alta, se isso fosse um gráfico de linha no mesmo período
de tempo, a única informação que teríamos seria o valor de R$23,09.

Ou seja, para fazer a análise de qual o preço de abertura, fechamento, máxima e


mínima, você precisará primeiro identificar se é um candle de baixa ou de alta apenas
pela cor do mesmo.

Importante: A escolha das cores é feita por você mesmo na plataforma. O padrão
pode variar entre vermelho (negativo) e verde (positivo) para branco (positivo) e
preto (negativo).

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Padrões de candles

Além das figuras gráficas, também é possível encontrar padrões de formação de


algumas figuras com a combinação de alguns candles.

Frequentemente, esses padrões são usados para identificar:

● Possíveis locais de reversão de tendência;


● Possíveis sinais de descanso do movimento.

A seguir, veremos os principais padrões.

Doji

Esse padrão de candle indica um momento de indecisão no mercado. Geralmente


parece com uma cruz, pois seu preço de fechamento é igual ao seu preço de abertura,
mesmo que o mercado tenha variado durante o dia.

Podem indicar que o movimento anterior perdeu a força, mostrando um descanso do


mercado ou até mesmo uma possível reversão.

Circulamos em azul um exemplo deste padrão:

Martelo

O Martelo é um candle de alta que possui um corpo pequeno, sem sombra superior.
A sombra inferior deve ter, no mínimo, duas vezes a medida do corpo. Geralmente
aparece em fundo de tendências de baixa, indicando reversão da direção do mercado.

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O círculo em azul no gráfico abaixo mostra como é este padrão de formação de


candle.

Estrela cadente

A estrela cadente é o oposto ao martelo. Ou seja, é formado por um candle de baixa


que possui um corpo pequeno, sem sombra inferior. A sombra na parte superior deve
ser, no mínimo, duas vezes a medida do corpo. Geralmente aparece em topos de
tendências de alta, indicando reversão do mercado.

Veja na imagem abaixo um candle que apresenta este padrão:

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Engolfo de baixa

O Engolfo de baixa é um padrão composto por dois candles que pode ser encontrado
nas máximas de fortes tendências de alta ou após breves movimentos altistas.

O primeiro candle é de alta, que fecha no preço máximo do período escolhido,


fazendo com que este candle não apresente sombra na parte de cima.

O segundo é um candle de baixa que abre no mesmo preço ou acima do fechamento


do cande anterior, mas cai imediatamente, fazendo com que também não exista
sombra na parte superior, e fecha abaixo do valor da abertura do último candle.

Abaixo, está um exemplo circulado em azul, da formação deste padrão:

Engolfo de alta

O engolfo de alta é exatamente o oposto do engolfo de baixa. Pode ser encontrado


nas mínimas de fortes tendências de baixa ou após breves movimentos de queda.

O primeiro candle é de baixa, que fecha na mínima do período selecionado, fazendo


com que este candle não apresente sombra na parte de inferior.

O segundo é um candle de alta que abre no mesmo preço ou abaixo do fechamento


do candle anterior, mas sobe imediatamente, fazendo com que também não exista
sobra na parte inferior, e feche acima do valor de fechamento do último candle.

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Quando o preço de fechamento está abaixo do preço de abertura, significa que o


preço do ativo se desvalorizou durante aquele determinado período, e o Candle será
negativo. Quando o preço de fechamento for maior que o preço de abertura, significa
que o preço se valorizou durante aquele período e o candlestick será positivo.

Mais importante que o padrão do candle, é necessário que você entenda o que o
comportamento do preço está querendo te dizer.

Por exemplo, no padrão de Doji o que o mercado está nos dizendo é: Estamos
indecisos e o preço deste ativo permaneceu igual, apesar de ter uma leve variação
neste período.

Um Engolfo de alta mostra um mercado que reagiu rapidamente e com força ao


movimento de baixa anterior.

Um Martelo, por sua vez, mostra um mercado que caiu bastante, mas logo recuperou
folego para subir e fechou na máxima do dia. Quando juntamos essa informação com
o fato de que houve uma tendência de baixa nos candles anteriores, temos um sinal
de reação dos compradores naquela região.

Por isso, não se preocupe em decorar o nome de cada padrão, mas o que o mercado
está te mostrando com esse comportamento.

Quando os candles nos dizem para ter cuidado

Além dos padrões de reversão e pausa que vimos antes, o gráfico ainda nos dá sinais
de quando devemos evitar fazer operações.

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Existem momentos em que o mercado simplesmente não está para peixe e isso se
reflete no gráfico, deixando uma quantidade grande de sombras e barras minúsculas
no histórico.

Observe o gráfico a seguir:

Perceba como a maioria dos candles apresenta mais sombras do que o corpo em si.

Isso indica falta de volume e liquidez nas operações. Tudo pode ocorrer em ativos
que mostram este comportamento, desrespeitando totalmente os padrões de figuras
da análise técnica que estudamos até aqui.

Lembre-se: Quanto maior a liquidez o volume de operações de um ativo, maior a


chance do ativo obedecer às regras ensinadas neste capítulo. Afinal das contas, elas
foram desenhadas com base no comportamento de massas e não devem funcionar
se poucos investidores estiverem presentes.

Gaps

Todos os dias, antes do mercado abrir, ocorre um leilão onde compradores e


vendedores fazem suas ofertas ao mercado para negociar um determinado ativo.

Quando o número de ofertas de venda em um determinado preço se iguala com o


número de ofertas de compra neste mesmo preço, o mercado abre e as negociações
se iniciam a partir deste “acordo” inicial.

Esse valor inicial em que o mercado abre é chamado de preço de abertura e em


alguns dias pode estar bem diferente do preço de fechamento do mercado no dia
anterior.

Quando isso ocorre, nós dizemos que o mercado abriu com um gap, ou seja, o preço
de abertura foi diferente do preço de fechamento do dia anterior.

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Um gap pode ser observado no mercado da seguinte maneira:

Note que existe uma distância entre o último candle do dia anterior e o primeiro
candle do dia atual

Um gap pode ser classificado de duas maneiras:

Gap de alta: Quando o preço de abertura está mais caro que o preço de fechamento
do dia anterior;

Gap de baixa: Quando o preço de abertura está mais barato que o preço do
fechamento do dia anterior.

Ao longo deste curso iremos te ensinar a se aproveitar destes movimentos. Por hora,
basta entender que eles existem e mostram uma possível mudança de
comportamento do mercado em relação ao dia anterior.

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Indicadores

Na análise técnica, também possuímos uma gama de indicadores que nos ajudam na
tomada de decisão. Indicadores são “desenhos” no gráfico feitos com base em regras
matemáticas que tendem a se repetir ao longo do tempo.

A seguir, iremos te mostrar os principais indicadores e te ensinar a utilizar cada um


deles.

Médias móveis

Este é um indicador que calcula a média dos preços do ativo de acordo com o período
configurado e possui este nome pois a linha da média se move ao longo do tempo
juntamente com o preço.

Para utilizá-lo, você vai clicar com o botão direito no gráfico e depois clicar em “inserir
indicador”.

Quando essa janela aparecer, digite na barra de pesquisa (circulada em azul) a


palavra “Média móvel”.

No campo circulado em amarelo, você pode escolher se vai preferir que o desenho
seja feito em uma nova janela ou em cima do gráfico (mais utilizado).

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Ao clicar em inserir, você precisa escolher o número de períodos que serão utilizados
para o cálculo da média. Quanto menor for o número de períodos, maior será a
variação da linha e mais “junto” do preço ela irá estar.

Com períodos grandes, você terá a média que o preço está sendo negociado em um
espaço de tempo maior.

Ex: Ao escolher 15 períodos, a linha de média móvel irá representar a média do preço
de fechamento dos últimos 15 candles. Exatamente por isso a média de períodos
menores tende a andar mais junto do preço do que a de períodos maiores.

Além disso, existem dois tipos de médias:

Média móvel aritmética (MMA):

Nesta modalidade, todos os preços do período possuem o mesmo peso, ou seja,


todos são considerados de maneira igual no cálculo.

Média móvel exponencial (MME):

Na MME, os preços mais recentes possuem um peso maior no cálculo. Isso quer dizer
que os valores mais próximos do último candle irão ter um efeito maior na linha.

Para escolher entre as duas médias, clique duas vezes na média depois inseri-la em
seu gráfico e trocar na opção “Tipo” dentro da aba “parâmetros” da janela que irá
aparecer, conforme o print:

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Quanto menor o período da média, maior será a variação da mesma, pois menor será
o número de preços que ela utiliza, ficando sempre mais perto da cotação de
mercado.

Veja os dois exemplos a seguir:

Gráfico de 15 min de ITSA4 com média (azul) de 40 períodos:

Agora veja a diferença para o mesmo gráfico, no mesmo período, com uma média
de 20 períodos:

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Perceba como a segunda imagem mostra uma média que fica muito mais tempo
“perto” dos candles ao invés da segunda.

Quanto maior o número de períodos da média, mais relevante deve ser sua interação
com o preço nas estratégias que iremos te falar a seguir.

Estratégias com médias móveis

Retorno à Média de longo prazo

A “lei das médias” diz que todo ativo deve, em algum momento, retornar para a
região da média do preço negociado. Por isso, é possível observar regiões em que o
preço fica longe demais de uma média e utiliza-se de uma tendência natural de que
ele retorne à média de negociações.

Observe o exemplo do gráfico anterior:

Além do retorno às médias, podemos ver que o movimento se ajusta com a teoria de
Down, onde há uma tendência primária, as tendências secundárias e as terciárias
(onde ocorre o retorno para a média).

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Portanto, a média móvel é nada mais do que o mercado seguindo a teoria de Down.
A única diferença é que você pode usar uma ferramenta quantitativa para facilitar
sua análise.

Sendo assim, você pode utilizar essa tendência de maneira a se aproveitar do


movimento em que o preço irá retornar para a média.

Aqui, você deve se fazer duas perguntas para facilitar sua tomada de decisão:

1- Qual é a variação máxima que o ativo possui durante o dia?

Vamos supor que está operando uma ação que não tem uma variação maior do que
R$2,00 entre a máxima e a mínima do dia.

Caso observe que o preço já está há mais de R$ 2,00 (amplitude máxima) do preço
de abertura, você terá uma chance maior de estar em um topo (máxima) ou um
fundo (mínima) do dia, mostrando que talvez seja a hora do preço voltar para a
média de negociações

2- Qual a média que devo utilizar? E com quantos períodos?

Isso irá depender do tempo que você tem interessa em ficar posicionado em uma
operação e qual é a porcentagem de lucro/loss que você deseja ter.

Se está fazendo uma operação de longo prazo, que dure semanas ou meses e com
alvos maiores, sua média deve ser entre 180 e 200 períodos.

Para operações de curto prazo, de alguns minutos ou horas e com alvos menores,
uma média entre 20 e 40 períodos está de bom tamanho.

Lembre-se sempre de analisar o contexto do mercado e da ação antes de se


posicionar numa operação deste tipo. Em momentos de notícias que afetam o
mercado de maneira intensa, como uma mudança brusca na taxa de juros do país
ou uma lei que mude a realidade de uma empresa, essa regra pode não ser
respeitada.

Zonas de proteção naturais

O mercado é uma constante briga entre compradores e vendedores, e isso é um fato


que você deve sempre ter em mente enquanto está estudando sobre o assunto.

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Se a média é uma média do preço em que o ativo foi negociado no período


selecionado, isso quer dizer que existem muitos compradores e vendedores que estão
comprados/vendidos naquela região.

Isso significa que, caso o preço volte até a região, eles devem proteger o seu preço,
adicionando cada vez mais o número de ações que estão compradas ou vendidas.

Sendo assim, essas médias podem agir como suportes e resistências (zonas de
proteção) naturais do mercado.

Observe o exemplo a seguir:

Ou seja, nas duas vezes que o preço bateu nesta região, ele acabou voltando em
direção à sua tendência principal.

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Aqui, a atenção que você deve ter é a de que deve operar em favor da tendência
primária do ativo sempre.

No caso acima, podemos ver que há uma tendência de baixa e por isso paramos
vendendo todas as vezes que o preço encosta naquela média.

Cruzamento de médias

Também é possível “apostar” contra a proteção que o mercado faz nas médias
móveis.

Para isso, você pode utilizar duas médias:

Uma mais longa, que será utilizada para verificar se a tendência primária ainda está
sendo respeitada;

Uma de período mais curto que será utilizada para indicar se o comportamento no
curto prazo se alterou e nos aproveitarmos de uma possível reversão.

Mais uma vez, o período irá depender se você está buscando oportunidades no
curtíssimo ou em um prazo mais longo. Para o day trade, podemos fazer o uso da
média aritmética de 45 períodos (longa) e outra aritmética de 24 períodos (curta).

Observe o gráfico a seguir:

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Perceba que todas as vezes que a média menor (verde) cruzou com a longa de baixo
para cima, o preço do ativo disparou um tempo depois.

Da mesma maneira, quando cruzou de cima para baixo, o preço seguiu uma grande
desvalorização.

Ou seja, quando a média de menor prazo ficou menor que a média no longo prazo,
o preço acabou caindo ainda mais e quando a média curta ficou maior que a longa,
o preço subiu ainda mais.

Portanto, podemos utilizar a combinação das médias curta e longa para:

● Comprar quando a curta cruza com a longa de baixo para cima;


● Vender quando a curta cruza com a longa de cima para baixo.

Basicamente, estamos vendo possíveis reversões no movimento com base no


comportamento do preço no curto prazo.

Nessa estratégia, você pode escolher entre duas opções de onde colocar os seus
stops loss e gain:

1. A maneira automática e parametrizada, ou seja, com regras bem


definidas, é comprar e vender apenas no momento em que as médias se
cruzarem. Ou seja, você compra no cruzamento de cima para baixo e
stopa apenas quando ocorrer um cruzamento de baixo para cima;

2. Você define uma porcentagem de ganho e loss que pretende ter nessa
operação, as médias se cruzando novamente ou não.

Nessa opção, é comum que os traders definam esse gain e loss, mas saiam
da operação caso as médias se cruzem no sentido contrário novamente pois
pode ser um indicativo que o mercado está com rumo incerto e é perigoso se
manter posicionado em momentos assim

Volume de negociações

No dia a dia do mercado, talvez o volume de negociação em um ativo seja o mais


importante dos indicadores.

Isso porque ele indica o volume das negociações que foram realizadas em cada
candle ou em um preço específico e isso dá informações valiosas sobre o possível
desdobramento do movimento.

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Por exemplo: Imagine que no dia 4 de julho, é feriado nos EUA, o mercado aqui
funcione normalmente.

Como lá é feriado, uma parcela importante dos investidores não estará presente no
mercado pois a maior parcela do volume financeiro negociado em nossa bolsa vem
de investidores estrangeiros.

Como esses investidores não estarão presentes, não haverá movimento para
proteção de preços em suas posições e nem movimentos mais agressivos de ataques
para montar ou se desfazer de um ativo que está em seu portfólio.

Com isso, o volume de ordens sendo realizadas por aqui irá diminuir drasticamente.

Sem esse grande volume de capital se promovendo e dando liquidez ao mercado,


quaisquer ordens pequenas podem causar grande movimentação nos ativos.

Imagine o seguinte: há 5 vendedores de um mesmo produto que reúnem em um


leilão e cada um possui 10.000 unidades de seu produto para venda. Contudo, cada
um deseja um preço diferente: O primeiro, quer R$10,00, o segundo R$10,50, o
terceiro R$11,00 e assim por diante.

Não é fácil de imaginar que, como o produto é exatamente o mesmo, os demais


vendedores só irão conseguir fazer suas vendas caso todo o estoque do primeiro
vendedor se esgote.

Isso é difícil de acontecer?

Bom, vai depender de quantas pessoas estão necessitadas daquele produto naquele
momento e estão dispostas a pagar por preços mais altos.

Se o leilão contar com apenas um representante que precisa de 10.000 unidades


deste produto urgentemente, apenas o primeiro vendedor conseguirá fazer as vendas
e o preço do produto será de R$10,00 durante todo o dia.

Agora, imagine que cada produtor possui apenas 200 unidades para venda - o que
resultaria em um total de 1.000 produtos disponíveis.

Nesse cenário, qualquer pequeno representante precisando de uma quantidade


pequena deste material irá conseguir fazer o preço se deslocar de R$10,00 para
R$12,00 em questão de minutos.

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Percebendo a necessidade, os vendedores podem até mesmo subir o valor para que
o comprador tenha de pagar mais para ter o que precisa.

O mesmo ocorre no mercado. Quando há pouca liquidez, ou seja, poucas ordens


sendo executadas, qualquer investidor com um pouco mais de capital pode deslocar
bastante o preço de um ativo.

E o que podemos tirar disso?

Além de qual foi o tamanho do deslocamento do preço, precisamos também ficar de


olho no volume de negócios que foi realizado.

Se um ativo valorizou R$10,00 em um dia com um volume imenso de negócios feitos,


significa que este movimento foi robusto e tem mais chance de possuir mais força
para continuar nos dias seguintes.

Contudo, se o ativo subiu R$20,00 com uma quantidade baixa de negócios, existe
grandes chances desse movimento ser facilmente revertido nos pregões seguintes.

Não existe uma quantidade mágica de negócios que você pode definir quando o
movimento foi robusto ou não, mas é possível acompanhar o volume de negociações
naquele movimento junto com os demais.

Veja os dois exemplos abaixo:

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Aqui, temos o gráfico de vale durante o dia de ação de graças nos EUA em 2020
onde a parte superior representa a movimentação do candle e abaixo representa o
volume de negociações que houveram durante a formação de cada um desse candles.

No começo do dia, o ativo apresentou uma forte queda, chegando a atingir R$75,51.

Contudo, perceba que o momento de maior volume ocorreu no final do pregão,


atingindo R$162 mil de volume financeiro negociado (quantidade de ordens x preço
de cada ordem executada) e reverteu com facilidade essa baixa.

Isso nos mostra que a valorização apresentada é mais relevante e tem muito mais
chance de continuar do que a queda que houve no início do pregão onde houveram
pouquíssimas negociações.

Você pode acompanhar o volume financeiro no gráfico da seguinte maneira:

Clique com o botão direito no gráfico -> Inserir indicador -> procure por volume
financeiro -> clique em inserir

Pronto! O volume financeiro já está em seu gráfico!

VWAP (Volume Weighted Average Price)

VWAP é uma variação da média móvel que vimos anteriormente. Contudo, ela não
leva em consideração apenas o preço de fechamento de cada candle, mas também
o volume de negociação que aconteceu em cada nível de preço.

Isso significa que os preços em que houve uma grande quantidade de negócios serão
priorizados na hora do cálculo, o que permite uma assertividade maior com relação
à posição em que os compradores e vendedores estão protegendo sua posição.

Dentro da VWAP, temos três parâmetros principais:

VWAP Diária: O cálculo da média é realizado apenas dentro do dia de negociação


e não leva em consideração as anteriores.

VWAP Semanal: O cálculo da média é realizado apenas dentro da semana que


acontece a negociação e desconsidera os dias anteriores.
Exemplo: Na terça-feira, a VWAP será referente apenas às negociações da segunda
e do dia atual

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VWAP Mensal: O cálculo da média é realizado apenas dentro do mês vigente de


negociação e desconsidera os anteriores.

Estratégias com VWAP

Como a VWAP é uma média mais confiável do posicionamento dos traders dentro de
um período, ela pode ser considerada um ponto preferível para duas operações que
vimos no item anterior em médias móveis:

Retorno à VWAP

De maneira semelhante à média móvel, o mercado tende a voltar para a VWAP


porque é onde a maioria dos players estão posicionados no período selecionado.

Observe o exemplo do gráfico anterior:

Retorno à Média de longo prazo

A “lei das médias” diz que todo ativo deve, em algum momento, retornar para a
região da média do preço negociado. Por isso, é possível notar regiões em que o
preço se afasta demais de uma média e se beneficia de uma tendência natural de
que ele retorne à média de negociações.

Observe o exemplo do gráfico anterior:

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Da mesma forma que o preço pende a voltar para a média, ela também tende a agir
como uma zona de proteção natural assim como a estratégia de média móvel
apresentada anteriormente.

Fibonacci

Fibonacci é uma sequência numérica reparada pelo matemático Leonardo Fibonacci.


Enquanto estudava uma colônia de coelhos, percebeu que o número de nascimento
de novos coelhos a cada mês era sempre a soma dos dois últimos meses anteriores.

Após essa observação, Fibonacci passou a observar que este é um padrão observado
em outras circunstâncias da natureza, como a formação de flores, por exemplo.

A sequência de Fibonacci é dada por:

0 – 1 – 1 – 2 – 3 – 5 – 8 – 13 – 21 – 34 – 55 – 89 – 144 – …

No mercado financeiro, a proporção passou a ser utilizada para indicar possíveis locais
de retração de um movimento principal.

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Utilizando a sequência, foram encontradas as seguintes porcentagens:

100% – 61,8% – 50% – 38,2% – 23,6% – 0%

Basicamente, o que a teoria nos diz é que após um movimento, o preço pode corrigir
entre 38,2% a 61,8% do tamanho da sua última movimentação. Ou seja, nesses
pontos, o preço tende a sofrer uma ação dos investidores para que volte a retomar
sua tendência primária.

Observe um exemplo no gráfico a seguir:

O movimento primário começou no R$75,94 (0% de movimento), e foi para R$78,02


(ponto 100%).

Pela teoria, o preço deveria corrigir entre 61,8% a R$38,25. Como podemos ver no
gráfico, a retração ocorreu exatamente até o ponto R$77,23, que representava
61,8% do movimento.

Este indicador nos ajuda a encontrar:

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1- Pontos para aumentar nossa exposição: Suponha que você comprou 500 ações
em R$75,94. Se estiver procurando por oportunidade para comprar mais papéis, a
região entre R$77,23 e R$76,73 seriam bons pontos de acordo com a teoria;

2- Pontos para entrar na operação procurando uma formação de uma onda 3, como
a vista na teoria das ondas de Eliott;

3- Pontos para colocar um stop pois se o preço passar de 38,2% na movimentação,


pode sinalizar que o preço não irá mais voltar para a tendência principal.

Ajuste

No mercado futuro, as negociações são feitas com contratos que possuem


vencimento em uma data futura.

Contudo, para investidores que ficam posicionados por vários dias no contrato, não
necessitam esperar pelo vencimento e nem zerar sua operação para receber (ou
perder) o dinheiro referente à movimentação do preço no dia, foi criado o preço de
Ajuste diário.

O Ajuste é um valor calculado todos os dias pela B3 que estabelece um débito ou


crédito automático na conta de todos os que possuem posição em contratos futuros.

Por exemplo:

Vamos supor que você ficou comprado em 5 contratos de dólar a R$5.550,00 e no


pregão do dia seguinte, o preço de ajuste divulgado foi R$5.600,00.

Isso quer dizer que o volume financeiro referente a esses 50 pontos será creditado
em sua conta e estarão disponíveis para saques.

Da mesma maneira, caso perdesse 50 pontos, o valor seria debitado de sua conta e,
caso você não possua margem para cobri-lo, será considerado inadimplente e sua
operação será encerrada pela própria B3.

Esse preço de ajuste é calculado diariamente de maneira automática pela B3 tendo


base uma média ponderada do preço total das posições das pessoas que estão
compradas ou vendidas nesse ativo até um determinado horário, que varia de acordo
com o contrato.

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Isso quer dizer que nenhuma movimentação do preço depois do horário pré--definido
para a apuração do ajuste irá afetar as pessoas que ficam posicionadas em contratos
futuros.

Como a maioria das posições é mantida por fundos de investimento, grandes bancos
e instituições financeiras em geral (que é de que são quem mandam no mercado),
podemos afirmar que a partir deste horário de negociação essas instituições não
terão mais interesse em continuar na “briga”, a não ser que vejam oportunidades
grandes de melhorar o preço médio de sua posição.

Sabendo disso, fica fácil perceber que após o fim do intervalo definido para cálculo
do ajuste diária, o mercado tende a se estabilizar, ficando com uma menor liquidez
e um menor número de agressões.

Assim, fique atento ao horário do ativo que está operando para que não fique “preso”
em uma operação que pode levar horas, gerando um estresse desnecessário, e sem
nenhum resultado.

Para o índice, o horário para cálculo do ajuste é entre 17h e 17h15, e para o dólar o
ajuste é calculado entre 15h50 e 16h00.

Agora que falamos sobre os principais aspectos da análise técnica, é hora de


começarmos a conversar sobre como podemos observar o comportamento dos
grandes players por meio das ordens que eles penduram no book de ofertas.

O motivo de tentar fazer essa leitura é porque são esses investidores (fundos de
investimentos, bancos, grandes instituições) que definem o rumo do mercado e se
você reconhecer o que elas estão fazendo, poderá se posicionar junto para se
aproveitar de suas movimentações.

Tape Reading

Antes da digitalização do mercado e a transformação nele da maneira que


conhecemos hoje, o preço das cotações dos ativos era acompanhado de longe por
máquinas que imprimiam uma fita os negócios realizados na bolsa.

Ou seja, as pessoas, literalmente, liam uma fita para saber o que estava acontecendo
e tomar suas decisões de compra e venda.

O tape reading - a leitura de fluxo- nada mais é que a técnica que tenta entender o
fluxo de posicionamento e execução das ordens para identificar o que os grandes
players estão fazendo.

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A intenção, obviamente, é se aproveitar um pouco do movimento causado por essa


movimentação maior causada pela tomada de decisão de grandes instituições devido
ao grande volume de capital operado por eles.

Essa técnica aplicava-se também no pregão ao vivo, onde as ordens precisavam ser
enviadas “aos gritos” pelos operadores.

Obviamente, como o ambiente era restrito, todos se conheciam e cada um acabava


sabendo o “tamanho” dos clientes que seus companheiros representavam.

Isso facilitava a tomada de decisão pois era mais fácil identificar quem poderia causar
um movimento expressivo no mercado, além de poder ver pessoalmente o que cada
um estava fazendo.

Através do tape reading, é possível identificar os dois principais tipos de movimentos


que mexem com o mercado:

1. A proteção de uma região específica (suporte/resistência);


2. A agressão da força contrária contra essa região.

Para fazer a análise deste movimento, iremos utilizar em especial duas ferramentas:

1. Livro de ofertas (book de ofertas);


2. Livro de preços (book de preços);
3. Times & Trades (ofertas e negócios).

No book de ofertas, podemos ver todas as ordens que estão sendo posicionadas
em cada preço, bem como quantas corretoras são responsáveis pelo total de ordens
penduradas, além da quantidade de ordens posicionadas separadamente em cada
nível.

Para encontrar essa ferramenta em sua plataforma, siga o seguinte caminho:

Ferramentas -> Livro de ofertas

A ferramenta tem essa aparência:

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Do lado esquerdo, estão as informações de todas as ofertas no lado da compra:


Horário da última atualização da ordem (hora), nome da corretora (agente),
quantidade de contratos daquela corretora (Qtde) e por fim o preço de compra que
a ordem está posicionada (Compra).

Do lado direito, em vermelho, possuimos as mesmas informações referentes às


ofertas penduradas no lado da venda no book.

O objetivo da análise é identificar os grandes players que estão no mercado. Sendo


assim, você deve desconsiderar toda quantidade menor que 5 mil ações penduradas
no book, pois são esses lotes maiores que nos interessam.

Você pode filtrar essa ferramenta clicando com o botão direito do mouse e depois
selecionando a opção “Propriedades do gráfico”.

Depois, clique na opção “filtro”, como indicado na figura:

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Então, selecione a opção “filtrar ofertas por lotes” e escolha “Maior/igual à” 50 lotes.

Assim, todas as ordens com menos de 5 mil contratos devem desaparecer do book.

E agora, o que fazer quando o mercado estiver correndo?

1) Se atente para o acúmulo de ordens deste tipo em uma região específica, pois
pode indicar que grandes players estão protegendo uma certa região de preço e irão
brigar para que o preço não passe daquele determinado patamar. Isso quer dizer que
essa é uma região que é boa candidata para se tornar um suporte/resistência;

2) Preste atenção nas ordens de última hora que aparecem; essa técnica é muito
utilizada por grandes instituições: Elas penduram ordens ocultas (que aparecem no
book apenas quando começam a ser executadas) para que o mercado não entenda
que um grande player está defendendo aquela região;

3) Fique atento às ordens grandes que “somem” do book. Elas podem significar que
alguém está tentando “enganar” o mercado fingindo que um grande player está

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protegendo aquela região. Contudo, quando o preço chega perto de sua ordem, elas
são canceladas e nenhuma resistência é feita naquele preço.

No book de ofertas, são esses os sinais que você deve procurar enquanto o mercado
está rolando para “ler” o comportamento dos players.

A segunda ferramenta citada anteriormente é o book de preços. Seu funcionamento


é parecido com o book de ofertas. Contudo, aqui, a quantidade de ordens é agrupada
por preço e não há separação por diferentes corretoras.

Para utilizá-lo, clique em:

ferramentas -> livro de preços

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Como aqui as ordens são agrupadas em um único preço, você deve ficar de olho nos
locais onde há um acúmulo muito grande de ordens, diferente de outras regiões.

Exemplo:

Em uma determinada hora do dia, a média de contratos posicionadas no book por


nível de preço é 20 mil.

Contudo, você observa que em uma determinada região, existem entre 40 mil e 60
mil ordens, mais que o dobro do normal.

Portanto, esses pontos são pontos considerados de atenção pois grandes players
podem estar protegendo essas regiões para que o preço não as ultrapasse, sendo
bons candidatos para suporte e resistência no curto prazo.

No livro de preços, você irá procurar pelos mesmos sinais do livro de ofertas:

1) Se atente para o acúmulo de ordens acima do normal em uma região específica,


pois pode indicar que grandes players estão protegendo uma certa região de preço;

2) Preste atenção nas ordens de última hora que aparecem; essa técnica é muito
utilizada por grandes instituições: Elas penduram ordens ocultas (que aparecem no
book apenas quando começam a ser executadas) para que o mercado não entenda
que um grande player está defendendo aquela região;

3) Fique atento quando as ordens dessas regiões “somem” do book. Elas podem
significar que alguém está tentando “enganar” o mercado fingindo que um grande
player está protegendo aquela região. Contudo, quando o preço chega perto de sua
ordem, elas são canceladas e nenhuma resistência é feita naquele preço.

De maneira mais visual, o book de preços pode ser facilmente substituído pela
superDOM, pois ela possui a mesma funcionalidade de maneira mais amigável
visualmente.

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Cada nível de preço possui ao seu lado a indicação de quantas ordens estão
penduradas em cada preço, sendo possível observar também a acumulação em locais
específicos e o “sumiço” de ordens mesmo quando a cotação do ativo ainda nem
chegou lá.

A terceira ferramenta essencial para a análise de fluxo é o Times & Trades. Com
essa ferramenta, temos uma funcionalidade parecida com a fita utilizada para a
leitura do fluxo de ordens antigamente: nela, todos os negócios que foram
executados podem ser observados em tempo real.

Para utilizar o times 7 trades, basta clicar em:

Ferramentas -> Times & trades

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Com isso, irá aparecer uma janela semelhante a esta:

Aqui, temos 6 informações importantes para considerar em nossos trades:

Data: Horário que a negociação correspondente àquela linha ocorreu;


Compradora: Corretora que comprou o ativo;
Valor: Preço que a negociação ocorreu;
Vendedora: Corretora que vendeu o ativo;
Quantidade: Quantidade de contratos que foram negociados;
Agressor: Corretora que agrediu o mercado e “forçou” a compra/venda.

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Para entender esta última informação, precisamos voltar ao book de ofertas:

Você pode observar que no lado esquerdo, estão posicionados todos os contratos de
compra deste determinado ativo, enquanto os de venda estão posicionados no lado
direito.

Caso nenhum vendedor tenha a intenção de vender no preço R$26,39 e nenhum


comprador tenha a intenção de comprar no mercado R$26,40, ficará parado e não
irá para lado nenhum.

Sendo assim, o que faz o mercado se movimentar?

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A resposta para essa pergunta é: Investidores que precisam comprar ou vender um


ativo IMEDIATAMENTE e não possuem tempo para posicionar essas ordens no book
para esperar ser executado por um bom preço.

Essa atitude, que iremos chamar de agressão ao mercado, pode ser tomada devido
a 4 principais razões:

1- Urgência para comprar ou vender um ativo por causa de uma informação


privilegiada;

2- Urgência para comprar ou vender uma ordem porque algum cliente precisa que
isso seja feito de maneira rápida;

3- Desespero do operador por não conseguir esperar;

4- Erro operacional, apertando o botão errado na plataforma.

Desses quatro, os motivos que fazem o mercado realmente se movimentar e tomar


uma direção são quando as grandes instituições precisam agredir o mercado pelos
motivos 1 e 2.

Quando isso ocorre, sabemos que haverá um grande volume de negociações que
tem potencial grande de deslocar o mercado.

Ou seja, no Times & trades podemos observar a frequência e a força com que os
agressores de ambos os lados estão agindo.

Assim como no book de ofertas e no book de preços, você deve se preocupar apenas
com as agressões de grande quantidade de contratos pois elas é que indicam as
atitudes dos grandes players.

Agora que você já conhece as três principais ferramentas e para que serve cada uma,
é hora de aprender a utilizar as três ao mesmo tempo.

Esse tipo de leitura é complexa e leva tempo para ser desenvolvida. Os traders que
preferem utilizá-la precisam ter uma capacidade alta de processamento de
informações e disciplina para prestar atenção total no mercado enquanto estiverem
trabalhando.

No book de ofertas e no book de preços, te ensinamos que você deve ficar atento ao
posicionamento e cancelamento de grandes ordens em cima da hora.

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Contudo, tão importante quanto isso é saber o que os agressores estão fazendo.
Quando falamos de volume de negociação anteriormente, era exatamente este
cenário que estávamos descrevendo.

Um volume grande de agressores lutando contra um book com poucas ordens


pode mostrar oportunidade para seguir o movimento, pois indica que haverá uma
“explosão” no curto prazo até que os defensores voltem a agir.

Contudo, é necessário que as agressões sejam “apoiadas” pela criação de novas


ordens a favor do agressor.

Caso a quantidade de agressores seja grande, mas os dois lados do book estejam
vazios, como na imagem a seguir, qualquer coisa pode acontecer.

Aqui, você pode observar uma quantidade grande de ordens acima de 5.000 sendo
executadas (que pode ser observada pelo intervalo de tempo entre as linhas),
enquanto o book apresenta poucos contratos tanto na compra como na venda.

Isso indica que qualquer ordem maior pode causar uma grande movimentação no
mercado e, por isso, é hora de ter cuidado.

Um volume grande de agressores lutando contra um book com muitas ordens


indica um rally e talvez esse seja um bom momento para ficar de fora do mercado.

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Um volume baixo de agressores lutando contra um book com poucas ordens


indica pouca liquidez e, mais uma vez, uma boa hora para se manter de fora.

Neste times & trades, perceba a diferença de tempo entre as agressões (com um
filtro para que apenas os negócios acima de 5.000 ações apareçam) e veja a
quantidade de ordens no book.

Isso mostra que poucos negócios estão acontecendo enquanto muitas ordens estão
penduradas. Se continuar assim, o mercado tende a permanecer parado.

Por fim, um volume baixo de agressores lutando contra um book numa região
com muitas ordens indica que talvez seja a hora do movimento ter uma pequena
retração, gerando oportunidade para que você aposte a favor dos defensores na
retração da tendência principal.

Tipos de trading no mercado financeiro

Da mesma maneira que existem vários tipos de estratégias de investimentos e ramos


de atuação dentro do mercado, há também diversas maneiras de ganhar dinheiro
negociando ações, ou seja, fazendo trading.

A seguir, vamos falar um pouco sobre cada tipo de trading e quais são suas
características.

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Day trade

O day trade, que provavelmente é o que te trouxe até nós, consiste em negociações
de compra e venda de ativos com foco no curtíssimo prazo, ou seja, dentro de um
mesmo dia.

As operações de day trade podem durar segundos, minutos, horas ou até mesmo o
dia todo. Contudo, o que classifica uma operação como essa é o fato de que ela
precisa terminar sempre no mesmo dia que começou.

Em alguns casos, alguns investidores resolvem carregar essa operação por um


período mais longo de tempo. Quando isso, ocorre, nós partimos para a próxima
modalidade: Swing trade

Swing Trade

O Swing trade é um tipo de operação com foco no curto e médio prazo. Aqui, o
objetivo é apenas ganhar com movimentos mais curtos na cotação de um ativo ao
longo de alguns dias, semanas ou poucos meses.

Diferente dos investidores de longo prazo, que escolhem as ações com base em
dividendos e outros fundamentos, no swing trade o investidor está preocupado
apenas com o futuro próximo do ativo e o que isso pode causar com sua cotação.

Arbitragem

Diferente da Swing trade e Day trade, onde as operações possuem um foco em


apenas um ativo, a arbitragem é uma modalidade de investimento que te permite se
aproveitar da distorção do preço entre dois contratos futuros de um mesmo ativo e
com vencimentos diferentes.

Por exemplo: Imagine que o dólar possui dois contratos com vencimentos em dois
meses diferentes.

Como se trata de um mesmo ativo, que nesse caso é a moeda Dólar, é fácil identificar
que há uma correlação entre a cotação desses dois contratos. Mais precisamente, a
diferença entre eles deve ser apenas a correção de juros do período.

Não se preocupe muito em entender essa parte agora pois iremos falar sobre isso
mais pra frente.

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Aqui, o importante é que você saiba que, em alguns momentos, essa diferença sofre
uma distorção e é possível se aproveitar para ganhar dinheiro nesse cenário,
“apostando” que o equilíbrio será atingido novamente.

Esse tipo de operação é muito utilizado como uma “proteção” em investimentos de


renda fixa e “trava” de dívidas que devem ser pagas no futuro e que foram feitas em
dólar.

Utilizando esse tipo de estratégia, você pode tanto se aproveitar de distorções


momentâneas e fazer uma operação de day trade, como fazer head e proteção em
uma operação que pode durar dias, meses ou até anos.

Long & Short

De maneira semelhante às operações de arbitragem, o long & short é um tipo de


investimento que se aproveita da correlação entre dois ativos. Contudo, ao contrário
da arbitragem que é feita em contratos futuros, o long & short é realizado em ações,
sempre buscando se aproveitar de distorção em dois ativos que estão relacionados.

Por exemplo: Imagine que duas empresas atuam no mesmo setor e ambas possuem
uma ótima governança corporativa.

Não só isso: As duas também atuam na mesma região e possuem o mesmo grupo
alvo de clientes.

Diante dessas características, parece óbvio afirmar que se uma estiver bem, a outra
provavelmente estará também, correto? Ou seja, as duas dependem dos mesmos
fatores para crescer e o mesmo que pode atrapalhar uma, irá atrapalhar a outra
também.

Isso não quer dizer que as duas possuem o mesmo valor de mercado, mas sim que
se a primeira estiver crescendo 10%, existem grandes chances de que a seguinte
também esteja crescendo na mesma proporção.

A técnica de long & short consiste basicamente em se aproveitar dessa correlação


entre empresas e setores para identificar quando uma está mais valorizada em
relação à outra, o que cria uma oportunidade para ganhos apostando no retorno ao
ponto de equilíbrio.

O que quer dizer montar uma carteira?

Você já ouviu falar no ditado “Não coloque todos os seus ovos em uma sexta só”?

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Se ainda não ouviu, ele basicamente quer dizer que você não deve colocar todos os
seus ovos em apenas uma sexta pois, caso algo ocorra com ela, você perderá todos
os seus produtos.

A mesma coisa ocorre no mercado financeiro.

Quando falamos sobre investimento em ações, é extremamente importante que eles


sejam diversificados não só em diferentes empresas, mas também para diferentes
setores.

Por exemplo, não adianta nada você investir em 5 empresas diferentes sendo todas
elas do setor bancário. Como vimos anteriormente, o preço de empresas que fazem
parte do mesmo setor tende a possuir uma correlação muito forte.

Isso quer dizer que, por mais que não esteja apostando todas as suas fichas em uma
só empresa, estará extremamente exposto ao risco caso esse setor não tenha uma
boa expectativa de desempenho para os próximos meses.

Quando compramos ações de empresas e setores diferentes, estamos justamente


montando uma carteira de ações e a soma do desempenho de todas elas é que irão
definir qual será o nosso resultado.

Na última crise de 2020 causada pela pandemia de Covid-19, descobriu-se que o


isolamento social fazia das empresas com atuação online como Google, facebook,
mercado livre, entre outras, um bom ativo de proteção ao risco.

Afinal, com lojas, restaurantes e escolas fechadas, onde mais a população faria
compras para suprir suas necessidades?

Investir em diferentes setores é estar preparado para as diversas situações de


mercado, algumas até mesmo imprevisíveis.

Por isso, uma carteira de ações serve para diversificar os seus investimentos de
maneira a diluir os riscos de estar totalmente exposto a apenas um setor, o que
aumenta sua chance de prejuízo caso uma notícia pontual seja divulgada.

O que são indicadores financeiros?

Ao longo do dia, os governos e institutos de pesquisa divulgam uma série de


indicadores que são capazes de medir a temperatura da economia de seus
respectivos países.

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Como eles fazem esse papel de mostrar de maneira quantitativa o desempenho de


algum setor, podem causar grande volatilidade momentânea no mercado devido à
briga entre os investidores para entrar ou se desfazer de algum ativo com base nesta
nova informação.

No longo prazo, esses indicadores servem apenas para confirmar as expectativas dos
estudos feitos pelos analistas e gestores de fundos, fazendo a diferença apenas caso
o dado seja muito diferente daquilo que o mercado previa.

Quais os mais importantes?

Dentre esses indicadores, separamos para vocês alguns que são considerados os
mais importantes e que podem gerar esse tipo de movimentação atípica, que pode
trazer problemas para os day traders:

Lembrando apenas que, no Brasil, devemos ficar atentos aos indicadores de quatro
regiões:

1- Brasil;
2- Estados Unidos;
3- Zona do Euro;
4- China.

Os principais são:

1- Taxa de Juros

Ainda iremos reforçar ao longo do curso o motivo pelo qual este é o principal indicador
econômico, mas basicamente o que você precisa saber é que ele é o “guia” que faz
com que os investidores invistam ou não em um país e em suas empresas. Uma taxa
de juros baixa deve incentivar a atividade econômica (Bolsa), enquanto que uma taxa
alta incentiva o investimento em renda fixa.

2 – PIB

Conhecido como ‘Produto Interno Bruto’, ele representa a soma dos bens, produtos
e serviços do país. Sendo assim, ele está diretamente ligado ao consumo e, portanto,
à saúde econômica do país.

3- IPCA

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Índice de Preços ao Consumidor Amplo, este indicador representa a inflação oficial


do país. É divulgado mensalmente com os dados da evolução dos preços no mês
anterior. Ele abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 e
40 salários-mínimos.

4 – IGP-M

Índice Geral de Preços do Mercado. Esse indicador representa a inflação de diferentes


setores e é utilizado para a correção de alugueis e tarifas como a conta de luz.

5- Produção Industrial

A produção industrial representa o nível de atividade econômica das indústrias no


país. Como este setor é um dos principais indicadores do aquecimento da economia
de um país e, portanto, é utilizado pelos investidores como um guia para a tomada
de decisão nos investimentos.

6- PMI

Os Índices de Gerentes de Compras (Purchasing Manager’s Index ou PMI) são


números obtidos através da pesquisa realizada mensalmente com empresas do setor
privado. Basicamente, ele representa o nível de atividade econômica e padrões de
consumo no país.

7- Indicadores do mercado de trabalho

Não é possível que uma economia esteja aquecida sem que a população esteja
empregada. Por isso, todos os indicadores voltados aos dados de geração de
emprego/desemprego são observados com bastante atenção pelos investidores.

Dentre os principais, temos:

● Relatório Mensal de Empregos (Payroll): Divulgado sempre na


primeira sexta-feira de cada mês, ele mostra o número de empregos
gerados nos EUA no último mês;

● Pedidos de Auxílio-Desemprego: medem o número de pessoas que


entraram com pedido de seguro-desemprego pela primeira vez durante a
semana passada;

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● Relatório de empregos JOLTS: dados sobre o número de vagas em


aberto em uma amostra de empresas nos EUA no último dia útil do mês,
bem como o número de contratações e de demissões no período;

● Índice de evolução de emprego (CAGED - BR): Relatório sobre a


evolução da criação/retração do número de empregos formais no país;

● PNAD (A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio): Pesquisa


feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em uma amostra
de domicílios brasileiros que, dentre outros dados, mostra o número total
de empregos formais e informais

O mercado na prática

Conforme você avançar neste curso, irá se deparar com diversas situações que talvez
sejam extremamente novas para você. Por isso, agora iremos falar um pouco sobre
o operacional básico de day trade, que irá te ajudar a compreender melhor nossas
aulas ao vivo e se comunicar melhor com outros traders.

No day trade, é possível apostar tanto a favor da valorização dos ativos quanto na
desvalorização. Esse é o famoso “ganhar na alta ou na baixa”, que permite ao trader
se beneficiar de qualquer movimento que o mercado realize.

Quando nós compramos a ação de uma empresa, nós estamos apostando que ela irá
se valorizar para que possamos vendê-la por um preço maior.

Quando fazemos esse tipo de “aposta”, nós dizemos que estamos operando
comprado, ou seja, você comprou uma ação e irá ganhar dinheiro caso ela se
valorize.

Exemplo: Imagine que você comprou uma ação a R$ 10,00. Nesse caso, você estará
ganhando dinheiro se vendê-la por um preço acima de sua entrada (R$ 10,00) e irá
perder dinheiro caso venda a ação por um preço abaixo disso.

Caso consiga vender por R$ 11,00, você terá ganhado R$ 1,00, que deve ser
multiplicado pela quantidade de ações que você comprou. Ou seja: Se comprou 100
ações, você terá ganhado R$ 100,00.

Contudo, você também pode vender uma ação mesmo que ainda não a tenha
comprado. Para isso, você “empresta” uma ação de uma corretora com o
compromisso de comprar de volta.

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Esse tipo de operação é chamado de venda a descoberto e dizemos que o trader


está operando vendido, ou seja: ele vendeu uma ação e espera ganhar dinheiro
com a queda na cotação da mesma.

Exemplo: Imagine que você vendeu uma ação a R$ 10,00. Nesse caso, você estará
ganhando dinheiro se a comprar por um preço abaixo de sua entrada (R$ 10,00) e
irá perder dinheiro caso compre a ação por um preço acima disso.

Caso consiga comprar a ação por R$ 9,00, você terá ganhado R$ 1,00, que deve ser
multiplicado pela quantidade de ações que você comprou. Ou seja: Se vendeu
inicialmente 100 ações, você terá ganhado R$ 100,00.

Na maioria das corretoras, não há nenhum juro ou taxa de empréstimo para


operações deste tipo que são encerradas no mesmo dia. Contudo, caso deseje se
manter na operação por mais de um dia, talvez seja preciso pagar uma taxa de
aluguel da ação que você emprestou.

Para entrar em qualquer um desses tipos de operação, você precisa enviar uma ou
mais propostas de compra ou venda para o ativo que deseja operar. Nós chamamos
essas propostas de “Ordens”, que podem ser enviadas diretamente da sua plataforma
tanto no ambiente simulado quanto na conta real.

Você pode fazer isso, de duas maneiras:

1) Colocando sua ordem em um preço que deseja comprar/vender. Nesse caso, sua
ordem será executada - ou seja, sua negociação irá se concretizar - apenas caso a
cotação do ativo chegue até esse valor.

Por exemplo: Imagine que um ativo está sendo negociado a R$ 10,00 e você envia
uma ordem de compra a R$ 9,00 (Chamaremos esse valor de preço-alvo). Nesse
caso, sua ordem de compra será executada apenas caso a cotação do ativo caia de
R$ 10,00 até seu preço alvo.

Da mesma maneira, após iniciar essa operação, você pode enviar as ordens para
zerar a sua operação. Imagine, por exemplo, que você deseja vender essa ação
apenas caso o preço chegue a R$ 15,00. Você pode enviar uma ordem de venda
nesse valor e ela será executada apenas caso o preço da ação chegue a este patamar.
Caso não chegue, você irá permanecer comprado a não ser que envie uma outra
ordem de venda para sair dessa operação.

2) Você também pode entrar ou sair de uma operação enviando uma ordem de
compra/venda à mercado. Ou seja, caso identifique uma oportunidade e não queira

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perder tempo esperando o ativo chegar em algum preço específico, você pode enviar
este tipo de ordem para comprar/vender o ativo imediatamente.

Exemplo: Imagine que você identificou um movimento muito brusco no mercado e


deseja se aproveitar dessa movimentação que pode durar pouco tempo. Sendo
assim, você não tem tempo para posicionar uma ordem e esperar que ela seja
executada.

Sendo assim, você pode comprar ou vender exatamente no preço que o ativo está
sendo negociado. Isso irá fazer com que você ganhe tempo, mas talvez não consiga
um preço favorável.

Para entender um pouco mais sobre as diferenças dessas duas modalidades de envio
de ordens, observe a tabela:

Tipo de ordem Prós Contra

Posicionar a ordem no book Garante que a ordem seja“Demora” na execução da


executada no preço desejadoordem

Ordem à mercado Execução é mais rápida eOrdem é executada no pior


permite sair/entrar empreço que o mercado está
operações de maneira ágil sendo negociado

Na plataforma, a principal ferramenta para o envio de ordens é a SuperDOM.

Nela, você possui os botões “Compra”, “venda”, “Compra à Mercado”, “Venda à


Mercado”, Zerar” e “Inverter”, conforme você pode verificar na figura abaixo:

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A seguir, vamos verificar para que serve cada um desses botões e como você pode
utilizá-los:

Compra: Ao clicar neste botão, você irá enviar uma ordem de compra no preço
especificado no campo “Preço” e com a quantidade especificada no campo “Qtd”. No
caso da imagem acima, clicar nesse botão irá fazer com que uma ordem de compra
de 100 ações no preço R$ 26,86 seja enviado ao mercado. Essa ordem será
executada apenas caso o ativo volte a ser negociado neste preço.

Venda: Ao clicar neste botão, você irá enviar uma ordem de venda no preço
especificado no campo “Preço” e com a quantidade especificada no campo “Qtd”. No
caso da imagem acima, clicar nesse botão irá fazer com que uma ordem de venda
de 100 ações no preço R$ 26,86 seja enviado ao mercado. Essa ordem será
executada apenas caso o ativo volte a ser negociado neste preço.

C. Mercado: Diferente dos últimos 2, a compra a mercado leva em consideração


apenas o que está especificado no campo “Qtd”. Clicando neste botão, você irá enviar
uma ordem de COMPRA com a quantidade especificada no campo Qtd no preço que
possui o melhor vendedor naquele momento. No caso da imagem acima, a ordem
será executada imediatamente no preço R$ 26,87.

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V. Mercado: Clicando neste botão, você irá enviar uma ordem de VENDA com a
quantidade especificada no campo Qtd no preço que possui o melhor comprador
naquele momento. No caso da imagem acima, a ordem será executada
imediatamente no preço R$ 26,86.

Zerar: Quando você estiver posicionado em alguma operação, o botão “zerar” irá te
tirar da operação imediatamente, independentemente de estar com outras ordens de
stop ou não, no preço que o mercado estiver no momento.

Veja no exemplo a seguir:

Você está comprado em 100 ações a R$ 26,92. Caso clique em “zerar”, a plataforma
irá vender à mercado os 100 contratos que você está comprado. Caso estivesse
operando vendido, a plataforma iria comprar a mercado essas mesmas 100 ações.

Inverter: O botão “inverter” funciona de maneira parecida ao botão zerar. Contudo,


ele não só irá zerar a sua operação, como também irá inverter a sua posição. Ou

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seja, se você comprar 500 ações, ele irá zerar essas 500 e depois vender mais 500.
Tudo isso no preço que o mercado está negociando no momento.

Ou seja, de uma operação comprada em 500 ações, você irá passar para uma
operação vendida a 500 ações.

Ordens de stop

Quando você inicia uma nova operação, é necessário definir onde você irá encerrar
a sua operação caso o mercado vá a seu favor e onde pretende parar caso o mercado
comece a ir contra você.

Basicamente, essa decisão fala: “A partir deste local não tenho mais certeza se vale
a pena se manter nesta operação.

É importante que você defina esses pontos antes mesmo de iniciar sua operação e,
assim que ela começar, colocar suas ordens de saída nos pontos pré programados.

Por exemplo:

Suponha que você deseja comprar 100 ações a R$ 10,00 e definiu que não quer
continuar na operação caso o mercado caia para R$ 9,50 ou suba para R$ 10,50.

Portanto, assim que sua ordem de compra a R$ 10,00 for executada, você deve
colocar suas ordens de venda a R$ 9,50 e também a R$ 10,50.

Esse processo dá um pouco de trabalho por dois motivos:

1- Você precisa ser ágil na hora de colocar os seus stops;


2- Após um deles ser executado, você precisa cancelar o outro manualmente.

Para agilizar o processo de envio de ordens, é possível programar a plataforma para


que envie automaticamente as suas ordens de stop após entrar em uma operação.

Outro assunto importante que deve ser explicado antes que você inicie o curso é a
quantidade mínima de lotes que você pode operar em cada tipo de mercado na bolsa.

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Isso porque essa quantidade mínima irá variar de acordo com o ativo que você deseja
negociar.

Essa quantidade nós chamamos de lote padrão

Veja a seguir uma tabela com o número de contratos de um lote padrão para cada
tipo de mercado:

Ativo Lote Padrão

Dólar Cheio 5 contratos

Índice Cheio 5 contratos

Mini índice 1 mini contrato

Mini Dólar 1 mini contrato

DI 5 contratos

Ações 100 papéis

Ações fracionárias 1 papel

FII 1 cota

BDR 1 Unidade

S&P Futuros 5 contratos

Mini S&P Futuros 1 mini contrato

Essas são as menores quantidades de cada ativo que você conseguirá negociar. Por
exemplo: No caso de ações, você conseguirá negociar apenas múltiplos de 100 e,
caso queira menos do que isso, precisará operar no mercado de ações fracionárias.

A mesma coisa serve para os contratos cheios de dólar e índice: A negociação ocorre
de 5 em 5 contratos, não sendo possível operar 3, 7 ou 9, por exemplo.

Preço de abertura e preço de fechamento

Todos os dias, o mercado fecha e abre em preços que são decididos por todos os
participantes de mercado de maneira conjunta.

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Isso mesmo! Qualquer um pode participar da decisão de qual valor o mercado irá
fechar e em qual valor o mercado irá abrir. Contudo, obviamente, são os grandes
players que realmente fazem algum tipo de interferência.

Essa decisão é feita com base em um leilão, onde os interessados enviam ordens de
compra e venda nos preços desejados até que os dois lados cheguem a um acordo.

Esses leilões ocorrem antes da abertura de um ativo (leilão de abertura ou call de


abertura) e logo antes de um fechamento (leilão de fechamento ou call de
fechamento).

Leilão de abertura

O leilão de abertura define o preço em que as negociações de um ativo irão começar.


Nem sempre esse preço está próximo ao fechamento do dia anterior e isso ocorre
por uma série de fatores:

● Notícias divulgadas após o fechamento do mercado;


● Rebalanceamento dos investimentos de grandes investidores;
● Vencimento de contratos futuros e de opções.

A ser iniciado é um momento fundamental para a definição do potencial preço de


abertura de um ativo e que também é uma ferramenta democrática para quem decide
negociar a preço de abertura.

A definição do preço será feita quando houver um consenso, ou seja, quantidades


semelhantes de compra/venda em um determinado preço para o ativo.

Todas as ordens de compra que foram lançadas no leilão e que estão ACIMA do preço
de abertura serão obrigatoriamente executadas no momento em que o mercado
abrir.

Da mesma maneira, todas as ordens de venda que estão ABAIXO do preço de


abertura, serão obrigatoriamente executadas quando o mercado abrir.

Leilão de fechamento

O leilão de fechamento possui as mesmas características do leilão de abertura. A


única diferença é que, nesse caso, as negociações “congelam” e então todos os
investidores possuem, no mínimo, 5 minutos para lançar suas ofertas de compra e
venda.

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O leilão se encerra quando há uma quantidade semelhante de compra e venda em


um mesmo preço.

Objetivos

O intuito dos leilões é permitir que todos possam participar da escolha do preço de
fechamento e abertura de um determinado ativo.

Cuidados

É necessário ficar atento antes de posicionar suas ordens, pois todas as ordens
enviadas durante o leilão podem ser canceladas apenas após a abertura do mercado.

Ou seja, você ficará exposto durante todo o leilão, correndo risco de sua ordem ser
executada e o mercado abrir muito distante de seu preço ou fechar sem que você
consiga zerar sua posição.

Os 5 primeiros minutos da abertura costumam ter uma volatilidade muito grande e


pode causar grandes perdas, em especial se sua ordem for executada no preço de
abertura do mercado.

Introdução à Matemática Financeira

A matemática financeira é a área da matemática que estuda a equivalência de capitais


no tempo, ou seja, como se comporta o valor do dinheiro no decorrer do tempo, e
estuda diversas operações ligadas ao dia a dia das pessoas.

A matemática financeira é uma ferramenta fundamental na vida das pessoas e na


análise de algumas alternativas de investimentos ou financiamentos de bens de
consumo.

A partir de diferentes fórmulas, é possível ter uma visão integral sobre as finanças,
utilizar bem o dinheiro, aumentar o seu valor e evitar prejuízos. Como exemplos
dessas operações que podem ser realizadas, podemos citar as aplicações financeiras,
empréstimos, renegociação de dívidas, ou mesmo, tarefas simples, como calcular o
valor de desconto num determinado produto.

Matemática financeira no dia a dia do investidor

A matemática financeira foi muito importante para o processo de desenvolvimento


da economia. Atualmente ela é utilizada nas mais diversas situações, mas não

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podemos deixar de afirmar que é uma ferramenta muito importante no dia a dia do
investidor ou trader.

Quem deseja comprar um imóvel ou veículo e possui um dinheiro aplicado, pode


optar por pagar à vista ou financiado. Essa escolha será feita com base no que for
mais vantajoso para o comprador, com a menor taxa de juros ou que tenha menor
desembolso financeiro. Esse cálculo é possível por meio da matemática financeira.

O mesmo ocorre no momento de comprar um eletrodoméstico. A utilização da


matemática financeira dá a possibilidade do comprador validar se será mais vantajoso
comprar à vista, no boleto ou cartão de crédito, comparando o que tem a menor taxa
de juros ou possíveis descontos.

No dia a dia do investidor a matemática financeira é importante ao analisar os dados


de balanço de uma companhia, ou então para calcular se a sua carteira de
investimentos está com um retorno melhor ou pior do que a rentabilidade da Bolsa
de Valores da Taxa Selic.

Em resumo, compreender os cálculos básicos da matemática e sua aplicabilidade


pode facilitar a vida financeira em muitos aspectos, desde ações simples, como
comprar um bem ou como avaliar o retorno dos seus investimentos.

Conceitos básicos da matemática financeira

Os conceitos básicos da matemática financeira são fundamentais para a compreensão


da sua importância no dia a dia, e é extremamente importante saber o que eles
significam.

Capital (C)

Capital (ou Principal) é o valor do dinheiro no momento atual, que corresponde à


quantia inicial de um investidor, o valor inicial de uma dívida ou empréstimo, ou o
custo inicial de um produto ou serviço, à vista e sem taxas.

Exemplo: Imagine que você precisa de um empréstimo de R$ 1.000,00 - este valor


é o capital. Provavelmente, você irá devolver um valor maior do que o emprestado,
pois são adicionados juros. Se o valor final a ser pago for de R$ 1.050,00, você irá
pagar R$ 50,00 a mais do que o capital.

Juros (J)

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Os juros correspondem ao valor remunerado pelo capital (o valor do dinheiro no


tempo), ou seja, é a remuneração que o cobrador ganha por ter concedido o
empréstimo. Ele pode também ser obtido pelo retorno de uma aplicação ou ainda
pela diferença entre o valor à vista e a prazo em uma transação comercial.

Taxa de Juros (i)

A taxa de juros é a razão entre os juros recebidos (ou pagos) no fim de um período
financeiro e o capital aplicado, ou seja, é o porcentual ou remuneração que determina
o valor adicional ao capital investido ou emprestado inicialmente.

A taxa de juros está sempre associada a um certo prazo, que pode ser por exemplo
ao dia, ao mês ou ao ano.

Exemplo: Suponhamos que uma aplicação financeira de R$ 1500,00 tenha produzido,


ao fim de um mês, a quantia de R$ 45,00 de juros.

Valor aplicado: R$ 1.500,00


Juros obtidos: R$ 45,00

Taxa de juros = 45,00/1.500 = 0,03 = 3% ao mês

Montante (M)

Corresponde ao valor futuro, ou seja, é a quantia total paga por meio de uma
operação, incluindo o capital e os juros.

Assim, M = C + J.

Considerando o exemplo dado acima, o montante seria calculado assim:

C = 1.500,00
J = 45,00
M = C + J = 1.500,00 + 45,00 = 1.545,00

Principais cálculos de matemática financeira

A partir do momento que você conhece algumas fórmulas mais importantes da


matemática financeira, você percebe o quão básicas e fáceis de usar elas são, e que
podem trazer resultados de suma importância ao seu dia a dia.

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Importante ressaltar que por mais que você não goste de números, cálculos e
fórmulas, esses cálculos desempenham um papel fundamental no seu bolso.

Juros Simples

Juros simples não mudam com o passar do tempo, é calculada apenas em cima do
valor inicial. Geralmente é mais utilizada em aplicações de curto prazo.

A fórmula para cálculo de dos juros simples é bem simples:

J=C*i*t

Capital (C): o valor presente, principal, valor atual, ou seja, o valor no dia de hoje
ou no início;
Juros (J): valor dos juros;
Tempo (t): a duração da operação (geralmente expressa em meses);
Taxa de juros (i): percentual da quantidade de juros que incidem na operação o
valor dos juros.

Exemplo:

Você realizou uma aplicação de R$ 1.000,00 a uma taxa de 3% de juros simples.


Qual será o montante após 5 meses de aplicação?

A taxa de juros aplicada é de 3% ao mês. Para o cálculo, a porcentagem é convertida


em número decimal, ou seja, 3/100 = 0,03.

Primeiramente, você calcula os juros, ou seja:


J = C*i*t
J = 1.000 x 0,03 x 5 = 150

Agora, para calcular o montante como já vimos:


M = C+J
M = 1.000 + 150 = 1.150

O valor do montante da aplicação após 5 meses será de R$ 1.150,00.

Juros Compostos

Juros compostos é o famoso o “juros sobre juros”, ou seja, é calculada sobre o


valor acumulado, aumentando a cada período. É utilizado na maioria das operações

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financeiras, como financiamentos, empréstimos, correção da poupança,


investimentos, entre outros.

A principal diferença entre os juros simples e os compostos, é que, no simples você


tem previsão clara sobre o acréscimo (juros) antes mesmo de a operação ser
realizada, com juros incidindo sobre o valor total da operação, diferente dos juros
compostos, que é aplicada uma correção sobre o capital em cada período.

Isso torna a rentabilidade de um investimento mais atrativa, mas, ao mesmo tempo,


pode elevar uma dívida caso ela seja corrigida por juros compostos, pois provoca um
efeito de bola de neve, com o valor aumentando cada vez mais enquanto o débito se
mantém.

No caso dos juros compostos, a fórmula é essa abaixo:

M = C x (1 + i) ᵗ

M = montante
C = capital
i = taxa fixa
t = período de tempo

Exemplo:

Vamos considerar o mesmo exemplo acima, com um investimento no valor de R$


1.000,00 durante 5 meses, com juros compostos de 3% ao mês.

Temos o seguinte:

M=?
C = 1.000
i = 3% = 3/100 = 0,03 (decimal)
t = 5 meses.

Utilizando a fórmula:

M = 1.000 x (1 + 0,03)⁵
M = 1.000 x 1,03⁵
M = 1000 x 1,15927
M = 1.159,27

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O valor do montante da aplicação após 5 meses em capitalização de juros compostos


será de R$ 1.159,27.

Porcentagem

A porcentagem é representada pelo símbolo %, e nada mais é do que a


representação de uma proporção de uma relação entre dois valores a partir de uma
fração que tem o 100 como denominador comum.

É muito utilizada para comparação de valores representando crescimento ou queda,


ou para identificar quanto do seu orçamento está comprometido com uma
determinada despesa.

Há três formas de representar uma porcentagem:

Forma percentual: quando o número é seguido do símbolo % (por cento).


Exemplo: 10%; 150%; 0,1%

Forma fracionária: geralmente utilizada na realização dos cálculos.


Exemplo:
25% = _25_
100

Forma decimal: Para ter a forma decimal, basta realizar a divisão.


Exemplo: A forma decimal de 25% é obtida pela divisão: 25 / 100 = 0,25.

Logo, sabemos que:

25% = _25_ = 0,25


100

Exemplos de aplicação da Porcentagem:

1. A cesta básica teve um aumento de 15%. Significa que em cada R$ 100 houve um
acréscimo de R$ 15.

2. Uma loja está oferecendo desconto de 20% em todos os seus produtos. Isso
significa que, em cada R$ 100, haverá um desconto de R$ 20.

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3. Você comprou determinada mercadoria por R$ 210,00 e gostaria de vender


com um lucro de pelo menos 20%. Por quanto você deveria vender esse item?

20% de 210 = 0,2 x 210 = 42


210 + 42 = 252

Você deveria vender por pelo menos R$ 252.

4. Um smartfone custa R$ 1.600. O desconto para pagamento à vista é de 15%.


Quanto o cliente pagará com o desconto?

15% de 1.600 = 0,15 x 1.600 = 240,00


1.600 – 240 = 1.360,00

O cliente pagará R$ 1.360,00 pelo smartfone, caso seja comprado à vista.

Variação Percentual

Outro conceito associado ao de porcentagem é o de variação percentual, ou seja, a


variação de um determinado valor ou das taxas percentuais, que pode ser de
acréscimo ou decréscimo.

O cálculo é representado pela equação (V2-V1) / V1 * 100), sendo que:

V2 = valor posterior ou final


V1 = valor anterior ou inicial

Exemplo:

No início do mês, determinado produto custava R$ 25,00. No final do mês, quando


você foi até a loja para adquiri-lo, estava sendo vendido por R$ 29,00.

Sabemos que houve uma variação percentual relacionada ao aumento do valor desse
produto, e já sabemos também que o aumento foi de R$ 4,00. O cálculo para saber
quanto isso vale em percentagem:

(29-25) / 25 * 100 =
4 / 25 * 100 =
0,16 * 100 = 16%

Sendo assim, podemos concluir que a variação percentual do preço da do produto foi
de 16%.

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Introdução à Política econômica

Política econômica é o conjunto de ações ou decisões que são tomadas pelo governo
para atingir determinados objetivos na situação econômica do país e tem por
objetivo, a estabilização de preços, crescimento ou desenvolvimento econômico,
pleno emprego, distribuição de riquezas, entre outros.

Cada país possui uma política econômica, baseada nos objetivos de cada um. Faz
parte da estrutura da política econômica: a política monetária, a fiscal e a cambial.

Política monetária

A política monetária representa o conjunto de medidas que são tomadas para


estabilizar e equilibrar o sistema financeiro, visando controlar a circulação e oferta da
sua moeda, na relação oferta e demanda do mercado financeiro e o desempenho
financeiro do país. Por meio da política monetária, o governo consegue, por exemplo,
impactar diretamente a inflação e a taxa de juros.

No Brasil, a política monetária é realizada através das diretrizes do CMN (Conselho


Monetário Nacional) sendo o órgão máximo de nosso sistema financeiro, baseado
sobre essas informações o Banco Central (BACEN) executa as políticas expansionistas
ou contracionistas.

Política Monetária Contracionista – Quando o governo tem por objetivo fazer


com que a quantidade de moeda em circulação seja diminuída, ocasionando assim a
manutenção da economia, e o controle da inflação.

Política Monetária Expansionista - Quando o governo visa aumentar o


crescimento econômico através da circulação da moeda. Em momentos de crises o
governo tende a aplicar medidas da expansionista que vai reduzir as taxas de juros
e compra títulos.

As principais ferramentas utilizadas hoje em dia nas políticas monetárias são:

- Taxa de redesconto:

É basicamente a taxa de juros usada pelo Banco Central nos empréstimos feitos aos
bancos comerciais. Esta linha de crédito tem objetivo de manter a liquidez na
economia, enquanto oferece capital a bancos com necessidades de capital em caixa.

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Ela é considerada uma medida de controle monetário, pois quanto maiores forem as
taxas pagas pelos bancos, maiores são as dificuldades deste ao emprestar dinheiro
aos clientes pessoa física e para as empresas, diminuindo a moeda em circulação.

Da mesma forma que uma taxa de redesconto menor, o dinheiro fica mais barato
para o consumidor, e, com isso, um aumento do dinheiro disponível na economia.

- Recolhimento Compulsório:

O recolhimento compulsório, também conhecido como depósito compulsório, é uma


prática adotada pela política monetária, onde o Banco Central retém parte do dinheiro
da economia através de bancos comerciais.

Com o depósito compulsório, o Banco Central consegue diminuir a quantidade de


dinheiro em circulação, e, com isso, reduzindo os recursos disponíveis para
empréstimos bancários no país, controlar o poder de compra da moeda, evitando sua
multiplicação descontrolada.

- A alteração da taxa básica de juros:

É, sem dúvidas, a política monetária mais conhecida. A taxa Selic é a taxa básica de
juros para a economia do Brasil, e é utilizada como referencial para as operações
financeiras.

A taxa vem do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) e é definida


pelo Banco Central, através de um comitê formado especialmente para a definição
da taxa, o COPOM (Comitê de Política Monetária), que se reúne a cada 45 dias para
decidir se a taxa básica de juros do país sobe ou desce.

A taxa Selic serve como referência para as outras taxas de juros do mercado
financeiro.

A queda desta taxa faz com que alguns investimentos, como a poupança, CDBs e as
LCIs e LCAs e principalmente, o Tesouro Direto.

Os investimentos na bolsa de valores tendem a se valorizar com baixas taxas Selic.


Isso acontece porque as empresas de capital aberto possuem a oportunidade de
investir mais em sua produção e aumentarem seus lucros, que são divididos com os
acionistas posteriormente, e também há também o aumento da procura por
investimentos em renda variável quando a taxa de juros de renda fixa está muito
baixa.

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Além do mercado financeiro, ela influencia toda a economia, incluindo a inflação, as


taxas de câmbio e o consumo da população.

Política Fiscal

Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas
e realiza despesas, utilizando como instrumentos de controle as arrecadações e os
gastos que possui, de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica,
a redistribuição da renda e a alocação de recursos.

O objetivo é manter o equilíbrio entre receitas (arrecadações) e gastos públicos,


usada normalmente para neutralizar as tendências quanto à recessão ou à inflação.

As partes da política fiscal são:

G - Gastos do Governo, incluindo subsídios;


T – Tributos, provenientes da arrecadação tributária;

O resultado entre G-T nos diz se a política fiscal atual é:

● Expansionista (G > T);


● Contracionista (G < T);
● Neutra (G = T)

Política fiscal expansionista (expansiva): Realizada com a finalidade de


aumentar o rendimento da economia do país, quando essa se encontra muito abaixo
do esperado (recessão);

Política fiscal contracionista (restritiva): Feita com o objetivo de contrair o


rendimento da economia do país. O que é realizado quando essa se encontra muito
acima do que se espera.

Política cambial

A política cambial é um conjunto de medidas e ferramentas que um país adota,


visando controlar sua relação da sua moeda com as moedas estrangeiras, ou seja,
com o objetivo de adotar as taxas de câmbio mais adequadas.

A política cambial pode acontecer quando o governo deseja controlar a inflação do


país, ou quando deseja expandir a economia, realizando intervenções.

Podem ser adotadas as políticas:

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Câmbio fixo: valor fixo para a moeda local face às outras moedas;

Câmbio flutuante: o valor da moeda dependerá das condições de mercado e


variam livremente no mercado de moedas. Os bancos centrais costumam trabalhar
com esse câmbio quando acham necessário;

Banda cambial: a moeda flutua, porém com um limite de de valor mínimo e


máximo, na tentativa de estabelecer uma transição entre o câmbio fixo e o flutuante.

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Renda Passiva

Investimento em ações

O que são ações?

As empresas têm o capital dividido em uma grande quantidade de partes, podendo


chegar a centenas, milhares ou até milhões. Cada uma dessas partes é chamada de
ação. As ações são divididas entre os empreendedores e sócios. Em alguns casos,
uma terceira parte é negociada na bolsa de valores, e quando essa parte das ações
está disponível na bolsa os investidores podem comprá-las e vendê-las. Quando
alguém resolve comprar a ação de uma determinada empresa na bolsa ele torna-se
também um acionista desta empresa.

Comprando ações de uma companhia aberta, os investidores em geral também se


favorecem dos ganhos que ela obtém. Isso acontece, de duas maneiras:

As empresas distribuem dividendos, que são parte dos resultados obtidos pela
companhia. Os dividendos são pagos aos investidores conforme a quantidade de
ações que cada um deles possui.

Também tem a opção de ganhar dinheiro na bolsa de valores com a valorização das
ações, ou seja, quando você investe em uma ação e com o tempo essa ação se
valoriza, as cotações variam com o tempo, conforme as companhias crescem/se
valorizam e também de acordo com os movimentos da economia e do mercado.
Ganha o investidor que investe em ações por um valor e se desfaz delas mais tarde,
vendendo os papéis por um preço maior.

Como começar a investir em ações

Para começar a investir em ações, temos alguns básicos passos. Prestar atenção
nesses aspectos pode facilitar o processo e garantir que as boas decisões sejam
tomadas com consciência e segurança, conforme tópicos abaixo:

Você precisa entender se esse mercado se encaixa com o seu perfil


investidor.

Para entender o seu perfil, pergunte-se: qual é seu objetivo com o investimento? O
seu perfil de risco é adequado para aplicar em renda variável? Existem chances de
você precisar do dinheiro no curto prazo?

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Existe uma ferramenta que facilita encontrar a resposta para essas questões são a
Análise do Perfil do Investidor ou Suitability, é um questionário aplicado pelas
próprias corretoras para definir qual é o seu perfil de investidor e as características
comportamentais de cada cliente. Com algumas perguntas, elas conseguem
identificar os produtos mais adequados para o seu perfil – e inclusive saber se as
ações são uma boa alternativa para o seu planejamento financeiro.

Abrir conta em uma boa corretora de valores

Todo investidor precisa abrir conta em uma corretora para poder negociar na bolsa,
a corretora é uma instituição financeira autorizada a operar no pregão. Elas recebem
as ordens de compra ou de venda feitas via plataforma ou e-mail para o seu assessor
de investimentos e executam as operações na B3 em nome deles.

É preciso escolher uma boa corretora, para a escolha um dos fatores importantes a
avaliar são as taxas de corretagem, a facilidade de uso dos sistemas de negociação,
a disponibilização de relatórios e orientações sobre investimentos, entre outros.

Para abrir uma conta é preciso enviar alguns documentos pessoais de identificação
para a corretora e preencher o seu cadastro, com alguns dados básicos. Após a
confirmação de que a conta foi aberta, é possível realizar uma transferência (via TED
ou DOC) para que você consiga utilizar na compra de ações.

Modalidades para investir em ações

Day trade

É a modalidade mais breve de operação feita na bolsa de valores. O day trade


combina a compra e a venda de uma mesma ação em um único dia, pelo investidor
utilizando uma conta na corretora.

A liquidação no day trade é exclusivamente financeira. As ações não passam pela


carteira de investimentos do investidor. Na maior parte das vezes, quem negocia
pesa a mão da alavancagem – quando o investidor opera um valor maior do que
efetivamente possui – na tentativa de aumentar os seus lucros.

Normalmente o day trade tem algumas características diferentes em relação à


corretagem que as outras modalidades não tem. As corretoras costumam ter taxas
de corretagem mais baratas do que nas operações tradicionais.

Curto prazo

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Investimentos com tempo estimado de alguns dias, semanas ou meses – até um ano
– são considerados de curto prazo. Em ações, uma técnica mais usada para fazer
aplicações desse tipo é chamada de swing trade. Mesmo que a compra e a venda
não sejam realizadas no mesmo dia, às operações de curto prazo ainda exigem um
acompanhamento constante do mercado, pois se baseiam em achar oportunidades
de ganho em pouco tempo.

Negociações de curto prazo são uma das mais presentes na bolsa de valores, e
mesmo investidores não profissionais aplicam com esse tempo estimado em mente.
Entretanto, é importante ressaltar que negociar visando o curto prazo tem as suas
especialidades. É recomendável, por exemplo, optar por ativos com liquidez maiores,
para poder se livrar delas com facilidade na hora de encerrar o investimento.

Longo prazo

É comum ouvir que as ações são interessantes para quem tem como objetivo investir
no longo prazo. Existem algumas razões para isso.

Comprando ações, o investidor se torna sócio da companhia e tende a ganhar junto


com ela à proporção que a receita cresce e os resultados surgem. Isso não acontece
de um dia para o outro. Conta com algum tempo de maturação.

É importante lembrar que, mesmo que reflitam os resultados das empresas, os preços
das ações também variam do mesmo jeito que as condições do mercado. Alguns
acontecimentos transitórios causam euforia – ou desespero – no mercado, o que
pode vir a ter uma influência direta nas cotações. Elas podem tanto subir quanto cair
de maneira repentina.

Um governante pronuncia um enunciado negativo, por exemplo, tem potencial para


causar efeitos desse tipo. Em uma grande velocidade, as ações que você possui
podem passar a valer 5% ou 10% menos.

Isso não significa que a empresa deixou de ser uma boa ação, mas sim que naquele
momento ela sofreu uma interferência externa no seu preço. O investidor com tempo
para esperar se favorece, o presumível é que essa fase negativa termine e, alguns
dias depois, os preços retomem e voltem ao normal. Se precisar do dinheiro no curto
prazo, é possível que acabe tendo de embolsar o prejuízo.

Existe uma técnica muito empregada, chamada position trade por pessoas que
operam no longo prazo, são as posições em ações mantidas por mais tempo. É uma
boa oportunidade para quem não tem tempo de se dedicar todos os dias a
acompanhar os movimentos da bolsa.

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Dividendos

Existem vários tipos de investidores, alguns investidores têm mais interesse pelos
dividendos distribuídos pelas empresas do que propriamente pela possibilidade de
ganhar com a valorização das ações. É uma forma de viver de renda operando na
bolsa de valores, ao invés de títulos públicos ou outros papéis de renda fixa.

No comum, empresas bem estabelecidas, que tenham as suas receitas em constante


crescimento sem uma necessidade muito grande de investimento são boas pagadoras
de dividendos.

As empresas distribuidoras de dividendos do setor elétrico são um dos exemplos mais


citados. Seu rendimento, que advém do pagamento das contas de luz, é sempre
reajustado. Como já atendem às principais localidades, não precisam realizar
investimentos pesados na expansão das operações.

Conclusão: mais dinheiro para os acionistas.

Os dividendos vindos das empresas podem servir como uma renda recorrente do
investidor, mas também podem ser utilizados na compra de mais ações. Tudo
depende dos objetivos e interesses de cada um.

Long short

Na bolsa de valores, a compra de ações é a operação mais comum também conhecida


como “long”. No entanto, é possível fazer alguns tipos de negociações, baseada na
venda de papéis. Normalmente elas são recomendadas para quem já possui alguma
experiência de mercado.

Operar como vendido (ou “short”) é a mesma coisa que vender uma ação antes de
comprá-la. Em uma operação comum, quando você entra posicionado como
comprador, o alvo é conseguir comprar papéis por um valor mais baixo e, no futuro,
vender mais caro.

Agora, em uma operação em que o investidor entra posicionado como vendido, o


que acontece é diferente: vender as ações e recomprá-las mais tarde por um preço
mais barato, lucrando com a diferença dos valores na queda.

As operações short ganham quando a bolsa está em queda. Para executá-las, é


preciso fazer um aluguel de ações. Dessa maneira, é possível vender as ações que
foram alugadas, recomprar os papéis e devolvê-los ao alugador. O risco é, como o

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investidor deve imaginar – da queda do mercado – não ocorrer. Se as cotações das


ações subirem, o resultado será ruim.

Tipos de análises de ações

Análise técnica

O princípio da análise fundamentalista vem de que as informações relacionadas a


uma ação são expressas no seu gráfico de preços. Pois, o valor pelo qual um papel
está sendo comprado ou vendido entende a percepção que analistas, investidores
experientes, pessoas físicas e todo o mercado geral têm sobre ele. Ao observar as
informações gráficas de cotações de uma ação permite encontrar padrões e projetar
o comportamento no futuro.

Os gráficos aplicados para a análise técnica podem ser diferentes. O investidor da


modalidade de day trade estuda os gráficos em que cada ponto representa o
desenvolver da ação a cada 15 minutos. Os investidores que têm como objetivo de
longo prazo podem prestar atenção a gráficos semanais ou mensais.

Em ambos os tempos gráficos, os investidores que analisam tecnicamente procuram


informações sobre suportes e resistências, que são os princípios importantes da
análise técnica. O suporte é uma região de baixa do papel que representa o momento
em que uma virada de preço – naturalmente em direção a uma alta – tende a
acontecer. Assim, costuma ser visto como um bom ponto de compra dos papéis.

Já a resistência é um ponto de alta da ação, em que conforme sempre foi indicado


no gráfico as cotações param de subir e invertem o movimento. Então mostra um
bom momento para começar a vender os papéis.

Análise fundamentalista

Se baseia mais a fundo no estudo das características financeiras da empresa –


perspectivas de crescimento, fluxos de caixa e risco – para entender melhor o valor
potencial das suas ações. Com isso o objetivo é permitir ao investidor escolher papéis
que tenham uma boa expectativa de ganhos no futuro, diminuindo o risco de compra
de ações que já estejam precificadas a um valor muito aproximado do potencial.

Há duas importantes abordagens da análise fundamentalista. A top down vem do


princípio de que o valor de uma ação sofre consequência direta de fatores
macroeconômicos – como inflação, juros ou taxa de desemprego – pois eles afetam
o desempenho da companhia. As decisões de investimento deveriam ser tomadas
considerando informações amplas primeiro, e projeções detalhadas depois.

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A análise bottom up o ponto de início são as referências de fundamentos específicos


de cada companhia. Investidores com esse perfil tomam de forte importância avaliar
fatores como modelo de negócio, governança corporativa, além das perspectivas de
crescimento. Na visão deles, quanto melhores forem essas características, melhor
uma companhia poderia se sair – tanto nos melhores momentos quanto nos ciclos
de economia baixista.

DATA COM E DATA EX

Essas datas expõem quando o investidor vai ter direito ao provento, ou outro direito
como subscrição, desdobramento ou agrupamento.

Data-Com:

Uma empresa anuncia que vai pagar proventos, isso ocorre para acionistas que têm
a ação até determinada data. Então essa data é denominada de
Data-Com.

Sendo assim, se você deseja receber os proventos da empresa, é preciso que você
realize a compra das ações até a Data-Com.

Data-Ex:

O investidor ao adquirir as ações depois da Data-Com, perde o direito de receber os


proventos no dia do pagamento. Essa data é chamada de Data-Ex.

DIVIDENDOS

O que são dividendos e como eles são pagos?

Dividendos é a parcela do lucro gerado pela companhia de sociedade anônima,


partilhado na forma de remuneração aos acionistas. Esses dividendos podem ser
pagos em forma de dinheiro, ações ou direitos de propriedades, pode vir a ser anual,
semestral, trimestral ou mensal, sendo incomum, definido pelo estatuto de cada
companhia, pago de forma proporcional pela quantidade de ações que o investidor
possui, atraindo novos investidores as companhias.

Existe no Brasil a obrigação de que empresas de capital aberto paguem pelo menos
25% do seu lucro líquido do exercício na forma de dividendos para os seus acionistas.
Assim, essa forma de remuneração é bastante comum no país. Independente desse
patamar mínimo estabelecido em lei, algumas companhias pagam percentuais

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maiores que seus lucros líquidos em dividendos, inclusive, existem as que vão
aumentando esse percentual no decorrer dos anos. Os dividendos são pagos
proporcionalmente a quantidade de ações que o acionista possui, sendo um
pagamento proporcional por ação.

Vantagens de investir em boas pagadoras de dividendos.

A longo prazo, o mercado de ações tende a se valorizar constantemente, assim


trazendo grandes ganhos para quem fizer uma estratégia assertiva, dentro do seu
perfil de risco, e que consiga consistência nos resultados. Então, ao escolher por
empresas que pagam bons dividendos, o investidor aposta em uma estratégia
duplamente correta, pois existirá a possibilidade de lucrar com o valor recebido em
dividendos.

Outra vantagem dessa estratégia são os impostos, os dividendos são uma


remuneração aos sócios completamente isenta do imposto de renda para a pessoa
física, pois, a empresa efetua a dedução do Imposto de Renda antes de distribuir os
rendimentos. Sendo assim, os valores recebidos pelo investidor, são líquidos e podem
ser usados sem qualquer tipo de dedução fiscal.

Reinvestindo os dividendos

Ainda, os sócios podem optar por adotar a Planos de Reinvestimento dos Dividendos
que algumas empresas oferecem, autorizando o reinvestimento automático dos
dividendos disponíveis na compra de ações ou frações de ações adicionais na mesma
data de pagamento dos lucros.

Uma maneira de fazer o seu patrimônio crescer investindo em ações, essa é uma
modalidade recomendada por grandes investidores. Se o investidor optar por não
fazer essa adesão automática, ele pode usar esses ganhos para colocar em outras
ações também, o ponto chave é sempre colocar mais dinheiro para investir.

Tipos de dividendos

Uma remuneração bastante usual no mercado de ações no Brasil são os dividendos,


com isso, existem alguns tipos diferentes de pagamento aos acionistas. Veja a seguir
alguns deles:

Bonificação: acontece quando um pagamento extra na forma de ações para o


acionista, coerente com a quantidade de ações que o investidor já possui.

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Dividendo especial extraordinário: essa remuneração é paga por conta de


motivos inesperados, como um aumento de caixa da companhia, por exemplo.

Juros sobre capital próprio: é uma remuneração bem semelhante ao dividendo


comum pago ao investidor, traz alterações na contabilidade da empresa, mas não é
uma remuneração isenta de impostos.

Como calcular dividendos?

Para o cálculo dos dividendos pagos por ação precisa ser entendido se a Companhia
é uma boa pagadora de seus rendimentos, existe um múltiplo chamado dividend
yield, que é um cálculo da divisão do valor da ação da Companhia sobre a quantidade
de dividendos pagos por ela em um certo período.

Por exemplo, as ações de uma empresa valem R$100,00 e, naquele ano, ela distribuiu
aos seus acionistas R$7,00 por ação em dividendos. Na prática, quem possuir 100
ações dessa determinada empresa, terá ganho R$700,00 em dividendos e o
dividend yield será de 7%.

Impostos para aplicar em dividendos

Dividendos são uma fonte de renda isenta de tributação de Imposto de Renda, o que
faz com que a estratégia de investir em boas pagadoras desse tipo de provento se
torne mais interessante.

Nesse caso, os custos fiscais são sobre o investimento em ações, os quais são para
a pessoa física para vendas no mercado à vista que excederem R$20 mil no mês,
sendo a cobrança de 15% em cima do ganho do investidor, descontando as taxas e
corretagem.

Mas em operações de Day Trade, quando as operações de compra e venda são feitas
no mesmo dia, por sua vez, são taxadas em 20% em cima do lucro, sendo que, o
Imposto de Renda é calculado mensalmente e seu pagamento precisa ser realizado
até, no máximo, o último dia útil do mês.

BONIFICAÇÕES

A bonificação é um lucro que a companhia paga para seus sócios em formato de


ações.

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Assim, essas empresas podem inserir mão das bonificações para distribuir ações aos
acionistas ao invés de pagar com dinheiro (dividendos). O valor da ação também tem
alterações após as bonificações, do jeito que o patrimônio total fica inalterado.

Um exemplo, é se a bonificação da empresa foi de 10% e você tinha 100 ações


dessa mesma empresa, então você vai receber 10 ações a mais, porém o preço
da ação vai ser distribuído proporcionalmente também, de modo que seu patrimônio
total fique inalterado.

Como saber se uma ação sofreu bonificação?

Para descobrir o histórico de bonificações só é preciso ir ao site da B3, buscar pela


empresa e na parte de Eventos Corporativos a tabela de Proventos em Ações.

É divulgada também por porcentagem e o seu cálculo funciona como na tabela


abaixo:

Efeitos das bonificações em ações

As bonificações acabam provocando uma queda nos preços das ações, o intuito
não é aumentar a liquidez das ações, mas sim, o de promover o capital social da
empresa. Isso é proveitoso, porque você como acionista terá mais ações da
companhia sem ter que inserir mais dinheiro nela.

Então você terá direito a receber ainda mais dividendos na distribuição seguinte e
também, o seu patrimônio vai expandir.

Uma bonificação de 10%, quer dizer que, a quantidade de ações que você tem
aumentou em 10%, quando os valores voltarem ao preço de antes da bonificação,
seu patrimônio estará valorizado em 10% sem que você precisasse inserir mais
dinheiro do próprio capital para isso acontecer.

A empresa que opta por fazer as bonificações em ações, normalmente o faz usando
a reserva de lucros, transferindo uma parte do montante para o capital social.

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Então, é de se esperar que a companhia seja capaz de lucrar e aumentar suas


reservas, transparecendo que a administração tem feito um trabalho legal.
Uma empresa que bonifica só faz se for capaz de gerar grandes somas de dinheiro,
diferente disso, utilizaria esse montante para outras situações.

As possibilidades são de que uma empresa efetue bonificações a seus investidores


seja capaz de gerar valor aos acionistas no longo prazo e, sendo assim, a queda no
curto prazo de preço será altamente compensada no futuro; se os fundamentos se
mantiverem sólidos.

Juros sobre o capital próprio

O JCP está na mesma categoria dos dividendos, podemos classificá-lo como uma das
opções utilizadas por empresas para efetuar a remuneração dos acionistas, titulares
e sócios. Acontece todos os dias se achar investidores que possuem um grande
conhecimento sobre os dividendos, mas não sabem quase nada no que se refere aos
Juros Sobre Capital Próprio.

Os valores repassados aos sócios na categoria do JCP, são considerados pela empresa
uma despesa, sendo tributados apenas quando houver repasse ao acionista, este por
sua vez deverá se responsabilizar com os impostos.

Apesar de parecer muito ruim para quem investe, os valores do JCP, principalmente
após o desconto tributário, podem ultrapassar muitas vezes os de dividendos.

No entanto, não podemos deixar de mencionar que o JCP e dividendos apresentam


grandes diferenças entre si.

Quando uma companhia pretende adotar o JCP, este necessita de aprovação pela
assembleia geral ou conselho administrativo. Após a permissão, os valores que serão
pagos devem ser divulgados ao público.

Lembrando que, é preciso muita atenção no que se refere a natureza do valor


divulgado. Se for líquida, precisa ser analisado o desconto posterior de impostos,
caso seja bruta os impostos não serão considerados.

Isso se explica, uma vez que diferente do que acontece nos casos dos dividendos, o
pagamento realizado no JCP não será tributado imediatamente pelas empresas, em
que é tratado em uma visão contábil como sendo uma mera despesa. Nesta
modalidade, o pagamento dos respectivos impostos, fica sob responsabilidade do
acionista, vale lembrar que a alíquota padrão é 15%.

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Por que as empresas podem considerar o JCP mais vantajoso?

Apesar de parecer uma pergunta óbvia, tendo em vista que abdicar do pagamento
de impostos traz um aumento no capital disponível da empresa, sem falar da
capacidade de expansão que pode gerar.

O JCP teve seu surgimento no ano de 1995. Nessa época, era muito utilizado com a
finalidade de auxiliar e alavancar a expansão do mercado de ações brasileiro.

A Lei das Sociedades Anônimas nº 6.404/76, determina o teto para pagamento do


JCP, que é definido pelo valor da Taxa de Juros de Longo Prazo TJLP.

Vantagens do JCP para os investidores

Apesar do JCP causar uma primeira impressão de total desastre na vida de um


acionista. Levando em consideração que não parece vantajoso, trocar uma forma
livre de tributação como os dividendos, por uma outra onde é tributado como é no
caso do JCP. No entanto, pensar assim é ser muito simplista.

Primeiro que, os valores que serem pagos no JCP têm a possibilidade, sim, de se
sobressair em comparação com os pagos em dividendos. Lembrando que o IR pago
pela pessoa jurídica, no caso a companhia, será 25%, o da pessoa física ora acionista
será apenas de 15%.

Segundo que poder ver uma companhia na qual se fez um investimento e que se é
sócio, crescendo, é um tanto satisfatório para um acionista. Sendo que crescimento
significa mais lucro e quanto mais aumentam os lucros pode se obter mais retorno,
mesmo que isso leve um período de tempo maior.

CISÃO

A transação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma
ou mais sociedades, chama-se cisão, é feita com esse objetivo ou já existentes,
desfazendo-se a companhia cindida, caso haja versão de todo o seu patrimônio, ou
diluindo o seu capital, se incompleto a cisão.

Os métodos regulares previstos para cisão, estão compensados nos mesmos


preceitos que regulam a agregação e a fusão.

É simples a assimilação do que a cisão, a exemplo da agregação e da fusão, pode


acontecer com sociedades de qualquer tipo, não se restringindo às sociedades por

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ações, apesar de que, em qualquer caso deva ser observada a disciplina legal definida
na Lei das S/A.

DESDOBRAMENTO E AGRUPAMENTO

Desdobramento (SPLIT)

Refere-se ao procedimento de divisão de ações existentes sem mudar o valor do


investimento. Essa técnica também é conhecida como SPLIT. A operação ocorre
quando uma empresa deseja expandir a quantidade de suas ações em circulação no
mercado, facilitando assim sua negociação.

Podemos dar um exemplo: A empresa X deseja dividir as ações em duas cada uma,
e, um acionista possui 500 ações e cada uma vale R$5.00. Sendo um total de
R$2.500,00 e é feito um desdobramento das ações desse acionista, ele irá ficar com
1.000 ações ao preço de R$2,50. Ou seja, ele dobra a quantidade de ações, porém,
o seu investimento continuará o mesmo R$2.500,00.

Agrupamento (INPLIT)

Já esse processo é o oposto do desdobramento, onde consiste em reunir várias ações


em uma, conhecido como INPLIT.

O grupamento acontece quando determinada companhia resolve que deve aumentar


o valor das suas ações para melhorar as negociações na bolsa, fazendo isso porque
acredita que o preço baixo está dificultando suas operações. Assim como o
desdobramento, o grupamento não altera o valor investido.

Podemos dar esse exemplo: A empresa Y resolveu agrupar duas ações em uma. O
acionista que tinha 500 ações que cada uma vale R$5.00 sendo um total de
R$2.500,00, feito o grupamento esse mesmo acionista passa a ter 250 ações valendo
R$10,00 cada uma, no entanto, o investimento continua sendo o mesmo de
R$2.500,00.

ALUGUEL DE AÇÕES

Alugar ações ainda não é conhecido por vários investidores. Nesse tipo de operação,
você realiza um empréstimo de seus papéis em troca de uma porcentagem.

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Fazendo o aluguel de suas ações, você aumenta a rentabilidade em sua carteira de


investimentos. Já para o locatório das ações, é uma ótima oportunidade de
investimentos.

Vendo com um olhar mais analítico, este tipo de operação tem como objetivo lucro
para as duas as partes, ainda mais para quem aluga as ações. Quando se decide por
aluguel de ações, é preciso conhecer todos os processos e riscos envolvidos, para
ambas as partes.

Como funciona o aluguel de ações?

O Processo de alugar ações é semelhante com o aluguel um carro ou uma casa,


funciona da seguinte maneira: o dono das ações (doador) entra em contato com a
corretora informando sobre seu interesse em alugar os seus papéis, ele deve passar
todas as informações necessárias a corretora como: prazo, recompensa e quantia.

Caso seu interesse seja entrar como tomador, precisa fornecer uma garantia à
corretora com uma quantidade considerável para garantir o resgate do empréstimo,
além de pagar uma taxa de pagamento pelo aluguel ao tomador

O intuito é assegurar que você tenha o montante suficiente para pagar na data de
vencimento do contrato. Depois de depositar o dinheiro, você foi obrigado a arrendar
as ações. Após esse processo, o intermediário tem a função de conectar as duas
partes. Tendo a confirmação, as ações serão transferidas do doador para o mutuário
até o período especificado.

O empréstimo de ações se destina a quem?

O empréstimo de ações é um serviço disponível para investidores em geral (pessoas


físicas ou jurídicas). Instituições financeiras são permitidas, mas algumas restrições
jurídicas devem ser atendidas.

Custos operacionais envolvidos no aluguel de ações

Se você está entrando como locatário dos títulos, este fator precisa ser bem
analisado, pois taxas muito altas podem inviabilizar a operação. Em ambos os casos,
as despesas afetam a receita recebida nos termos do contrato. Veja como funciona
em cada parte:

Para o doador: O doador da ação é grátis!

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Para o segurado: Uma taxa de registro na B3 é exigida do tomador. Corresponde


a 0,25% ao ano do valor total da transação, com valor mínimo de R $10,00. A
instituição financeira atua como intermediária na operação. Em geral, esse custo varia
de acordo com o porte do contrato em questão, com um preço mínimo a ser definido
por cada instituição. Além disso, há também a taxa de corretagem. Seu objetivo é
transferir a ordem de uma corretora ou banco para uma bolsa. Em seguida, o preço
é definido pela instituição financeira. No fim, temos um salário que convém para
efeito de negociações em andamento.

Proventos e tipos de operações

O leasing de ações é um serviço que costuma levantar suspeitas, principalmente em


termos de receita (dividendos e patrimônio líquido). Nesse caso, o doador só recebe
da mesma forma anterior a operação. Para o recebimento do bônus, o valor será
acertado e transferido na data de liquidação.

Outro problema comum é referente aos tipos de operações que os mutuários podem
realizar em papéis alugados. Veja quais são:

• Utilizar como margem de garantia para mercados futuros;


• Faixa a ser coberta ao iniciar ‘’Opções de chamada’’;
• Venda de papéis no mercado spot;
• Usar ativos para liquidar operações de mercado à vista.

Quais são os riscos do aluguel de ações para o doador e tomador

Agora que você sabe o que é o leasing de ações e como funciona o serviço, é hora
de entender os riscos oferecidos a ambas as partes. Isso torna mais fácil a escolha
da posição favorável entre doador e mutuário a ser adotada em relação às estratégias
de renda variável.

Agora, conheça os riscos que você pode assumir em ambos os lados da cirurgia:

Doador: O risco de aluguel de ações é baixo, considerando que todos os


procedimentos são feitos pela B3. Caso o recebedor do seguro não pague os aluguéis
contratados ou atrase a liquidação, você receberá a garantia por ele oferecida no
contrato, bem como a devolução de seus documentos.

Tomador: O acionista está em maior risco do que o doador. O primeiro é uma


atualização diária das garantias exigidas. Se uma nova margem for exigida (pelo B3
ou pelo seu corretor) e você não estiver com capital suficiente, há a possibilidade de
que você seja forçado a limitar a negociação ou até mesmo fechá-la.

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Prazos de locação

Um dos pontos a serem destacados no momento do aluguel de ações é o prazo do


arrendamento. Esse é o papel do doador que, no que lhe diz respeito, tem o direito
de decidir a data mais conveniente para seus fins. Os contratos geralmente duram
cerca de alguns meses. Portanto, não há período mínimo ou máximo.

Tributação

Na solução, incide imposto de renda (IR). A taxa cobrada, que é repassada ao doador,
é igual à taxa de renda fixa, sendo cobrado o aluguel recebido

Liquidação financeira

A liquidação financeira acontece quando o tomador não pode recomprar as ações


arrendadas e precisa reembolsar o doador. Portanto, a etapa é pagar à vista os papeis
do contrato.

Remuneração

A remuneração do aluguel é determinada pelo doador. Frequemente, é uma


porcentagem do valor total do ativo alvo.

Este exemplo pode te ajudar a compreender melhor: Você deseja alugar 1.000 papéis
ITUB4 a uma taxa de 2,0% ao ano. O contrato determina o preço do ITUB4, cada
preço é de R$38,00. Com isso, você receberá R$760,00 de aluguel a cada ano. Se o
contrato for de seis meses, o valor total é de R$380,00.

Observe que o percentual é transferido proporcionalmente ao período do contrato.

Outro ponto importante é o preço do ativo-alvo. Está fixado no contrato e pode ser
usado como referência de salário. Se o preço subir ou descer, não há alteração no
preço do aluguel recebido.

Vantagens do Aluguel de Ações para o tomador e doador

O leasing de ações pode ser um serviço benéfico para os participantes, pois permite
que todos cumpram os objetivos da bolsa de valores. Veja os pontos positivos:

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Para o doador: O doador é a parte do contrato de arrendamento de ações com o


maior benefício. A principal vantagem é o recebimento de aluguéis que aumentam a
receita do portfólio. Se você está investindo no longo prazo, essa pode vir a ser uma
boa opção para obter maior rentabilidade e manter a mesma composição por um
período maior de tempo. Além disso, continuará a receber benefícios pagos por
documentos. Portanto, existem duas fontes de renda extra para aumentar sua renda.

Para o segurado: Ao fazer o aluguel de ações, você pode lucrar no mercado de


ações vendendo a um preço mais caro e comprando a preços mais baixos. Essa
estratégia é chama-se venda a descoberto e é comumente usada por
especuladores, especialmente antes que os títulos sejam devolvidos ao doador.

Outra vantagem é o uso do leasing de ações em estratégias long-short.

Basicamente, é composto por duas partes de ativos, uma das quais é o ativo
comprado para comprar o ativo, e a estimativa esperada e a venda a descoberto, ou
seja, o vendedor e o papel alugado, que espera que caia. A rentabilidade dessa
estratégia vem da diferença entre os preços dos ativos. Quanto maior for, maior será
o retorno do portfólio.

Fundos imobiliários

É a modalidade de investimento feita pela união de vários investidores, que se unem


com o propósito de investir em empreendimentos imobiliários. Os fundos se
posicionam no mercado, como uma opção de investimentos em imóveis, para
investidores que gostariam de fazer aportes no mercado imobiliário sem ter que
realizar uma compra direta.

Além disso, esses fundos são de mais fácil acesso para investidores com capital
menor disponível para investir no segmento imobiliário. Também, existem fundos
imobiliários que liberam aportes menores a R$100,00.

Depois que efetuam a compra de cotas do fundo imobiliário, os investidores têm


acesso aos melhores empreendimentos imobiliários, o pagamento será referente a
participação que possuem nesta categoria de investimento, pode ser de acordo com
a valorização das suas cotas ou através do pagamento de dividendos mensais, que é
a divisão entre os aluguéis recebidos pelos imóveis que fazem parte do fundo.

Como comprar cotas.

A partir do momento que se investe em um FII, torna-se um cotista, no entanto, não


se pode exercer qualquer direito em cima dos imóveis e dos empreendimentos que

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fazem parte do patrimônio do fundo. As cotas geralmente são negociadas na bolsa e


cada pessoa possui direito de recebimento de parte do rendimento deste fundo,
sendo proporcional ao número de cotas que adquiriu.

Há ainda a oferta primária, que equivale ao lançamento de um fundo no mercado ou


nova emissão de um fundo, onde é preciso primeiro fazer a reserva através de uma
corretora. Depois disso, o dinheiro é convertido em cotas, que, no entanto, não são
negociadas na B3. Além disso, é possível comprar as cotas diretamente na Bolsa,
num processo semelhante ao de adquirir ações.

Tipos de Fundos

Quando investir em Fundos de Investimentos Imobiliários, o cotista pode escolher


aplicar seus recursos em alguns tipos de empreendimentos, como mostramos abaixo:

● Fundos de papel;
● Fundos de Fundos (FOFs);
● Fundos de tijolo.

Quais os custos envolvidos?

Existe uma taxa de administração que é cobrada de todo investidor que opta por
aplicar via um fundo de investimento. Os FIIs, também têm incidência de taxa de
administração.

Os investimentos aplicados em fundos imobiliários estão sujeitos aos custos


operacionais de negociação - por serem negociados em bolsa de valores- como os
valores cobrados de custódia e corretagem.

Já em tributação a venda das cotas de um fundo imobiliário sofre incidência de 20%


de Imposto de Renda sobre o lucro recebido pelo investidor. É isenta de IR para
investidores pessoa física.

Vantagens e desvantagens

As vantagens de investir em Fundos Imobiliários está na ideia de exposição


diversificada, podendo o investidor comprar cotas de fundos de shoppings centers,
prédios comerciais, escritórios, hospitais, prédios educacionais, galpões de logística
e outros de alto valor agregado e com bom preço. Você ainda consegue comprar
cotas na bolsa com valores tão baixos quanto R$100.

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Como já puderam perceber, os benefícios dos Fundos Imobiliários são inúmeros, seja
para pequenos, médios ou grandes investidores.
Mas, apesar das vantagens, existem duas desvantagens que merecem destaque:

Liquidez: Se você for um investidor grande, com muito capital aplicado em fundos,
a liquidez pode ser algo que pode incomodar. Ela costuma ser menor que outros
investimentos semelhantes, o que pode fazer dos Fundos Imobiliários um
investimento mais arriscado quando um investidor grande, querer se vender seus
papéis de forma rápida.

Inadimplência: Este é um risco característico ao mercado imobiliário em geral. Ele


acompanha também os investidores que compram imóveis para locação. Refere-se a
um risco amenizado, afinal, os grandes gestores profissionais procuram traçar
contratos seguros e bem estabilizados para que esse risco seja diminuído.

RENDA DO ALUGUEL

O aluguel das ações pode gerar uma renda complementar considerável. Hoje em dia,
as pessoas alugam casas e compartilham muitas coisas. Por exemplo, carros fora de
uso, estacionamentos, quartos em casas. Em todas essas e em outras situações do
dia a dia, você se torna o doador do bem ao alugá-lo, pois costuma confiar no bem
em troca de renda de outros. O mesmo pode acontecer com ações. Se preferir, você
pode alugar as ações de outra pessoa ou alugar suas próprias ações. Após um certo
tempo, você obterá lucros e devolverá o estoque.

O arrendamento de ações é como um retorno de renda fixa em uma bolsa de valores.


É uma aplicação segura, que pode trazer lucros previsíveis dentro do tempo
combinado. Assim, se você compra ações mensalmente para formar uma reserva
com base nas melhores empresas do Brasil, é muito importante colocar suas ações
no mercado. Além de receber dividendos e valorização do papel, você ainda aumenta
suas margens de lucro, ganhando mais dinheiro.

Tipos de fundos de investimentos

ETF

O que são os ETFs? Em inglês, Exchange Traded Funds, também chamados de fundos
de índice. Apesar de não serem tão conhecidos, é uma categoria de investimento que
vem ganhando mais espaço no mercado financeiro, principalmente no exterior. Eles
são negociados no pregão da bolsa de valores como se fossem ações. Seu

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desempenho varia de acordo com a performance dos papéis que compõem sua
carteira, além de responder à oferta e à demanda pelas cotas no mercado.

São sempre ligados a um índice de referência, também chamado de subjacente. O


gestor deve ajustar a composição do ETF para que ela seja sempre a mais parecida
possível com a do indicador. Um detalhe importante é que os ETFs têm gestão
passiva, sendo menos complexa do que a ativa e, portanto, mais barata.

Tipos de ETFs.

ETFs de Índice

Visa investir o patrimônio dos cotistas e do fundo usando como base um índice de
referência pertencente a uma carteira teórica.

ETFs de Títulos

Apesar de possuírem ativos de renda fixa, são ETFs negociados na renda variável por
meio do home broker.

ETFs de Ações

Os ETFs de índice são os mais comuns de serem encontrados no mercado. Esse tipo
de ETF replica o patrimônio do fundo e dos cotistas de acordo com uma carteira
teórica de um índice de referência.

ETFs de Commodities
Investimento em ativos considerados indiferentes entre si, matéria-prima, em geral.
A exemplo, têm-se ouro e outros metais que são valiosos, além de combustíveis
fósseis.

Mas quais são as tributações envolvidas nessa modalidade?

Abaixo estão os custos envolvidos nas operações de ETFs:

Primeiramente, existe a cobrança da taxa de corretagem. Ela varia de acordo com a


sua corretora para a compra e venda das ETF’s através do home broker. Além disso
há a taxa de administração, que vai variar de acordo com o gestor do fundo, mas
tende a ter um custo mais baixo do que produtos de gestão ativa.

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A Taxa de liquidação e emolumentos, que é cobrada pela B3 para liquidação dos


títulos ( O valor aproximado é: 0,031160% do total da operação) e finalmente, o
Imposto de renda sobre o lucro obtido com a negociação. Para operações de day
trade, a alíquota é de 20% como nas ações, e, para operações com duração de mais
de 1 dia, 15%.

Fundos Gestão

Quando falamos sobre gestão de fundos chegamos a duas opções possíveis: Gestão
Ativa ou Gestão Passiva. Qual é a diferença entre elas? Vamos lá:

Gestão ativa envolvem-se metas, como, por exemplo obter uma rentabilidade mais
alta ao benchmark. Este tipo de gestão é indicado para os clientes com perfil de
moderado para arrojado, pois precisam estar mais dispostos a riscos, visando uma
rentabilidade maior.

Já a Gestão Passiva busca replicar a performance de um índice de referência. Dessa


forma, a meta não é ultrapassar o benchmark, mas, acompanhar a sua variação. Mas
vem a pergunta, e qual a vantagem disso? Uma das vantagens de optar por esta
modalidade é o menor custo de administração. Para quem busca diversificação, com
previsibilidade mais alta do retorno, essa gestão é a mais indicada.

Quais indicadores escolher bons fundos de investimento?

Já ficou em dúvida sobre qual fundo escolher para seus investimentos? Realmente
existe uma variedade de opções e pode ser complicado escolher a mais adequada
para o seu perfil de investidor. Entretanto, há indicadores que têm o objetivo
acompanhar a evolução dos fundos e podem auxiliar muito neste processo de
escolha:

O primeiro deles, é o chamado Índice de sharpe, que avalia risco e retorno de um


investimento. Criado por William Sharpe no ano de 1994, ele faz a avaliação se esta
relação é vantajosa e atrativa para o investidor. Avalia também, se o risco para
investir em um determinado fundo será compensado pelo retorno.

O segundo índice é a Volatilidade. Este é um termo utilizado basicamente para


descrever as oscilações do dia a dia. Você pode identificar qual é o investimento mais
adequado para você, de acordo com o seu perfil de investidor.

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O terceiro é a Rentabilidade relativa e absoluta. A rentabilidade absoluta indica


quanto o seu dinheiro variou em um determinado período de tempo. Já a
rentabilidade relativa acompanha sempre a variação de uma taxa, ou seja, a sua
rentabilidade estará atrelada ao que foi proposto no seu benchmark naquele período.

O quarto, é o Drawdown e tem o objetivo de apresentar os prejuízos que aquele


determinado fundo teve e quanto tempo levou para se recuperar.

E por último, existe o Patrimônio do fundo X Valor aplicado. Patrimônio do fundo


simboliza o quanto ele está valendo naquele determinado dia ou período. E valor
aplicado refere-se ao dinheiro que as pessoas aplicaram nele. Isso quer dizer que
este fundo produziu lucro aos seus clientes e é uma opção para investir.

Tributação para o mercado financeiro

Ativos de renda fixa

Os ativos de renda fixa funcionam como um meio mais conservador de investimentos.


Neste tipo de modalidade, o investidor pode ter uma noção de qual será o retorno
de capital assim que faz a aplicação.

Um papel de renda fixa é semelhante a um empréstimo. Sendo assim, sempre que


determinada pessoa adquire um título de renda fixa, a mesma está realizando um
empréstimo ao emissor, que poderá ser uma empresa, banco ou até mesmo o
governo. Por conta disso, costuma-se dizer que o título se trata de uma emissão de
dívida.

A segurança é uma característica muito relevante neste tipo de categoria de


investimento. Mesmo não tendo um produto financeiro que seja imune a riscos, a
renda fixa tem uma tendência de ser mais segura para o investidor se comparado
com produtos de renda variável. Isso se dá, uma vez que a maioria desses ativos tem
o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) como proteção.

Por exemplo, na hipótese de quem emitiu o título não cumprir com suas obrigações,
o Fundo Garantidor de Crédito garante o patrimônio de até R$1 milhão de reais por
CPF ou CNPJ de quatro em quatro anos. Porém, o investimento precisa contar com
este tipo de proteção – que possui limite de R$250 mil reais por CPF por instituição
financeira.

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Alguns pontos importantes sobre renda fixa

Existem certos termos com os quais podemos nos deparar na hora de procurar um
investimento em renda fixa ou até mesmo quando pesquisar sobre o assunto. São
eles:

● Datas de emissões: Que é a data de origem do título, quando inicia a


contagem do tempo e correção do valor nominal do título;
● Valor nominal: valor unitário do título. Sendo assim, em um CDB de R$ 1
mil, seu valor nominal será de R$ 1 mil;
● Juros “acruados”: Faz referência ao valor proporcional da remuneração do
título, que se dá entre data que o título foi emitido e a data vigente. Desta
forma, ao fazer uma aplicação em um título de renda fixa que rende
R$1,00/dia, após 10 dias os juros acruados será no montante de R$10,00.
● Data de carência: O emissor é que define. É apenas a partir desta data que
o ativo poderá ser resgatado.
● Data de vencimento: Data qual o ativo é liquidado, tendo em vista o
encerramento do contrato de empréstimo. Se o investidor por qualquer motivo
retirar os valores da aplicação antes dessa data chegar, este será penalizado.
Assim que chega à data de vencimento, o valor aplicado e sua rentabilidade
vão diretamente para a conta do investidor.
● Remuneração: títulos de renda fixa poderão ser pós-fixados ou prefixados.

Como funciona a remuneração dos títulos de renda fixa?

O investidor que faz aportes em ativos de renda fixa terá duas hipóteses de
remuneração: pré ou pós-fixado.

Nos títulos pré-fixados o investidor no momento em que realiza a compra, já possui


clareza do valor, em reais, que irá receber de remuneração.

Já no que diz respeito aos títulos pós-fixados, estes são vinculados a algum
indexador, como exemplo o IPG-M, CDI, taxa Selic, IPCA, entre outros. Em outras
palavras, o investidor não consegue ter certeza de qual será a sua real rentabilidade
com título, mas poderá calculá-la (exemplo: 100% do CDI).

Existem também títulos pré-fixados ou pós-fixados que possuem o pagamento


intermediário de juros. Algumas aplicações podem sinalizar, como exemplo, juros
semestrais ou juros anuais.

A quais pessoas o investimento em renda fixa é indicado?

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Este tipo de investimento em renda fixa, geralmente são a escolha dos investidores
com um tipo de perfil mais conservador, que preservam pôr evitar o risco para ter
mais rentabilidade.

Poderá ser indicada para investimentos de longo prazo – temos como exemplo a
aposentadoria, para médio prazo, como também para atender certas ocasiões onde
há necessidade de que o dinheiro retorne em mãos o mais breve possível (como no
caso de uma reserva de emergência).

Mesmo que o investidor possua um tipo de perfil mais arrojado e esteja disposto a
correr mais riscos com intuito de alcançar melhores possibilidades de rendimentos, é
recomendado que ao menos sua reserva de emergência seja colocada em um produto
de renda fixa de alta liquidez.

Portanto, apesar das características mais conservadoras, a renda fixa se faz presente
– em maiores ou menores proporções – no portfólio de grande massa de investidores,
seja qual for os seus perfis.

Exemplos de ativos de renda fixa

Os títulos do Tesouro, são ótimos exemplos de ativos de renda fixa muito conhecidos
pelos investidores, podendo ser eles Tesouro Prefixado, Tesouro Selic e Tesouro
IPCA.

Os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) são outro exemplo de investimento em


renda fixa, bem conhecido. Fazem referência a títulos nominativos emitidos pelos
bancos a fim de serem oferecidos ao público como uma forma de captar recursos.

Á esta lista ainda adicionamos as Letras de Créditos LCI e LCA, o CRI e CRA, as Letras
de Câmbio, as Debêntures, entre outros.

Ativos de Renda Variável

A Renda Variável é uma forma de investir na qual não se tem a possibilidade de saber
previamente qual será o valor de sua rentabilidade. Ao contrário da renda fixa, os
investimentos que utilizam da renda variável são voláteis.

O rendimento será determinado através da oscilação do preço de compra e venda


dos ativos, em que poderá ser maior, igual ou até mesmo menor que o capital
investido.

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Sendo assim, podemos concluir que são investimentos com riscos maiores,
entretanto, podem proporcionar um lucro consideravelmente maior em um curto
espaço de tempo.

Ações

As ações são uma das principais formas de investimentos em renda variável, está
entre as mais conhecidas, assim como as mais acessíveis ao tipo de investidor não
profissional.

Melhor explicando, as ações são pequenas frações de uma empresa, estas


negociadas na bolsa de valores, tem por objetivo gerar verba para a companhia
investir. A pessoa que compra ações de determinada empresa passa a ser sócio
desta. Desta forma se a empresa cresce e gera lucro, seus investidores são
beneficiados com a valorização dos papéis e possíveis dividendos.

Os preços das ações podem variar de acordo com sua oferta e demanda: Em casos
que uma grande quantidade de investidores pretende comprar determinada ação,
seu preço tem tendência de alta. Do mesmo modo que se muitos investidores
quiserem vender, o preço tende a ser de queda.

Existem diversos tipos de ações: small caps, blue chips… O que é realmente
necessário antes de investir, é conseguir entender o momento que cada empresa se
encontra e qual será o seu objetivo com este tipo de investimento.

Moedas

Moedas também entram no grupo de ativos que se encaixam na renda variável. Neste
tipo de modalidade, o investidor realiza a compra de alguma moeda estrangeira
(Dólar, Euro e etc.) e aguarda pela sua valorização no futuro.

A variação está ligada à balança comercial, assim como o fluxo de capitais do país de
origem da moeda e outras particularidades de cada país. As moedas tendem a ter
uma oscilação bem maior do que as ações que são negociadas na bolsa de valores.
Contudo, os riscos existentes nesse mercado são proporcionalmente grandes, em
razão da alta volatilidade. Concluímos que é possível obter um lucro significativo, mas
também pode se ter um enorme prejuízo.

Fundos de Investimento

Além das opções apresentadas anteriormente, aquele que possui interesse em renda
variável tem como alternativa, investir nos fundos de investimento. Esse tipo de

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modalidade vem oferecer a oportunidade ao investidor de poder aplicar seu dinheiro


sem precisar se preocupar com sua gestão da carteira. Os fundos se enquadram em
um tipo de aplicação que é formada por diversas pessoas que pretendem investir de
maneira coletiva.

Ao invés de cada pessoa escolher sozinho os ativos que deve efetuar suas aplicações,
somente um gestor seleciona os mais variados tipos de investimentos a fim de aplicar
o dinheiro do fundo e como consequência poder gerar lucro para todos. O valor
investido é fracionado em cotas proporcionais ao dinheiro que cada investidor
aplicou.

Existem os mais variados tipos de fundos de investimento, dentre estes podemos


citar os fundos de ações, fundos imobiliários, entre outros. O que vai diferenciar são
seus ativos. Os investimentos em fundos é uma alternativa interessante para quem
procura diversificação.

Ademais, não é necessário ser um investidor com muita experiência para começar
nessa modalidade de aplicação, já que se tem um know-how do gestor.

Portanto, podemos concluir que o mercado financeiro sempre é dinâmico e que os


ativos sofrem com oscilações imprevisíveis todos os dias. Contudo, a renda variável
tende a trazer bons resultados em médio, longo prazo e até mesmo curto para
investidores experientes.

Day trade

O Day trade existe quando uma operação de compra ou venda de dólar, índice ou
ações é efetivada no mesmo dia. Caso contrário, não é considerada uma operação
de Day trade e sim uma operação normal.
Operações normais se refere a compra de ativos na bolsa de valores, operações que
podem durar um tempo maior, quem faz esse processo são os investidores chamados
de Buy and Hold, que nada mais é que comprar e segurar um determinado ativo.

As operações de Day trade são efetivadas no horário em que a bolsa está aberta no
caso de operações dos contratos de Dólar inicia às 09h e encerra às 18h. Já nas
operações de compra e venda de ações o horário é das 10h até às 17h. Porém,
atualmente temos uma “prorrogação” que tem o horário das 17:30 às 18h, chamado
de After Market.

No After Market as negociações ocorrem da mesma forma que no horário regular,


porém existem algumas regras específicas. No after Market só podem ser negociadas

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ações que tiveram alguma negociação durante o dia e que pertençam a algum índice
da BM&FBovespa.

Além da situação citada acima, só podem ser realizadas operações no mercado à


vista e não é permitido operações em derivativos e opções.

Outra situação muito importante é que se caso tenha enviado uma ordem durante o
horário de operação regular essa ordem pode vir a ser executada no after Market.

Horários de liquidação das compras e vendas ações

Quando se efetiva compra de ações o débito financeiro ocorre em dois dias úteis e
sua conta após a efetivação da operação, entre 7h e 18h. Para a venda o prazo
também é de 2 dias úteis, após a efetivação, a única diferença é o horário que no
caso é entre 10h e 18h.

Custos para investir em ações

Existem duas taxas que são cobradas para operações em bolsa, são elas:

● Taxa de corretagem: ela remunera a corretora por fazer uma


intermediação do serviço. Essa taxa incide sobre o volume financeiro
negociado.
● Emolumentos: taxa cobrada pela negociação efetuada na bolsa.

Calculando o IR

Tributações para os investimentos em ações

A tributação ocorre quando existe ganho líquido mensal, ou seja, a diferença positiva
entre valor de venda menos valor de compra e os custos de operação. (Corretagem
e emolumentos, na compra e na venda), isto é, só existe incidência de IR quando o
investidor tem lucro na operação.

Isenção

A isenção pode ocorrer quando o lucro líquido de um investidor pessoa física tenha
efetuado vendas de ações com valores que não excedam R$20 mil dentro do mês.
Porém se as vendas ultrapassarem o limite de R$ 20 mil o lucro líquido é
integralmente tributado pelo IR, conforme alíquotas discriminadas abaixo:

- Operações normais a alíquota é de 15%;

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- Operações day trade a alíquota é de 20%.

Retenção de Imposto de Renda na Fonte (IRRF)

Existe a cobrança de IR na fonte, à alíquota de 0,005% nas operações normais,


calculado sobre o valor de cada venda. No caso de operações Day trade, o IR cobrado
na fonte é de 1% sobre cada operação. O imposto retido na fonte deve ser
descontado no cálculo do IR a ser pago no mês.

Compensação de prejuízos

Para fins de apuração dos ganhos líquidos mensais, que será a base de cálculo do
IR, o prejuízo obtido com a venda de ações poderá ser compensado com os ganhos
líquidos futuros obtidos no mercado à vista ou nos mercados de opções, futuros e
termo. Os prejuízos apurados nas operações de day-trade só podem ser
compensados com os ganhos líquidos apurados em day trade.

Pagamento do Imposto de Renda

O pagamento do Imposto de Renda deve ocorrer até o último dia útil do mês
subsequente ao mês em que foi apurado ganhos no mercado de renda variável.
Esse pagamento precisa ser feito através de DARF (disponível no site da Receita
Federal, com o código 6015) IR referente aos ganhos líquidos em operações em
bolsa.

Caso ocorra atrasos no pagamento, existe incidência de multa e juros monetários.


Maiores detalhes estão disponíveis no site da Receita Federal.

Declaração anual de Imposto de renda

Ganhos líquidos em day trade são apurados e tributados mês a mês separados dos
demais investimentos, ou seja, não fazem parte da base de cálculo do Imposto de
Renda na Declaração de ajuste anual. Esse imposto pago não poderá ser deduzido
daquele apurado em sua declaração de ajuste anual.

Mesmo não fazendo parte da base de cálculo, esses ganhos precisam ser informados
dentro da seção de RENDA VARIÁVEL, na declaração anual de ajustes. Essa
declaração deve ser feita na seção bens e direitos (ações) pelo custo de aquisição.

● Operações consideradas para cálculo de imposto de renda na


renda variável:

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No mercado de renda variável entende-se que todas as operações realizadas na bolsa


de valores, bolsa de mercadorias e futuros assemelhados, e até mesmo operações
com ouro, ativo financeiro realizado fora de bolsas, com a intervenção de instituições
do Sistema Financeiro Nacional (bancos, corretoras e distribuidoras).

Como escolher uma Corretora?

Nem sempre é fácil escolher uma corretora para realizar suas operações e
investimentos, principalmente pela quantidade de opções disponíveis atualmente no
mercado.

Essa grande quantidade de opções é excelente, pois torna o mercado mais


competitivo, trazendo cada dia mais vantagens ao investidor.

Ao iniciar seus investimentos, geralmente a primeira dúvida é qual instituição


escolher, uma corretora de valores ou um banco?

A diferença entre elas é que numa corretora de valores você não vai possuir uma
conta corrente, cartão de crédito ou débito, realizar transferências, pagamentos ou
recebimentos, como geralmente é realizado em uma conta bancária, e, geralmente,
a diversidade de aplicações é mais limitada num banco, principalmente para
pequenos investidores.

No banco, as aplicações mais comuns são poupança, títulos de capitalização e CDBs.

Já em uma corretora, é uma forma melhor de investir com mais rentabilidade e


segurança, pois essa instituição ganha comissões de acordo com seus rendimentos,
ou seja, ela se preocupa mais com sua rentabilidade.

Para uma escolha certa, é indicado que o investidor realize uma pequena pesquisa
comparando o que é oferecido pelas corretoras, e escolher dentre as que mais se
encaixam ao seu perfil.

É preciso entender que nem sempre o principal é o menor custo e menores taxas,
pois muitas vezes a opção mais barata não oferece ferramentas ou atendimento
suficientes para cuidar bem do seu dinheiro.

Custos e Taxas

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Um dos principais pontos a se analisar ao abrir uma conta em uma corretora de


investimentos são os custos cobrados. Algumas corretoras chegam a cobrar R$50,00
por ordem executada, enquanto outras podem ser isentas dependendo da
movimentação realizada. Além da corretagem (que geralmente é cobrada por ordem
executada), existem outras taxas que podem ser cobradas, como discriminado
abaixo.

- Taxa de Corretagem: É o valor de remuneração para a corretora referente a


negociação de compra e venda de ativos na Bolsa de Valores.
O valor pode ser fixo ou uma porcentagem do valor da operação que você vai fazer
e pode variar dependendo da corretora (em torno de R$0,00 a R$20,00 por
transação).

Quanto às taxas é bom analisar também qual é o canal de negociação que pretende
utilizar. Algumas corretoras oferecem ótimas taxas para negociação em Home Broker,
mas as taxas enviadas pela Mesa de Operações (telefone) são bem altas.

- Taxa de Custódia: É o custo de armazenamento dos seus títulos ou ações junto


à corretora. Esse valor pode ser fixo ou proporcional à quantidade dos ativos em
carteira.

- Taxa para o Tesouro Direto: A taxa de administração no Tesouro Direto é


cobrada sobre o valor total investido em títulos públicos no momento da aplicação.
Há muitas corretoras que são isentas dessa taxa, o que pode ser uma grande
vantagem dada à baixa rentabilidade do Tesouro Direto.

- Taxa de saque: Algumas corretoras podem cobrar para efetuar a transferência do


valor investido para sua conta bancária. Isso é um ponto a ser considerado,
principalmente se o valor investido for baixo.

Margem de Garantia

Algo muito importante e comum para quem opera futuros na Bolsa de Valores. A
margem de garantia é um valor que o investidor precisa ter em conta para se
posicionar em algum produto do mercado futuro ou alavancagem, ou seja, um valor
(ou ativo) que fica depositado em garantia para honrar possíveis prejuízos em
operações.

Os principais ativos que podem ser utilizados como margem de garantia são:

- Dinheiro;
- Ações;

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- Títulos públicos (tesouro direto);


- Títulos de crédito privado, alguns CDBs, e outros.

Normalmente, a margem de garantia solicitada pelas corretoras varia entre 1,5% e


25% do valor da operação, podendo variar entre as corretoras e também de acordo
com o tipo de operação, contrato e prazo da posição.

Serviços

Algumas corretoras podem oferecer um serviço diferenciado ao investidor e


diversificar suas atividades de modo a levar os clientes a concentrar todas as suas
aplicações em um só lugar.

Os itens mais importantes no âmbito dos serviços disponibilizados por uma corretora
podemos destacar:

- Atendimento: É indicado analisar a qualidade, tempo de resposta e quantidade


dos canais de atendimento;

- Diversidade dos produtos: Algumas corretoras oferecem poucas opções de CDBs


e renda fixa, enquanto outras vão além com Tesouro Direto, renda fixa privada,
ações, opções, mini contratos futuros e fundos imobiliários, e aquelas que trabalham
conjuntamente com uma Asset costumam oferecer também fundos de investimentos
nos quais os clientes de home broker podem investir com facilidade.

- Relatórios de análise: Algumas corretoras divulgam relatórios de análises,


carteiras recomendadas, boletins, etc. A qualidade desses relatórios deve ser
analisada, principalmente para quem está começando.

A estabilidade do home broker (ou do sinal da plataforma que irá operar), é um


ponto muito importante para avaliar. Para saber se o sistema é confiável, vale a pena
uma consulta na internet sobre isso, bem como conversar com pessoas que já o
utilizaram.

Segurança

Ao investir o seu dinheiro, você precisa se sentir seguro e saber que seus
investimentos estão sendo intermediados de forma correta. Na hora de escolher a
sua corretora de valores é necessário ficar sempre alerta quando o assunto é
segurança, e deve sempre analisar alguns pontos antes de realizar o investimento,
como:

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- Se a corretora está em situação regular junto aos órgãos reguladores;

- Se o produto a ser investido está registrado na CVM (em casos de fundos de


investimentos, por exemplo);

- Se o ativo ou investimento condiz com seu perfil de investidor.

O que acontece se a corretora falir?

Quando se trata de segurança aos seus investimentos, esse é o receio mais comum
entre os investidores.

É importante frisar que o dinheiro investido numa corretora não faz parte do
patrimônio da corretora, a corretora efetua apenas a intermediação das aplicações,
passando para a instituição do investimento.

O risco aqui, é quando o valor fica parado em sua conta na corretora. Caso tenha
valores parados em conta sem aplicação, sempre escolha deixar valores maiores em
um banco.

RLP

RLP, ou Retail Liquidity Provider, é um mecanismo no mercado nacional para


negociações na B3, que promete maior liquidez e melhores condições de preço para
o mercado. Ela possibilita que a própria corretora, banco de investimento, banco
múltiplo ou outro participante contratado pela corretora seja a contraparte das ordens
de compra e venda de títulos e valores mobiliários de seus clientes de varejo.

Na prática, no ponto de vista do operador não há grandes mudanças, mas a


característica básica é que todos os negócios realizados via RLP têm como
contraparte própria a corretora, de clientes da instituição financeira, e é exclusivo
para ordens agressoras, ou seja, aquelas em que são negociados os melhores preços
de compra e venda.

Perfil de Investidor

Quem decide começar a investir é muito importante que antes de tudo, o investidor
saiba exatamente qual o seu perfil.

O perfil de investidor (ou suitability), é basicamente uma classificação ligada ao risco


que o investidor está disposto a assumir com suas aplicações/ações, em outras
palavras: define qual tipo de investidor você é.

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A classificação de perfil é uma exigência da Comissão de Valores Mobiliários, e, na


sua Instrução de nº 539, fala sobre a necessidade de as instituições financeiras
oferecerem aos clientes os produtos de investimento adequados aos seus perfis e
por isso, a grande maioria das instituições financeiras que oferecem produtos de
investimento, principalmente corretoras de valores, fazem com seus clientes uma
análise de perfil de investidor.

Na realidade, não existe investimento pior ou melhor, e sim, aquele que é mais (ou
menos) adequado para o que você deseja e o que é mais alinhado com seu perfil.

Como é a análise do perfil de investidor?

A análise do perfil do investidor, é um questionário simples, na prática, uma avaliação


para entender quais riscos o cliente está disposto a assumir ao fazer determinado
investimento.

O perfil de investidor tem como base alguns requisitos: conhecimento, segurança,


liquidez e rentabilidade. Com base no resultado, ao responder perguntas básicas
sobre a tolerância ao risco e por quanto tempo se deseja investir, a instituição
indicará quais são os produtos mais adequados para o investidor.

É importante ter conhecimento que os investidores podem mudar de perfil ao longo


do tempo, principalmente quando começam a ganhar mais prática ao investir,
conhecimento de como funciona o mercado financeiro e conforto com risco.

Quais são os perfis de investidor?

A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais)


define que existem três grandes tipos de perfil do investidor:

● conservador,
● Moderado;
● agressivo (ou arrojado).

Esses são os três principais perfis com que trabalham as instituições financeiras.

Conservador

Esse tipo de investidor prioriza a segurança em suas aplicações, prefere não correr
riscos na valorização do dinheiro que decidiu aplicar. A carteira de investimentos de

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um investidor conservador, mantém a maior parte da sua carteira de investimentos


em produtos de baixo risco, mesmo que para isso tenha que abrir mão de certa
rentabilidade.

Ele ainda pode investir uma pequena parte em aplicações que ofereçam níveis de
riscos diferenciados, para poder se beneficiar de ganhos a longo prazo.
Enfim, a característica principal do conservador é preservar o seu patrimônio.

Exemplos de investimentos para Perfil conservador:

● Tesouro Direto;
● CDB;
● LC;
● LCI/LCA;
● Fundos de renda fixa

Moderado

O investidor moderado é aquele que aplica uma parte dos seus recursos em
investimentos com menor liquidez, retornos financeiros com retorno de médio e longo
prazo e, com um grau de risco médio em suas variações, e, geralmente também
aplica outro montante em investimentos conservadores, garantindo liquidez para um
resgate rápido em caso de necessidades.

Esse investidor está entre os conservadores e os arrojados. Ele gosta de segurança,


possui tolerância a riscos de longo prazo e conhecimento do mercado.

Assim, o moderado procura equilibrar rentabilidade versus risco, que tem a segurança
da renda fixa, mas também aplica parte de seus recursos em renda variável,
buscando retornos acima da média do mercado.

Embora concentre o maior volume de seus investimentos em investimentos


conservadores, admite perdas até certo limite. Este perfil de investidor tem
expectativa de retorno em médios e longos prazos.

Por isso, ele investe tanto em renda fixa, mais segura, quanto em outras opções,
como fundos multimercados (de médio risco) e até ações.

Arrojado ou agressivo

O Perfil Agressivo possui conhecimento de mercado, busca sempre boa rentabilidade


e aceita exposições medianas ao risco em busca de ganhos maiores que a inflação a

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médio e longo prazo, mesmo com riscos de prejuízo. É aquele investidor que possui
preparo técnico e emocional para acompanhar as oscilações do mercado, aceita com
tranquilidade os riscos de variação em seus rendimentos ou até mesmo alterações
em seu capital investido inicialmente. Isso porque ele acredita que a longo prazo
todas as movimentações trarão resultados positivos.

O investidor arrojado também não precisará do dinheiro aplicado imediatamente e


pode aguardar o melhor momento para resgatá-lo de acordo com os ganhos, sendo
muito recomendado que sempre se tenha uma reserva de emergência para situações
do cotidiano que demandem dinheiro a curto prazo.

Em uma carteira de investimentos, a maior parte de suas aplicações está em produtos


de renda variável – ações, fundos de ações, opções, entre outros.

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Introdução ao Profitchart

Agora que falamos um pouco sobre a importância do planejamento e da disciplina,


vamos falar um pouco sobre a plataforma.

Durante este treinamento, você irá utilizar a plataforma chamada “Profitchart PRO.

Essa plataforma deve ser enviada em até dois dias úteis após a confirmação de sua
compra. Caso ainda não tenha recebido, você pode entrar em contato com nosso
atendimento através do email contato@atomeducacional.com.br ou através do
telefone (15)30316100.

Lembre-se que além desta apostila, você também possui um módulo em seu curso
exclusivo para funcionalidades e configurações que você pode fazer no Profitchart
para te ajudar em suas operações.

Você pode configurar e usar na tela as ferramentas que você preferir.

Se você está começando agora, essa aqui é uma ideia de layout que acho legal você
começar:

- Lista de ordens, que você pode acessar indo em roteamento -> lista de ordens
- Posição, que você pode acessar indo em “roteamento -> posição”
- SuperDOM, que vocÊ pode acessar clicando no menu “roteamento -> SuperDOM”
- Gráfico, que você pode abrir clicando em ‘ferramentas -> Novo gráfico”

Você pode arrastar as janelas, escolher a posição e também o tamanho de cada uma.

Após a configuração, Sua plataforma deve estar assim:

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Como escolher os ativos para operar?

Antes de começar suas simulações, você precisa entender os códigos dos ativos que
vai operar.

Cada ativo possui um código específico que nós chamamos de “ticker”. Para entender
um pouco mais sobre isso, acesse nossa aula sobre o nome de cada ativo e as datas
de vencimento de cada um.

E se não posso treinar em horário comercial?

Se você não consegue no momento treinar em horário comercial, que é quando o


mercado está aberto, não se preocupe.

É para isso que existe o replay de mercado. Com ele, você pode treinar de noite, de
madrugada, finais de semana e até mesmo em feriados. Para acessar o replay do
mercado em um dia específico, acesse o menu “ferramentas -> Replay”.

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Agora, basta selecionar a data que deseja fazer o replay e qual o ativo.

Clique em “requisitar” e depois aperte o play.

Para que ele apareça em suas ferramentas após o play, é necessário que clique com
o botão direito em cima do ativo que você escolheu e depois selecione a opção
“definir ativo de replay em todas as janelas”.

Lembre-se que o replay se inicia durante o leilão. Portanto, você não deve observar
nenhuma movimentação no gráfico durante os primeiros minutos após o play.

Ok… E agora? Onde comprar e onde vender?

Calma, fique tranquilo! Iremos te ensinar ao longo deste treinamento as principais


estratégias que utilizo nos meus trades e nos meus investimentos.

Contudo, lembre-se: É necessário seguir etapas.

Nesse momento, você não precisa se preocupar com a análise. Vamos começar a
fazer isso na próxima aula. Não fique nervoso se seus resultados forem ruins, o
importante é você testar essas ferramentas e se acostumar com o envio das ordens
da mesma maneira que um mecânico precisa conhecer o básico das ferramentas
antes de começar a arrumar um carro.

Para ele, sua preocupação do primeiro dia não é montar um motor e sim para que
serve cada ferramenta e qual a melhor maneira de utilizá-la.

É exatamente isso que devem fazer essa semana: Aprendam a comprar, vender, abrir
essas ferramentas que te apresentei, configurar sua plataforma do jeito que você
gosta.

Mas atenção! Precisa treinar de maneira correta! Você não precisa se preocupar com
seus resultados, mas operar com tamanho de lotes dentro da sua realidade.

Não quero que você termine este capítulo da primeira aula com a intenção de treinar
corretamente e, no fim, deixar como se fosse uma daquelas promessas de final de
ano, onde prometemos que vamos fazer milhões de coisas e não tiramos nada do
papel.

Tem que ter comprometimento, tem que ter disciplina, tem que ter garra.

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UNIVERSIDADE
AULAS

ATOM
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Módulo 1

Como usar o simulador Atom

Seja bem-vindo a primeira aula e, antes de começarmos os estudos, vou explicar um


pouco sobre o funcionamento do Simulador Atom.

A primeira coisa que você precisa fazer é entrar no site atomsimulador.com.br e você
verá a tela para login

Você vai colocar seu CPF como usuário e a senha é aquela recebida via e-mail com o
título “lembrete de senha de acesso”.

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Tenha cuidado ao copiar a senha de não copiar o espaço junto. Se acontecer, na


hora de colar na sua área de login, não vai funcionar.

Feito o login, você será encaminhado para essa página:

Agora, falando das principais funcionalidades da plataforma, vamos começar pela


SuperDOM.
Clique em “ferramentas” na barra à sua esquerda e depois em SuperDOM. Você terá
a seguinte imagem:

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Essa ferramenta é a forma mais fácil de pendurar as ordens de compra e venda


durante o operacional. No entanto, existe também a boleta Day Trade. Para acessá-
la, basta ir em “ferramenta>>boleta day trade”.

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E para que você possa ver todas as suas ordens, acesse “ferramentas>>lista de
ordens”.

Aqui você consegue ver todas as ordens que foram executadas ou estão em aberto.

Para começar a operar, primeiro você precisa escolher seu ativo. No caso das imagens
anteriores, o ativo escolhido era o WING21; mas, caso você queira mudar o ativo,
basta clicar no símbolo + que aparece do lado do tick no próprio SuperDOM e digitar
o tick do ativo que você quer operar, como por exemplo, o WDOG21, que é o dólar
vigente no momento em que essa apostila é escrita.

Para que você comece a fazer as suas operações, você vai precisar ir em outro e-
mail com a identificação “recuperação assinatura eletrônica”. Tenha cuidado para não
confundir os e-mails, pois tratam de senhas de acesso diferentes.

Copie e cole a senha enviada tanto no SuperDOM ou na Boleta Day Trade, caso
prefira:

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Em ambos os casos, é importante que você clique em “salvar” para não precisar fazer
esse processo todas as vezes que for operar.

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Para vender ou comprar, basta clicar ao lado do preço desejado. O lado vendedor é
identificado pela cor vermelha e o lado comprador pela cor azul. Ao ser executado,
aparecerá na sua lista de ordens, bem como suas ordens abertas, ou seja, que não
foram executadas.

As ordens podem levar segundos ou minutos para serem executadas, dependendo


de como o mercado estiver caminhando no dia.

Para você ver o seu resultado do dia, vá em “ferramentas>>rendimento”. Aparecerá


essa janela para você:

Essas são as principais funcionalidades do Simulador Atom. Então você tem a


SuperDOM, que é uma maneira simples de fazer suas operações; tem a boleta Day
Trade, onde pode comprar ou vender a mercado, selecionar a quantidade de
contratos, mudar o ativo da mesma forma que a SuperDOM; tem a lista de ordens
onde você pode verificar todas ordens que estão em aberto ou já foram executadas;
e tem o relatório de rendimento, que é para te mostrar o seu resultado no dia.

Outra coisa que você pode fazer também, é ir na aba “relatórios”.

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No entanto, esse relatório só é atualizado após o fechamento do mercado, no dia


seguinte às suas operações.

Esperamos que você aproveite bem esse simulador para fazer seus estudos práticos.

Vamos às aulas e bons estudos!

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AULA 1 - INTRODUÇÃO E CONCEITOS

Seja bem-vindo a primeira aula e vamos caminhar juntos nessa nova carreira como
trader.

Vamos começar explicando o que é o Day Trade.

O Day Trade é um tipo de operação que começa e termina no mesmo dia. É


considerada a modalidade de alto desempenho dos especuladores da Renda Variável.

Nesse tipo de operação, pode-se lucrar com a variação de centésimos de centavos


no dólar ou através de mudanças de poucos pontos no índice futuro em operações
que podem durar segundos.

Quem faz esse tipo de operação é chamado de day-trader. São os especuladores


mais famosos e requisitados do mercado, conhecidos por fazerem grande fortuna e
terem um estilo de vida livre e independente.

E o que os day-traders negociam?

Negociam ativos financeiros, como contratos de dólar, contratos de índice, ações e


commodities. Porém, como day-traders, nossas negociações são durante o dia. Ou
seja, não deixamos operações abertas, não dormimos posicionados. Ganhamos
dinheiro com a variação que o Mercado tem no dia.

Dessa forma, não precisamos nos preocupar se a Bolsa vai abrir em alta ou em baixa;
encerramos o dia sabendo exatamente qual é nosso lucro/prejuízo; aproveita as
oportunidades diárias do Mercado e dorme tranquilo, sem medo de ter uma notícia
que vai abalar fortemente a Bolsa e dar prejuízo.

Quem compra em um dia para vender alguns dias depois, perde as oportunidades
diárias e fica sujeito a sofrer impactos negativos com o andamento do cenário macro.

Dando um exemplo prático, imagine que você compre uma bicicleta a R$500,00 e no
mesmo dia, você a venda por R$1.000,00. Você fez um Day Trade.
Na Bolsa de Valores é a mesma coisa. Você compra e vende ações, contratos futuros
e opções no mesmo dia e encerra sua posição.

Além disso, qualquer pessoa pode fazer operações de Day Trade.

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Nos EUA, por exemplo, quase 20 milhões de pessoas vivem exclusivamente desse
tipo de operação.

Aqui no Brasil as coisas ainda estão se iniciando e a Atom vem sendo pioneira nesse
Mercado, financiando novos traders para que não corram risco com o próprio capital.

Agora, algo que muita gente se pergunta é: eu só ganho se comprar barato e vender
caro?

E a resposta é: não!

No Day Trade, você pode ganhar dinheiro vendendo caro e comprando barato, ou
seja, vender algo que você não tem para depois comprá-lo a preço mais baixo.

Se você comprar a um preço mais barato do que vendeu, terá lucro. Se pagar mais
caro do que vendeu, terá prejuízo. Ou seja, nessa modalidade você pode “apostar”
na valorização ou desvalorização do ativo e lucrar em ambos.

É preciso que você entenda que, mesmo em operações de compra, nós não temos
os contratos em nossa posse. Somos apenas intermediários que negociam esses
contratos, comprando de quem vende barato e vendendo de para quem compra mais
caro.

Para ficar mais fácil de entender, veja o seguinte exemplo:

Imagine um corretor de imóveis. Como ele vende uma casa sem ter essa casa? Existe
quem tem a casa e quer vendê-la; assim como tem quem queira comprar essa mesma
casa. O papel do corretor é apenas intermediar entre o vendedor e o comprador.

Nós traders fazemos a mesma coisa.


Então, resumidamente, você pode ganhar em operações compradas, onde você vai
vender a um preço mais caro, ou ganhar em operações vendidas, onde você vai
comprar mais barato do que vendeu.

Agora, vamos entender um pouco de alguns conceitos dentro da operação.

Estar comprado

É quando você compra um determinado ativo e ganha com a valorização, ou seja,


se o preço subir você está ganhando, se o preço cair, você está perdendo.

Estar vendido

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É quando você vende determinado ativo e ganha com a desvalorização, ou seja,


se o preço cair você está ganhando, se o preço subir, você está perdendo.

Estar pendurado

Estar pendurado significa que você colocou uma ordem de compra ou venda em
determinado preço e o mercado ainda não chegou a esse valor. Ou seja, você está
esperando que sua ordem seja executada.

Vantagens do Day Trade

● Dormimos sem nos preocupar com a turbulência externa;


● Operações curtas e rápidas, onde no final do dia já sabemos o quanto
ganhamos e, em caso de perdas, temos outros dias para recuperar;
● Ganhos consistentes e recorrentes;
● A liquidez é maior, o que dá inúmeras oportunidades de ganhar dinheiro e
podemos entrar e sair de uma operação a hora que quisermos;
● Life-Style: Você faz seus horários, trabalha de qualquer lugar, trabalha quando
quiser trabalhar e decide o quanto quer ganhar.

Com tantas vantagens, é comum que você se pergunte se é realmente fácil. E a


resposta é sim! Essa operação é uma das mais fascinantes por serem rápidas e
fáceis. No entanto, elas requerem alguns cuidados, que vamos trabalhar no decorrer
da apostila.

Vamos começar pelo fator que mais derruba os traders novatos: a falta de disciplina.

Os erros mais comuns de quem está começando nessa carreira, basicamente se


devem a falta de disciplina e a mudança do seu stop loss (seu limitador de perdas).

Fique tranquilo! Nós vamos trabalhar esses pontos para que você seja um profissional
de alta performance nessa carreira.

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AULA 2 - CONCEITO TÉCNICO: MERCADOS FUTUROS

Seja bem-vindo a segunda aula, onde vamos falar da parte técnica dos contratos
futuros de dólar e índice.

O que são os contratos futuros?

Um contrato futuro é um compromisso assumido entre duas partes: compromisso de


comprar ou vender determinado ativo, em determinada data, a um determinado
preço.

Os contratos futuros são um importante instrumento financeiro, uma vez que


permitem serem negociados hoje, direitos futuros em condições de incerteza.

OBS: Os contratos futuros de dólar não se trata da moeda comercial, mas sim, de
uma especulação da variação de preço.

Nós operamos contratos sempre do mês seguinte ao que estamos, por isso a
nomenclatura “contrato futuro”. E cada mês corresponde a uma letra diferente.

Por exemplo, a letra que corresponde aos contratos de janeiro é o F. Porém, como
operamos contratos futuros, o dólar de vencimento em janeiro é operado em
Dezembro.

Os contratos futuros podem ser comprados e vendidos como qualquer outro ativo.
Os grandes investidores apostam nas suas tendências para realizar operações de
compra e venda no curto prazo, realizando lucros fantásticos nesse mercado.

Mas, por quê?

Imagine que um produtor de soja aqui no Brasil exporte um navio com a commodity
para a China. Mas a China só vai efetuar o pagamento quando a soja chegar lá, certo?
E vale lembrar que negociações internacionais são feitas em dólar.

Então, ficou acertado com a China que o valor a ser pago pela soja é 1 milhão de
dólares. É um bom preço considerando o quanto está a cotação atual da moeda
norte-americana (1 dólar = R$5,35), ele ganharia 5 milhões de reais.

Mas, imagine que, quando a soja chegar ao país um mês depois, o dólar tenha se
depreciado para R$4,50. O gasto que foi feito em reais seria compensado em dólares

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enquanto a moeda estivesse mais cara que o real. Com o dólar depreciado, esse
produtor de soja fica em déficit.

Para que não haja esse tipo de situação, ele trava essa negociação por meio de
operações vendidas dos contratos de dólar. Nesse caso, caso o dólar realmente fique
depreciado, o produtor trava o lucro que a China irá pagar (4, 5 milhões de reais)
mais o lucro da depreciação dos contratos vendidos e garante o lucro de 5 milhões
de reais.

Entretanto, caso o dólar fique valorizado, ele perde na venda dos contratos futuros,
mas compensa com o pagamento que será feito pela soja. Ou seja, ele vai perder
em um e ganhar no outro para equilibrar a conta e não ficar no prejuízo.

Dólar Futuro

Quando falamos em investimento em dólar, muitos associam apenas a compra da


moeda norte-americana em espécie. Entretanto, essa é apenas uma forma de
investimento.

Os contratos futuros são a melhor forma de alcançar grandes resultados no mercado


financeiro.

Como anteriormente explicado, o dólar futuro nada mais é que um contrato de


compra e venda do dólar para uma data de vencimento futuro, por um preço
estabelecido no momento da operação.

Há dois tipos de contratos: o contrato do dólar cheio (DOL) e o minicontrato (WDO).

A cotação do contrato futuro é sempre expressa pelo valor em reais correspondente


a US$1.000,00.
Nesse caso, cada contrato cheio representa uma movimentação de US$50 mil e é
padrão a negociação de um lote mínimo de 5 contratos, totalizando US$250 mil.

O minicontrato, por outro lado, vale apenas 20% do contrato cheio. Portanto, cada
contrato vale US$10 mil e não há um lote mínimo para sua operação.

Como funciona?

DOL: Operando 5 contratos do dólar cheio, a variação de 1 ponto no contrato


representa um lucro/prejuízo de R$250,00. Ou seja, se você comprar 5 contratos do
dólar a R$5.301,50 e vendar a R$5.302,50, você ganhará R$250,00.

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WDO: Para cada minicontrato operado, a variação de 1 ponto representa um


lucro/prejuízo de R$10,00. Ou seja, se você comprar 1 minicontrato de dólar a
R$5.301,50 e vender a R$5.302,50, você ganhará R$10,00.

É importante dizer que o dólar tem uma variação de 0,5 em 0,5 ponto e, para variar
1 centavo, ele precisa oscilar 10 pontos na faixa de preço. Então não importa onde o
preço está. O valor de 1 ponto será sempre o mesmo.

Ficha Técnica

Código DOL (Cheio) WDO (mini)

Tamanho do contrato US 50.000,00 U$ 20.000,00

Valor do contrato US 50.000,00 x cotação U$ 20.000,00 x cotação

Meses de vencimento Todos os meses Todos os meses

Data do vencimento 1° dia útil de cada mês 1° dia útil de cada mês

Horário de negociação 9h às 18h 9h às 18h

Códigos dos Contratos

Os códigos do dólar cheio e do mini dólar são, respectivamente, DOL e WDO. Porém,
como dito anteriormente, é incluso uma letra referente ao contrato do mês e ao ano
de vencimento.
Então, o código do dólar cheio e do mini dólar com vencimento em fevereiro de 2021
seria respectivamente: DOLG21 e WDOG21.

Abaixo, segue uma tabela com os meses e as respectivas letras do contrato:

Mês Letra

Janeiro F

Fevereiro G

Março H

Abril J

Maio K

Junho M

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Julho N

Agosto Q

Setembro U

Outubro V

Novembro X

Dezembro Z

Importante deixar claro que só é possível operar o contrato do mês seguinte. Meses
e anos anteriores não são possíveis de acessar.

Índice Futuro

Você provavelmente já deve ter ouvido falar do Índice Bovespa, que é uma carteira
teórica composta das ações das empresas mais negociadas na Bolsa de Valores, o
termômetro do Mercado. O Índice Futuro é um contrato derivado desse índice.

Contratos Futuros do Índice Bovespa são acordos da estimativa da sua pontuação


em determinada data de vencimento. Logo, eles são negociados no Mercado Futuro
e sua cotação é aferida em pontos.
Assim como no dólar, há duas modalidades: o contrato cheio (IND) e o minicontrato
(WIN).

Como funciona?

IND: Operando 5 contratos cheios de índice, a variação de 1 ponto no contrato


representa um lucro/prejuízo de R$5,00 (R$1,00 por ponto por contrato cheio). Ou
seja, se você comprar 5 contratos do índice em 117.500 pontos e vender a 118.000
pontos, irá ganhar R$2.500,00.

WIN: Para cada minicontrato, a variação de 1 ponto representa um lucro/prejuízo


de R$0,20. Ou seja, se você comprar 1 minicontrato em 117,500 pontos e vender a
118.000 pontos, irá ganhar R$200,00.

O índice se movimenta de 5 em 5 pontos. Ou seja, cada movimentação na faixa de


preço equivale a R$25,00 (cheio) ou R$1,00 (mini).

Ficha Técnica

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Código IND (Cheio) WIN (mini)

Cotação R$ 1,00 por tick U$ 0,20 por tick

Valor do contrato R$ 1,00 x pontuação R$ 0,20 x pontuação

Meses de Meses pares Meses pares


vencimento

Data do Quarta-feira mais próxima do dia Quarta-feira mais próxima do dia


vencimento 15 dos meses pares 15 dos meses pares

Horário de 9h às 18h 9h às 18h


negociação

Note que, diferentemente do dólar, o índice tem vencimento a cada 2 meses na


primeira quinzena dos meses pares.

Códigos dos Contratos

Assim como o dólar, cada mês tem uma letra referente ao mês negociado. Abaixo
segue a tabela:

Mês Letra

Fevereiro G

Abril J

Junho M

Agosto Q

Outubro V

Dezembro Z

Agora que você já entendeu a parte técnica, está mais perto de se tornar um bom
trader. Você ainda pode estudar um pouco mais sobre os contratos futuros no nosso
nivelamento.

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AULA 3 - CONCEITOS AO OPERAR NA PRÁTICA

Seja bem-vindo a mais uma aula! Nessa aula, vamos relembrar alguns conceitos que
você não deve esquecer ao iniciar suas operações. Vamos lá?

Primeiro, o que é uma operação?

Uma operação é o ato de comprar e vender um determinado ativo, ou vender para


depois comprar. Lembre-se que no Day Trade podemos vender antes de comprar.

Uma operação aberta, é quando você está posicionado (comprado ou vendido).


Já uma operação fechada, é quando você comprou e vendeu ou vice-versa, ou
seja, você não está com resultado em aberto.

Uma posição é quando sua ordem foi executada, ou seja, quando o Mercado chegou
ao preço que você deseja negociar e você passa a estar posicionado. Para fechar
essa posição, é preciso uma ordem oposta à sua posição. Ou seja, se você estiver
comprado precisa executar uma ordem de venda e vice-versa.

Ordem aberta é aquela que não foi executada, ou seja, o Mercado ainda não chegou
àquele preço que você deseja negociar o ativo. É comum nessa situação dizermos
que estamos pendurados em determinado preço de determinado ativo.

A venda (ou sell), é quando você vende um determinado ativo. Essa operação pode
ocorrer por 2 motivos:

1. Você está “apostando” na desvalorização do ativo;


2. Você vende para “fechar” uma posição comprado.

A compra (ou buy), é quando você compra um determinado ativo. Essa operação
pode ocorrer por 2 motivos:

1. Você está “apostando” na valorização do ativo;


2. Você compra para “fechar” uma posição vendido.

No decorrer do treinamento, você aprenderá a identificar quando os ativos estarão


baratos ou caros, de forma a fazer operações inteligentes e lucrativas.

Operar comprado é comprar um ativo, esperar ele se valorizar e vendê-lo no


mesmo dia a um preço superior ao da compra, lucrando com essa diferença. Operar
vendido é exatamente o oposto.

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Quando alguém pensa em se tornar trader, essa é uma das formas mais conhecidas
de obter resultados positivos na Bolsa de Valores.

Agora, o ponto polêmico das operações: os stops.

Esse stop é exatamente o “parar”. Durante uma operação, você vai ter dois tipos de
stops:

1. Stop Gain (objetivo de ganho);


2. Stop Loss (limitador de perdas).

É necessário que você tenha muito claro a importância dos stops. Eles não estão ali
para te prejudicar; mas sim, te proteger. Então, nunca opere sem o seu stop
loss. É o que chamamos de gerenciamento de risco e te mantém vivo nesse
Mercado.

O stop loss é para evitar que você tenha prejuízos muito grandes, a ponto de quebrar
a conta. Ele faz parte da nossa vida. Vez ou outra, ocorrerão perdas. O importante
para sobreviver, é perder pequeno e ganhar mais vezes do que perder. É ter a
disciplina e a autorresponsabilidade de aceitar o erro, assumir o prejuízo e não mudar
esse stop.

Grandes investidores utilizam ordens de stop loss como medida de controle dos riscos
da operação. Isso porque, teoricamente, o preço de um ativo pode cair ou subir a
qualquer momento e ir contra a sua posição. Com o stop loss, você tem garantia de
que, se o ativo chegar a um determinado preço, suas perdas serão interrompidas.

Agora, vamos entender o valor de disparo e o valor limite.

Em seu home-broker, ao cadastrar uma ordem stop, você provavelmente vai ter que
informar dois preços: o de disparo e o limite.

O preço de disparo é o que, quando alcançado, criará uma ordem de venda limitada
pelo preço limite.

Por exemplo, se sua ação está cotada a R$50,00 e você cadastra uma ordem de stop
loss com o preço de disparo em R$45,00 e o preço limite em R$40,00, então se
cotação cair a R$45,00 (disparo), uma ordem de venda limitada é enviada ao valor
de R$40,00 - ou seja, você vai vender a suas ações para qualquer comprador até
esse preço.

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Mas, porquê utilizar um valor limite abaixo do valor de mercado?

O motivo é simples: tentar garantir que a ordem limitada não seja saltada.

E o que seria uma ordem saltada?

Como vimos, quando uma cotação de uma ação atinge o preço de disparo, sua ordem
é enviada pelo preço de limite. Acontece que em rápidos movimentos do Mercado, é
possível que o preço de disparo da ordem do stop loss seja alcançado e,
imediatamente após, não haja mais oferta de compra acima do seu preço limite.

Nesse caso, sua ordem limitada entra para o livro de ofertas para ser executada
quando os preços voltarem. SE VOLTAREM.

Assim, diz-se que a ordem stop foi saltada, porque você não conseguirá mais vender
as ações pelo preço limite - anulando completamente a função do stop loss.
Normalmente, informamos um preço limite abaixo do preço de disparo. Assim,
quando o preço de disparo é alcançado, a ordem de venda limitada é enviada com
um preço abaixo do valor de mercado, aumentando a chance da venda das ações.

Agora, vamos entender o stop gain ou nosso take profit (lucro).

O stop gain permite que o trader finalize uma operação embolsando o lucro após o
sinal proporcionado para que isso ocorresse.

Por exemplo, se você compra uma ação a R$100,00 e acredita que o máximo que ela
vai subir (para depois cair) é R$105,00, você vai programar uma ordem stop gain no
R$105,00.

Quando (e se) a cotação atingir esse valor ou ultrapassá-lo, sua ordem stop gain
dispara uma ordem de venda automaticamente para encerrar sua operação.

Com isso, completamos mais uma aula e, a cada dia que passa, você cresce e evolui
com os conhecimentos. Estude com muita atenção esses conceitos para então partir
para a prática.

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AULA 4 - INICIANDO AS OPERAÇÕES

Seja bem-vindo a mais uma aula! Nessa aula, vamos explicar como realizar suas
operações, que ferramentas usar na plataforma. Lembrando que já demos uma
apresentação no início deste módulo e agora, vamos explicar um pouco mais
detalhadamente.

Operação de Compra

Para realizar uma operação de compra, você precisa preencher os seguintes campos
e passos:

1. Escolher o código do ativo;


2. Quantidade que quer comprar do ativo;
3. O preço que quer pagar;
4. Enviar a ordem.

Há duas formas de enviar as ordens de compra: a boleta e a SuperDOM, conforme a


imagem abaixo:

Hoje, é provável que ninguém use as boletas, pois o SuperDOM é bem mais prático.
No entanto, é bom você saber que existem as duas formas.

Note que, em uma das boletas está a identificação de “compra stop”. E o que seria
isso?

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As ordens de compra stop são aquelas que estão acima do preço de mercado e não
são visíveis a nós.

Operação de venda

Para realizar uma operação de venda, você precisa preencher os seguintes campos
e passos:

5. Escolher o código do ativo;


6. Quantidade que quer comprar do ativo;
7. O preço que quer pagar;
8. Enviar a ordem.

Há duas formas de enviar as ordens de venda: a boleta e a SuperDOM, conforme a


imagem abaixo:

Note que, em uma das boletas está a identificação de “venda stop”. E o que seria
isso?

As ordens de venda stop são aquelas que estão abaixo do preço de mercado e não
são visíveis a nós.

Vamos entender o SuperDom.

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O lado azul é a força compradora, onde você irá pendurar suas ordens de compra e
vai poder acompanhar o fluxo comprador. Do lado vermelho, é a força vendedora,
onde você irá pendurar suas ordens de venda e vai poder acompanhar o fluxo
vendedor.

Abaixo, você pode configurar a quantidade de contratos que quer negociar e decidir
se vai ser uma compra ou venda a mercado, ou seja, se você vai vender ou comprar
no preço que estiver sendo negociado na hora.

O botão zerar é um atalho para encerrar sua posição, caso o Mercado vá contra
você. Dessa forma, você pode minimizar o seu loss.

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O botão invert. significa inverter posição, ou seja, se você estiver comprado e


perceber que o ativo vai se desvalorizar, ao apertar esse botão, a ferramenta encerra
a sua posição e já lança uma ordem de venda automaticamente.

Importante dizer: antes que aconteça a abertura formal do pregão, acontece um


leilão de abertura, para decidir o preço inicial dos ativos no dia. Acontece também, o
leilão de fechamento.

O SuperDOM é usado em conjunto com o gráfico, para que o trader tenha o histórico
de preços e saiba se o ativo está barato ou caro. Tendo feito essa análise, para
pendurar suas ordens, você terá uma estratégia pré-programada com stop gain e
stop loss (que será ensinada e explicada nas próximas aulas) e irá clicar no valor que
deseja negociar. Seu SuperDom ficará assim:

Note que a ordem de venda está em destaque verde e o meu objetivo de ganho está
tracejado alguns ticks abaixo e meu stop loss alguns ticks acima. Ao ser executado,
é enviado um sinal para a corretora e libera as duas ordens de compra, tanto para
gain quanto para loss automaticamente, assim você não precisa ficar ansioso com o
quanto vai ganhar/perder.

Abaixo, está o exemplo de estar posicionado e as saídas automáticas:

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Perceba que, a ordem de compra acima do preço do Mercado, está com a palavra
“stop”. Ou seja, os outros traders não estão vendo essa ordem, assim como você não
vê outras possíveis ordens nesse mesmo preço. Essa é também, sua ordem de stop
loss. Caso o mercado volte contra você, você só vai perder aquele valor pequeno.

Mas agora, como montar uma estratégia?

Uma estratégia é composta pelos 4 itens abaixo:

1. Momento de definição de entrada;


2. Preço de entrada (compra ou venda);
3. Preço de saída com ganho (stop gain);
4. Preço de saída com prejuízo (stop loss).

O conjunto desses 4 itens se dá o nome de estratégia, sendo que o mais importante


é o primeiro item, o momento de execução.

Com isso, encerramos mais uma aula e você está cada vez mais preparado para ser
um trader de alta performance.

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AULA 5 - DISCIPLINA E CONTROLE

Seja bem-vindo a mais uma aula e, com certeza, uma das mais importantes, onde
vamos trabalhar em cima do erro mais comum dos iniciantes: a falta de disciplina.
Vamos começar?

Equilíbrio e boas escolhas

A estratégia é sempre um ponto secundário no mindset do trader. Você como trader,


precisa saber entrar bem, em pontos que possam realmente ser seguros e o proteger.

Já se perguntou porque a maioria das estratégias que são executadas com risco x
retorno favorável quase nunca dão certo?

De modo geral, é a falta de equilíbrio emocional na hora de operar, o que leva o


trader a desrespeitar a estratégia que ele havia se proposto utilizar. No trade, 90%
do seu sucesso depende de uma mente bem treinada no quesito emocional. Os outros
10% vem de uma estratégia bem aplicada no momento certo.

Ou seja, a base de todo trader é a disciplina e o controle de risco, além de uma boa
gestão emocional para seguir a risca a sua estratégia e respeitar o gerenciamento de
risco.

Por quê fazemos questão de falar sobre isso?

Existem 2 coisas que quebram os traders, até mesmo os mais experientes: a


impaciência e a ganância.

Para Warren Buffant, Mercado Financeiro pode ser definido como “mecanismo de
transferência de dinheiro dos impacientes para os pacientes”. Ou seja, os
impacientes tomarão decisões que os farão perder dinheiro.

Aqui na Atom, ensinamos os alunos a aderirem uma estratégia onde o gain é menor
que o loss, pois, a chance do mercado oscilar poucos pontos a nosso favor é muito
maior do que ele oscilar muito pontos contra nós. E com isso, nós temos uma taxa
de assertividade muito alta, o que compensa um eventual loss durante as operações.

E isso requer disciplina para seguir a estratégia à risca: onde entrar, quantos pontos
ganhar, quantos pontos perder sem mudar o stop.

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A disciplina e a gestão emocional são pontos extremamente importantes para o


desenvolvimento dos traders. Está ligada diretamente à educação financeira.

Muitos traders inexperientes acham que a estratégia é o ponto principal a ser


observado no trade. No entanto, os bons traders sabem que a estratégia é o ponto
secundário do mindset.

É preciso estudar o momento em que se deve executar uma operação e entender


realmente como o Mercado funciona.

Há uma regra de ouro que deve ser seguida com afinco, que é a regra dos 7%.

Essa regra, basicamente, funciona na distribuição da sua estratégia: em todos os


trades do dia, o total de perdas não pode superar 7% do seu capital. Ou seja, você
não pode perder mais de 7% do seu capital disponível para risco por dia.

Veja esse exemplo:

Seu limite de perda é R$1.000,00, ou seja, esse é seu limite para investir ou
especular, é o recurso que tem disponível para perder.

7% desse limite seria R$70,00. Esse é o limite total que você pode perder no dia.
Se a sua estratégia dá 2 entradas no dia, você teria R$35,00 para “arriscar”.

Nunca execute uma operação que pode te tirar do Mercado no dia. Há um dia inteiro
de pregão com inúmeras possibilidades.

É essa disciplina, de planejar e executar o planejado que vai fazer com que você se
mantenha vivo e tenha uma boa base na Bolsa. Os maiores traders do mundo tem
uma assertividade de 14 dias positivos para 2 de perdas e 3 de “empate”.

Por isso, não perder capital significativo é mais importante do que ganhar capital
significativo.

NUNCA se esqueça disso! Manter-se vivo, consciente e consistente o fará um


vencedor na Bolsa de Valores.

Veja um exemplo simples de planejamento:

DIA LIMITE PERDA ENTRADAS PERDA P/ META DIÁRIA

313
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TRADE

1 70,00 2 35,00 50,00

2 70,00 2 35,00 50,00

3 70,00 2 35,00 50,00

4 70,00 2 35,00 50,00

5 70,00 2 35,00 50,00

TOTAL 350,00 175,00 250,00

Não se assuste com as perdas serem maiores que os objetivos de ganhos. Se


preocupe em executar o planejamento e ganhar consistência. Repare que a perda
por trade é menor do que a meta, é com esse número que você deve se preocupar:
em ser atingível.

Até aqui, você aprendeu uma das lições mais valiosas: o planejamento, o controle de
risco e a disciplina.

Assim como você monta o seu treino na academia, corrida, ou qualquer outra coisa,
antes de saber qual estratégia você vai usar, é preciso ter esse planejamento. Tenha
foco nisso e com certeza será bem sucedido!

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AULA 6 - MOVIMENTO DE MERCADO

Seja bem-vindo a mais uma aula. Nessa aula, vamos entender como funciona a
movimentação do Mercado e como você pode surfar as oportunidades que ele oferece
da melhor maneira.

Olhando o Mercado de uma forma geral, às vezes temos a falsa impressão de que o
Mercado se movimenta de um preço a outro sem paradas. A maioria dos traders
sofrem ao executar suas estratégias pela volatilidade dos preços ou pela grande
variação que eles possuem até chegar em determinado ponto.

O Mercado se movimenta em ondas, e poucas pessoas conseguem ver o quanto é


simples esse tipo de observação. No nosso nivelamento é explicado um pouco mais
sobre essas ondas na página 199.

Nós ganhamos dinheiro nessas ondas e agora você vai entender como.

Ao contrário do que as pessoas entendem ou vêem nos gráficos, as ondas não são
em V; elas tem um movimento semelhante a imagem abaixo:

Os preços se movimentam de acordo com:

1. Frequência/quantidade de negócios;
2. Tempo/período gráfico;
3. Volume/volume financeiro de negócios.

Vamos analisar com um gráfico:

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Esse é um gráfico de 5 minutos. Como você deve lembrar do módulo de nivelamento,


cada candle representa 5 minutos ou outro período que tenha escolhido.

Observe que no segundo candle verde, há dois pavios: um de máxima e um de


mínima.

Então, em 5 minutos, o Mercado abriu, caiu, recuperou e subiu e uma força


vendedora empurrou novamente o preço para baixo, mas, ainda acima do preço de
abertura.

Essa é a chamada onda e são nessas movimentações que nós entramos, nessas
oscilações entre um candle e outro que surgem as oportunidade de ganhar dinheiro.

Imagine o Mercado como o Mar.

Quanto maior ou menor a frequência do Mar, percebemos o quanto ele está mais ou
menos agitado, junto com o intervalo de ondas entre elas (tempo). O tamanho da
onda que vai nos atingir depende do volume da água. Lembre-se que o Mar sempre
recua, caso contrário, a água entraria completamente no continente.

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Você percebe se os preços poderão começar a subir ou a cair conforme a frequência


que estão sendo atacados, o intervalo de tempo que esses ataques ocorrem e se o
volume financeiro está aumentando ou diminuindo.

Ondas perto da costa, no raso são fracas (fins de movimentos), já as ondas ao fundo
são fortes (início de movimento).

Zonas de Proteção

O conceito de Zonas de Proteção é o mais usado pelos traders da mesa da Atom. Ele
consiste em identificar quais os locais mais “SEGUROS” para colocar suas ordens.
Basicamente, são os locais onde não importa o quanto sua estratégia seja ruim, ela
terá mais chance de dar certo e te dar lucro.

As chaves para o sucesso dessa estratégia é, mais uma vez, os itens que estudamos
na aula passada: disciplina, foco, paciência e planejamento.

O Mercado é uma briga de comprados x vendidos.

Você já sabe que o dólar oscila de 0,5 em 0,5 ponto e o índice de 5 em 5 pontos. Ao
observar a imagem que segue, você vai ver que os preços oscilam, mas para se
deslocarem de um lado para o outro há muitas negociações no meio do caminho (43
e 47). Excluindo a dezena, vocês vão perceber uma coisa óbvia: as maiores
negociações sempre são no meio do caminho entre 3 e 7.

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Perceba que conforme o preço avança para a região acima do 47, o nível de
negociação vai diminuindo; assim como a região abaixo do 43 também diminui o
fluxo de negócios. Portanto, nessas regiões você tem uma Zona de Proteção, pois,
antes de virar o preço, o Mercado irá retrair.

Analisando o book

Entenda que quando um comprador está atacando, então o vendido vai se


defender em algum lugar, e o comprador não vai ter fôlego para atacar na mesma
intensidade. Portanto, gera aí uma Zona de Proteção e uma distorção. O mesmo
acontece quando o vendido está atacando o comprado.

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O patamar 0 foi violado, por isso nossa compra será no 7. Repare que o 6,5 e 6 tem
muita compra. Por isso, esse ponto foi escolhido para comprar: os vendedores
estavam empurrando o preço para baixo.

Caso o Mercado voltasse a caminhar na compra, veja que a região do 55 tem bastante
lote. Então, lá é que está a defesa dos vendidos caso começassem a ser pressionados.
Essa é a chamada Zona de Proteção por Lote.

Onde posicionar uma ordem de compra?

Você vai se posicionar um tick (0,5 no caso do dólar ou 5 pontos no caso do índice)
na oferta grande de compra que você encontrar próxima a região compradora.

É importante você colocar a ordem 6 ticks antes do preço chegar lá, assim,
dependendo da intensidade, você pode alterá-la mais para baixo. Você só irá por
essa ordem quando os vendedores estiverem atacando.

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A saída será colocada 2 ticks acima (1 ponto no dólar e ou 10 ticks no índice) após a
compra e seu stop deve estar 6 ticks abaixo (3 pontos no dólar ou 15 ticks no índice).
Caso você perceba uma força agressora muito forte, deve stopar no mesmo preço
de compra.

Onde posicionar uma ordem de venda?

Você vai se posicionar um tick (0,5 no caso do dólar ou 5 pontos no caso do índice)
na oferta grande de compra que você encontrar próxima a região vendedora.

É importante você colocar a ordem 6 ticks antes do preço chegar lá, assim,
dependendo da intensidade, você pode alterá-la mais para cima. Você só irá por essa
ordem quando os compradores estiverem atacando.

A saída será colocada 2 ticks abaixo (1 ponto no dólar e ou 10 ticks no índice) após
a venda e seu stop deve estar 6 ticks acima (3 pontos no dólar ou 15 ticks no índice).
Caso você perceba uma força agressora muito forte, deve stopar no mesmo preço
de venda.

Com isso, encerramos mais uma aula e você está mais preparado para a nova carreira
que se inicia.

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AULA 7 - SUPORTES E RESISTÊNCIAS

Seja muito bem vindo a mais uma aula! Estudaremos um pouco sobre os suportes e
resistências como referências operacionais.

Tanto os suportes quanto as resistências são regiões de congestão, ou seja, regiões


de preços que o Mercado tem uma dificuldade maior para romper.

Suporte

Como o próprio nome diz, é aquilo que segura, que não deixa continuar caindo. Tudo
que estiver abaixo do preço de Mercado, é um suporte.

Um suporte pode ser visto por gráfico ou pelo book. No gráfico é mais simples de
enxergar e, o que você precisa saber na verdade, é que um suporte gráfico nada
mais é do que a ligação do maior número de pontos e regiões possíveis em dado
período gráfico.

Quanto mais ponto você encontrar na região, mais forte o suporte. É o que
chamamos de “região suja”, ou seja, os preços negociaram muito naquela região.

No book, enxergamos os suportes quando há uma aglomeração de lotes, ou seja, um


número de lotes maior do que normalmente é visto. São nessas regiões de suporte
que compramos.

Como saber se o suporte vai romper

Você precisa estar atento a alguns critérios:

1. Velocidade da queda;
2. Agressividade/frequência das ordens;
3. Amplitude do movimento: se o movimento começou próximo ao suporte, é
provável que aconteça um rompimento. Quanto mais longe se inicia o
movimento , mais difícil que o suporte seja rompido de primeira;
4. Volume das negociações.

Resistências

Como o próprio nome diz, é aquilo que impede, que não deixa continuar subindo.
Tudo que estiver acima do preço de Mercado, é uma resistência.

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Uma resistência pode ser vista por gráfico ou pelo book. No gráfico é mais simples
de enxergar e, o que você precisa saber na verdade, é que uma resistência gráfica
nada mais é do que a ligação do maior número de pontos e regiões possíveis em
dado período gráfico.

Quanto mais pontos você encontrar na região, mais forte a resistência. É o que
chamamos de “região suja”, ou seja, os preços negociaram muito naquela região.

No book, enxergamos as resistências quando há uma aglomeração de lotes, ou seja,


um número de lotes maior do que normalmente é visto. São nessas regiões de
resistência que vendemos.

Como saber se a resistência vai romper

Você precisa estar atento a alguns critérios:

5. Velocidade da alta;
6. Agressividade/frequência das ordens;
7. Amplitude do movimento: se o movimento começou próximo a resistência, é
provável que aconteça um rompimento. Quanto mais longe se inicia o
movimento , mais difícil que a resistência seja rompida de primeira;
8. Volume das negociações.

Vamos ver um exemplo gráfico?

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Repare na primeira linha de baixo para cima.

O Mercado teve dificuldade de romper a região e, ao romper, passou a ser um suporte


forte e esse padrão se repete com as linhas de cima. Todo suporte, depois que
rompido, tende a se tornar uma boa resistência; assim como toda a resistência tende
a se tornar um suporte depois que rompido.

É importante ressaltar que um suporte não vira automaticamente uma resistência no


mesmo dia. É importante observar se os compradores defenderão a região de preço.
O mesmo vale para as resistências.

No entanto, você estudará mais profundamente isso no módulo 2, nas aulas de


análise técnica. Bons estudos!

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AULA 8 - REVISÃO

Estamos chegando ao fim do módulo 1 e você evoluiu muito até aqui.

Para que você vá preparado para o próximo nível do treinamento, vamos fazer uma
revisão de todo conteúdo estudado até aqui?

● Nesse Mercado, nós ganhamos comprando barato e vendendo caro ou


vendendo caro e comprando barato;

● Operando 5 contratos cheios do dólar, você ganhará R$250,00 por ponto.


Operando 1 minicontrato, você ganhará R$10,00 por ponto;

● Operando 5 contratos cheios do índice, você ganhará R$2.500,00 a cada 500


pontos (lembrando que esse ativo oscila de 5 em 5 pontos). Operando 1
minicontrato, você ganhará R$200,00 a cada 500 pontos;

● Posicionado: ordem executada;

● Pendurado: ordem não executada (ordem aberta);

● Sell (venda): aposta na desvalorização ou fechar operação de compra;

● Buy (compra): aposta na valorização ou fechar operação de venda;

● Stop: limite de perda; nunca opere sem o seu stop loss. Isso vai te manter
vivo no Mercado;

● Tenha paciência para operar dentro do seu planejamento, respeitando o


gerenciamento de risco;

● Tenha foco na sua estratégia, mantendo um bom gerenciamento emocional;

● Compramos nos suportes e vendemos nas resistências;

● Suportes e resistências podem ser vistas no book pela quantidade de lotes


maiores que o normal;

● Saiba entrar nos pontos certos, mantendo a disciplina;

● Controle de risco e gestão emocional é a base de sucesso de um bom trader;

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● Não perca mais de 7% do seu capital total por dia;

● Não aposte seu risco total em 1 única operação;

● Lembre-se que vamos ganhar muito mais do que perder, então, não aja por
impulso se o loss vier acontecer;

● Dê preferência para as zonas seguras;

● Nunca deixe de seguir à risca o que nós te ensinamos! Isso te poupará de


muitos tropeços.

Com isso, encerramos o módulo 1, onde você desenvolveu todo um alicerce para se
tornar um trader de alta performance. Não tenha pressa! Reveja os conteúdos várias
vezes até que entenda todos os conceitos e lições ensinadas.

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Módulo 2

AULA 1 - ANÁLISE TÉCNICA

Seja bem-vindo ao módulo 2, onde teremos um estudo mais aprofundado sobre


análise técnica e estratégias. Vamos começar a entender a análise técnica.

Análise técnica, de um jeito simples, trata-se do estudo gráfico. Entenda o gráfico


como se ele fosse um raio-x do mercado, do modo como os traders estão pensando,
pois, nos gráficos ficam registrados os movimentos que só acontecem devido às
ações dos investidores.

Nós enxergamos preços onde as pessoas estão dispostas a negociar e se naquele


preço, houve um grande volume de negociações. Com a análise técnica, nós
estudamos o passado para entender o presente e projetar o futuro, ou seja, nós
estudamos os preços já negociados para entender se o ativo está caro ou barato,
para então, decidir se vamos comprar, vender ou não vamos fazer nada.

Premissas do Mercado

Por que a análise técnica funciona?

1. Os mercados já estão precificados;


2. A história repete-se por si mesma;
3. Os preços se movem em tendência;
4. A formação de preços acontece em ciclos de alta, baixa ou acumulação.

Lembre-se que, se mais pessoas enxergam a mesma coisa que você durante uma
análise gráfica, e toma uma decisão na mesma região de preço, a operação vai
funcionar. Ou seja, se tudo mundo continuar usando a análise técnica, ela vai
continuar funcionando.

Você deve lembrar que no nosso módulo de análise técnica no nivelamento,


estudamos um pouco sobre os momentos do mercado, onde, ele vai subir, acumular
e cair ou vice-versa. Nunca se esqueça dessa regra básica:

O mercado não só cai, o mercado não só sobe.

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E o que seria a acumulação?

É quando o Mercado perde força de tendência. Imagine que você dá um tiro. Em


algum momento você irá se cansar e diminuir o ritmo para recuperar fôlego e
continuar a corrida. O Mercado funciona da mesma maneira.

O que faz o Analista Técnico?

1. Estudar os ciclos econômicos;


2. Busca por padrões recorrentes e tentam alcançar lucro com a repetição desses
padrões;
3. “Feeling’’ de Mercado.

Não ache nada, olhe o gráfico! Não esqueça: nesse mercado, o simples sempre
vence. Se você começar a enxergar no gráfico bulldog invertido, dinossauro
vomitando, se você começar a enxergar no gráfico algo que só você está vendo,
entenda que você não vai ter resultado.

A análise técnica é excelente porque se todos enxergarem que está em um bom


momento de compra ou de venda, o mercado irá caminhar de acordo com a tendência
criada, seja de alta ou de baixa.

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Quanto mais simples for a análise gráfica, mais resultados você terá. Então, não
encha a sua tela com muitos indicadores. Isso vai mais atrapalhar do que te ajudar.
Sim, nós iremos estudar um pouco sobre os indicadores, mas não tente usar todos
os indicadores. Nem é necessário. Um gráfico limpo, que permite você olhá-lo e
entendê-lo, já é o suficiente para obter bons resultados.

Análise Técnica X Análise Fundamentalista

Qual a diferença entre a análise fundamentalista e a análise técnica?

A análise fundamentalista é feita com base em fundamentos, como balanços, DRE,


dados financeiros da empresa. Por exemplo, a Atom tem suas ações listadas na bolsa
de valores. Se você quiser comprar as ações da companhia, vai precisar olhar os
dados da empresa. Ver se ela é saudável financeiramente, se ela possui dívidas, se
ela tem bons lucros. Com base nisso, você irá tomar uma decisão de compra ou não.

Já na análise técnica, não importa muito qual é o fundamento da empresa. Claro,


vamos escolher primeiro as que têm bons fundamentos para não tomar nenhum
susto com alguma notícia negativa referente aquela companhia. Porém, as nossas
decisões serão sempre tomadas pelo o que o gráfico está mostrando.

A análise fundamentalista é mais utilizada para operações de longo prazo e


montagem de carteira de ações. Enquanto a análise gráfica é focada no curto prazo.

Tipos de Gráficos

1. Gráfico de Linha;
2. Gráfico de Barra;
3. Gráfico de Candle Stick Japonês.

Gráfico de Linha

O gráfico de linha serve para pouca coisa, pois só mostra uma informação: o preço
de fechamento. Cada fechamento gera um ponto e esses pontos ligados formam o
gráfico conforme a figura abaixo:

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Gráfico de Barras

O gráfico de barras possui mais informações. Ele mostra o preço de abertura, de


fechamento e a oscilação do dia, conforme a próxima figura:

Gráfico de Candle Stick Japonês

Esse é o favorito dos traders, pois mostra o preço de abertura, o preço de


fechamento, o preço mínimo e o preço máximo.

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Note que o primeiro candle é positivo, pois ele abriu em um determinado preço e
fechou em outro preço muito acima da abertura. O segundo candle é negativo
justamente pelo contrário. Ele abriu caro, mas caiu e fechou mais barato.

No terceiro e quarto candles, tem duas barrinhas, uma acima e outra abaixo. Nós as
chamamos de “sombras do candle’’. Elas mostram o valor máximo e o valor mínimo
que o candle atingiu. Porém, para que forme essas sombras, uma força oposta a
tendência teria empurrado o preço na direção contrária.

Por exemplo, o candle positivo abriu em determinado preço e caiu. Porém, os


compradores acharam muito barato e movimentaram os preços para cima, ganhando
força até determinado valor, onde os vendedores consideraram muito caro e
entraram vendendo, empurrando o preço para baixo, porém, ainda acima do preço
de abertura.

Importante que você observe e entenda os candles, pois eles farão parte da sua
rotina.

Formação dos Tempos Gráficos

● Diário: Cada candle representa um pregão;


● Semanal: Cada candle representa todos os pregões da semana;
● Mensal: Cada candle representa todos os pregões do mês;
● Anual: Cada candle representa todos os pregões durante o ano.

Veja a diferença entre os candles de um gráfico semanal para o mensal:

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Gráfico Semanal Dólar Futuro

Gráfico Mensal Dólar Futuro

Cada um desses candles representa uma semana ou um mês. Agora, existe uma
outra classe que mostra o que aconteceu durante um pregão, são os chamados
gráficos intraday.

Em um gráfico intraday o intervalo utilizado corresponde a, normalmente, alguns


minutos. Os mais utilizados são: 1 minuto, 5 minutos, 15 minutos, 30 minutos e 60
minutos.

Esse tipo de gráfico é muito mais interessante para nós day-traders, que realizamos
operações com base na movimentação diária.
Veja o exemplo dos gráficos de 5 e 15 minutos:

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Gráfico Intraday Dólar Futuro 5 minutos

Gráfico Intraday Dólar Futuro 15 minutos

Novamente, percebe como os candles mostram uma movimentação única em cada


tempo?

Nós costumamos usar o gráfico de 5 minutos, pois ele é mais prático para nossas
tomadas de decisão durante o pregão. É o tempo de você olhar e entender o que
está acontecendo no mercado e tomar a sua decisão.

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Linhas de Tendência

As linhas de tendência são as linhas imaginárias, traçadas entre os topos e fundos,


que demonstram o caminho que o mercado está tomando: alta, baixa ou lateralizado.

Note que, como foi dito no começo desta aula, o mercado não só cai, ele não só
sobe. Ele tem topos e fundos. Isso acontece devido às negociações que acontecem
o tempo todo e movimentam o mercado.

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Quando você for traçar linhas de tendência de alta, você vai traçar pelos fundos.
Perceba que na imagem, a linha atravessa o gráfico tocando o máximo de fundos
possiveis.

Na linha de tendência de baixa, você irá traçar pelos topos. Veja a segunda imagem
e perceba a linha atravessando o gráfico tocando o máximo de topos possíveis e que,
esses topos estão cada vez mais baratos que o topo anterior.

Na imagem a seguir, você vai conseguir visualizar ambas as tendências e, vai notar
a lateralização que costuma anteceder uma forte movimentação no mercado:

Então, traçar as suas linhas de suportes e resistências vai te ajudar a identificar


movimentos mais longos e a ganhar mais dinheiro a longo prazo.

Números de Força

Memória das Massas

Esse é um conceito importante, que você vai usar muito. A memórias das massas
nada mais é onde os seus suportes e resistências serão traçados.

O que isso significa?

Nós levamos em consideração no gráfico, olhar onde o mercado teve mais dificuldade
de continuar a tendência. Onde houve maiores negociações de compras e onde teve
maiores negociações de vendas. Esses preços, geralmente, serão sempre respeitados
porque as pessoas vão lembrar das operações que fizeram naquele preço e tendem
a repetir o comportamento.

Relembrando que, um suporte é onde o mercado teve dificuldade de continuar


caindo. A resistência é onde o mercado teve dificuldade de continuar subindo.

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No módulo “Análise Técnica” do nivelamento, explicamos detalhadamente sobre os


suportes e resistências e como é possível realizar estratégias de Zonas de Proteção
e VWAP. Falaremos mais das estratégias nas próximas aulas.

O importante é que, independente de qualquer estratégia que você use, você precisa
saber até onde ela pode ir. Quanto mais forte for as suas linhas, maior a chance de
você lucrar mais.

Gaps

Os gaps são aqueles “buracos” do gráfico intraday que aparecem entre um pregão e
outro. Veja a imagem:

Basicamente, é quando o Mercado abre em um preço muito diferente do que ele


fechou anteriormente. Bastante atenção, pois o mercado tende a fechar esses gaps.
Você irá perceber os padrões conforme vai operando e prestando atenção nos
movimentos.

Simetria

O Mercado, em alguns momentos, opera com uma ace duplicada da primeira metade
do seu movimento. Quando isso acontece, aparecem as figuras de impulsão e
reversão que movimentam o Mercado como padrão dos gráficos.

No entanto, o Mercado não é para ser decorado, e sim entendido. O que vai ser
explicado aqui é para que você entenda melhor o movimento.

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Figuras de Impulsão

Padrões que surgem repetidamente ao longo do tempo, como por exemplo a imagem
abaixo:

Ombro-Cabeça-Ombro

No mercado há topos e fundos, certo? Note que o segundo topo é maior que o
primeiro e o terceiro menor que o segundo. Isso aconteceu porque o mercado
reverteu a movimentação para uma queda. Você percebe que o mercado está
perdendo força de tendência.

Porém, veja que o Mercado teve dificuldade para passar a linha de suporte traçada.
Entendeu a importância das suas linhas serem fortes, de seguir a memória das
massas?

Quem gosta de operar tendências, utiliza muito dessa figura para projetar suas
operações, pois é um sinal de queda do mercado. Eles projetam da “linha do pescoço”
até a “cabeça” a pontuação e projetam a queda com base nesse valor.

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Ombro-Cabeça-Ombro Invertido

É a mesma coisa, porém, a projeção agora é para uma tendência de alta. Note que
o terceiro fundo é menor que o segundo, indicando que o mercado perdeu força na
queda e vai iniciar uma movimentação de alta.

Topos Duplos

Note que o Mercado veio de uma alta e bateu 2 vezes na resistência. Ao virar a
tendência, ele cairá com força depois de romper um suporte.

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Fundos Duplos

Assim como nos topos duplos, o mercado vem de uma forte tendência de queda e,
ao romper uma resistência, irá rasgar para cima.

Três Montanhas

Nesse caso, temos três topos, identificados por A, B e C. A ideia é semelhante ao


topos duplos e, assim como no caso anterior, temos as três montanhas invertidas:

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A próxima imagem é chamada de três rios. Basicamente, é pegar as linhas de suporte


e resistências e projetar uma alta.

Perceba que todas essas figuras têm como base os suportes e resistências.
Independente de como você vá operar, é extremamente necessário que você trace
essas linhas, ligando o maior número possível de topos e fundos, pois é isso que vai
lhe garantir resultados dentro desse mercado.

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Importante que você trace suas linhas um dia antes de operar, depois que o mercado
fechar. Assim você tem mais clareza no que está vendo e não vai ficar ansioso. Todos
os dias, trace suas linhas, todos os dias apague suas linhas e as retrace, para que
você não fique enviezado.

Uma dica, é começar analisando o gráfico diário, para entender os preços macro,
analisar o gráfico de 5 minutos para entender o que os investidores estão pensando
naquele momento e traçar suas linhas no gráfico de 6P no dólar e 30P no índice, pois
você enxerga claramente os preços que o mercado brecou.

Na próxima aula, vamos entender melhor os candles. Por hora, estude este material
e trace suas linhas seguindo o que foi passado aqui.

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AULA 2 - ANÁLISE TÉCNICA: CANDLES

Seja bem-vindo a segunda aula do módulo 2. Nessa aula, vamos entender melhor os
candles e como podemos entender o que o mercado está dizendo através deles.

Observe a imagem dos candles abaixo:

Não é necessário decorar os nomes de cada candle. Apenas entenda o que cada um
deles quer dizer no contexto de mercado, okay?

Cada candle desse possui informações que nos ajudam a analisar o mercado e a
tomar decisões certeiras. O único candle que você precisa saber o nome, é o Doji, os
candles da segunda fileira. Mas já falaremos sobre eles.

Não esqueça que essas sombras representam os preços da mínima (valor mais baixo
negociado) e os preços da máxima (valor mais alto negociado) dentro do período
gráfico que você escolheu.

Candles long days

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Os dois primeiros candles, mostram que o mercado estava em uma tendência certa
e forte. No verde, ele abriu barato e fechou caro, na sua máxima; enquanto que o
vermelho, abriu caro e fechou mais barato, em sua mínima.

No segundo candle, você percebe a formação de sombras. Ou seja, no caso do candle


positivo, ele abriu em determinado preço e se desvalorizou. Os compradores
entraram subindo o preço até uma máxima, onde o mercado tomou fôlego e caiu um
pouco, mas, ainda acima do preço de abertura.

Já o candle negativo, ele abriu caro, se valorizou mais até os vendedores entrarem e
empurrarem o preço para baixo, em sua mínima e também fechamento.

Estes candles geralmente são os mais comuns.

Candles short days

Neste exemplo, você tem sombras grandes e corpos pequenos. Isso quer dizer que
o mercado está sem força. Ele já oscilou entre mínima e máxima dentro de uma
tendência e agora, está sem saber ao certo se continua seu movimento.

Você vai vê-los muito em regiões de lateralização, depois de candles muito


expressivos.

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Dojis

Agora, vamos falar sobre os dojis. Veja o primeiro candle e perceba que ele lembra
uma cruz.

Esse candle mostra que ele abriu e fechou no mesmo preço. E o que isso significa?
De modo simples, significa que o mercado está incerto e, geralmente, ele antecede
uma reversão de tendência.

No próximo, você percebe que ele caiu bastante e fez uma mínima, porém, os
compradores empurraram o preço para cima novamente e o fez fechar no mesmo
preço que abriu. Ele mostra uma força compradora, ou seja, um mercado comprador
e mais propenso à alta.

O terceiro, já é ao contrário. Ele abriu barato, se valorizou demais e os vendedores


empurraram o preço até o de abertura. É a força vendedora, um mercado vendedor
e mais propenso à queda.

O quarto candle, apesar de parecer apenas um tracinho, nos diz muita coisa sobre a
liquidez do papel. Ele é um candle que abre e fecha nos mesmo preço sem oscilação.

Acontece em papéis com baixa negociação, como as small caps, ou, no caso dos DIs,
o volume de negociação naquele preço é tão alto que o mercado não consegue
oscilar, pois os vendedores e compradores estão batendo forte naquele preço.

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Spinning Tops

Note que, este candle mostra sombras muito maiores que o corpo do candle, o que
pode significar uma possível reversão de tendência. É importante ter muita atenção
a esses candles, pois mostram a incerteza dos investidores quando a direção do
mercado.

Lembre-se que, quanto maior for a sombra, mais mostra que o mercado não teve
força para continuar com o seu movimento e uma reversão pode acontecer.

Paper Umbrella (Martelos)

Os dois últimos exemplos, são chamados de martelos. O candle positivo abriu em


determinado valor e se desvalorizou. Os compradores empurraram o preço para cima
e tiveram força o suficiente para fazer uma máxima e fechar no candle naquele preço.

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No candle negativo, ele abriu caro e se desvalorizou. Os compradores empurraram o


preço para cima, mas não conseguiram continuar o movimento e fecharam abaixo
do preço de abertura.

Em ambos os casos, os candles vem mostrando qual força tem dominado o mercado.
Lembrando que não é apenas para olhar um candle isoladamente. Você precisa
entender o contexto do mercado no dia e como está a mente dos investidores para
o ativo naquele dia.

O mercado nunca é o mesmo todos os dias e você precisa estar atento às suas
movimentações.

Figuras de Reversão

São figuras que representam o fim ou a diminuição de força de uma tendência.


Geralmente, essas figuras acontecem nos topos e fundos de uma linha de tendência
e se tornam mais fortes se coincidem com um suporte ou resistência.

Os candles anteriores são exemplos práticos. Contudo, vale lembrar que não há uma
garantia de reversão de tendência. É para você se manter atento à movimentação,
pois o mercado demonstrou cansaço naquele momento. Veja os exemplos a seguir:

Martelo

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Martelo Invertido

Shooting Stars
“Enforcado”
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Estrela da Manhã

Esse último é o mais claro em questão de reversão de tendência. É muito comum


você vê-lo com certa frequência quando o mercado muda de direção.

Nos pontos onde este candle se forma é bom para estar comprando (em caso dele
estar próximo a um suporte) e bom para estar vendendo (em caso dele estar próximo
a uma resistência). Além disso, quanto mais próximo da mínima ou da máxima do
dia melhor, pois o nosso stop ficará protegido. Vamos entender melhor quando
estudarmos as estratégias.

O mesmo vale para a chamada Estrela da Noite, como mostra a imagem a seguir:

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Engolfo de Alta

Esse é um candle interessante. Ele abre mais barato que o candle anterior e fecha
ainda mais caro. É como se ele “engolisse” o candle anterior, como mostra a figura
a seguir:

Só tenha cuidado com o tamanho desse engolfo. Se ele sai de um preço muito baixo
sobe para um muito mais caro e muito rápido, é provável que haja uma realização
de quem comprou na mínima.

O mesmo vale para uma movimentação contrária:

,
Considerações Finais sobre os Candles

● Os que estão comprados, querem vender;


● Os que estão vendidos, querem comprar;
● Os que estão pendurados, querem comprar ou vender;

Nunca se esqueça da contraparte: quem compra quer vender e vice-versa. E é isso


que faz o mercado oscilar e stopar muita gente. Então, se você lembrar que o candle

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te mostra o que já aconteceu e o que você faria se estivesse dentro desse candle,
você já elimina 90% dos possíveis stops.

Na próxima aula, vamos estudar sobre estratégia. Para que você fique mais
preparado, estude bem os candles apresentados nessa aula e os intérprete, busque
entender o candle dentro do cenário do mercado.

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AULA 3 - ESTRATÉGIA VWAP

Seja bem-vindo a mais uma aula e tenho certeza que você já estava ansiosa por
estudar a estratégia e entendê-la para ganhar dinheiro com um movimento um pouco
mais longo.

O primeiro ponto da estratégia da VWAP é a paciência. Você esperar o momento que


o mercado chega nos pontos ideais para executar a estratégia com sucesso e ter
lucro.

São os pontos próximos a máxima para venda, pontos próximos a mínima para
compra e pontos próximos a VWAP.

Então, você precisa estar no controle de si mesmo. Não tente controlar a situação. O
mercado é incontrolável. Controle a sua reação frente aos movimentos. Uma dica
para se manter no controle, é estar bem consigo mesmo. Cuide-se! Se você está
bem, as coisas fluem bem também.

Não pule etapas! Os seus resultados são proporcionais à sua disciplina e dedicação.

Esse é um assunto longo e será dividido em 2 aulas. Nessa aula, vamos estudar os
seguintes pontos:

● O VWAP;
● Estratégia;
● Entender o mercado (máximas, mínimas, ajuste e VWAP);
● Programar a estratégia;
● Stop no 0x0 (gestão de risco).

Na segunda parte, vamos estudar:

● Formas de conter a ansiedade;


● Identificar quando podemos alongar mais a operação;
● Como operar os minicontratos pode ser vantajoso.

As estratégias que vamos trabalhar são chamadas de #Telesena e #Megasena e,


consistem em saídas parciais, onde você pode ganhar mais pontos e
consequentemente, mais dinheiro.

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O que é o VWAP

O Preço Médio Ponderado pelo Volume, do inglês Volume-Weighted Average


Price (VWAP), é frequentemente usado como nível de referência nos processos de
negociação de investidores que agem o mais passivamente possível em suas
execuções. Muitos fundos de pensão e, alguns fundos mútuos, também se
enquadram nessa categoria.

O principal objetivo do VWAP é assegurar que o investidor que executa a ordem, a


realize em sincronia com o volume do mercado.

Para usar esse indicador, você precisa adicioná-lo no seu gráfico e no seu SuperDOM.

No gráfico, clique na aba “indicadores” e ele será a última opção. Ao inseri-lo, ele
aparecerá como uma linha laranja, conforme a imagem:

No SuperDom, você vai clicar com o lado direito do mouse e na aba “visibilidade”
aparecerá algumas opções e você deve clicar em “coluna de anotações”.

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No SuperDOM, aparecerá assim:
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Se tratando de um indicador de preço por volume, ele irá se movimentar ao longo do


dia conforme as operações de compra e venda acontecem.

O VWAP é um ponto de respiro do mercado, ou seja, é quando o mercado dá uma


freada na tendência. Se ele subir demais, ele tende a cair e se recuperar ao tocar na
VWAP.

E, juntamente com essa análise, nós precisamos estar atentos ao SuperDOM, para
ter certeza se há uma força defendendo aquela região e que pode movimentar o
preço.

Imagine que o Mercado tenha chegado ao preço de 5.355,00 e no 5.354,00 tem 300
contratos de compra. É uma região que está sendo altamente defendida. Sendo

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assim, é seguro fazer uma operação de compra ali, porque tem muitas pessoas
fazendo o mesmo e isso vai segurar o movimento do mercado.

Agora, vamos entender o ajuste diário.

O chamado “ajuste anterior”, que também aparecerá na sua coluna de anotações no


SuperDOM, é uma referência para quem vai operar no começo do dia.

Máximas e Mínimas

Imagine o Mercado com duas pernadas: do meio para cima e do meio para baixo.
Essas são as formações de mínimas e máximas.

O legal da VWAP é que você pode comprar próximo a essa região, com o objetivo de
ir para a máxima ou vender com o objetivo de chegar à mínima. Ou seja, lucrar com
o movimento longo do Mercado.

É interessante montar estratégias que possamos negociar perto da mínima, o


Mercado se valoriza e perde força na região do VWAP, e é nessa região que vamos
vender. O mesmo vale para as operações de venda.

Então, será nessas três regiões que vamos operar: mínimas, máximas e VWAP. Pense
nessas regiões como a borda de uma piscina. Quanto mais perto da borda, mais
seguro é.

Nunca se esqueça que:

● Tanto os compradores quanto os vendedores estão no game. Fique do lado


do mais forte;
● Não tente antecipar o Mercado. Isso é impossível;
● O Mercado não segue uma linha contínua. Ele oscila.

Opere sempre o mais próximo dessas regiões. No dólar, de preferência de 1 ponto


de diferença, assim, mesmo que o Mercado oscile, a chance de você tomar um stop
continua pequena.

Por isso, reforçamos aqui a importância de ter paciência. Além dessa estratégia
aproveitar o movimento, não preciso operar várias vezes ao dia, pois você consegue
pegar mais pontos e ganhar mais dinheiro se obedecer as regras do jogo.

E agora, vem a cereja do bolo: qual o meu loss e qual o meu gain?

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O loss é de 3 pontos, como ensinado no módulo 1. Mas, qual é o seu gain? Com essa
estratégia, você consegue decidir. Você pode ganhar com 1 ponto e 3 pontos, só
para começar. Conforme você vai pegando na prática, você pode evoluir para 5 e 10
pontos.

Porém, se você pegar um dia em que o mercado entrou numa forte tendência de
queda ou alta, por qualquer motivo, você pode lucrar com um movimento muito
maior e pegar mais pontos e pagar pouca corretagem e emolumentos. Ou seja, mais
grana no seu bolso.

Programando a estratégia

Que tal agora, programamos a estratégia no seu SuperDOM?

Antes de falarmos dos stups, vou lembrá-lo de nunca mudar a estratégia.

A #Telsena consiste em uma estratégia de saídas parciais e pode ser usada em


qualquer ativo. No dólar, as duas saídas serão com 50% do lote total, seu loss é de
100% e, na primeira saída, você vai pegar 1 ponto e na segunda 3 pontos.

No SuperDOM tem uma aba própria para configurar a estratégia. Nas imagens a
seguir você conseguirá visualizar melhor:

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Ao clicar no ícone verdinho, você poderá configurar a #Telesena:
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Pronto, agora que você configurou essa estratégia, vamos dar um exemplo de como
utiliza-la.

Imagine que você comprou o dólar a 5.337,50. Seu stop loss será no 5.334,50 (3
pontos) e seu primeiro gain será no 5.338,50 e depois no 5.310,50. Quando o
Mercado pegar o seu primeiro ponto, você vai arrastar seu stop loss para o 0x0, ou
seja, 1 ponto abaixo do seu preço de entrada. Assim, caso o Mercado oscile contra
você, você não ficará no prejuízo.

Se acaso você perder o time de entrada, não arraste a ordem para o preço que está
sendo negociado. Você estaria desrespeitando o operacional e diminuindo a chance
de ganhar, pois o mercado pode oscilar e pegar seu stop ao invés do gain.

Okay… mas, e se o mercado tiver espaço para um movimento maior que 3


pontos?

Se você estiver bem posicionado, ou seja, perto da mínima ou da máxima e sair seu
primeiro ponto, você vai procurar a VWAP no seu SuperDOM e pode arrastar o seu
segundo gain até a região do indicador.

Essa é uma estratégia para quando o mercado freia o movimento. Não a use para
operar rompimento de suporte e resistência. Apenas nas regiões ensinadas aqui. Não

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esqueça do exemplo da borda de piscina. É seguro? É onde o mercado vai brigar e


há uma força defendendo a região? É onde você vai se posicionar com a #Telesena.

No índice, você irá fazer o mesmo processo para salvar a estratégia. Porém, no seu
primeiro gain será 20 ticks e o segundo e 30 ticks, ou seja, 50 e 150 pontos de gain
e 30 ticks de loss.

É a mesma coisa: saiu seu primeiro gain, arrasta o stop para o 0x0; entre sempre
próximo a mínima, a máxima e a região do VWAP.

Em ações, você pode programar conforme a figura abaixo (será contado 10 ticks, ou
seja, 10 centavos visto que as ações se movem de 1 em 1):

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Lembrando o Stop

No módulo foi bastante trabalhado a questão da importância de se ter um stop loss.


Pense nele como o airbag de um carro. Você não quer bater o carro, mas não
depende apenas de você. Se acontecer um acidente, o airbag vai te proteger; assim
como se o mercado virar contra você, o stop loss vai limitar suas perdas e você se
mantém vivo para voltar a operar no outro dia.

Não mude a estratégia, uma vez no 0x0, não volte atrás com o stop. A vantagem da
#Telesena é, conforme o mercado vai andando a seu favor e você vai alongando o
seu gain, você pode arrastar seu stop para o mesmo preço que você ficou
posicionado. Uma vez que você está no lucro, aceite o que você ganhou, mas não
deixe o mercado pegar de volta, não entregue o seu ganho por não querer que o
mercado pegue o seu loss.

Quanto melhor você estiver na operação, mais tempo você fica nela e mais
você ganha.

Só tenha cuidado para não deixar se levar pela ganância. Esteja atento ao mercado!
Você está no controle. Para o bem ou para o mal você é totalmente responsável pelos
seus resultados.
Como gerir os lotes

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Para responder essa pergunta, você precisa saber o seu limite total de contratos para
operar. Nunca opere com mais de 50% do seu lote total. Os ganhos são altos com
mais lotes? Sim, contudo, é mais corretagem, é mais emolumentos e se você tiver
que stopar, o prejuízo será enorme também. Não vá all win, o Mercado não é poker.

Preço Médio

Nunca faça preço médio se o mercado estiver contra a sua posição. Se você estiver
comprado e ele estiver caindo, stopa a operação. Não compre mais.

O preço médio só é feito quando o mercado está a favor da nossa posição. É seguro
e inteligente fazer dessa forma. Se você tem um lote sobrando, opere por zona de
proteção, rompimento, mas não faça Preço Médio se o mercado estiver contra você,
combinado?!

Dicas de Ouro

● A menor parte dos lotes será usada nessa operação;


● As saídas parciais te ajudam por conta do movimento mais longo;
● NÃO faça outra operação após tomar um stop.

Essa última é de extrema importância para que você mantenha o seu psicológico
estável. É comum depois de um stop querermos recuperar e ter um pequeno
“sentimento vingativo”. E isso não deixa com que olhemos o Mercado de forma
racional. O que leva a um erro atrás do outro.

Então respire, saia do computador, faça qualquer outra coisa que não seja referente
ao mercado e depois você volta e analisa o seu erro. Vamos falar um pouco mais
sobre isso na próxima aula.

A chave do sucesso está no controle. Não tenha pressa, não se afobe! O mercado
está aí todos os dias. Você pode fazer o resto da sua vida.

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AULA 3.2

Seja bem-vindo a mais uma aula. Nessa parte 2 da aula 3, vamos falar da relação
entre a ansiedade e a execução da estratégia, seja ela a #Telesena, zonas de
proteção ou qualquer outra. Em todo caso, é preciso ter essa gestão emocional
para ir bem nas operações.

Para você ser um trader com bons resultados, você saber como controlar a sua
ansiedade. E como fazer isso?

Primeiro, o Mercado fica o dia todo se movimentando na sua frente. Ou seja, quanto
mais você o olha, mais vontade você sente de clicar. Então a primeira dica é: limite
o tempo que você fica em frente a tela.

Opere apenas nas verdadeiras oportunidades. Você reconhece os pontos de


oportunidade fazendo seu planejamento, ou seja, traçando os seus suportes e
resistências.

Saiba o que você está buscando no Mercado aquele dia, qual o resultado que você
quer e como você vai conquistar esse resultado. É operando rompimento? É operando
zonas de proteção? É apenas usando a #Telesena? Tenha isso bem definido antes
de entrar no mercado.

Nós já estudamos a importância de traçar suas linhas todos os dias. É o seu ritual
fazer isso antes de dormir. Essas linhas vão te ajudar a ter mais paciência, pois traçá-
las todos os dias vai deixar mais claro o que você está buscando.

Não invente moda!! Espere chegar nos pontos certos para executar sua estratégia.
No caso da #Telesena, são as mínimas, as máximas e a VWAP. Apenas esses pontos.
E se não chegar, aguarde a próxima oportunidade. Terão muitas, acredite.

Além disso, o autocuidado é muito importante para a performance em qualquer área


da vida, inclusive no Mercado. Então, se alimente direito, durma bem e o suficiente,
faça atividade física. Não esqueça que seus resultados são apenas o reflexo das suas
escolhas e disciplina. Quando você está bem, as coisas fluem bem.
Gaste tempo apenas observando o mercado, estudando e entendendo seus
movimentos. Não execute nenhuma ordem. Apenas olhe e conheça o mercado.

Às vezes, não operar também é operar. Não perder também é ganhar.

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Então sim! É normal não operarmos um dia ou outro. Não é porque somos day-
traders que temos que fazer isso todos os dias. Podemos tirar um dia ou dois de
folga. Não vai fazer falta porque quando voltarmos, o mercado estará nos esperando,
com múltiplas oportunidades.

Seja mão de vaca, só entre o seu dinheiro vai valer o risco, onde seu mindset não
será abalado, onde você tem chance maior de ter resultados.

Você tendo essa gestão emocional, você treinando e seguindo à risca o que estamos
ensinando aqui, ficará mais fácil você obter sucesso com as suas estratégias e alongá-
las quando for conveniente.

Como identificar esse momento?

Se estiver praticando a paciência, vai notar alguns sinais que o mercado dá e vamos
entendê-los agora.

Quando a operação pode ir além

Para começar, respeite a tendência principal. Não tente antecipar o mercado nem
adivinhar o que vai acontecer. Ele é feito por pessoas e pessoas são imprevisíveis.
Apenas respeite o mercado.

Se lembre que estar bem posicionado garante uma operação um pouco mais longa,
com mais pontos e mais dinheiro. Então quando você entra próximo a uma mínima
e próxima a VWAP e ela sobe conforme entra compradores, mais difícil é para você
tomar um stop, mesmo no 0x0.

Quando estiver no 0x0, acompanhe o mercado. Quando você aplica a técnica de


apenas observar o mercado sem clicar, você treina a sua mente a ficar mais tranquila
e, no momento de operar e alongar o gain, não vai ficar suando frio, mexendo a
perna ou com estômago revirado de ansiedade.
Entretanto, nesse alongar o gain, você precisa ter cuidado com um dos maiores
inimigos dos traders: a ganância.

Você precisa tomar cuidado em não ser ganancioso quando perceber que pode
ganhar mais. Esse sentimento vai cegá-lo e, quando voltar ao seu estado natural, vai
lamentar o seu comportamento.

Quanto mais bem posicionado e maior for a variação entre máxima e VWAP ou entre
mínima e VWAP, mais pontos você pode ganhar. Essa estratégia é a #Megasena.

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A #Megasena é para ser usada quando o Mercado tem uma distância razoavelmente
grande entre a mínima e a VWAP ou entre a máxima e a VWAP. Se tem espaço para
o mercado correr, você pode arrastar a sua ordem e aproveitar ainda mais o
movimento.

Um cuidado que deve ser tomado e lembrado, é que o Mercado cansa. Você vai
perceber quando começar a aparecer lotes na força contrária a tendência. Se ele
estiver em momento de alta, os lotes vendedores em algum momento irão começar
a aparecer com mais peso. São nesses momentos que você deve estar atento para
zerar sua posição.
Além disso, fique atento ao tamanho dos candles no gráfico de 5 minutos. Eles
começaram a ficar pequenos, com sombras, é um sinal de cansaço e o mercado
começa a ficar lateralizado, você zera a operação.

Essa é uma operação para dias em que o Mercado está com um sentido certeiro.
Quando ele está indeciso, lateralizado, não invente moda e use a #Telesena.

Operando Minicontratos

Geralmente, grandes bancos e instituições operam os contratos cheios de dólar e


índice e as pessoas físicas operam os minicontratos. Sendo assim, os minicontratos
possuem uma volatilidade maior devido à ansiedade da pessoa física; o que requer
um certo cuidado durante o operacional.

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O mercado de dólar cheio é diferente do mercado de mini dólar. Nós usamos o


contrato cheio como um parâmetro de acompanhamento do mercado. E por isso que
usamos uma ferramenta chamada cross order.

No cross order, nós operamos o minicontrato, porém, olhando o book do cheio, tendo
como referência os lotes posicionados no dólar cheio. Para ativar a ferramenta, basta
clicar com o botão direito no seu SuperDOM e selecionar a opção. Aparecerá uma
faixa vermelha indicando que está ativo, conforme a imagem a seguir.

A grande vantagem de operar o mini é justamente as saídas parciais. Lembra que no


módulo 1 estudamos que para o operar o mercado cheio é preciso o lote de 5
contratos? Se fosse fazer uma saída parcial, teria que expor muito capital. Não é um
risco inteligente de se tomar.

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Agora com o mercado mini, você pode fazer essas saídas parciais, ganhar mais
pontos, expondo menos capital e pode ter lucros tão bons quanto se operasse o
contrato cheio.

Situações possíveis no Mercado

Você tem a oportunidade da:

● VWAP> Ajuste;
● VWAP>Máxima;
● VWAP>Mínima;
● Mínima>VWAP;
● Máxima> VWAP.

Essas são as regiões que você vai ter mais espaço de movimento e poder atuar com
as saídas parciais.

Sempre que entrar numa operação, certifique-se que abaixo (se estiver comprado)
ou acima (se estiver vendido) tem lotes defendendo a região, para comprar ou vender
na VWAP, enxergue da onde vem o movimento do mercado: se vier de alta, por
exemplo, o mercado respirou para continuar subindo, você pode comprar. O mesmo
vale para caso de uma forte movimentação de queda.

Isso não significa que você não vai errar. Significa que você diminuiu suas chances
de erros e aumentou as chances de acerto. Se lembre que vamos acertar mais que
errar. No entanto, procurar os pontos de maior chance de acerto vai garantir
resultados a longo prazo.

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AULA 4 - DESENVOLVENDO ESTRATÉGIA

Seja bem-vindo a mais uma aula e vamos falar sobre o desenvolvimento de uma
estratégia.

É importante que você entenda o conceito de uma estratégia. Para que ela serve?
Como você vai usá-la no seu dia-a-dia?

A estratégia nada mais é que planejar alguma coisa. É ter em mente o que você irá
fazer se determinada situação acontecer. É não estar despreparado.

E como qualquer coisa, essa estratégia está sujeita a erro. Isso significa que é uma
má estratégia? Que ela não funciona? Não! Mas, para diminuir essa margem de erro,
tenha em mente 3 pontos importantes ao desenvolver sua estratégia operacional:

1. Onde e quando entrar;


2. Até onde ir;
3. Limite de stop.

Você deve se lembrar de como comentamos sobre esse processo no módulo 1. Aqui
iremos reforçar aquilo que você nunca deve esquecer.

Nunca entre em uma operação sem saber até onde você quer chegar e até onde você
permite perder. O seu objetivo de ganho e o seu limite de perda tem que ser claro e
objetivo.

E isso precisa ser antes de entrar na operação, visto que, uma vez posicionado, entra
o fator emocional que muitas vezes vai pecar, a ansiedade vai atacar e você vai ficar
sem saber o que fazer, não vai respeitar nem o Mercado e nem a si próprio.

E qual seria um stop loss aceitável?

Aqui na Atom, trabalhamos com stop de 3 pontos (6 ticks) no dólar, de 150 pontos
(30 ticks) no índice e R$0,10 (10 ticks) em ações. Não mais que isso. Seria um risco
x retorno desfavorável e iria abalar sua mente. Se você não quer ser stopado, melhore
a sua entrada.
Tendo o seu objetivo de ganho em mente, se serão saídas parciais, uma saída única,
tendo definido seu stop e sabendo a situação que vai favorecer sua entrada com essa
estratégia, você pode programá-la no SuperDOM conforme ensinamos nas aulas
passadas.

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Com isso, encerramos o módulo 2. No próximo módulo, vamos estudar um pouco


mais sobre o mindset do trader, sua rotina e entender a estratégia de rompimento.

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Módulo 3

AULA 1 - MINDSET DO TRADER

Seja muito bem-vindo ao módulo 3 do nosso treinamento. Nessa primeira aula,


vamos estar trabalhando a importância de ter uma mentalidade treinada para ser um
bom trader. Vamos começar?

Em primeiro lugar, você precisa entender o que é o Mindset do Trader.

Basicamente, é um conjunto de atitudes estabelecidas e mantidas pelo trader.

O mindset envolve o desenvolvimento completo do trader: a parte técnica


(operacional) e a parte emocional (gestão de emoção e controle da ansiedade).
Quando o trader combina estas habilidades, ele tem maior chance de performar e ter
resultados consistentes.

Lembre-se que todas as vezes que você executa uma operação com base na sua
psique, você está tendo uma atitude psicológica e não uma atitude lógica. Ou seja,
isso significa que, provavelmente, você está se desviando do seu planejamento, das
suas habilidades técnicas, para agir com referência aos seus instintos emocionais e
isso pode ser ruim, principalmente para nós day traders.

Então, como desenvolver o Mindset de trader profissional?

Essas atitudes, esse processo de desenvolvimento do Mindset consiste em:

● Foco no processo e não nos resultados;


● Correção dos erros e reforçar os acertos;
● Pensar no longo prazo;
● Ter um planejamento;
● Ter um acompanhamento preciso das métricas.

Foco no processo e não no resultado

Quando falamos de ter foco no processo e não nos resultados, estamos dizendo para
que você preste atenção em como está operando.

Os traders de alta performance estão sempre atentos a esses detalhes: qual o horário
disponível que eles têm para operar, se está cumprindo com o horário determinado,
quais são as regras operacionais dele, se ele está medindo essas regras e pontuá-las

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para continuar evoluindo; ou seja, eles não ficam focados se estão ganhando ou
perdendo simplesmente, eles focam no fazem dentro da sua rotina que os fazem
vencedores.

Isso é de extrema importância, principalmente para quem está iniciando no Mercado.


Não foque em ter grandes resultados rápidos, foque em como você está operando.
O Mercado oferece oportunidades de grandes lucros. Porém, se você focar apenas
no resultado, é provável que você vai cair na parte emocional. Como consequência,
vai ativar seus instintos de ganância, medo, teimar em uma operação que não está
dando resultado, vai mudar o stop loss de lugar.

Em resumo, você acaba tomando atitudes impensadas que vão te prejudicar como
trader.

No decorrer dos módulos anteriores, várias vezes destacamos a importância de


respeitar seu gerenciamento de risco e aceitar um eventual loss, aceitar que naquele
momento você errou. Nós vamos ganhar mais do que perder, é verdade. Mas a partir
do momento que tomamos atitudes psicológicas, estamos fadados a tomar atitudes
que podem nos traumatizar em relação a Bolsa.

O erro faz parte do processo de evolução e se você não consegue aceitá-lo quando
ocorre, é um bom item para você se atentar como futuro trader vencedor.

Correção dos erros e reforçar acertos

Completando nosso primeiro item, para haver a correção dos erros, você precisa
entender por quê ele aconteceu, assim como, se você acerta, é preciso saber o por
quê acertou.

Não faça uma lista com os erros e fique tentando consertar todos de uma vez só.
Isso não funciona e não é bom para sua mente.
O ideal, seria você pegar um ponto a ser corrigido e um ponto que você faz bem.
Assim, você tem uma paridade do quanto você está fazendo cada vez melhor um
item que você já é bom e, quais os itens que você está conseguindo corrigir ao longo
do tempo e do seu treinamento.

E, uma vez que você corrigir um item, você muda para o ponto seguinte. Não tente
atropelar as coisas. Pensando em eficiência, sabemos que tentar corrigir vários
pontos ao mesmo tempo não dá certo. Você gasta muito mais energia e não tem
uma melhora realmente significativa. Além de afetar sua mente negativamente e
impossibilitar que você desenvolva um mindset para ser um bom trader.

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Pensar no Longo Prazo

Outra característica dos traders de alta performance, é que eles sempre estão
medindo a longo prazo.

Para vocês terem uma ideia prática de como isso funciona, a maioria dos traders
consistentes estão sempre anualizando as suas operações. Eles não pensam nos
resultados diários, semanais ou mensais; eles pensam no quanto vão fechar o ano.

Eles sabem que o operacional deles é uma questão de oportunidade com


probabilidade. Sendo assim, em um mês pode ser que tenha dado bastante
oportunidades bem aproveitadas, mas pode ser que no mês seguinte, ele não tenha
tantas oportunidades e o resultado seja menor que o anterior. Então, para não perder
o emocional, ele está sempre tendo uma base média anual; somando os 12 meses,
ele sabe que a probabilidade dele ter uma consistência no longo prazo é bem maior.

Lembrando que, não é um ano ou dois que vai definir sua vida como trader. Esse é
um processo que você irá fazer por muitos anos, enquanto se manter nesse Mercado.
Os grandes frutos vêm com os anos e com a experiência adquirida.

Ter um Planejamento

Outra característica comum nos grandes traders, é ter sempre um planejamento e


segui-lo a risca.

Logo no começo do dia, esses traders já sabem exatamente o que ele vai operar,
como ele vai operar, quais as regras da estratégia que vai ser utilizada, em que
pontos vai se posicionar e se retém a seguir exclusivamente esse plano.

Dentro desse planejamento, ele tem muito claro o loss máximo que ele terá no dia,
caso as coisas derem errado; e se derem certo, quando ele vai parar. Isso vale desde
o horário operacional, pontos estratégicos, meta de ganho e limite de perda, bem
como o momento que ele perde o controle emocional e para suas operações.

Exemplo, se por acaso a internet cair ele já sabe como agir, se a volatilidade estiver
alta e pular o stop e ter um prejuízo um pouco maior naquela operação, ele já sabe
o que deve fazer, já sabe que deve parar o dia operacional para que não caia em
armadilhas emocionais.

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O dia do trader tem um planejamento muito específico, antes mesmo de entrar no


Mercado. Sabem que horas vão acordar, que horas vão se alimentar, o que vão comer
para ter energia e foco, como vão se desestressar ao longo do dia.

É um planejamento diário e de rotina.

Algo que ajuda e muito os traders, é a meditação. Relaxar a mente, nem que seja
por apenas 10-15 minutos, ajuda na melhora do foco e na gestão emocional. E para
você que duvida disso, na lista dos “100 mais ricos do mundo” da Forbes, todos eles
praticam a meditação e pontuam como um dos itens mais importantes do dia-a-dia
deles.

Então, o planejamento é essencial. Planejar o dia, a semana, o mês e o que você fará
se acontecer alguma situação adversa. É muito mais difícil perder o emocional quando
se tem esse preparo antecipado.

Pense nisso da seguinte forma: imagine que você é piloto de um avião e, numa
situação adversa, um dos motores falha. Se você não souber o que fazer nessa
situação, terá um problema gigante. Agora, se você já tem um plano para quando o
motor falhar, sabe quais são os procedimentos de emergência, é um problema bem
menor.

Acompanhamento preciso das Métricas

Tenha uma métrica de evolução: quanto você está ganhando por operação, quanto
você está perdendo por operação, se os rendimentos estão melhorando, se está
operando com o mesmo padrão de contratos ou de ações, se a evolução está
seguindo a linha que você esperava, o que precisa ser melhorado, e fazer isso
colocando em números.

Por que fazer isso?

Quando o trader não faz esse acompanhamento, ele começa a entrar em algo que
chamamos de “atitude de percepção”. Basicamente, é quando o achismo entra
em jogo. Quando isso acontece, um dia em que você for mal, você passa a acreditar
que no dia seguinte, vai precisar ser 2x melhor para se recuperar. Isso é estudo feito
com traders e, eles apontaram que um dia ruim, afeta mais do que 2 dias bons no
sentido psicológico.

Por isso é importante que você tenha e acompanhe as suas métricas de evolução,
para saber o quanto isso está te afetando. Tenha um diário de trade bem
fundamentado e o revise. Dessa forma, você não ficará tão afetado

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psicologicamente., pois, sabe o ponto em que se desviou e vai saber o que fazer para
voltar rapidamente.

Para concluirmos essa aula, o Mindset, a gestão emocional é o último item a ser
desenvolvido nas concepções de dificuldade. Isso porque quando o trader já tem
bem fundamentado tudo o que estudamos nos módulos anteriores, ao colocar em
prática e ter um bom psicológico, você praticamente se torna invencível.

Primeiro, saiba o que e como fazer. Depois, estude seu comportamento frente às
situações de mercado para então, poder treinar ativamente a sua mentalidade de
trader vencedor.

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AULA 2 - PREPARAÇÃO PARA O DIA

Seja bem-vindo a segunda aula do módulo 2. Nessa aula, vamos trabalhar uma
preparação diária para que você tenha mais sucesso durante seu dia operacional.

A lista de dicas que vamos ter aqui são ótimas para se deixar perto do seu
computador, anotadas no celular e serem sempre relembradas para ter maior
performance. Com o tempo, essas dicas se tornarão hábitos que você irá praticar
automaticamente.

Para começar, tenha um check-list inicial. Neste check-list, você deve diariamente
verificar:

● Calendário Econômico;
● Mercados externos;
● Notícias;
● Vencimento de contratos;
● Pontos importantes;
● Revisão da estratégia.

Dica: Faça esse check-list todos os dias e tenha ele em um lugar visível para que
você nunca esqueça de nenhum item. Cada ponto pode ser decisivo em um dia
operacional.

Calendário econômico

Esse é um dos principais pontos que os traders devem olhar antes de iniciar suas
operações. Isso porque no calendário econômico é onde enxergamos as principais
divulgações de dados e números importantes que podem gerar uma volatilidade
maior que o comum.

É recomendado que nesses horários não tenha ordens abertas, pois como não
sabemos a reação exata que o Mercado vai ter frente a essas divulgações, é possível
que sua operação seja stopada com prejuízos.

Vamos entender como funciona esse calendário.

Você o acessa no site da investing.com/br. A página inicial está logo abaixo e


circulamos de azul a aba do calendário econômico:

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Ao entrar na sessão, você pode filtrar as notícias, escolhendo as que tem média e
alta volatilidade (duas e três estrelas, respectivamente), e escolhendo os principais
países: Brasil e nossas próprias divulgações, EUA e Zona do Euro.

No site da Investing, você também consegue acompanhar o andamento dos ativos


financeiros no país e nas bolsas estrangeiras.

Mercados externos

É importante acompanhar os mercados externos para que você fique atento a


qualquer acontecimento abrupto que pode vir afetar nossa bolsa, como por exemplo,

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a pandemia que vivenciamos em 2020, onde o Mercado externo sofreu antes de nós.
Aqueles que estavam atentos, souberam se proteger da queda e ganhar com ela.

No canto a sua direita, você vai ver o andamento das bolsas, se elas estão positivas
ou negativas, assim como os ativos negociados no Mercado Financeiro:

Notícias

Crie o hábito de sempre ler as notícias, acompanhar as Atas do Copom, saiba o que
está acontecendo na política e na economia. O Mercado reage a essas notícias. Por
exemplo, no momento em que essa apostila é escrita, o Presidente é Jair Bolsonaro
e nos recuperamos de um momento pandêmico, onde temos auxílio emergencial
competindo com o estouro do teto de gastos públicos. Se o presidente for a público
e declarar uma extensão do auxílio emergencial, a bolsa brasileira pode sofrer uma
queda, pois isso bate de frente com a política fiscal do país e deixa os investidores
inseguros quanto aos ativos de risco e com a dívida pública.

Procure informações em múltiplas fontes confiáveis: Forbes, Exame, Uol.com, Valor


Econômico, Terra, Investing.com, InfoMoney, entre outros sites e jornais.

Na Investing, temos as abas de notícias gerais e notícias sobre os indicadores


econômicos, como você pode ver abaixo:

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Vencimentos dos Contratos

Esse é um tópico mais técnico e é preciso estar atento às mudanças das letras nos
contratos futuros, conforme estudamos no módulo 1 da apostila.

É possível verificar as datas e as letras de cada vencimento na plataforma. Basta


clicar na lupa da aba superior, digitar “calendário de contratos” e a janela aparecerá
para você:

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Pontos Importantes

Aqui, novamente, falamos dos pontos de suporte e resistência.

Após o fechamento de Mercado, traçamos os principais pontos: máximas, mínimas,


pontos onde o mercado ficou congestionado. Com base nessas linhas, você já pode
traçar as estratégias que serão usadas em cada ponto.

Revisão da Estratégia

A dica que damos aqui é a seguinte: você sabe a estratégia que vai usar. Comece a
dizê-la em voz alta, reafirmando para si.

Por exemplo, imagine que você utiliza a estratégia de pegar um ponto em linhas
intermediárias e usa a #Telesena em pontos que foram máximas e mínimas. Diga
em voz alta exatamente os pontos que você vai pegar 1 ponto, com quantos contratos
você vai entrar nessa operação, qual o seu limite de perda.

Isso fortalece aquilo que você vai executar, e vai ser mais difícil você se desviar do
seu operacional ao longo do dia. Ao criar essa hábito, fica mais difícil você perder o
emocional, porque já vai estar firme em sua mente exatamente o que você vai fazer.

Ainda na revisão de estratégia, reveja suas métricas diárias também, para que você
não acabe perdendo mais que o seu limite diário, caso algo dê errado e nem se deixe

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levar pela ganância quando bater sua meta. Além disso, você vai ter em mente o
ponto em que precisa melhorar e vai reforçar o ponto em que você já é bom.

A longo prazo, isso vai lhe garantir seu desenvolvimento emocional e operacional,
como consequência da sua evolução, você conquista ganhos expressivos.

Com isso, encerramos essa segunda aula e na próxima, vamos entender um pouco a
estratégia de rompimento.

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AULA 3 - CONCEITO ESTRATÉGIA ROMPIMENTO SCALPING

Seja bem-vindo à mais aula do nosso treinamento e vamos entender a parte teórica
dessa estratégia tão conhecida que é o rompimento.

Os conceitos estudados serão:

● Risco/retorno;
● Taxa de ganho/perda;
● Critérios simples;
● Oportunidades ao longo do dia.

Em primeiro momento, o foco será o ativo do Dólar Futuro. Lógico, com as devidas
proporções, essa estratégia pode ser utilizada em qualquer ativo, assim como a
#Telesena. Mas, vamos focar em um Mercado de cada vez.

Para começar, o que é o scalping?

São aquelas operações que o trader procura o menor número de tickers ou pontos
de ganhos. São operações muito rápidas, que geralmente levam segundos, são
assertivas e realizadas várias vezes ao dia.

Essa estratégia tem esse nome justamente por conta disso: não vamos ficar
posicionados por muito tempo, uma média de 30 segundos por operação.

Agora, vamos entender o rompimento em si.

O rompimento de um ponto (seja suporte, seja resistência) é formado pelo Tape


Reading e/ou Análise gráfica (mais indicada para os iniciantes). Ou seja, vamos somar
a análise gráfica o Tape Reading, que é o fluxo de ordens que estão sendo executadas
no mercado naquele momento.

Junto com o SuperDOM, vamos utilizar uma ferramenta chamada “Times and
Trades”, que foi explicada no nivelamento, no módulo de Análise Técnica.

O segundo ponto para a entrada da estratégia, é perceber como está a agressividade


e a volatilidade do Mercado no dia.

Se tratando de um rompimento de scalping, nós faremos uma operação inversa nas


linhas: no suporte, quando o mercado romper, faremos uma venda com a intenção

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de ganhar 1 ponto, e na resistência, vamos comprar com a intenção de ganhar 1


ponto.

Qual seria as dificuldades nessa estratégia?

1. Identificar quando o mercado está agressivo o suficiente;


2. Ter paciência para não operar em momentos de lateralização;
3. Gestão emocional para evoluir a estratégia.

Uma dica importante: todas as estratégias podem evoluir conforme a sua


necessidade como trader. Mas, é preciso estar atento ao fator emocional nessa
evolução. Essas alterações estratégicas precisam ser técnicas, ou seja, é preciso ter
o mindset bem desenvolvido para não confundir essas alterações com uma fraqueza
emocional, mas sim, que venha de uma real oportunidade técnica para ter um
rendimento melhor.

Então, o que vamos usar para a construção dessa estratégia, é o que chamamos de
Benchmark, ou seja, vamos buscar um retorno de 1x3, com uma taxa de acerto de
80%.

Isso significa que, se em algum momento você utilizar um stop maior que 3 pontos,
já não vale a pena o ganho de 1 ponto. A estratégia perde o sentido. Mesmo que
você tenha uma média de 80% de acerto, se você stops de mais de 3 pontos, seu
líquido pode ser baixo ou até mesmo negativo.

Considerações finais

Toda estratégia, para evoluir e se tornar altamente rentável, exige muito treino da
parte discricionária (vantagem perante robôs), o que exige uma alta performance em
consideração a gestão emocional.

Uma das características da evolução de um trader de alta performance é, manter o


mesmo risco da operação e melhorar o retorno sem diminuir a taxa de ganho. Ou
seja, evoluir sua rentabilidade sem aumentar o risco de exposição.

Na próxima aula, vamos estudar mais sobre o gerenciamento de risco.

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AULA 4 - GERENCIAMENTO DE RISCO

Seja bem-vindo a mais uma aula. Nesta aula, vamos entender o gerenciamento de
risco da estratégia de rompimento de scalping. Vale lembrar que o gerenciamento de
risco é um dos pontos mais importantes na hora de operar, independente de qual
estratégia você usar.

Antes de começar, é preciso que você saiba que esse gerenciamento de risco só é
efetivo quando o trader já construiu as suas estatísticas operacionais e já está
atingindo o Benchmark mínimo que estudamos na aula passada. Caso o trader ainda
não tenha atingido esse Benchmark, esse gerenciamento de risco não vai fazer muito
sentido.

A melhor maneira de saber qual o risco apropriado para você e saber se esse
gerenciamento de risco serve para você, é ter construído o Benchmark em ambiente
simulado, onde o dinheiro ainda não é tão importante e você consegue constituir um
padrão de lotes operacionais.

O gerenciamento dessa aula não se aplica a operações de preço médio. É apenas se


você tem uma construção de lote único, mudando o padrão apenas quando atinge
um certo financeiro e não por operação.

Como calcular o tamanho operacional

Uma vez que você já atingiu o Benchmark, começando com 1 minicontrato em


simulação e atingindo 80% de assertividade com o risco/retorno de 1X3, você pode
começar a calcular o seu padrão de lote dentro do seu finaceiro.

Na Atom, nós já damos a você um limite de perda diário, então vamos usar esse
limite como exemplo.

Digamos que você operou um mês consecutivo e que seu limite de perda diária seja
de R$1.000,00. Dentro desse mês, você operou em ambiente simulado, com apenas
1 minicontrato, risco de 1X3 e atingiu 80% de assertividade.

Ao passar para o ambiente real, você também vai estar operando com 1 minicontrato
e conseguiu replicar o processo. Sendo assim, você manteve a taxa de 80% de
assertividade e o mesmo risco/retorno. E agora, você vai conduzir a quantidade de
contratos que você vai usar para o nível operacional que está.

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Imagine que você faz 10 operações por dia, usando o limite de perda diária de
R$1.000,00. Tendo 80% de assertividade, sua média de perda são 2 operações por
dia. Na pior das hipóteses, 2 perdas consecutivas onde você precisa encerrar o seu
dia operacional, pois atingiu o seu limite de perda diária com base na estratégia e
não no financeiro.

Se sua perda diária é R$1.000,00, o máximo de operações que você pode errar no
dia são 2. Essas duas não poderiam exceder o valor máximo. Então se você dividir o
valor de perda máxima pelo maior número de sequência perdedora, você teria o valor
de R$500,00 por operação. Ou seja, nenhuma operação sua pode ser de R$500,00.

Sendo assim, ao dividir esses R$500,00 pelo valor de loss (3 pontos, no máximo), vai
dar, aproximadamente, R$166,00. Cada ponto no dólar vale R$10,00. Dividindo 166
por 10, você chega a quantidade de contratos que você pode operar, que com base
nesse exemplo, seriam aproximadamente 15 minicontratos.

Em fórmula, seria assim:

Seq. perdedora 10 ope.=1000/2=500


500/3pts=166
166/10=aprox. 15 minicontratos

Dica: Para conduzir isso psicologicamente, pense assim: se você R$1.000,00, é muito
provável que, se você estiver perdendo mais de R$500,00, seu psicológico está
abalado. O segredo é cortar pela metade o seu valor de perda diária e recalcular a
fórmula acima. Lembre que esse limite existe apenas por precaução, assim como o
airbag. Nós não queremos utilizá-lo.

Na próxima aula, vamos entender como ficará a sua tela operacional para executar
essa estratégia. Faça os cálculos e treine usando o resultado como paramêtro.

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AULA 5 - TELA OPERACIONAL

Seja bem vindo a nossa 5ª aula do módulo 2 e vamos ver na prática como ficará sua
tela para executar a estratégia.

Os primeiros itens a se ter na sua tela, são o SuperDOM e o gráfico. Caso você não
se lembre como acessar a ferramenta, basta ir em “Roteamento>>SuperDOM”. Você
pode ajustar os tamanhos para melhor visualização de ambas as janelas.

Sua tela, inicialmente, estará assim:

Para facilitar sua análise durante as operações, use o gráfico de 5 minutos, como
mostra a imagem. Use o cross order durante o seu operacional. Assim você enxerga
como está o fluxo no dólar cheio enquanto opera o mini dólar.

Deixe a estratégia pré-programada conforme ensinado no módulo 2. Serão 2 ticks de


gain e 6 ticks de loss (1X3). Abaixo está um exemplo de como seria uma operação
com essa estratégia. Perceba que o mercado tocou algumas vezes a linha como uma
resistência. Ao tocar novamente, pode haver um rompimento e você deixará uma
ordem de compra. Lembre que, por se tratar de rompimento de linha, a operação
será inversa.

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Tendo a estratégia programada com as saídas automáticas, a única preocupação será


encontrar os pontos ideias para pendurar suas ordens.

Conforme você treina e evolui com essa estratégia, você poderá adicionar mais
ferramentas que te auxiliarão na leitura de fluxo. Para isso, acesse
Ferramentas>>Times and Trades. A ferramenta tem essa aparência:

Ao ajustar o tamanho, sua tela ficará da seguinte forma:

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Esse Times and Trades mostra todas as ordens que estão sendo executadas no ativo
escolhido, no nosso caso, o dólar. Nessa ferramenta, nós só vamos observar como
está a velocidade de execução das ordens e o volume de negociação. Isso vai ajudar
a entender como está a agressividade dos players nas regiões de preço e se será
possível executar a estratégia de rompimento de scalping.

Desse modo, você já tem a tela montada para executar a estratégia com apenas um
monitor e com a leitura de fluxo (Tape Reading). Lembre-se que o Time and Trades
só deve ser adicionado depois de muita prática da operação usando apenas o gráfico
e o SuperDOM.

Na próxima aula, veremos exemplos da onde entrar com a estratégia para começar
delimitar o que é um ponto bom para suporte e resistência que podem ser rompidos.

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AULA 6 - ESTRATÉGIA DE ROMPIMENTO

Seja bem-vindo a mais uma aula e vamos para os exemplos práticos da nossa
estratégia.

O ponto inicial, é identificar quando surgiu um suporte ou uma resistência. Então,


olhando o seu gráfico de 5 minutos, você vai observar a formação dos candles.

Toda vez que o mercado se movimentar até determinado preço e não ultrapassá-lo,
fica entendido que ali é um potencial suporte ou resistência no dia. Caso o Mercado
volte para a mesma região, abre a possibilidade de conseguir 1 ponto na tentativa
de romper aquele ponto.

Ao perceber esses padrões, pendure a sua ordem: se for um rompimento de


resistência, você pendura uma compra. Se for o rompimento de um suporte,
pendure uma venda.

Veja o exemplo a seguir:

Perceba que há uma resistência na máxima do dia anterior e um suporte que o


Mercado está buscando. No entanto, antes de chegar ao suporte do dia anterior, o
Mercado está testando uma região de preço um pouco acima.
Para ter certeza se vai ser um bom ponto para executar uma operação, o Mercado
precisa encostar no preço, recuar pelo menos 3 pontos, brigar numa região acima e

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depois voltar para a linha de suporte que se formou: É nessa linha que vamos
pendurar uma venda e pegar 1 ponto no rompimento.

Marcando a resistência que teve na abertura, vamos pendurar uma compra:

Após pendurar as ordens nesses dois pontos, é aguardar o Mercado se movimentar.


Importante lembrar que, assim como na estratégia da #Telesena, a estratégia de
rompimento de scalping exige paciência e atenção ao Mercado. Atenção para a

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formação de novas regiões de briga, onde ocasionalmente, podem vir a ser


oportunidades de operar o scalping.

Em casos que não vão ser rompimentos de máximas e mínimas diárias, mas sim,
rompimento de linhas anteriores, há possibilidade de ganhos.

Perceba que na terceira linha de cima para baixo, o mercado deu uma brigada antes
de cair com força e mostrar sinais de recuperação. Nesse caso, seria um rompimento
de alta. Se o mercado for testar a região novamente para romper, abre-se a
possibilidade de estender a operação até a próxima linha e ganhar um pouco mais
de pontos.

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Dica: Só pense em estender uma operação de rompimento quando identificar dois


pontos importantes próximos como mostra a imagem. Assim, você pode arrastar seu
gain para o preço da linha seguinte e surfar o movimento, como mostra a imagem a
seguir:

Em operações em que se pode alongar o movimento são excelentes, pois, além de


aumentar o Benchmark padrão, dá uma folga em questão de lucros. Então, em um
dia ruim você não ficará paranóico em não ter tido a assertividade desejada. São

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operações que acontecem com certa frequência. Você só não pode se deixar levar
pela ganância e querer ver uma oportunidade onde não existe.

Com treino, você poderá evoluir seus ganhos aos poucos e mais do que isso, ganhará
consistência para operar qualquer ativo com qualquer estratégia. Então, dedique-se
aos estudos teóricos e práticos.

Na próxima aula, veremos uma variação em que essa estratégia poderá ser usada.

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AULA 7 - ABERTURA DE MERCADO, AÇÕES E ÍNDICE

Seja bem-vindo mais uma aula e nessa aula, vamos entender como utilizar a
estratégia de rompimento na abertura de Mercado e em ações.

Abertura de Mercado

Quais seriam as dificuldades e os benefícios de operar logo na abertura do Mercado?

Para começar, ao operar scalping logo na abertura, é necessário que você tenha uma
boa leitura do fluxo de ordens, já que, o gráfico em si não vai ter referências, às
vezes vai começar a surgir pontos de fluxo de ordens, que chamamos de overnight,
que são ordens que ficaram posicionadas de um dia para o outro, traders e
instituições precisando stopar operações.

Então há um fluxo forte de ordens nesses primeiros minutos, o que para nós usando
essa estratégia de 1 ponto, com um número um pouco maior de contratos operando
logo no começo do dia, é possível pegar alguns pontos e ter uma variação da
estratégia de rompimento para conseguir se favorecer do fluxo do começo do dia.

Vamos a um exemplo prático para você treinar bastante para ir para conta real ou
para nossa avaliação.

Logo no início, as únicas referências que temos, são os suportes e resistências dos
dias anteriores. Lembre-se que para a operação funcionar, o Mercado precisa bater
naquele ponto, recuar e brigar em outra região importante antes de voltar.

Com base nisso, veja a imagem a seguir onde a última linha foi um ponto não
explorado no dia e é um bom candidato a um rompimento:

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Nós nos favorecemos de acordo com a direção que o mercado está seguindo. Caso
o mercado vá caindo, buscando o suporte anterior, o primeiro ponto onde o mercado
bateu e caiu, seria onde penduramos uma ordem, como a figura a seguir:

Lembre-se de ficar atento ao fluxo no Time and Trades. Nos primeiros 5 minutos de
mercado é possível fazer o rompimento, pois tem fluxo forte para favorecer a
operação.

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Um outro exemplo de rompimento de scalping no começo do dia, seria estar olhando


os principais pontos do dia anterior: fechamento, pontos de topos e fundos e
próximos as máximas. Se você prestar atenção, são linhas bem espaçadas entre si:

Vamos usar essas linhas como referências de onde o Mercado vai brigar. Então se o
Mercado abrir próximo a essas regiões, têm chance, por exemplo, dele subir até uma
das linhas e depois buscar o suporte e com isso, temos uma direção de onde vamos
fazer os primeiros rompimentos do dia.

Veja o exemplo abaixo: o Mercado foi testar uma resistência e não passou, a primeira
mínima desse dia, seria o valor para pendurar uma ordem:

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Em ambos os casos, a estratégia é altamente favorecida devido ao forte fluxo de


ordens do começo do dia. Você pode, inclusive, buscar pegar 1,5 a 2 pontos para ter
um início de dia produtivo e operar mais tranquilo.

Rompimento Ações

Aqui, como se trata de um Mercado diferente dos ativos futuros, teremos algumas
variações no que diz respeito a setup, no entanto, o conceito operacional será o
mesmo.

Você vai variar essa estratégia dependendo do valor da ação que você está
negociando. As ações mais caras tendem a ter uma variação diferente das mais
baratas e, com base nessa diferença, você irá se adaptar para obter sucesso,
independente desse valor.

Vamos usar como exemplo prático as ações da Petrobras (PETR4).

Como de costume, você irá configurar a estratégia automaticamente com 3 ticks de


gain (R$0,03) e 6 ticks de loss (R$0,06). Em seu SuperDOM, ela ficará assim:

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Assim como nos mercados futuros, nós marcamos as regiões de suporte e resistência,
arredondando seus valores para os preços cheios. Veja o exemplo abaixo:

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Veja que, não está exatamente na mínima atingida, mas um pouco acima devido ao
alto volume de negociação no preço.

O rompimento em ações funciona muito melhor no começo do dia, com o fluxo alto
esperado. Ao longo do período operacional, é um pouco mais complicado e precisa
ficar mais atento ao fluxo para aproveitar.

Por ser um mercado um pouco mais lento que os de contratos futuros, é preciso
muito mais paciência e atenção para garantir seu ganho rápido. Treinem isso em
ambiente simulado, inclusive, busque identificar momentos onde você poderia
alongar um pouco mais o seu gain.

Dê preferência para as ações mais líquidas, como a PETR4 e a VALE3. Elas possuem
volatilidade e alto peso no Índice Bovespa. Busque entender e perceber que o tempo
médio de uma operação no Mercado de Ações é diferente do Mercado de Contratos
Futuros e busque conter a sua ansiedade.

Rompimento Índice

Como já estudado, o Índice futuro possui uma oscilação bem diferente da do dólar e
das ações. Embora o conceito operacional seja sempre o mesmo independente do
ativo, há a variação de setup.

Traçando os principais pontos de suporte e resistência em seu gráfico, você vai


programar a sua estratégia de rompimento para índice com 20 ticks de gain (100
pontos) e 40 ticks de loss (200 pontos).

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No índice, é preciso que você estude bem as regiões, pois ele é extremamente volátil
e, uma ordem mal posicionada poderá lhe dar mais prejuízos do que ganhos.

Em momento de fluxo, pegar 100 pontos no índice é rápido e fácil. Por isso, atente-
se ao Time and Trades e ao comportamento do Mercado. Assim, você terá um alto
índice de acerto e lucratividade.

Na nossa última aula, faremos uma revisão de todo o conteúdo do módulo 3.

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AULA 8 - REVISÃO

Seja bem-vindo a nossa última aula do treinamento Universidade Atom. E, antes de


você ir testar seus conhecimentos com os exercícios teóricos, vamos a uma revisão?

● Treinem a estratégia ensinada do modo mais básico possível. Mantenha a


simplicidade e siga a regra do jogo;

● Desenvolva uma gestão emocional eficiente, para que a ansiedade e a


ganância atrapalhem sua trajetória como trader;

● Treinem os diferentes ativos um de cada vez e veja em qual deles você tem
melhor performance. Não se estresse com o dólar se você se dá melhor com
ações;

● Fique atento às métricas! Seu rendimento precisa se manter em, no mínimo,


80% no mês. Alguns dias serão melhores que outros e, um dia ruim não
define seu mês, seu ano e muito menos a sua carreira;

● Saiba parar quando atingir as perdas delimitadas para o dia;

● Comece devagar: 1X3 com um contrato e depois, evolua aos poucos,


ganhando confiança e consistência.

Com isso, encerramos o módulo 3 e esse treinamento completo e rico em conteúdo.

Você está pronto agora para pôr em prática tudo o que aprendeu, está pronto para
treinar e vir fazer nosso teste para entrar na nossa Mesa Proprietária. Esperamos
você na nossa família.

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EXERCÍCIOS TEÓRICOS - RENDA FIXA

1) De forma simples, o que é Renda Fixa?

a) É um investimento que o investidor já tem um conhecimento prévio do montante


que irá ganhar no momento de investir. Devido à previsibilidade, é um tipo de
investimento de baixo risco, consequentemente, menor retorno;

b) É um investimento que o investidor já tem um conhecimento prévio do montante


que irá ganhar no momento de investir. Devido à previsibilidade, é um investimento
de baixo risco e retornos muito maiores que outros tipos de investimentos;

c) É um investimento que o investidor não tem certeza do quanto terá de


rentabilidade, assumindo um risco maior e, por consequência, aumentando também
a possibilidade de maiores ganhos;

d) É um investimento que o investidor já tem um conhecimento prévio do montante


que irá ganhar no momento de investir. No entanto, ele só recebe quando se
aposentar.

2) Na Renda Fixa, temos títulos Prefixados e Pós-fixados. Esses são subdivididos em


Títulos Privados e Títulos Públicos. Um exemplo de cada subdivisão, respectivamente
é:

a) CDB e CRI;

b) CRA e Tesouro Selic (LFT);

c) Tesouro IPCA e Tesouro Selic;

d) Tesouro IPCA e Tesouro prefixado.

3) A Renda Fixa, geralmente, está atrelada à Taxa Selic e/ou IPCA. Qual das
alternativas explica cada um desses indicadores?

a) IPCA é a taxa de juros básica do país, ela controla o crédito e a inflação e impacta
diretamente a Renda Fixa. Já a Selic é um indicador de consumo (inflação) controlado
pelo IPCA.

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b) IPCA é o Índice de Preços do Consumidor Amplo, ou seja, a inflação oficial do país.


A Selic é um título público ligado à taxa básica do país.

c) O IPCA é o Índice de Preços de Consumidor Amplo, ou seja, é a inflação oficial do


país. A Selic é a Taxa Básica de Juros. Ela é usada para controlar a inflação e o
crédito.

d) A Selic trata-se dos juros básicos do país e é controlada pelo IPCA, ou seja, ela
obedece a inflação.

4) Qual o papel do Banco Central?

a) Executa a Política Monetária, realizando operações de compra e venda dos Títulos


emitidos pelo Tesouro Nacional, regulando a quantidade de moeda do país, a Taxa
Selic e o IPCA.

b) Compra e vende Títulos Privados para aumentar ou reduzir a Taxa Selic e controlar
a quantidade de moeda no país.

c) Aumenta ou diminui a Taxa de Juros conforme o consumo da população e assim,


mantém o IPCA sempre baixo.

d) Aumenta ou diminui o IPCA conforme o consumo da população e assim, mantém


a Taxa Selic sempre alta.

5) Como a Taxa de Juros pode afetar os investimentos de Renda Fixa?

a) Não tem uma ligação direta, pois, todos os investimentos da modalidade ‘’Renda
Fixa” estão atrelados ao IPCA;

b) Conforme a Taxa de Juros aumenta, a rentabilidade diminui, pois, juros muito


altos significa inflação alta e o dinheiro perde valor;

c) Conforme a Taxa de Juros diminui, a rentabilidade aumenta, pois, juros baixos


significam inflação ainda mais baixa, o que aumenta o valor real do dinheiro e do
investimento;

d) A rentabilidade acompanha as oscilações da Taxa de Juros. Para que se tenha um


ganho real, a Taxa Selic precisa ser maior que a Inflação.

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6) Existe garantia de segurança para cada investimento nessa modalidade?

a) Sim, a segurança é garantida pelos bancos em que se faz o investimento;

b) Sim, a segurança é garantida pelo governo;

c) Sim, a segurança é prevista nas escrituras ou pelo FGC;

d) Não existe segurança nenhuma nos investimentos de Renda Fixa.

7) Qual a tributação sobre os investimentos?

a) Não há tributação para esse tipo de investimento;

b) A alíquota para todos os investimentos começa com 22,5% até 180 dias corridos
e, a partir daí, vai diminuindo. Ou seja, quanto maior o tempo investindo naquele
ativo, menor o Imposto.

c) Com exceção com alguns Títulos, CDBs e Debêntures em geral começam com
alíquota de 22,5% até 180 dias corridos. A partir disso, ela vai diminuindo para 20%
(até 360 dias); 17,5% (720 dias) e 15% (após 720 dias) após a aplicação;

d) Com a exceção das CDBs e Debêntures, todos os títulos começam com a alíquota
de 25% até 180 dias corridos. A partir disso, ela vai diminuindo para 22,5% (360
dias) e 20% (após 720 dias) após a aplicação.

8) Porquê é importante que os investidores acompanhem as reuniões do COPOM?

a) São nessas reuniões que é decidido o rumo da Taxa Selic, que é o que afeta
diretamente os investimentos de Renda Fixa. Acompanhando as decisões do COPOM,
o investidor toma decisões inteligentes sobre seus investimentos, inclusive, quando
realocar seus papéis de um investimento para outro;

b) São nessas reuniões que é decidido o IPCA, que afeta o Valor Real do seu dinheiro.
Acompanhando as decisões do COPOM, o investidor pode decidir quando é uma boa
hora de se desfazer de seus papéis.

c) São com base nessas reuniões que o investidor decide se deve comprar mais
papéis ou vender os que já possui na sua carteira, conforme a inflação é regulada
pelo Banco Central;

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d) Não há necessidade de se acompanhar todas as reuniões do COPOM, pois, a


decisão de aumentar ou diminuir a Taxa Selic só deve causar preocupação ao
investidor se a inflação estiver muito alta.

9) Porquê uma Taxa de Juros alta é mais atraente para investimentos de Renda Fixa?

a) Uma Taxa de Juros alta significa mais facilidade a crédito, ou seja, há


movimentação maior nos títulos e, consequentemente, maior rentabilidade;

b) Como a Taxa de Selic impacta diretamente nessa modalidade investimento, os


juros estarem altos e com baixa inflação, a rentabilidade dos títulos será maior;

c) A Taxa de Juros alta não é atraente pois estimula o baixo consumo. Por
consequência, não há empréstimos entre os bancos e os títulos não rendem;

d) Juros altos não são atrativos para esse tipo de investimento. O ideal é o IPCA estar
alto para que haja uma real rentabilidade das aplicações.

10) Quais vantagens dessa modalidade de investimentos?

a) Risco zero, alta rentabilidade, previsibilidade, zero imposto de renda para todos os
ativos;

b) Altos riscos, alta rentabilidade, previsibilidade, zero imposto de renda para a


maioria dos ativos;

c) Baixos riscos, previsibilidade, rentabilidade, alíquota reduzida para pessoas físicas,


diversificação;

d) Diversificação, baixa rentabilidade, baixos riscos, zero imposto de renda para os


ativos.

EXERCÍCIOS TEÓRICOS - MERCADO PRIMÁRIO

1) O que é o Mercado Primário?

a) É o mercado em que se negocia as ações de uma empresa depois de abrir capital;

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b) É quando o mercado lança suas ações pela primeira vez e negociam diretamente
com os investidores;

c) É o mercado de commodities e opções;

d) É o mercado de derivativos futuros negociados diretamente com os investidores.

2) O que é e como funciona um IPO?

a) IPO significa Oferta Pública Inicial. É quando as empresas entram em processo de


abertura de capital e lançam suas ações para serem negociadas na Bolsa de Valores.
É preciso fazer um balanceamento completo da companhia e torná-los públicos antes
que as negociações comecem;

b) Um IPO é o lançamento de novas ações de uma empresa já listada na Bolsa de


Valores. Para que se possa fazer esse lançamento, a companhia precisa deixar
explícito seus dados e os motivos para fazer uma nova captação de recursos;

c) O IPO acontece quando a empresa vai fechar seu capital, recomprando todas as
suas ações e mantendo apenas os sócios fundadores. Para esse processo, é
necessário que as empresas tenham um tempo mínimo no mercado de capital aberto;

d) O IPO só acontece com empresas de renome que querem novos sócios e buscam
captar recursos financeiros para quitar dívidas.

3) Sobre a Oferta Primária, podemos afirmar que:

a) É considerado uma oferta primária quando o capital obtido com as vendas dos
títulos é terceirizado para uma instituição diferente da que fez a oferta;

b) É considerado oferta primária quando a empresa, com o capital já aberto, faz uma
nova venda de títulos;

c) É considerado oferta primária quando o capital obtido coms as vendas dos títulos
vai diretamente para o caixa da companhia;

d) “Oferta Primária” é um termo usado para quando se faz o primeiro investimento


em uma empresa já listada a muito tempo na Bolsa de Valores.

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4) O que é o “follow-on”?

a) “Follow-on” é um termo usado quando uma companhia fecha seu capital e sai da
Bolsa de Valores;

b) “Follow-on” é quando uma empresa, já listada na bolsa, faz uma nova captação
de recursos;

c)”Follow-on” é uma estratégia usada pelas grandes companhias utilizando robôs


para realizar grandes movimentos no mercado;

d) “Follow-on” é o termo usado para quando acontece o IPO, dando preferência para
os investidores de maior influência no mercado.

5) Quais são exemplos de ativos negociados no Mercado Primário?

a) CDI, CRA, Fundos Imobiliários, debêntures;

b) CDI, CRI, FIDC, Fundos Multimercados;

c) IPCA, CRI, ETF, Fundos Multimercados;

d) Debêntures, CRI, CRA, ETF, Fundos Imobiliários.

6) A segurança para se investir numa oferta primária tem garantia da:

a) Supervisão do Banco Central e regras do Comitê de Política Monetária;

b) Supervisão da CVM e regras estabelecidas pelo Regulamento de Listagem de


Emissores;

c) Supervisão da CVM e leis governamentais;

d) Supervisão do Banco Central e regras da CVM.

7) Dentre as alternativas abaixo, qual delas melhor define a importância do Mercado


Primário?

a) O Mercado Primário é o primeiro contato da empresa com os investidores, ajuda


a empresa a captar recursos e crescer sem precisar recorrer a empréstimos, facilita
a formação de capital na economia;

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b) O Mercado Primário oferece oportunidades lucrativas a longo prazo, ajuda a


empresa captar recursos e crescer sem precisar recorrer a empréstimos, facilita a
formação de capital na economia, por ser capital aberto e dados públicos, o investidor
tem maior segurança;

c) O Mercado Primário é a chave que abre oportunidade para investidores


conseguirem se tornar sócios de grandes empresas após o IPO, dentro do Mercado
Secundário, evita que as companhias entrem em endividamentos, facilita a formação
de capital na economia;

d) O Mercado Primário é o primeiro contato entre empresa e futuros investidores, é


a chance de comprar ações a um preço bem mais em conta e valorizar a carteira do
investidor, por ser capital aberto, os sócios têm maior segurança.

8) Como analisar se deve comprar uma empresa no IPO ou não?

a) Não é preciso analisar. A rentabilidade segurança são garantidos, mesmo com


oscilações e que você não concorde com a administração da companhia;

b) É preciso ter uma ideia geral de como a companhia funciona para saber os
prováveis riscos, no entanto, não é necessário ficar acompanhando;

c) É preciso estudar bem a empresa antes de comprá-la, incluindo os motivos que


levaram a venda dos seus títulos, conhecer seus colaboradores e como ela é
administrada, além de acompanhar seu desempenho;

d) É preciso estudar bem a empresa antes de comprá-la e acompanhar seus


desempenho, uma vez que a compra é vitalícia e o investidor assume o compromisso
de dividir os lucros e pagar os prejuízos.

9) De forma simplificada, qual é o processo necessário para participar de um IPO?

a) Primeiro, é divulgada a oferta da empresa pelas corretoras. O investidor


interessado realiza a compra e passa a ser sócio da empresa;

b) Primeiro, é divulgada a oferta da empresa pelas corretoras. O investidor


interessado pode fazer uma reserva e, no dia marcado, realizar a compra dos títulos;

c) Primeiro, é divulgada a oferta da empresa pelas corretoras. O investidor


interessado vai até a empresa e assina um documento, onde confirma a posse de
determinada quantidade de papéis;

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d) Primeiro é divulgada a oferta da empresa pelas corretoras. O investidor interessado


marca presença no prédio da B3 para realizar a aquisição dos papéis quando bem
entender.

10) Por que uma empresa abre o capital?

a) Liquidação de dívidas e fuga de juros altos;

b) Expansão de suas atividades, fuga de juros altos e possíveis pagamentos de


dívidas;

c) Expansão de suas atividades, fuga de juros altos, aumentar sua credibilidade frente
ao Mercado;

d) Diminuir o número de sócios, maior segurança para investir, fuga de juros altos.

EXERCÍCIOS TEÓRICOS - MERCADO FINANCEIRO

1) Qual das alternativas abaixo têm a melhor definição de Mercado Financeiro?

a) É um ambiente físico com horário de funcionamento das 9h às 18h, onde se realiza


operações de compra venda de ativos financeiros entre gestores e clientes via
telefone;

b) É um ambiente físico da B3 onde se realiza operações de compra e venda de ativos


financeiros 24h por dia;

c) É um ambiente virtual onde se realiza operações de compra e venda de ativos


financeiros entre investidores, sem a necessidade de contato direto;

d) É um ambiente virtual onde se realiza operações de compra e venda entre


investidores via chamada de virtual.

2) Dentro do Mercado Financeiro, quais ativos regulamentados pela CVM são


possíveis de operar?

a) Opções Binárias, commodities, derivativos futuros;

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b) Ações, Forex, derivativos futuros, commodities;

c) Ações, commodities, opções, câmbio;

d) Opções Binárias, Forex, câmbio, derivativos futuros.

3) Defina as subdivisões de Mercado Financeiro e seus negócios:

a) Mercado Primário. É a primeira negociação dos títulos de determinada empresa no


IPO. O Mercado Secundário é após o IPO, onde as ações lançadas na Bolsa passam
a ser negociadas por todos os investidores. O Mercado de Câmbio é onde se negocia
os contratos futuros das moedas.

b) Mercado de Capitais, onde se distribui valores mobiliários para proporcionar


liquidez aos títulos emitidos, Mercado de Crédito, onde se concede e toma crédito,
Mercado de Câmbio, onde se negocia a troca de moedas, Mercado Monetário, onde
se concede empréstimos no curto prazo com vencimento inicial de um ano;

c) Mercado de Opções Binárias, onde é apostado o valor futuro de ações, Mercado


de Câmbio, onde se negocia a troca de moedas, Mercado Secundário, onde se
negocia as ações;

d) Não há subdivisão. O Mercado Financeiro funciona como um só.

4) No Mercado Financeiro, temos órgãos normativos, ou seja, instituições que


definem as regras do Mercado. Dentre as alternativas abaixo, qual é a correta?

a) Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de Seguros Privados


(CNSP) e o Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC);

b) Comitê de Política Monetária (COPOM), Comitê de Valores Mobiliários (CVM),


Conselho Monetário Nacional (CMN);

c) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), Banco Central (BACEN), Comitê


de Política Monetária (COPOM);

d) Banco Central (BACEN), Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional


de Seguros Privados (CNSP).

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5) Qual a função dos órgãos reguladores?

a) Criar a regras que o Mercado segue;

b) Regular os preços dos ativos negociados;

c) Regularizar as regras dos órgãos normativos;

d) Criar e regular os ativos que serão negociados.

6) Qual a função dos intermediários dentro do Mercado Financeiro?

a) Manter sob custódia os ativos comprados pelos investidores;

b) Disponibilizar as cotações dos ativos e intermediar as operações entre os


investidores as empresas;

c) Ser o “porta-voz” das empresas com os investidores;

d) Disponibilizar as cotações dos ativos e manter sob custódia os ativos comprados


pelos investidores.

7) Quais os principais clientes de Títulos Públicos?

a) Bancos, empresas, companhias seguradoras, CVM;

b) Bancos, Fundos de Investimento, Fundos de Pensão, Companhias seguradoras,


investidores estrangeiros;

c) Fundos de Investimentos, Fundos de pensão, startups, investidores estrangeiros;

d) Pessoas jurídicas, Companhias seguradoras, governo, investidores estrangeiros.

8) Qual a diferença entre o Mercado Primário e o Mercado Secundário?

a) A diferença está na quantidade de ativos disponíveis para negociação. O Mercado


Primário oferece uma variedade maior de ativos para negociar que o Mercado
Secundário;

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b) O Mercado Secundário é onde se negocia os derivativos futuros, enquanto no


Mercado Primário é negociado ações e commodities;

c) No Mercado Primário são negociadas ações de empresas que abrem seu capital e
captam recursos para o seu caixa. No mercado Secundário, é operado ativos já
listados na Bolsa e os lucros obtidos não vão para o caixa da companhia;

d) No Mercado Primário, são negociados as commodities e derivativos futuros,


enquanto no Mercado Secundário é negociado apenas as ações.

9) Qual a importância das centrais de custódia?

a) Além de manter os ativos dos investidores seguros, esses órgãos são responsáveis
pela liquidação das posições;

b) Esses órgãos mantêm o dinheiro investido seguro, cuidam dos ativos dos
investidores e são responsáveis pela liquidação dos títulos;

c) Esses órgãos regulam a quantidade de ativos que um investidor pode comprar;

d) Eles não são importantes. A CVM e o BACEN são responsáveis por toda a
organização e liquidação dos títulos dos investidores.

10) Qual a diferença de Mercado a Prazo e Mercado a Vista?

a) Não há diferença entre eles;

b) A diferença está na data de liquidação. Enquanto no Mercado a Prazo a liquidação


é em uma data futura, no Mercado à Vista o investidor faz o pagamento e recebe
suas ações em 3 dias úteis;

c) A diferença está na data de liquidação. Enquanto no Mercado a Prazo o investidor


faz o pagamento e recebe suas ações em 5 dias úteis, no Mercado a Vista a liquidação
é em uma data futura;

d) A diferença está nos ativos negociados. No Mercado a Prazo, são negociados ações
e opções. No Mercado a Vista são negociados commodities, juros e câmbio.

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EXERCÍCIOS TEÓRICOS - MERCADO DE OPÇÕES

1) O Mercado de Opções é atrativo para muitos investidores, dentre os quais fazem


operações de:

a) Hedge, que é uma operação de proteção das oscilações dos ativos, Arbitragem,
que busca travar o lucro com operações simultâneas do mesmo ativo em mercados
diferentes e Especulativas, onde se monta posições apostando na queda ou na alta
do ativo;

b) Hedge, onde se monta posição apostando na direção que o ativo vai tomar,
Arbitragem, que é uma operação de proteção contra as oscilações do mercado e
Long-Short, uma operação realizada para gravar o lucro de um ativo, operando-o
simultaneamente em dois mercados diferentes;

c) Day-Trade, operações rápidas de compra e venda altamente lucrativas, Hedge,


que é uma operação de proteção das oscilações dos ativos, especulativas, onde se
monta posições apostando na direção que o ativo vai tomar;

d) Hedge, que é uma operação de proteção contra as oscilações dos ativos,


especulativas, onde se monta posições apostando na direção que o ativo irá tomar,
Swing Trade, que são operações rápidas de compra e venda no dia altamente
lucrativas.

2) Apesar da vantagem de permitir operações com pouco capital, o que é necessário


para que se tenha sucesso, não apenas no Mercado de Opções, mas em todo Mercado
de Renda Variável?

a) Planejamento, estudo, paciência, ir na emoção;

b) Especulação, apostas infundadas, organização;

c) Planejamento, estudo, organização, paciência, gestão de risco;

d) Gestão de risco, estudo, especulação;

3) O que é uma Opção?

a) Uma opção é um ativo que você escolhe quando vender e quando comprar;

b) É um derivativo futuro, onde os investidores vendem para travar seus lucros;

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c) É direito de compra ou venda de um ativo com preço e datas pré-estabelecidos;

d) É uma operação dentro do mercado futuros que flexibiliza ganhos maiores.

4) O que é uma PUT?

a) Uma opção de venda, sem data definida para realização;

b) Uma opção de compra, sem data definida para a realização;

c) Uma opção de compra, com data definida para a realização;

d) Uma opção de venda, com data definida para a realização.

5) O que é uma CALL?

a) Uma opção de venda, sem data definida para a realização;

b) Uma opção de compra, com data definida para a realização;

c) Uma opção de venda, com data definida para a realização;

d) Uma opção de compra, sem data definida para a realização.

6) Qual a diferença entre uma Opção Americana e uma Opção Europeia?

a) Opção Americana obriga o investidor a exercer a opção apenas no vencimento,


enquanto a Opção Europeia possui uma flexibilidade no período de exercício;

b) Opção Americana permite fazer o exercício da opção antes do vencimento,


enquanto a Europeia estende seu prazo até depois do vencimento;

c) Opção Americana permite fazer o exercício da opção antes do vencimento,


enquanto a Europeia, o exercício é realizado apenas no vencimento da opção;

d) A Opção Americana é de Call e a Opção Europeia e de Put.

7) Quais as regras para o vencimento de uma opção?

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a) As opções, tanto de compra quanto de venda, vencem no primeiro dia útil do mês
e podem ser exercidas durante todo o pregão;

b) As opções vencem todas as terceiras segundas-feiras do mês, as de série


vincendas, são exercidas no último dia útil antes do vencimento, das 10h às 13h;

c) As opções vencem todas terceiras segundas-feiras do mês, e são exercidas um dia


depois do vencimento, das 10h às 13h;

d) As opções vencem a cada dois meses e são exercidas no dia do vencimento, das
10h às 13h.

8) Como é o código de cada opção?

a) As opções, assim como as ações, possuem 4 letras e 1 número, que faz referência
ao seu preço;

b) As opções possuem um código de 5 letras, sendo a última, referência ao mês de


vencimento e o número o preço de exercício;

c) As opções possuem um código de 5 letras, sendo a última referência ao mês de


vencimento e o número de opções que o investidor tem em posse;

d) As opções possuem um código de 6 letras, sendo a última a diferença entre Put


ou Call e o número o preço de exercício.

9) Como diferenciar uma Opção Put de uma Opção Call?

a) A quarta letra faz essa referência. Opções com letras intermediárias de A-L são
opções de compra (Call) e opções com letras intermediárias de M-X são opções de
venda (Put)

b) A quarta letra faz essa referência. Opções com letras intermediárias de A-L são
opções de venda (Put) e opções com letras intermediárias de M-X são opções de
compra (Call);

c) O número no final do código fez essa diferença. Números acima de 30, são opções
de venda e números abaixo de 30, são opções de compra;

d) A segunda letra do código faz essa referência. Opções com letras de A-L são
opções de compra (Call) e opções com letras de M-X são opções de venda (put).

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10) Preço da ação, volatilidade, taxa de juros, tempo e preço de exercício são os
principais fatores que afetam a precificação das opções. De que forma cada uma
afeta o preço?

a) Volatilidade, taxa de juros e tempo, quanto maiores forem, menor será o prêmio
de exercício. Preço de ação e preço de exercício, quanto menor for, maior o prêmio
de exercício;

b) Preço da Ação e Preço de Exercício quanto maiores forem, menor o valor da Call.
Alta volatilidade, mais Tempo e juros, quanto maiores forem, maior o valor da call;

c) Preço da Ação, Juros altos e Preço De exercício, quanto maiores forem, menor
será o valor da Call. Volatilidade e tempo quanto menores forem, maior será o valor
da Call;

d) Volatilidade, Preço de Ação e Tempo, quanto maiores forem, maior será o valor
da Call. Preço de Exercício e Juros quanto menores forem, menor será o valor da
Call.

EXERCÍCIOS TEÓRICOS - ANÁLISE FUNDAMENTALISTA (MACRO E


MICROECONÔMICA)

1) De forma simples, qual é o conceito de “análise fundalista”?

a) Análise de gráficos de empresas para saber sua cotação e saber se está barata ou
cara para investir;

b) Análise dos fundamentos de um derivativo e/ou startup para saber se ela tem
chance de valorização e rentabilidade ao investidor;

c) Análise dos fundamentos de uma empresa e/ou startup, juntamente com a análise
gráfica para avaliar se uma empresa é rentável ao longo prazo para o investidor e se
está barata para se posicionar;

d) Análise dos fundamentos de uma empresa e/ou startup com base no histórico de
preços e dividendos distribuídos para avaliar se a empresa é rentável ao longo prazo
para o investidor.

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2) Por que devemos levar em consideração o contexto macroeconômico quando


fazemos a análise fundamentalista?

a) Mais importante que o preço, é como as notícias afetam a empresa que se pensa
em investir. Volatilidade, contexto político-econômico contam muito. A empresa que
mantém uma boa performance, mesmo em momentos de crises sem entrar em
dívidas, tendem a ser as mais rentáveis no longo prazo.

b) O macroeconômico deve ser levado em consideração, pois, é a base para bons


investimentos. Compras em momentos de máximas históricas ou juros altos, tendem
a ser as mais assertivas.

c) O macroeconômico tem importância devido a seu efeito sobre a precificação dos


ativos em geral. As apostas baseadas no contexto econômico mundial tem menor
efeito nos preços do que as apostas feitas baseadas no microeconômico;

d) O macroeconômico deve ser levado em conta em operações de médio-prazo, onde


o investidor quer apenas um lucro rápido com a valorização de curto prazo do ativo.

3) Quais os princípios básicos levados em consideração nesse tipo de análise?

a) Histórico de preços, estudos dos demonstrativos financeiros, especulação, tomada


de decisão;

b) Comparação com outros ativos, análise gráfica, planejamento, tomada de decisão;

c) Avaliação dos fundamentos, comparação de ativos, especulação, tomada de


decisão;

d) Estudos dos demonstrativos financeiros, comparação com outros ativos, cálculos


e estimativas, tomada de decisão.

4) Considerando que a análise fundamentalista é usada para montagem de carteira,


qual deve ser o foco do investidor ao analisar uma empresa?

a) Focar no quanto de dividendos a empresa paga, estudar o histórico dos preços


para saber se ela está realmente barata, destrinchar a saúde financeira da empresa,
investigar a fundo se a empresa ainda tem espaço para crescer;

b) Destrinchar a saúde financeira da empresa, levar em conta a gestão da empresa,


fazer o valuation para definir o preço justo da ação, descobrir ter perspectivas de

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crescimento, estudar o setor da empresa e como ele se comporta no contexto


econômico;

c) Focar no preço atual da empresa, entender o endividamento dela, estudar o setor


da empresa e como ele se comporta no contexto econômico, focar nos dividendos,
investigar a fundo se a empresa tem espaço para crescimento;

d) Entender o possível comportamento da empresa com base nos dados gráficos,


fazer o valuation para definição do preço justo, levar em conta se a empresa paga
ou não dividendos, entender o endividamento da empresa.

5) Ao analisar uma Startup, o que deve ser levado em consideração para uma decisão
inteligente e rentável?

a) Os custos com a captação de clientes, o tempo médio de retorno do capital


investido, tempo da startup no mercado, gestão administrativa, nível de satisfação
dos clientes;

b) O dinheiro consumido por mês, o tempo de retorno do capital investidos, o número


de clientes captados, gestão administrativa, o quão recomendados são os
produtos/serviços ofertados;

c) O percentual que vai ser recebido em cima do primeiro investimentos, a captação


de clientes, o quanto de dinheiro é consumido no mês, tempo de retorno do capital
investido, o quanto é recomendado os produtos/serviços ofertados;

d) A receita recorrente, o custo de captação de clientes, tempo de retorno do capital


investido, o quão recomendados são os produtos/serviços ofertados, a quantidade
de dinheiro que a empresa consome por mês, quanto um cliente gera de receita
enquanto ativo.

6) Como podemos levar a macroeconomia em conta ao investir em empresas


consolidadas e em startups?

a) O percentual de lucro que vai ser recebido em cima do capital investido; gestão
administrativa, receita recorrente, momento político-econômico do país, juros,
competitividade dentro do setor que se vai investir;

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b) Segmento da empresa, momento político-econômico do país, preços dos


competidores, vantagens do investimento, potencial de lucratividade no longo prazo,
competitividade dentro do setor que se vai investir;

c) Contexto político-econômico do país, como a inflação e os juros podem afetar a


precificação da empresa, nível de atividade do setor investido, taxa de câmbio;

d) Endividamento da empresa, potencial de lucratividade no setor investido,


percentual de lucro que vai ser recebido em cima do capital investido, como os juros
e a volatilidade podem afetar a precificação da empresa.

7) Dentro da análise de uma empresa são estudados muitos indicadores. Dentre eles
podemos citar:

a) Endividamento líquido, margem bruta, preço/lucro, balanço patrimonial;

b) ROE, ROI, ebitda, margem bruta, preço/lucro, endividamento líquido;

c) Cotação atual, balanço patrimonial, juros que a empresa paga, ebitda;

d) Valuation, cotação atual, margem líquida, juros que a empresa paga.

8) Em relação ao contexto microeconômico, o que deve ser levado em consideração


ao estudar uma empresa e/ou startup?

a) Taxa de Juros, volatilidade, competitividade do setor investido, margem de


crescimento da empresa;

b) Gestão administrativa, histórico de preços, margem de crescimento da empresa,


taxa de juros;

c) Balanço patrimonial, preço/lucro, demonstrativo de fluxo de caixa, análise da


concorrência;

d) Balanço patrimonial, análise da concorrência, demonstrativo de fluxo de caixa,


demonstrativo de resultados de exercício.

9) Com base na análise fundamentalista, quando se deve vender uma ação?

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a) Algumas questões devem ser levadas em consideração, como por exemplo, se a


ação atingiu o seu valor intrínseco, se surgiu uma oportunidade mais lucrativa a longo
prazo, os fundamentos da companhia caíram.

b) O investidor pode se desfazer das ações quando bem entender, a partir do


momento que elas deixam de ser lucrativas em sua carteira;

c) O investidor precisa levar em consideração o cenário em que encontra e como a


volatilidade está afetando o desempenho da ação dentro de sua carteira;

d) Se a ações cair demais, é necessário que o investidor se desfaça das ações para
evitar maiores prejuízos.

10) Qual a diferença entre a análise técnica e a análise fundamentalista?

a) Não há diferença entre elas. Ambas podem ser usadas no longo prazo;

b) A análise técnica é mais comumente usada para operações de curto prazo, como
o Day Trade. A análise fundamentalista é indicada para posições de médio-longo
prazo.

c) A análise técnica é usada apenas quando os fundamentos da empresa são fracos.


A análise fundamentalista é indicada para empresas já consolidadas;

d) A análise técnica se baseia no cenário macroeconômico, enquanto a


fundamentalista, tem base no microeconômico.

EXERCÍCIOS TEÓRICOS - UNIVERSIDADE ATOM

1) Qual a importância de se ter uma gestão de risco e um a gestão emocional


eficiente?
a) Não é necessário ter nenhum tipo de gestão, visto que o mercado é previsível;
b) A gestão emocional se faz necessária para evitar que a ansiedade e a ganância
controlem o trader e, a gestão de risco para evitar uma quebra de banca;
c) A gestão de risco se faz necessária para evitar que o trader tenha altas perdas e
fique abalado. A gestão emocional não precisa ser levada em consideração;
d) Nenhuma das alternativas anteriores.

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2) Sobre as estratégias, qual das alternativas melhor se encaixa sobre o stop loss
um pouco mais longo que o gain:

a) Dar espaço para o mercado se movimentar, sem risco de ser stopado com
facilidade na oscilação e tem ganhos rápidos;

b) O certo é não ter o stop loss;

c) Ganhos mais rápidos que as perdas, uma vez que o mercado é direcional e não
oscila;

d) Ganhos mais rápidos que as perdas, uma vez que pendurada a ordem, o mercado
não vai continuar seu movimento

3) Sobre a #Telesena, quais as vantagens de utilizar a estratégia em conjunto com


a VWAP?

a) Por ser uma estratégia de saídas parciais, o trader aproveita melhor o movimento
do Mercado e paga menos corretagem;

b) Por se tratar de uma estratégia de saídas parciais, o risco fica menor utilizando
um stop mais curto que as saídas de gain;

c) Por se tratar de uma estratégia de uma única saída, porém com gain mais longo,
ela tem um risco/retorno estavel e baixa chance de erro;

d) Não há vantagem em usar essa estratégia, apenas a estratégia de rompimento e


zona de proteção.

4) O Time and Trades é utilizado para ler o fluxo de ordens do mercado. Como
tiramos vantagem dessa ferramenta?

a) Não há vantagens, pois o próprio Superdom faz isso de maneira mais didática;

b) Não há vantagens, pois a ferramenta só mostra as ordens que são penduradas de


um dia para o outro;

c) É vantajoso na hora de operar rompimento de scalping, tendo a certeza que terá


fluxo para a estratégia ser bem-sucedida;

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d) É vantajoso pois garante maior visibilidade das zonas de proteção.

5) Qual deve ser a preparação diária de um trader antes de operar?

a) Não é necessário ter uma rotina pré-trade. Basta apenas se sentar em frente ao
computador e operar;

b) É preciso saber as notícias do dia e ter cuidado ao operar nesses horários;

c) É preciso que trader tenha um checklist com para lembrar de ver notícias,
divulgações e revisar a estratégia para o dia;

d) É necessário que o trader estude seus pontos, revise a estratégia e esteja atento
às divulgações de dados econômicos e políticos.

6) A estratégia de rompimento na abertura de mercado funciona muito bem pois:

a) Há um grande número de players, por isso o fluxo é maior, o que favorece a


execução da estratégia;

b) O mercado fica indeciso para onde vai, o que facilita a execução da estratégia;

c) O mercado é mais líquido no período da manhã;

d) Nenhuma das alternativas anteriores.

7) Quais das alternativas abaixo melhor se encaixa para o desenvolvimento de um


Mindset bem-sucedido?

a) Foco nos resultados, gestão de risco, gestão emocional, pensar a longo prazo;

b) Foco nos resultados, gestão emocional, pensar a longo prazo, ter um bom
planejamento;

c) Foco no processo, gestão de risco, gestão emocional, alto nível de assertividade


diário;

d)Foco no processo, planejamento, gestão de risco, gestão emocional, pensar a longo


prazo, acompanhamento de métricas.

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9) Quais as vantagens de se operar day trade?

a) Não há vantagem. Há muitas críticas a esse método operacional;


b) Oportunidades diárias, pode operar comprado e vendido, não há preocupação com
burburinho externo;
c) Oportunidades diárias, mercado extremamente alavancado, próprio para as
instituições;
d) Maior liberdade de escolha de ativos para operar.

10) Quais os dois principais pontos que o trader precisa respeitar para ter sucesso na
carreira?
a) Gestão de risco e gestão emocional;

b) Foco nos resultados e pensamento a curto prazo;


c) Métricas simples e planejamento;
d) Foco na estratégia ideal e planejamento.

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