Texto: Problemas e estratégias de gestão do SUS: a vulnerabilidade dos
municípios de pequeno porte.
Observando os problemas enfrentados pelos municípios de pequeno porte na
gestão do SUS está a insuficiente capacidade para fazer a gestão e para ofertar atenção integral à saúde aos munícipes. A atribuiu-se a responsabilidade pela provisão técnica de ações e serviços de saúde em seu território, o que evidenciou a condição de vulnerabilidade, sobretudo, dos pequenos municípios.
Os Consórcios Intermunicipais de Saúde é uma das estratégias para o
enfrentamento dos problemas encarados pelos municípios de pequeno porte na gestão do SUS. Esses consórcios permitem que os municípios se unam para compartilhar recursos e serviços, o que pode aumentar a eficiência e a qualidade da gestão da saúde. Além disso, a compra de serviços por contratos paralelos com prestadores privados e a adesão a programas do estado e da União também são estratégias mencionadas. No entanto, é importante ressaltar que essas estratégias podem desencadear um intercâmbio de problemas, e que é preciso promover o empoderamento do gestor municipal e implantar processos de escuta para minimizar a vulnerabilidade dos municípios de pequeno porte.
O empoderamento do gestor municipal é fundamental para minimizar a
vulnerabilidade dos municípios de pequeno porte na gestão do SUS. Isso envolve expandir suas forças, política e social, por meio do fortalecimento de suas capacidades, como a implantação de processos de escuta das necessidades dos municípios menores nos espaços de governança regional e a criação de uma cultura de enfrentamento dos problemas de forma coletiva e compartilhada entre os entes federados. O texto também menciona que as Comissões Intergestores Regionais e as Comissões Intergestores Bipartites devem criar espaços de discussões ou grupos de trabalho para a construção de práticas efetivas e que auxiliem os municípios de pequeno porte a superarem seus problemas. Portanto, o empoderamento do gestor municipal é importante para promover a gestão interfederativa e garantir a oferta de serviços de saúde de qualidade à população.
A descentralização do sistema de saúde serviu mais ao propósito de retração
da União e de contenção de despesas do que de sua expansão. Ou seja, a municipalização representou uma estratégia de deslocamento da responsabilidade sobre o gasto social para as esferas subnacionais, que em geral não têm condições de assumir tais encargos. Portanto, embora a descentralização tenha sido uma estratégia importante para a gestão do SUS, na prática, ela apresenta desafios e limitações que precisam ser enfrentados para garantir a oferta de serviços de saúde de qualidade à população.