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corretamente
VIRGEM X HIDRATADA
“A norma ABNT NBR 6453 — Cal virgem para construção civil especifica três tipos de
produtos: CV-E, CV-C e CV-P. Basicamente, as categorias traduzem os graus de pureza da
matéria-prima empregada e as diferentes características do processo industrial de
produção”, explica o especialista.
Como comparação, a CH I se caracteriza pelo elevado teor de óxidos totais (cálcio mais
magnésio, que são os responsáveis pela capacidade ligante do material), enquanto a CH
III tem teor limite maior de material carbonático (em função de sua fabricação).
APLICAÇÕES
De maneira geral, a cal hidratada é a mais usada na construção civil nacional. A escolha
se justifica pela maior segurança no transporte, manuseio e aplicação. Seu
aproveitamento acontece, principalmente, na preparação de argamassas destinadas ao
revestimento de fachadas ou assentamento dos elementos de alvenaria. “A solução é
ainda especialmente empregada nas argamassas industrializadas”, fala Quarcioni.
Apesar de a hidratada ser a mais popular, a virgem também pode ser utilizada nas
argamassas. No entanto, seu uso requer uma hidratação prévia que deve ocorrer no
próprio canteiro. Para isso, a cal é submersa na água e tem que ficar “descansando” por
alguns dias. Somente depois, é misturada ao cimento para compor as argamassas
mistas.
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PREPARO DE ARGAMASSAS
É sempre importante conhecer as propriedades da cal que será empregada, assim como
prever o comportamento das argamassas tanto no estado fresco como no endurecido
“É sempre importante conhecer as propriedades da cal que será empregada, assim como
prever o comportamento das argamassas tanto no estado fresco como no endurecido.
Essas informações são fundamentais para a adequada seleção de materiais e produtos
entre as diversas opções oferecidas no mercado”, informa o especialista.
PINTURA
A pintura realizada com cal tem como função principal proteger o revestimento que, por
sua vez, funciona como barreira para a alvenaria. Além do papel de escudo, o produto
oferece vantagens estéticas.
É recomendável evitar a pintura à cal em locais sujeitos às chuvas ácidas, como em zonas
industriais. A precaução se explica pela redução significativa da durabilidade do
revestimento com a dissolução da camada de pintura que é constituída de uma faixa de
carbonatos de cálcio e de magnésio.
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CUIDADOS
A cal é um produto químico cáustico, por isso, recomenda-se sempre manuseá-la com o
uso de EPI. Destaque para as máscaras, que evitam a inalação prolongada do pó que é
extremamente fino; óculos, visando proteção contra respingos nos olhos; e luvas, que
impedem o contato direto com a pele. Caso ocorram contaminações, a parte afetada do
corpo precisa ser lavada com uso abundante de água limpa.
QUALIDADE
As principais normas técnicas do setor são a ABNT NBR 6453 e a ABNT NBR 6473. Os
documentos definem as características ou requisitos necessários da cal que será
comercializada no país. “Essas mesmas normas citam outras afins, como aquelas que
devem ser aplicadas para os ensaios ou análises de laboratório para avaliação da
qualidade”, ressalta o especialista.
Também é preciso dedicar atenção aos chamados “substituintes da cal”, que são
produtos químicos ou adições minerais inertes que conferem plasticidade às argamassas
no estado fresco. Porém, não contribuem com o desempenho do revestimento no estado
endurecido. “É importante que a escolha de produtos alternativos seja feita
criteriosamente e por profissionais qualificados, uma vez que a industrialização
irreversível da construção civil pode contribuir negativamente para se abolir a cal das
argamassas industrializadas”, finaliza Quarcioni.
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COLABORAÇÃO TÉCNICA