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PROFESSOR
RICARDO ANTONOW JUNIOR
CRF/SC 10589
Farmacologia
A farmacologia faz parte da história da humanidade mesmo antes de ser conceituada, no momento em que o
homem começou a buscar a cura e a proteção das enfermidades. Na Grécia antiga, a prosperidade ou
pestilência de uma pessoa era atribuída aos caprichos dos deuses e o tratamento era atribuído aos que faziam
a ligação entre o mundo físico e o espiritual, como sacerdotes, curandeiros, santos e bruxas, que detinham o
papel de médico e farmacêutico. No século X, era tarefa do boticário examinar, prescrever e dispensar. A
partir do século XIX, com o desenvolvimento da química e da fisiologia, os princípios ativos começaram a ser
isolados e purificados e seus mecanismos de ação descritos, até a consolidação da farmacologia. Atualmente,
a indústria farmacêutica é uma das que mais crescem e faturam no mundo, existem inúmeras classes de
medicamentos para o tratamento das mais diversas doenças e há sempre novos fármacos em
desenvolvimento.
Remédio é qualquer “coisa” usada para aliviar determinado estado, ou seja, “tirar férias pode
ser um ótimo remédio para aliviar o estresse”. No entanto, não podemos dizer que “tirar férias”
é medicamento para aliviar o estresse porque não há estudos que comprovem que todo
indivíduo que tirar férias voltará desestressado!
O que é farmacologia?
Farmacologia vem do grego pharmakos, que significa droga, e logos, que remete a estudo.
Portanto, é a ciência que estuda como as substâncias químicas interagem com os sistemas
biológicos.
A história da farmacologia inicia na antiguidade. Inicialmente, não havia conhecimento ou
recursos para o entendimento da origem das doenças, ou para o uso racional das drogas. Por
isso, as doenças eram atribuídas ao sobrenatural e os remédios vinculados a tratamentos
ditados por sacerdotes de diversas religiões.
Um século depois de Cristo, havia ficado claro que as variações entre um extrato biológico e
outro variavam muito, mesmo quando preparado pela mesma pessoa. Outro problema era a
polifarmácia, muitos médicos acreditavam que as combinações das propriedades das drogas
poderiam compensar as deficiências do paciente beneficamente, fazendo com que muitas vezes
o paciente sofresse mais devido aos efeitos adversos do que devido à própria doença.
A origem das drogarias foi a partir do século X, com as boticas ou apotecas, como eram
conhecidas na época. O apotecário ou boticário desempenhava o papel de médico e
farmacêutico. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. Na Alexandria,
após período de instabilidade marcado por guerras, epidemias e envenenamentos, ocorre o
desenvolvimento da farmácia como atividade diferenciada. Desse modo, a farmacologia ganhou
grande impulso, principalmente no tratamento dos soldados abatidos nos campos de batalha e,
então, a profissão farmacêutica é separada da medicina, ficando proibido ao médico ser
proprietário de uma botica.
Com o desenvolvimento da química, no início do século XIX, surgem os métodos para isolamento de princípios
ativos puros a partir de drogas brutas. Em 1806, um jovem boticário alemão, Friedrich Serturner, isolou o
primeiro princípio ativo puro ao purificar a morfina a partir da papoula. A partir disso, diversos princípios ativos
começaram a ser isolados, como a emetina a partir da ipecacuanha, a quinina a partir da raiz da cinchona e, em
1856, a cocaína extraída a partir de folhas de coca (Erythroxylum coca). Com o isolamento dos princípios ativos
se iniciaram os estudos quantitativos de efeito das drogas e logo foi descoberta a função da relação dose-
resposta, em que quanto maior a dose, maior o efeito e maior a possibilidade de ocorrerem efeitos adversos.
Foi o aprimoramento da fisiologia que possibilitou que os estudos com métodos Conceitos básicos de
farmacologia 3 experimentais deixassem de focar na toxicidade e iniciassem a elucidação do mecanismo de
ação dos fármacos.
Farmacologia específica: estudos das drogas em grupos, de acordo com sua ação
farmacológica, por exemplo, fármacos que agem no sistema nervoso central.
Os efeitos da maioria dos fármacos são atribuídos à sua interação com os componentes
macromoleculares do organismo, como as proteínas, por exemplo. Essa teoria está incorporada
há mais de um século ao termo receptor ou alvo farmacológico.
O receptor, portanto, é a macromolécula com a qual o fármaco interage para produzir uma
resposta celular, ou seja, uma resposta farmacológica. Em sua maioria, os receptores estão
localizados na superfície das células, acoplados à membrana plasmática, e são macromoléculas
proteicas. Entretanto, também se encontram receptores intracelulares, a exemplo dos
receptores nucleares, e constituídos por outras macromoléculas, como os ácidos nucleicos que
agem como receptores de agentes quimioterápicos.
Essa interação fármaco-receptor e os efeitos desencadeados a partir dela são a base do estudo
da farmacodinâmica, enquanto a farmacocinética irá se preocupar em como o fármaco chega
até esse receptor e como será eliminado posteriormente pelo organismo.
Farmacocinética: é o estudo da velocidade com que os fármacos atingem o sítio de ação e são eliminados
do organismo, bem como dos diferentes fatores que influenciam na quantidade de fármaco a atingir o seu
sítio. Em resumo, estuda os processos metabólicos de absorção, distribuição, biodisponibilidade e
eliminação das drogas.
Uma vez que a farmacocinética é fundamental para a decisão da via de administração, dose e regime de
dose de um medicamento, a compreensão e a aplicação dos seus princípios ampliam a possibilidade de
sucesso terapêutico e reduzem a ocorrência de efeitos adversos dos fármacos no organismo
Há duas vias principais para a administração de fármacos: a enteral e a parental. A via entérica engloba as
administrações oral, sublingual e retal, enquanto a parental inclui as vias intravenosa, intramuscular,
subcutânea e intradérmica. A ingestão oral é o método mais comumente usado para a 2 Princípios básicos
da farmacologia Identificação interna do documento administração de fármacos, devido a sua segurança,
conveniência e economia. Entretanto, suas desvantagens compreendem a absorção limitada e irregular de
alguns fármacos, devido a interações medicamentosas e alimentares, bem como à necessidade de
cooperação por parte do paciente.
Farmacodinâmica
Remédio: “aquilo que cura”. Qualquer substância ou recurso utilizado para curar ou aliviar
doenças, sintomas, desconforto e mal-estar. Pode ser uma substância animal, vegetal, mineral
ou sintética; procedimento (ginástica, massagem, acupuntura, banhos); fé ou crença; usados
com intenção benéfica de tratar ou aliviar. Remédios são os cuidados que utilizamos para curar
ou aliviar os sintomas das doenças. Por exemplo, um banho morno e uma massagem podem ser
“remédios” para dores nas costas, assim como uma boa alimentação para desnutrição.
Fármaco ou princípio ativo: estrutura química conhecida com propriedade de modificar uma
função fisiológica já existente. É a parte ativa do medicamento, aquela que é responsável pela
ação farmacológica.
Efeito colateral: qualquer efeito não intencional de um produto farmacêutico que ocorra em
doses normalmente utilizadas em humanos relacionado com as propriedades farmacológicas do
fármaco. O efeito colateral é um tipo de RAM (reação adversa ao medicamento) previsível.
Interação medicamentosa: efeito resultante da interação entre dois fármacos, podendo como
resultado final, ocorrer aumento, redução, ou atenuação do efeito farmacológico de um ou mais
fármacos envolvidos.
Dose: é a quantidade de princípio ativo que se administra de uma só vez.
Etapas de passagem
Transporte de membranas
Sítios de ação
Difusão
▪ Prof.Ricardo Antonow Junior
▪ prof.Ricardo.antonow@unifacvest.edu.br
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