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UNIDADE II

Crianças em Situação de Rua


e sua Proteção

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Crianças em Situação de Rua e sua Proteção

Olá, cursistas espero que estejam bem e com


saúde! Sejam todas bem-vindas e todos bem-vindos
para cursar a segunda unidade desta disciplina.
Abordamos, nela, a situação das crianças da primeira
infância que se encontram na rua, sua proteção e as
estratégias de prevenção. Para iniciar o nosso diálogo,
destaca-se que a referência utilizada para esses
sujeitos é de ‘crianças em situação de rua’ e não
‘meninos e meninas de rua’ ou ‘menores’. Tal
referência busca atender às recomendações da
Resolução Conjunta CNAS/CONANDA nº 1, de 15 de
dezembro de 2016. Esse documento justifica que as expressões ‘meninos e meninas de rua’ ou ‘menores’ são compreendidas
como pejorativas na contemporaneidade, considerando que as crianças e os adolescentes ‘não são de rua’, mas pertencem
independente de sua configuração a um núcleo familiar. Para enfrentar a dificuldade de moradia nas ruas das crianças e dos

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adolescentes foi deflagrada, em 2017, a Campanha Nacional de enfrentamento à situação de moradia nas ruas de crianças
e adolescentes (Brasil, 2017).

Será que as crianças são de rua?

Fonte: Diretrizes Nacionais para o Atendimento a Crianças e


Adolescentes em Situação de Rua (2017)

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A Resolução Conjunta CNAS/CONANDA nº 1/2016 justifica, ainda, que a expressão ‘criança ou adolescente em
situação de rua’ remete a uma situação provisória. Embora se reconheça que essas crianças e esses adolescentes em
situação de rua estão em pleno desenvolvimento, mas com seus direitos violados e, para sobreviverem, “[...] utilizam
logradouros públicos, áreas degradadas como espaço de moradia de forma permanente ou temporária” (Brasil, 2016). Diante
desse cenário, essas crianças e esses adolescentes experimentam situações de vulnerabilidade pelo rompimento ou pela
fragilidade do cuidado e dos vínculos familiares e comunitários e ficam, ainda, expostos a toda sorte de risco pessoal e social.
Sendo assim, a terminologia ‘em situação de rua’ assemelha-se às expressões como
[...] ‘em condição de rua’ e ‘que vivem nas ruas’ que se referem a sujeitos que, embora mantenham
algum vínculo familiar e/ou um endereço, passam a maior parte do seu tempo diário nas ruas,
desacompanhados de um adulto responsável, tendo este espaço como uma referência, seja para moradia
ou para trabalho (Rizzini; Couto, 2019, p. 107).

A resolução do CNAS/CONANDA nº 1/2016 ressalta, ainda, que o termo ‘situação’ na expressão ‘situação de rua’ indica
uma possível transitoriedade na realidade desses sujeitos, pois o seu perfil pode mudar de forma repentina ou gradativa, em
razão de alterações advindas das estratégias de proteção como, por exemplo, emprego formal de um dos filhos ou inserção
de sua família ou de um dos responsáveis (padrasto, madrasta, avós) em um programa de transferência de renda, entre
outras.
Por sua vez, indagamos quem são as pessoas em ‘situação de rua’ em nosso país? A Política Nacional para a
População em Situação de Rua (PNPSR), instituída pelo Decreto nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009, define que as
pessoas em situação de rua’ podem ser compreendidas como aquelas que:

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[...] formam um grupo populacional heterogêneo, mas possui em comum a pobreza extrema, os
vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que
utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma
temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como
moradia provisória (Brasil, 2009).

As autoras Rizzini e Couto (2019, p. 107) defendem que a presença de crianças e adolescentes nas ruas deve ser
olhada como “[...] um sinal extremo de vulnerabilidade e um pedido de socorro, que antes não foi ouvido ou efetivamente
reconhecido. No geral, crianças e adolescentes em situação de rua se sentem invisíveis dentro de suas famílias e
comunidades”. Entretanto quando esses sujeitos estão vivendo literalmente nas ruas, em alguns casos, a sobrevivência pode
ficar, também, mais difícil e os vínculos familiares que já estavam fragilizados se tornam mais enfraquecidos. Diante da
inadequada proteção do estado e da ausência da escola, são exigidos desses sujeitos que trabalhem ou executem atividades
que lhes rendam algum dinheiro ou alimentos para garantirem sua sobrevivência ou ainda, envolverem-se com o tráfico de
drogas, a exploração sexual e a violência. Tais práticas podem tornar esses sujeitos “[...] um grupo particularmente suscetível
à violação de direitos” (Rizzini; Couto, 2019, p. 107).
Gontijo e Medeiros (2009, p. 469), apoiados em Kaloustian e Ferrari (1994), pontuam que a família é responsável pelos
aportes afetivos e materiais necessários para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes, garantindo, assim, a sua
sobrevivência e a sua proteção integral. Entretanto, Sarti (1995, p. 45) concorda com as afirmações de Kaloustian e Ferrari
(1994), mas acrescenta outros elementos em relação à função da família:

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[...] não é apenas o elo afetivo mais forte dos pobres, o núcleo da sua sobrevivência material e
espiritual, o instrumento através do qual viabilizam seu modo de vida, mas é o próprio substrato de sua
identidade social. Enquanto grupo primário, a família apresenta-se como o lócus para o estabelecimento
de vínculos fundamentais para a possibilidade de pertencimento em outros grupos mais amplos (Sarti,
1995, p. 45).

Destaca-se que a nossa abordagem foca, em especial, nas


crianças em sua primeira infância, ou seja, aquelas que estão
vivenciando os seus primeiros 6 anos de vida, e suas famílias.
Sendo assim, é mais comum encontrar essas crianças vivendo
nas ruas, acompanhadas de seus familiares ou sob a
responsabilidade de um adulto, considerando que essas crianças
apresentam, ainda, grande dependência de necessidades básicas
para sobreviverem. Quando nos deparamos com a presença
dessas famílias com crianças em sua primeira infância nas ruas,
faz-se necessário compreender que a falta de proteção e a violação de direitos não estão atingindo apenas as crianças, mas
todo o núcleo familiar.
Assim, em condições de vulnerabilidade socioeconômica, de saúde, de educação, de assistência social e dos direitos
humanos como um todo, essas famílias buscam, nas ruas, a sua sobrevivência, inclusive com a participação dessas crianças

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por meio da mendicância e do trabalho infantil, entre outras ações. Observa-se que essas crianças vivendo em tais condições,
são impedidas de se desenvolverem de forma integral e saudável (Gontijo; Medeiros, 2009).
Observa-se que as famílias em condições de vulnerabilidade social, econômica e de segurança ficam impedidas de
desenvolverem ações de cuidados e de proteção, estabelecidas no art. 227 da Constituição Federal Brasileira (1988). Nesse
sentido, ainda que já seja do conhecimento de vocês, cursistas, o teor desse artigo, cabe retomá-lo aqui como reforço ao
tema que estamos estudando. O artigo 227 da Constituição Federal (1988) determina que cabe à família, à sociedade e ao
Estado o dever de proteger os direitos da criança e do adolescente com prioridade absoluta.
Nesta perspectiva, antes de qualquer julgamento, faz-se necessário proteger as famílias que estejam em condições
vulneráveis para que elas possam dispensar, com prioridade absoluta, os cuidados e a proteção às crianças e aos
adolescentes em situação de rua que estão sob sua responsabilidade e com isso, interromper o ciclo de violação dos direitos.
Portanto, o poder público tem um papel fundamental para capacitar essas famílias diante das incertezas, das inseguranças
e das rupturas decorrentes da complexidade da vida social, evitando, assim, situações de ausência de proteção, fragilização
ou rompimento de vínculos familiares, materializados em circunstâncias como: negligência, violência intrafamiliar, trabalho
infantil, entre outras (Brasil, 1990).
Sarti (1995, p. 45-46) pontua que as crianças pobres, desde cedo, participam das obrigações familiares, fazendo
“pequenos trabalhos” ou ocupando-se de atividades domésticas, tornando difícil, entre essas famílias, delimitar a “infância”
de que falam alguns autores como, por exemplo, o estudioso da infância Philippe Ariès (2012), do mundo dos adultos. A regra
é que a partir dos 4 a 7 anos idade, as crianças já tenham atribuições dentro da família. Seus inúmeros jogos e brincadeiras

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se alternam com as tarefas que lhes são delegadas, como ir até a casa dos vizinhos dar recados, buscar auxílio com alguém
da comunidade, lavar louças, tomar conta dos irmãos mais novos, entre outras tarefas.
A partir dessas experiências, quando as famílias de
extrema pobreza passam a viver nas ruas, elas continuam
designando tarefas às crianças como antes. Algumas dessas
tarefas são diferentes das anteriores como, por exemplo, a
mendicância, mas outras, muito semelhantes (tomar conta dos
irmãos mais novos, por exemplo). O problema passa a ser a
extensão das fronteiras que vão sendo ultrapassadas neste
espaço que ocupam desde pequenas – a rua – e a
multiplicidade de determinações que os vão afastando do
mundo familiar e os fazem ir aos poucos ganhando o espaço
das ruas, identificando-se cada vez com mais intensidade com
seus códigos de sociabilidade (Sarti, 1995).
Outro grande impacto ao desenvolvimento integral dessas crianças é quando iniciam atividades laborais precocemente,
são impedidas de brincar, de praticar esportes, de receber uma educação de qualidade, pois abrem mão de seus direitos
fundamentais e iludindo-se de que resolverão os problemas de suas famílias relacionados à sobrevivência e aos recursos
financeiros. Por outro lado, a cultura brasileira parece aceitar socialmente o “[...] uso da mão-de-obra infanto-juvenil sob a

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justificativa de que algumas famílias precisam da colaboração dos filhos para aumentar a renda familiar [...]” (Faleiros;
Faleiros, 2008, p. 58).
Faleiros e Faleiros (2008, p. 58) ressaltam que a proteção às crianças em situação de rua e suas famílias deve ser
associada a outras políticas públicas com vistas a promover a redução da pobreza dessas famílias, pois elas parecem “[...]
não encontrar alternativas a não ser buscar a complementação da renda com o trabalho dos filhos, mesmo quando são
pequenos”. Pontua-se que essas atividades realizadas pelas crianças, nas ruas, podem impedir o seu desenvolvimento
integral, uma vez que interfere na regularidade da frequência à escola, a qual pode acarretar dificuldades de aprendizagem
na educação infantil e no primeiro ano do ensino fundamental, especialmente, no processo de alfabetização e letramento
(Gontijo; Medeiros, 2009). Para garantir a participação das crianças na escola com maior êxito, talvez seja interessante incluir
a família em programas governamentais, nos quais a frequência às aulas seja obrigatória.
A partir desse olhar para garantir os direitos das crianças, na primeira infância, torna-se necessário investir mais
efetivamente nas políticas, na gestão escolar, nos currículos, bem como nos ambientes educacionais para acolherem esses
sujeitos. Além disso, é de fundamental importância que as políticas educacionais busquem promover a formação inicial e
continuada dos profissionais de educação em termos da qualidade exigida para dialogarem com essas crianças,
possibilitando a constituição plena desses sujeitos de direitos.
As instituições educacionais devem, portanto, oportunizar a oferta de uma educação pública e de qualidade, na qual se
privilegie o desenvolvimento de habilidades necessárias para transformar o futuro econômico, rompendo, assim, com ciclo
de pobreza que está na raiz da vida desses sujeitos.

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Outro aspecto que não se pode deixar de lado nesta unidade é o da violência sofrida por essas crianças em situação
de rua, considerando que:

[...] não é apenas física, mas também psíquica, emocional e simbólica. Muito embora, a compreensão
das crianças sobre a violência seja pontual e da ordem do vivido, o fato é que ela repercute sobre a saúde
física e mental destes sujeitos a curto e longo prazo e está associada a fatores sociais mais amplos como
a desigualdade social e econômica (Rizzini; Couto, 2019, p. 112 apud Carinhanha, 2009).
Para muitas dessas crianças, a violência se inicia na primeira infância no contexto familiar. Nas ruas, a situação não
costuma ser diferente. A exposição à violência faz parte da dinâmica destes espaços e ela não é só derivada das precárias
condições de vida, ela é também moral, em forma de xingamentos, por exemplo, e física, em formas que podem até mesmo
levar à morte (Silva, 2005).
Maia e Williams (2005, p. 97) afirmam que a criança que passa por experiências de violência pode não estabelecer
vínculos parentais, apresentar baixo desempenho escolar e não aceitar a autoridade de seus responsáveis e, ainda,
apresentar comportamentos de risco relacionado ao uso de “fumo, álcool, drogas, abusos sexuais, evasão escolar, uso de
armas e brigas, entre outros”.
Rizzini e Couto (2019, p. 112) afirmam que “[...] relatos de violência são bastante comuns e revelam que a rua
vulnerabiliza ainda mais situações humilhantes e tornam essas crianças vítimas potenciais de agressões físicas, verbais e
exposição às drogas”. Vítimas das crianças maiores, abusos físicos, sexuais e humilhações pela sociedade. De modo geral,
as diversas violências fazem parte do cotidiano daqueles que vivem em situação de rua e reforçam a estratégia de
organização em grupo para proteção (Rizzini; Neumann; Cisneros, 2009).

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Um outro ponto tão importante quanto aos abordados até o momento é que, em alguns contextos, segundo Rizzini e
Couto (2019, p. 112 apud Paludo; Koller, 2005) “[...] crianças em situação de rua podem também assumir o papel de
vitimizadores (agressores), o que pode ser entendido como uma tentativa de romper com o papel de vítima”.
Nesse sentido, Faleiros e Faleiros (2008, p. 60) pontuam que há outros modos degradantes de violência infantil,
especialmente, trágicos como o abuso sexual, a exploração sexual e a participação no tráfico de drogas para a constituição
e o desenvolvimento desses sujeitos, considerando que eles podem se tornar
“[...] ao mesmo tempo autores e vítimas de ações violentas, como tem sido
verificado em estatísticas sobre os jovens que cumprem medidas
socioeducativas ou aqueles que são mortos em chacinas”. Para os autores, no
primeiro caso, “o machismo que impera em amplos setores da sociedade
favorece o acobertamento e a tolerância dessa prática em muitas regiões”
(Faleiros; Faleiros, 2008, p. 60).
No segundo caso, o tráfico de drogas tem sido uma alternativa de renda
para muitas crianças empobrecidas. Mesmo com os recentes avanços que
crianças vêm conquistando no âmbito da proteção social, em vários outros
países e, também, no Brasil, esses sujeitos são afetados, ainda, pelo
desemprego dos adultos de suas famílias, pela pobreza e pela injusta distribuição de renda em nossa sociedade brasileira.

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Faleiros e Faleiros (2008, p. 60) alertam que “em ambos os casos, as crianças são expostas a todos os riscos que a vida
oferece nessas condições, sendo o pior deles o da perda do senso de dignidade da existência humana”.
Existe, em nível institucional, um outro tipo de violência que pode passar despercebida, que é a negligência profissional.
Sua manifestação caracteriza-se pelo desprezo (por desinteresse, despreparo ou incompetência), considerando que esses
profissionais ignoram os sinais de risco e os processos violentos vivenciados pelas crianças que atendem. Esses processos
poderão levar a violências ainda mais graves como, por exemplo, a sexual ou até a morte. Portanto é de grande relevância o
investimento na formação continuada dos profissionais que estão ativos.
Para garantir a qualidade do desenvolvimento das crianças na primeira infância em situação de rua, cabe ressaltar que
o Estado precisa cumprir: as legislações que tratam da proteção dos direitos das crianças; garantia de geração de emprego
e distribuição de renda aos adultos das famílias que se encontram em situação de rua; inserção das crianças e de suas
famílias na educação básica de qualidade, inclusive o acesso das crianças de 0 a 3 anos na creche e de 4 a 6 anos na pré-
escola e no primeiro ano do ensino fundamental; atendimento à saúde de qualidade e acesso à medicação necessária para
sanar os problemas de saúde das crianças e de suas famílias; à segurança alimentar; acesso dos programas e equipamentos
de lazer, cultura e esporte, em especial, para as crianças e suas famílias, entre outras necessidades que se fizerem
necessárias.
Nessa lógica, é relevante discutir, também, alguns mecanismos e aparatos da rede de proteção, sejam eles legais,
públicos e da sociedade civil, em especial, os Conselhos Tutelares que estão presentes em todos os municípios brasileiros,
os quais esses sujeitos podem recorrer para enfrentar violações de seus direitos e situações de vulnerabilidade social. É

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relevante discutir, ainda, sobre a importância da intersetorialidade da rede de proteção entre as instituições governamentais
e as da sociedade civil, qualificando o atendimento às necessidades das crianças na primeira infância e suas famílias em
situação de rua (Nunes; Sales, 2016).
E por fim, reafirma-se a necessidade de fomentar a implementação de políticas públicas sociais em favor dos sujeitos
em questão, os quais seus direitos são violados diariamente pela sociedade brasileira, mas ao mesmo tempo eles têm
assegurado legalmente a prioridade acima de qualquer outro grupo.

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LEITURA COMPLEMENTAR

GONTIJO, D. T.; MEDEIROS, M. Crianças e adolescentes em situação de rua: contribuições para a compreensão dos
processos de vulnerabilidade e desfiliação social. Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, n. 2, p. 467–475, 2009. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/BYLWhkKLbWNkn8ZSZtj79pn/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 10 de mar. 2024.

RIZZINI, I. Crianças e Adolescentes em Situação de Rua: Sujeitos de Direitos? Revista Serviço Social em Debate, v. 5,
n(1), p. 19-34, 2022. Disponível em:

https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=764964454&prcID=6410647. Acesso em: 02 fev.


2024.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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<https://pedagogiaaopedaletra.com/resenha-do-livro-de-philippe-aries-historia-social-da-infancia-e-da-familia/>. Acesso em:
4 de mar. 2024.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 2016. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 01 mar. 2024.

BRASIL. Campanha Nacional de enfrentamento à situação de moradia nas ruas de crianças e adolescentes em 2017.
Diretrizes Nacionais para o Atendimento as Crianças e Adolescentes em Situação de Rua, 2017. Disponível em:
https://www.criancanaoederua.org.br/wp-content/uploads/2021/02/DIRETRIZES-NACIONAIS-PARA-O-ATENDIMENTO-DE-
CASR.pdf. Acesso em: 01 fev. 2024.

BRASIL. Decreto nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009. Institui a Política Nacional para a População em Situação de
Rua e seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento, e dá outras providências. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d7053.htm. Acesso em: 12 mar. 2024.

BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, 1990. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm.
Acesso em: 14 fev. 2024.

BRASIL. Resolução Conjunta CNAS/CONANDA nº 1, de 15 de dezembro de 2016. Dispõe sobre o conceito e o


atendimento de criança e adolescente em situação de rua e inclui o subitem 4.6, no item 4, do Capítulo III do documento

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Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes. Disponível em:
https://www.sigas.pe.gov.br/files/04252017020009-resolucao.conjunda.cnas.conanda.no.01.15.12.2016.pdf. Acesso em: 01
mar. 2024.

FALEIROS, V. P.; FALEIROS, E. S. Escola Que Protege: Enfrentando a violência contra crianças e adolescentes. 2ed.
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GONTIJO, D. T.; MEDEIROS, M. Crianças e adolescentes em situação de rua: contribuições para a compreensão dos
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https://www.scielo.br/j/csc/a/BYLWhkKLbWNkn8ZSZtj79pn/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 10 de mar. 2024.

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NUNES, A. J.; SALES, M. C. V. Violência contra crianças no cenário brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 3, p.
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RIZZINI, Irene; COUTO, R. M. B. População infantil e adolescente nas ruas Principais temas de pesquisa no Brasil,
Rev. Civitas, Porto Alegre, v. 19, n1, p. 105-122, jan.-abr. 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/civitas/a/Gxq4Zy5P8j4bFjppPc4DxWp/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 24 mar. 2024.

RIZZINI, Irene; NEUMANN, Menezes; CISNEROS, Arianna. Estudos contemporâneos sobre a infância e paradigmas
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IMAGENS

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