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2o semestre de 2018
Prof. Yoshio Kawano
Polímeros que apresentam condutividade elétrica
Condutividade elétrica é o fluxo de corrente elétrica pelo material, para
uma dada voltagem aplicada.
Símbolo: σ Resistência elétrica – ohm - Ω
Unidade de condutividade: Ω-1 cm-1 ou S cm-1 (Ω-1 = S - siemens)
Valores da σ de alguns materiais:
isolante : <10-10 S cm-1,
semicondutor :10-5 S cm-1,
condutor: 104 S cm-1 e
cobre: 5x105 S cm-1.
Os polímeros sintéticos orgânicos, de um modo geral, são isolantes.
Alguns polímeros , com ligações simples e duplas alternadas na cadeia,
ou seja, conjugados , podem se comportar como semicondutores e
mediante dopagem, podem se tornar condutores elétricos.
Em geral, a condutância elétrica é referente à corrente contínua.
Polímero orgânico conjugado prístino é isolante ou semicondutor.
Quinona é uma classe de compostos orgânicos derivados de
compostos aromáticos pela conversão de um número par de grupos
–CH= em grupos –C(=O)- com algum rearranjo necessário de ligações
duplas resultando numa estrutura cíclica conjugada.
Quinonas são conjugados mas não são aromáticos.
Polímeros conjugados podem apresentar o esqueleto conjugado,
cadeia lateral e substituintes.
O esqueleto conjugado é a parte mais importante, pois controla a
condutância elétrica, os níveis de energia, a separação dos níveis de
energia (gap) e as interações intra e inter moleculares.
A cadeia lateral contribui com a massa molar, solubilidade e a
processabilidade do polímero conjugado.
O substituinte é usado para modular as propriedades eletrônicas do
polímero (nível de energia, gap, mobilidade, etc.)
Em polímeros conjugados, a adição mínima de espécies que
modificam a estrutura eletrônica da cadeia polimérica, criando
níveis de energia intermediário entre as bandas de valência e de
condução, é conhecido por dopagem.
A dopagem pode ser do tipo:
p – quando ocorre abstração de elétron da cadeia (criando um
buraco ou lacuna, hole) e
n - quando ocorre inserção de elétron na cadeia.
No tipo n, há um excesso de elétron na cadeia, e este elétron irá se
localizar na banda de condução.
No tipo p, haverá um excesso de buracos, e este irá se localizar na
banda de valência.
Haverá condução de elétron na banda de condução e de buracos na
banda de valência.
A condução elétrica em sólidos é explicada em termos da teoria de bandas.
Numa cadeia polimérica conjugada os orbitais eletrônicos podes ser:
Banda de condução orbitais antiligantes LUMO - lowest unoccupied molecular
orbital
Banda de valência orbitais ligantes HOMO - highest occupied molecular
orbital
Eg /eV (Eg é a energia do gap)
Nos metais 0
Nos semicondutores 1,5 a 2,5
Nos isolantes > 3,0
Um material se torna condutor ao promover um elétron da banda de
valência para a banda de condução.
O modelo de banda assume que os elétrons são deslocalizados e
podem se extender sobre os segmentos da cadeia.
Os polímeros condutores são preparados pela oxidação ou redução da
cadeia do polímero por meio de agentes dopantes apropriados.
O aumento da condutividade se dá com a remoção de e- da banda de
valência pelo dopante, deixando ele com uma carga (+), ou doando
um e- à banda de condução por meio da dopagem.
Espécies que causam oxidação: I2, Br2, Cl2, HClO4, AsF5, BF4, PF6, AsF6.
Espécies que causam redução: Na, K, Li, Ca, tetrabutilamônio.
O polímero dopado muda várias de suas propriedades, tais como: cor,
geometria, solubilidade, densidade, porosidade, morfologia, energia
superficial, propriedades elétricas e processabilidade.