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Turma: PS7A Grupo: A Data: 27/04/2002

Nome: Guilherme Vaz Moreira


Nome: Cauã Daniel Marra Aguiar Pinto

Análise de circuitos elétricos: Regra de Kirchhoff

Objeti vos
Determinar as tensões e correntes nos resistores de um circuito por meio da
Regra de Kirchhoff.

Método

A Regra de Kirchhoff se divide em duas regras que regem sobre a conservação


de energia (malha) e carga elétrica (nó). Dito isso, ela afirma que a corrente elétrica
que chega em um nó deve ser igual a soma das correntes que saem desse mesmo nó e,
o valor das forças eletromotrizes em uma malha deve ser igual a soma das diferenças
de potenciais nos elementos que a compõe.

I 1=I 2+ I 3 ; (1)
ε 1=I 1. R 1+ I 2. R 2 (2)
ε 2=− I 2. R 2+ I 3. R 3 (3)

Dessa maneira, construiu-se um circuito elétrico em bancada de teste a fim de


comprovar a utilização da Regra de Kirchhoff. Foram utilizados 3 resistores R1, R2 e R3
com os respectivos valores de (668, 981 e 667) Ω, duas fontes com tensão contínua ε1
e ε2 de 3,03V e 6,02V, respectivamente, cabos e o painel para conexões.
Primeiramente foram conectados os 3 resistores no painel de conexões
juntamente com as fontes. Os elementos foram conectados de maneira a gerar três
malhas e dois nós, sendo o R2 conectado no centro do sistema. As equações 1,2 e 3 se
enquadram nesse circuito.
Com o circuito preparado, mediu-se as resistências e as tensões de cada
resistor com o auxílio de um multímetro, que foi conectado em paralelo para
determinar as tensões. Isso permitiu a obtenção da corrente teórica através da Regra
de Kirchhoff. Mediou-se também a corrente real com o multímetro, que desta vez
deve ser conectado em série, para que fosse possível realizar a comparação e validar
tal regra.
Vale ressaltar que os aparelhos utilizados para medição contêm uma incerteza
ligada ao valor medido e, e ela quem gera as diferenças entre o valor real e o teórico.
Ademais, tais ferramentas apresentam um erro de medição numericamente expressivo
de 2% do valor dado.
Resultados

Tabela 1. Valores da tensão, em volts, das fontes utilizadas no experimento, medidos com o multímetro.

ε(V)(±2%)

ε1 3,03

ε2 6,02

Tabela 2. Valores da resistência, em ohms, dos resistores utilizados no experimento, medidos com o multímetro.

R(Ω)(±2%)

R1 668

R2 981

R3 667

Tabela 3. Valores da corrente, em miliamperes, em cada resistor utilizado no experimento, calculados através Equações (1), (2) e (3).

I(mA)

I1 6,21 ± 0,18

I2 -1,14 ± 0,09

I3 7,35 ± 0,16

Tabela 4. Valores da corrente, em miliamperes, em cada resistor utilizado no experimento, medidos com o multímetro.

I(mA)(2%)

I1 6,28

I2 -1,16

I3 7,47
Discussão

De acordo com as Tabelas 3 e 4, é possível observar uma grande proximidade


entre os valores das correntes I1, I2 e I3 obtidos através dos cálculos utilizando as Regras
de Kirchhoff, com as resistências e tensões do sistema dadas pelo multímetro e
relatadas nas tabelas 1 e 2, e os valores das correntes medidos com o multímetro.
Nesse sentido, vale ressaltar que se utilizarmos os valores de correntes I 2 e I3
medidos pelo multímetro, da Tabela 4, na Equação (1), a soma (I 2 + I3), ou seja, (–1,16
mA + 7,37 mA) deveria ser igual à I1, mas é igual à 6,31 miliamperes, se diferenciando
aproximadamente 0,5% do valor de I1 (6,28 mA), medido com o multímetro. Enquanto
que, se utilizarmos a Equação (1) com os valores de correntes calculados através das
Regras de Kirchhoff, o resultado é exato (7,35 mA – 1,14 mA = 6,21 mA). Isso se deve
ao fato de recorrermos à própria equação para calcularmos tal valor. Todavia, ao
compararmos o valor de I1 obtido através das Regras de Kirchhoff e o valor obtido
através do multímetro, além de as incertezas de cada um cobrir ambos os valores
obtidos, há uma pequena diferença de aproximadamente 1,2% entre eles, o que indica
uma grande proximidade entre os resultados.
As incertezas e os valores obtidos pelo cálculo das correntes I 2 e I3 pelas Regras
de Kirchhoff também cobre os valores obtidos através do multímetro, e vice-versa, o
que garante uma maior segurança nos resultados obtidos pelo multímetro e pelo
cálculo.
Seguindo o raciocínio acima, a divergência de valores pode ser reduzida com a
utilização de aparelhos de melhor exatidão, no entanto, obviamente, demandam de
um valor financeiro elevado. Isso não é necessário para essa situação, visto que o
resultado obtido já é satisfatório. Além disso, as incertezas foram calculadas e serão
apresentadas em anexo, visto que os elementos utilizados apresentam incertezas que
influenciam nos cálculos.
Conclusão

Diante do que foi exposto, percebe-se que valores das correntes elétricas
calculados teoricamente e os obtidos pelo multímetro se diferem, isso por que durante
qualquer processo de medição existem erros relacionados. No entanto, a diferença dos
resultados não se mostra problemática, representando menos de 1,5% no pior caso.
Logo, para essa situação a incerteza satisfaz o problema, mas existem casos em que há
de ser utilizado equipamentos mais precisos.
Anexo
● Cálculo das correntes elétricas pela Regra de Kirchhoff:

{ { {
I 1=I 2+ I 3 I 1 =I 2 + I 3 I 1=I 2+ I 3
ε 1 =R 1 I 1+ R 2 I 2 = ε 1=R1. ( I 2 + I 3 )+ R 2. I 2 = ε 1=I 2. ( R1 + R2 ) + I 3 . R1 =
ε 2=− R 2. I 2 + R2. I 3 ε 2=− R2. I 2 + R3. I 3 ε 2=− R2. I 2+ R 3. I 3

{ { {
I 1=I 2 + I 3 I 1=I 2 + I 3
I 1=I 2+ I 3
ε 1 − I 3 . R1 ε1 − I3 . R 1
ε1 − I 3 . R 1 =I 2 =I 2
=I 2 = R 1 + R2 .= R1 + R2 =
R 1 + R2
ε −I . R I .R −ε
ε 2=− R 2. I 2 + R3. I 3 ε 2=− R 2. 1 3 1 + R 3. I 3 ε 2=R2. 3 1 1 + R3. I 3
R 1+ R 2 R1 + R 2

{
I 1=I 2+ I 3
ε1 − I3 . R 1
=I 2 =
R 1 + R2
ε 2. ( R 1+ R 2) =R2. ( I 3 . R 1 − ε 1) + R 3. I 3 ( R 1+ R 2)

{ {
I 1=I 2 + I 3
I 1=I 2+ I 3
ε 1 − I 3 . R1
ε 1 − I 3 . R1 =I 2
=I 2 = R1 + R2 =
R1+ R 2
ε 2. ( R1 + R2 ) +ε 1 . R 2
ε 2. ( R 1+ R 2) =I 3 ( R1 . R2 + R1 . R3 + R2 . R 3) − ε 1 . R2 =I
R1 . R2 + R1 . R3 + R 2 . R 3 3

{ {
I 1=I 2 + I 3 I 1=I 2+ I 3
ε − I .R 3,03 − I 3 .668
I 2= 1 3 1 I =
R1 + R2 = 2
668+ 981 =
ε 2. ( R1 + R2 ) +ε 1 . R 2 6,02. ( 668+981 ) +3,03.981
I 3= I 3=
R1 . R 2 + R1 . R 3 + R2 . R3 668.981+ 668.667+981.667

{ {
I 1=I 2 + I 3 I 1 ≈ I 2 +0,007349291330687088
3,03 − I 3 .668 3,03 − ( 0,007349291330687088 ) .668
I 2= = I 2≈ =
1649 1649
I 3 ≈ 0,007349291330687088 I 3 ≈ 0,007349291330687088

{
I 1 ≈ I 2+ 0,007349291330687088
I 2 ≈ −0.001139676536627638 =
I 3 ≈ 0,007349291330687088

{
I 1 ≈ − 0.001139676536627638+ 0,007349291330687088
I 2 ≈ −0.001139676536627638 =
I 3 ≈ 0,007349291330687088

{
I 1 ≈ 0.00620961479405945
I 2 ≈ − 0.001139676536627638 amperes.
I 3 ≈ 0,007349291330687088
● Cálculo da Incerteza de I3

 Derivada parcial de I3 com ε1 como variável:


 Derivada parcial de I3 com ε2 como variável:

 Derivada parcial de I3 com R1 como variável:


• Derivada parcial de I3 com R2 como variável:

• Derivada parcial de I3 com R3 como variável:


• Fórmula geral para propagação de incertezas e valor da incerteza de I 3 pelas
Regras de Kirchhoff:

● Cálculo da Incerteza de I2

 Derivada parcial de I2 com ε1 como variável:


 Derivada parcial de I2 com R1 como variável:

 Derivada parcial de I3 com R2 como variável:


• Derivada parcial de I2 com I3 como variável:

• Fórmula geral para propagação de incertezas e valor da incerteza de I 2 pelas


Regras de Kirchhoff:
● Cálculo da Incerteza de I1

 Derivada parcial de I1 com I2 como variável:

• Derivada parcial de I1 com I3 como variável:


• Fórmula geral para propagação de incertezas e valor da incerteza de I 2 pelas
Regras de Kirchhoff:

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