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No século XVI, o Europeu iniciou o processo de conquista de um território

ainda desconhecido sendo esse intitulado de Novo Mundo, de inicio, foram à


procura de riquezas para bancar o novo aparato econômico da época. É
necessário fazer uma análise mais aprofundada sobre como um número
relativamente inferior de europeus conseguiu dominar um território tão vasto,
habitado por civilizações bem estruturadas e militarizadas, em um curto período
de tempo. Com isso, devemos desvincular a imagem idealizada do espanhol
como corajoso, heroico e abençoada pelo verdadeiro Deus, revelando as
complexidades da conquista e os mecanismos pelos quais ela ocorreu.

Uma das principais razões para a conquista colonial europeia é a


superioridade bélica. Os europeus possuíam armas de fogo e táticas militares
mais avançadas do que as civilizações ameríndias, o que lhes conferia uma
vantagem significativa nos confrontos. Essa superioridade tecnológica e bélica
permitiu aos europeus derrotar e subjugar as civilizações nativas com maior
facilidade. Ruggiero Romano faz o levantamento que os europeus possuíam
conhecimento estratégico de guerra pelo fato de conflitos religiosos que
ocorriam no seu continente, além dos armamentos bélicos em aço, continham
armas de fogo, canhões, meios de transportes com cavalos e domínio de cães
de guerra.

Além disso, o fator ideológico desempenhou um papel crucial na conquista.


A Igreja Católica conseguiu justificar a conquista como uma missão divina,
conferindo legitimidade à colonização e incentivando a conversão religiosa dos
povos indígenas. Essa ideologia, combinada com a visão eurocêntrica de
superioridade cultural e religiosa, reforçou a percepção de que a conquista era
um dever moral e justificado.

Cabe salientar o fator surpresa que também foi um elemento determinante.


As civilizações indígenas não estavam preparadas para o choque cultural e
tecnológico que enfrentaram com a chegada dos europeus. A surpresa e o
desconhecimento das táticas e armas europeias colocaram essas civilizações
em desvantagem, facilitando o avanço dos colonizadores. Com isso, a chegada
dos europeus trouxe consigo doenças para as quais os povos indígenas não
possuíam imunidade, levando a uma alta taxa de mortalidade entre a
população nativa. Essas epidemias dizimaram grande parte das civilizações
indígenas, enfraquecendo-as e facilitando a conquista europeia.

Além disso, a fome desempenhou um papel significativo na conquista. A


exploração econômica intensiva, com foco na extração de recursos naturais,
muitas vezes resultou na destruição das terras agrícolas e na desestabilização
das estruturas sociais e alimentares das civilizações nativas. A fome resultante
contribuiu para enfraquecer ainda mais as populações indígenas, tornando-as
mais suscetíveis ao domínio europeu.

Ao analisar esses pontos, é visto uma perspectiva mais complexa sobre a


conquista colonial. Na qual, desmitificamos essa visão eurocêntrica
romantizada do espanhol como corajoso, heroico e abençoada pelo verdadeiro
Deus, destacando os mecanismos de conquista que vão além dessas
narrativas idealizadas. A superioridade bélica, o fator ideológico, o fator
surpresa, o fator epidemiológico e a fome são aspectos fundamentais que
contribuíram para a conquista europeia na América e ajudam a explicar como
um número inferior de europeus conseguiu dominar um território tão vasto,
habitado por civilizações bem estruturadas e militarizadas, em um curto período
de tempo.

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