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AULA 1
Nesta aula, você terá contato inicial com a estatística e sua aplicação na
resolução de problemas de pesquisa nas ciências biológicas, conhecida como
bioestatística. Teremos a oportunidade de discutir aspectos importantes do
planejamento adequado para realização de coletas e organização de bancos de
dados, bem como o conhecimento sobre a estatística descritiva e inferencial,
suas diferenças e complementariedades e aplicação em estudos científicos.
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Figura 1 – População residente no Brasil por cada sexo no Censo Demográfico
2010. Dados em milhões de habitantes
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Quadro 1 – Definição de estatística
O A coleta de dados;
O A organização dos dados;
O A apresentação dos dados;
O A análise dos dados;
O A interpretação dos dados.
A dúvida precede a pesquisa científica. Por mais óbvia quer possa parecer
tal afirmação, contempla um aspecto extremamente importante a ser
considerado quando pensamos na realização de estudos científicos. Quais são
as perguntas a serem respondidas e como faremos para responder essas
perguntas são pontos-chave para o sucesso de uma investigação científica. A
aplicação do método científico é o caminho mais adequado para esse propósito,
pois ele fornece um conjunto de regras básicas dos procedimentos que
produzem o conhecimento científico (Vieira; Hossne, 2020). Veremos a seguir
alguns aspectos importantes para o planejamento e realização de coletas de
dados de forma a melhor responder nossas perguntas de pesquisa.
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obtenção dos resultados que responderão nossa pergunta inicial e muitas vezes
criarão novas dúvidas, fomentando assim novas pesquisas. A Figura 3 apresenta
uma visão geral desse processo.
Problema? Hipóteses
Delineamento
Resultados
do estudo
Revisão de conceitos
e teorias
Definição do Analise de dados Interpretar e
Formulação de Delineamento do Coleta de dados
problema de (Testar as reportar os
Hipóteses estudo (Execução)
pesquisa hipóteses) achados
Revisão de achados
prévios
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e principalmente conhecimento da literatura publicada acerca do tema, visando
identificar lacunas a serem preenchidas por novas pesquisas científicas. A
formulação de hipóteses baseia-se no resultado esperado pelo pesquisador ao
formular o problema. O delineamento do estudo refere-se à escolha adequada
dos métodos de obtenção de dados com intuito de garantir a capacidade de
testar as hipóteses formuladas. A coleta de dados é o momento de execução e
obtenção dos dados da pesquisa. Essa etapa pode ocorrer de forma direta,
quando o pesquisador vai a campo e coleta os dados necessários para sua
pesquisa (dados primários), ou de forma indireta, quando o pesquisador utiliza
dados já coletados por outras pessoas ou entidades (dados secundários) (por
exemplo, IBGE). A análise de dados é o momento em que o pesquisador utiliza
dos métodos estatísticos visando testar as hipóteses formuladas no início da
pesquisa. A fase de interpretação de reportar os achados é o momento em
que o pesquisador oferta indícios para aceitar ou recusar a hipótese formulada
e contrastar seus achados com a literatura ou modelo teórico já existente
(Thomas; Nelson; Silverman, 2012).
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adequado para o tratamento e análise estatística. Veremos a seguir
características dessa organização do banco de dados.
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Quadro 3 – Exemplo de um banco de dados com erros de digitação
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A planilha básica possui em cada coluna uma variável, na primeira linha
o nome dessas variáveis e nas demais linhas digitamos as informações de cada
participante.
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Figura 6 – Divisões da estatística
Descritiva
Estatística
Inferencial
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5.2 Estatística indutiva (inferencial)
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Ao realizarmos um teste estatístico verificamos que essa diferença (2,5%
vs. 98,0%) foi estatisticamente significativa, indicando que a falta de saneamento
pode ser um fator de risco para a infecção por Vibrio cholerae, e poderíamos
inferir esse resultado para os demais moradores dessas regiões da cidade sem
saneamento básico. Obs.: informações sobre os testes estatísticos serão
discutidas nas aulas posteriores.
NA PRÁTICA
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Nessa tabela, os autores da pesquisa utilizam a estatística descritiva para
descrever a prevalência (%) de ocorrência de diversos comportamentos
(atividade física, consumo de cigarro etc.) em adolescentes da cidade de Curitiba
(PR) para todos os adolescentes (total) e para cada sexo (meninos e meninas).
Adicionalmente, eles utilizam a estatística inferencial visando testar a hipótese
de diferenças nessas prevalências entre os sexos utilizando um teste estatístico
conhecido como qui-quadrado e indicando o p-valor que dá suporte à rejeição
ou não da hipótese nula dessa comparação.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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