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Nossa Senhora de Paris

Publicada em 1831, com o título original “Notre-Dame de


Paris”, ou Nossa Senhora de Paris, a obra é mais conhecida
como “O Corcunda de Notre-Dame”, devido à animação da Walt
Disney. Tendo como cenário a cidade das Luzes, Paris,
destacando principalmente a própria Catedral de Notre-Dame, em
seus arredores, altares, telhados, claustros, ou até mesmo nas
entranhas mais profundas da igreja.
A obra contribuiu para uma maior valorização do local,
assim como da arquitetura gótica, românica (Característico da
Idade Média), e dos monumentos do período do
Pré-Renascimento.
Pelo contrário do que muitos acreditam, o Corcunda não é o
personagem principal, mas sim a Catedral de Notre-Dame é o
verdadeiro protagonista, pois os personagens vivenciam suas
experiências neste local. Além de ter sido usado para diversos
eventos, o edifício era uma referência para as mais diversas
classes sociais que circundavam o local.
O autor Victor Hugo era obcecado em resgatar a transição da
Idade Média para a Idade Moderna, fazendo uma pesquisa
minuciosa para resgatar tudo o que acontecia em 1481 e 1482,
sendo bem específico neste período. É um romance de resgate
histórico, porém é bem saudosista, com diversas lamentações,
pela falta da apreciação da cultura e a arte, em contraste com a
época do livro, constituindo uma homenagem à arte, arquitetura, e
a magnífica beleza da Idade Média, que geralmente não é
retratada, um período rico em dilemas filosóficos.
Os dramas vividos pelas personagens acabam sendo
praticamente um pretexto para se discutir aspectos muito maiores,
como a crítica ao obscurantismo, o abuso de poder, e a diferença
entre aparência e essência, construindo muitas reflexões
profundas sobre a natureza humana e a passagem do tempo.

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