Você está na página 1de 2

CRÔNICA DE ESTÁGIO II

DISCENTE: CLINTON DE SOUZA NETO


DOCENTE: RUTE ALVES

Durante meu oitavo período de graduação na licenciatura em ciências biológicas,


cursei a disciplina de estágio II, que proporcionou a oportunidade de vivenciar a
prática profissional em um museu. Fui designado para estagiar no Museu Câmara
Cascudo, localizado no encantador bairro de Tirol, em Natal, Rio Grande do Norte.
Essa experiência se revelou um verdadeiro mergulho na história e cultura da região,
proporcionando aprendizados enriquecedores e momentos inesquecíveis.
O Museu Câmara Cascudo é um tesouro cultural, dedicado à memória do
renomado folclorista e historiador Luís da Câmara Cascudo. Sua arquitetura
imponente e suas exposições cativantes atraem visitantes de todas as idades, que
desejam explorar e entender as raízes culturais do Rio Grande do Norte.
Logo no primeiro dia, fui recebido pela equipe do museu com entusiasmo e
profissionalismo. Fui apresentado aos colegas de estágio, que assim como eu,
estava bastante ansioso com o início das atividades. Com eles, aprendi que um
museu é muito mais do que um lugar para exibir objetos antigos; é um espaço vivo
que conta histórias, preserva tradições e desperta o interesse das pessoas pela
cultura.
Minha tarefa no estágio envolvia basicamente observar as mediações de
exposições temporárias e fixas e entender a interação com o público durante as
visitas guiadas. Cada dia era uma oportunidade de aprender algo novo. Desde a
curiosa história de uma antiga canoa indígena até os detalhes fascinantes sobre a
vida e as obras em madeira da artesã potiguar Luzia Dantas, eu estava imerso em
um universo repleto de conhecimento e descobertas.
Um dos momentos mais marcantes foi a visita de uma família que visitava o
museu. Eu estava acostumado a ver escolas e alunos e, ao ver essa família, percebi
que o museu proporciona a população em geral um rico e interessante passatempo.
Nessa ocasião, pude colaborar com a mediação, uma vez que todos os mediadores
estavam ocupados com outros grupos de visitantes. Pude reviver e pôr em prática
os meus conhecimentos sobre anatomia comparada, paleontologia e evolução
adquiridos ao longo da graduação, assim, proporcionando aos visitantes uma
experiência única de aprendizado.
Durante o estágio, descobri o quanto o museu era valorizado pela comunidade
local. Os moradores do bairro de Tirol e de outras regiões de Natal frequentavam o
museu regularmente, seja para visitar as exposições permanentes, seja para
participar de eventos culturais. Eles reconheciam o Museu Câmara Cascudo como
um espaço de aprendizado, lazer e preservação da identidade potiguar.
Por fim, a experiência de estágio II no Museu Câmara Cascudo foi enriquecedora
em todos os aspectos. Aprendi a valorizar ainda mais o nosso patrimônio cultural, a
importância de preservá-lo e a transmiti-lo para as futuras gerações. Essa jornada
despertou em mim uma paixão pela museologia e pelo poder transformador que os
museus têm na sociedade. Saí dali com a certeza de que seguiria buscando
oportunidades para continuar explorando e compartilhando o mundo fascinante dos
museus.

Você também pode gostar