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Atualmente, as empresas vivem mudando seus modos de gerir pessoas, vivem redefinindo

seus mercados, mudando suas estratégias, repensando suas estruturas. Para dar conta desse
mundo em constante mudança, as empresas precisam de pessoas motivadas, que possam
alcançar o nível de competência desejado.

Sob essa ótica, em Motivação nas Organizações, analisaremos os diferentes fatores


envolvidos na motivação, de modo a verificar o quanto ela nos afeta.

Trataremos ainda de alguns mecanismos de defesa, dos quais, inconscientemente, lançamos


mão para resistir a alguma frustração. Elencaremos também as forças energéticas e as
funções psíquicas que influenciam nossos processos motivacionais.

Finalmente, demonstraremos a importância do autoconhecimento, do autodesenvolvimento


e do significado do trabalho para o processo motivacional.

BARTLETT, C.; GHOSHAL, S. A organização individualizada: talento e atitude como vantagem


competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
Os autores, com base em seis anos de pesquisa e centenas de entrevistas realizadas na década de 90,
apresentam o modelo gerencial da organização individualizada, na qual a máquina industrial cede lugar
ao propósito e à cultura corporativa; o valor do indivíduo é o vetor de criação de valor na organização.

BERGAMINI, C. Motivação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1997.


A autora apresenta parâmetros que reformulam os antigos paradigmas da administração de pessoas em
situação de trabalho e lança novos desafios à necessidade de mudanças. Aponta que a reformulação
começa dentro de cada um, mas que jamais se transformará em realidade, caso se permaneça no
isolamento de uma ilha dentro do oceano turbulento de ameaças em que vivemos.

BERLO, David Kenneth. O processo da comunicação: introdução a teoria e pratica. Rio de Janeiro:
Fundo de Cultura, 1963. 266p.
Este livro trata da forma como as pessoas se comunicam. Compreende, essencialmente, o campo de
ação e o objetivo da comunicação, os fatores que entram no processo e o papel da linguagem no
comportamento humano. Examina os comportamentos das pessoas e as relações entre quem fala e o
ouvinte, entre o escritor e o leitor, entre o artista e a platéia. Explora a natureza complexa do processo de
comunicação. Identifica e descreve os fatores que influenciam a comunicação e os seus resultados.
Busca algum meio de tratar o processo que aumente a compreensão e a efetividade, mas evite a
distorção ou a simplificação excessiva.

CAPRA, Fritjof. A teia da vida. São Paulo: Cultrix, 1997.


Nesta obra, Capra propicia uma síntese brilhante das descobertas científicas recentes, como a teoria da
complexidade, a Teoria Gaia, a Teoria do Caos e outras explicações das propriedades dos organismos,
sistemas sociais e ecossistemas.

FLEURY, Maria Tereza Leme; OLIVEIRA, Moacir de Miranda (Org.). Gestão estratégica do
conhecimento: integrando aprendizagem, conhecimento e competências. São Paulo: Atlas, 2001.
Um livro muito estimulante. Praticamente pela primeira vez, há a tentativa de se juntarem processos,
ferramentas e mesmo conceitos até então introduzidos de forma fragmentada nas organizações. Essa
visão integrada, conectada, é vital para uma compreensão da sinergia de importantes elementos –
aprendizagem, conhecimento e competências – para a competitividade das organizações, e cujo sentido
pode e deve ser contemplado em uma qualificada gestão estratégica de pessoas.

LOBOS, J. A personalidade executiva: o passaporte para gestão por competência e desenvolvimento de


equipes. São Paulo: Negócio, 2001.
O autor parte da premissa de que as pessoas são psicologicamente diferentes e não vão mudar.
Conseqüentemente, recomenda que, se for conveniente se dar bem com elas, devemos flexibilizar nossa
maneira de ser, ajustando nossas preferências ao mundo executivo. Este livro explora como se conhecer
melhor para tornar possível um melhor conhecimento do outro e então interagir com este de forma mais
efetiva.

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informações sobre a disciplina

Sylvia Vergara é doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de


Janeiro, mestre em Administração pela Fundação Getulio Vargas, administradora de
empresas e pedagoga pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com estágio
Beckman High School. Além disso, é professora titular da Escola Brasileira de
Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas, pesquisadora,
palestrante, e consultora de organizações privadas e públicas, autora dos livros
Projetos e relatórios de pesquisas em administração, Gestão de pessoas e Gestão
com pessoas e subjetividade, publicados pela Editora Atlas.

A busca de adaptação por parte das empresas manifesta inúmeras relações entre elas e o
que ocorre no ambiente em que atuam.
Tal processo atesta sua pertinência quando abordamos a empresa sistemicamente, e não
como entidade imune ao que se passa no contexto mais amplo.
Essas mudanças configuram uma teia de relacionamentos, dialeticamente cooperativos e
conflitivos.
Toda a dinamicidade do mundo contemporâneo traz para as empresas novas necessidades
no que se refere às formas de organização do trabalho e novas necessidades de
aprendizagem...
...não só para lidar com a complexidade do mundo que nos impacta, mas também com o
alto grau de incerteza que essas mudanças nos provocam.

Uma visão sem ação não passa de um sonho. Ação sem visão é só um passatempo.
Mas uma visão com ação pode mudar o mundo. – Joel Barker

As frases acima fecham com chave de ouro o excelente vídeo A Visão do Futuro, produzido por Joel
Barker, o qual costumo apresentar ao final de algumas palestras devido ao seu incontestável poder
reflexivo. Não há como ir para casa sem se perguntar: O que estou fazendo comigo, com minha família,
com minha carreira, para ser feliz?

O texto de hoje tem este objetivo. Quero despertar em você a auto-reflexão sobre como tem tratado sua
vida profissional, sobre como você se imagina em um, cinco, dez ou vinte e cinco anos.

Desejo que você desligue este piloto automático de sua vida, através do qual você não conduz, mas é
conduzido por uma rotina sem sequer saber para qual direção, e passe a vislumbrar diante de si apenas
duas palavras: sonhos e futuro.

Futuro e Liderança

O futuro não é o lugar para onde estamos indo. É o lugar que estamos construindo e que dependerá
daquilo que fizermos no presente. Por isso, a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.

Aqueles que constroem o próprio futuro, constroem o futuro dos outros. A capacidade de empreender o
próprio futuro está se tornando uma questão de sobrevivência. Administrar bem um negócio é
administrar seu futuro; e administrar seu futuro é administrar informações. O futuro não é mais sobre
tecnologia. É sobre informação processada como conhecimento. Se a história testemunhou a triste
divisão entre nações ricas e pobres, o futuro pode nos reservar a separação entre as que sabem e as que
não sabem.

Nenhuma empresa sobreviverá se depender de gênios para administrá-la. Ela precisa ser capaz de ser
conduzida por seres humanos medianos. Lidar com gente já é difícil. Levar gente a enxergar o futuro é
ainda mais difícil. Jack Welch colocou com propriedade que os gerentes fracos acabam com as
empresas, acabam com os empregos. A melhor pessoa do mundo no negócio ou no cargo errado ainda
tem alguma chance. O melhor negócio ou cargo do mundo com a pessoa errada não tem chance
nenhuma.

Profissionais com perfil empreendedor são diferentes, pois onde todos vêem problemas, estes enxergam
oportunidades. Viajam num carro chamado imaginação, tendo a criatividade como co-piloto, a meta
como motor e a persistência como combustível. Sabem que só o melhor é suficiente e controlam direta
ou indiretamente o destino de muitas pessoas. Fazê-las vibrar com a mesma intensidade com o
intangível futuro criado em nossas mentes é missão suprema alcançável através da liderança. E o
verdadeiro líder é aquele que consegue capilarizar esse sentimento nos grupos por onde passa.
Criatividade e inovação com foco em resultados

Inovação e criatividade são essenciais para o contínuo desenvolvimento e


competitividade de uma nação. Coisas boas acontecem quando o pensamento inovador
começa, visto que ele poderá ajudar na criação de novos produtos, na melhoria dos
processos, nas novas tecnologias, tornando a empresa mais competitiva. O
investimento em criação, novas tecnologias, favorece não somente a pesquisas de
idéias, através da internet, mas também contribui para que a empresa torne-se mais
produtiva.

Mesmo diante de situações de crises, onde nem sempre disponibilizamos de dinheiro


para investir, temos que buscar várias idéias mesmo com recursos limitados, sempre
pensando: De que maneira poderei melhorar esta atividade? De que forma poderei
contribuir com maior impacto na rentabilidade, na qualidade dos produtos, na
segurança do trabalhador, na satisfação do cliente, obviamente sem ferir a ética?
Como poderei contribuir para uma sociedade melhor? Como poderei aumentar a minha
renda? Nem sempre utilizamos todo o nosso potencial, embora percebamos que há
muitas idéias criativas implementadas e apresentando resultados de uma forma geral.
Estimular e investir no pensamento criativo e inovador é retorno garantido.
O processo criativo exige mente aberta, receptiva ao novo, equilíbrio entre as
emoções, pois nem sempre negócio combina com emoção, seguida da lógica.

Quando falamos em criatividade e inovação com foco em resultado, o pensamento


lógico não poderá vir à frente, temos que inicialmente deixar a mente livre para buscar
idéias, intuir, usarmos do pensamento divergente, expandir e depois colocar a lógica
em ação, através do pensamento convergente, buscando resultados qualitativos e
quantitativos.

Percebo a criatividade como algo que é novo, útil, tanto para o criador, quanto para a
sociedade, tratando-se de um processo que possui começo meio e fim. Há o processo
de criação, com a mente aberta, que necessita da imaginação, mas temos que colocar
em prática o que imaginamos passando pelo crivo da lógica, entre outros, o mercado
consumidor.

O processo criativo exige trabalho duro, disciplina, porém suas idéias também surgem
quando sua mente está brincando, ociosa, quando está curioso, inquieto, por vezes
incomodado. Se você for uma pessoa curiosa, idéias vão bater a sua porta, pois vai
perceber lacunas, necessidades, costumes que certamente favorecerão a geração de
idéias.

Hoje a inovação está mais centrada na gestão de negócio – onde há constantes


melhorias no que já existe, e, por vezes, percebemos baixa originalidade –, porém o
pensamento criativo servirá como base tanto para um processo de inovação quanto
originalidade. O pensamento criativo é a fundamentação sobre a qual você constrói
uma idéia inovadora ou original.

Exercitar este pensamento é simples, pense sempre nas perguntas e busque


respostas...

 Se não fizesse estas atividades desta forma, de que outra forma faria?
 Como poderei dinamizar as minhas atividades sem comprometer a qualidade?
 Como poderei agregar valor às atividades que executo?
 Com o poderei agregar valor ao negócio da empresa?
 Que outros produtos ou serviços poderão criar a partir do que já existe?
 Que outros produtos ou serviços podem criar para preencher uma necessidade
específica de uma população? Lembre-se dos curiosos!

Muitas vezes, é preciso criar várias respostas para cada pergunta. Faça um grande
brainstorming, é da quantidade que sai a qualidade e lembre-se de que não é preciso
uma grande idéia, e sim uma idéia de grande resultado. Nunca foi tão fácil criar como
hoje, na medida em que as necessidades e as informações são inúmeras e o mercado
consumidor é vasto.

O processo criativo, em alguns casos, é solitário, partindo de observações,


sentimentos, inquietudes, só que para ser colocado em prática é necessário
compartilhar. Este é, em alguns casos, um grande entrave. As pessoas nem sempre
compartilham suas idéias por medo de serem furtadas, correndo o risco de morrerem
na gaveta, ficando assim somente na geração de idéias, deixando de lado o colocar em
prática.
Na fase embrionária da idéia, por vezes, é aconselhável que seja solitária, mas temos
que buscar parceiros para viabilizar a idéia.

Poderei citar um exemplo: prêmio APARH-Revista Vencer! de Criatividade nas


empresas e que é um sucesso, contando com várias empresas de grande e médio
portes e um verdadeiro espetáculo realizado no dia 26 de novembro de 2002 no Clube
Paineiras do Morumbi. O segundo prêmio será divulgado na mídia a partir de março.

Sempre que lançamos uma idéia, estamos sujeitos a críticas, reprovações e, às vezes,
a rótulo de maluquice, mas saiba que ela poderá ter grande valor. Vá em frente, pois o
processo criativo é um ato de coragem.

Nos programas de treinamentos que realizamos, sempre estamos buscando incentivar


a criatividade e, além disso, apresentando ferramentas favoráveis ao desenvolvimento
do poder criativo.

Entenda o processo

Graham Wallas assinala 4 etapas do processo criativo durante a sua aplicação. Percebi
que ocorrem mais três etapas...

 motivação - tenha um objetivo e trace desafios;


 preparação - defina metas, desconsidere formas e caminho, levante
informações;
 incubação - confine-se, deixe o inconsciente trabalhar;
 iluminação - registre a idéia;
 elaboração - plano de ação, avaliação;
 ação - atacar, fogo;
 avaliar - quantitativo e qualitativo.

A inovação é desafio, sempre foi e será porque é um passo para o desconhecido é uma
aceitação do ambíguo, algo que somente pessoas corajosas fazem. Ser criativo é
escolher não ser medroso, e é isso que fazemos nas empresas. Incentivamos a
coragem a romper modelos mentais pessoais e da organização, pois consideramos que
eles são naturalmente modelos em evolução. Podemos perceber que os modelos
mentais tornam-se limitados por conhecimento técnico, experiências prévias, similares
e pela forma como o ser humano percebe e processa as informações, favorecendo ou
não a criação.

A inovação é um processo que usamos para focar nossa criatividade, e o pensamento


criativo é fruto de um processo de educação que vai desde os ensinamentos no lar, nas
escolas e no ambiente de trabalho que nos tornam prisioneiros ou livres.

A educação para o pensamento criativo é o primeiro passo essencial para a melhora do


nível de inovação que acontece nas empresas, tratando-se de uma forte arma
estratégica de sobrevivência na selva da competição. Estamos sempre reforçando esta
idéia em treinamentos.

O ambiente de trabalho é muito importante, o incentivo à criação individuais e


coletivas, os processos abertos de comunicação, os cuidados com a qualidade de vida
do cliente interno e externo, como também as políticas de recursos humanos adotada,
são fatores importantes. Sendo assim, a cultura corporativa que encoraja o
pensamento criativo deve ser ativamente sustentada, mas isso supõe correr risco. Se
quiser fazer grandes progressos, terá que correr riscos calculados, pois idéias não
funcionam sempre, devem ser registradas em banco de idéias, como também
colocadas em prática. Em criatividade não existem erros, e sim ensaios, e uma idéia
poderá ser inadequada para determinado momento e valiosa em outro. Aprender com
erros e acertos é fundamental.

Estudos apontam que quanto mais idéias você gerar, mais provável é ter uma idéia
espetacular. Se quiser ter grande idéia, tenha muitas idéias, propicie insigths através
de observações, sentimentos, pensamentos para chegar aos resultados esperados,
mas lembre-se de que num determinado momento temos que utilizar o pensamento
lógico.

Para cada problema há várias soluções, ficar somente com uma resposta pouco vai
adiantar, não existe nada pior do que uma única idéia, uma única opção. Entenda
profundamente da causa, entre no âmago do problema e depois o ataque com várias e
várias soluções, decida e implemente-a.

Solte a imaginação, invente!

Fonte
FELIPPE, Maria Inês. Criatividade e inovação com foco em resultados . Disponível em:
<http://www.mariainesfelippe.com.br/artigos/artigos.asp?registro=15>. Acesso em: 25 mar.
2008.

A visão da empresa deve ser a de processo,


não de hierarquia.

Nesse processo, faz-se necessário


compartilhar o poder porque,
contraditoriamente, se dividido, o poder se
multiplica.

Conseqüentemente, faz-se necessário


aprender coletivamente, focar o desempenho
nas equipes, adquirir, produzir e compartilhar
informações – tanto as operacionais quanto as
táticas.

É preciso reconhecer em ações a relevância das pessoas no processo produtivo, investir no


desenvolvimento de competências, captar, selecionar e recompensar pessoas por competência, além de
gerar referências de desempenho.

Considerando essas premissas, um grande desafio posto às empresas é, sem dúvida, provocar a
motivação nas pessoas.

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