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Faculdade Anhanguera de Brasília – Asa Norte

Psicologia – 6° semestre, noturno

Resenha: Ansiedade na adolescência

Kelly Cristina Mendes Cardoso

Brasília – DF
Ansiedade na adolescência

A ansiedade é considerada como uma emoção desencadeada por uma


antecipação de perigo eminente, tensão e sofrimento, também por comportamentos
de luta ou fuga, como apresenta Davidoff (2001), ou mesmo uma resposta do ego
diante de uma situação de risco com o objetivo de se auto preservar, como pensava
Freud (1996).

É um fato que, por ser experiência natural do ser humano, ela será
experimentada por todas as pessoas e indispensável em situações de riscos reais,
tendo um importante significado adaptativo e evolutivo. Entretanto, a frequência e
intensidade determinam se a ansiedade está em um nível normal ou se transformou
em uma condição patológica, que apresenta diversos sintomas fisiológicos e
psicológicos, sendo reações de um processamento de determinada situação ou
pensamento, que apresenta risco ao sistema nervoso central. (DAVIDOFF, 2001;
DUMAS, 2011).

Os sintomas variam de acordo com o quadro, mas são semelhantes na


maioria dos casos, são: diarreia, suor excessivo, vertigem, perda dos sentidos,
tremores, irritação gástrica, alteração na frequência urinária, palpitações, agitação,
dentre outros. Os sintomas de ordem afetiva e comportamental também podem
incluir excesso de vigilância, preensão, insegurança, irritabilidade, sentimento de
desamparo, nervosismo etc. (HERDMAN, 2015; SADOCK; SADOCK, 2007). É
necessário verificar a extensão do sofrimento e do comprometimento da ansiedade
do contexto social e ocupacional do indivíduo, afirma Dalgalarrondo (2008).

A Organização Mundial da Saúde apontou, em 2017, que 9,3%, ou seja,


18.657.943 pessoas que vivem no país apresentam transtornos de ansiedade,
dados que conferiram ao Brasil o primeiro lugar no rol dos países mais ansioso do
mundo (OMS, 2017).

Em relação ao público adolescente, metade das doenças mentais se dão


início por volta dos 14 anos, que quando não diagnosticada e tratada, gera grande
sofrimento aos adolescentes afetados, segundo a segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS).

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Durante o processo de desenvolvimento, é normal que os adolescentes
experimentem alterações físicas, hormonais e emocionais. A adolescência, em
particular, é caracterizada por flutuações de humor que, geralmente, tendem a se
estabilizar ao longo dos anos. Nesse período de busca por identidade e
pertencimento, é comum ocorrerem conflitos familiares, o que pode aumentar a
vulnerabilidade do adolescente ao desenvolvimento de transtornos mentais (LOPES
KCSP e SANTOS WL, 2018; ALVES MI, et al., 2021).

Dessa forma, é considerável pensar no apoio e coletividade promovidos pelos


provedores de saúde, pelo núcleo familiar e ambiente escolar na qual o adolescente
está inserido. O apoio da rede é fundamental para que o indivíduo possa passar por
essa fase com segurança e acolhimento. Incentivo a atividades físicas e lazer
também são uma das formas de ofertar ao adolescente uma melhor qualidade de
vida e de bem-estar.

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Referências

DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. ed.


Porto Alegre: Artmed, 2008.

DAVIDOFF, L. L. Introdução à Psicologia. Tradução: Lenke Peres. 3. ed. São Paulo:


Pearson Makron Books, 2001.

FREUD, S. Obras completas de Sigmund Freud: estudo autobiográfico; inibições,


sintomas e ansiedade; a questão da análise leiga e outros trabalhos (1925-1926).
Volume XX. Tradução: Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1996.

HERDMAN, T. H. Enfrentamento/tolerância ao estresse. In: HERDMAN, T. H.;


KAMITSURU, S. (org.). Diagnóstico de enfermagem da NANDA: definições e
classificação 2015-2017. Tradução: Regina M. Garcez. 10. ed. Porto Alegre: Artmed,
2015. p. 303-347.

LOPES KCSP, SANTOS WL. Transtorno de ansiedade. Revista de Iniciação


Científica e Extensão, 2018; 1(1): 45-50.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Depression and other common mental


disorders: global health estimates. Geneva: WHO; 2017. Disponível em:
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/254610/1/WHO-MSD-MER-2017.2-eng.pdf.
Acesso em: 14 abril 2024.

SADOCK, B. J.; SADOCK, V. A. Kaplan & Sadock – Compêndio de psiquiatria:


ciência do comportamento e psiquiatria clínica. Tradução: Cláudia Dornelles et al. 9.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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