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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Orientador
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LUANDA
2023/2024
INSTITUTO MÉDIO TÉCNICO SÃO BENEDITO
ORIENTADOR:
LUANDA
2023/2024
FOLHA DE ROSTO
Amélia Salonombo
Arcanjo Mendes
Aristóteles Cristovão
Arnaldo Artur
Celio Lungoma
EPÍGRAFE
I
DEDICATÓRIA
II
AGRADECIMENTOS
III
INTRODUÇÃO
Actualmente é impossível pensar no desenvolvimento da sociedade sem uso dos plásticos, são
um dos materiais mais usados na sociedade como também o mais descartado atualmente. O
polietileno é um dos plásticos mais comuns também no cotidiano, usado na indústria para
fabricar diversos produtos como: embalagens de alimentos líquidos e sólidos, embalagens
para produtos farmacêuticos e hospitalares, fraudas descartáveis, absorventes, brinquedos,
baldes, bacias e outros produtos.
O processo de produção do polietileno é muito poluente pois durante processo há emissão dos
gases metano e etileno em grandes quantidades na atmosfera o que tem contribuído para a
poluição atmosférica e o efeito estufa.
De modo geral o polietileno é de origem fóssil, obtido a partir do petróleo, mas actualmente
devido o conceito de sustentabilidade tem surgido outras maneiras de obter diversos produtos
ocasionando assim o surgimento do polietileno verde obtido de através da cana-de-açúcar,
existem diferenças na matéria e processo de obtenção do polietileno podendo gerar polietileno
com características diferentes, por serem obtidos de maneiras diferentes podem surgir
comparações de custos económicos como também de questões ambientais para saber qual dos
métodos é mais viável para sociedade.
Com um estudo ou uma análise das metodologias de obtenção poderia se ter uma noção de
custos económicos de cada processo e uma análise de matérias descartados como também de
emissões na atmosfera durante os processos de obtenção do polietileno.
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CAPÍTULO - I
PROBLEMATIZAÇÃO DO PROJECTO
V
1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
VI
1.2 FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES
VII
1.3 JUSTIFICATIVA
VIII
1.4 OBJECTIVOS DE ESTUDO
IX
X
CAPÍTULO - II
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1
2.1 DEFINIÇÃO DE CONCEITOS
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2.2 REFERNCIAL TEÓRICO
O primeiro polímero sólido de etileno (polímeros líquidos de etileno eram conhecidos desde
1869), que é o primeiro e o mais simples membro da família dos polímeros vinílicos, a
chamada alta de polietileno sob pressão, foi descoberto como o resultado inesperado de
pesquisas iniciadas sem tal objetivo.
Estas pesquisas foram realizadas por uma equipe que não tinha nenhum conhecimento
particular do campo macromolecular. O mesmo se aplica no caso da descoberta do campo
macromolecular de baixa pressão polietileno vinte anos mais tarde.
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O polietileno sólido que é vendido como produto industrial e que utilizamos hoje em nossos
produtos foi descoberto em 1933, por Eric W. Fawcett e Reginald Oswald Gibson, enquanto
faziam experimentos onde colocavam várias combinações de elementos em diferentes
condições, como alta pressão, altas temperaturas, etc.
As reações a serem estudadas não foram selecionadas porque elas poderiam ser fortemente
afetadas pela pressão por motivos teóricos, mas, ao invés disso, esperava-se que os
compostos, que normalmente não reagem, podem reagir ou que reações, que normalmente
necessitam catalisadores, podem ocorrer sem eles a altas pressões.
Cinquenta reações químicas diferentes foram estudadas sem sucesso, mas um dos fracassos
resultou, através de uma série de coincidências, em a descoberta do polietileno. Em uma
experiência envolvendo tolueno e etileno, o tolueno tornou-se visivelmente turvo e Fawcett
conseguiu isolar vestígios de um pó branco, mas só alguns meses depois ele soube disso era
polietileno. No dia 24 de março de 1933, Fawcett e Gibson iniciaram uma reação de etileno
com benzaldeído. A temperatura era de 170 °C, a pressão de 1900 atm e o aparelho era
deixado de um dia para o outro.
Na manhã do dia 25, a pressão era superior a 1800 atm, e como havia o suspeito de alguma
perda de gás, ele foi elevado novamente para mais de 1900 atm e o aparelho foi deixado no
final de semana. No dia 27 de março de 1933, pela manhã, descobriu-se que a pressão caiu
porque um vazamento e todo o benzaldeído explodiu do reator no óleo do termostato.
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Quando a bomba foi desmontada, Fawcett observou que a ponta do tubo em U de aço foi
revestido com um material ceroso e Gibson gravou em seu caderno: “Sólido ceroso
encontrado no tubo de reação.”. É esta nota simples e curta foi reconhecida como a primeira
observação registrada da formação do polietileno.
Fawcett, que era um químico orgânico, coletou esta substância (cerca de 0,4 g). Por duas
microanálises foi estabelecida a fórmula empírica CH ₂ e por determinação da elevação do
ponto de ebulição do benzeno foi encontrado um peso molecular de 3700 ou mais. A
substância não continha oxigênio e, como consequência, o benzaldeído não reagiu com
etileno. Esta substância foi de fato o primeiro polietileno sólido obtido.
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2.2.2 POLIETILENO
O etileno ou eteno é o hidrocarboneto alceno mais simples da família das olefinas, constituído
por dois átomos de carbono e quatro de hidrogênio (C2H4). Existe uma ligação dupla entre os
dois carbonos. A existência de uma ligação dupla significa que o etileno é um hidrocarboneto
insaturado.
Fonte:
Parcialmente cristalino.
Flexível.
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O Polietileno (PE) é um polímero cujo monômero formador da macromolécula é o etileno, a
macromolécula é obtida através da reação de poliadição. As matérias primas utilizadas para
obtenção do etileno são etanol, o gás natural ou nafta.
Fonte:
Segundo Neves (2009) o polietileno é inerte a maioria dos produtos químicos, devido a sua
natureza parafínica, sua estrutura parcialmente cristalina, alto peso molecular e grande
quantidade de fase amorfa.
O polietileno (PE) por ser inerte e atóxico é muito utilizado para fabricação de embalagens
para indústria farmacêutica e alimentícia. Antigamente classificava-se o polietileno devido a
sua densidade e método de obtenção. Tipos de Polietileno
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pelo tipo de catalisador utilizado na reação de polimerização, existência ou não de
ramificações, pelo tipo de cadeia e pelas condições reacionais (MARK, 1987).
A obtenção do polietileno (PE) é feita em pressões elevadas entre 1000 a 3000 atm. e
temperaturas entre 100 e 300 °C. Em temperaturas acima de 300 °C o polietileno (PE) tende a
degradar-se (MARK, 1987).
Fonte:
2.2.2.1.2 Propriedades
Tenacidade;
Alta resistência ao impacto;
Alta flexibilidade;
Boa estabilidade;
Boas propriedades isolantes;
Alta resistência química;
Fácil permeabilidade.
2.2.2.1.3 Aplicações
O PEBD, é aplicado como filmes para embalagens industriais e agrícolas, filmes destinados a
embalagens de alimentos líquidos e sólidos, filmes laminados e plastificados para alimentos,
embalagens para produtos farmacêuticos e hospitalares, brinquedos e utilidades domésticas,
revestimento de fios e cabos, tubos e mangueiras.
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2.2.2.2 Polietileno linear de baixa densidade (pelbd ou lldpe)
O polietileno linear de baixa densidade (PELBD) foi comercializado pela primeira vez no
final da década de 70 pela Union Carbide e Dow Chemical. Atualmente, é o principal tipo de
polietileno produzido comercialmente (MARK, 1987).
Segundo Mark (1987) “PELBD convencional difere de PEBD por ter uma distribuição de
peso molecular estreita e por não conter ramificações de cadeia longa. O PELBD é feito por
copolimerização de etileno e α-olefinas”. A figura a seguir mostra a cadeia do PELBD.
Fonte:
O monômero utilizado para obtenção do PELBD é o etileno e qualquer αolefinas de C 3 até C20
pode ser utilizada como comonômeros. Apesar dessa grande variedade de comonômeros, os
quatro comumente utilizados são: 1-Buteno, 1Hexeno, 4-Metil-1-Penteno e 1-Octeno
(MARK, 1987).
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O polietileno (PE) é o plástico mais utilizado no mundo e o polietileno de alta densidade
(PEAD) é o tipo mais utilizado de polietileno. É o produto da polimerização do polietileno
com densidades entre 0.91g/cm³ e 0,94g/cm³ (MARK, 1987).
Fonte:
2.2.2.3.1 Aplicações
O PEAD é utilizado para a confeção de baldes e bacias, bandejas para pintura, banheiras
infantis, brinquedos, conta-gotas para bebidas, jarros d’água, potes para alimentos, assentos
sanitários, bandejas, tampas para garrafas e potes, engradados, boias para raias de piscina,
caixas d’água, entre outros.
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2.2.2.4 POLIETILENO DE ULTRA-ALTO PESO MOLECULAR (PEUAPM ou
UHMWPE)
Os polietilenos com peso molecular de três a seis milhões de grama por mol são chamamos
de polietileno de ultra alto peso molecular (PEUAPM).
O polietileno de ultra alto peso molecular (PEUAPM) quando adquiri a forma de plástico
possui características impressionantes, que o torna um polímero de engenharia. Suas
características o fazem superior aos outros termoplásticos em relação à resistência a abrasão,
resistência à fratura por impacto, inércia química, baixo coeficiente de atrito, auto lubrificação
e não absorção de água (WIBECK, HARADA, 2005).
Indústrias alimentícias: Roscas e estrelas nas áreas de envasamento, buchas, cortadores, etc.;
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combustíveis fósseis, que são reconhecidamente recursos naturais esgotáveis e não
renováveis, fato que se contrapõe aos princípios da sustentabilidade.
Este Polietileno Verde vem ganhando valor no mercado por ser obtido a partir de fonte
renovável ao invés de combustíveis fósseis, o etanol da cana-de-açúcar, além de preservar as
características de desempenho de um Polietileno tradicional, podendo ter utilização imediata
nas mais variadas aplicações. O produto foi anunciado ao mercado em 2007, quando recebeu
validação do laboratório internacional Beta Analytic e mais recentemente foi certificado pelo
instituto belga Vinçotte (BRASKEM, 2012).
O uso de etanol para produção de eteno é uma técnica relativamente antiga. Na década de
1970, quando o Brasil implantou o Programa Nacional do Álcool (o Pró Álcool), a Petrobras
desenvolveu uma tecnologia1 que foi utilizada para projetar uma fábrica no Brasil (ex-
Salgema, que agora pertence à Braskem). Esta foi considerada a maior usina de etanol para
eteno na época, porém foi desativada na década de 1990, como consequência da baixa
competitividade em comparação com o eteno à base de matéria prima fóssil.
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A Braskem começou a explorar novas possibilidades de uso de biopolímeros em 2001 e,
desde então, fez avanços significativos para obtenção de um produto competitivo para o
mercado. De um lado, havia uma grande preocupação da terceira geração (nossos clientes) de
ter que adequar seus equipamentos e processos para processar o PE Verde e/ou obter a
qualidade final desejada de seus produtos. Do nosso lado, havia alguns desafios técnicos
claros, dentre eles:
Não contribui para o acréscimo de gás carbônico (CO2) na atmosfera. Esse gás é o principal
causador do aquecimento global e é produzido pelos combustíveis fósseis. Já no caso do
plástico verde, ele pode contribuir para a redução do aquecimento global, tendo em vista que
as plantações de cana-de-açúcar realizam fotossíntese, absorvendo o CO2 da atmosfera;
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CAPÍTULO – II
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3.1 Produção do etileno a partir do petróleo
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3.1.2 Destilação
O petróleo em seu estado puro possui um valor tecnológico restrito, assim para se tornar útil
ele é separado em fracções ou em grupos, ou seja, ele é refinado através do processo de
destilação atmosférica.
Antes do petróleo entrar na torre de destilação ele é aquecido em uma fornalha onde passa
dentro de uma serpentina alcançando uma temperatura de em torno 400 graus, depois entra na
torre num ponto chamado de zona de vaporização, a separação é feita pelas características dos
hidrocarbonetos possuírem diferentes pontos de ebulição.
As fracções entra na torre em forma gasosa, a medida que sobem entram em contactos com
os pratos que vão diminuindo de temperatura, as fracções quando vão entrando em contacto
com os borbulhadores, os vapores condensão, mudando de estado, do gasoso para o líquido
sendo assim separado das outras fracções que seguem no estado gasoso, no topo da torre são
separadas as fracçõs mais leves que é a parte gasosa, e as mais pesadas na base da torre como
mostra a figura a baixo:
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3.1.3 Craqueamento catálico
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3.2.1 Colheita
3.2.2 Lavagem
A cana de açúcar, chegando às usinas em sua forma pura, é colocada em uma esteira rolante.
Lá, ela é submetida a uma lavagem que retira sua poeira, areia, terra e outros tipos de
impurezas. Na sequência, a cana é picada e passa por um eletroíman, que retira materiais
metálicos do produto.
3.2.3 Moagem
Nesse processo, a cana é moída por rolos trituradores, produzindo um líquido chamado
melado. Cerca de 70% do produto original viram esse caldo, enquanto os 30% da parte sólida
se transforma em bagaço. Do melado, continua-se o processo de fabricação do etanol,
enquanto o bagaço pode ser utilizado à geração de energia na usina.
Para eliminar os resíduos presentes no melado (restos de bagaço, areia, etc.), o líquido passa
por uma peneira. Em seguida, ele segue a um tanque para repousar, fazendo com que as
impurezas se depositem ao fundo – processo chamado decantação. Depois de decantar, o
melado puro é extraído e recebe o nome de caldo clarificado. O último processo de extração
de impurezas é a esterilização, em que o caldo é aquecido para eliminar os micro-organismos
presentes.
3.2.5 Fermentação
Após estar completamente puro, o caldo é levado a domas (tanques) no qual é misturado e
eles um fermento com leveduras (sendo mais comum a levedura de Saccharomyces cerevisia).
Esses microrganismos se alimentam do açúcar presente no caldo. Nesse processo, as
leveduras quebram as moléculas de glicose, produzindo etanol e gás carbônico. O processo de
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fermentação dura diversas horas, e como resultado produz o vinho, chamado também de
vinho fermentado, que possui leveduras, açúcar não fermentado e cerca de 10% de etanol.
3.2.6 Destilação
O Etanol é misturado inicialmente com uma corrente de vapor aquecida, essa mistura segue
para o forno para elevação da temperatura.
Após o aumento de temperatura, essa corrente vai para o reator onde ocorrerá a desidratação
catalítica (Catalisadores de Alumina). Geralmente são usados dois ou três reatores de leito
fixo em série com fornos intermediários para reaquecimento das correntes. Vapor de água é
utilizado como fluído inerte de aquecimento para o transporte do etanol como processo é
endotérmico, esse vapor faz com que a temperatura do reator seja controlada, esse controle é
importante, pois a formação do etileno é favorecida acima de 360 graus.
Posterior a reação se desidratação, tem-se o etileno bruto que é purificado em uma sequência
de operações iniciando com um resfriamento rápido da corrente de reação em uma torre de
condensação, remover a maior parte da água formada e as substâncias condensáveis polares,
como o etanol não-reagido e pequenas quantidades de acetaldeído e ácido acético.
A corrente de etileno que deixa o topo da torre, contendo outros contaminantes menores, é
tratada de acordo com a pureza desejada para o produto final: etileno grau químico, possui
uma pureza de no mínimo 90% e o etileno grau polímero, no mínimo 99%.
Para obtenção do etileno grau polímero a corrente segue o processo de purificação entrando
numa torre de lavagem com solução de NAOH, para retirada de CO2 e, após isto passa por
um leito dessecante para obtenção de etileno grau químico. A ultima etapa de purificação
consiste em fraccionar esta corrente através de destilação criogênica, obtendo-se monômero
grau polímero. Os efluentes gerados nesse processo contêm principalmente acetaldeído, dietil
éter e etanol não-regido.
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