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PLANO DE PROTEÇÃO

RADIOLÓGICA

SETOR DE RADIOTERAPIA
HOSPITAL MARCIO CUNHA

Elaborado por:

Tiago Batista de Oliveira


Supervisor de Proteção Radiológica – CNEN RT 0492
Especialista em Física da Radioterapia – ABFM RT 569/1904
CNEN RA 0267

Ipatinga/MG, Julho de 2023.

Av. José Julio da Costa, 2805, Bairro Ideal.


Ipatinga / MG
CEP 35162-189
31 3801-2425
Índice
Plano de Proteção Radiológica

Capítulo 1 Identificação da instalação

Capítulo 2 Informação sobre o horário de funcionamento da


instalação e o horário de tratamento de pacientes na
radioterapia

Capítulo 3 Objetivo da instalação e descrição da prática

Capítulo 4 Identificação da estrutura organizacional

Capítulo 5 Descrição dos IOE e suas funções

Capítulo 6 Descrição das responsabilidades

Capítulo 7 Classificação da instalação

Capítulo 8 Classificação e descrição das áreas da Instalação

Capítulo 9 Descrição dos mecanismos e sistemas de controle de


acesso às áreas da instalação

Capítulo 10 Descrição dos equipamentos e fontes emissoras de


radiação ionizante

Capítulo 11 Descrição da fonte de referência

Capítulo 12 Descrição dos instrumentos de dosimetria

Capítulo 13 Descrição do Programa de Garantia de Qualidade

Capítulo 14 Descrição dos monitores de área

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Capítulo 15 Descrição dos sistemas de planejamento de tratamento
computadorizados

Capítulo 16 Descrição das técnicas utilizadas na instalação para


tratamento de pacientes

Capítulo 17 Estimativas de doses anuais para os IOEs e Indivíduos


do Público em condições de exposições normais

Capítulo 18 Descrição do programa e procedimento de monitoração


individual

Capítulo 19 Descrição da monitoração de área

Capítulo 20 Descrição do controle médico de IOE

Capítulo 21 Descrição do programa de treinamento em proteção


radiológica e física médica

Capítulo 22 Níveis operacionais

Capítulo 23 Descrição dos Procedimentos de Emergência

Capítulo 24 Braquiterapia

Capítulo 25 Auditorias externas

Capítulo 26 Registros

Capítulo 27 Periodicidade de revisão do Plano de Proteção


Radiológica

Capítulo 28 Referências bibliográficas

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1 – IDENTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO

Designação: Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha


Razão Social Mantenedora: Fundação São Francisco Xavier
CNPJ: 19.878.404/0015-06
Endereço: Av. José Júlio da Costa, 2.805 – Bairro Ideal
CEP: 35.162 - 189 – Ipatinga/MG
Telefone: (31) 3801 2425
Matrícula CNEN: 15463

2 – INFORMAÇÃO SOBRE O HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA


INSTALAÇÃO E O HORÁRIO DE TRATAMENTO DE PACIENTES NA
RADIOTERAPIA

A instalação em questão funcionará no período entre 7:00 horas e 20:48 horas,


de segunda-feira a sexta-feira, excluindo os dias de feriados nacional, estadual ou
municipal.
O horário de tratamento dos pacientes seguirá o horário de funcionamento da
instalação. Ambos os horários poderão sofrer alteração, dependendo da complexidade
e necessidade dos tratamentos, porém respeitando a carga de trabalho da instalação.

3 - OBJETIVO DA INSTALAÇÃO E DESCRIÇÃO DA PRÁTICA

O serviço de Radioterapia do Hospital Marcio Cunha tem como objetivo a


realização de tratamentos radioterápicos empregando técnicas de teleterapia e
braquiterapia. Para isso, está equipado com 02 (dois) aceleradores linear de elétrons,
do fabricante VARIAN, modelo CLINAC CX, os quais produzem fótons com energia
máxima de 10 MV e elétrons de até 18 MeV, e 01 (um) equipamento de braquiterapia

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de alta taxa de dose (HDR), do fabricante VARIAN, modelo GammaMed iX Plus,
equipado com fonte de Irídio-192.
Os tratamentos de teleterapia são realizados com técnica bidimensional
(Radioterapia 2D – em alguns casos de urgência), tridimensional conformacional (3D-
CRT), IMRT e SRS, conforme indicações descritas no manual de conduta e discussão
entre a equipe multidisciplinar atuantes na instalação. A braquiterapia é realizada
apenas para tumores ginecológicos, e com técnica bidimensional (2D).

4 – IDENTIFICAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Os responsáveis pela estrutura organizacional da instalação, cada qual com sua


competência, estão descritos a seguir:

4.1 – IDENTIFICAÇÃO DO TITULAR

Titular da Instalação: Flaviano Feu Ventorim


CPF: 045.695.217-97
E-mail: cristian.portela@fsfx.com.br

4.2 – IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO E SUPERVISOR DE


PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Responsável Técnico:
Dra. Mariana Paranhos Alvarenga – CB 8403
Responsável Técnico Substituto:
Dr. Harley Francisco de Oliveira – CB 8158

Supervisor de Proteção radiológica:


Tiago Batista de Oliveira – RT 0492 / RA 0267
Supervisor de Proteção radiológica Substituto:
André Ezequiel Lobo de Abreu – RT 0569 / RA 0465

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5 – DESCRIÇÃO DOS IOEs E SUAS FUNÇÕES

Carga
Registro
Nome CPF Função horária
Conselho
semanal

André Ezequiel Lobo CNEN RT-0569


105.008.376-86 Físico / SPR 4h
de Abreu
CNEN RA-0465

Tiago Batista de CNEN RT-0492


015.434.446-01 Físico / SPR 40 h
Oliveira CNEN RA-0267
Ana Laura de Oliveira Técnico em
078.372.656-29 CRTR 13524T 24 h
Neiva Radiologia
Técnico em
Cinthia Rocha Soares 127.269.186-11 CRTR 13382T 24 h
Radiologia
Técnólogo
Eliana Lopes Silveira 109.247.586-94 CRTR 01083N 24 h
Radiologia
Fernando Henrique Técnico em
014.631.886-25 CRTR 05577T 24 h
Miranda dos Santos Radiologia
Gabriela Botelho Técnólogo
082.294.796-07 CRTR 01060N 24 h
Esperança Radiologia
George Pereira da Técnólogo
089.967.546-84 CRTR 00757C 24 h
Silva Junior Radiologia
Helciene Lopes dos Técnico em
052.510.056-36 CRTR 10120T 24 h
Santos Moreira Radiologia
Kelly Nara Vaz Costa Técnico em
127.397.116-70 CRTR 13285T 24 h
Cotrim Radiologia
Leiliane Souza Lima Técnico em
096.473.226-23 CRTR 14234T 24 h
Morais Radiologia
Lilian da Silva Tecnólogo
060.052.056-09 CRTR 00252C 24 h
Campos Radiologia

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Liliane Sperber Técnico em
014.951.666-51 CRTR 10497T 24 h
Laureano Radiologia
Mailde Guimarães de Técnico em
049.870.416-50 CRTR 10230T 24 h
Sá Radiologia
Mariana Carvalho Tecnólogo
064.187.486-38 CRTR 01058N 24 h
Peixoto Radiologia
Renato Pissinati Técnico em
051.044.776-73 CRTR 04778T 24 h
Morais Radiologia
Roberto Soares Técnico em
055.224.756-17 CRTR 09839T 24 h
Monteiro Radiologia
Thiago Oliveira dos Técnico em
091.706.656-13 CRTR 13526T 24 h
Santos Radiologia
Thiago Alves de
080.124.356-40 Dosimetrista CRTR 00833N 40 h
Castro
André Camargo Residente em
326.680.848-73 CRM-MG 55.781 60 h
Barbosa Radio-oncologia
Helcio Vitor Pandini Residente em
087.864.666-31 CRM-MG 84.206 60 h
Siqueira Radio-oncologia
Letícia Lamas Residente em
112.234.876-28 CRM-MG 80.982 60 h
Peixoto Radio-oncologia
Niulane Rodrigues Residente em
006.062.951-78 CRM-MG 91.175 60 h
Carrijo Radio-oncologia
Gustavo Pereira Radio- CRM-MG 80.592
285.630.928-39 40 h
Maciel oncologista CNEN CB-8117
Harley Francisco de Radio- CRM-MG 72.754
259.113.248-81 8h
Oliveira oncologista CNEN CB-8158
Mariana Paranhos Radio- CRM-MG 58.326
082.635.106-94 40 h
Alvarenga oncologista CNEN CB-8403
Suelen Priscila de COREN-MG
110.542.386-77 Enfermeira 40 h
Andrade 578.586

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Yatiara Nunes Silva COREN-MG
089.956.756-83 Enfermeira 40 h
Soares 244.805
Welington Magalhães COREN-MG
781.924.989-72 Enfermeiro 40 h
Ferreira 565.623
Maria Hermelinda Técnica em COREN-MG
002.591.036-16 40 h
Ferreira Enfermagem 535.606
Aline Arruda
090.910.886-21 Higienização N/A 40 h
Rodrigues
Dogivania Brigido 270.605.168-08 Higienização N/A 40 h

Maria Lucia da Silva 964.092.746-53 Higienização N/A 40 h

Marta Alves Bicalho 066.375.706-13 Higienização N/A 40 h

Regiane Andrade
050.985.966-61 Higienização N/A 40 h
Silva
Sonia Pereira Anicio
049.112.126-16 Higienização N/A 40 h
Magalhães

6 – DESCRIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES

6.1 - DIREÇÃO DA INSTALAÇÃO (TITULAR)

O titular do Serviço de Radioterapia é o principal responsável legal pela


aplicação das Resoluções da CNEN relativas à segurança e proteção radiológica na
instalação.
O titular do Serviço de Radioterapia é responsável pela segurança e proteção
radiológica de pacientes, equipe médica, indivíduos ocupacionalmente expostos e
indivíduos do público, e deve obrigatoriamente adotar as providências administrativas
necessárias e suprir toda necessidade do Serviço relacionado à Proteção Radiológica
de acordo com as normas CNEN-NN-3.01 e CNEN-NN-6.10, entre outras normas
pertinentes.

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6.2 - SUPERVISOR DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

O supervisor de proteção radiológica em exercício é o responsável pela


aplicação prática das diretrizes e normas relativas à segurança e proteção radiológica
do Serviço de Radioterapia e deve obrigatoriamente:

a) assessorar o titular e o responsável técnico do Serviço de Radioterapia sobre


todos os assuntos relativos à segurança e à proteção radiológica;
b) elaborar, aplicar e revisar o plano de proteção radiológica com a frequência
nele estabelecida;
c) fazer cumprir o plano de proteção radiológica aprovado pela CNEN nos itens
relativos à proteção radiológica;
d) elaborar, aplicar e supervisionar o programa de monitoração individual e de
monitoração de área, bem como gerenciar a documentação dos registros
gerados;
e) disponibilizar mensalmente a cada indivíduo ocupacionalmente exposto os
valores das doses resultantes de sua monitoração individual;
f) elaborar e supervisionar os programas de treinamento anual em proteção
radiológica dos indivíduos ocupacionalmente expostos do Serviço de
Radioterapia bem como informar todos os profissionais da instalação sobre os
riscos inerentes ao uso da radiação ionizante;
g) supervisionar os trabalhos de manutenção e o funcionamento das fontes de
radiação;
h) acompanhar e supervisionar os procedimentos de retirada e colocação de
fontes de radiação dos cabeçotes dos equipamentos de teleterapia e de
equipamentos de braquiterapia de alta taxa de dose;
i) manter os instrumentos de medição de proteção radiológica calibrados por
laboratório de metrologia acreditado pela Rede Brasileira de Calibração;
j) acompanhar as inspeções realizadas por inspetores da CNEN;

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k) notificar o titular do Serviço de Radioterapia sobre os requisitos de segurança
e proteção radiológica que não estejam de acordo com o plano de proteção
radiológica;
l) notificar o titular sobre todos os quesitos que não estejam de acordo com
Resoluções da CNEN;
m) comunicar a CNEN, no prazo máximo de trinta dias, quando do seu
desligamento do Serviço de Radioterapia.

6.3 – FÍSICO MÉDICO ESPECIALISTA

O especialista em física médica de radioterapia deve, obrigatoriamente:


a) conduzir:
i. testes pré-operacionais e de comissionamento das fontes de radiação
e de sistemas de planejamento de tratamento;
ii. dosimetria periódica das fontes de radiação segundo protocolos de
dosimetria nacionais ou internacionais vigentes, descrito no plano de
proteção radiológica;
iii. programa de controle da qualidade dos instrumentos de medição,
fontes de radiação, sistemas de planejamento e acessórios de
radioterapia;
iv. planejamento de tratamentos, conforme orientação do responsável
técnico e equipe médica do Serviço de Radioterapia;
v. controle da qualidade dos tratamentos terapêuticos; e
vi. programas de treinamento em física médica dos indivíduos
ocupacionalmente expostos, com periodicidade máxima de dois anos;
b) Manter os sistemas de medição calibrados por laboratório de metrologia
acreditado pela Rede Brasileira de Calibração, conforme descrito na seção IV
do capítulo IV desta Norma;
c) Auxiliar o responsável técnico na implementação de novas técnicas de
tratamento em radioterapia;

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d) Notificar o titular, o responsável técnico e o supervisor de proteção
radiológica sobre todos os itens que não estejam de acordo com as normas e
Resoluções da CNEN;
e) Comunicar a CNEN, no prazo máximo de trinta dias, quando do seu
desligamento do Serviço de Radioterapia; e
f) Estar presente na sala de tratamento durante os preparativos e entrega da
dose terapêutica, no primeiro dia de tratamento.

6.4 – RESPONSÁVEL TÉCNICO

O Responsável Técnico do Serviço de Radioterapia e seu substituto eventual


devem obrigatoriamente:

a) garantir que nenhum paciente seja submetido a uma exposição médica a


menos que esta seja prescrita por um médico radio-oncologista com
qualificação certificada por sociedade reconhecida representativa da classe;
b) garantir que todos os médicos do Serviço de Radioterapia tenham como
premissa a obrigação de assegurar proteção e segurança na prescrição e na
execução da exposição médica;
c) garantir que seja disponibilizado pessoal médico e de enfermagem em número
suficiente, com formação e treinamento específicos para conduzir os
procedimentos de radioterapia;
d) garantir que todos os planejamentos de tratamento sejam realizados por um
especialista em física médica de radioterapia ou sob a sua supervisão,
impressos em papel, e com uma segunda assinatura por conferência;
e) garantir que esteja presente um médico radioterapeuta na sala de tratamento
durante os preparativos e entrega da dose terapêutica, no primeiro dia de
tratamento;
f) notificar o titular sobre todos os quesitos que não estejam de acordo com as
Normas e Resoluções da CNEN;

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g) comunicar à CNEN, no prazo máximo de trinta dias, quando do seu
desligamento do Serviço de Radioterapia; e
h) garantir consulta de acompanhamento semanal do paciente, por um médico
radio-oncologista, durante todo o tratamento.

6.5 – RADIO-ONCOLOGISTAS

Os médicos radio-oncologistas devem, obrigatoriamente:

a) Fazer a anamnese dos pacientes, verificando a ocorrência de gravidez nos casos de


pacientes do sexo feminino;
b) Analisar os resultados dos exames que forem apresentados e solicitar outros
necessários, de maneira a confirmar o diagnóstico e certificar-se que o tratamento
radioterápico é a conduta mais indicada para o caso;
c) Realizar o planejamento do tratamento, indicando claramente a delimitação do
campo, a dose e o fracionamento, solicitando, quando necessário,
radiografias, tomografias, confecção de máscaras ou moldes, dispositivos de
imobilização, blocos de proteção e a colaboração do físico ou do técnico, etc;
d) Orientar o paciente sobre os riscos e efeitos do tratamento e sobre a importância da
imobilidade durante o tratamento;
e) Orientar o técnico sobre o posicionamento do paciente e acompanhar o primeiro
tratamento;
f) Consultar o paciente semanalmente, analisando as reações e prescrevendo a
medicação necessária. Replanejar o tratamento no caso de mudanças significativas
no contorno do paciente;
g) Examinar o paciente ao término do tratamento, anexando relatório ao prontuário;
h) Encaminhar o paciente ao médico de origem, solicitando seu retorno dentro do prazo
estabelecido pela equipe médica.

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6.6 - TÉCNICOS DE RADIOTERAPIA

Os técnicos de radioterapia devem, obrigatoriamente:

a) Receber, orientar e posicionar o paciente, participar juntamente com o médico


radioterapeuta e o físico médico, do planejamento e programação de
tratamento, buscando uma melhor técnica e a otimização do processo;
b) Fazer o protocolo de preparo para o início e término da atividade diária do
equipamento;
c) Executar o tratamento radioterápico de acordo com as especificações da ficha
técnica e a rotina de atendimento estabelecida;
d) Conferir os cálculos da programação, antes de dar início ao tratamento. e, em
caso de dúvida, consultar o Departamento de Física e/ou médico
radioterapeuta;
e) Registrar na ficha técnica todas as particularidades do tratamento que
possibilitem a sua correta interpretação pelos demais profissionais;
f) Operar os painéis de controle dos aparelhos de tratamento radioterápico e/ou
simulação de acordo com os critérios preestabelecidos;
g) Registrar a execução do tratamento em livro específico e na ficha técnica do
paciente, bem como a dose ministrada na fração diária;
h) Manter sempre em ordem os aparelhos, solicitando dos setores competentes;
i) Efetuar as correções de campos de irradiação conforme solicitação do
radioterapeuta e/ou do físico médico;
j) Providenciar os check-filmes para confirmação da região irradiada de acordo
com a solicitação do radiotepeuta e/ou físico médico;
k) Manter, de forma adequada, a tatuagem de identificação do campo de
irradiação dos pacientes;
l) Confeccionar máscaras e colimações convencionais e/ou personalizadas em
chumbo e/ou alloy, bolus de cera e/ou chumbo, compensadores de tecido
ausente, imobilizações gessadas, moldes de chassagne, byte block de acordo

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com critérios preestabelecidos, ou outro artefato qualquer que auxilie na
execução do tratamento radioterápico;
m) Observar nos testes diários de rotina, as condições dos equipamentos, tanto
acessórios quanto os emissores e/ou geradores de radiação, nunca deixando
funcionar um aparelho que não apresente total e absoluta segurança para a
equipe e o paciente.

6.7 - DOSIMETRISTA

Os dosimetristas devem, obrigatoriamente:


a) Auxiliar na confecção de imobilizadores em geral que serão utilizados no
processo de simulação e tratamento radioterápico e participar dos
procedimentos de simulação;
b) Acompanhar os pacientes em exames de tomografia, ressonância magnética,
Pet-CT e avaliar a aquisição de imagens, as quais serão utilizadas para
planejamento radioterápico;
c) Realizar a transferência de imagens para o sistema de planejamento
computadorizado e fazer fusão de imagens, delimitar os órgãos internos do
paciente nos cortes tomográficos e de ressonância magnética;
d) Auxiliar no planejamento computadorizado do tratamento do paciente no
sistema de planejamento, o qual corresponde as entradas do campo de
radiação, promover o cálculo da dose e avaliação das doses que serão
recebidas nos órgãos normais sob supervisão do físico médico e do
radioncologista;
e) Preparar o prontuário para o início do tratamento do paciente, bem como
cálculo manual e impressão da documentação necessária para ser arquivada
em prontuário próprio;
f) Realizar no sistema de planejamento computadorizado o controle de
qualidade dos tratamentos de IMRT (Técnica de tratamento de Intensidade
Modulada do Feixe) e VMAT (Técnica de Tratamento Arcoterapia com
Intensidade Modulada do Feixe);

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g) Participa juntamente com a equipe nos processos de educação continuada e
melhoria da qualidade;
h) Atuar em empresas especializadas no treinamento de equipamentos,
softwares radioterápicos, ou no setor de vendas e pósvendas de
equipamentos e acessórios radioterápicos;
i) Atuar em pesquisa clínica e publicação e artigos científicos

7 – CLASSIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO

De acordo com a Norma CNEN NN 6.02 - LICENCIAMENTO DE INSTALAÇÕES


RADIATIVAS, e com a descrição de objetivos da instalação, classifica-se o Serviço de
Radioterapia do Hospital Marcio Cunha como pertencente a ambos os Grupos 2 e 7 e
Subgrupos 2B e 7C.

8 – CLASSIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS ÁREAS

A Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha, está implantada em um


terreno com uma área total de 3.333,57 m 2 onde sua estrutura física está dividida em
quatro setores:

Radioterapia

Quimioterapia

Medicina Nuclear

Administração (Segundo pavimento)

Área comum

Nossa estrutura conta com uma recepção principal, via de acesso dos pacientes
e acompanhantes que procuram pela primeira vez a unidade. É neste local onde os
pacientes são registrados e em seguida encaminhados a uma das especialidades
oferecidas.

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Na área comum, estão localizados diversos consultórios, os quais são
distribuídos entre equipe médica, enfermagem, nutricionistas e psicólogos, salas de
repouso e atenção ao paciente, banheiros, sala de reunião e sala de planejamento de
radioterapia (física médica), todas classificadas como área livre.

As áreas do Setor de Radioterapia e adjacentes, e suas respectivas


classificações estão descritas na Tabela 1.

Tabela 1 – Descrição e classificação de áreas do setor de Radioterapia e adjacentes.

Descrição da área Classificação


Sala de tratamento de teleterapia A.L. Clinac CX
Área Controlada
(Teleterapia 1)
Comando do acelerador linear Clinac CX Área Supervisionada
Sala de tratamento de teleterapia A.L. Clinac CX-S
Área Controlada
(Teleterapia 2)
Comando do acelerador linear Clinac CX-S Área Supervisionada
Sala de tratamento de Braquiterapia HDR Área Controlada
Comando da Braquiterapia Área Supervisionada
Vestiários para pacientes Área Livre
Banheiros para pacientes Área Livre
Sala de Quadros Elétricos Área Livre
Desembarque de ambulâncias Área Livre
Circulação externa de ambulâncias Área Livre
Recepção geral Área Livre
Jardim Área Livre

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9 – DESCRIÇÃO DOS MECANISMOS E SISTEMAS DE CONTROLE DE
ACESSO ÀS ÁREAS DA INSTALAÇÃO

A entrada de pacientes às áreas internas do setor de radioterapia só poderá


ocorrer com a devida autorização e acompanhamento de algum colaborador interno do
setor. O acesso além da recepção geral é restrito e monitorada por uma porta de
acesso, a qual deverá permanecer fechada sempre que não houver passagem de
pessoas ou objetos.
A restrição ao acesso a área supervisionada deverá ser sinalizada com aviso
claro e visível, e a porta de acesso deverá permanecer fechada sempre que os
técnicos não estiverem presentes nesta área. O acesso à área controlada será
permitido apenas para pessoas autorizadas, e a entrada deverá estar devidamente
sinalizada com o símbolo internacional de radiação, nome e telefone do Responsável
Técnico e Supervisor de Proteção Radiológica, para prontidão em casos de
emergências radiológicas.

10 – DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E FONTE EMISSORAS DE


RADIAÇÃO IONIZANTE

10.1 – ACELERADOR LINEAR CLINAC CX

 Aparelho: Acelerador linear de partículas


 Fabricante: Varian
 Modelo: Clinac CX
 Número de série: 5874
 Ano de fabricação: 2014
 Upgrade adicional: Portal Dosimetry e MLC HD 120 lâminas
 Energia nominal para fótons: 6 e 10 MV
 Energia nominal para elétrons: 6, 9, 12 ,15 e 18 MeV
 Isocêntrico, Distância Fonte Eixo, DFE, igual a 100 cm.

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 Campo mínimo no isocentro fótons: 0 x 0
 Campo máximo no isocentro fótons: 40 x 40 cm2
 Aplicadores de elétrons:
o Quadrado: 4x4, 6x6, 10x10, 15x15, 20x20, 25x25 cm2
 Taxa de dose nominal absoluta no Isocentro: 400 cGy/min (campo 10 x 10 cm2)
 Ângulo de rotação do Gantry: 3600
 Radiação de fuga do cabeçote com feixe ativado: ≤ 0,1% da taxa de
dose no isocentro.

10.2 – ACELERADOR LINEAR CLINAC CX-S

 Aparelho: Acelerador linear de partículas


 Fabricante: Varian
 Modelo: Clinac CX-Silhouette
 Número de série: 1052
 Ano de fabricação: 2015
 MLC 80 lâminas
 Energia nominal para fótons: 6 e 10 MV
 Energia nominal para elétrons: 6, 9, 12 ,15 e 18 MeV
 Isocêntrico, Distância Fonte Eixo, DFE, igual a 100 cm.
 Campo mínimo no isocentro fótons: 0 x 0
 Campo máximo no isocentro fótons: 40 x 40 cm2
 Aplicadores de elétrons:
o Quadrado: 4x4, 6x6, 10x10, 15x15, 20x20, 25x25 cm2
 Taxa de dose nominal absoluta no Isocentro: 400 cGy/min (campo 10 x 10 cm2)
 Ângulo de rotação do Gantry: 3600
 Radiação de fuga do cabeçote com feixe ativado: ≤ 0,1% da taxa de
dose no isocentro.

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10.3 – BRAQUITERAPIA HDR

 Aparelho: Braquiterapia HDR


 Fabricante: Varian
 Modelo: GammaMed iX Plus
 Número de série: 0960
 Ano de fabricação: 2014
 Fonte radioativa: Irídio-192
 Energia média dos fótons: 380 keV
 Dimensões da fonte:

o Comprimento – 4,52 mm

o Diâmetro – 0,9 mm

 Meia vida: 73,83 dias

 A fonte é trocada a cada três meses aproximadamente.

Nome do Fabricante:

o Curium Netherlands B.V.

Westerduinweg 3

1755 LE Petten

The Netherlands

11 – DESCRIÇÃO DA FONTE DE REFERÊNCIA:

 Fabricante: IBA - Scanditronix Wellhöfer


 Modelo: Radioactive Check Device type CDC
 Número de série: C-1171/OP327
 Atividade: 33 MBq em 2006

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12 – DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE DOSIMETRIA:

Equipamento Função

Câmaras de Ionização

Fabricante: PTW Freiburg


Modelo: TN30013 Câmara de ionização tipo Farmer do
N° de Série: 007703 conjunto dosimétrico de referência
Data de calibração: 07/07/2022 calibrado
Local: IRD – Instituto de Radioproteção e
Dosimetria – LCRT/LNMRI
N° do certificado: LNMRI 0533/2022

Eletrômetro

Fabricante: PTW Freiburg


Modelo: Unidos E
Eletrômetro do conjunto dosimétrico
N° de Série: 001268
de referência calibrado
Data de calibração: 07/07/2022
Local: IRD – Instituto de Radioproteção e
Dosimetria – LCRT/LNMRI
N° do certificado: LNMRI 0533/2022

Câmaras de Ionização

Fabricante: PTW Freiburg


Modelo: TN30013 Câmara de ionização tipo Farmer do
N° de Série: 007704 segundo conjunto dosimétrico de
Data de calibração: 06/07/2022 referência calibrado
Local: IRD – Instituto de Radioproteção e
Dosimetria – LCRT/LNMRI
N° do certificado: LNMRI 0534/2022

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Eletrômetro

Fabricante: PTW Freiburg


Modelo: Unidos E
Eletrômetro do segundo conjunto
N° de Série: 001269
dosimétrico de referência calibrado
Data de calibração: 06/07/2022
Local: IRD – Instituto de Radioproteção e
Dosimetria – LCRT/LNMRI
N° do certificado: LNMRI 0534/2022

Câmaras de Ionização

Fabricante: Sun Nuclear


Câmara de ionização tipo Farmer do
Modelo: SNC600c
terceiro conjunto dosimétrico de
N° de Série: 266977001
referência calibrado
Data de calibração: 14/08/2021
Local: MD Anderson Cancer Center
N° do certificado: 2021-532

Eletrômetro

Fabricante: Sun Nuclear


Modelo: PC Eletrometer Eletrômetro do terceiro conjunto
N° de Série: 267124009 dosimétrico de referência calibrado
Data de calibração: 11/09/2021
Local: MD Anderson Cancer Center
N° do certificado: 2021-602

20
Câmaras de Ionização PinPoint

Fabricante: PTW Freiburg


Modelo: TN31014
Câmara de Ionização para campos
N° de Série: 001308
pequenos
Data de calibração: 20/02/2021
Local: Própria instituição – FSFX –
Acelerador linear CX (SN: 5874)
N° do certificado: N/A – Calibração cruzada

Câmaras de Ionização SNC125c

Fabricante: Sun Nuclear


Modelo: 1041
Câmara de Ionização para campos de
N° de Série: 1041600ZAW-100400001
intensidade modulada
Data de calibração: 04/12/2021
Local: Própria instituição – FSFX –
Acelerador linear CX (SN: 5874)
N° do certificado: N/A – Calibração cruzada

Câmaras de Ionização de placas paralelas

Fabricante: PTW Freiburg


Modelo: TN34001 - ROOS
Câmara de Ionização de placas
N° de Série: 002424
paralelas
Data de calibração: 11/06/2022
Local: Própria instituição – FSFX –
Acelerador linear CX-S (SN: 1052)
N° do certificado: N/A – Calibração cruzada

21
Câmaras de Ionização tipo Poço

Fabricante: Standard Imaging


Câmara de ionização tipo poço do
Modelo: HDR 1000 plus
conjunto dosimétrico de referência
N° de Série: A150976
para braquiterapia HDR calibrado
Data de calibração: 30/07/2021
Local: LCR / UERJ
N° do certificado: P0041-2021

Eletrômetro

Fabricante: Standard Imaging


Eletrômetro do conjunto dosimétrico
Modelo: CDX 2000B
de referência para braquiterapia HDR
N° de Série: B151254
calibrado
Data de calibração: 30/07/2021
Local: LCR / UERJ
N° do certificado: P0041-2021

Termo-higrômetro

Fabricante: TFA
Modelo: -
N° de Série: N/A Equipamento para aferição de
Identificação: THIG-193 temperatura e umidade
Data de calibração: 13/03/2023
Local: Laboratório Power Test
Comissionamento, Ipatinga/MG
N° do certificado: PTC/8791.1

22
Termo-higrômetro

Fabricante: Minipa
Modelo: MT-241
N° de Série: N/A Equipamento para aferição de
Identificação: THIG-415 temperatura e umidade
Data de calibração: 28/04/2022
Local: Laboratório Power Test
Comissionamento, Ipatinga/MG
N° do certificado: PTC/7635.1

Termo-higrômetro

Fabricante: Minipa
Modelo: MT-241
N° de Série: N/A Equipamento para aferição de
Identificação: THIG-361 temperatura e umidade
Data de calibração: 28/07/2022
Local: Laboratório Power Test
Comissionamento, Ipatinga/MG
N° do certificado: PTC/7977.1

Barômetro

Fabricante: Testo
Modelo: Testo 511
Equipamento para aferição de pressão
N° de Série: 39106317/203
atmosférica
Data de calibração: 16/02/2022
Local: Empresa Visomes Comercial
Metrológica, São Paulo/SP
N° do certificado: LV01179-04641-22-R0

23
Inclinômetro Digital - Nível

Fabricante: Smart Tool


Modelo: N/A
Equipamento para aferição de
N° de Série: N/A
inclinação
Data de calibração: 30/06/2021
Local: Empresa Medição – Soluções
Metrológicas Integradas, Ipatinga/MG
N° do certificado: 144888/21

Régua – Escala de aço

Fabricante: Mitutoyo
Modelo: N/A
N° de Série: N/A Equipamento para aferição de distância
Data de calibração: 09/07/2021
Local: Empresa Medição – Soluções
Metrológicas Integradas, Ipatinga/MG
N° do certificado: 153111/21

Medidor de constância do feixe


Conjunto de detectores dispostos em
equipamento de forma planar para
Fabricante: Standard Imaging
checagem da constância de calibração,
Modelo: QA Beam Checker Plus
simetria, planura e qualidade do feixe.
N° de Série: Z510615

Medidor de fluência de radiação


Conjunto de detectores dispostos em
equipamento de forma planar para
Fabricante: Varian
controle de qualidade paciente-
Modelo: Image Detection Unit 20 - Portal
específico e controle de qualidade do
Dosimetry
acelerador linear.
N° de Série: 147799

24
Fantoma dosimétrico
Objeto simulador 35x32x33 cm3, para
Fabricante: PTW Freiburg dosimetria e testes de distribuição de
Modelo: MP1 Water Phantom dose na água
N° de Série: 000073

Fantoma de água sólida

Kit de placas do tipo água sólida de


Fabricante: PTW Freiburg
30x30 cm2 com espessuras variadas
Modelo: RW3 Slab Phantom
N° de Série: N/A

12.1 – DESCRIÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE DOS CONJUNTOS


DOSIMÉTRICOS

Os conjuntos dosimétricos serão aferidos, no mínimo trimestralmente, com uma


fonte-teste de propriedade do Serviço de Radioterapia. Neste procedimento será
avaliado a condição de reprodutibilidade, repetitividade e linearidade dos conjuntos
dosimétricos, com limites de variação máximo de ±2,0%, ±1,0% e ±1,0%,
respectivamente, conforme recomendado pelo TECDOC-1151.
Os conjuntos dosimétricos de referência deverão ser calibrados a cada dois anos,
ou sempre que houve consertos ou suspeita de funcionamento irregular, por um
laboratório de metrologia acreditado pela Rede Brasileira de Calibração.
É de responsabilidade do Serviço de Proteção Radiológica a segurança dos
equipamentos de medida e sua calibração.

25
13 - DESCRIÇÃO DO PROGRAMA DE GARANTIA DE QUALIDADE

13.1 – DOSIMETRIA

A dosimetria mensal na água é realizada seguindo o Protocolo TRS-398, da


Agência Internacional de Energia Atômica, e todos os parâmetros, fatores de correção
e ajustes utilizados na determinação da dose na água em um ponto de referência estão
descritos na planilha de dosimetria mensal interna da instalação, assinada e data pelo
físico responsável.
Os testes de aceitação e dosimetria dos equipamentos Varian Clinac CX (SN
5874) e Varian Clinac CX-S (SN 1052), foram efetuados pelos fabricantes em conjunto
com um físico credenciado, conforme documento de aceitação do equipamento,
disponíveis nos arquivos.
A determinação da dose na água em um ponto de referência, até este relatório,
foi realizada no dia 12 de julho de 2023 referente ao acelerador linear Varian Clinac
CX-S (SN 1052) e no dia 15 de julho de 2023 referente ao acelerador linear Varian
Clinac CX (SN 5874). Procedimentos mais recentes podem ocorrer, e deverão estar
registrados e arquivados junto à pasta de documentos do Programa de Garantia de
Qualidade.

13.2 – TESTES DOSIMÉTRICOS, MECÂNICOS E PROCEDIMENTOS DE


SEGURANÇA

O Programa de Garantia da Qualidade dos equipamentos de irradiação são


realizados conforme recomendações descritas nos protocolos TG-142, TG-40 e
TECDOC-1151, e estão descritos abaixo, juntamente com os limites estabelecidos de
tolerância:

26
Tabela 2 - Testes e procedimentos de segurança diários

Procedimentos / Critérios

Nível da água Entre Ótimo e Max


Pressão da água (psi) 72 ± 2
Temp. água (°C) 40 ± 2
Pressão do gás (psi) 32 ± 2
Temperatura da sala (°C) 23 ± 5
Umidade relativa (%) 50 ± 20
VERIFICAÇÃO DO FEIXE
Realizar Morning Checkout Funcionando
SEGURANÇA
Sinalização luminosa acima da porta Funcionando
Sistema de intercomunicação Funcionando
Sistema de visualização Funcionando
Sistema de áudio (feixe ON) Funcionando
Sinalização de feixe ON no monitor Funcionando
SISTEMA DE EMERGÊNCIA
Porta aberta (Interlock “DOOR”) Funcionando
Chave “disable” (Interlock KEY) Funcionando
Interlock ao abrir a porta com feixe ON Funcionando
Interrupção ao completar #MU Funcionando
Botão de Interrupção no comando Funcionando
Botões de Emergência (vermelho) Funcionando
MECÂNICOS
Lasers (IsoAlign) ± 1 mm
Telêmetro 100 cm ± 2 mm
Campo Luminoso 10 x 10 cm (IsoAlign) ± 2 mm
Centro Reticulado / Campo 10 x 10 cm ± 2 mm

27
DOSIMÉTRICOS
Constância / Fator Cal - feixe 6 MV ± 3,0%
Constância / Fator Cal - feixe 10 MV ± 3,0%
Simetria e Planura 6 MV ± 3,0%
Simetria e Planura 10 MV ± 3,0%
Constância / Fator Cal dos elétrons * ± 3,0%

* A verificação da constância e Fator de Calibração dos feixes de elétrons será


realizada uma vez por semana, para todas as energias de elétrons disponíveis. Caso
haja algum paciente realizando tratamento com feixe de elétrons, a verificação da
energia utilizada deverá ser realizada diariamente, durante o período que ocorrer o
tratamento.

28
Tabela 3 – Testes e procedimentos de segurança mensais

Procedimentos / Critérios

1. CONDIÇÕES DA UNIDADE Funcionando


2. ASPECTOS DE SEGURANÇA Funcionando
3. TELÊMETRO ÓPTICO E DESLOC. VERTICAL DA MESA ± 1 mm / ± 2 mm
4. ÂNGULOS DO GANTRY ± 1,0º
5. ISOCENTRO DO GANTRY Ø ≤ 2 mm
6. ÂNGULOS DO COLIMADOR ± 1,0º
7. ISOCENTRO DO COLIMADOR Ø ≤ 1 mm
8. SIMETRIA DO COLIMADOR ± 1 mm
9. CENTRO DO RETICULADO E CAMPO LUMINOSO 2 mm
10. CAMPO LUMINOSO vs. INDICADOR (simétrico) ± 2 mm
11. CAMPO LUMINOSO vs. INDICADOR (assimétrico) ± 1 mm
12. ÂNGULOS DA MESA ± 0,5º
13. ISOCENTRO DA MESA Ø ≤ 1 mm
14. INDICADOR DO DESLOCAMENTO DA MESA ± 2 mm
15. EXATIDAO DA RÉGUA MAGNIFICADORA ± 2 mm
16. ALINHAMENTO DO LASER ± 1 mm
17. POSICIONAMENTO DOS CARROS DO MLC ± 1 mm
18. CONSTÂNCIA DE CALIBRAÇÃO DE FÓTONS ±2%

19. CONSTÂNCIA DA QUALIDADE DO FEIXE (TPR20/10) ±2%

20. CONSTÂNCIA DE CALIBRAÇÃO DE ELÉTRONS ±2%

29
Tabela 4 – Testes e procedimentos de segurança anuais

Procedimentos / Critérios

1. ISOCENTRO RADIOATIVO DO COLIMADOR Ø ≤ 1 mm


2. ISOCENTRO RADIOATIVO DA MESA Ø ≤ 1 mm
3. ISOCENTRO RADIOATIVO DO GANTRY Ø ≤ 1 mm
4. CAIMENTO DA MESA ± 2 mm
5. SIMETRIA DOS FEIXES DE FÓTONS ±2%
6. PLANURA DOS FEIXES DE FÓTONS ±3%
7. CONSTÂNCIA DO FATOR DE FILTRO DINÂMICO ±3%
8. FATOR RENDIMENTO RELATIVO DE FÓTONS ±2%
9. LINEARIDADE DE #UM PARA FÓTONS ±2%
10. REPETITIVIDADE DE #UM PARA FÓTONS ± 1 % (≥5 UM)
11. CONSTÂNCIA DO OUTPUT VS. TAXA DE DOSE (FÓTONS) ±2%
± (1.5 ± 0,5)% (P/
12. TRANSMISSÃO DO MLC 6MV) / ±(1.9 ± 0,5)%
(P/ 10MV)
13. SIMETRIA DOS FEIXES DE ELÉTRONS ±2%
14. PLANURA DOS FEIXES DE ELÉTRONS ±3%
15. FATOR RENDIMENTO RELATIVO DE ELÉTRONS ±2%
16. LINEARIDADE DE #UM PARA ELÉTRONS ±2%
17. REPETITIVIDADE DE #UM PARA ELÉTRONS ± 1 % (≥5 UM)
18. CONSTÂNCIA DO OUTPUT VS. TAXA DE DOSE (ELÉTRONS) ±2%

19. CONSTÂNCIA DA QUALIDADE DO FEIXE DE ELÉTRONS ± 1 mm

30
13.3 – PLANEJAMENTO DE ANÁLISE DE SEGURANÇA:

Os principais tipos de acidentes radiológicos que podem ocorrer na instalação


são aqueles que envolvem exposição do indivíduo (paciente, público ou IOE) com dose
de radiação no local e/ou quantidade muito diferente do planejado devido falhas de
componentes do sistema, e até mesmo de um único componente em específico, ou
falha decorrente de erro humano.
Para minimizar as ocorrências e severidades destes eventos na instalação, há
um extensivo programa de garantia de qualidade dos equipamentos e processos, por
meio de testes realizados em equipamentos, educação continuada dos profissionais,
documentação e padronização de processos, entre outras atividades. Um dos
responsáveis por alcançar esta redução é o cumprimento dos testes descritos nos itens
anteriores 13.1 e 13.2, os quais permitem a verificação de itens redundantes e
implementação de barreiras em profundidade.
O detalhamento dos possíveis acidentes, as classificações de risco e as
barreiras de segurança associadas para sua prevenção e/ou detecção, são descritos
no Planejamento de Análise de Segurança (“análise de risco”) da instalação. A
ferramenta primária utilizada para tal análise é a metodologia de Matriz de Risco
aplicado à Instalação da Radioterapia e disponibilizado digitalmente por meio do
sistema de gerenciamento hospitalar TASY utilizado em toda a instituição Hospital
Marcio Cunha / Fundação São Francisco Xavier, cujo acesso é disponibilizado para
todos colaboradores e em qualquer unidade de atendimento em geral.
Em casos de exposições acidentais, o titular, o responsável técnico e o
especialista em física médica de radioterapia devem investigar imediatamente qualquer
tratamento ou fração de tratamento administrado a um paciente que seja diferente do
planejado, sendo ainda necessário “(i) conduzir a investigação para determinar a dose
recebida e sua distribuição no paciente, (ii) aplicar as medidas corretivas sob sua
responsabilidade, (iii) indicar as ações para prevenir sua reincidência, (iv) submeter à
CNEN, logo após a investigação, um relatório que esclareça as causas do acidentes,
bem como as providencias tomadas, e (v) informar por escrito ao pacientes e ao
médico solicitante sobre o acidente”.

31
14 - DESCRIÇÃO DOS MONITORES DE ÁREA

Câmaras de Ionização de grande volume


(Monitor de área)

Fabricante: Fluke Biomedical Systems


Câmara de Ionização para
Modelo: 451-B-DE-SI-RYR
levantamento radiométrico.
N° de Série: 2381
Data de calibração: 09/06/2021
Local: Metrobras, Jardinópolis/SP
N° do certificado: 21-1492

Câmaras de Ionização de grande volume


(Monitor de área)

Fabricante: Fluke Biomedical Systems


Câmara de Ionização para
Modelo: 451-B-DE-SI-RYR
levantamento radiométrico.
N° de Série: 2431
Data de calibração: 10/11/2020
Local: Metrobras, Jardinópolis/SP
N° do certificado: 20-2743

32
15 - DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS DE PLANEJAMENTO
COMPUTADORIZADOS

A instalação realiza os planejamentos de tratamentos computadorizados


tridimensional através dos Sistemas de Planejamento de Tratamentos Eclipse versão
13.6 desenvolvido pela empresa Varian e RT Plan versão 4.5.5 da empresa BrainLab.
Estes sistemas permitem a inclusão de imagens radiológicas de Tomografia
Computadorizada, Ressonância Magnética e Tomografia por Emissão de Pósitron
(PET-CT), que podem ser utilizadas para delineamento das estruturas alvos e órgãos
de risco, e avaliação da distribuição de dose.
A versão do TPS Eclipse permite o cálculo de distribuição de dose através de
algoritmos baseado em Anisotropic Analytical Algorithm – AAA - (fótons) e Monte Carlo
(elétrons), e o TPS RT Plan possui os algoritmos Pencil Beam e Monte Carlo para o
cálculo de distribuição de dose de fótons.

16 - DESCRIÇÃO DAS TÉCNICAS DE TRATAMENTO

Os tratamentos dos pacientes serão realizados prioritariamente com a


distribuição de dose avaliada em imagens tridimensionais. As técnicas de tratamento
aplicadas na instalação dependem da região anatômica de tratamento, dose prescrita
pelo médico radio-oncologista, acessórios de posicionamentos utilizados levando em
consideração as condições de reprodutibilidade, condições dosimétricas do
equipamento e condições de blindagem.
Os planejamentos de tratamento são realizados utilizando técnica bidimensional
(Radioterapia 2D – em alguns casos de urgência), tridimensional conformada (3D-
CRT), IMRT com campos estáticos (Step n’ Shoot e dynamicMultiLeaf), e terapia com
feixe de elétrons.

33
17 – ESTIMATIVA DE DOSES ANUAIS

A exposição normal dos indivíduos deve ser restringida de tal modo que nem a
dose efetiva nem a dose equivalente nos órgãos ou tecidos de interesse, causadas
pela possível combinação de exposições originadas por práticas autorizadas, excedam
o limite de dose especificado na tabela a seguir, salvo em circunstâncias especiais,
autorizadas pela CNEN. Esses limites de dose não se aplicam às exposições médicas.

Tabela 5 – Limites de dose anuais

Limites de Dose Anuais [a]

Órgão IOE Indivíduos do Público


Grandeza
Dose Efetiva Corpo Inteiro 20 mSv [b] 1 mSv [c]
Cristalino 20 mSv [b] 15 mSv

Dose Pele [d] 500 mSv 50 mSv


Equivalente Mãos e Pés 500 mSv ---------

[a] Para fins de controle administrativo efetuado pela CNEN, o termo dose anual deve
ser considerado como dose no ano calendário, isto é, no período decorrente de janeiro
a dezembro de cada ano.
[b] Média aritmética em 5 anos consecutivos, desde que não exceda 50 mSv em
qualquer ano.
[c] Em circunstâncias especiais, a CNEN poderá autorizar um valor de dose efetiva de
até 5 mSv em um ano, desde que a dose efetiva média em um período de 5 anos
consecutivos, não exceda a 1 mSv por ano.
[d] Valor médio em 1 cm2 de área, na região mais irradiada.

34
18 – DESCRIÇÃO DO PROGRAMA DE MONITORAÇÃO INDIVIDUAL

A monitoração individual e os cuidados relativos à exposição externa


atenderão aos seguintes requisitos:
a) Monitoração permanente de cada trabalhador de áreas controladas com
dosímetros individuais, cujo uso será obrigatório durante sua permanência
nestas áreas;
b) Uso de dosímetros compatíveis com as condições de irradiação tais como tipo
de radiação, energia, geometria e tempo de exposição;
c) Período de uso e procedimentos de avaliação dos dosímetros compatíveis
com as condições de exposição;
d) Esclarecimentos junto aos trabalhadores sobre o correto uso dos dosímetros
individuais.

Será obrigatório o uso do dosímetro pessoal durante todo o tempo em que o


trabalhador permanecer nas áreas controladas. Ao final do expediente, o dosímetro
deverá ser guardado em lugar designado pelo Supervisor de Proteção radiológica,
onde as taxas de doses sejam comparáveis ao background. Este local fica localizado
no corredor de consultórios (Área livre) da instalação, cujo quadro de guarda fica
afixado em uma das paredes.
Os dosímetros são fornecidos e avaliados pela empresa Sapra Landauer
Serviço de Assessoria e Proteção Radiológica Ltda, utilizando a tecnologia de
Dosimetria Opticamente Estimulada (OSLD, na sigla em inglês), e são substituídos
mensalmente pelo Supervisor de Proteção Radiológica.
Os valores da monitoração individual registrados mensalmente estão
disponibilizados a cada indivíduo ocupacionalmente exposto, através dos relatórios
emitidos pela empresa responsável, e afixados no quadro de informações disposto na
sala de física médica. Os relatórios anteriores ao mês em vigência ficam armazenados
nesta mesma sala, e o assentamento de dose dos últimos cinco anos fica armazenado
em mídia digital.

35
Os trabalhadores estão cientes de que não devem levar o dosímetro fornecido
pelo Setor de Radioterapia do Hospital Márcio Cunha para utilizá-lo em outra instituição
ou outro setor, nem trazer dosímetro pessoal de outra instituição para utilizá-lo no Setor
de Radioterapia do Hospital Márcio Cunha.

19 – DESCRIÇÃO DA MONITORAÇÃO DE ÁREA

19.1 – OBJETIVO

O levantamento radiométrico (monitoração de área) tem como objetivo verificar


se os índices de dose efetiva nas suas dependências e áreas adjacentes continuam de
acordo com limites estabelecidos pela CNEN, e deve ser realizado com periodicidade
máxima de 2 anos, ou sempre que houver interferências na blindagem estabelecida no
projeto inicial.

19.2 - INSTRUMENTAÇÃO DE MEDIDA:

 Câmara de Ionização de grande volume:


Fabricante: Fluke Biomedical Systems
Modelo: 451-B-DE-SI-RYR
SN: 2381
Certificado de calibração: 21-1492
Data de calibração: 09/06/2021 Validade: 2 anos

19.3 – PARÂMETROS UTILIZADOS:

As medidas foram realizadas utilizando feixe de fótons de 10 MV, com o gantry


na seguinte configuração:
- Campo 40 x 40 cm2 e colimador na diagonal a 45°
- Material espalhador da PTW - objeto simulador preenchido com água
tamanho 35x32x33 cm³, utilizado para análise de barreira secundária.

36
19.3.1 – CARGA DE TRABALHO

A carga de trabalho (Gy/semana) foi calculada como sendo representante do


tratamento de pacientes em diferentes técnicas aqui chamadas de: convencional,
IMRT, controle de qualidade periódico, calibrações de unidade monitora e trabalhos de
pesquisa.

Feixe Primário:

WP = 1.000 Sv/semana , @ 100 cm para feixe primário, equivalentes a uma


média de 70 pacientes/dia. Este valor conservativo utilizado reflete de modo realístico a
utilização média prevista para o equipamento, conforme sugerido pelo NCRP # 49 (pg.
64) e NCRP # 151.

Feixe Secundário:

WL = 2.000 Sv/semana , @ 100 cm para feixe secundário, equivalentes a


uma média de 70 pacientes/dia, sendo 50% com tratamentos convencionais e 50%
com tratamentos de IMRT/IGRT.
Para os tratamentos de IMRT/IGRT foi considerado um fator 3 (três), para a
radiação de fuga do cabeçote, em relação à carga de trabalho para tratamentos
convencionais.
WL = (1.000 Sv/semana x 50%) + (3 x 1.000 Sv/semana x 50%) = 2.000
Sv/semana

37
19.3.2 – FATOR USO

Foi adotado fator de uso U=1 para todas as radiações secundárias. Foram
adotados para o feixe primário os fatores de Uso listados abaixo. Além disso, devemos
considerar que pelo menos 15% da carga de trabalho será de feixe de elétrons. Para
um cálculo mais conservador, toda a carga foi considerada como fótons.

Tabela 6 – Descrição dos valores do fator uso.


Ângulo de Direção do Feixe Fator Uso
Incidência de radiação (U)
0° Vertical para baixo 3/7
90° Horizontal para esquerda 1/7
270º Horizontal para direita 1/7
180º Vertical para cima 2/7

19.3.3 - CÁLCULO DA EXPOSIÇÃO MÁXIMA ANUAL:

A dose equivalente média semanal, no ponto avaliado, pode ser obtida por:

L (µSv/h) – leitura do instrumento para a grandeza radiométrica vigente.


U – fator de uso do equipamento de radioterapia para determinada orientação
geométrica. Para radiação secundária usamos sempre U =1.
T – fator de ocupação do local avaliado.
f cal – fator de calibração do equipamento.

38
t beam on – tempo equivalente do feixe ativado do equipamento em
horas/semana, para a taxa de dose utilizada nas medições.
Como W = 1000 Gy/sem referente à feixe primário, a taxa de dose ̇ = 400
cGy/min = 240 Gy/h, então temos para o feixe primário:


̇

Limite de dose máximo:


Área livre = 20 µSv/sem
Área supervisionada / controlada = 400 µSv/sem

* Considerando o fator de qualidade da radiação (fótons de Raios-X e Elétrons)


igual a 1, podemos adotar o fator de conversão de Gy para Sv igual a 1.

39
19.3.4 – RESULTADO DO LEVANTAMENTO RADIOMÉTRICO:

Tabela 7 – Níveis radiométricos medidos nos locais adjacentes à instalação, utilizando


todos os parâmetros aprovados no RPAS, referente ao equipamento CX (SN: 5874). *

40
Tabela 8 – Níveis radiométricos medidos nos locais adjacentes à instalação, utilizando
todos os parâmetros aprovados no RPAS, referente ao equipamento CX-S (SN: 1052) *

* Os pontos de avaliação, podem conter a mesma descrição (nomes) nas duas


tabelas, pois estes estão discriminados em plantas baixas diferentes, conforme
RPAS de cada sala de tratamento.

41
20 – DESCRIÇÃO DO CONTROLE MÉDICO DE IOE

Os Individuos Ocupacionalmente Expostos devem realizar exame admissional,


demissional, alteração de função e sempre que houver retorno nas atividades após
período maior que 30 dias de afastamento. Devem ser realizados exames periódicos
durante todo o ciclo de atividade do IOE na instalação.
Os exames periódicos devem ser realizados com periodicidade de 6 meses, com
emissão de Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) assinado por médico do trabalho.
Devem ser realizados, no mínimo, Hemograma completo e contagem de plaquetas,
além de exames adicionais caso o médico do trabalho solicite.
Na tabela a seguir, consta a data de último periódico de cada IOE da instalação.

Data do
Nome CPF Função
ASO
André Ezequiel Lobo de
105.008.376-86 Físico / SPR 15/05/2023
Abreu

Tiago Batista de Oliveira 015.434.446-01 Físico / SPR 24/04/2023


Técnico em
Ana Laura de Oliveira Neiva 078.372.656-29 19/10/2022
Radiologia
Técnico em
Cinthia Rocha Soares 127.269.186-11 13/06/2023
Radiologia
Técnólogo
Eliana Lopes Silveira 109.247.586-94 13/04/2023
Radiologia
Fernando Henrique M. dos Técnico em
014.631.886-25 18/10/2022
Santos Radiologia
Técnólogo
Gabriela Botelho Esperança 082.294.796-07 04/04/2023
Radiologia
George Pereira da Silva Técnólogo
089.967.546-84 14/03/2023
Junior Radiologia

42
Helciene Lopes dos Santos Técnico em
052.510.056-36 22/03/2023
Moreira Radiologia
Técnico em
Kelly Nara Vaz Costa Cotrim 127.397.116-70 20/12/2022
Radiologia
Técnico em
Leiliane Souza Lima Morais 096.473.226-23 02/03/2023
Radiologia
Tecnólogo
Lilian da Silva Campos 060.052.056-09 20/04/2023
Radiologia
Técnico em
Liliane Sperber Laureano 014.951.666-51 12/04/2023
Radiologia
Técnico em
Mailde Guimarães de Sá 049.870.416-50 05/05/2022
Radiologia
Tecnólogo
Mariana Carvalho Peixoto 064.187.486-38 26/10/2022
Radiologia
Técnico em
Renato Pissinati Morais 051.044.776-73 02/06/2023
Radiologia
Técnico em
Roberto Soares Monteiro 055.224.756-17 07/03/2023
Radiologia
Técnico em
Thiago Oliveira dos Santos 091.706.656-13 04/04/2023
Radiologia
Thiago Alves de Castro 080.124.356-40 Dosimetrista 09/03/2023
Residente em
André Camargo Barbosa 326.680.848-73
Radio-oncologia
Residente em
Letícia Lamas Peixoto 112.234.876-28 24/07/2023
Radio-oncologia
Residente em
Helcio Vitor Pandini Siqueira 087.864.666-31 24/07/2023
Radio-oncologia
Residente em
Niulane Rodrigues Carrijo 006.062.951-78 24/07/2023
Radio-oncologia

43
Radio-
Harley Francisco de Oliveira 259.113.248-81 25/03/2022
oncologista
Radio-
Mariana Paranhos Alvarenga 082.635.106-94 20/04/2022
oncologista
Radio-
Gustavo Pereira Maciel 285.630.928-39 19/06/2023
oncologista
Suelen Priscila de Andrade 110.542.386-77 Enfermeira 14/06/2023

Yatiara Nunes SilvaSoares 089.956.756-83 Enfermeira 19/06/2023

Welington Magalhães Ferreira 781.924.989-72 Enfermeiro 02/06/2023

Técnica em
Maria Hermelinda Ferreira 002.591.036-16 13/03/2023
Enfermagem
Aline Arruda Rodrigues 090.910.886-21 Higienização

Dogivania Brigido 270.605.168-08 Higienização

Maria Lucia da Silva 964.092.746-53 Higienização

Marta Alves Bicalho 066.375.706-13 Higienização

Regiane Andrade Silva 050.985.966-61 Higienização


Sonia Pereira Anicio
049.112.126-16 Higienização
Magalhães

Os IOEs devem informar ao supervisor de proteção radiológica qualquer evento


que possa influir nos níveis de exposição ou do risco de ocorrência de acidente.
Na ocorrência ou suspeita de exposição acidental, os dosímetros devem ser
encaminhados para leitura no prazo máximo de 24 horas.
Em caso de exposição acidental, o titular da instalação, o responsável técnico e
o especialista em física médica devem conduzir a investigação para determinar a dose
recebida e a distribuição desta no individuo, aplicar as medidas corretivas, indicar as
ações para prevenir reincidência, registrar e comunicar a CNEN através de um relatório
que esclareça as causas e consequências. O IOE também deve ser encaminhado ao

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médico do trabalho, que deverá realizar a avaliação clínica e solicitar os exames
complementares, incluindo dosimetria citogenética, a critério médico.

21 – DESCRIÇÃO DO PROGRAMA DE TREINAMENTO DE PROTEÇÃO


RADIOLÓGICA E FÍSICA MÉDICA

O programa de treinamento da equipe de físicos e médicos está baseado na


participação em congressos, cursos promovidos pelos fabricantes dos equipamentos e
cursos específicos da área.
Tecnólogos operadores e dosimetristas participarão de um Curso de
atualização anual, em que serão abordados assuntos diversos relacionados à
Radioterapia. A intenção deste tipo de programação é manter os profissionais sempre
atualizados, dividir o conteúdo de forma mais didática, elevar o aproveitamento das
aulas e criar mais oportunidades para discussões e esclarecimento de dúvidas. Como
método de avaliação, provas poderão ser aplicadas ou observações de eficácia.
Releva-se também que a participação dos tecnólogos apresenta-se em caráter
obrigatório.
Os tópicos são, no mínimo, os seguintes:
1. Noções básicas de Rotina em Radioterapia e Física Médica;
a. Radioterapia;
b. Passos do paciente em nosso serviço;
c. Acessórios;
d. Exemplos de tratamentos para cada tipo de acessório;
e. Avanços em Radioterapia.
2. Física das Radiações
a. Teoria de física atômica e nuclear;
b. Interação da radiação com a matéria;
c. Conceitos básicos de dosimetria.
3. Radiobiologia
4. Situações de Emergência

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5. Proteção Radiológica

Este conteúdo descrito na ementa acima deverá contemplar, no mínimo, um


período de 4 horas de duração, podendo este ser estendido e fragmentado em
diferentes dias, caso necessário. O conteúdo será ministrado por profissionais
capacitados e atualizados sobre o tema proposto, podendo ser físico médico, médico
ou tecnólogo com pós-graduação na área.
Todos os treinamentos são registrados com lista de presença, conteúdo
abordado, nome do profissional responsável pelo conteúdo e data de realização, e
estes registros ficam armazenado em pasta de arquivo específicos e localizados na
sala de física médica.

22 – NÍVEIS OPERACIONAIS

As doses fornecidas pelo serviço de monitoração individual serão comparadas


com os limites da Norma CNEN-NN-3.01 e os níveis operacionais serão estabelecidos
baseados na posição regulatória PR-3.01/004:2011 (Resolução CNEN nº 230/2018,
DOU 25.09.2018).
O nível de registro para monitoração individual mensal de IOE é de 0,10 mSv
para dose efetiva, onde todas as doses maiores ou iguais a 0,10 mSv devem ser
registradas.
O nível de investigação para monitoração individual de IOE deve ser, para dose
efetiva, 6 mSv por ano ou 1 mSv em qualquer mês. Para dose equivalente, o nível de
investigação para pele, mãos e pés é de 150 mSv por ano ou 20 mSv em qualquer
mês. Para o cristalino, o nível de investigação é 6 mSv por ano ou 1 mSv em qualquer
mês.
Para fins de registro ou investigação, alteração nos níveis operacionais em
períodos de monitoração inferiores ou superiores ao período mensal deverão ser
submetidos à CNEN.
O nível de intervenção para IOE durante atendimento a situações de
emergências deve ser inferior ao limite anual de dose para exposição ocupacional,

46
exceto em atuações de casos com finalidade de salvar vidas, prevenir danos sérios à
saúde, executar ações que evitem dose coletiva elevado ou prevenir desenvolvimentos
de situações catastróficas.
Quando da realização de intervenções para atendimento a situações de
emergência sob as circunstâncias mencionadas acima, as doses efetivas dos membros
da equipe devem ser inferiores a 100 mSv, com exceção das ações para salvar vidas,
quando devem ser sempre observados os limiares relacionados aos efeitos
determinísticos.
Somente voluntários podem empreender ações nas quais a dose efetiva possa
exceder 50 mSv. Nesses casos, esses voluntários devem ser informados, com
antecedência, dos riscos associados à saúde, e devem ser treinados para as ações
que possam ser necessárias.
As doses recebidas em situação de emergência não impedem exposições
ocupacionais posteriores, uma vez que estas não devem ser contabilizadas para fins
de conformidade com os limites de dose para práticas. No caso de ter recebido, em
situação de emergência, uma dose efetiva superior a 100 mSv ou dose absorvida
superior ao limiar de efeitos determinísticos, o titular ou empregador deve solicitar
aconselhamento médico qualificado, antes que o membro da equipe venha a se
submeter a qualquer exposição adicional.

23 – DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

Uma situação de emergência pode surgir a qualquer instante, logo é importante


que todos os Tecnólogos do Serviço e outros IOEs, estejam cientes da localização de
todos os botões de emergência das salas dos Aceleradores Lineares:

Fora da sala de tratamento:


1. Console de comando do aparelho.

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No interior da sala de tratamento:
1. Em cada lado da mesa de tratamento.
2. Na parede do labirinto voltada para o Gantry.

Nas exposições de emergência somente atuarão trabalhadores informados


acerca dos riscos associados, sendo voluntária a participação quando as doses
previstas forem iguais ou superiores a 50 mSv.

Para aceleradores lineares, são previstas as seguintes situações de


emergência:
1º - O feixe não é interrompido ao transcorrer a unidade monitora programada
(U.M. primária). O acelerador linear pode interromper o feixe pela unidade monitora
registrado pela câmara de ionização secundária ou pelo timer do equipamento.
2º - Falha da UM secundária. Neste caso, o feixe deverá ser desligado pelo
botão de interrupção de feixe ou pelo dispositivo de emergência do console.

O técnico deve estar sempre atento ao funcionamento da máquina para


detectar quaisquer irregularidades com o equipamento, não permitindo exposição
desnecessária do paciente. Ao verificar que se completou a UM programada e o feixe
não foi desligado, o técnico deverá interromper o feixe imediatamente (através do botão
de interrupção ou do dispositivo de emergência do console), antes mesmo do
acionamento do timer ou da UM secundária. Na eventualidade dos sistemas de
segurança descritos acima falharem, deverá ser cortada a alimentação elétrica geral do
acelerador.
Na ocorrência de qualquer uma das situações acima, deverá existir uma
anotação no livro ocorrências radiológicas e o Supervisor de Proteção Radiológica e/ou
o Substituto deste deverão ser comunicados imediatamente. Caso o problema possa
ser normalizado pela Engenharia Clínica, o aparelho pode voltar a funcionar após
testes para avaliação, e caso não sendo solucionado o problema, o equipamento deve
ser interditado até a chegada do engenheiro da empresa responsável pela manutenção
do equipamento.

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Quando o equipamento apresentar oscilações anormais ou defeitos
consecutivos, o tecnólogo deverá comunicar ao engenheiro e ao físico para evitar
paralisações mais prolongadas do equipamento, devido à intensificação de um
problema pré-existente.
Na ocorrência de focos de fumaça ou cheiro de queimado nos módulos da
unidade de tratamento, o equipamento deverá ser desligado e deve ser investigada
pela Engenharia Clínica a causa do problema. Não sendo detectada a causa, o
equipamento deve ser interditado até a chegada do engenheiro da empresa
responsável pela manutenção do equipamento.
Na ocorrência de falha no fornecimento de energia elétrica, será acionada uma
lâmpada de emergência dentro da sala de tratamento (alimentada por baterias). O
tecnólogo deve orientar o paciente a permanecer calmo e deve auxiliá-lo na descida da
mesa de tratamento. O fato será registrado no livro de ocorrências constando o nome
e registro do paciente, e também na folha de tratamento, indicando quais campos
foram irradiados e quais faltaram. O médico deverá decidir por uma nova aplicação ou
não do campo que tiver o tratamento interrompido. O paciente poderá aguardar o
retorno da energia ou poderá ser dispensado, dependendo do médico e da demora na
normalização do fornecimento elétrico.
Outra situação de emergência possível é a mesa de tratamento ceder durante
o tratamento. A atenção para este fato deve ser redobrada para pacientes obesos.
Neste caso, o tecnólogo deve interromper imediatamente o feixe (botão de interrupção)
anotando o valor da UM transcorrida e verificar que dano sofreu a mesa. O fato deverá
ser comunicado ao Físico Médico e à Engenharia Clínica para as devidas providências
e registrado no livro de ocorrências e na ficha do paciente como alerta para tratamento
posterior. Os tratamentos serão interrompidos até a chegada da manutenção. Se for
constatada a integridade da mesa, reposicionar o paciente no SSD original, observando
se pode ocorrer novo deslocamento. Não havendo este risco, será completada a UM
restante. A capacidade de segurança da mesa dos aceleradores é de 200 kg, porém há
a restrição no serviço para pacientes acima de 160 kg.

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24 – BRAQUITERAPIA

A presente seção se aplica aos procedimentos utilizados nesta instituição


quanto ao manuseio da fonte radioativa de Irídio-192 e aplicação do tratamento dos
pacientes portadores de neoplasias na braquiterapia com o equipamento “HDR”
Gammamed Plus iX - Número de Série 0960.

24.1 – DESCRIÇÃO DA EQUIPE, RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES

Organização pessoal

A equipe envolvida durante o tratamento do paciente com braquiterapia de alta


taxa de dose é composta por Radio-oncologistas, Enfermeiras, Físicos e Técnicos em
Radioterapia.

● Responsabilidades dos Médicos Radio-Oncologistas

Consulta e exame do paciente


Delimitação do volume alvo a ser irradiado Escolha do plano de tratamento
adequado
Estabelecimento da técnica de tratamento a ser seguida Prescrição da dose e
fracionamento
Seguimento clínico e análise dos resultados

● Responsabilidades dos Físicos

Dosimetria física do equipamento de tratamento


Controle da qualidade do equipamento
Planejamento do paciente e monitoração durante e após o tempo da aplicação

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Registro das aplicações
Garantia do uso de dosímetros pessoais
Análise dos resultados mensais de dose
Cálculo de blindagem para braquiterapia
Levantamento radiométrico
Treinamento de pessoal para situações de rotina e de emergência
Implementação das normas de proteção radiológica em braquiterapia

● Responsabilidades das Enfermeiras

Auxiliar a equipe médica na colocação e retirada dos aplicadores


Esterilização dos materiais utilizados
Controle dos acessórios clínicos da braquiterapia
Observação dos pacientes durante o tratamento
Obediência às normas de proteção radiológica
Controle dos pacientes tratados

● Responsabilidades dos Técnicos

Radiografar os pacientes
Obediência às normas de proteção radiológica.

24.2 – INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE RADIOPROTEÇÃO

A Braquiterapia do Setor de Radioterapia encontra-se instalada no térreo. O


equipamento utilizado para a realização do tratamento é o Gammamed iX Plus – HDR,
de alta taxa de dose. É utilizada apenas uma fonte de Irídio-192, possuindo um sistema
de controle remoto.

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O setor possui conjunto dosimétrico: uma câmara do tipo poço da fabricante
Standard Imaging, modelo HDR 1000 Plus (SN: A150976) e um eletrômetro de
fabricação Standard Imaging, modelo CDX – 2000B (SN:B151254). Possui também
duas câmaras de ionização de grande volume para monitorar áreas, da marca Fluke
Biomedical Systems, modelo 451B-DE-SI-RYR e número de séries: 2431 e 2381.

24.3 – DESCRIÇÃO DAS FONTES DE RADIAÇÃO E DOS SISTEMAS DE


CONTROLE E SEGURANÇA

● Descrição da fonte
A fonte utilizada no equipamento de Braquiterapia, Gammamed Plus iX– HDR,
número de série 0960, é o Irídio-192 sob forma sólida com as seguintes características:
o Dimensões:
▪ Comprimento – 4,52 mm
▪ Diâmetro – 0,9 mm

o Meia vida: 73,83 dias


o Energia média: 0,370 MeV

A fonte é trocada a cada três meses aproximadamente.

Nome do Fabricante:
Curium Netherlands B.V.

Westerduinweg 3

1755 LE Petten

The Netherlands

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● Sistema da Segurança:

A porta da sala de tratamento possui intertravamento que previne o acesso


indevido de pessoas durante o tratamento, interrompendo a irradiação quando for
aberta e possibilitando o reinício do tratamento, a partir do console do aparelho.
Possui também dispositivo luminoso em posição visível, acima da porta de
entrada, de modo a possibilitar a verificação da operação do equipamento, assim como
os botões de emergência no console e na parede para qualquer eventual interrupção
do tratamento.
Na sala de planejamento existe um monitor de área fixo na parede, chamado
GammaLux, o qual está conectado a uma câmara de ionização que permanece fixa na
parede da sala de tratamento, possibilitando também o acompanhamento do
posicionamento e recolhimento da fonte quando terminado o tratamento. Vale lembrar
que este dispositivo está programado para detectar qualquer tipo de radiação existente
na sala e também caso ultrapassado o valor limite para uma dose programada, este
soa um alarme, chamando a atenção para o ocorrido.
Os testes de segurança fazem parte do controle de qualidade do equipamento,
os quais são realizados sempre antes do início das atividades rotineiras.
O acesso à sala do Gammamed Plus é restrito ao pessoal monitorado,
possuindo um símbolo de radiação de maneira visível e número de telefone para
contato, caso seja necessário.
O planejamento dos tratamentos dos pacientes de Braquiterapia do setor de
Radioterapia da Unidade de Oncologia do HMC é executado de modo a reduzir tão
razoavelmente quanto exeqüível a dose equivalente efetiva no paciente e nos trabalhos
envolvidos neste procedimento com o software BrachyVision.
O aparelho possui sistemas de segurança que em caso de falha na operação a
fonte não é exposta e o aparelho mostra em seu monitor o erro. O procedimento a ser
seguido, de acordo com a orientação do fabricante, está nos manuais do equipamento.

53
24.4 – DESCRIÇÃO DE GERENCIAMENTO DE REJEITOS RADIOATIVOS

A cada troca de fonte realizada pelos engenheiros da Varian, a fonte então


retirada é armazenada em embalagem do tipo “A”, categoria amarelo-II e etiquetada
com os novos índices de transporte (IT), assim como a sua atividade no momento da
troca. A fonte usada é exportada para o país no qual foi produzida,.
Nos processos de exportação e de importação, o transporte da fonte entre o
aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins/MG e a Unidade de Oncologia /
Setor de Radioterapia é realizado por empresa devidamente credenciada pela CNEN
para tal atividade.
Considerando todas as etapas envolvidas no processo de exportação, assim
como os custos envolvidos, a instalação realiza o retorno das fontes ao local de origem,
em média, duas vezes ao ano. Assim, pode-se concluir que em alguns períodos do
ano, ficam em posse da instalação e sob reponsabilidade do titular, duas fontes
devidamente embaladas e com o processo de exportação obrigatoriamente em
execução, e uma fonte radioativa em uso instalada no equipamento.
Devido ao reduzido volume de procedimentos de braquiterapia realizados na
instalação, ou seja, mínimo transito de pessoas, e a otimização da blindagem das
embalagens, estes rejeitos são armazenados na própria sala de tratamento. Estas
ficam situadas em um canto especifico da sala, cujo acesso é difícil e não tem
funcionalidade para a equipe. A convergência da radiação de fuga destes rejeitos,
somados com a radiação da fonte de tratamento não extrapola o limite de dose
individual permissível.
Ainda assim, por ser classificada como Área Controlada, esta sala onde os
rejeitos ficam armazenados possui acesso restrito, com identificação do símbolo
internacional da radiação, identificação e contato dos responsáveis em casos de
acidentes radioativos, luzes indicadoras de presença ou não de radiação, e acesso
interno apenas via uso de senha ou cartão de acesso codificado.

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24.5 – PROGRAMA DE GARANTIA DE QUALIDADE DO EQUIPAMENTO DE
BRAQUITERAPIA

O Programa de garantia da qualidade do equipamento de braquiterapia baseia-


se no TECDOC 1059, TECDOC 1274 e cumpre a norma CNEN NN 6.10.
A cada troca da fonte de Irídio-192 é realizada uma dosimetria absoluta com
uma câmara do tipo poço, assim como a verificação da posição de parada da fonte
com filme radiocrômico (auto-radiografia). Os dados dessa dosimetria são comparados
com o sistema de planejamento clínico e com o valor emitido no certificado da fonte
instalada. Os resultados são impressos e anexados aos arquivos de documentos da
braquiterapia.
Além dos testes dosimétricos, nos dias em que há procedimentos de
braquiterapia HDR, são realizados os testes descritos na tabela abaixo:

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PLANILHA PARA CONTROLE DE QUALIDADE EM HDR
TESTES DIÁRIOS - Gammamed Plus (IX) - ANO 20
Data
Realizado
por
Indicadores Luminosos
Console
Monitor de área da parede
Porta
Sala
Trolley
Interruptores de Emergência e Intertravamentos
Botão INTERRUPT no console
Botão RETURN EMERGENCY no console
Intertravamento da porta
Sistemas de Retorno da Fonte
Baterias de reserva
Retorno manual
Retorno pelo console do Trolley
Temporizador (recolhimento ao término do tempo)
Sistemas de Monitoramento
Intercomunicador
Vídeo
Software
Horário e data nos computadores
Fator de decaimento
Envio de dados pela rede (servidor)
Envio de dados pela rede (IX)
Cateteres / Aplicadores
Integridade cateteres
Integridade dos aplicadores a serem usados
Calibração cateteres e aplicador com a dummy

Teste do caminho com a Dummy (Step'n View)

TESTES COMPLEMENTARES
Monitor de área da parede
Indicadores Luminosos
Alerta sonoro
Monitor de área (Modelo nº de série )
Bateria
Funcionamento
Equipamento de radiografia
Mobilidade
Mesa cirúrgica
Mobilidade

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24.6 – DESCRIÇÃO DO SERVIÇO E CONTROLE MÉDICO DE TRABALHADORES,
INCLUINDO PLANEJAMENTO MÉDICO EM CASO DE ACIDENTES

A direção da Instalação proverá supervisão médica adequada a todos os


trabalhadores, compatível com os princípios de segurança e medicina do trabalho.
Nenhum trabalhador exercerá atividade envolvendo exposição à radiação
contrariando parecer médico.
Será feito exame pré-ocupacional que verifique se o trabalhador está em
condições normais de saúde para desempenhar sua função, incluindo uma análise de
seu histórico médico e radiológico. Será realizado em cada trabalhador o exame
periódico, de acordo com a natureza da função exercida. Ao término do contrato de
trabalho, o trabalhador será submetido ao exame pós-ocupacional.

24.7 – DESCRIÇÃO DOS TIPOS DE ACIDENTES

● Não recolhimento da fonte;


● Desprendimento da fonte do aplicador;
● Ruptura do cateter, deixando a fonte no paciente.

24.8 – PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIAS GAMMAMED PLUS

Em caso de acidente ou incidente serão seguida as instruções de emergência


e será contactada a CNEN 24 horas através de Tel (21) 2173-2928 Fax (21) 2173-2701
e o fabricante.
Os procedimentos de emergência devem ser adotados nas seguintes
situações:
 Não recolhimento da fonte ao término da aplicação;
 Desprendimento da fonte do aplicador;
 Ruptura do cateter e desprendimento da fonte, ficando a mesma no paciente.

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Utilizar em casos de falha no recolhimento da fonte pelo console o botão
INTERROMPER e BOTÃO DE EMERGÊNCIA ao lado do console de comando, e
seguir os próximos passos descritos abaixo:
1. Entre na sala de tratamento portando o monitor de área (Geiger Muller
e/ou Câmara de ionização de grande volume) e pressione o botão de emergência
vermelho, localizado na parede do labirinto, se a fonte recolher, siga para o passo n º 6;
2. Caso a fonte não seja recolhida pelo passo anterior, mantendo-se o
mais longe quanto possível da fonte, pressione o botão de emergência vermelho
localizado no console do trolley (Figura 1), se a fonte recolher, siga para o passo n º 6;

Figura 1 - Painel de controle do trolley.

3. Caso a fonte não seja recolhida pelo passo anterior, proceda com o
recolhimento manual através da manivela localizada no trolley, seguindo o sentido anti-
horário (indicado pelas flechas brancas) e observe o monitor de radiação para a
indicação de posição de fonte segura e siga para o passo n º 6;
4. Se houver ruptura do cabo da fonte, proceda com a desconexão do(s)
cateteres do cabeçote e o radio-oncologista deverá retirar os aplicador(es) do paciente
e colocá-los no container de emergência;
5. Verificar se há presença de radiação no paciente e certificar-se da
condição de segurança da fonte e siga para o passo n º 7;
6. Proceda a desconexão dos cateteres e a retirada do(s) aplicador(es);
7. Imediatamente, proceda a retirada do paciente da sala;

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8. Deixe a sala e feche a porta, proibindo o acesso à sala de tratamento
com um aviso “NÃO ENTRE”;
9. Retenha o relatório impresso de tratamento fornecido pelo sistema e
registre o ocorrido em livro de ocorrência;
10. Comunique o responsável pela radioproteção e o representante da
Varian responsável pelos equipamentos de Braquiterapia;
11. Os dosímetros de monitoração individual do pessoal envolvido nos
procedimentos de emergência, deverão ser encaminhados para uma leitura imediata
de urgência.

24.9 – LEVANTAMENTO RADIOMÉTRICO – GAMMAMED – HDR

Para o levantamento Radiométrico, as áreas vizinhas à sala onde está o


equipamento serão avaliadas através da leitura efetuada com o monitor de área
portátil. A carga de trabalho levada em conta é W = 0,30 Sv/sem, a 1 m. Isto é
equivalente a uma utilização de 12 pacientes/dia. Este valor utilizado reflete de modo
realístico a utilização máxima prevista para o equipamento baseado num tempo médio
de inserção de 2 minutos/paciente e três inserções por paciente, para procedimentos
de braquiterapia em geral, e para uma fonte de atividade nominal inicial de 10 Ci (370
GBq) conforme descrito detalhadamente abaixo.

Taxa de kerma no ar para o Ir 192: 4,2 x 10-3 Sv.m2/Ci.h


Atividade inicial da fonte: 10 Ci
Tempo de tratamento/sem: 12 pac/dia x 5 dias/sem x 3 inserções/pac x 2
min/inserção = 360 min/semana = 6 horas/semana
W = 4,2x10-3 Sv/Ci.h x 10 Ci x 6 horas/sem = 0,25 Sv/sem a 1 metro

Levando em conta as exposições para dosimetria e manutenção podemos


aproximar W para o valor utilizado de 0,30 Sv/sem a 1 metro da fonte.

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O resultado obtido está apresentado na tabela seguinte:

25 – AUDITORIAS EXTERNAS

O Setor de Radioterapia participará dos programas de auditoria externa e


independente de garantia da qualidade das fontes de radiação e de sistemas de
planejamento do Programa de Qualidade em Radioterapia (PQRT). A avaliação será
local e/ou postal através de TLD em condições de referência e não-referência. Além
disso, o hospital é acreditado com excelência pela ONA, NIAHO e JCI.

26 – REGISTROS

O Serviço de Radioterapia mantem os registros arquivados e disponíveis para


consulta dos IOE’s e dos inspetores da CNEN.

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26.1 - Backup

O Serviço possui o sistema de gerenciamento de dados Aria e os sistemas de


planejamento Eclipse versão 13.6 desenvolvido pela empresa Varian Medical Systems
e RT Plan versão 4.5.5 da empresa BrainLab. além de integração de todos os sistemas
em um servidor único. O sistema realiza diariamente um backup, de forma
independente e automatizada, assegurando a garantia da cópia desses dados em fita
HPE e HD externo.
Para os demais documentos e procedimentos do setor, é seguida a política de
backup do Hospital Marcio Cunha / Fundação São Francisco Xavier.

27 – PERIODICIDADE DE REVISÃO DO PLANO DE PROTEÇÃO


RADIOLÓGICA

O Plano de Proteção Radiológica deve ser atualizado com periodicidade


máxima de 2 (dois) anos, ou sempre que houver alguma alteração relevante em algum
item pertinente a segurança radiológica das fontes radioativas, exposição ambiental,
exposição do público e de indivíduos ocupacionalmente expostos, inventário de
equipamentos de medição ou alteração da equipe.

28 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - AMERICAN ASSOCIATION OF PHYSICISTS IN MEDICINE. Comprehensive QA for


radiation oncology: Report of AAPM Radiation Therapy Committee Task Group-40, Med.
Phys. 21 (1994) 581-618.
2 - AMERICAN ASSOCIATION OF PHYSICISTS IN MEDICINE. Quality Assurance to
medical accelerators: Report of AAPM Radiation Therapy Committee Task Group-142,
Med. Phys. 36 (2009) 4197-4212.

61
3 - AMERICAN ASSOCIATION OF PHYSICISTS IN MEDICINE, AAPM code of practice for
radiotherapy accelerators: Report of AAPM Radiation Therapy Task Group 45, Med. Phys.
21 (1994), 1093-1121.
4 - BRITISH JOURNAL OF RADIOLOGY, Central Axis Depth Dose Data for Use in
Radiotherapy, BJR Supplement No. 25, British Institute of Radiology, London, (1996).
5 - COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR - CNEN. Diretrizes Básicas de
Proteção radiológica. CNEN NN 3.01:2014 e suas Posições Regulatórias de 1 a 11.
5 - COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR. Requisitos de Segurança e Proteção
Radiológica para Serviços de Radioterapia. Norma CNEN NN 6.10, 2014.
6 - INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY IAEA, Manual of Dosimetry in
Radiotherapy, Technical Report Series no. 110, IAEA, Vienna (1970).
7 - INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY, "Absorbed dose determination in
external bean radiotherapy – An international code of practice for dosimetry based on
standards of absorbed dose to water", Technical Report Series no. 398, IAEA, Vienna
(2000).
8 - INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY. Aspectos Físicos de la Garantia de
Calidad en Radioterapia: Protocolo de Control de Calidad. ARCAL XXX, 1998.
9 - INTERNATIONAL COMMISSION ON RADIOLOGICAL PROTECTION. Protection
Against Ionizing Radiation from External Sources used in Medicine, 1982 (ICRP 33)
10 - TEC-DOC 1151 – Aspectos Físicos da garantia de Qualidade em Radioterapia, Rio de
Janeiro: Inca, 2000.
11 - NCRP 151 – Structural Shielding Design and Evaluation for Megavoltage X-and
Gamma-Ray Radiotherapy Facilities. 2006.
12 - INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY – TEC-DOC 1079 – Calibration of
Brachytherapy Sources, 1999.
13 - INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY – TEC-DOC 1274 – Calibration of
photon and beta ray sources used in brachytherapy, 2002.

62
FLAVIANO FEU Assinado de forma digital
por FLAVIANO FEU
VENTORIM:045 VENTORIM:04569521797
Dados: 2023.07.28
69521797 09:48:26 -03'00'
____________________________________
Flaviano Feu Ventorim
Titular da Instalação Hospital Marcio Cunha
Diretor-Presidente da Fundação São Francisco Xavier
CPF: 045.695.217-97

____________________________________
Tiago Batista de Oliveira
Supervisor de Proteção Radiológica – CNEN RT 0492
Especialista em Física da Radioterapia – ABFM RT 569/1904
CNEN RA 0267

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