PÓS-GRADUAÇÃO

Fundamentos do
Projeto Estrutural
 PÓS-GRADUAÇÃO

Análise da NBR 6120 e a

determinação dos
carregamentos
permanentes e acidentais
Bloco 1
Thiago Drozdowski Priosta
Objetivo

• Conceituar o uso da NBR 6120 no âmbito do

cálculo de estruturas.
• Conhecer as cargas que atuarão nas diversas
estruturas.
• Diferenciar os carregamentos atuantes nas
estruturas.
• Determinar os valores das cargas a serem
consideradas nos projetos de estruturas de
edificações.
Definições

• Finalidade: fixar as condições exigíveis para

determinação dos valores das cargas que devem
ser consideradas no projeto de estrutura de
edificações.
• Cargas permanentes.
• Cargas acidentais.
Condições específicas

• Na ausência de definição da posição de paredes

divisórias sobre as lajes, deve ser considerado um valor
mínimo de 1,0 kN/m².
• Os pesos específicos dos materiais de construção mais
frequentes são apresentados nas tabelas da NBR 6120
(ABNT 1980 versão corrigida: 2000).
• Nas cargas permanentes, considerar:
• Peso próprio da estrutura, peso dos elementos
construtivos (contrapiso, revestimentos, alvenarias,
entre outros) e o peso de instalações permanentes
(ar-condicionado, hidráulica e elétrica, por exemplo).
Condições peculiares

• Nas cargas acidentais, considerar em:

• Compartimentos destinados a carregamentos
especiais, como os de arquivos, depósitos de
materiais, máquinas leves, caixas-fortes, entre
outros, deve ser considerada uma carga
adicional mínima de 3 kN/m² no valor da carga
acidental.
• Os valores mínimos de cargas acidentais são
apresentados nas tabelas da NBR 6120 (ABNT
1980 versão corrigida: 2000).
Condições peculiares

• Cargas de telhado:
• Os elementos de cobertura devem ser
projetados para suportarem, além das cargas
permanentes, uma carga vertical de 1 kN na
posição mais desfavorável.
• A posição mais desfavorável é a posição que
gera o maior esforço para o elemento
considerado.
Condições peculiares

• Cargas de guarda-corpo:
• Deve ser considerado uma carga horizontal de
0,8 kN/m na altura do corrimão. Esta carga
simula uma pessoa se apoiando sobre o
corrimão do guarda-corpo.
• E uma carga vertical 2,0 kN/m, em que esta
carga simula uma pessoa se apoiando sobre o
corrimão do guarda-corpo.
Condições peculiares

• Cargas de armazenagem em depósitos:

• Estas cargas devem ser ensaiadas para que os
valores sejam retirados dos experimentos
devidamente realizados. Porém, na ausência de
ensaios, deve-se considerar o valor dos pesos
específicos aparentes de acordo com as tabelas
da NBR 6120 (ABNT 1980 versão corrigida:
2000).
• Exemplos: silos para armazenagem de
materiais diversos, desde materiais de
construção como materiais tipo açúcar, aveia,
café, feijão, etc.
Condições peculiares

• Necessidade de alteração de utilização:

• Muitas vezes há necessidade de alteração de
utilização da edificação.
• Exemplo: edificação residencial passa a ser
comercial.
• Necessidade de avaliação.
• Possivelmente reforço.

• O engenheiro calculista da estrutura pode,

dependendo do caso, averiguar com o proprietário
e com o arquiteto a possibilidade de alteração de
uso.
 PÓS-GRADUAÇÃO

Análise da NBR 6120 e a

determinação dos
carregamentos
permanentes e acidentais
Bloco 2
Thiago Drozdowski Priosta
Peso dos materiais de construção civil

• Concreto simples: 24 kN/m³.

• Concreto armado: 25 kN/m³.
• Aço: 78,5 kN/m³.
• Vidro: 26 kN/m³.
• Alumínio e ligas: 28 kN/m³.
• Madeiras:
• Pinho, cedro: 5 kN/m³.
• Louro, imbuia: 6,5 kN/m³.
• Angico, cabriúva, ipê róseo: 10 kN/m³.
Características

Algumas características são possíveis de serem observadas:

• Cargas nas lajes possuem características a serem
distribuídas por área (kN/m²).
• Cargas de utilização, peso próprio, dos
revestimentos, etc.
• Cargas nas vigas possuem características de serem
distribuídas linearmente (kN/m).
• Cargas de parede, peso próprio, reações das lajes.
• Cargas nos pilares possuem características de serem
distribuídas pontualmente (kN).
• Reações das vigas que apoiam sobre os pilares.
Exemplo:
• Cargas em lajes:
• As cargas que atuam nas lajes são, no geral, definidas por: carga de
peso próprio que compõe a laje, carga de materiais construtivos e
acabamentos que compõem a edificação (contrapiso,
revestimento, impermeabilização, etc.).
• O peso próprio das lajes é obtido
pela multiplicação da seção da laje
pelo peso específico do material que
a compõe.
Exemplo: laje em concreto armado de
altura h=12 cm.
g pp  25  0,12  3,00kN / m 2
Lajes treliçadas devem ter seu peso
consultado de acordo com o fabricante/
fornecedor.
Exemplo:
• Cargas em vigas:
• As cargas que atuam nas vigas são, no geral, definidas por: carga
de peso próprio que compõe a viga, carga de alvenaria e reações
das lajes que estão apoiadas sobre elas.
• A carga de peso próprio das vigas é
obtida pelo cálculo da seção da viga
multiplicado pelo peso específico do
material que compõe a viga.
Exemplo: viga em concreto armado de
seção 19x60.
g pp  25  0,19  0,60  2,85kN / m
Exemplo: Viga em madeira angico de
seção 19x60.
g pp  10  0,19  0,60  1,14kN / m
 PÓS-GRADUAÇÃO

Teoria em prática
Bloco 3
Thiago Drozdowski Priosta
 Problema proposto

• Para uma determinada estrutura, um cliente o contratou para

que você calcule as cargas que atuarão em duas elementos
estruturais, sendo eles: uma laje e uma viga. Sabendo que a
laje é para uso comercial do tipo escritório com divisórias em
dry-wall, executada em concreto armado maciço de
espessura de 13,0 cm, acabamento em contrapiso de cimento
e areia com espessura de 3,0 cm e com revestimento em
porcelanato com carga de 0,55 kN/m², calcule a carga da laje.
Para a viga, esta possui seção de 19x50, em concreto armado.
Sobre esta viga ainda há uma alvenaria de tijolo maciço com a
largura do bloco de 19 cm e altura de 3,10 m. Também sobre
a viga se apoia uma laje com carga distribuída linearmente de
9,73 kN/m.
Problema proposto

• Cargas permanentes da laje:

• Peso próprio: laje em concreto armado, espessura de 13 cm.
g pp  25  0,13  3, 25kN / m 2
• Contrapiso: argamassa de cimento e areia, espessura de 3 cm.
g cp  21 0,03  0,63kN / m 2
• Revestimento: porcelanato com
carga de:
g rev.  0,55kN / m 2
• Divisórias de dry-wall sobre a laje.
Item 2.1.2 da NBR 6120 (ABNT
1980 versão corrigida: 2000):
g rev.  1,00kN / m 2
• g total:
gtotal  3, 25  0,63  0,55  1,00  5, 43kN / m 2
Problema proposto

• Cargas acidentais da laje:

• Utilização: uso comercial tipo escritórios.
q  2,00kN / m 2

• Carga total na laje:

p  g  q  5, 43  2,00  7, 43kN / m 2
Problema proposto

• Cargas da viga:
• Peso próprio: viga em concreto armado, seção 19x50 cm.
g pp  25  0,19  0,50  2,375kN / m

• Alvenaria: tijolo maciço com largura 19 cm e altura de 3,10 m.

g alv  18  0,19  3,10  10,602kN / m

• Carga da laje sobre a viga:

glaje  9,73kN / m

• g total:
gtotal  2,375  10,602  9,73  22,707 kN / m
 PÓS-GRADUAÇÃO

Dica do professor
Bloco 4
Thiago Drozdowski Priosta
Dica do professor

• Leitura de norma:
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
ABNT NBR 6120: cargas para o cálculo de
estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 1980
versão corrigida: 2000.
Dica do professor

• Leitura de tese (capítulo 4):

• RAMIREZ, Karen Niccoli. Análise do
Comportamento Estrutural da Catedral da Sé de
São Paulo. 2010. 224 f. Tese (Doutorado) – Curso
de Engenharia Civil, Departamento de Engenharia
de Estruturas e Geotecnia, Universidade de São
Paulo, São Paulo. 2010.
Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.

ABNT NBR 6120: cargas para o cálculo de estruturas
de edificações. Rio de Janeiro, 1980 versão corrigida:
2000.

______. ABNT NBR 8681: ações e segurança nas

estruturas – Procedimento. Rio de Janeiro, 2003
versão corrigida: 2004.
Referências

RAMIREZ, Karen N. Análise do Comportamento

Estrutural da Catedral da Sé De São Paulo. 2010. 224
f. Tese (Doutorado) – Curso de Engenharia Civil,
Departamento de Engenharia de Estruturas e
Geotecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo,
2010. Disponível em:
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3144/t
de-23112010-102807/pt-br.php>. Acesso em: 6 maio
2019.
Referências

SÁLES, José J. de; MUNAIAR NETO, Jorge; MALITE,

Maximiliano. Segurança nas estruturas. 2. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier Editora, 2015.