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resumo 02

PONTUAÇÃO

REVISÃO ESPAÇADA 1 REVISÃO ESPAÇADA 2


Data: __/__/____. Data: __/__/____.
Nº de acertos: _____. Nº de acertos: _____.

REVISÃO ESPAÇADA 3 REVISÃO FINAL


Data: __/__/____. Data: __/__/____.
Nº de acertos: _____. Nº de acertos: _____.
Português 02 | Pontuação

01
ponto (.)
O ponto é utilizado para indicar o final de uma frase declarativa, separar
períodos e abreviar palavras.

EXEMPLOS

Final de frase: “Gosto de ir no parque.”

Separação de períodos: "Vou para o trabalho. Estou atrasado.”

Abreviação: “Av. Dom Hélder Câmara (Avenida Dom Hélder Câmara)”

ERRO COMUM

Usar ponto em vez de outros sinais para indicar pausas menores.

COMO EVITAR O ERRO

Certifique-se de usar o ponto corretamente para indicar o fim de frases


completas e opte por outros sinais, como a vírgula, para separar partes da
frase.

Exemplo: Estou cansado. Mas vou para a academia assim mesmo.

→ Estou cansado, mas vou para a academia assim mesmo.

02
vírgula (,)
A vírgula possui diversas funções, como marcar pausas, separar
elementos, indicar vocativos, apostos, adjuntos adverbiais, enumerações,
expressões explicativas e omissões de termos.

EXEMPLOS

Marcar pausas: “Gosto de fazer academia, ainda que ela seja longe de
casa.”

Indicar vocativos: “Bruno, pode pegar aquela caixa para mim?”


Português 02 | Pontuação

Separar apostos: “O Dr. Lúcio, meu psiquiatra, me receitou um


medicamento diferente.”
Separar adjuntos adverbiais: “Entretanto, meu amigo não fui à festa
porque tinha uma viagem marcada.”
Enumerações: “Precisamos comprar algumas coisas para a festa:
guardanapos, balões, doces e refrigerantes.”
Explicações: “É verdade, ele estava trapaceando no jogo.”
Omitir termos: “Ela faz judô; eu, jiu-jitsu.”

ATENÇÃO
Existem situações em que o uso da vírgula é dispensado, como quando
se trata de termos coordenados ligados pelas conjunções “e”, “ou” e “nem”.
No entanto, há casos em que a vírgula é necessária, como quando esses
termos são repetidos para enfatizar a expressão.
Dispensado: “Esses restaurantes são bons, bonitos e baratos.”
Dispensado: “Não reprovo nem apoio sua decisão.”
Dispensado: “Não sei se prefiro Flamengo ou Palmeiras.”
Uso necessário para ênfase: “Não gosto da aparência, nem do jeito, nem
da voz, nem da família dela.”

ERRO COMUM
Colocar vírgula onde não é necessária ou omiti-la em casos de separação
essencial. A vírgula não “marca a respiração” como muitos falam, então
deve-se entender as suas regras.

COMO EVITAR O ERRO


Estude as regras de uso da vírgula e pratique com exemplos para
entender melhor quando ela deve ser usada.

03
dois pontos (:)
Os dois-pontos são empregados para iniciar falas de personagens, antes
de apostos ou orações apositivas, em enumerações e antes de citações
diretas.
Português 02 | Pontuação

EXEMPLOS
Início de fala: “Minha mãe disse: ‘Já para o quarto!’”
Apostos: “Esse é o maior problema do João: ele nunca arruma o seu
quarto.”
Enumeração: “Precisamos comprar algumas coisas: arroz, batatas,
beterraba e sal.”
Citação direta: “Como disse Darth Vader: “Luke, eu sou seu pai!”

ERRO COMUM
Usar dois-pontos em citações indiretas.

COMO EVITAR O ERRO


Utilize os dois-pontos apenas quando for necessário para iniciar uma
fala, introduzir explicações ou citações diretas.
Exemplo: “Eu disse: que ele deveria escovar os dentes” → “Eu disse que
ele deveria escovar os dentes
REVISÃO 02 | Pontuação

QUESTÃO
Qual é a função principal do ponto na pontuação?

QUESTÃO
Quando devemos usar a vírgula para separar elementos em uma lista?

QUESTÃO
Os dois-pontos são usados em citações diretas ou indiretas?
Português 02 | Pontuação

04
ponto de exclamação (!)
O ponto de exclamação é usado após vocativos, no final de frases
imperativas, após interjeições e palavras/frases expressivas ou emotivas.

EXEMPLOS

Vocativo: “Marcos, boa noite!”

Imperativo: “Pare com isso!”

Expressivo: “Eu adorei sua casa!”

Interjeição: “Nossa! Foi por pouco!”

ERRO COMUM

Abusar do uso excessivo de pontos de exclamação e usar diversos


pontos de exclamação seguidos. Ainda que o segundo caso seja muito
usado na comunicação online e em meios mais informais, como histórias em
quadrinhos, é preciso ter cuidado.

COMO EVITAR O ERRO

Utilize pontos de exclamação com moderação e evitando o uso de


diversos pontos de exclamação seguidos.

Exemplo: “Nossa!!! Eu não acredito que você fez isso!! Incrível!!!” →

“Nossa, eu não acredito que você fez isso! Incrível!”

05
ponto de interrogação (?)
O ponto de interrogação é empregado em perguntas diretas e, à s vezes,
em combinação com o ponto de exclamação para enfatizar uma pergunta.

EXEMPLOS

Pergunta direta: “Com o que você trabalha?”

Enfatizando a pergunta: “Mas isso é verdade?!”


Português 02 | Pontuação

ERROS COMUNS
Usar o ponto de interrogação quando não há perguntas e, assim como
no caso do ponto de exclamação, usar diversos pontos de interrogação
seguidos.

COMO EVITAR OS ERROS


Use o ponto de interrogação apenas para formular perguntas diretas ou
para enfatizar uma pergunta com exclamação, além de evitar o uso de
pontos de interrogação seguidos.
Exemplo 1: “Minha mãe quer saber se você quer comer lá em casa?” →
“Minha mãe quer saber se você quer comer lá em casa” ou “Minha mãe quer
saber: você quer comer lá em casa?”
Exemplo 2: “Mentira?!?!?! Mas isso é sério mesmo?? Quem te falou???” →
“Mentira?! Mas isso é sério mesmo? Quem te falou?”

06
reticências (...)
As reticências são usadas para indicar dúvidas, hesitação, interrupção de
uma frase incompleta e extensão de reflexão.

EXEMPLOS
Dúvida: “Olha... queria saber uma coisa... mas não sei se devo perguntar.”
Interrupção: “Talvez você deva olhar de novo...”
Extensão de reflexão: “Seus olhos eram vivos e calorosos...”

ERROS COMUNS
Dois erros comuns são o de utilizar reticências em excesso ou fora de
contexto, e também o de escrever um número maior de pontos.
Português 02 | Pontuação

COMO EVITAR OS ERROS


Use reticências com moderação e de acordo com o propósito. Além
disso, fique atento ao número de pontos.
Exemplo 1: “Eu vou para a padaria… até logo.” → “Eu vou para a padaria,
até logo.”
Exemplo 2: “Depois eu falo com você….” → “Depois eu falo com você…”
REVISÃO 02 | Pontuação

QUESTÃO
Qual é a função principal do ponto na pontuação?

QUESTÃO
Quando devemos usar a vírgula para separar elementos em uma lista?

QUESTÃO
Os dois-pontos são usados em citações diretas ou indiretas?

QUESTÃO
Quando usamos o ponto de exclamação no final de uma frase?

QUESTÃO
O que um ponto de interrogação indica em uma sentença?

QUESTÃO
É possível usar reticências em caso de dúvidas? Explique.
Português 02 | Pontuação

07
ponto e vírgula (;)
O ponto e vírgula é empregado para separar itens em uma sequência,
especialmente quando esses itens já contêm vírgulas. Também é usado para
separar orações coordenadas extensas.

EXEMPLOS
Sequência de itens: Para elaborar um plano para a sua empresa, pense
nos seguintes tópicos: 1) Forças; 2) Fraquezas; 3) Oportunidades; 4)
Ameaças.
Orações coordenadas extensas: Na conferência, discutimos vários
tópicos relevantes, como tecnologia e inovação; economia e
sustentabilidade; saúde pública e políticas educacionais.

ERROS COMUNS
Utilizar ponto e vírgula onde uma pausa menor (vírgula) ou uma pausa
maior (ponto) seriam mais adequadas.

COMO EVITAR OS ERROS


Uma boa dica é usar o ponto e vírgula apenas quando você tiver certeza
de que ele deve ser utilizado. Essa pontuação é menos comum do que outras
e, portanto, não é tão facilmente encontrada em um texto (especialmente se
ele for mais informal).
Exemplo 1: “Estou cansado; acho que vou dormir.” → Estou cansado, acho
que vou dormir.
Exemplo 2: “Ela era linda; nunca mais vou esquecê-la.” → Ela era linda.
Nunca mais vou esquecê-la.

08
PARÊNTESES ( )
Os parênteses isolam palavras, frases intercaladas de caráter explicativo,
datas e substituem a vírgula ou o travessão em certos contextos.
Português 02 | Pontuação

EXEMPLOS
Substituição da vírgula: “O João se atrasou (como ele sempre faz) e
perdeu o almoço.”
Isolamento de termos: “G. K. Chesterton (1874-1936) foi um grande
pensador inglês.”
Frase explicativa: “Pedro ficou olhando os vaga-lumes (eles o lembravam
de sua infância no campo).”

ERRO COMUM
Utilizar parênteses em excesso.

COMO EVITAR O ERRO


Use parênteses com parcimônia e certifique-se de que seu uso adiciona
claridade ao texto.
Exemplo: “Ele entrou em casa (mesmo estando atrasado) e correu para o
banho (já que não podia perder mais tempo).” → “Ele entrou em casa,
mesmo estando atrasado, e correu para o banho (já que não podia perder
mais tempo).”

09
TRAVESSÃO (—)
O travessão é usado para indicar a fala de personagens no discurso
direto, marcar mudanças de interlocutor em diálogos e substituir a vírgula
em expressões explicativas.

EXEMPLOS
Fala de personagem:

“Jorge afirmou:

— Sim, ele é o culpado!”

Mudança de interlocutor:

“— Afinal, você vai mesmo comprar um carro?

— Sim, já separei o dinheiro para isso.”

Expressão explicativa: “Pedro – como sempre – estava se preparando para o


jogo de futebol.”
Português 02 | Pontuação

ERRO COMUM
Confundir o travessão com o hífen.

COMO EVITAR O ERRO


Certifique-se de que a frase em questão não está usando um hífen. Se
estiver, troque o sinal.
Exemplo: “Meu herói favorito é o super—homem!” → “Meu herói favorito é
o super-homem!”

10
aspas (“ ”)
As aspas são utilizadas para isolar palavras informais, gírias,
estrangeirismos, citações diretas e expressões que fogem à norma culta.
Palavras informais: “Essa excursão que fizemos foi ‘irada’”
Citação direta: “Tudo pode ser tirado de uma pessoa, exceto uma coisa: a
liberdade de escolher sua atitude em qualquer circunstância da vida.”
(Viktor Frank)

IMPORTANTE
O destaque de um termo á inserido em uma sentença destacada por
j

aspas deve ser feito com marcação simples (‘), não dupla (“).
Exemplo: “Em seu discurso, o professor enfatizou que a palavra ‘estudo’
não deve ser apenas um termo vazio, mas sim uma ação concreta.”

ERRO COMUM
Abusar do uso de aspas para enfatizar palavras desnecessariamente, ou
então usá-las em citações indiretas.

COMO EVITAR O ERRO


U tilize as aspas apenas quando necessário para destacar palavras ou
expressões informais, citações diretas ou outros elementos específicos,
evitando usá-las em citações indiretas.
Exemplo: “Ele disse “que eu não estava bonita ho e”.” → “Ele disse que eu
j

não estava bonita ho e.”


j
REVISÃO 02 | Pontuação

QUESTÃO
Qual é a função principal do ponto na pontuação?

QUESTÃO
Quando devemos usar a vírgula para separar elementos em uma lista?

QUESTÃO
Os dois-pontos são usados em citações diretas ou indiretas?

QUESTÃO
Quando usamos o ponto de exclamação no final de uma frase?

QUESTÃO
O que um ponto de interrogação indica em uma sentença?

QUESTÃO
É possível usar reticências em caso de dúvidas? Explique.

QUESTÃO
Em que situações o ponto e vírgula é mais apropriado do que uma vírgula ou
um ponto?
REVISÃO 02 | Pontuação

QUESTÃO
Quais são os tipos de informações que podem ser isolados por parênteses?

QUESTÃO
Como o travessão é utilizado em diálogos para indicar fala de personagens?

QUESTÃO
Como usar aspas em uma expressão quando a frase já está entre aspas?
REVISÃO final
QUESTÃO 1

Ultraprocessados estão ligados a doenças crônicas e até câncer, aponta


estudo.
Comer grandes quantidades de alimentos ultraprocessados aumenta o
risco de ser diagnosticado com multimorbidade ou de ter múltiplas
condições crônicas, como diabetes, doenças cardíacas e câncer, segundo
um novo estudo.

“O que é particularmente significativo neste grande estudo é que o


consumo de mais alimentos ultraprocessados, em particular produtos de
origem animal e bebidas açucaradas, estava associado a um risco
aumentado de desenvolver câncer juntamente com outra doença, como
acidente vascular cerebral ou diabetes”, disse Helen Croker, diretor
assistente de pesquisa e política do World Cancer Research Fund
International, que financiou o estudo, em comunicado.

No entanto, o risco aumentado foi modesto, disse Tom Sanders,


professor emérito de nutrição e dietética do King’s College London, que não
esteve envolvido no estudo.

“Este artigo relata um aumento de 9% no risco de multimorbidade


associado à maior ingestão de alimentos ultraprocessados”, disse Sanders.

“A ingestão de alimentos foi medida por um questionário em uma


ocasião, há muito tempo atrás. Isto é importante porque os padrões
alimentares mudaram acentuadamente nos últimos vinte e cinco anos, com
mais alimentos consumidos fora de casa e mais alimentos prontos a serem
comprados”, disse Sanders. [...]
O uso das aspas presentes nesse texto serve:
a) para pontuar a continuidade de uma ideia.

b) para simplificar a ideia geral do texto.

c) para explicar um assunto de maior relevância.

d) para destacar a fala de autoridades no assunto.

e) para ressaltar a importância das informações principais do texto.


Fonte: Prefeitura de Turilândia, MA.
REVISÃO final
QUESTÃO 2

Leia o texto abaixo:

Visitantes

identifique-se

ao porteiro.

O texto consiste num cartaz de aviso afixado num prédio residencial.


Considerando as regras da norma-padrão do texto escrito, analise as
afirmativas a seguir sobre o texto III.
I. Falta vírgula entre o vocativo e o restante da frase.
II. O verbo deveria estar no plural.
III. A preposição causa ambiguidade.
IV. O pronome deveria estar antes do verbo.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II, apenas.

b) II e III, apenas.

c) III e IV, apenas.

d) I, II, III e IV.


Fonte: FUNDEP, Prefeitura de Curvelo, MG.
REVISÃO final
QUESTÃO 3

Black Friday e animal não é legal


1 O CRMV-CE informa que Black Friday e serviços para
animais não combinam. Reforçamos que é proibida
publicidade de qualquer serviço veterinário com o preço e
4 a modalidade de pagamento, conforme o Código de Ética
do médico-veterinário.

A Resolução CFMV n.o 1.138/16, capítulo VII-do 7 sigilo


7 profissional, art. 15, determina que é vedado ao médico-
veterinário divulgar seus serviços como gratuitos ou
valores promocionais.

10 A Resolução CFMV n.o 1.267/2019, do Código de Ética


do Zootecnista, capítulo IV - deveres na divulgação e
publicidade, seção VII, incisos VII e VIII, veta qualquer 13
13 propaganda pessoal e profissional. A divulgação de
tabelas de honorários, de possibilidades de parcelamento
ou de descontos promocionais são proibidos.

16 Por isso, não caia nessa. Animais e profissionais que


cuidam deles devem, sim, ser valorizados.
Fonte do texto: <www.crmv-ce.org.br> (com adaptações).

Acerca dos aspectos linguísticos e dos sentidos do texto, julgue o item.


A utilização de vírgula após “Por isso” (linha 16) está incorreta, porque,
sendo a conjunção de tamanho mínimo, a vírgula é desnecessária.

Certo Errado

Fonte: Quadrix, 2023, CRMV-MT.


REVISÃO final
QUESTÃO 4

Leia o texto a seguir:


A cantora Ivete Sangalo se emocionou ao ver uma propaganda do filme
‘Besouro Azul’, em que a atriz brasileira Bruna Marquezine participa, nas ruas
de Nova Iorque. Vídeo foi publicado através das redes sociais nesta terça-
feira (1º).

Animada, a cantora exaltou a participação de Bruna em uma produção


internacional. “Bru, olha onde você está aqui em Nova Iorque! Que orgulho!
Linda!”, comemorou a artista.
Disponível em: <https://www.ibahia.com/nem-te-conto/ivete-sangalo-exaltamarquezine-
ao-ver-banner-de-besouro-azul-300163>.

Na frase “Bru, olha onde você está aqui em Nova Iorque! Que orgulho!
Linda!”, o sinal de aspas (“ ”) tem a função de:
a) reproduzir as palavras de alguém.

b) indicar uma pequena pausa na leitura.

c) isolar parte do texto que traz um comentário.

d) deixar o sentido de uma frase sem conclusão.


Fonte: CS-UFG, 2024, Prefeitura de Itumbiara, GO.

QUESTÃO 5

Abaixo foram copiadas cinco frases; a todas elas foram anexadas vírgulas.
Assinale a opção em que a vírgula foi acrescentada corretamente.
a) O tempo não dura para os mortos / o tempo não dura, para os mortos.

b) Um bebê é a opinião de Deus de que a vida deve continuar / Um bebê é a


opinião de Deus, de que a vida deve continuar.

c) Se eu soubesse que ia viver tanto tempo teria me cuidado melhor / Se eu


soubesse que ia viver tanto tempo, teria me cuidado melhor.

d) A melhor morte é aquela que nos satisfaz / A melhor morte é aquela, que
nos satisfaz.

e) A idade em que tudo se reparte é geralmente a idade em que nada se tem


/ A idade em que tudo se reparte é geralmente a idade, em que nada se tem.
Fonte: FGV, 2024, Prefeitura de São José dos Campos, SP.
REVISÃO final
QUESTÃO 6

No diálogo abaixo, as reticências foram utilizadas para expressar:


— Eu queria te falar algo, mas...

— Mas o quê? Você parece nervoso.

— É que... bem... não sei como dizer.


a) Lembrança.

b) Admiração.

c) Inferioridade.

d) Hesitação.
Fonte: OBJETIVA, 2023, Prefeitura de Quinze de Novembro, RS (adaptada).

QUESTÃO 7

Leia, com atenção, o texto e, a seguir, responda à questão, que a ele se


refere.
Das vantagens de ser bobo

Clarice Lispector
1 O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir
e tocar no mundo. O bobo é capaz de ficar sentado, quase sem se mexer
por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde:
“Estou fazendo. Estou pensando.”

5 Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só


se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade,
espontaneamente lhe vem a ideia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem.

Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se


10 descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas
humanas. O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver. O bobo nunca
parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na


palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de
15 segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso
porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o
aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um
técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que
o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro.
Continuação na próxima página →
REVISÃO final
20 Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não
desconfiar, e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à
noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no
estômago. O bobo nem nota que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. [...]

25 Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é
que os espertos não conseguem 20 passar por bobos. Os espertos
ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham vida. Bem-
aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás
não se importam que saibam que eles sabem.

30 Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir


bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita
ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas! [...]

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas.
É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só
35 o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.
Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/12665/das-vantagens-de-ser-bobo.

Ainda sobre o trecho “Há lugares que facilitam mais as pessoas serem
bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais,
por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em
Minas!” (Linhas 30-33), analise as afirmativas a seguir.
I. O verbo “há”, normativamente, poderia estar no plural concordando
com “lugares”.
II. Os parênteses foram utilizados para inserir uma informação adicional ao
trecho.
III. As vírgulas usadas em “por exemplo” são obrigatórias, de acordo com a
norma.
IV. O termo “Ah” é uma interjeição, a qual aparece compondo uma frase
exclamativa.
V. O termo “Minas Gerais”, no primeiro uso, funciona como sujeito e com
ele o verbo “facilita” concorda.
Estão CORRETAS as afirmativas:
a) III, IV e V, apenas.

b) I, II e IV, apenas.

c) II, III, IV e V, apenas.

d) II, III e V, apenas.

e) I, II, III, IV e V.
Fonte: COTEC, 2023, Prefeitura de Unaí, MG.
REVISÃO final
QUESTÃO 8

Leia o texto a seguir:


Entenda o que realmente é a Síndrome de Burnout
Herbert J. Freudenberger nasceu em 1926, em Frankfurt, Alemanha.
Quando os nazistas ascenderam ao poder, em 1933, sua família conseguiu
enviá-lo aos Estados Unidos com um passaporte falso. Por um tempo, o
garoto teve que se virar sozinho, nas ruas de Nova York, até encontrar abrigo
na casa de um primo mais velho. Suas ótimas notas na escola lhe garantiram
uma vaga na Faculdade do Brooklyn, onde cursou psicologia.

Fascinado pelo conceito, e relembrando a época em que ele mesmo


dormia na rua, o psicólogo abriu sua própria free clinic em Nova York, com
foco em atender dependentes químicos. Freudenberger conciliava o
trabalho voluntário com os atendimentos em seu consultório, que lhe
tomavam 10 horas por dia. Mesmo assim, fazia a dupla jornada todas as
noites, de segunda a sexta.

Não demorou para ficar claro que essa rotina não era nada saudável. “Os
outros voluntários da clínica apresentavam os mesmos problemas. Os
próprios funcionários procuravam Freudenberger com quadros de
“depressão, apatia e agitação”. Quem era cuidador acabava virando
paciente.

Nos anos seguintes, Freudenberger se dedicou a estudar o fenômeno.


Mas, antes de tudo, precisava de um nome para esse padrão de sintomas. A
solução foi emprestar uma gíria que era usada por seus próprios pacientes
para descrever a sensação devastadora que o abuso de drogas deixa:
“burnout”, do verbo to burn, “queimar”. Em português, significa
“esgotamento”. Assim como um fósforo que queimou até o final, os
dependentes químicos se sentiam exauridos, sem energia alguma, na
ressaca dos narcóticos. Como era mais ou menos assim que os profissionais
exaustos se descreviam, o psicólogo importou a gíria de rua para o meio
acadêmico.

Freudenberger então começou a procurar pelo que chamava de “burnout


ocupacional”. E onde olhava, encontrava. Médicos, enfermeiros, policiais,
professores, bibliotecários – o burnout parecia absolutamente generalizado.
Há 40 anos, o termo ainda era acadêmico. E permaneceu assim por décadas.
Falava-se o tempo todo em “estresse”, mas não em algo tão específico
quanto o burnout, o esgotamento causado exclusivamente pelo trabalho.

Continuação na próxima página →


REVISÃO final
O termo cunhado por ele está na ponta da língua de todo mundo. Uma
pesquisa da Deloitte descobriu que 77% dos trabalhadores americanos
afirmam já ter passado por um quadro de burnout, considerando apenas o
emprego atual. No começo do ano, a Organização Mundial da Saúde incluiu
oficialmente a Síndrome de Burnout na Classificação Internacional de
Doenças (CID- -11), chamando atenção global para o tema.

Se em 1980 o incêndio parecia “estar se espalhando”, hoje, pelo jeito, já


tomou a floresta inteira. Mesmo assim, a pergunta que Freudenberger fez
sobre o porquê do fenômeno segue sem respostas claras.

A ideia de que trabalhar demais causa esgotamento não tem nada de


nova. Muito antes de Freudenberger teorizar o burnout, a medicina já tinha o
termo “neurastenia” para descrever quadros de exaustão emocional, muitas
vezes ligados a jornadas de trabalho excessivas. Acontece que a neurastenia
era um termo guarda-chuva, usado para diagnosticar qualquer quadro de
cansaço ou tristeza, independentemente da origem do problema.

Mas o que sabemos hoje sobre o assunto é em grande parte fruto do


trabalho de outra profissional, a psicóloga Christina Maslach, da
Universidade da Califórnia. “Burnout é uma síndrome conceituada como
resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado
com sucesso”, define a CID-11. A descrição é curta e grossa, mas só dela já dá
para tirar conclusões importantes.

A primeira: burnout não é uma doença ou condição médica. É diferente,


por exemplo, de um quadro de depressão, que pode ser tratado via
medicação e terapia. Trata-se de uma “síndrome”, ou seja, de um conjunto
de sintomas.

A segunda: o burnout é um “fenômeno ocupacional”. Significa que o


termo só se aplica a cenários ligados ao trabalho. Não existe burnout, ao
menos com essa denominação, em outras áreas da vida. Ele está sempre
ligado ao ambiente de trabalho. É uma condição ambiental. Para solucioná-
la, não basta terapia e medicação.

A terceira: o burnout nada mais é do que um quadro de estresse, que,


sem resolução por um longo período de tempo, tornou-se crônico. Para
entender o que é burnout, então, é preciso compreender primeiro o que é
estresse.

“O estresse é qualquer situação que requer uma adaptação, seja ela


positiva ou negativa. Uma promoção no trabalho ou o nascimento de um
filho são situações que causam estresse, mas, em geral, são positivas. Uma
demissão requer adaptação, e é negativa”, explica Ana Maria Rossi,
presidente da International Stress Management Association no Brasil
(ISMA-BR). Ou seja: o estresse requer esforço para nos adaptarmos a novas
condições do ambiente, sejam elas boas ou ruins.

REVISÃO final
Por isso o burnout não pode ser considerado uma doença. Trata-se de
um quadro de estresse permanente. Se o ambiente sempre exige que
tenhamos que abrir mão de algo ou gastar energia para resolver algum
impasse, ficamos inevitavelmente esgotados. Repita isso diariamente por
seis meses, mais ou menos, e você terá um quadro crônico – o burnout.
Disponível em: https://vocesa.abril.com.br/carreira/. Fragmento.

O uso das vírgulas em “[...] o garoto teve que se virar sozinho, nas ruas de
Nova York, até encontrar abrigo na casa de um primo mais velho” (1º§), se
justifica pelo mesmo motivo que em:
a) “Trata-se de uma ‘síndrome’, ou seja, de um conjunto de sintomas.” (10º§)

b) “Os próprios funcionários procuravam Freudenberger com quadros de


‘depressão, apatia e agitação’.” (3º§)

c) “[...] explica Ana Maria Rossi, presidente da International Stress


Management Association no Brasil (ISMA-BR) [...]” (13º§)

d) “Quando os nazistas ascenderam ao poder, em 1933, sua família


conseguiu enviá-lo aos Estados Unidos com um passaporte falso.” (1º§)
Fonte: Instituto Consulplan, 2024, Prefeitura de Santa Maria de Jetibá, ES.
gabarito
QUESTÃO RESPOSTA
1 D
2 B
3 Errado
4 A
5 c
6 e
7 c
8 d

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