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FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

MARILANDE BATISTA DE CASTRO

RELAÇÕES AFETIVO AMOROSAS DE MULHERES NEGRAS: VIVÊNCIAS,


RACISMO E AUTO ESTIMA

FEIRA DE SANTANA –BA


2022
MARILANDE BATISTA DE CASTRO

RELAÇÕES AFETIVO AMOROSAS DE MULHERES NEGRAS: VIVÊNCIAS,


RACISMO E AUTO ESTIMA

Projeto de pesquisa apresentado na disciplina Monografia I do curso


de Psicologia da Faculdade Anísio Teixeira ( FAT) solicitado pela
Profª Me. Lorena Galvão , como requisito parcial obrigatório para
obtenção do grau Bacharel em Psicologia.

FEIRA DE SANTANA-BA

2022
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2. JUSTIFICATIVA

3. OBJETIVOS

4. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
4

1 INTRODUÇÃO
5

2 JUSTIFICATIVA

A estética negra sofre ataques racistas desde muito tempo, tais ações podem ser nocivas
para a saúde emocional de muitas mulheres negras, que são afetadas da infância à fase adulta,
resultando na luta da mulher negra para existir com seu pertencimento racial. Em geral, no
Brasil, ter o cabelo natural crespo é ser alvo de comentários pejorativos, propagandas e piadas
racistas. Historicamente foi criado todo um arsenal de argumentos e estratégias para que o negro
alisasse seu cabelo crespo, pois se entende que cabelo bom é cabelo liso e alinhado. O cabelo
crespo, de acordo com esta concepção, tem aspecto de sujo, grotesco, bagunçado, ruim, é
considerado um cabelo desproporcional e fora de uma estética padrão ditada pelas grandes
marcas de cosméticos, revistas e mídia em geral.
O racismo é uma ideologia, desde que se considere que toda ideologia só pode subsistir
se estiver ancorada em práticas sociais concretas. Mulheres negras são consideradas pouco
capazes porque existe todo um sistema econômico, político e jurídico que perpetua essa
condição de subalternidade, mantendo-as com baixos salários, fora dos espaços de decisão,
expostas a todo tipo de violência. Caso a representação das mulheres negras não resultasse de
práticas efetivas de discriminação, toda vez que uma mulher negra fosse representada em
lugares subalternos e de pouco prestígio social haveria protestos e, se fossem obras artísticas,
seriam categorizadas como peças de fantasia. Pessoas negras, portanto, podem reproduzir em
seus comportamentos individuais o racismo de que são as maiores vítimas. Submetidos às
pressões de uma estrutura social racista, o mais comum é que o negro e a negra internalizem a
ideia de uma sociedade dividida entre negros e brancos, em que brancos mandam e negros
obedecem. Somente a reflexão crítica sobre a sociedade e sobre a própria condição pode fazer
um indivíduo, mesmo sendo negro, enxergar a si próprio e ao mundo que o circunda para além
do imaginário racista.
Frente aos aspectos históricos, esse projeto está sendo elaborado para responder de que
forma o racismo impacta nas relações afetivas amorosas de mulheres negras na cidade de Feira
de Santana-BA. Pondo em questão a importância de um fazer psicológico que leve em
consideração aspectos sociais, culturais, econômicos, percebe-se tamanha relevância para a
Psicologia, considerando que esses elementos podem impactar nas relações e na saúde e
qualidade de vida dessas mulheres. No tema em questão, busca-se trazer a importância de
retratar a saúde e autoestima de mulheres que, a partir de todo um histórico, vivenciam
violências de diversas formas.

6
3 OBJETIVOS
Este capítulo apresenta o objetivo geral e também os objetivos específicos deste
projeto depesquisa.

3.1 OBJETIVO GERAL


Conhecer as relações afetivas amorosas de mulheres negras em Feira de Santana.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


a) Identificar elementos de representatividade das relações afetivas amorosas;

b) Analisar as vivências das relações afetivas amorosas;

c) Relacionar possíveis impactos do racismo na autoestima das mulheres negras em


relações afetivas amorosas.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 RACISMO E RAÇA

Lei 7.716/89, conhecida com Lei do Racismo, pune todo tipo de discriminação
ou preconceito, seja de origem, raça, sexo, cor, idade. Em seu artigo 3º, a lei prevê
como conduta ilícita o ato de impedir ou dificultar que alguém tenha acesso a cargo
público, ou seja, promovido, tendo como motivação o preconceito ou discriminação.
Por exemplo, não deixar que uma pessoa assuma determinado cargo por conta de raça
ou gênero. A pena prevista é de 2 a 5 anos de reclusão. A lei também veda que
empresas privadas neguem emprego por razão de preconceito. Esse crime esta previsto
no artigo 40 da mesma lei, com mesma previsão de pena.
Raça “é uma relação social, o significa dizer que a raça se manifesta em atos
concretos ocorridos no interior de uma estrutural social marcada por conflitos
antagônicos” ( ALMEIDA, 2018: 40).
O termo racismo pode ser conceituado como uma discriminação social que
ocorre com base na superioridade de determinada etnia, raça ou uma característica
física em detrimento de outra, como a que ocorreu na escravidão. O racismo também
pode ter relação com a política desenvolvida pela nação. Na Alemanha, por exemplo, a
ideologia nazista perseguiu e exterminou pessoas com base em argumentos sobre a
superioridade da raça ariana. É possível dizer que existem diversos fatores que podem
desencadear o racismo. No entanto, todas elas têm como base a ideologia de
superioridade.
No Brasil, desde 1989, o racismo é um crime inafiançável e imprescritível
previsto na legislação e, portanto, quem comete esse ato pode ser condenado, mesmo
anos depois do crime. Assim, como o racismo é um sistema de opressão, é preciso
haver um oprimido e um opressor para que se caracterize uma relação de poder. Assim,
seria uma determinada etnia se considerar superior à outra. Por isso, quando nos
deparamos com o termo "racismo", a primeira coisa que costumamos pensar é o tipo de
racismo cometido contra a população negra. Contudo, há discussão ate mesmo sobre o
que é ser negro, de fato.
“Em um país desigual como o Brasil, a meritocracia avaliza a desigualdade, a
miséria e a violência, pois dificulta a tomada de posições políticas efetivas contra a
discriminação racial, especialmente por parte do poder estatal” ( ALMEIDA, 2018: 63).
A noção de raça como referência a distintas categorias de seres humanos é um
fenômeno da modernidade que remonta aos meados do século XVI. Raça não é um
termo fixo, estático. Seu sentido está inevitavelmente atrelado às circunstâncias
históricas em que é utilizado. Por trás da raça sempre há contingência, conflito, poder e
decisão, de tal sorte que se trata de um conceito relacional e histórico. Assim, a história
da raça ou das raças é a história da constituição política e econômica das sociedades
contemporâneas. Foram, portanto, as circunstâncias históricas de meados do século
XVI que forneceram um sentido específico à ideia de raça. A expansão econômica
mercantilista e a descoberta do novo mundo forjaram a base material a partir da qual a
cultura renascentista iria refletir sobre a unidade e a multiplicidade da existência
humana.
O racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como
fundamento, e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que
culminam em desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial
ao qual pertençam. Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do
preconceito racial e da discriminação racial. O preconceito racial é o juízo baseado em
estereótipos acerca de indivíduos que pertençam a um determinado grupo racializado, e
que pode ou não resultar em práticas discriminatórias. A hierarquização baseada na raça
deu vazão ao desenvolvimento de uma teoria, no século XX, denominada de raciologia,
que segundo Munanga (2003):
[...] apesar da máscara científica, a Raciologia tinha um conteúdo mais
doutrinário que científico, pois seu discurso serviu mais para justificar
elegitimar os sistemas de dominação racial do que como explicação da
variabilidade humana. Gradativamente, os conteúdos dessa doutrina
chamada ciência, começaram a sair dos círculos intelectuais e
acadêmicos para se difundir no tecido social das populações ocidentais
dominantes.
Conforme Munanga (2003), etimologicamente, o conceito de raça veio da palavra
italiana razza, que significaria linhagem ou criação, palavra que, por sua vez,
descenderia do latim ratio, que significaria sorte, categoria, espécie.

4.2 AUTOESTIMA
Segundo Silva (2017) mulheres negras diariamente são submetidas a vivenciar
situações opressoras que combinam machismo e racismo. Para ela, as ideologias racistas
e patriarcais que a sociedade brasileira se fundamenta desde o seu surgimento, como, por
exemplo, à concepção do que é ser uma mulher negra, são fatores que influenciam de
forma direta na conquista pela população negra, por uma boa saúde, educação, produtos e
serviços que suas especificidades demandam, enfim, uma boa qualidade de vida. A
autoestima está relacionada ao quanto o sujeito está satisfeito ou insatisfeito em relação
às situações vividas. Quando sua manifestação é positiva geralmente o indivíduo se sente
confiante, competente e possuidor de valor pessoal.
Os primeiros estudos sobre autoestima foram realizados por William James,
psicólogo de pensamento funcionalista, que estudava o quanto o organismo se utilizava
das funções da mente para se adaptar ao meio ambiente. A identificação que o indivíduo
estabelece com o mundo exterior interfere na formação de sua autoestima. Quando nasce,
suas necessidades são satisfeitas sem que haja por parte dele a percepção do outro.
A sensação de conforto e de bem estar parecem vir dele mesmo, como se fossem
sua extensão. Conforme cresce e adquire maturação física e emocional, o mundo exterior
vai se tornando distinguível. O indivíduo começa a diferenciar seu “eu” do "outro". Cada
vez mais, passa a ter clareza que existe o seu “eu” e os outros "eus". Percebe que habita
um corpo situado em um espaço e se relaciona com seres e objetos presentes no contexto
e, ao mesmo tempo, lhe dá identificação Entender que seu "eu" é independente do que
lhe rodeia, não se restringe à percepção de seu físico, mas de sua constituição identitária,
que decorre da influência, em primeiro lugar, da educação informal e, posteriormente, da
educação formal.
Autoestima é a "uma valoração que o sujeito faz do que ele é, sendo
construída nas relações que mantém com o mundo" (FRANCO, 2009.
p. 326).

Autoestima é abordada como a representação de algo que é próprio do


indivíduo. De forma recortada, se refere a características oriundas do sujeito. Como se a
valoração que o sujeito faz de si mesmo fosse ligado a atributos natural do homem. E
essas explicações dificultam compreender esse processo psicológico. Como explica
Martins (2001):
O grande problema dessas abordagens reside no fato de que ao se
debruçarem sobre seu objeto o tomam em separado da totalidade
histórico-social que o sustenta. Ao perder sua sustentação, perdem-se as
possibilidades de aprendê-lo em sua concretude, substituindo-se esta
apreensão por outras, abstratas e vazias (p. 8-9).

Lília Pereira (2012) pontua que a identidade negra se dá a partir de um processo


coletivo, e afirma que a construção da identidade negra é formada “por meio de
significados e representações dos atores sociais” (PEREIRA, 2012 p. 40). Ela não é inata
aoindivíduo, mas sim construída nas relações e meios sociais. Neste sentido, a identidade
negra acontece “como um movimento que não se dá apenas a começar do olhar de
dentro, do próprio negro sobre si mesmo e seu corpo, mas também na relação com o
olhar do outro, do que está fora” (GOMES, 2008, p. 9).
5. METODOLOGIA
5.1 TIPOS DE ESTUDO
O enfoque qualitativo apresenta as seguintes características: o pesquisador é o
instrumento-chave, o ambiente é a fonte direta dos dados, não requer o uso de técnicas e
métodos estatísticos, tem caráter descritivo, o resultado não é o foco da abordagem, mas
sim o processo e seu significado, ou seja, o principal objetivo é a interpretação do
fenômeno objeto de estudo (SILVA; MENEZES, 2005).
Para Turato (2005) As pesquisas que utilizam o método qualitativo devem
trabalhar com valores, crenças, representações, hábitos, atitudes e opiniões. Não tem
qualquer utilidade na mensuração de fenômenos em grandes grupos, sendo basicamente
úteis para quem busca entender o contexto onde algum fenômeno ocorre.

4.2 CAMPOS DE ESTUDO


Grupos fechados de mulheres negras que sofrem preconceito racial e possuem
baixa autoestima mais sempre presando pelo anonimato e dessas mulheres com o
protocolo de pedido de autorização na forma de ética da profissão.

4.3 PARTICIPANTES DO ESTUDO


O participante da pesquisa são grupos de mulheres negras.

4.4 ESTRATEGIA DE ENTRADA NO CAMPO


A estratégia a principio foi de pedi a permissão do administrador dos grupos
para que fossem observadas as interações do grupo e também lançar enquetes que fosse
possível essa interação.

4.5 COLETAS DE DADOS


INSTRUMENTOS ROTEIRO DE PERGUNTAS SEMI ESTRUTURADO (como
podemos fazer isso)

4.6 ANALISE DE DADOS


Analise de dados será feita juntamente com a nossa orientadora Lorena Galvão
de forma de tentar mostrar através de relatos no grupo fechado de watsapp como se
sentem essas pessoas que sofrem preconceito como será mostrado esses discursos.
4.7 ASPECTOS ÉTICOS CODIGO DE ETICA
• Art 2 ao psicólogo é vedado : Praticar ou ser conveniente com quaisquer
atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou
opressão.
• Utilizar ou favorecer uso de conhecimento e a utilização de praticas
psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de violência.
• Interferir na validade e na fidedignidade de instrumentos e técnicas
psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas.
5. REFERÊNCIAS

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