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1.

3 Diferenças entre o texto literário e não literário


O texto literário vai apresentar uma função artística, onde preza pela
estética e subjetividade para criar suas narrativas ficcionais, criadas com base
nos acontecimentos do cotidiano, memórias, reflexões e dentre outras formas
de inspiração.
Pode ser encontrado em prosas, narrativas de ficção, em crônicas, em
contos, novelas, romances e nos poemas.
Sua linguagem subjetiva, caracterizada pela contação, permite com que
seus textos assumam múltiplos sentidos e destinos, ou seja, múltiplas
interpretações. Dessa forma, as palavras inseridas nos textos literários podem
apresentar plurissignificação, onde só é possível entender seu sentido no
contexto em que está inserido.
Entretanto, isso não impede que tenham uma função educativa ou
informativa, mas optem por uma linguagem pessoal, que desperte algo no
leitor. Seja com múltiplos significados, reflexões e emoções. Dessa forma, não
apresenta uma função, isso é, não foi escrito para cumprir determinada função
e sim para entreter o leitor por meio da sua forma evasiva (sentimento de fuga
da realidade).
Além disso, para ajudar na construção da conotação, é muito utilizado as
figuras de linguagem, como a comparação, metáfora, a metonímia, a ironia, a
hipérbole e entre outras. E em muitos casos, os autores podem desobedecer a
algumas normas gramaticais, utilizando a licença poética.
O texto não literário vai apresentar uma função pragmática — não vai
ser utilizado para fins artísticos. Dessa forma, não se tem a intenção da beleza
artística, valorização do eu-lírico, busca de uma linguagem conotativa.
Como principal característica, se tem a necessidade de se comunicar de
forma clara e precisa, para isso, vai ser utilizada a linguagem denotativa e
impessoal, com o intuito de que a mensagem gerada não tenha dificuldade de
ser compreendida.
Dessa forma, sua leitura vai ser unívoca, que apresenta apenas uma
interpretação, somente um único significado. Por esse motivo, são raramente
encontradas figuras de linguagem coloquiais, optando-se por uma linguagem
culta e pontuação padrão.
Nesse sentido, o texto não literário, geralmente se preocupa com uma
mensagem específica a ser transmitida, que deverá chegar de forma clara, a
um receptor também específico. Por esses motivos, esse tipo de texto também
é conhecido como utilitário, sendo um relato fiel de fatos que vão priorizar a
informação com objetividade e sem impessoalidade.
Vale ressaltar, esse tipo de texto é muito encontrado em matérias
jornalísticas, notícias e artigos científicos.
Resumidamente, os textos literários têm uma função estética, que visa
em provocar diferentes emoções no leitor. Assim, nem sempre estão ligados a
realidade (ficção) e apresentam a subjetividade que permite suas diferentes
interpretações dos leitores. Além de apresentarem figuras de linguagens que
permite o sentido figurado e metafórico das palavras.
Já o texto não literário busca informar o leitor por meio de uma
linguagem denotativa (clara e objetiva). Como, por exemplo: artigos científicos,
notícias ou textos didáticos. (Anexo 1)
2.0 Ricardo Reis
2.1 Biografia
O poeta Fernando Pessoa é um dos representantes mais importantes da
literatura portuguesa. Pessoa criou diversos personagens, onde pôde adotar
em cada um de seus heterônimos um estilo próprio, características visíveis que
variam conforme as temáticas que seus textos abordam. E estudos indicam
que o escritor assinou textos com cerca de 70 nomes diferentes. (Anexo 2)
Ricardo Reis é um dos heterônimos mais conhecidos do poeta. Foi
criado por Pessoa em 1913 como autor dos poemas pagãos, conforme a
criação de sua biografia, ‘Poemas de Índole Pagã’. Mas, o personagem nasceu
no dia 19 de setembro de 1887, em Lisboa ou na cidade do Porto.
Em relação aos aspectos físicos do heterônimo, era um homem de
estatura baixa, moreno, mais forte e magro em comparação ao Alberto Caeiro,
outro heterônimo de Fernando Pessoa. (Anexo 3
Estudou em um colégio de jesuítas, recebendo uma forte educação
clássica. Posteriormente, se torna médico, mas não se tem indícios de que
Reis tenha usado sua profissão como modo de vida. Monarquista e contra a
Proclamação da República Portuguesa, mudou-se no Brasil, em 1919. De
formação latinista e semi-helenista por ‘educação própria’ — aquele que se
dedica ao estudo dominante sobre a cultura grega — era tradicionalista,
politicamente e artisticamente.
Pelo constante contato a cultura clássica ao longo da vida, Ricardo Reis,
se tornou um profundo admirador de obras clássicas, seja na língua latim,
obras gregas e mitologia. Então, influenciado pela cultura grega, se baseava no
epicurismo para observar a vida, que buscava pelo equilíbrio espiritual e um
estado de tranquilidade e de libertação dos medos, por meio dos prazeres
moderados.
Além disso, também se baseava no neopaganismo e no estoicismo,
onde, aceitava os acontecimentos naturais das coisas como uma forma de
autoconhecimento e tinha uma ‘aceitação’ do destino, sem uma amarração na
subjetividade. Rejeitando as emoções e os sentimentos intensos
Além disso, Ricardo era discípulo de Alberto Caeiro. Admirando sua
calma e serenidade de como encarar a vida, por isso, inspirava-se em sua
clareza, equilíbrio e ordem do seu espírito greco-latino e o equilíbrio sem sofrer
através das doutrinas gregas.
Em relação as suas obras poéticas, Ricardo Reis se inspirava no poeta
latino Horácio, tanto em relação a sua filosofia ‘carpe diem’, sobre aproveitar
cada momento, tão quanto na sua forma de escrita, com a utilização de
gerúndios, imperativos e inversões de sintaxe.
Suas primeiras criações foram publicadas na revista Athena, em 1924,
sendo fundada pelo seu próprio criador, Fernando Pessoa. Mais tarde, em
1927 e 1930, foi publicada oito odes, de sua autoria, na revista Presença. Os
seus outros poemas e prosas foram publicados após a sua morte. Vale
ressaltar que toda a sua admiração pela cultura clássica greco-latina definiu a
forma de produção de todas as suas obras, sendo de predominância temática
de prazer, viver, serenidade e equilíbrio.
Contudo, apesar de Ricardo Reis não apresentar uma data de
falecimento em sua biografia, o escritor José Saramago escreveu 'O ano da
morte de Ricardo Reis’. Onde a publicação busca explorar e se aventurar a dar
um término na história de Reis, o protagonista do romance, situa a morte do tal
no ano de 1936.
Fontes
https://www.todamateria.com.br/texto-literario-e-nao-literario/#:~:text=O
%20texto%20liter%C3%A1rio%20%C3%A9%20aprestado,
%C3%A9%20chamado%20de%20texto%20utilit%C3%A1rio. – Acessado
em 13 de fevereiro de 2024
https://www.diferenca.com/texto-literario-e-texto-nao-literario/- acessado
em 13 de fevereiro de 2024
https://vestibulares.estrategia.com/portal/materias/portugues/texto-nao-
literario/- - acessado em 13 de fevereiro de 2024
https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/texto-literario.htm#:~:text=O
%20texto%20liter%C3%A1rio%20%C3%A9%20uma,alguma%20parte%20da
%20exist%C3%AAncia%20humana. – Acessado em 13 de fevereiro de 2024
https://blog.stoodi.com.br/blog/portugues/texto-literario-o-que-e/ - Acessado
em 13 de fevereiro de 2024
https://www.significados.com.br/texto-literario/#:~:text=O%20texto%20n
%C3%A3o%20liter%C3%A1rio%20procura,%2C%20not%C3%ADcias%2C
%20ou%20textos%20did%C3%A1ticos. – Acesso em 13 de fevereiro de
2024
https://www.normaculta.com.br/texto-literario-e-nao-literario/ - Acessado
em 13 de fevereiro de 2024
https://imprensanacional.pt/ricardo-reis/ - Acessado em 13 de fevereiro de
2024
https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/ricardo-reis.htm - Acessado
em 13 de fevereiro de 2024
https://recantodopoeta.com/ricardo-reis/#google_vignette – Acessado em
13 de fevereiro de 2024
https://www.portugues.com.br/literatura/ricardo-reis.html - Acessado em
13 de fevereiro de 2024
https://portalcafebrasil.com.br/ricardo-reis/ - Acessado em 13 de fevereiro
de 2024
Anexos
Anexo 1 – A imagem mostra uma tabela que demostra a diferença entre o
texto literário e não literário.

https://slideplayer.com.br/slide/1796350/9/images/9/Em+S
%C3%ADntese+TEXTO+LITER%C3%81RIO+TEXTO+N%C3%83O-LITER
%C3%81RIO.jpg – Acessado em 13 de fevereiro de 2024

Anexo 2- A imagem mostra o criador de Ricardo Reis, que é o escritor


Fernando Pessoa.

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/32/Pessoa_chapeu.jpg -
Acessado em 13 de fevereiro de 2024

Anexo 3 – A imagem mostra como seria o heterônimo Ricardo Reis.


https://s.ebiografia.com/assets/img/authors/ri/ca/ricardo-reis-m.jpg - Acessado
em 13 de fevereiro de 2024

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