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Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, EDUCAÇÃO E ARTES


LICENCIATURA EM JORNALISMO

VISITA AO MUSEU NACIONAL DA


ESCRAVATURA
´´Um povo sem o conhecimento da sua história, é como uma árvore sem raiz.´´

Autor: Enide António

Trabalho apresentado como requisito de


Avaliação na cadeira de História de Angola do
Curso Jornalismo, 1º Ano, na Faculdade de
Ciências Humanas, Educação e Artes do
IMETRO, sob Orientação do Professor Doutor:
Tiago Caungo Mutombo.

LUANDA, 2022
Introdução

O Museu Nacional da Escravatura localiza-se no Morro da Cruz, na cidade de


Luanda, em Angola.

Criado em 1977 pelo Instituto Nacional do Património cultural com o objetivo de


dar a conhecer a história da escravatura em Angola, o Museu nacional da
escravatura tem a sua sede na Capela da Casa Grande, templo do século XVII
onde os escravos eram baptizados antes de embarcarem os navios negreiros
que os levavam para o continente Americano. O museu, que reúne e expõe
centenas de peças utilizadas no trafico de escravo, está instalado na antiga
propriedade do Capitão de Granadeiros D.Maria II de Portugal passou a proibir
colonias portuguesas de exportarem escravos.
Desenvolvimento

O museu, apresenta-nos centenas de peças utilizadas no processo de tráfico


de escravo, apresentarei aqui alguns:

Este é o canhão, de fabrico espanhol utilizado pelos portugueses, para se


divertirem e defenderem-se dos eventuais ataques dos Holandeses e Ingleses,
visto que Luanda já foi tomada pelos Ingleses e havia uma disputa de territórios
entre ingleses e portugueses.
Aqui temos o Alambique, material que era utilizado para a produção de bebidas
alcoólicas consumidas durante a viagem, lembrando que muitas pessoas não
chegavam ao seu destino, porque os portugueses jogavam ao mar todas as
pessoas debilitadas, isto é, com alguma deficiência física ou psicologicamente
grave, e as que morriam durante a viagem. As bebidas eram produzidas pelos
escravos.

.
E por fim, vou apresentar a Bacia que era utilizada por Álvaro Matoso, um dos
filhos do Capitão Mouro Matoso. Essa era a bacia onde Álvaro tomava banho.
O Senhorio colocava-se na banheira e um dos escravos dava-lhe banho.
Além do encanto proporcionado pela história por detrás de cada uma das
centenas de peças presentes nas coleções, o Museu Nacional da Escravatura
possui diversos atrativos, com principal realce ao teatro, poesia, música,
workshops e palestras, sendo que a peça teatral na sua maioria dos casos
retrata de forma fiel a história do trafico de escravo no pais.

Mesmo estando no presente, a história e os artefactos do Museu Nacional da


Escravatura oferece uma autêntica viagem ao passado.

Um outro aspecto bastante relevante a ser realçado é a conexão entre o museu


nacional da escravatura e a praça do artesanato na localidade do Benfica.
Tanto a história como as peças emblemáticas deste importante património, tem
encantado todos os que visitam o local, com tudo, os artefactos do museu não
podem ser removidos por ninguém.
Conclusão

Devido a sua rica importância histórica de perpetuar a memoria do trafico


negreiro e ao trabalho forçado em angola, bem como dos diversos artefactos
que possui o Museu Nacional da Escravatura tornou-se uma referência e
paragem obrigatória sendo atualmente uma das mais visitadas instituições
museológicas do pais.

O Museu Nacional da Escravatura, é sem sombra de dúvidas que deve visitar,


pois alem da magnifica viagem proporcionada que durou 5 seculos.

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