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1|Planejamento Semestral do SCFV para a Pessoa Idosa

CARLOS, DIÓGENES

PLANEJAMENTO SEMESTRAL DO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E


FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS PARA A PESSOA IDOSA. /DIÓGENES
CARLOS --- 2019.

OBRA PERTECENTE AO GRUPO ASSESSORIA NO SUAS

1. CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL; 2. SERVIÇO DE


CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS; 3. SISTEMA ÚNICO DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL

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Todo mundo deveria ser aplaudido de pé
pelo menos uma vez na vida, porque todos
nós vencemos o mundo.

August Pullman

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Introdução ....................................................................................................................................................... 06
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos .............................................................................. 07
O SCFV ........................................................................................................................................................ 07
Objetivos do SCFV ....................................................................................................................................... 08
Objetivos do SCFV para a Pessoa Idosa ..................................................................................................... 08
Público Prioritário ....................................................................................................................................... 08
Janeiro ............................................................................................................................................................. 10
A rede socioassistencial e a proteção social à pessoa idosa ...................................................................... 11
A Pessoa Idosa e o território........................................................................................................................ 14
Contando as nossas histórias ...................................................................................................................... 19
Criando uma rede de cuidado e proteção ................................................................................................... 23
Fevereiro.......................................................................................................................................................... 27
Sou idoso, sujeito em transformação e inserção ......................................................................................... 28
O idoso e o seu papel social, construindo espaços e oportunidades ........................................................... 32
Fortalecendo vínculos, criando raízes, forjando histórias ......................................................................... 36
Criando uma rede de cuidado e proteção .................................................................................................... 40
Março............................................................................................................................................................... 45
Baile de Carnaval ........................................................................................................................................ 46
O Brasil é um lugar igualitário para homens e mulheres? ......................................................................... 50
Igualdade de gênero, ninguém é inferior a ninguém .................................................................................. 54
Uso abusivo do álcool pela pessoa idosa .................................................................................................... 59
Abril ................................................................................................................................................................. 64
Quando a memória não é mais a mesma: discutindo sobre doenças demenciais ....................................... 65
Os SUAS e as seguranças afiançadas: conversando sobre os benefícios socioassistenciais ..................... 70
Brasil um pais de igualdade? ...................................................................................................................... 73
Hipertensão, prevenir continua sendo o melhor remédio ........................................................................... 79

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Maio ................................................................................................................................................................. 83
Crianças e adolescentes protegidos – construindo uma rede de proteção e solidariedade ....................... 84
Abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, uma morte em vida – Conversando sobre as
consequências biopsicossociais .................................................................................................................. 88
Uma rede de proteção à criança e ao adolescente ..................................................................................... 92
Prevenindo quedas na velhice ...................................................................................................................... 96
Junho ............................................................................................................................................................. 101
Dia mundial sem tabaco – os malefícios do uso do cigarro para a saúde do idoso ................................. 102
A Pessoa Idosa merece respeito, cuidado e proteção: Campanha de combate a violência contra a pessoa
idosa ........................................................................................................................................................... 107
Criando uma rede de cuidado – Identificando as violências contra a pessoa idosa. ............................... 111
O Sistema de Garantia de Direitos da Pessoa Idosa ................................................................................. 117

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Envelhecer...

Envelhecer é um processo inerente ao desenvolvimento humano, ele é a soma de estilo de vida e de


cuidados. Envelhecer, deve ser sinônimo de bem-estar e de qualidade de vida, precisamos envelhecer de
forma ativa, autônoma e saudável, onde podemos conviver, construir projetos de vida, pô-los em prática e
continuar contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do nosso país.
Infelizmente a velhice tem sido pensada, quase sempre, como um processo degenerativo, oposto a
qualquer progresso, como se nessa etapa da vida deixasse de existir o potencial de desenvolvimento humano.
O estereótipo tradicional da velhice é o de pessoas doentes, incapazes, dependentes, demenciadas, rabugentas
impotentes, um problema e ônus para a sociedade. Tais concepções acabam acompanhando o imaginário do
nosso povo e com isso vamos construindo barreiras arquitetônicas, mas principalmente construímos de forma
solida as barreiras atitudinais.
Infelizmente, mesmo depois de tantos ganhos sociais e civis, tal garantia parece ainda ser utopia,
vivemos em um território permeado por vulnerabilidades e riscos sociais, que impõem a pessoa idosa uma
angustia e sofrimento que vai além do corpo, elas estão presentes na alma desses sujeitos, fragilizados por
tantas violências que afetam a autoestima e a vitalidade da pessoa idosa. É preciso ainda trilharmos um longo
caminho de inclusão, de cuidado e de proteção da pessoa idosa, caminho este que precisa ser assumido pela
família, pela sociedade e pelo estado. É verdade que nos últimos anos, tivemos avanços significativos, temos
um estatuto que veio garantir dignidade e vida, uma política voltada a pessoa humana que pretende incluir e
oferecer serviços que promovam este envelhecimento ativo, autônomo e saudável.
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para a Pessoa Idosa, surge de forma
participativa e descentralizada, como um espaço que além de promover a convivência e a socialização, a
elevação da autoestima, promove o acesso e usufruto a direitos garantidos nos dispositivos legais vigentes
no nosso país, podendo assim contribuir para uma mudança de paradigmas e de atitudes.
Ao apresentarmos este planejamento, pretendemos oferecer pistas de reflexão para a pessoa idosa
usuário do nosso serviço, para a sua família e a comunidade em geral, da necessidade de se garantir vida e
vida digna a esta parcela tão significativa da nossa sociedade. E quem sabe um dia, teremos realizado o
nosso sonho de um dia o velho ser considerado lindo e que viva em uma nação onde as pessoas não serão
julgadas pelas rugas da sua pele, e sim pela beleza do seu caráter. Livres! Livres, enfim!
Por fim, este planejamento representa o esforço para materializarmos a proteção integral dos nossos
idosos, através da família que acolhe e protege, da sociedade que contribua para o acolhimento, o respeito e
principalmente para a efetivação de direitos e do estado para que efetive e garanta proteção ao idoso e as
suas famílias e ainda para contribuir para a efetivação de um sistema de garantia de direitos efetivo.
A garantia de uma velhice feliz e protegida, começa na infância e perpassa por todos os ciclos de
vida! Avante!

Diógenes Carlos – Técnico de Referência.

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Trata-se de um serviço da Proteção Social Básica do SUAS, regulamentado pela Tipificação Nacional
de Serviços Socioassistenciais (Resolução CNAS nº 109/2009). Foi reordenado em 2013 por meio da
Resolução CNAS nº01/2013.
Esse serviço é ofertado de forma complementar ao trabalho social com famílias que é realizado por
meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF) e do Serviço de Proteção e
Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI).
O SCFV possui um caráter preventivo e proativo, pautado na defesa e afirmação de direitos e no
desenvolvimento de capacidades e potencialidades dos usuários, com vistas ao alcance de alternativas
emancipatórias para o enfrentamento das vulnerabilidades sociais. Deve ser ofertado de modo a garantir as
seguranças de acolhida e de convívio familiar e comunitário, além de estimular o desenvolvimento da
autonomia dos usuários.
Os usuários do SCFV são divididos em grupos a partir de faixas etárias, considerando as
especificidades dos ciclos de vida. O trabalho nos grupos é planejado de forma coletiva, contando com a
participação ativa do técnico de referência, dos orientadores sociais e dos usuários. O trabalho realizado
com os grupos é organizado em percursos (para mais informações sobre a organização dos grupos do SCFV
em percursos, conferir a pergunta nº 38), de forma a estimular as trocas culturais e o compartilhamento de
vivências; desenvolver junto aos usuários o sentimento de pertença e de identidade; e fortalecer os vínculos
familiares, sempre sob a perspectiva de incentivar a socialização e a convivência familiar e comunitária.

02- Objetivos do SCFV.


Os objetivos gerais do SCFV são:
a) Complementar o trabalho social com família, prevenindo a ocorrência de situações de risco
social e fortalecendo a convivência familiar e comunitária;
b) Prevenir a institucionalização e a segregação de crianças, adolescentes, jovens e idosos, em
especial, das pessoas com deficiência, assegurando o direito à convivência familiar e
comunitária;
c) Promover acessos a benefícios e serviços socioassistenciais, fortalecendo a rede de proteção
social de assistência social nos territórios;
d) Promover acessos a serviços setoriais, em especial das políticas de educação, saúde, cultura,
esporte e lazer existentes no território, contribuindo para o usufruto dos usuários aos demais
direitos;
e) Oportunizar o acesso às informações sobre direitos e sobre participação cidadã, estimulando o
desenvolvimento do protagonismo dos usuários;

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f) Possibilitar acessos a experiências e manifestações artísticas, culturais, esportivas e de lazer,
com vistas ao desenvolvimento de novas sociabilidades;
g) Favorecer o desenvolvimento de atividades intergeracionais, propiciando trocas de experiências
e vivências, fortalecendo o respeito, a solidariedade e os vínculos familiares e comunitários
(para mais informações sobre percurso intergeracional, conferir pergunta nº 42).

03- Objetivos específicos do SCFV.

a) Contribuir para um processo de envelhecimento ativo, saudável e autônomo;


b) Assegurar espaço de encontro para pessoas idosas e encontros intergeracionais, de modo a
promover a sua convivência familiar e comunitária;
c) Detectar suas necessidades e motivações, bem como desenvolver potencialidades e capacidades
para novos projetos de vida;
d) Propiciar vivências que valorizem as suas experiências e que estimulem e potencializem a
capacidade de escolher e decidir.

04- Público Prioritário.

a) Pessoas idosas beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC);


b) Pessoas idosas de famílias beneficiárias de programas de transferência de renda;
c) Pessoas idosas com vivências de isolamento (para mais informações sobre situação de
isolamento, ver pergunta nº 16) por ausência de acesso a serviços e oportunidades de convívio
familiar e comunitário e cujas necessidades, interesses e disponibilidade indiquem a inclusão no
serviço.
d) Em situação de isolamento;
e) Vivência de violência e/ou negligência;
f) Em situação de acolhimento;
g) Situação de abuso e/ou exploração sexual;
h) Vulnerabilidade que diz respeito às pessoas com deficiência.

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Janeiro
2019

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Tema A rede socioassistencial e a proteção social à pessoa idosa. Data ____/______/______
Objetivos 1- Apresentar a rede socioassistencial a pessoa idosa;
2- Apresentar o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos voltado a pessoa idosa, seus
objetivos e metodologias;
3- Apresentar aos participantes do SCFV para a pessoa idosa a proposta de trabalho para o ano de 2019;
4- Criar regras de convivência;
5- Propiciar ao idoso espaço de trocas afetivas e fortalecimento de vínculos comunitários;
6- Propor estratégias para o rompimento das situações de isolamento social vivenciado pela pessoa idosa.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Cartolina ou papel madeira;
3- Flipchart;
4- Pincel atômico;
5- Fita gomada;
6- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
7- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
8- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;
9-

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;

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6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

7- Homenagem aos nossos companheiros que nos deixaram nos últimos anos: Prepare uma exposição com fotografias
grandes, emolduradas dos nossos colegas que nos últimos anos faleceram e deixaram suas marcas, memorias e laços no
grupo. Leia uma breve biografia de cada idoso, é um momento especial em que homenageamos a força, bravura de cada
um, mas que também introduzimos o tema da morte de forma simples, suave e serena como deve ser a morte. Enquanto é
feita a exposição e a leitura das bibliografias pode-se intercalar com uma música que retrate a emoção e a gratidão pela
vida de cada um deles.
8- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
9- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
10- Apresentação da equipe: O coordenador do CRAS aproveita este primeiro momento para apresentar aos idosos a equipe
de referência que os acompanhará durante o ano de 2019, enfatizando o orientador social e o técnico da referência que
acompanhara o desenvolvimento do grupo e por algumas vezes realizará atendimento individualizado, coletivo e domiciliar
a eles;

11- Dinâmica de apresentação do idoso: Autoqualificação.


MATERIAL: crachás-gigantes preenchidos com os nomes dos participantes, como pode haver muitos idosos que não
sabem ler, o orientador social pode providenciar uma foto e junto ao nome coloca-la, ou pensar em um crachá que poderá
ser impresso com a foto e com um espaço para a qualidade escolhida pelo usuário, ou caso seja impossível, os orientadores
sociais podem ajudar os idosos no preenchimento.
DESENVOLVIMENTO: O orientador:

ETAPA 1
1) pede que façam uma roda, na posição de pé ou sentada;
2) fala sobre a importância do nome de cada pessoa, como, por exemplo: “O nome é a primeira palavra que a criança escuta
desde muito cedo e que a diferencia das outras crianças. Muitas vezes, antes mesmo de nascer, as crianças já têm um nome.
Quando dizemos o nome de uma pessoa, estamos também lhe dizendo, naquele momento, que ela é uma pessoa única”;
3) sugere que, cada participante descubra uma palavra iniciada pela primeira letra de seu nome, que designe uma qualidade
sua, tais como: Lucinha: lindinha, Magda: mimosa, Chico: criativo;
4) determina um tempo de dois a três minutos para que cada integrante identifique sua qualidade (nesta fase explique que
os demais orientadores ajudarão os idosos que possuírem dificuldade na leitura e escrita);
5) pergunta se todos já encontraram a palavra e se algum participante disser que não, sugere a ajuda de outros integrantes;
6) torna a perguntar e se houver participantes com iniciais de nomes que sejam difíceis de encontrar qualidades, sugere a
troca da inicial do nome pela do sobrenome;
7) sugere, caso alguns participantes ainda encontrem dificuldade de identificar uma qualidade com uma inicial do seu
nome/sobrenome, que outros integrantes os ajudem.

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ETAPA 2
1) pede que cada participante diga seu nome e a qualidade escolhida, e que o grupo todo o repita, dizendo, por exemplo:
Paolo-pacífico;
2) escreve a qualidade escolhida no crachá do participante e continua até que todos tenham se apresentado e os respectivos
nomes estejam escritos.

12- Dinâmica de quebra gelo.


Desenvolvimento: 1. Disponha o grupo em dois círculos (um dentro do outro) com igual número de participantes. Havendo
número ímpar, destaque um participante para coordenar a atividade;
2. O círculo interior deverá voltar-se para frente, para o exterior, ficando cada participante com outro à sua frente;
3. Informe que, ao seu sinal (ou do colega destacado para conduzir), o círculo exterior deverá mover-se para a esquerda e
o interior, para a direita;
4. Explique os códigos que usará como comandos e as respectivas ações a serem realizadas.
A=Cumprimento cerimonioso com aperto de mãos.
B=Sinal de "positivo" com o dedo polegar.
C= Abraço protocolar acompanhado de tapinhas nas costas.
D=Abraço forte.
5. Faça os círculos girarem conforme combinado. A cada comando, os movimentos dos círculos deverão cessar e a ação
deverá ser realizada pela dupla que ficar um a frente do outro.
6. Diga os comandos ora alternados, ora os repetindo a fim de dar mais dinamismo à atividade.
7. Verbalize a vivência com o grupo.

1- Para a realização desta atividade, onde será apresentado o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para
a pessoa idosa, suas metodologias, objetivos e nuances, seria importante que o técnico de referência do serviço o faça,
uma vez que tratará de uma exposição mais técnica e que deverá ser pautada pela simplicidade na exposição, linguagem
acessível ao idoso, de forma lúdica e breve. Para intermediar este primeiro momento sugiro algumas indagações que
podem ser feitas ao idoso e assim proporcionar uma rica roda de conversa:
 Nas comunidades em que vocês moram, vocês conhecem outros idosos? São muitos?
 O que os idosos costumam fazer nas suas comunidades? Sentam na calçada, nas praças, jogam dominó, baralho,
vão as igrejas?
 Vocês acham que as nossas comunidades são favoráveis para que o idoso tenha autonomia? Ou seja, consigam se
locomover sozinhos sem pôr em risco sua integridade física e mental? As calçadas e ruas são acessíveis ao idosos
que possui dificuldade de locomoção? As instituições, sejam elas públicas ou privadas (igrejas, postos de saúde,
CRAS, Escolas, clubes, etc.), oferecem acessibilidade ao idoso?
 Nas comunidades de vocês, existem espaços que congreguem idosos, sejam para a prática de atividades físicas,
dança, baile, grupos informativos, ou outras atividades informativas, culturais e esportivas para a pessoa idosa?
 Vocês acham que os jovens respeitam os idosos, tratando-os bem, de forma gentil e civilizada como deve ser?
 Vocês conhecem o Estatuto da Pessoa Idosa e a Lei Nacional do Idoso? Se sim, peça que falem algo que lá está
garantido, não precisa ser tal qual estar na Lei, mas trazer a essência.
 Vocês acham que as garantias previstas no Estatuto do Idoso e na Lei Nacional do Idoso são efetivadas?
 Alguém aqui já ouviu falar de Benefício da Prestação Continuada para a Pessoa Idosa? E a aposentadoria para o
segurado especial?
 Quando jovens o que mais vocês gostavam de fazer?
 Vocês conhecem idosos que não conseguem se locomover sozinhos e que passam a maior parte do tempo em
casa?
 Vocês conhecem idosos que são desrespeitados pelos seus filhos, amigos, vizinhos, cuidadores?
 Se você pudesse mudar uma coisa na sua comunidade para que o idoso fosse mais respeitado, o que você mudaria?

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Tome nota de todas as respostas trazidas pelo idoso, de modo que elas posteriormente contribuirão para o
aprimoramento do nosso planejamento, bem como, para a reformulação, adequação e atuação da equipe
técnica do SCFV e do PAIF.

2- Roda de conversa com exposição: O técnico de referência poderá preparar um esquete teatral, uma contação de história
ou uma roda de conversa sobre o SCFV para a pessoa idosa, considerando suas metodologias e objetivos, para tanto,
sugerimos o seguinte esquema:
 A Política Nacional de Assistência Social: Pode-se compartilhar o artigo 203 e 204 da Constituição Federal de
1988, que trata sobre a Assistência Social é importante fazer um link com as especificações na Política Nacional
de Assistência Social em garantia a pessoa idosa, como público prioritário e das atribuições da PNAS no que tange
a Lei Nacional da Pessoa Idosa e no Estatuto da Pessoa Idosa;
 O Sistema Único de Assistência Social: Considere os serviços, programas, projetos e benefícios à pessoa idosa,
sempre de forma objetiva, clara e suscita (em outros encontros falaremos em especifico de cada um), apresenta-
se a organização em Proteções (Básica, Especial de média e alta complexidade), e dentro de cada uma delas
pincela-se os serviços ofertados (PAIF, PAEFI, Abrigos, etc.);
 A Proteção Social Básica – O Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família – PAIF e o SCFV: Neste
tópico o técnico deverá tratar sobre o PAIF enquanto proteção, atendimento e acompanhamento das famílias que
vivenciam situações de vulnerabilidades sociais (pode-se tratar as situações relativas a forma como a sociedade
não inclui a pessoa idosa, a ausência de equipamentos/espaços em que os idosos compartilhem suas histórias, se
sentam valorizados e possam construir e fortalecer vínculos comunitários [ausência de praças públicas, academia
da saúde, clubes recreativos e esportivos, espaço para a pratica de caminhada/cooper, CRAS, CREAS, Centro
POP, Centro de Convivência, etc. voltadas a pessoa idosa], isolamento social, auto isolamento social, etc.) e os
riscos sociais (negligência, violência doméstica, violência institucional, autonegligência, violência patrimonial,
etc), e como esse atendimento ou acompanhamento é realizado. Apresenta o SCFV, seus objetivos e as
metodologias a serem adotadas neste ano.
3- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado
dos demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e
lúdicos. Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando,
resmungando, cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o
momento não ultrapasse 30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos.
Concluída a exposição dos temas, deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual,
espaços de jogos de tabuleiro, dominó, baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras,
palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma
dessas atividades, possa conversar com os seus pares, com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência,
lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático, não participa como esperado, possui o seu ritmo de
participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema A Pessoa Idosa e o território Data ____/______/______
Objetivos 1- Realizar o mapeamento da pessoa idosa no território de desenvolvimento do SCFV voltados a pessoa
idosa;
2- Levantar dados para o Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família;
3- Conhecer os idosos que vivenciam isolamento social no território;
4- Tornar a pessoa idosa participante do SCFV coautora da proteção integral a pessoa idosa;
5- Conhecer o território e suas nuances de inclusão e exclusão social;
6- Despertar nos participantes do SCFV a resiliência e a cooperação.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Mapa do território do CRAS ou dos usuários do SCFV;
3- Mapa do território de cada grupo de idosos que será usado no trabalho em grupo;
4- Tarjetas de papel para que os idosos escrevam as vulnerabilidades, potencialidades existentes no
território;
5- Fita gomada;
6- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
7- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
8- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;

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6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular da Música Paz.


O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica de apresentação do idoso: Cesta de frutas:
 ESTÍMULOS: atenção, expressão verbal, integração grupal, lateralidade, lúdicos e memorização.
 MATERIAL: crachás-gigantes preenchidos com os nomes dos participantes.
 DESENVOLVIMENTO: O orientador: 1) orienta que formem uma roda, na posição de pé ou sentada; 2) inicia
perguntando o nome das pessoas que estão à direita e à esquerda;
3) estimula a fixação dos nomes, perguntando algumas vezes, de forma lúdica: “Qual o nome da pessoa que está
a sua direita? Qual o nome da pessoa que está a sua esquerda? Como é o seu rosto? É um homem, é uma
mulher?”;
4) solicita, em seguida, que o grupo escolha três frutas, por exemplo, laranja, maçã e limão;
5) explica que a palavra “laranja” vai se referir à pessoa que está se apresentando; “maçã”, ao participante que
está à direita, e “limão”, ao participante que está à esquerda.
ETAPA 2
1) orienta que o primeiro participante indicado diga seu nome e, em seguida, a fruta. Exemplo: Viviane,
“laranja”;
2) pede, em seguida, que, cada um diga o nome do participante que está a sua direita, seguida de maçã.
Exemplo: Karen, “maçã”;
3) logo após, solicita que se faça o mesmo com o participante que está a sua esquerda, seguida de limão.
Exemplo: Irene, “limão”;
4) orienta para que o próximo participante, nesse caso, Karen, dê continuidade ao exercício, dizendo: Karen,
“laranja”, Maria, “maçã” e Viviane, “limão”. Desse modo, cada participante falará: 1º) o seu nome e o nome da
sua fruta;
2º) o nome da pessoa que está à direita e o nome de sua fruta;
3º) o nome da pessoa que está à esquerda e o nome de sua fruta;

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5) esclarece que, caso o participante esqueça o nome da fruta escolhida pela pessoa que está a seu lado, o grupo
pode ajudar.

ETAPA 3

1) coloca-se no centro da roda e vai indicando os participantes que vão se apresentar ou pode seguir uma
sequência, por exemplo, para a direita;
2) na primeira rodada de nomes, dá-se um ritmo lento ao jogo;
3) a partir da segunda rodada, pode-se acelerar o andamento do jogo;
4) após algumas rodadas, ele também pode pedir a alguns participantes que troquem de lugar na roda.

VARIAÇÃO: o orientador pode escolher outras categorias de palavras e contextualizar sua escolha, como nos
exemplos que seguem:
a) frutas regionais: manga, cajá e jaca;
b) elementos da natureza: lua, sol e mar;
c) flores: margarida, rosa e jasmim;
d) cores: azul, vermelho e branco;
e) pedras preciosas: rubi, safira e topázio;
f ) sentimentos: paz, alegria e amor.

10- Dinâmica de quebra gelo – O feitiço virou contra o feiticeiro.

Desenvolvimento: Forma-se um círculo, todos sentados, cada um diz uma tarefa que gostaria que seu companheiro da
direita realizasse. Após todos terem falado, o feitiço vira contra o feiticeiro: quem irá realizar a tarefa é a pessoa que disse
a tarefa.

1- Comece a atividade perguntando aos idosos: Se vocês fosse prefeito, governador ou presidente da república por um
dia o que você faria para mudar ou propor alguma política pública (ações, serviços, benefícios) para a pessoa idosa, o
que você iria propor?
O orientador deve colher todas as propostas, escrevendo-as em um papel madeira ou cartolina para que fique visível a
todos.
Analise com os idosos se as propostas são respostas a problemas existentes, ou são alternativas para que o idoso amplie
o seu repertório cultural, artístico, lúdico?
2- Para mediar a segunda atividade e que se desenvolvera a partir da coleta de informações abaixo, inicie uma breve roda
de conversa com os idosos sobre três pontos:
 Nos nossos territórios existe a presença do estado com a oferta de serviços públicos voltadas a pessoa idosa? E
a iniciativa privada, desenvolve atividades voltadas a pessoa idosa, sejam elas públicas ou privadas?
 Nos nossos territórios encontramos oportunidades para que a pessoa idosa envelheça de modo ativo, autônomo
e saudável?
 Existem situações que impedem que os idosos envelheçam de forma saudável, como violência física,
psicológica, negligência, violência patrimonial, xingamento nas ruas que envolvem pessoas idosas? As
crianças, os jovens e os adultos da comunidade respeitam a pessoa idosa? Eles oferecem o assento no transporte
público, respeitam as prioridades nos serviços públicos e privados? Existem idosos que residem em
comunidades distantes, sem acesso a atividades de lazer, saúde, educação, cultura, esportes? Você conhece
algum idoso na comunidade que não consegue se locomover? Você conhece algum idoso que não é cuidado
como precisa e merece? Você conhece algum idoso que os filhos são grosseiros, desrespeitadores? Você
conhece algum idoso que faz uso de bebidas alcoólicas continuamente? E idosos que estejam doentes e não
vão ao serviço de saúde? Tome nota, anote os nomes dos idosos que vivenciam tal situações e tome nota.

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No território de vocês, existem idosos que já foram vítimas de empréstimos fraudulentos? De idosos que tiveram
que fazer empréstimos pelo fato dos filhos, netos, parentes ou amigos exigirem? Existem donos de
comerciarias, bodegas, mercantis, que ficam com o cartão do benefício do idoso? Existe falta de médico na sua
comunidade? Falta remédios na farmácia básica?
Entre outras perguntas que tem como objetivo observar as vulnerabilidades e riscos sociais existentes.

Obs.: As perguntas serão direcionadas apenas para motivar a reflexão dos idosos no tocante, deixe que as
respostas na roda de conversa sejam generalistas, sem fazer referência a ninguém em particular. Já quando
estiverem nos grupos ai sim, o orientador social que estiver participando de cada um dos grupos direcionam as
perguntas mais para o campo privado.

3- Atividade 2- Analise do território em grupos: Divida os participantes em grupos de acordo com o território em que
vivem, pode ser um bairro, uma comunidade rural, um distrito. Ou se todos residem na mesma comunidade, sítio, vila,
distrito ou bairro o grupo pode ser dividido em três grupos, considerando:

Geral: Caso os idosos residam em um único bairro ou comunidade, o grupo deve ser dividido em 03 subgrupos
aleatoriamente, o grupo 01 avaliará os serviços; o grupo 02 as oportunidades e potencialidades e o grupo 03 as
vulnerabilidades e riscos sociais, como segue:

Serviços: 1- Você acha que a presença do estado na sua comunidade é efetiva? Tem posto de saúde? Escolas?
Distribuição de medicamentos? Médico? Enfermeiro? Dentista? Geriatra (pode considerar o município como um
todo), Serviço de saúde mental? Fisioterapia e reabilitação física? Transporte público? CRAS? CREAS? Centro
POP? SCFV? Praças públicas? Campo de futebol? Academia da saúde? Clubes esportivos/ Hidroginástica? A sua
rua possui agua encanada? Eletricidade? Calçamento? Sistema de Esgoto?; Etc.
Obs: Cada resposta deve ser anotada em uma filipeta e afixado no mapa do território.
Oportunidades e potencialidades: Associativismo? Agricultura familiar? Artesanato? Solidariedade? Turismo?
Movimentos religiosidade? Doceiras artesanais? Comércio? Restaurantes e Bares? Microempresas? Oficinas
mecânica? Panificadora? Serviço de transportes? Cooperativas? Etc.?
Obs: Cada resposta deve ser anotada em uma filipeta e afixado no mapa do território.
Vulnerabilidades e riscos sociais: Existem situações que impedem que os idosos envelheçam de forma saudável,
como violência física, psicológica, negligência, violência patrimonial, xingamento nas ruas que envolvem pessoas
idosas? As crianças, os jovens e os adultos da comunidade respeitam a pessoa idosa? Eles oferecem o assento no
transporte público, respeitam as prioridades nos serviços públicos e privados? Existem idosos que residem em
comunidades distantes, sem acesso a atividades de lazer, saúde, educação, cultura, esportes? Você conhece algum
idoso na comunidade que não consegue se locomover? Você conhece algum idoso que não é cuidado como precisa e
merece? Você conhece algum idoso que os filhos são grosseiros, desrespeitadores? Você conhece algum idoso que
faz uso de bebidas alcoólicas continuamente? E idosos que estejam doentes e não vão ao serviço de saúde? Tome
nota, anote os nomes dos idosos que vivenciam tal situações e tome nota. No território de vocês, existem idosos que
já foram vítimas de empréstimos fraudulentos? De idosos que tiveram que fazer empréstimos pelo fato dos filhos,
netos, parentes ou amigos exigirem? Existem donos de comerciarias, bodegas, mercantis, que ficam com o cartão do
benefício do idoso? Existe falta de médico na sua comunidade? Falta remédios na farmácia básica?
Obs: Cada resposta de forma generalista deve ser anotada.

Por território/comunidades: Se o grupo for formado por idosos de diversos bairros e territoirios, recomenda-se que
os dividam em grupos de acordo com o seu bairro, comunidade, ou distrito, para a realização da atividade, neste cada
grupo avaliará os três tópicos abaixo:

Serviços: 1- Você acha que a presença do estado na sua comunidade é efetiva? Tem posto de saúde? Escolas?
Distribuição de medicamentos? Médico? Enfermeiro? Dentista? Geriatra (pode considerar o município como um
todo), Serviço de saúde mental? Fisioterapia e reabilitação física? Transporte público? CRAS? CREAS? Centro
POP? SCFV? Praças públicas? Campo de futebol? Academia da saúde? Clubes esportivos/ Hidroginástica? A sua
rua possui agua encanada? Eletricidade? Calçamento? Sistema de Esgoto?; Etc.
Obs: Cada resposta deve ser anotada em uma filipeta e afixado no mapa do território.
Oportunidades e potencialidades: Associativismo? Agricultura familiar? Artesanato? Solidariedade? Turismo?
Movimentos religiosidade? Doceiras artesanais? Comércio? Restaurantes e Bares? Microempresas? Oficinas
mecânica? Panificadora? Serviço de transportes? Cooperativas? Etc.?
Obs: Cada resposta deve ser anotada em uma filipeta e afixado no mapa do território.
Vulnerabilidades e riscos sociais: Existem situações que impedem que os idosos envelheçam de forma saudável,
como violência física, psicológica, negligência, violência patrimonial, xingamento nas ruas que envolvem pessoas

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idosas? As crianças, os jovens e os adultos da comunidade respeitam a pessoa idosa? Eles oferecem o assento no
transporte público, respeitam as prioridades nos serviços públicos e privados? Existem idosos que residem em
comunidades distantes, sem acesso a atividades de lazer, saúde, educação, cultura, esportes? Você conhece algum
idoso na comunidade que não consegue se locomover? Você conhece algum idoso que não é cuidado como precisa e
merece? Você conhece algum idoso que os filhos são grosseiros, desrespeitadores? Você conhece algum idoso que
faz uso de bebidas alcoólicas continuamente? E idosos que estejam doentes e não vão ao serviço de saúde? Tome
nota, anote os nomes dos idosos que vivenciam tal situações e tome nota. No território de vocês, existem idosos que
já foram vítimas de empréstimos fraudulentos? De idosos que tiveram que fazer empréstimos pelo fato dos filhos,
netos, parentes ou amigos exigirem? Existem donos de comerciarias, bodegas, mercantis, que ficam com o cartão do
benefício do idoso? Existe falta de médico na sua comunidade? Falta remédios na farmácia básica?
Obs: Cada resposta de forma generalista deve ser anotada.

Concluída a montagem dos mapas, os idosos retornam a plenária e faz-se a apresentação.

4- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado
dos demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e
lúdicos. Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando,
resmungando, cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o
momento não ultrapasse 30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos.
Concluída a exposição dos temas, deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual,
espaços de jogos de tabuleiro, dominó, baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras,
palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma
dessas atividades, possa conversar com os seus pares, com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência,
lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático, não participa como esperado, possui o seu ritmo de
participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Contando as nossas histórias Data ____/______/______
Objetivos 1- Definir regras de convivência, proporcionando uma convivência saudável e harmoniosa;
2- Colher as expectativas dos idosos em relação ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos;
3- Construir planejamento participativo;
4- Dar vez e voz a pessoa idosa na construção do SCFV;
5- Sensibilizar a pessoa idosa para o empoderamento e a autonomia.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Cartolina para as regras de convivência;
3- Cartolina para a chuva de ideias;
4- Papel madeira;
5- Revistas, livros e jornais velhos;
6- Tesoura;
7- Cola;
8- Lápis de cor;
9- Canetinhas coloridas;
10- Flipchart;
11- Fita gomada
12- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
13- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
14- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
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5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. Imagine-se
próximo de um rio com águas bem quentinhas. As águas dão a impressão de muita calma. Observe à sua volta, plantas de
beleza fulgurante: coqueiros, bambus e pés de Ipê com pequeninas flores de cor roxa. Prepare-se para entrar no rio e
realizar o contato com as águas. Nade para um lado para o outro, suavemente. Sinta a água bem quentinha relaxando seu
corpo. Continue nadando mansamente, com braçadas firmes. Observe o movimento das águas e identifique-o a seus
sentimentos e pensamentos. Com a sensação do corpo em contato com a água, perceba as ideias que vêm à sua mente.
Observe atentamente. Associe esse movimento a lembranças anteriores. Sinta a beleza das águas, de cor límpida e
cintilante. Veja como a água, de encontro ao seu corpo, provoca reações agradáveis na sua pele e na sua respiração.
Associe essa sensação às suas lembranças, o contato com a água, os pensamentos que vêm à imaginação. Nade lentamente
até o ponto que escolher, e aí permaneça. Respire profundamente. Traga até você votos de ânimo e confiança. Relaxe.
Quando se sentir em segurança, solte o corpo, alongue os braços, firmando as mãos na borda do rio. Descanse o corpo
na borda, dobrando cuidadosamente os joelhos. Solte o corpo. Relaxe. Bem devagar repita o movimento, alongue o corpo
para o lado direito, para o lado esquerdo e observe o que esse movimento provoca em você: lembranças, ideias, fatos.
Atentamente associe esse movimento a passagens anteriores da sua vida e esteja atento as impressões que esse movimento
corporal provoca em você. Vá registrando suas ideias. Cada ponto que você vai lembrando serve como base para novas
ideias que irão surgindo. Solte o corpo, relaxe, vibre a seu favor, trazendo pensamentos de firmeza e otimismo. Vá agora
alongando o pescoço, movimentando-o para todos os lados. Verifique como se sente, o que esse movimento desperta em
você. Concentre sua energia em trazer para o seu corpo o equilíbrio que tanto pode lhe beneficiar. Relaxe. Tranquilize-
se. Agora relate a sua experiência

7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
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8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – Cumprimento do atleta.
ESTÍMULOS: equilíbrio, expressão afetivo-verbal, integração grupal, olhar e reforço da autoestima.
MATERIAL: crachás-gigantes preenchidos com os nomes dos participantes.
DESENVOLVIMENTO: O facilitador:
1) solicita que façam uma roda e se ponham de pé;
2) pede que os participantes escolham seus pares, sem se deslocar do lugar em que estão na roda;
3) orienta que os “cadeirantes” devem realizar a dinâmica sem sair do lugar na roda, sendo localizados por seus pares;
4) esclarece: lentamente, os participantes devem se olhar, aproximar-se e se dar a mão direita, à semelhança do
cumprimento dos atletas (as mãos ficam elevadas à altura do peito);
5) em seguida, explica que, mantendo a conexão de mãos e de olhar, cada pessoa do par se apresente. Exemplo: “Lucas,
eu sou Luíza! Luíza, eu sou Lucas!”;
6) após a primeira apresentação, pede que as pessoas se desloquem na sala e cumprimentem outros participantes.
PALAVRAS-CHAVE: importância do nome; solenidade; cumprimento; atleta; conexão; mãos; olhar; força; presença;
dignidade.
MÚSICA: • Chariots of fire (Title). Intérprete: Vangelis. In: Chariots of fire. Faixa 1. 3min34.

10- Dinâmica de quebra gelo –Cara a cara, costa a costa.

Material: Nenhum
Desenvolvimento: 1. O facilitador deve solicitar que os participantes formem um círculo, em seguida explicar que a
dinâmica possui diversos comandos.
2. Primeiro comando - Todas as vezes que o facilitador disser "formar duplas", os participantes devem procurar um
companheiro para formar uma dupla.
3. Segundo comando- Quando o facilitador disser "cara a cara", os participantes devem ficar frente a frente com o seu
parceiro de dupla.
4. Terceiro comando - Quando o facilitador disser "costa a costa ", as duplas deverão ficar com as costas juntas. 5. Quarto

comando - Assim que o facilitador disser "mudar dupla ", cada participante deve formar dupla com outro.
6. Quinto comando- O facilitador diz "círculo" e todos formam um grande círculo. Observação: Nesta dinâmica é
importante que haja número par de participantes. Caso seja ímpar, a pessoa que fica sem par vai ao centro do círculo e dá
os comandos, e na próxima formação de duplas tenta formar dupla com alguém. A pessoa que fica sem dupla toma seu
lugar

1- Roda de conversa: Pergunte aos idosos o que eles acham de regras, se elas são importantes para a convivência no grupo?
Se elas contribuem para que haja harmonia e companheirismo? As regras ajudam a nos respeitarmos e respeitarmos os
demais?
A partir do que o grupo for expondo o que acham das regras, informe que hoje trataremos sobre as regras do grupo em que
precisamos determinar para segui-las, por isso precisam ser regras claras e objetivas.
Quando os idosos foram falando as regras que eles julgam relevantes para o desenvolvimento da atividade, vá tomando
nota em um papel madeira ou cartolina, não discuta ainda com os idosos as regras que cada um vai expondo, se alguém
quiser intervir, peça um pouco de calma pois logo em seguida serão discutidas as regras. Terminando a exposição das
regras que o grupo julgar relevante para a harmonia e uma boa relação grupal, o orientador informará aos idosos que o
grupo deverá escolher entre 04 e 05 regras, por isso, as regras serão colocadas em votação. É importante observar as regras
repetidas ou que transmitam em si a mesma mensagem. Pode-se também abrir espaço para que os que expuseram suas
ideias (regras) possam defende-las. Com a escola, o orientador social, deverá dispor de um novo cartaz (cartolina ou papel
madeira) onde será exposta as regras de convivência do grupo. Lembre-se que este cartaz deve estar sempre presente nos
encontros do grupo.

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2- Concluída a elaboração das regras de convivência do grupo, deverá passar para a segunda etapa do grupo que é a coleta de
expectativas relacionadas ao grupo. Para a realização desta atividade, será usado a metodologia de corte e colagem. O
grupo será dividido em subgrupos de 02 a 04 pessoas, ou um número maior dependendo do tamanho do grupo, da estrutura
física onde é realizada o encontro.
Divida o grupo em subgrupos;
Explique o objetivo da atividade, ou seja, encontrar nas revistas, livros e jornais, figuras relativas as expectativas do grupo
quanto as atividades e temas que eles desejam que sejam trabalhados no grupo. Informe que os participantes poderão usar
imagens, trechos de reportagens, frases, palavras, desenhos, etc., a estratégia que eles julgarem mais relevante.
Oriente que os subgrupos, discutam sobre as imagens, desenhos ou frases escolhidas e quais eles julgam importantes e
possíveis de serem realizados, escolhendo assim de 2 a 3 sugestões de atividades;
Após a realização da escolha no grupo, todos os subgrupos deverão expor suas propostas, que serão anotadas pelo
orientador social. Realizada a amostra das propostas ao grupo pelos próprios idosos, o orientador social, deverá analisar as
propostas repetidas, em seguida colocará todas as propostas em um cartaz e os levará a eleição pelo grupo, quanto as
possíveis de serem realizadas e o grau de prioridade a ser escolhido pelo grupo. Exemplo, o grupo 01 sugeriu que fosse
realizado uma roda de conversa sobre uso do álcool na velhice, a proposta 02, refere-se a realização de intercâmbio entre
os idosos do CRAS 01 e CRAS 02, na eleição pelo grupo, foi decidido que a proposta 02 tem maior prioridade que a
proposta 01.

3- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Criando uma rede de cuidado e proteção Data ____/______/______
Objetivos 1- Refletir com o idoso o seu papel social no desenvolvimento e aprimoramento da sociedade;
2- Identificar e encaminhar pessoas idosas com qualquer sintoma de transtornos emocionais ao serviço de
saúde;
3- Prevenir a ocorrência de isolamento social e suicídio na velhice;
4- Propiciar espaços para que o idoso possa sentir-se pertencente ao grupo;
5- Propiciar espaços para que o idoso possa reescrever histórias;
6- Identificar e apoiar as pessoas idosas em situação de isolamento social.
Técnico
responsável
Profissional Psicólogo, psiquiatra ou outro profissional da saúde mental.
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3-
4- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
5- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
6- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:

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Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. NATUREZA
Imagine-se em um local cheio de árvores. Algumas são baixas, outras médias e altas. Observe que mesmo as de baixo porte
mantêm as mesmas características das outras, a não ser pela altura. Fique por um tempo próximo às árvores, observe o
tamanho delas. De onde você está perceba as folhas, o tronco, os galhos. Relaxe.
Continue admirando o espaço, olhe as pequenas variações de tons do solo, a cor, a textura, alternâncias no amontoado das
terras. Invariavelmente os pássaros pousam nas árvores a cada momento, especialmente nas mais baixas. Veja ainda que,
ao pousar na árvore, logo revoam sobre o chão apanhando grãos, e nas árvores, bicando as folhas e flores ou apanhando
restos de alimentos por ali esparramados. A chuva caída há pouco trouxe umidade, enxurrada e lama, os pássaros se
aproveitam dessa doação. A interação é belíssima, observe e relaxe. Associe esse processo de interação com o seu próprio
corpo, visualizando o seu espaço de vida e de desenvolvimento: como está atualmente; como tem sido; que maneira tem
encontrado para atuar no campo ambiental, cultural, social, psicológico, profissional.
Continue acompanhando o movimento dos pássaros. Muitas vezes observar a natureza auxilia na melhor compreensão de
nós mesmos e na expansão do senso de realidade. A temperatura é a ideal. O chão lavado diminui o calor e propicia a
chance da revoada e pouso na terra a qualquer instante. O ir e vir é constante e deixa no chão as marcas das patas pequeninas,
mas firmes, de cada um desses animais. O burburinho é constante. Cada um tem intenção de comunicar-se, mostrando ao
outro as suas próprias expectativas durante o encontro social. Relaxe. Focalize sua atenção em algum desses pássaros
perceba o movimento dele, os detalhes de cor, tamanho, perfil e forma de interação.
Veja o tipo de energia que ele irradia e a sensação, sentimento que inspira em você. Agora tente identificar se você tem
alguma semelhança com esse animal. Observe também as características consideradas negativas. Analise como se sente
diante das características positivas e negativas identificadas. Veja a possibilidade de alargar sua memória e buscar
momentos de sua própria vida que se assemelhem a esses que você está vivenciando. Caso consiga rememorar algum fato,
coloque nele a sua atenção plena. Procure observar como se sentia na ocasião, o que o fato despertava em você, a atuação
individual e grupal e a influência de tais atitudes na sua vida. Ao mesmo tempo que rememora, vá observando atentamente
o movimento dos pássaros. Relaxe. Contemple-os indo uns ao encontro dos outros, em harmonia. Voando de galho em
galho. Voar significa planar, alçar voo rumo a horizontes. Pousar significa assentar, redimensionar a energia para um lugar
seguro, propiciando o próximo passo a ser realizado, rumo a horizontes plenos de vida e de amor.
A possibilidade do movimento espontâneo garante a sensação de liberdade, do “novo”.
Permanecer dá a possibilidade de novas descobertas em conjunto, aproveitando o que cada um tem de melhor, o que tem
de interessante e produtivo.
Relaxe e avalie as suas próprias possibilidades de crescimento. Pense no fortalecimento do seu potencial de criatividade e
de autoconhecimento. Relaxe. Solte os seus músculos, solte a sua imaginação, sinta-se flutuando como os pássaros e, nesse
vôo, veja a satisfação que seu corpo sente. Permita-se flutuar. O seu corpo, ao flutuar, se expande, relaxando e absorvendo

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da atmosfera as alternativas de melhoria de tensões, de diminuição de possíveis conflitos ou ansiedade. Solte. Relaxe.
Sinta-se em paz, seguro e feliz. Relaxe.
Enquanto você está na sua própria visualização de vôo, o grupo que estava sendo observado recebe a chuva que cai
novamente e serve para dispersar o grupo. É o momento de cada um procurar novos rumos.
Lentamente vá retornando do relaxamento. Sinta o seu corpo no colchonete. Mexa os músculos, o corpo todo, bem devagar,
alongando. Pisque os olhos, esfregue uma mão na outra e coloque-as delicadamente sobre os olhos, energizando-os. Ao
olhar o ambiente em volta procure estar com todo o corpo impregnado de energias de paz e liberdade. Vire-se de lado,
coloque agora a mão dominante no colchonete e force o corpo para o lado e para cima, levantando-se. Comente nesse
momento a experiência com o colega do lado.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – A flor e a borboleta.
Desenvolvimento:
O facilitador:
1) pede que façam uma roda, na posição de pé;
2) divide o grupo em dois subgrupos: um vai ser “flor” e o outro, “borboleta”;
3) explica: as “flores“ permanecem na posição sentada, e as “borboletas“ ficam na posição de pé;
4) esclarece que os “cadeirantes” podem fazer a dinâmica sentados, somente no papel de “flores”;
5) orienta que as “flores” escolham um lugar para sentar distantes umas das outras, e se movimentem suavemente as
“borboletas” visitem as “flores”, brincando com elas carinhosamente: tocando, soprando, “pousando”;
6) repete a dinâmica, trocando os papéis dos subgrupos, ao final da música.
MÚSICA: Jardim da Fantasia. Intérprete: Paulinho Pedra Azul. In: Jardim da fantasia. Faixa 9. 3min04.

1- Iniciando a atividade, o orientador social, ou o profissional convidado, exporá ao grupo o significado de isolamento social
relacionado a pessoa idosa de acordo com as especificações do Ministério do Desenvolvimento Social – MDS:
Isolamento Social: Diz respeito à ausência de relacionamentos regulares e cotidianos, bem como à redução da capacidade
ou oportunidade de comunicar-se. Situações de adoecimento grave ou de longos tratamentos, sequelas de acidentes,
deficiências que conferem às pessoas uma estética diferente, envelhecimento com restrições de deslocamento e outras
situações dessa natureza tendem a dificultar a convivência entre as pessoas, tanto no âmbito familiar quanto no comunitário.
Essas situações, por um lado, podem reduzir o interesse das pessoas de conviver com os outros e, por outro, reduzem o
interesse dos demais – familiares, vizinhos, conhecidos, amigos, entre outros – de conviver com quem as vivencia. Essa
situação instala um ciclo vicioso de difícil interrupção e transformação. No caso do idoso, por exemplo, as limitações e
restrições causadas pelo envelhecimento muitas vezes levam os familiares a circunscrever ainda mais os relacionamentos
e a interação social dessas pessoas. Assim, a partir do isolamento, outras vulnerabilidades são geradas, como a sensação
de não ser reconhecido como importante para as pessoas. Viver essa situação pode tornar a pessoa mais insegura e
vulnerável (MDS, Concepção de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, 2013, p. 30, com adaptações). Vale destacar
que, apesar de haver especificidades que demandam avaliação pela equipe técnica, o isolamento geográfico/territorial de
comunidades não caracteriza, por si só, uma situação prioritária para o SCFV.
Chuva de ideias: a partir da exposição do que é isolamento social, o orientador social, ou o profissional convidado pode
oferecer alguns exemplos que podem esclarecer para o idoso como o isolamento social se aplica na vida do idoso:
Caso 01- D. Maria, 70 anos, domiciliada (não consegue mais sair de casa) em decorrência de problemas articulares, tem
sua memória preservada, não apresenta qualquer indicio de doença demencial, conhece todos, sabe identificar os dias, as
horas, ler com facilidade. Sente-se muito triste por não poder visitar seus amigos, ir à igreja, frequentar o grupo de idosos
que adorava participar, até o cuidado com as suas coisas pessoais e com a sua casa agora está entregue nas mãos de outras

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pessoas. D. Maria passa a maior parte do tempo no seu quarto, deitada, por vezes chora escondido para que ninguém a veja
chorar. Nas suas orações clama a Deus que ele possa tirá-la daquele sofrimento.
Caso 02- Sr. Pedro, 62 anos, viúvo a mais ou menos 03 anos, hoje mora sozinho, apesar dos filhos sempre o visitar e insistir
para que ele aceite um cuidador (coisa que não passa pela cabeça dele, pois se sente apto a cuidar de si e da sua casa), adora
participar do grupo de idosos, inclusive até se enamorou da Sr. Mariquinha. O amor, novamente inflamava aquele coração
que parece que havia virado gelo depois da morte da sua querida Jacinta. Quando todo animado, decidiu falar para os filhos
que iria casar pois havia encontrado uma companheira, estes se colocaram contrários a ideia, disseram que não aceitava
aquilo, que seria uma crueldade com a memória da sua mãe, disseram que se ele casasse com ela, poderia esquecer que
tinha filhos. Com a pressão o Sr. Pedro, decidiu dissolver o relacionamento, seu coração doía duplamente, mas não poderia
perder os seus filhos. Desde o ocorrido, nada tem mais cor na vida do Sr. Pedro, ir ao grupo de idosos já não fazia mais
sentido, sua vida acabou se resumindo a sua casa e aquele velho rádio e as suas memórias. Não se sentia mais capaz de
cuidar de si, administrar suas finanças, tudo foi entregue aos filhos e ele se entregou aquele velho quarto repleto de
saudades.
2- Exposto as histórias, pergunte aos idosos se eles conhecem outros idosos que vivenciam as mesmas situações das histórias,
se eles colocarem as pessoas, tomem nota pois usaremos estes nomes para fazermos visitas posteriormente.
3- Palestra: Transtornos emocionais na velhice – da síndrome do ninho vazio as perdas e dores relacionadas ao
envelhecimento.
O objetivo da palestra é expor aos idosos o que e quais são os sintomas dos principais transtornos emocionais, como
identifica-los e como apoiar os amigos e companheiros, superando a ideia dos transtornos emocionais como falta de
vontade, frescura, etc.
4- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Sou idoso, sujeito em transformação e inserção. Data ____/______/______
Objetivos 1- Refletir com o idoso o seu papel social no desenvolvimento e aprimoramento da sociedade;
2- Refletir sobre o papel do velho e da velhice na sociedade;
3- Refletir sobre como a sociedade brasileira (um pais em desenvolvimento) ao longo da sua história se
planejou e se projetou enquanto um pais igualitário e de inclusão social para as minorias sócias em
especial a velhice;
4- Identificar e encaminhar pessoas idosas com qualquer sintoma de transtornos emocionais ao serviço de
saúde;
5- Prevenir a ocorrência de isolamento social e suicídio na velhice;
6- Propiciar espaços para que o idoso possa sentir-se pertencente ao grupo;
7- Propiciar espaços para que o idoso possa reescrever histórias;
8- Identificar e apoiar as pessoas idosas em situação de isolamento social.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 7- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
8- Regras de convivência;
9- Cartaz com o tema do encontro;
10- Tarjetas para que os idosos possam expressar o que eles entendem como velho e velhice;
11- Caixa para as tarjetas;
12- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
13- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
14- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

10- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
11- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
12- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
e entregue uma tarjeta com o título: “Velhice é? ” e outra com o título “Velho é?”, peça que cada um escreva o que ele
entende por cada pergunta usando de 01 a 02 palavras para cada uma, depositando em seguida na caixa devidamente
preparada; (os idosos que não sabem escrever devem ser auxiliados por outro idoso ou por um orientador social., caso haja
dúvidas sobre o que escrever, peça que o idoso escreva ou diga a primeira palavra que vem a sua cabeça quando ele escuta
cada uma das palavras dispostas na tarjeta);

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13- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
14- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
15- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. Imagine um
dia com vento e nuvens, com jeito de chuva. As pequenas aves voam alegremente. O sol se esconde por detrás das nuvens.
Tudo sugere tranquilidade. Observe a possibilidade de realizar um passeio por um local agradável. Imagine você aí no
espaço escolhido e procure se sentar. Aproveite para fazer um alongamento. Repouse os pés na grama verdinha. Observe
o movimento das nuvens e do vento. O ar que sopra no seu rosto suavemente, traz notícias de mudança de temperatura.
Tudo é harmonia. Note a mudança das cores do céu. Alguns pontos vão se escurecendo, trazendo uma chuva fina e morna,
os primeiros pingos resvalam timidamente nas pétalas das flores e nas pequenas folhas, bem como nas grandes folhagens
e molham o ambiente, de folha em folha, deixando um cheiro de terra molhada. Tudo é suavidade e harmonia. Sinta a
umidade, deixada pela chuva morna, que refresca seus pensamentos.
Ande pela grama, respire o cheiro das plantas aí existentes. Relaxe. Atentamente, observe o que a visão das gotas de água
provocam em você, o tipo de sensação, sentimentos e mudanças. Registre as imagens das cores, dos objetos, dos sons, o
cheiro da terra molhada, a temperatura. Relaxe. Lentamente deixe todo o seu corpo experienciar cada detalhe, permita que
as impressões positivas tomem conta do seu ser, proporcionando muito equilíbrio e vá se preparando para voltar. Imagine
caminhando de volta. Sinta o seu corpo no colchonete. Contraia e descontraia os dedos das mãos, dos pés, relaxe. Contraia
e descontraia os músculos dos braços. Relaxe. Contraia e descontraia os músculos das pernas. Relaxe. Contraia e
descontraia todo o corpo. Solte o corpo bem devagar, despertando. Ao regressar da visualização volte mais tranquilo e
otimista, revigorado, sem dificuldades para enfrentar o cotidiano. Relate sua experiência para o colega.

16- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
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importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
17- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
18- Dinâmica – Acompanhar o desenho do outro.

DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:

1) solicita que os integrantes, em roda, ponham-se na posição de pé;


2) pede para formarem pares, um participante ao lado do outro;
3) explica: “cadeirantes” e seus pares fazem a dinâmica na posição sentada;
4) orienta que um dos participantes, que vai ser líder, deve iniciar a dinâmica, desenhando, no ar, como dedo indicador,
formas livres e simples, acompanhando o ritmo da música. Exemplos: círculos, triângulos, ondas, retas, corações, flores;
5) dá seguimento: o outro participante faz o mesmo movimento, simultaneamente, dando continuidade ao desenho do líder;
6) após um ou dois minutos, propõe que os desenhos sejam feitos com todos os dedos de uma das mãos ou com ambas;
7) pede para trocarem de papel, no mesmo par, ao final da música.

MÚSICA: Aquarela. Intérprete: Toquinho. In: NovoMillennium:


Toquinho. Faixa 8. 4m18.

5- O orientador social ou o profissional convidado, inicia uma roda de conversa sobre o Envelhecimento e o Velho na
contemporaneidade, para facilitar a roda de conversa, o orientador social ou profissional convidado pode embasar sua fala

a partir do texto a seguir:

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O LUGAR SOCIAL DA VELHICE E DO VELHO


Elisabeth Frohlich Mercadante

A longevidade humana apresenta-se atualmente como uma grande conquista histórica e social.
Viver a longevidade revela o aumento da vida humana em sua duração – cada vez mais temos velhos mais velhos – e
também aponta para o crescimento de um número maior de pessoas idosas. Esses dados são indicadores seguros que
evidenciam os idosos como compondo um dos grupos que mais cresce na sociedade brasileira.
Diante do crescimento populacional do segmento idoso e do aumento do número de anos de vida, impõe-se hoje pensar e
analisar a velhice, não como o fim da vida, mas, como uma nova etapa a ser vivida.
A nossa sociedade prioriza o novo, destaca a juventude como um valor cultural a ser perseguido por todos e apresenta o
futuro como algo próprio que pertence ao jovem.
O velho aparece como o oposto do jovem, sem futuro, vivendo de lembranças de uma vida passada já vivida como adulto
e jovem.
Essa visão da velhice é geradora de representações sociais que a homogeneízam, podendo desenvolver atitudes
discriminatória em relação ao segmento idoso.
A discriminação presente nos olhares e atitudes manifesta-se nas diversas esferas da vida social – família, trabalho, saúde
– criando diferentes formas de violência em relação a pessoa idosa.
Diante desse quadro é importante chamar a atenção do profissional da saúde que lida diretamente com idosos, para o papel
que deve desempenhar como sujeito social ativo, como agente de mudança cultural no sentido de desconstruir uma visão
estereotipada da velhice.
Certamente para essa desconstrução o profissional da saúde deverá (ou poderá) contar com o idoso, não como um "outro"
que com o profissional contrasta, mas, como um "outro" que está ao seu lado e que também está sujeito ao processo
biosociocultural e histórico do envelhecimento.

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6- Agora, com o auxílio das tarjetas preenchidas anteriormente pelos idosos, o orientador social ou o profissional convidado
irá retirar cada uma das tarjetas e apresentar ao grupo, refletindo assim sobre os preconceitos e estereótipos internalizados
pelos próprios idosos e pela sociedade contemporânea, fazendo uma ponte com a falta de respeito, cuidado e proteção
relacionados a pessoa idosa.
7- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

3- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
4- Lanche ou almoço.

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Tema O idoso e o seu papel social, construindo espaços e oportunidades. Data ____/______/______
Objetivos 1- Refletir sobre o papel social do idoso na construção e desenvolvimento das comunidades e territórios;
2- Elevar a autoestima da pessoa idosa;
3- Romper com o tabu de que o idoso é um ser inutilizado;
4- Trazer a discussão sobre a inserção social do idoso desenvolvendo o sentimento de pertencimento;
5- Ampliar o conhecimento das pessoas idosas sobre a fase de vida em que se encontram e sobre
características pessoais e relações que estabelecem;
6- Sensibilizar a pessoa idosa para o desenvolvimento da sua capacidade coletiva enquanto grupo de
pessoas, com visão crítica a respeito da realidade;
7- Discutir sobre os sentidos e significados do que é ser pessoa idosa na sociedade atual.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Caixa de sapato com tampa, fixado um espelho no seu fundo interno;
3-
4- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
5- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
6- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;

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6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular da Música Paz.


O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica de apresentação do idoso: Acompanhar o ritmo do outro
 DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
ETAPA 1
1) pede para todos, em grupo, se colocarem de pé;
2) solicita que formem pares: cada par é formado por um “líder” e um “liderado”;
3) explica: os integrantes de cada par se colocam um em frente ao outro.
ETAPA 2
1) pede: o “liderado”, aquele que acompanha a dança do “líder”, coloca um dedo de uma das mãos no queixo do “líder” e
tenta mantê-lo durante toda a dança;
2) em seguida, solicita que o “líder” inicie uma dança com deslocamento, seguindo o ritmo da música;
3) explica: caso o “liderado” tenha dificuldade em colocar um dedo no queixo do “líder”, pode colocá-lo em um dos
ombros, dos cotovelos ou das mãos.
ETAPA 3
1) após aproximadamente dois minutos, para a música e indica a troca de papéis do par: o “liderado” passa a ser “líder”,
e o “líder”, “liderado”;
2) pode repetir essa etapa mais uma ou duas vezes, se achar conveniente.

MÚSICA: Deixa a vida me levar. Intérprete: Zeca Pagodinho. In: Deixa a vida me levar. Faixa 3. 4min36.

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1- Considerando que a proposta da nossa atividade é analisar como o idoso se enxerga na sociedade e de como ele se sente
acolhido ou não por ela, iniciaremos a atividade de hoje com a dinâmica “caixinha de surpresa”, que servira de ponta pé
inicial para analisarmos como o idoso se enxerga, bem como, analisar a sua autoestima e relações sociais.
Para a realização da dinâmica necessitaremos de uma caixa de sapato (com a tampa fixa e com aba) e um espelho acoplado
no fundo interno da caixa. O orientador social deve explicar para o grupo que dentro da caixinha há a foto de uma pessoa
muito importante! Deve-se enfatizar que é uma pessoa muito importante e, que depois de passar a caixinha para outra
pessoa idosa, ela terá que relatar as características desta pessoa importante sem dizer o nome para o restante do grupo. Em
seguida, após passar a caixinha para outra pessoa idosa, a mesma também descreverá quem é esta pessoa, passando, assim,
a caixinha por todo o grupo.
Variação: Há uma versão desta dinâmica que é feita com um chapéu com o espelho colado no fundo e a pergunta feita a
pessoa idosa é se ele tiraria o chapéu para esta pessoa da foto e por quê? Ao passar o chapéu para outra pessoa idosa, o
orientador social deve fingir que mudou a foto que supostamente estaria dentro do chapéu. No final, o orientador social
deve perguntar ao grupo como cada um se sentiu falando da pessoa importante que estava na foto.
2- Concluída a atividade, solicite ao grupo que recordando o que havíamos discutido no encontro anterior, e que assim, eles
possam com uma palavra ou frase, externalizar, sobre a forma como eles percebem a pessoa idosa na contemporaneidade
e como a sociedade vê a pessoa idosa. É muito importante a participação do orientador social na discussão, que deve ficar
atento às crenças e opiniões trazidas pelas pessoas idosas a respeito da fase atual em que se encontram, aproveitando a
oportunidade, na medida do possível, para trazer a reflexão do grupo para ideias relacionadas a uma imagem positiva da
pessoa idosa.
3- Após a exposição dos idosos, o técnico de referência pode expor em uma pequena palestra ou roda de conversa, a
importância da pessoa idosa, desconstruir mitos e preconceitos relacionadas a pessoa idosa, sugerimos algumas frases que
podem servir de base para a desconstrução dos estereótipos e preconceitos relacionados a velhice.

“Velho que se cura cem anos dura.”


“Velho que não anda, desanda.”
“Não há sábado sem sol. Nem jardim sem flores. Nem velhos sem dores. Nem moças sem amores.”
“Saúde de velho é muito remendada.”
“O moço de bom juízo quando velho é adivinho.”
“Papagaio velho não aprende a falar.”
“Nunca deixe o amigo velho pelo novo.”
“Em matéria de amor, os velhos não foram esquecidos: "Velho apaixonado com pouco tempo está casado. "Velho com
amor, jardim com flor".
“Coco velho é que dá azeite".

5- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado
dos demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e
lúdicos. Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando,
resmungando, cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o
momento não ultrapasse 30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos.
Concluída a exposição dos temas, deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual,
espaços de jogos de tabuleiro, dominó, baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras,
palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma
dessas atividades, possa conversar com os seus pares, com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência,
lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático, não participa como esperado, possui o seu ritmo de
participação e socialização, respeite isso.

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3- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
4- Lanche ou almoço.

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Tema Fortalecendo vínculos, criando raízes, forjando histórias. Data ____/______/______
Objetivos 1- Entender as relações e vínculos das pessoas idosas com seus familiares, amigos e o território em que
habitam;
2- Refletir sobre as relações que a pessoa idosa estabelece com a família e com a comunidade onde vivem;
3- Propor estratégias que favoreça o fortalecimento de vínculos familiares;
4- Fortalecer o sentimento de pertença do idoso em relação ao seu território;
5- Conhecer os espaços de uso coletivo da pessoa idosa no território em que habitam;
6- Propor a construção de uma rede solidária de apoio a pessoa idosa;
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Cola;
3- Lápis de cor;
4- Canetinhas coloridas;
5- Flipchart;
6- Fita gomada
7- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
8- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
9- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;

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6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. Imagine-se
próximo de um rio com águas bem quentinhas. As águas dão a impressão de muita calma. Observe à sua volta, plantas de
beleza fulgurante: coqueiros, bambus e pés de Ipê com pequeninas flores de cor roxa. Prepare-se para entrar no rio e
realizar o contato com as águas. Nade para um lado para o outro, suavemente. Sinta a água bem quentinha relaxando seu
corpo. Continue nadando mansamente, com braçadas firmes. Observe o movimento das águas e identifique-o a seus
sentimentos e pensamentos. Com a sensação do corpo em contato com a água, perceba as ideias que vêm à sua mente.
Observe atentamente. Associe esse movimento a lembranças anteriores. Sinta a beleza das águas, de cor límpida e
cintilante. Veja como a água, de encontro ao seu corpo, provoca reações agradáveis na sua pele e na sua respiração.
Associe essa sensação às suas lembranças, o contato com a água, os pensamentos que vêm à imaginação. Nade lentamente
até o ponto que escolher, e aí permaneça. Respire profundamente. Traga até você votos de ânimo e confiança. Relaxe.
Quando se sentir em segurança, solte o corpo, alongue os braços, firmando as mãos na borda do rio. Descanse o corpo
na borda, dobrando cuidadosamente os joelhos. Solte o corpo. Relaxe. Bem devagar repita o movimento, alongue o corpo
para o lado direito, para o lado esquerdo e observe o que esse movimento provoca em você: lembranças, ideias, fatos.
Atentamente associe esse movimento a passagens anteriores da sua vida e esteja atento as impressões que esse movimento
corporal provoca em você. Vá registrando suas ideias. Cada ponto que você vai lembrando serve como base para novas
ideias que irão surgindo. Solte o corpo, relaxe, vibre a seu favor, trazendo pensamentos de firmeza e otimismo. Vá agora
alongando o pescoço, movimentando-o para todos os lados. Verifique como se sente, o que esse movimento desperta em
você. Concentre sua energia em trazer para o seu corpo o equilíbrio que tanto pode lhe beneficiar. Relaxe. Tranquilize-
se. Agora relate a sua experiência

7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,

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confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – Agarrar a oportunidade

DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) orienta que, na posição de pé, façam um grupo;
2) inicia com um caminhar solto e alegre, em várias direções da sala;
3) após 30 segundos, dá uma breve pausa na música, e cada pessoa busca um par para dançar, evitando perder a
“oportunidade” representada por aquela pessoa;
4) após alguns segundos, pede que todos se despeçam;
5) reinicia o ciclo: todos dançam sozinhos, agarrando alguém para dançar e se despedindo.

MÚSICA: Segure tudo. Intérprete: Martinho da Vila. In: ______ Acervo especial. Faixa 9. 2min36.

1- Para iniciarmos a discussão sobre o tema, sugerimos a seguinte dinâmica:


O orientador social solicita que as pessoas idosas fiquem de pé, e aí coloca uma música e pede para que eles caminhem no
ritmo da música. Em seguida, interrompe o som e pede para as pessoas idosas que moram sozinhas fiquem num canto da
sala; coloque novamente o som, peça para caminharem e, ao interromper a música, peça para aqueles que moram em
alguma instituição, um abrigo, um serviço de acolhimento, ficarem em outro canto da sala; repita novamente as instruções
de caminhar com a música e depois peça para aqueles que moram com um companheiro, se dirijam para outro canto da
sala; e por último, aqueles que moram com algum familiar para outro canto. O orientador social deve adaptar as instruções
de acordo com as características do grupo, devendo, para isso, criar outras indicações e suprimir algumas.

Concluída a brincadeira, introduza o tema “Família”, a partir da deixa da separação dos idosos por seguimento, exponha o
significado de família, que transcende a ideia de família patriarcal (aquela composta por pai, mãe e filhos) e acopla todas
as demais estruturas de família. Com o uso de imagens, o orientador social pode aborda o tema, deixando sempre a par de
que família é consanguinidade, mas também é afinidade e que todos os tipos de famílias são famílias.
Este é um momento rico, pois favorece a desconstrução de mitos relacionados a família, ao cuidado, o amor e a proteção.
Abaixo seguem exemplos dos novos arranjos familiares:
Nuclear simples: família em que o pai e a mãe estão presentes no domicílio; além disso, todas as crianças e os adolescentes
são filhos desse mesmo pai e dessa mesma mãe. Não há mais qualquer adulto ou criança (que não sejam filhos) morando
neste domicílio.
Monoparental feminina simples: família em que apenas a mãe está presente no domicilio vivendo com seus filhos e,
eventualmente, com outras crianças e adolescentes sob sua responsabilidade. Não há mais nenhuma pessoa maior de 18
anos, que não seja filho, morando no domicilio.
Monoparental masculina simples: família em que apenas o pai está presente no domicilio vivendo com seus filhos e,
eventualmente, com outras crianças e adolescentes sob sua responsabilidade. Não há mais nenhuma pessoa maior de 18
anos, que não seja filho, morando no domicilio.
Monoparental feminina extensa: família em que apenas a mãe está presente no domicilio vivendo com seus filhos e ainda
com outras crianças e adolescentes sob sua responsabilidade e outros adultos sem filhos menores de 18 anos, parentes ou
não.
Monoparental masculina extensa: família em que apenas o pai está presente no domicilio vivendo com seus filhos e ainda
com outras crianças e adolescentes sob sua responsabilidade e outros adultos sem filhos menores de 18 anos, parentes ou
não.
Nuclear extensa: família em que o pai e a mãe estão presentes no domicilio vivendo com seus filhos e outras crianças e
adolescentes sob sua responsabilidade, além de outros adultos, parentes ou não do pai e/ou da mãe.
Família convivente: famílias que moram juntas no mesmo domicilio, sendo ou não parentes entre si. Cada família pode ser
constituída por “pais-mãe-filhos”, por “pai-filhos”, ou por “mãe-filhos”. Outros adultos sem filhos, parentes ou não, podem
também viver no domicilio. Nessa categoria foram também agrupadas as famílias compostas de duas ou mais gerações,
desde que, em cada geração, houvesse pelo menos uma mãe ou um pai com filhos até 18 anos.
Família nuclear reconstituída: família em que o pai e/ou a mãe estão vivendo uma nova união, legal ou consensualmente,
podendo também a companheira ou o companheiro ter filhos com idade até 18 anos, vivendo ou não no domicilio. Outros
adultos podem viver no domicilio.
38 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
Família de genitores ausentes: família em que nem o pai nem a mãe estão presentes, mas na qual existem outros adultos
(tais como avós, tios) que são responsáveis pelos menores de 18 anos.
Família nuclear com crianças agregadas: família em que o pai e a mãe estão presentes no domicilio com seus filhos e
também com outras crianças e adolescentes sob sua responsabilidade. Não há outro adulto morando no domicilio.
Família colateral: aquela composta por irmãos e irmãs maiores e/ou menores de 18 anos, sem a presença dos pais, de
qualquer outro parente ou adulto não parente.

Esta lista não é definitiva, porque, como já vimos, as famílias são dinâmicas e se transformam ao longo da história. O
objetivo desta lista é mostrar a diversidade de organização e dinâmica familiar. Esta diversidade traz enormes desafios para
todos nós, especialmente para os que trabalham diretamente com as famílias, realizando cotidianamente as políticas de
assistência social que visam à promoção e ao exercício da cidadania de homens e mulheres, à proteção dos direitos de
crianças, adolescentes, jovens e idosos.
2- Depois de discutir sobre os novos arranjos familiares e o seu reconhecimento legal, solicite aos idosos que possam desenhar
as suas famílias, para tanto distribua papel, canetinhas coloridas, lápis de cor, giz de cera, etc. Depois, convide-os a sentar
em círculo e peça para que eles falem da experiência, o que acharam de desenhar a família, o que sentiram. Aqueles que
quiserem apresentar seus desenhos, sua família, podem fazê-lo. É importante que o orientador social sinta de uma maneira
geral como estão os sentimentos das pessoas idosas em relação à família. Este é um rico momento para obter informações
sobre o tema que deve servir de subsídios para atividades futuras.
3- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

39 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
Tema Criando uma rede de cuidado e proteção Data ____/______/______
Objetivos 1- Promover o treino da motricidade;
2- Elevar a autoestima do idoso;
3- Promover a autonomia do idoso;
4- Possibilitar momentos de fala e escuta;
5- Promover o despertar da criatividade;
6- Resgatar o carnaval enquanto manifestação artístico e cultural de um povo.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Moldes para mascaras de carnaval;
4- Cartolina, papel cartão- cores variadas;
5- Cola;
6- Tesoura;
7- Palito de churrasco;
8- Missangas;
9- Outros itens para decoração das máscaras;
10- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
11- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
12- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);

40 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. NATUREZA
Imagine-se em um local cheio de árvores. Algumas são baixas, outras médias e altas. Observe que mesmo as de baixo porte
mantêm as mesmas características das outras, a não ser pela altura. Fique por um tempo próximo às árvores, observe o
tamanho delas. De onde você está perceba as folhas, o tronco, os galhos. Relaxe.
Continue admirando o espaço, olhe as pequenas variações de tons do solo, a cor, a textura, alternâncias no amontoado das
terras. Invariavelmente os pássaros pousam nas árvores a cada momento, especialmente nas mais baixas. Veja ainda que,
ao pousar na árvore, logo revoam sobre o chão apanhando grãos, e nas árvores, bicando as folhas e flores ou apanhando
restos de alimentos por ali esparramados. A chuva caída há pouco trouxe umidade, enxurrada e lama, os pássaros se
aproveitam dessa doação. A interação é belíssima, observe e relaxe. Associe esse processo de interação com o seu próprio
corpo, visualizando o seu espaço de vida e de desenvolvimento: como está atualmente; como tem sido; que maneira tem
encontrado para atuar no campo ambiental, cultural, social, psicológico, profissional.
Continue acompanhando o movimento dos pássaros. Muitas vezes observar a natureza auxilia na melhor compreensão de
nós mesmos e na expansão do senso de realidade. A temperatura é a ideal. O chão lavado diminui o calor e propicia a
chance da revoada e pouso na terra a qualquer instante. O ir e vir é constante e deixa no chão as marcas das patas pequeninas,
mas firmes, de cada um desses animais. O burburinho é constante. Cada um tem intenção de comunicar-se, mostrando ao
outro as suas próprias expectativas durante o encontro social. Relaxe. Focalize sua atenção em algum desses pássaros
perceba o movimento dele, os detalhes de cor, tamanho, perfil e forma de interação.
Veja o tipo de energia que ele irradia e a sensação, sentimento que inspira em você. Agora tente identificar se você tem
alguma semelhança com esse animal. Observe também as características consideradas negativas. Analise como se sente
diante das características positivas e negativas identificadas. Veja a possibilidade de alargar sua memória e buscar
momentos de sua própria vida que se assemelhem a esses que você está vivenciando. Caso consiga rememorar algum fato,
coloque nele a sua atenção plena. Procure observar como se sentia na ocasião, o que o fato despertava em você, a atuação
individual e grupal e a influência de tais atitudes na sua vida. Ao mesmo tempo que rememora, vá observando atentamente
o movimento dos pássaros. Relaxe. Contemple-os indo uns ao encontro dos outros, em harmonia. Voando de galho em
galho. Voar significa planar, alçar voo rumo a horizontes. Pousar significa assentar, redimensionar a energia para um lugar
seguro, propiciando o próximo passo a ser realizado, rumo a horizontes plenos de vida e de amor.
A possibilidade do movimento espontâneo garante a sensação de liberdade, do “novo”.
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Permanecer dá a possibilidade de novas descobertas em conjunto, aproveitando o que cada um tem de melhor, o que tem
de interessante e produtivo.
Relaxe e avalie as suas próprias possibilidades de crescimento. Pense no fortalecimento do seu potencial de criatividade e
de autoconhecimento. Relaxe. Solte os seus músculos, solte a sua imaginação, sinta-se flutuando como os pássaros e, nesse
vôo, veja a satisfação que seu corpo sente. Permita-se flutuar. O seu corpo, ao flutuar, se expande, relaxando e absorvendo
da atmosfera as alternativas de melhoria de tensões, de diminuição de possíveis conflitos ou ansiedade. Solte. Relaxe.
Sinta-se em paz, seguro e feliz. Relaxe.
Enquanto você está na sua própria visualização de vôo, o grupo que estava sendo observado recebe a chuva que cai
novamente e serve para dispersar o grupo. É o momento de cada um procurar novos rumos.
Lentamente vá retornando do relaxamento. Sinta o seu corpo no colchonete. Mexa os músculos, o corpo todo, bem devagar,
alongando. Pisque os olhos, esfregue uma mão na outra e coloque-as delicadamente sobre os olhos, energizando-os. Ao
olhar o ambiente em volta procure estar com todo o corpo impregnado de energias de paz e liberdade. Vire-se de lado,
coloque agora a mão dominante no colchonete e force o corpo para o lado e para cima, levantando-se. Comente nesse
momento a experiência com o colega do lado.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – A flor e a borboleta.
Desenvolvimento:
O facilitador:
1) pede que façam uma roda, na posição de pé;
2) divide o grupo em dois subgrupos: um vai ser “flor” e o outro, “borboleta”;
3) explica: as “flores“ permanecem na posição sentada, e as “borboletas“ ficam na posição de pé;
4) esclarece que os “cadeirantes” podem fazer a dinâmica sentados, somente no papel de “flores”;
5) orienta que as “flores” escolham um lugar para sentar distantes umas das outras, e se movimentem suavemente as
“borboletas” visitem as “flores”, brincando com elas carinhosamente: tocando, soprando, “pousando”;
6) repete a dinâmica, trocando os papéis dos subgrupos, ao final da música.
MÚSICA: Jardim da Fantasia. Intérprete: Paulinho Pedra Azul. In: Jardim da fantasia. Faixa 9. 3min04.

1- Roda de conversa sobre o carnaval enquanto patrimônio imaterial do povo brasileiro: iniciando a atividade de hoje,
no qual estaremos realizando uma oficina manual/ocupacional de confecção de máscaras de carnaval para a realização
do baile de carnaval do idoso. Mas antes de iniciarmos a oficina é importante conversar com os idosos sobre o carnaval,
as suas percepções e crenças relacionadas a festa, para tanto, sugerimos algumas perguntas que podem motivar a roda
de conversa:
a- O que vocês acham do carnaval?
b- Quem aqui pulou carnaval ao som das machinhas? Quem ainda dança? Era agradável?
c- O que vocês acham do carnaval hoje, dos blocos de rua, das festas em clubes, dos carnavais da saudade? Vocês se
sentem convidados ou atraídos a participarem?
d- Quais as machinhas de carnaval que permanecem presentes na memória de vocês?

Para embasar a discussão sobre o Carnaval enquanto patrimônio imaterial do povo brasileiro, sugerimos o texto abaixo
para ajudar o grupo a refletir sobre a importância da festa e de como as nossas memórias junto as memórias materiais
podem e devem contar a história do nosso povo:

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Carnaval no Brasil
O carnaval continua sendo uma data celebrada em todo o mundo. Em alguns países, a tradição resistiu e em outros,
enfraqueceu-se; porém, não desapareceu. Em várias partes do mundo, o carnaval reflete os conceitos de sua origem, uma
festa onde as pessoas buscam se satisfazer e perder a identidade, por um dia que seja, mas reflete principalmente a cultura
de um povo, suas crenças e folclores.
Em cada lugar, há um ritmo e estilo de fazer a folia. No Pernambuco, é possível perceber que a forma mais festejada é ir
para rua fantasiado, ao som do frevo, dança típica da região, que surgiu no final do século XIX. Inspirado nas músicas das
bandinhas militares e nos maxixes importados da Europa, tem um ritmo acelerado e cativante que praticamente chama o
ouvinte a dançar. O frevo é também uma dança. Com uma sombrinha colorida, os dançarinos fazem acrobacias e passos
que lembram as danças folclóricas indígenas.
Já na Bahia, muitas pessoas vão às ruas acompanhar os trios elétricos, onde cantam as grandes estrelas do axé. O axé music
tem sua origem em uma mistura de estilos musicais como o frevo, o pop rock, o maracatu e até reggae. Esse estilo musical
surgiu na década de 80 e vem se tornando muito popular desde então. Há na verdade uma verdadeira indústria por trás do
carnaval. Vários setores aquecem a economia da cidade nesta época do ano como os hotéis em Salvador, que apresentam
preços ainda mais caros, a venda de abadás para os famosos blocos e a venda de cervejas e bebidas.
No Rio de Janeiro, o samba e os desfiles, televisionados todos os anos, são extremamente populares. O Samba é um estilo
musical que deriva de uma mistura das músicas africanas e portuguesas. Inicialmente era feita nas favelas, onde viviam a
população mais pobre, descendentes de escravos, e tinha, como tema, o cotidiano nesses lugares, relações amorosas etc. O
samba ficou muito conhecido em meados do século XX e deu origem às marchinhas de carnaval, até hoje muito populares.
Durante o carnaval a Cidade Maravilhosa recebe ainda mais turistas e os hotéis no Rio de Janeiro costumam apresentar
preços elevados, por isso é recomendável se planejar com antecedência para evitar gastos maiores do que o esperado.
No Brasil, portanto, cada região tem uma tradição para comemorar essa data. O carnaval aqui é um dos mais importantes
feriados do ano, atrai milhares de turistas estrangeiros e nativos, movimentando a economia e estimulando a perpetuação
da cultura de Norte a Sul do país.

História do Carnaval no Brasil


O carnaval chegou ao Brasil à partir do século XIII, quando os portugueses trouxeram a brincadeira do entrudo, típica da
região de Açores e Cabo Verde, que consistia em um jogo em que as pessoas sujavam umas às outras com tintas, farinha,
ovos e também atiravam água.
No século XIX foram promovidos os bailes parisienses, nos quais os convidados deveriam usar máscaras. Cresceu o
interesse por esse tipo de festa porque o entrudo causava muita confusão por ser uma prática que apelava para violência.
Nos bailes, que aconteciam em local fechado, o público era composto por convidados que se dispunham a fantasiar-se e
ouvir música. Uma figura importante desse período é Chiquinha Gonzaga que compôs músicas de carnaval e pertencia a
esse grupo de classe burguesa frequentadora dos bailes.
No Rio de Janeiro, século XX, surgiram as primeiras escolas de samba. No final da década de 1920, os desfiles agradaram
muito a população e tornou-se uma forma popular de comemoração do carnaval ainda muito forte, tanto no Rio, quanto
em São Paulo. No Nordeste do país o jeito mais popular de passar o carnaval é ir para as ruas, mantendo um pouco da
tradição trazida pelos portugueses. Na Bahia, mais especificamente manteve-se o costume do carnaval de rua, mas
fortaleceu-se os trios elétricos depois da década de 1980.
2- Oficina: Após a rememoração das manifestações culturais do nosso povo, do diálogo sobre o carnaval, passaremos a
realização da construção das nossas mascaras de carnaval que usaremos no nosso próximo encontro, onde será realizado
o baile de carnaval.
O orientador social, deverá distribuir moldes para que os idosos confeccionem suas máscaras e possam colori-las e
decorá-las da forma como desejar. Ao final da oficina o orientador social identificará e guardará as máscaras
confeccionadas pelos idosos ou se preferir peçam que eles as levem para casa e tragam no próximo encontro, onde será
realizado o baile de carnaval.
3- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,

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com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Baile de Carnaval – Grupo de Idosos Data ____/______/______
Objetivos 1- Oferecer espaço que favoreça a troca afetiva entre os idosos, seus pares e seus familiares ou rede de
solidariedade;
2- Ofertar espaços lúdicos e recreativos para a pessoa idosa;
3- Brincar;
4- Dançar;
5- Compartilhas histórias e afetos.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Caixa de som;
4- Mascaras de carnaval;
5- Colar havaiano;
6- Machinhas de carnaval (antigas);
7- Confetes;
8- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
9- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
10- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;

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6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. Imagine um
dia com vento e nuvens, com jeito de chuva. As pequenas aves voam alegremente. O sol se esconde por detrás das nuvens.
Tudo sugere tranquilidade. Observe a possibilidade de realizar um passeio por um local agradável. Imagine você aí no
espaço escolhido e procure se sentar. Aproveite para fazer um alongamento. Repouse os pés na grama verdinha. Observe
o movimento das nuvens e do vento. O ar que sopra no seu rosto suavemente, traz notícias de mudança de temperatura.
Tudo é harmonia. Note a mudança das cores do céu. Alguns pontos vão se escurecendo, trazendo uma chuva fina e morna,
os primeiros pingos resvalam timidamente nas pétalas das flores e nas pequenas folhas, bem como nas grandes folhagens
e molham o ambiente, de folha em folha, deixando um cheiro de terra molhada. Tudo é suavidade e harmonia. Sinta a
umidade, deixada pela chuva morna, que refresca seus pensamentos.
Ande pela grama, respire o cheiro das plantas aí existentes. Relaxe. Atentamente, observe o que a visão das gotas de água
provocam em você, o tipo de sensação, sentimentos e mudanças. Registre as imagens das cores, dos objetos, dos sons, o
cheiro da terra molhada, a temperatura. Relaxe. Lentamente deixe todo o seu corpo experienciar cada detalhe, permita que
as impressões positivas tomem conta do seu ser, proporcionando muito equilíbrio e vá se preparando para voltar. Imagine
caminhando de volta. Sinta o seu corpo no colchonete. Contraia e descontraia os dedos das mãos, dos pés, relaxe. Contraia
e descontraia os músculos dos braços. Relaxe. Contraia e descontraia os músculos das pernas. Relaxe. Contraia e
descontraia todo o corpo. Solte o corpo bem devagar, despertando. Ao regressar da visualização volte mais tranquilo e
otimista, revigorado, sem dificuldades para enfrentar o cotidiano. Relate sua experiência para o colega.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.

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9- Dinâmica – ANIMAIS – ELEFANTE “COÇA-COÇA”

DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) pede para todos, em par, se colocarem na posição de pé;
2) solicita que os integrantes do par iniciem o exercício com as costas juntas, braços e mãos ao longo do corpo, pernas
afastadas na largura dos quadris e joelhos levemente flexionados;
3) em seguida, pede que comecem a se mover, suavemente, para um lado e para o outro, “coçando-se”;
4) pode sugerir trocas.

VARIAÇÃO:
1) O jogo pode ser feito em grupo;
2) Os participantes se colocam no centro da sala, de costas juntas, braços e mãos ao longo do corpo, pernas afastadas na
largura dos quadris e joelhos levemente flexionados;
3) Em seguida, começam a se mover suavemente para um lado e para o outro, “coçando-se” e, quando desejarem,
deslocam-se e buscam outras pessoas.

MÚSICA: O passo do elefantinho. Intérprete: Trio Esperança. In: Série Bis: ______. Faixa 4. 2min15.

1- O cerne do encontro será a realização do baile de carnaval ao som das machinhas de carnaval antigas, deixe que os idosos
fiquem à vontade para brincarem, dançar, se divertir. Alguns idosos não dançam e preferem ficar sentados observando os
demais idosos dançarem, é importante respeitá-los, e mesmo que pareça que eles não estão se envolvendo na atividade,
participando, interagindo, mas na verdade eles estão, no ritmo deles e como eles desejam, respeitar a autonomia é crucial.
2- Brincadeiras carnavalescas:
Concurso de Melhor Fantasia
Gente, isso não é novidade, mas inovar é a chave de tudo no mundo. A brincadeira é bem simples: basta eleger um grupo
para votar na fantasia mais criativa e depois de escolhida, tem a premiação do primeiro lugar com um Oscar de plástico. A
pessoa que ganhar o concurso deve discursar.
– Dança da Cadeira Distante
A única diferença dessa brincadeira para aquela que já conhecemos, é que todas as pessoas devem ficar distante das
cadeiras, reunidas e dançando marchinhas em círculo. A música para, correria até as cadeiras.
– Rei e Rainha do Baile
Essa é simples e muito divertida. Um grupo deve escolher o rei e a rainha do baile de acordo com o nível de animação
dessas pessoas. Quem for o mais animado ganha, mas não é só simplesmente ganhar e tchau. Os escolhidos vão ter que
fazer uma dancinha, que pode ser dança na boquinha da garrafa, funk e etc. A escolha da música também é do grupo que
elegeu o casal.
Mímicas de Marchinhas
Nossa última dica não tem erro, porque é risada na certa. Imagine a mímica da marchinha “A pipa do vovô não sabe mais”.
É claro que é mais difícil, mas vale muito a pena. As regras são as mesma de qualquer jogo de mímica, quem acertar é o
próximo a fazer.
3- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

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1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

49 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
Tema O Brasil é um lugar igualitário para homens e mulheres? Data ____/______/______
Objetivos 1- Refletir com os idosos sobre as relações de gênero no Brasil;
2- Analisar como os homens e mulheres percebem a força social e política da mulher na sociedade
brasileira;
3- Compreender como os idosos concebem as relações de gênero;
4- Problematizar a temática de Gênero e como esta opera no cotidiano dos idosos.
5- Analisar os comportamentos preconceituosos, machistas e misóginos e a sua relação com a perpetuação
da violência de gênero.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Caixa de sapato com tampa, fixado um espelho no seu fundo interno;
3- Dados relativos a presença da mulher na política, nacional, regional e municipal;
4- Imagens de mulheres vítimas de feminicidio;
5- Imagens de mulheres militantes quanto a igualdade de gênero;
6- Cartazes com frases preconceituosas relacionadas a mulher (ex. mulher só deve dirigir o fogão; lugar de
mulher é na cozinha; etc.);
7- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
8- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
9- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Preparar a amostra de fotos e bibliografias de mulheres vítimas de feminicidio e de mulheres e homens militantes da
igualdade de gênero;
3- Preparar uma amostra com ditados e imagens relacionados ao preconceito contra a mulher;
4- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
5- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso
e que possa visitar a amostra previamente preparado;
6- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os

50 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
7- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
8- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular da Música Paz.


O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.
9- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
10- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
11- Dinâmica de apresentação do idoso: Animais, a família ecológica.

DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
ETAPA 1
1) explica que a atividade é feita em grupo, em roda e na posição de pé;
2) escolhe animais, cujos sons sejam fáceis de reproduzir (por exemplo, gato, cachorro, pato, vaca, galinha, cabra);
3) estabelece que a quantidade de “animais” vai depender do tamanho do grupo; sugere o número de três “animais”;
4) na roda, em segredo, fala para cada pessoa o nome do animal que ela vai representar, alternando os nomes de pessoa
para pessoa, em sequência.
ETAPA 2
1) após toda a roda ser avisada, pede que as pessoas fechem os olhos ou olhem para seus pés e comecem a imitar a voz
do seu “animal”, movimentando-se pela sala;
2) explica que os “cadeirantes” vão constituir o núcleo da família dos animais;
3) esclarece que o desafio é encontrar todos os “animais“ da mesma família pela identificação da voz e se juntar a esses,
em bando.
ETAPA 3
1) no final, pede para que todos os “animais” formem uma roda e convida o grupo a perceber-se como uma só família.
Nesse momento, ressalta que, no universo, existe uma única e grande família, composta por todos os seres vivos e pelos
elementos da natureza.

51 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
1- Inicie este momento indagando os idosos sobre o que eles entenderam da amostra de imagens e dos ditados populares
expostos na amostra. Segue algumas indagações que podem servir de base para a discussão com o grupo:
a) Vocês conhecem mulheres que estão ligadas diretamente a política? Vocês sabem quantas mulheres já foram
presidentes do Brasil? Quantas mulheres já governaram o nosso estado? Quantas mulheres foram prefeitas do nosso
município? (Aqui você pode fazer um comparativo entre o total de homens e mulheres que ocuparam tais cargos
eletivos);
b) Vocês sabiam que essas mulheres (vítimas de feminicidio) foram assassinadas apenas por serem mulheres? Pelo fato
dos seus companheiros não aceitarem o termino do relacionamento?
c) Vocês sabiam que em média 164 mulheres são estupradas por dia no Brasil?
d) Vocês acreditam em alguns desses ditados apontados? Você propaga alguns deles?
e) Vocês acham que no nosso pais e homens e mulheres possuem as mesmas oportunidades?

Segue alguns ditados que podem ser usados para refletirem com os idosos sobre as imposições e preconceitos que são
impostas as mulheres, como representatividade do feminino:

1. Você é uma mocinha. Aprende a sentar.


2. Menina não brinca de luta.
3. Menina não grita.
4. Você é uma princesa.
5. Fecha as pernas. Senta direito!
6. Já sabe cozinhar, já pode casar!
7. Por que você tá brava? É TPM?
8. Mulher com pelo parece um homem.
9. Vestido curto demais. Tá pedindo...
10. Trocou uma de 40 por duas de 20.
11. Pra ficar bonita, mulher tem que sofrer.
12. Mulher no volante, perigo constante.
13. A única coisa que você pilota bem é fogão.
14. Mulher não gosta de homem; gosta de dinheiro.
15. Uma mulher só é completa quando tem filhos.
16. Se acabou depois dos filhos.
17. Tá gorda demais.
18. Tá magra demais.
19. Não corta o cabelo!
20. É muito bonita pra ser inteligente.
21. Mulher de boca suja é horrível.
22. Muito fresca.
23. Mulher age com emoção e não com a razão.
24. Mulher não sabe jogar futebol.
25. Mulher e carro, quanto menos rodados, melhor.
26. Mulher é muito problemática.
27. Na hora de pagar a conta, nenhuma mulher é feminista.
28. Mulher falando palavrão é feio.
29. Mulher tem que se cuidar. = focar na aparência
30. Não existe mulher feia. Existe mulher pobre.

Alguns ditos preconceituosos:


1) "Se ela saiu com essa saia na rua é por que queria ser assediada, né?"
2) "Mulheres são muito emotivas, por isso perdem a razão mais facilmente"
3) "Mulher no volante, perigo constante"
4) "A única coisa que mulher sabe pilotar bem é o fogão"
5) "Você até que é bem inteligente para uma mulher"
6) "Mulher que diz ‘não’ para mim está só se fazendo de difícil"
7) "Mulheres só querem casar com homem rico e com um bom carro"
8) "Na verdade, toda mulher gosta de um cafajeste"
9) "Uma mulher só fica completa quando casa e tem filhos"
10) "Está nervosa por quê? Está na TPM?"

52 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
11)
"Ela não quis ficar comigo, então provavelmente é lésbica"
12)
"Ela é brava assim porque é mal-amada"
13)
"É melhor você chamar um homem para te ajudar com isso"
14)
"Você até que é bonita para trabalhar com computação"
15)
"Mulher que vai para cama no primeiro encontro não serve para casar"
16)
"Você é menina, não pode jogar futebol"
17)
"Não tem problema a mulher trabalhar fora, desde que não atrapalhe nas tarefas domésticas"
A reflexão deverá primar pela desconstrução dos mitos e preconceitos relacionados a mulher, quando lhes impõe a
submissão a figura masculina, a fragilidade, a incapacidade, entre outros.
6- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado
dos demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e
lúdicos. Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando,
resmungando, cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o
momento não ultrapasse 30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos.
Concluída a exposição dos temas, deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual,
espaços de jogos de tabuleiro, dominó, baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras,
palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma
dessas atividades, possa conversar com os seus pares, com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência,
lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático, não participa como esperado, possui o seu ritmo de
participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Igualdade de gênero, ninguém é inferior a ninguém. Data ____/______/______
Objetivos 1- Discutir sobre relações de gênero, desigualdade e violências;
2- Criar uma rede de apoio e solidariedade da mulher;
3- Discutir a sororidade como estratégia no fortalecimento do empoderamento feminino;
4- Prevenir a ocorrência da violência de gênero;
5- Descontruir mitos e tabus relacionados a igualdade de gênero;
6-
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Cartaz com o tema do encontro;
3- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
4- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
5- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;

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6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. Imagine-se
próximo de um rio com águas bem quentinhas. As águas dão a impressão de muita calma. Observe à sua volta, plantas de
beleza fulgurante: coqueiros, bambus e pés de Ipê com pequeninas flores de cor roxa. Prepare-se para entrar no rio e
realizar o contato com as águas. Nade para um lado para o outro, suavemente. Sinta a água bem quentinha relaxando seu
corpo. Continue nadando mansamente, com braçadas firmes. Observe o movimento das águas e identifique-o a seus
sentimentos e pensamentos. Com a sensação do corpo em contato com a água, perceba as ideias que vêm à sua mente.
Observe atentamente. Associe esse movimento a lembranças anteriores. Sinta a beleza das águas, de cor límpida e
cintilante. Veja como a água, de encontro ao seu corpo, provoca reações agradáveis na sua pele e na sua respiração.
Associe essa sensação às suas lembranças, o contato com a água, os pensamentos que vêm à imaginação. Nade lentamente
até o ponto que escolher, e aí permaneça. Respire profundamente. Traga até você votos de ânimo e confiança. Relaxe.
Quando se sentir em segurança, solte o corpo, alongue os braços, firmando as mãos na borda do rio. Descanse o corpo
na borda, dobrando cuidadosamente os joelhos. Solte o corpo. Relaxe. Bem devagar repita o movimento, alongue o corpo
para o lado direito, para o lado esquerdo e observe o que esse movimento provoca em você: lembranças, ideias, fatos.
Atentamente associe esse movimento a passagens anteriores da sua vida e esteja atento as impressões que esse movimento
corporal provoca em você. Vá registrando suas ideias. Cada ponto que você vai lembrando serve como base para novas
ideias que irão surgindo. Solte o corpo, relaxe, vibre a seu favor, trazendo pensamentos de firmeza e otimismo. Vá agora
alongando o pescoço, movimentando-o para todos os lados. Verifique como se sente, o que esse movimento desperta em
você. Concentre sua energia em trazer para o seu corpo o equilíbrio que tanto pode lhe beneficiar. Relaxe. Tranquilize-
se. Agora relate a sua experiência

7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,

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confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – Balão surpresa.

MATERIAL: balões de aniversário.


DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) pede que os integrantes se organizem em grupo e na posição de pé;
2) explica que os “cadeirantes” devem realizar a dinâmica sentados em cadeiras;
3) distribui balões coloridos;
4) solicita que cada pessoa escreva o nome de uma qualidade num pedaço de papel, dobre-o e coloque-o dentro de um
balão, enchendo-o logo em seguida;
5) pode lembrar que, caso alguns participantes apresentem dificuldade de escrita ou leitura da qualidade, por terem
esquecido os óculos ou por outro motivo, podem pedir ajuda ao próprio facilitador ou a outros participantes do grupo;
6) orienta que os balões sejam colocados juntos, misturando- se uns aos outros;
7) explica que o grupo deve brincar entre si, mantendo os balões no alto;
8) no final, pede que cada um pegue um balão de cor diferente do seu, estoure-o e leia a qualidade que recebeu, dizendo:
”a minha qualidade é...”

VARIAÇÃO 1:
• essa dinâmica pode ser utilizada como apresentação / reapresentação. No item 7, o participante, por exemplo, antes de
dizer sua qualidade, pode dizer seu nome: “Eu sou Virgínia e a minha qualidade é...”.

VARIAÇÃO 2: UMA FIGURA, UM ABRAÇO.


MATERIAL:
• pares de tiras dobradas de papel, nas quais estão impressas figuras pequenas e bem delineadas como círculos,
triângulos, quadrados, retângulos, estrelas, luas, corações, animais, flores etc.
DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) orienta que essa dinâmica deve ser feita com um número par de participantes. Caso haja um número ímpar, ele mesmo
pode entrar no grupo, para compor o número par;
2) separa os pares de tiras de papel, de acordo com o número de participantes;
3) pede que cada tira de papel que forma o par seja distribuída aleatoriamente aos participantes;
4) em seguida, solicita que cada integrante encha um balão e coloque a tira dentro desse;
5) esclarece que os balões devem ser colocados juntos, misturando-se uns aos outros;
6) explica que o grupo deve brincar entre si, mantendo os balões no alto;
7) no final, pede que cada um pegue um balão, estoure-o, procure o participante que tem uma figura igual a sua e o
abrace.
MÚSICA: O carimbador maluco. Intérprete: Raul Seixas. In: Aquarela Mágica:

1- Para a discussão deste tema, pode ser convidado um psicólogo, assistente social ou um militante dos direitos da mulher,
para expor a temática: “Homens = sexo, violência e poder: dá para mudar esta equação?”.

Para nortear a discussão, transcrevemos o texto de Fernando Seffner, na integra :

Homens não nascem prontos, não nascem violentos, nem saem da barriga da mãe sedentos de poder, nem dispostos
a "comer todas" usando o sexo como arma contra as mulheres. Os homens são ensinados, dia a dia, em nossa sociedade, a
serem assim. Por um lado, esta constatação é preocupante, pois nos indica uma sociedade com mecanismos bastante
violentos de produção de indivíduos. Dá medo viver numa sociedade que, cotidianamente, coloca em ação estratégias que
exigem do homem desempenhos que o produzem enquanto um guerreiro: indivíduo violento, competitivo e agressor.
Antes que alguém comece a sentir pena dos homens, coitados, condenados a tantos sacrifícios, tendo que se
mostrar tão duros, tão fortes, tão competitivos, enfim, tão "homens", não custa lembrar que este "sacrifício" todo não é
feito em vão. São os homens que acessam as melhores oportunidades de emprego, de carreira política, de salários, de
cargos de mando e de benefícios em nossa sociedade. E antes que alguém comece a invejar os homens por causa desses
benefícios, vale lembrar que as coisas são mais complicadas. São os homens que gozam da maior mobilidade na sociedade

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(carro, por exemplo, é coisa de homem, e são também eles que morrem mais em acidentes automobilísticos); são os homens
que estudam mais (embora as mulheres tenham conseguido avanços espetaculares nesta área, e embora muitos homens
confessem que o período escolar foi de grande tensão, para "provar" sua masculinidade continuamente); são os homens
que galgam os mais elevados postos na vida política e na esfera das empresas privadas (mas vale lembrar que os homens
morrem primeiro, e bem antes das mulheres, em alguns grupos populacionais, o que está diretamente relacionado a este
esforço em galgar postos elevados e neles se manter). Não vamos seguir exemplificando, mas fica o alerta: a situação é
complexa, a equação que colocamos no título é, no mínimo, uma equação de segundo grau, com muitas variáveis, bem
além do x e do y tradicionais. Aliás, x e y têm muito a ver com a discussão dos regimes de gênero.
Por outro lado, essa mesma constatação – os homens são assim porque foram educados para serem assim – nos
permite pensar em modos de mexer na equação, buscando um regime de equidade de gênero, uma situação em que homens
e mulheres possam conviver com distribuição igualitária de poder. Se os homens são assim porque foram educados para
serem assim, se forem educados de outro modo poderemos ter homens com outras características. Simples, não? De fato,
as coisas não são tão simples como podem parecer, mas o princípio é esse mesmo: investir na educação de homens e
mulheres, tendo como objetivo um regime de equidade de gênero. Só que a mudança não virá apenas por conta de projetos
de educação dos homens. É necessário mudar elementos centrais de nossa estrutura social e, inclusive, na estrutura
econômica. E os processos educativos devem abranger também as mulheres, que na maior parte dos casos convivem de
modo a permitir que os homens tenham estes comportamentos violentos, mesmo quando deles discordam. Mas as
dificuldades são muitas, porque não estamos apenas tratando de processos educativos, mas de uma redistribuição de poder,
e que implica retirar poder dos homens e distribuir numa relação igualitária com as mulheres. Ou construir uma nova
conceituação de poder, e partilhar desse poder conjuntamente.
A situação é mais complicada, também, porque a questão não se resume aos pólos homem e mulher. No interior
do campo masculino, a distribuição de poder é muito desigual. Homens negros têm menos possibilidades de sucesso do
que homens brancos, por exemplo. O quesito raça atua promovendo um desequilíbrio na masculinidade. Homens jovens e
negros são alvo de um verdadeiro genocídio no Brasil, diariamente atestado pelas manchetes dos grandes jornais. Entre
um jovem negro e pobre e um jovem branco e pobre, o jovem negro tem muito mais chances de estar na mira da agressão
policial. O nível de escolaridade estratifica as oportunidades também. Os modos de constituir agregados familiares podem
gerar situações de maior equidade de gênero, ou não. Enfim, é sempre possível localizar, no interior de uma determinada
ordem de gênero, um conjunto de características que configura um modo hegemônico de masculinidade. Este modo
hegemônico designa homens que conseguem aceder a mais benefícios do que outros. Conseguem mandar nas mulheres e
em muitos homens. Em determinados contextos, podemos ter homens e mulheres como aliados na luta pela democratização
do poder concentrado em mãos de determinados grupos de homens.
Fala-se muito hoje em crise das masculinidades. Aparecem na imprensa numerosas matérias sobre a crise do
homem, o homem em crise, até mesmo em crise do macho se fala. Penso que a melhor expressão para designar o que está
acontecendo não é essa. O que ocorre é uma crise nas relações de gênero, basicamente nas relações entre homem e mulher.
Diversos motivos, dentre eles em especial o movimento feminista, atuante desde o século XIX, posicionaram as mulheres
com possibilidades de disputar em regimes de quase igualdade com os homens o acesso a oportunidades na sociedade, e
isto tem gerado boa parte do que a imprensa descreve como sendo a crise dos homens. Mas não é por acaso que a imprensa
escolhe chamar isso de crise dos homens, pois essa designação tem permitido que uma parte da "saída" da crise seja
produzida pelo mercado, via consumo de produtos e serviços. Tome uma revista semanal, ao acaso, folheie suas páginas,
e você verá que o "novo homem" que busca "superar a crise" é um homem que vai a salão de beleza, faz curso de
gastronomia, aprendeu técnicas de prazer amoroso para melhor desempenho sexual, escolhe roupas com apuro e aceita
dividir a conta do restaurante com a parceira. Se este é o caminho para superar a crise da masculinidade, não precisamos
de escola, tudo se resume ao mercado e ao consumo. Para quem pode, é claro.
A crise nas relações de gênero é uma crise em torno da distribuição do poder, e a balança tem pendido para as
mulheres, embora ainda esteja longe do estado de equilíbrio. Uma parte da luta feminista se dá no sentido de conter a
violência masculina sobre as mulheres, e a Lei Maria da Penha é um bom exemplo disso. Ela é também um ótimo conteúdo
para ser estudado em sala de aula, não faltando materiais em sítios da internet e em organizações não governamentais
feministas sobre a lei, sua trajetória de aprovação e os casos em que ela já foi aplicada. Outra frente de luta é para garantir
o pleno acesso das mulheres à escola, o que em boa parte já foi conseguido. Mas ainda falta muito para que os aprendizados
escolares façam diferença na vida dos alunos, auxiliando-os a compreender e atuar no contexto social em que vivem. Mas
não podemos deixar de reconhecer que a perda de poder dos homens tem gerado, em algumas situações, mais violência, o
que causa preocupação.
Outro aspecto é que determinados grupos de homens têm questionado o privilégio de outros grupos de homens.
Homens negros têm lutado por uma justa distribuição de oportunidades quando concorrem com homens brancos por uma
vaga no mercado de trabalho, por exemplo. Ou para ingresso no ensino superior público, juntamente com as mulheres
negras, como no caso da discussão dos regimes de cotas. Homens homossexuais têm lutado para que sua orientação sexual
não lhes impeça o exercício de direitos reservados até agora aos homens heterossexuais. Exemplo disso são os casos de
adoção de filhos por casais homossexuais masculinos, ou o direito de pensão por morte do companheiro. Homens
homossexuais têm lutado para que a homofobia seja crime. Da mesma forma como o movimento negro conseguiu tornar
as atitudes racistas crime. Homens portadores de alguma modalidade de deficiência física, e até mental, lutam para ter
acesso a oportunidades de trabalho em pé de igualdade com os demais homens. Todos estes movimentos sociais podem
ser objetos de estudo e discussão na sala de aula, incentivando os alunos a uma participação cidadã na vida em sociedade,
única chave para assegurar a manutenção do regime democrático entre nós, brasileiros, que temos uma história em que os
momentos de ditaduras e do domínio de oligarquias superam amplamente os momentos de exercício da democracia. O

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estudo desses temas se conjuga com um dos principais objetivos em educação hoje em dia, o da escola inclusiva, que
valoriza a diversidade.
Os homens não são "culpados" pela distribuição injusta de poder nas relações de gênero. Também não se pode
dizer que sejam simplesmente "vítimas" dos chamados "papéis de gênero", que os "obrigam" a manter uma atitude
guerreira, com evidentes prejuízos em termos emocionais e de saúde. Mas os homens podem ser educados para perceber
estas situações e para lutar por um mundo onde a equidade de gênero seja a regra. A escola não tem como "resolver"
sozinha esta questão, até porque as pedagogias de construção da masculinidade estão presentes em propagandas da mídia,
em sistemas de recrutamento de recursos humanos, nos discursos sobre segurança e família, em muitos discursos religiosos
que asseguram para o homem a posição de mando sobre a mulher e justificam isso de modo "divino". Mas a escola pode
ser um ambiente onde os meninos e as meninas passem por uma experiência de estudo e discussão destes temas, e de
vivência num contexto onde a equidade de gênero é a regra. Para isso, professores e professoras têm que perceber que
meninas podem ser boas em Matemática e em Educação Física, e os meninos podem aprender a fazer poemas na aula de
Língua Portuguesa e a tirarem boas notas em Educação Artística. Não vai ser fácil, nem para professores, nem para
professoras, nem para alunos, nem para alunas. Mas valerá a pena como construção de um futuro mais justo. Aliás, lutar
por isso é dar mesmo um salto para o futuro.

4- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

58 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
Tema Uso abusivo do álcool pela pessoa idosa. Data ____/______/______
Objetivos 1- Discutir sobre as consequências do uso abusivo do álcool pela pessoa idosa;
2- Reduzir danos do uso abusivo do álcool pela pessoa idosa;
3- Discutir as nomenclaturas: alcoolista, uso abusivo, alcoólatra, etc.;
4- Refletir sobre as consequências do álcool no organismo a curto, médio e longo prazo.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Cartaz com a seguinte indagação: “Uso abusivo do álcool?”;
4- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
5- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
6- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
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Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. NATUREZA
Imagine-se em um local cheio de árvores. Algumas são baixas, outras médias e altas. Observe que mesmo as de baixo porte
mantêm as mesmas características das outras, a não ser pela altura. Fique por um tempo próximo às árvores, observe o
tamanho delas. De onde você está perceba as folhas, o tronco, os galhos. Relaxe.
Continue admirando o espaço, olhe as pequenas variações de tons do solo, a cor, a textura, alternâncias no amontoado das
terras. Invariavelmente os pássaros pousam nas árvores a cada momento, especialmente nas mais baixas. Veja ainda que,
ao pousar na árvore, logo revoam sobre o chão apanhando grãos, e nas árvores, bicando as folhas e flores ou apanhando
restos de alimentos por ali esparramados. A chuva caída há pouco trouxe umidade, enxurrada e lama, os pássaros se
aproveitam dessa doação. A interação é belíssima, observe e relaxe. Associe esse processo de interação com o seu próprio
corpo, visualizando o seu espaço de vida e de desenvolvimento: como está atualmente; como tem sido; que maneira tem
encontrado para atuar no campo ambiental, cultural, social, psicológico, profissional.
Continue acompanhando o movimento dos pássaros. Muitas vezes observar a natureza auxilia na melhor compreensão de
nós mesmos e na expansão do senso de realidade. A temperatura é a ideal. O chão lavado diminui o calor e propicia a
chance da revoada e pouso na terra a qualquer instante. O ir e vir é constante e deixa no chão as marcas das patas pequeninas,
mas firmes, de cada um desses animais. O burburinho é constante. Cada um tem intenção de comunicar-se, mostrando ao
outro as suas próprias expectativas durante o encontro social. Relaxe. Focalize sua atenção em algum desses pássaros
perceba o movimento dele, os detalhes de cor, tamanho, perfil e forma de interação.
Veja o tipo de energia que ele irradia e a sensação, sentimento que inspira em você. Agora tente identificar se você tem
alguma semelhança com esse animal. Observe também as características consideradas negativas. Analise como se sente
diante das características positivas e negativas identificadas. Veja a possibilidade de alargar sua memória e buscar
momentos de sua própria vida que se assemelhem a esses que você está vivenciando. Caso consiga rememorar algum fato,
coloque nele a sua atenção plena. Procure observar como se sentia na ocasião, o que o fato despertava em você, a atuação
individual e grupal e a influência de tais atitudes na sua vida. Ao mesmo tempo que rememora, vá observando atentamente
o movimento dos pássaros. Relaxe. Contemple-os indo uns ao encontro dos outros, em harmonia. Voando de galho em
galho. Voar significa planar, alçar voo rumo a horizontes. Pousar significa assentar, redimensionar a energia para um lugar
seguro, propiciando o próximo passo a ser realizado, rumo a horizontes plenos de vida e de amor.
A possibilidade do movimento espontâneo garante a sensação de liberdade, do “novo”.
Permanecer dá a possibilidade de novas descobertas em conjunto, aproveitando o que cada um tem de melhor, o que tem
de interessante e produtivo.
Relaxe e avalie as suas próprias possibilidades de crescimento. Pense no fortalecimento do seu potencial de criatividade e
de autoconhecimento. Relaxe. Solte os seus músculos, solte a sua imaginação, sinta-se flutuando como os pássaros e, nesse
vôo, veja a satisfação que seu corpo sente. Permita-se flutuar. O seu corpo, ao flutuar, se expande, relaxando e absorvendo
da atmosfera as alternativas de melhoria de tensões, de diminuição de possíveis conflitos ou ansiedade. Solte. Relaxe.
Sinta-se em paz, seguro e feliz. Relaxe.
Enquanto você está na sua própria visualização de vôo, o grupo que estava sendo observado recebe a chuva que cai
novamente e serve para dispersar o grupo. É o momento de cada um procurar novos rumos.
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Lentamente vá retornando do relaxamento. Sinta o seu corpo no colchonete. Mexa os músculos, o corpo todo, bem devagar,
alongando. Pisque os olhos, esfregue uma mão na outra e coloque-as delicadamente sobre os olhos, energizando-os. Ao
olhar o ambiente em volta procure estar com todo o corpo impregnado de energias de paz e liberdade. Vire-se de lado,
coloque agora a mão dominante no colchonete e force o corpo para o lado e para cima, levantando-se. Comente nesse
momento a experiência com o colega do lado.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – Banda musical.
DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) pede para todos, em grupo, se colocarem de pé;
2) divide o grupo em dois: metade “artista” e metade “público”;
3) orienta: os “cadeirantes” podem fazer a dinâmica sentados;
4) esclarece que os grupos devem se situar à frente e distantes um do outro;
5) explica o exercício: os “artistas” vão dar um show;
6) diz que cada um deve escolher um instrumento para “tocar” (guitarra, saxofone, bateria etc) ou então cantar,
podendo variar de instrumento ao longo da apresentação;
7) pede que o “público” incentive, gritando, assobiando, dando vivas;
8) ao final, após os aplausos, solicita que se troquem os papéis.
MÚSICA: Let’s twist again. Intérprete: Chubby Checker. In: ______. Faixa 2. 2min24.

1- Roda de conversa: (sugerimos que seja convidado um geriatra para abordar o tema do uso abusivo do álcool na velhice,
uma vez que pretendemos apresentar as consequências do uso abusivo e trabalhar a redução de danos do uso abusivo).
Para a roda de conversa, sugerimos algumas perguntas motivadoras que podem desencadear um processo de discussão
entre os idosos e o mediador da roda de conversa:
a) Alguém aqui faz uso de álcool? Esse uso é diário? Preferem bebidas destiladas ou a base de cevada? Quantas vezes
vocês bebem na semana?
b) Quando a gente faz uso de qualquer bebida alcoólica, o nosso corpo sofre algum tipo de reação? Quais seriam? E
a nível comportamental também há alterações?
c) O uso do álcool faz bem? Ele nos deixa mais soltos? Nos faz esquecer um pouco dos problemas da vida?
d) Os malefícios do álcool são só para aquela pessoa que bebe ou ele também prejudica as pessoas que estão ligadas
ao alcoolista?
e) Vocês sabem os motivos pelos os quais no outro dia, após o abuso do álcool nós sentimos um mal-estar, conhecido
popularmente por ressaca?
f) Existe alguma conduta que podem reduzir o efeito do álcool no nosso organismo?
g) Para parar de beber, ou reduzir o uso é só querer? Ou o corpo também se torna dependente da substância?
h) Vocês conhecem a rede de apoio para a pessoa alcoolista?
i) O que podemos fazer para ajudar a um alcoolista?
2- Palestra: “Os efeitos biopsicossociais do álcool na velhice”: Sugerimos que seja convidado um profissional do Centro
de Atenção Psicossocial para conduzir a abordagem do tema, sugerimos que seja trabalhado além dos efeitos e
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consequências do uso abusivo do álcool para a pessoa idosa, se trabalhe os mecanismos de redução de danos para a
pessoa idosa que faz uso de álcool e outras drogas.

Para facilitar o embasamento técnico-teórico, sugerimos o texto abaixo:

O alcoolismo na terceira idade


Após os 60 anos, é comum o surgimento de diversas doenças decorrente da idade, como diabetes, osteoporose, problemas
cardiovasculares, colesterol elevado, entre outros. Entretanto, as complicações podem aumentar se a pessoa consumir
álcool em excesso. O psiquiatra e presidente executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), Dr. Arthur
Guerra de Andrade explica os riscos do alcoolismo na terceira idade e como pode ser perigoso a interação com outros
medicamentos:

Quais são os riscos do alcoolismo na terceira idade, principalmente para homens?


Transtornos por uso de álcool em idosos são comuns. Com isso eles podem desenvolver quadros de depressão,
irritabilidade, confusão mental. Além disso, podem apresentar deficiências nutricionais associadas ao uso crônico de
álcool, que pode levar a quadros neurológicos e demenciais; alterações para o risco cardiovascular (infarto do miocárdio
e acidentes vasculares cerebrais), que já é maior com o avançar da idade e outros fatores de risco que também pioram
com o alcoolismo, como diabetes e hipertensão arterial.
Há também o risco de óbito em determinadas condições, chamado de delirium; alterações hepáticas, considerando que o
fígado de um idoso com história de uso crônico de álcool pode ter sua função alterada em diferentes níveis, inclusive com
possível instalação de cirrose e insuficiência hepática; surgimento de alguns tipos de câncer e alterações do sistema
imunológico, que já são mais comuns em idosos. Com relação ao risco de quedas, pode representar um transtorno muito
difícil dependendo da magnitude da lesão e capacidade de recuperação, muitas vezes levando a cirurgias ortopédicas com
necessidade de colocação de próteses riscos relacionados ao período de imobilização e hospitalização.

O avançar da idade interfere na sensibilidade ao álcool?


Nos idosos, percebe-se um aumento na sensibilidade ao álcool, já que o envelhecimento pode diminuir a tolerância do
corpo para esta substância com as mudanças no organismo, como capacidade de metabolização hepática e função renal,
além de mudanças da composição corporal, com maior tendência a desidratação. A ingestão de álcool em idosos pode
provocar efeitos mais acentuados comparativamente aos jovens de mesmo sexo e peso.

O consumo de álcool em excesso pode aumentar os riscos de câncer?


O álcool é um depressor do Sistema Nervoso Central e age diretamente em diversos órgãos. O seu consumo tem sido
identificado como fator de risco para câncer de boca, nasofaringe, faringe, orofaringe, laringe, esôfago, colorretal, fígado
e pâncreas. Quanto maior o consumo, maior será o risco para desenvolver a doença.

Geralmente, os idosos tomam diversos medicamentos. O álcool pode alterar o efeito ou causar algum problema por
isso?
Mais de 100 medicamentos interagem com o álcool, e é fundamental ressaltar que isso não é restrito a uma determinada
classe de fármacos. Alguns desses medicamentos são utilizados para o tratamento de problemas cardíacos, enquanto
outros para diabetes, ou depressão – são fármacos que diferem entre si, mas que na maioria das vezes interagem com o
álcool de alguma forma. O álcool pode interferir nos efeitos de medicamentos ou vice-versa; pode ocorrer redução da
eficácia de um remédio ou intensificar seus efeitos. Ademais, também pode causar efeitos secundários como náusea,
vômito, cefaléia e vertigem.O uso concomitante de álcool com outros depressores do sistema nervoso central
(tranquilizantes, anti-histamínicos, ansiolíticos, analgésicos, antidepressivos) faz com que certos efeitos sejam
exacerbados, como sedação, sonolência, perda de coordenação motora e de memória. Isso expõe o indivíduo idoso a
maior risco de queda, acidentes, intoxicação e até mesmo morte. Vale lembrar que alguns medicamentos são compostos
por diferentes substâncias – às vezes, mais de um deles pode reagir com o álcool. Além disso, mesmo se não forem
ingeridos ao mesmo tempo, é possível ocorrer interação, pois alguns remédios demoram para ser absorvidos ou seus
efeitos são prolongados.

Os idosos têm mais dificuldade para se livrar do alcoolismo?


Os estudos mostram que os idosos se beneficiam dos tratamentos contra a dependência de álcool do mesmo modo que as
pessoas mais jovens. Contudo, a efetividade dos tratamentos tende a ser melhor para aqueles que apresentam menor
histórico de uso problemático de álcool. Vale ressaltar que a família é peça-chave tanto na prevenção do uso nocivo do
álcool, como em casos em que o problema já está instalado. Inclusive, não são poucas as vezes em que o tratamento se
inicia pela família, principalmente porque o usuário de álcool não aceita seu problema, não reconhece que o uso de
bebidas alcoólicas lhe traz consequências negativas ou está desmotivado para buscar ajuda. Além disso, a família pode
auxiliar na aderência, permanência, na superação de dificuldades decorrentes do processo e no estabelecimento de um
novo estilo de vida sem o uso do álcool. Também pode ajudar a equipe multidisciplinar identificando mudanças
comportamentais abruptas (por exemplo: isolamento, irritabilidade, labilidade do humor, prejuízo no desempenho do
trabalho), que possam ser indicativos de complicações ou possíveis recaídas, as quais muitas vezes podem ser evitadas.
Ainda, um acompanhamento por profissionais da saúde, específico e dirigido para os familiares, é essencial para que

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possam compreender a doença e seus desdobramentos e, posteriormente, receber orientação adequada sobre a melhor
forma de ajudar o ente querido e a si mesmo.

Fonte: http://www.cisa.org.br/artigo/5915/-alcoolismo-na-terceira-idade.php

3- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Quando a memória não é mais a mesma.... Data ____/______/______
Objetivos 1- Apresentar aos idosos as doenças demenciais;
2- Trabalhar o déficit de memória no processo de envelhecimento;
3- Oferecer subsídios aos idosos para a identificação dos sinais e sintomas das doenças demenciais;
4- Oferecer suporte aos idosos quanto a prática de atividades que previnem o agravamento do déficit de
memória;
5- Apresentar o sistema de saúde que oferece apoio e cuidados para os idosos com doenças demenciais.
Técnico
responsável
Profissional 1- Psicólogo, psiquiatra ou neurologista.
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Caixa de som;
4- Projetor multimídia;
5- Curta metragem “Dona Cristina perdeu a memória”;;
6- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
7- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
8- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:

65 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. Imagine um
dia com vento e nuvens, com jeito de chuva. As pequenas aves voam alegremente. O sol se esconde por detrás das nuvens.
Tudo sugere tranquilidade. Observe a possibilidade de realizar um passeio por um local agradável. Imagine você aí no
espaço escolhido e procure se sentar. Aproveite para fazer um alongamento. Repouse os pés na grama verdinha. Observe
o movimento das nuvens e do vento. O ar que sopra no seu rosto suavemente, traz notícias de mudança de temperatura.
Tudo é harmonia. Note a mudança das cores do céu. Alguns pontos vão se escurecendo, trazendo uma chuva fina e morna,
os primeiros pingos resvalam timidamente nas pétalas das flores e nas pequenas folhas, bem como nas grandes folhagens
e molham o ambiente, de folha em folha, deixando um cheiro de terra molhada. Tudo é suavidade e harmonia. Sinta a
umidade, deixada pela chuva morna, que refresca seus pensamentos.
Ande pela grama, respire o cheiro das plantas aí existentes. Relaxe. Atentamente, observe o que a visão das gotas de água
provocam em você, o tipo de sensação, sentimentos e mudanças. Registre as imagens das cores, dos objetos, dos sons, o
cheiro da terra molhada, a temperatura. Relaxe. Lentamente deixe todo o seu corpo experienciar cada detalhe, permita que
as impressões positivas tomem conta do seu ser, proporcionando muito equilíbrio e vá se preparando para voltar. Imagine
caminhando de volta. Sinta o seu corpo no colchonete. Contraia e descontraia os dedos das mãos, dos pés, relaxe. Contraia
e descontraia os músculos dos braços. Relaxe. Contraia e descontraia os músculos das pernas. Relaxe. Contraia e
descontraia todo o corpo. Solte o corpo bem devagar, despertando. Ao regressar da visualização volte mais tranquilo e
otimista, revigorado, sem dificuldades para enfrentar o cotidiano. Relate sua experiência para o colega.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – Banda Musical.
DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) pede para todos, em grupo, se colocarem de pé;
2) divide o grupo em dois: metade “artista” e metade “público”;

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3) orienta: os “cadeirantes” podem fazer a dinâmica sentados;
4) esclarece que os grupos devem se situar à frente e distantes um do outro;
5) explica o exercício: os “artistas” vão dar um show;
6) diz que cada um deve escolher um instrumento para “tocar” (guitarra, saxofone, bateria etc) ou então cantar,
podendo variar de instrumento ao longo da apresentação;
7) pede que o “público” incentive, gritando, assobiando, dando vivas;
8) ao final, após os aplausos, solicita que se troquem os papéis.
MÚSICA: Let’s twist again. Intérprete: Chubby Checker. In: ______. Faixa 2. 2min24.

1- Cine informativo: No encontro de hoje, o foco são as doenças demenciais, para facilitar a discussão a posterior,
orientamos que seja exibido o média-metragem: “Dona Cristina perdeu a memória”.
Sinopse: Dona Cristina é uma senhora vivida e alegre que mora em um asilo, e sofre do mal de Alzheimer. Antônio mora
em uma casa ao lado do asilo. Os dois, mesmo separados pela cerca de suas moradias, constroem uma amizade sincera,
onde um tenta ajudar o outro da maneira que pode, Antônio escutando as histórias e experiências de vida de dona Cristina,
os nomes de seus parentes e santos do dia enquanto ela prega madeiras tentando consertar a cerca e a ponte que o menino
está tentando ultrapassar.
O curta metragem Dona Cristina Perdeu a Memória, de 13 minutos, mostra a relação de amizade que se constrói entre
um garoto chamado Antônio com uma senhora que gosta de ser chamada por Cristina. Ele mora ao lado de um asilo de
idosos, onde mora Dona Cristina. No primeiro contato Dona Cristina ensina Antônio a dar bom dia e pergunta seu nome.
Começa, então, a desfilar histórias sobre o nome Antônio. Somente no segundo contato é que o garoto se dá conta que a
senhora se esqueceu de alguns dados e que conta histórias desencontradas. Aos poucos, ele vai entendendo a situação e,
com muito carinho, reconhece que tem muito a aprender com ela e que a memória é aquilo que construímos afetivamente.

2- Discussão sobre o média-metragem: Após a exibição do média-metragem, convide os idosos a refletirem sobre o
conteúdo apresentado, sugerimos algumas perguntas que podem motivar a discussão:
a) Onde D. Cristina morava?
b) O que vocês acham sobre o abrigamento de pessoas idosas?
c) A pessoa idosa abrigada, tem mais ganhos ou perdas?
d) Como foi o primeiro contato de D. Cristina com Antônio?
e) O que impedia os dois de manterem um contato físico e emocional?
f) Na perspectiva de vocês se rompeu apenas o muro físico ou as barreiras emocionais e psíquicas entre as gerações de
Cristina e Antônio?
g) Para vocês existem muitas Donas Cristinas nas nossas comunidades? E Antônio?
h) Como estava a memória de Dona Cristina? Na opinião de vocês, ela sofria de alguma demência?
i) O que vocês entendem por demência?
j) No fim, existiam lapsos de memórias de D. Cristina?
3- Palestra sobre as doenças demenciais: Na oportunidade o palestrante poderá abordar os tipos de doenças demenciais
existentes, como são os seus sinais e sintomas iniciais, como podemos identificar os sinais e sintomas das doenças
demenciais? Como podemos encaminhar a rede de saúde e apoio, entre outros.
Sugerimos o texto a seguir para intermediar a discussão (palestra):

O QUE SÃO DEMÊNCIAS?

O termo “Doença de Alzheimer” já é popularmente conhecido, no entanto muitas pessoas ainda não estão familiarizadas
com o termo “Demência”. Importante salientar que a doença de Alzheimer trata-se de apenas uma das causas de demência.
Por isso, primeiramente conceituaremos demência e em seguida, a doença de Alzheimer.

“Demência pode ser definida como síndrome caracterizada por declínio de memória associado a déficit de, pelo menos,
uma outra função cognitiva (linguagem, gnosias, praxias ou funções executivas) com intensidade suficiente para interferir
no desempenho social ou profissional do indivíduo”. (CARAMELLI; BARBOSA, 2002, p. 7)

Desta forma, as demências se caracterizam por comprometimento de memória somado ao comprometimento no


desempenho em atividades da vida diária, como tarefas domésticas, administrar contas bancárias, higiene pessoal,
atividades manuais e sociais.

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Existem muitos fatores de risco para o desenvolvimento de demências, conforme descrito a seguir pela Sociedade Brasileira
de Medicina de Família e Comunidade e Academia Brasileira de Neurologia (2009, p. 7-9):

“O consumo exagerado de álcool é um fator bem estabelecido de risco para demências. Níveis
diminuídos de vitamina B12 ou ácido fólico estão associados com aumento de homocistéina plasmática,
fator de risco para acidente vascular cerebral. Pacientes com depressão e déficit cognitivo apresentam
maior risco de desenvolver demência. Fatores psicossociais, como morar sozinho, baixa atividade,
baixa integração social, nunca ter casado e características do trabalho parecem estar associados com
doença de Alzheimer. Evidências de estudos epidemiológicos sugerem que baixo nível educacional,
inferior a seis anos, ou traumatismo crânioencefálico podem aumentar o risco de doença de Alzheimer.
Fatores de risco cardiovasculares, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes, dieta aterogênica,
obesidade, elevados níveis de lipídios plasmáticos, quando presentes na meia idade, parecem estar
associados com maior incidência de demência.”

Inúmeras são as causas de demências, porém as quatro causas mais freqüentes são: doença de Alzheimer (DA), demência
vascular (DV), demência com corpos de Lewy (DCL) e demência frontotemporal (DFT) (CARAMELLI; BARBOSA,
2002).

A diferenciação do diagnóstico depende das manifestações clínicas e dos resultados de exames laboratoriais e de
neuroimagem, além da constatação de perfil neuropsicológico característico. Esses exames permitem a identificação de
diversas causas potencialmente reversíveis de demência, além de possibilitarem detecção de eventuais doenças associadas
(CARAMELLI; BARBOSA, 2002).

Importante salientar que, conforme citado pelos autores, as demências possuem diversas causas potencialmente reversíveis,
ou seja, dependendo da causa há tratamento para reversão da demência. Este fato não ocorre com a demência por doença
de Alzheimer, conforme veremos a seguir.

A DOENÇA DE ALZHEIMER

De acordo com Caramelli e Barbosa (2002, p. 8). “A Doença de Alzheimer é a causa mais freqüente de demência,
responsável por mais de 50% dos casos na faixa etária igual ou superior a 65 anos”. Por esta razão, merece um
aprofundamento para que possamos entendê-la melhor.

Um dos sintomas mais conhecidos da doença de Alzheimer é o esquecimento, ou a perda de memória gradativa. Por se
tratar de uma demência, outros sintomas ocorrem conforme a evolução da doença: dificuldades para aprender coisas novas,
para realização de cálculos, prejuízo na capacidade de julgamento, dificuldade para nomear objetos, troca dos nomes das
pessoas conhecidas e até mesmo a falta de capacidade de reconhecimento das pessoas, desorientação no tempo e no espaço.
Em estágio mais avançado há também alterações de comportamento, agressividade, delírios e alucinações, incapacidade
de cuidados pessoais, caminhar, falar, e até mesmo de se alimentar.

A Doença de Alzheimer é progressiva, evolui conforme a intensidade do quadro. Assim, a doença possui os estágios leve,
moderado e grave, conforme a evolução dos sintomas. Trata-se de uma doença degenerativa, não é só a memória que é
comprometida, mas também muitas outras funções vitais são prejudicadas.

“A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa, lenta, progressiva e que age de maneira silenciosa.
É caracterizada pela degeneração ou morte dos neurônios (células do cérebro), havendo perturbação de
várias funções cognitivas, entre as quais a memória, a atenção, o aprendizado, a orientação e a
linguagem. É comum em indivíduos com idade acima de 65 anos, mas também pode acometer pessoas
mais jovens. Os sintomas mais comuns da doença de Alzheimer são: perda gradual da memória, declínio
no desempenho para tarefas cotidianas, dificuldade no raciocínio, diminuição do senso crítico,
desorientação temporal e espacial, mudança de comportamento ou da personalidade, dificuldade no
aprendizado e dificuldades na áreas da linguagem.” (PORTAL DA SAÚDE SUS, 2013).

Esse esquecimento é “normal da idade”?


Na medida em que envelhecemos, continuamos a esquecer onde colocamos alguns objetos, nomes de algumas pessoas e
alguns recados.
Também continuamos a contar mais de uma vez um caso que nos interessou muito ou esquecer eventos dos quais não
gostamos de nos lembrar. Freud explica.
O envelhecimento também não afeta outras áreas da cognição, como a linguagem, orientação espacial e capacidade de
planejar e executar tarefas complexas (cozinhar, controlar o orçamento).

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Por outro lado, na medida em que envelhecemos, passamos a executar algumas tarefas com mais lentidão e demoramos
um pouco mais a reagir. No entanto, esses déficits são discretos, isolados (não há outras áreas da cognição afetadas) estáveis
ao longo do tempo e não provocam impacto na vida cotidiana do idoso.
Ou seja: diante da queixa de uma família ou do próprio idoso de que ele está esquecido, avalie se o déficit é discreto,
isolado, estável e se sua capacidade funcional está prejudicada. Estas quatro palavras destacadas fazem toda a diferença!
“O esquecimento está demais...”
Alguns idosos parecem mais esquecidos do que o habitual. Repetem a mesma pergunta várias vezes, se esquecem de fatos
ou recados que ocorreram há pouco tempo e perdem alguns compromissos importantes.
Quando esses déficits são confirmados objetivamente pela sua avaliação e corroborados pela família, você poderá estar
diante de um caso de esquecimento patológico. Será demência?
Se não há outras áreas da cognição comprometidas e se não há repercussão funcional, o diagnóstico provavelmente desse
paciente será “comprometimento cognitivo leve” (CCL).
Este é um assunto “quente” na neuropsiquiatria geriátrica. Algumas pesquisas sugerem que o CCL pode ser, na realidade,
uma fase prodrômica da demência. Realmente, nos primeiros quatro anos após o diagnóstico, a cada ano cerca de 10-15%
de idosos com CCL irão desenvolver demência, contra apenas 1-2% dos outros idosos.
Hoje se estuda a possibilidade de identificar “quais” idosos com CCL desenvolverão demência (pois só 50% desenvolvem
em quatro anos!). Outros estudos começam a demonstrar que esses idosos “talvez” possam se beneficiar do tratamento
precoce para doença de Alzheimer.
Diante de um idoso com déficit de memória significativo, progressivo, associado a outros déficits cognitivos e impacto
funcional, você poderá estar diante de um caso de demência.
A doença de Alzheimer, associada ou não a outras demências comuns em idosos (principalmente a demência vascular e a
demência com Corpos de Lewy), é a causa de mais de 70% dos casos.
4- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Os SUAS e as seguranças afiançadas: conversando sobre os Data ____/______/______
benefícios socioassistenciais.
Objetivos 1- Apresentar os benefícios socioassistenciais financiados pelo SUAS no que se refere a garantia da
segurança de sobrevivência;
2- Discutir sobre o Programa Bolsa Família e a Pessoa Idosa;
3- Apresentar o Benefício da Prestação Continuada – BPC para a Pessoa Idosa enquanto garantia de
sobrevivência;
4- Conhecer a função e elegibilidade para a concessão dos benefícios eventuais afiançados pela Lei
Orgânica da Assistência Social – LOAS;
5- Reduzir o número de idosos que buscam o BPC com atravessadores;
6- Efetivar a busca ativa e encaminhamento do BPC pelos CRAS;
7- Conhecer os benefícios socioassistenciais garantidos no município.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Cartaz com o tema do encontro;
3- Cartaz com os benefícios socioassistenciais concedidos no município e/ou por ele encaminhado;
4- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
5- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
6- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso
e que possa visitar a amostra previamente preparado;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);

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5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular da Música Paz.


O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica de apresentação do idoso: Banho lúdico.
DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) na posição de pé, divide o grupo em subgrupos de quatro pessoas;
2) orienta: “cadeirantes” devem realizar a dinâmica na posição sentada e as demais pessoas que formam cada
subgrupo vão se adequar a eles;
3) pede que, durante a dinâmica, todos os participantes dancem, seguindo a música;
4) solicita que a pessoa que vai receber o “banho” se dirija para o centro do grupo, enquanto as outras ficam à sua
volta e iniciam ações pontuadas pelo facilitador, que são:
a) “jogar água” do alto da cabeça aos pés, fazendo o “som da água”;
b) “passar o sabonete” e esfregar o corpo;
c) “passar o xampu” e esfregar a cabeça;
d) “jogar água” do alto da cabeça aos pés, “enxaguar” ;
e) “tirar a água”, com leve, porém firme, pressão;
f) “secar”, “soprando” o corpo;
g) “enrolar na toalha”, envolver a pessoa num abraço.
5) sugere as trocas dentro de cada subgrupo, após 3 minutos de execução da música.
MÚSICA: Ensaboa. Intérprete: Marisa Monte. In: Mais. Faixa 7. 4min15

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1- Chuva de ideias: Inicie a roda de conversa sobre os benefícios socioassistenciais, sugerimos algumas perguntas chaves,
que pode facilitar o processo de reflexão:
a) Para vocês todos os idosos conseguem suprir as suas necessidades básicas (habitação, alimentação, saúde, lazer,
etc.)?
b) Entende-se que todos os idosos, na velhice tenham direito a aposentadoria, ou seja, o retorno financeiro pelas suas
ocntribuições com a sociedade e a previdencia ao longo da sua vida trabalhista ativa. Mas todoso os idosos de fato,
se aposentarão?
c) Para os idosos que não conseguem se aposentar, quem garantirar os recursos financeiros para suprir as suas
necessidades básicas?
d) Vocês já ouviram falar do Beneficio da Prestação Continuada para a Pessoa Idosa (BPC Idoso)?
e) Você sabe que o idoso que não possui uma renda superior a R$ 88,00 tem direito a ser beneficiario do Programa
Bolsa Família?
f) Quando ocorrer uma emergencia ou fatalidade, onde o idoso pode perder seus bens e propriedade, no caso de uma
enxente ou demoronamento, quem se responsabilizará para que ele tenha condições de sobrevivência, tendo garantido
habitação, alimentação, segurança, etc.?
g) Vocês sabem que a pessoa idosa possui uma legislação própria que lhe assegura o direito ao acesso à educação,
saúde, esporte, cultura, assistência social, entre outros?
h) Vocês já ouviram falar e, ou mantiveram contato com a Política Nacional do Idoso, o Estatuto da Pessoa Idosa?
i) Vocês acham que os direitos assegurados nas legislações vigente no nosso pais, são de fato efetivadas à pessoa idosa?
2- Roda de conversa/palestra: após a chuva de ideia e as primeiras reflexões, o orientador social, o técnico de referência ou
outro profissional convidado, trabalhará com o idoso, as garantias presentes nos mais diversos dispositivos legais no
nosso pais (Constituição Federal de 1988, Política Nacional da Pessoa Idosa, Estatuto da Pessoa idosa), que garantem o
acesso a Políticas Públicas, seus programas, projetos, serviços e benefícios. Na apresentação deve-se enfatizar o acesso
ao Benefício da Prestação Continuada para a Pessoa Idosa, Programa Bolsa Família e Beneficio eventuais, entre outros.
3- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Brasil um pais de igualdade? Data ____/______/______
Objetivos 1- Refletir com os idosos sobre os processos históricos de desigualdade social no nosso país;
2- Discutir sobre as minorias sociais;
3- Propor estratégias para a superação das desigualdades sociais presentes no nosso país;
4- Analisar quais os caminhos que podemos traçar para reduzir os nossos preconceitos internalizados e
relacionados as minorias sociais.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Cartaz com o tema do encontro;
3- Cartazes menores com os povos considerados minorias sociais no nosso país (mulheres, negros, índios,
pobres, PCD, etc.);
4- Dados comparativos entre o acesso a serviços, programas, projetos e benefícios de cada um desses
povos em comparação a de outros (ex.: número de universitários negros x o número de universitários
brancos);
5- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
6- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
7- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;

73 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. Imagine-se
próximo de um rio com águas bem quentinhas. As águas dão a impressão de muita calma. Observe à sua volta, plantas de
beleza fulgurante: coqueiros, bambus e pés de Ipê com pequeninas flores de cor roxa. Prepare-se para entrar no rio e
realizar o contato com as águas. Nade para um lado para o outro, suavemente. Sinta a água bem quentinha relaxando seu
corpo. Continue nadando mansamente, com braçadas firmes. Observe o movimento das águas e identifique-o a seus
sentimentos e pensamentos. Com a sensação do corpo em contato com a água, perceba as ideias que vêm à sua mente.
Observe atentamente. Associe esse movimento a lembranças anteriores. Sinta a beleza das águas, de cor límpida e
cintilante. Veja como a água, de encontro ao seu corpo, provoca reações agradáveis na sua pele e na sua respiração.
Associe essa sensação às suas lembranças, o contato com a água, os pensamentos que vêm à imaginação. Nade lentamente
até o ponto que escolher, e aí permaneça. Respire profundamente. Traga até você votos de ânimo e confiança. Relaxe.
Quando se sentir em segurança, solte o corpo, alongue os braços, firmando as mãos na borda do rio. Descanse o corpo
na borda, dobrando cuidadosamente os joelhos. Solte o corpo. Relaxe. Bem devagar repita o movimento, alongue o corpo
para o lado direito, para o lado esquerdo e observe o que esse movimento provoca em você: lembranças, ideias, fatos.
Atentamente associe esse movimento a passagens anteriores da sua vida e esteja atento as impressões que esse movimento
corporal provoca em você. Vá registrando suas ideias. Cada ponto que você vai lembrando serve como base para novas
ideias que irão surgindo. Solte o corpo, relaxe, vibre a seu favor, trazendo pensamentos de firmeza e otimismo. Vá agora
alongando o pescoço, movimentando-o para todos os lados. Verifique como se sente, o que esse movimento desperta em
você. Concentre sua energia em trazer para o seu corpo o equilíbrio que tanto pode lhe beneficiar. Relaxe. Tranquilize-
se. Agora relate a sua experiência

7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
74 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – Barquinho

DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
ETAPA 1
1) pede que o grupo se divida empares, na posição de pé;
2) orienta: as pessoas de cada par, uma em frente a outra, colocam-se próximas à parede e seguram-se mutuamente
pelos punhos;
3) esclarece que uma das pessoas do par deve ser a “condutora” e posicionar-se rente à parede. A “conduzida” está
posicionada à frente da “condutora”;
4) explica: a “condutora”, num movimento alternado de vaivém dos braços, para frente e para trás, que lembra o leve
movimento dos remos de um barquinho, leva a “conduzida” para a frente, em direção a outra parede;
5) solicita que o movimento do par acompanhe a música, isto é, dance enquanto realiza a dinâmica;
6) pede: antes de a “conduzida” encostar-se na parede oposta, a “condutora” para o movimento, sinalizando que a
parede está próxima.
ETAPA 2
1) nesse momento, invertem-se os papéis no mesmo par, sem troca de posição das pessoas participantes, ou seja, a
pessoa que está colocada próximo à parede irá conduzir o movimento;
2) em sequência, as etapas 1 e 2 vão se alternando até acabar a música; cada vez que uma das pessoas inicia a dança
rente à parede, é a “condutora”.
OBSERVAÇÃO: grupos formados por mais de doze pessoas devem ser divididos em dois ou três subgrupos. Nessa
situação, os participantes que não estiverem realizando a dinâmica atuam como “anjos”, cuidando para que os pares
não esbarrem entre si.
MÚSICA: O Bicho Solto. Intérprete: Gera Samba. In: GERA SAMBA. É o tchan. Faixa 2. 4min07.

1- Roda de conversa: o encontro de hoje versa sobre os Direitos Humanos, Exclusão Social, Minorias Sociais, são temas que
inevitavelmente são imbuídos nos preconceitos, mitos e meias verdades propagadas pela mídia ou por grupos sociais que
rejeitam totalmente aqueles considerados diferentes e que tendem a manchar a “cara” e a “beleza” da sociedade. Para
refletir de modo superficial sobre o tema, levando os idosos a iniciarem um processo de reflexão, sugerimos que seja
inicialmente feito um levantamento de crenças, relacionados as minorias sociais, para que depois o grupo possa ir
desconstruindo cada um dos mitos apresentados. Para tanto, sugerimos algumas perguntas motivadoras:
a) Para vocês todos são iguais? Todas as pessoas conseguem ter acesso aos mesmos bens e serviços existentes no nosso
pais?
b) Todas as pessoas possuem na perspectiva de vocês, acesso à educação, esporte, lazer, segurança, etc., com qualidade?
c) Todas as pessoas possuem uma casa segura e que protege os seus membros?
d) Todas as pessoas possuem pelo menos três refeições diárias?
e) Todas as pessoas possuem acesso a saneamento básico (água encanada e potável para o consumo humano, rede de
esgoto, etc.)?
f) Todas as pessoas que vocês conhecem possuem acesso a eletricidade?
g) Todas as pessoas, desde os tempos mais remotos (incluindo a infância e adolescência dos próprios idosos) tiveram
acesso a educação gratuita e de qualidade?
h) Quando vocês eram crianças, alguns de vocês passaram fome?
i) Vocês conhecem alguém que já foi discriminado só por ser negro?
j) Os brancos e negros são abordados da mesma forma pela polícia?
k) As mulheres são respeitadas pelos seus companheiros ou vocês conhecem mulheres que sofrem violência por parte
dos seus companheiros?
l) Vocês conhecem crianças e adolescentes que trabalham em serviço pesado, como a agricultura? E você acha que isso
é correto?

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m) Você sabia que mulheres desempenhando a mesma função do homem ainda possui salário inferior no nosso país em
algumas empresas?
n) Você sabia que no nosso país a maior parte dos jovens assassinados pela polícia são negros e periféricos?
o) Você sabia que o maior número de estupros ocorre com crianças e dentro da própria casa?
p) Você sabia que a maior parte dos homens acredita que as mulheres vítimas de estupro, só foram estupradas pelo fato
de estarem vestindo roupas decotadas de mais?
q) Você sabia que o nosso país foi o último país das américas a libertar os escravos? E quando o fez, não lhes garantiu
absolutamente nada (emprego, renda, alimentação, moradia, etc.)?
r) Você sabia que o nosso pais é o pais que mais mata LGBTI no mundo?
s) Você sabia que o número de LGBTI vítimas do suicídio no nosso pais é altíssimo?
t) Você sabia que o programa de transferência de renda do Governo Federal, a exemplo do Bolsa Família é alvo
constante de críticas por afirmarem que eles produzem preguiçosos e desocupados?
u) Você sabia que uma parcela significativa da sociedade é contrário as cotas raciais?
A partir das respostas apresentadas pelo grupo, o orientador social ou um profissional convidado pode ir fazendo
o contraponto das opiniões apresentadas pelo idoso, sempre apresentando os índices oficiais existentes no nosso
país e que denotam as violências para com as pessoas apontadas como minorias sociais. Para mediar a discussão,
transcrevo um texto de minha autoria, que contém dados oficiais e faz uma reflexão quanto a construção histórica
das minorias sociais no nosso país.

O Brasil e as Minorias Sociais: Um processo de Violação à dignidade humana

Cicero Diógenes Carlos Rodrigues

O Brasil é um país que impera a diversidade de raça, cor, gênero, religiosidade, de povos tradicionais, de
culturas etc., diversidades estas que, ao longo dos séculos foi se mistificando e incorporando-se as características
culturais do povo brasileiro, ora por influência de uma determina cultura que, trazidas pelos colonizadores, eram impostas
aos nativos, ora pela intolerância em decorrência dos preconceitos investido à cultura de outro, como foi o caso dos
negros africanos, escravizados e trazidos para o Brasil como mercadoria e mão de obra. Estes, impedidos de manifestar
suas tradições religiosas e culturais, tiveram que incorporá-la à religiosidade católica, principal religião no Brasil colônia,
prova disto, encontramos na atualidade o sincretismo religioso espalhado pelos rincões deste país. Estes processos de
intolerância, impregnados em uma cultura radical trazida da Europa, incapaz de reconhecer o outro e suas manifestações
como parte de sua identidade, oferece pistas de como se deu o processo de exploração e colonização nestas terras e de
como ainda somos influenciados por estes pensamentos nos dias atuais.
Inicialmente, se faz necessário retornar no tempo, especificamente quando os europeus atracaram na costa
brasileira e aqui encontraram diversos homens e mulheres que povoavam e exploravam esta terra tão rica em belezas
naturais, matérias primas, especiarias e metais preciosos. Aos índios, homens considerados anímicos pelos europeus,
que entendiam que catequizá-los seria a forma mais pertinente de se abrir espaços para uma apropriação das terras e
riquezas, sem que houvesse luta ou resistência. A estes foram impostas de um lado a escravidão, de outro a usurpação
das suas terras e do seu direito de expressar-se na integridade da sua identidade, através das suas manifestações culturais,
religiosas e formas de organização (BARROS, 2008).
Nos últimos anos, houve um avanço, mesmo que timidamente no que se refere a tentarmos restituir a estes
povos, parte daquilo que lhes foi negado e roubado, como a demarcação das suas terras, com a oferta de serviços e
políticas públicas, com o incentivo a preservação da cultura indígena, entre outras (BRASIL, 2016). Porém, no último
ano, o Governo Federal retrocedeu no que tange a estes avanços, primeiro com a redução do orçamento para Políticas
Públicas voltadas aos povos indígenas e mais recentemente com uma Medida Provisória que poderá embargar 748
processos de demarcação de terras indígenas, hoje em andamento no país.
Na mesma linha de exploração, encontram-se os negros africanos, que retirados do seu país, das suas
famílias e histórias, foram trazidos para o Brasil em navios negreiros, em condições sub-humanas, sendo em seguida
comercializados como objetos para os senhores de fazenda e engenho, com o livre direito de explorá-los ou mesmo
sacrificá-los, tudo isso com o aval do estado e da Igreja Católica, instituição de grande influência naquela época. A estes
homens foi negado o direito de ser homem e gozar das prerrogativas legais em vigor, eram tratados como animais, seres
sem alma e que poderiam ser submetidos a qualquer tipo de tortura e humilhação, muitos destes foram torturados até a
morte. Se não lhes eram dados o direito à vida, quanto mais a expressão da sua identidade cultural e religiosa. O Brasil,
foi um dos últimos países das américas a libertar os escravos, fazendo apenas no ano de 1888, submetendo-os a uma
falsa liberdade, pois estes foram lançados à própria sorte, sem qualquer condição de sobrevivência (MIRANDA, 2014).
Na atualidade, a cultura negra no Brasil é sinônimo de resistência e exploração, infelizmente os negros
ainda são minorias em diversos espaços, como universidade, mercado de trabalho formal, entre outros. O Brasil está
entre os 10 países que mais mata jovens no mundo, e de acordo com o site www.anistia.org.br, cerca de 77% dos
assassinatos são de jovens negros, sendo que menos de 8% dos casos chegam a ser julgados, demonstrando o sentimento
de impunidade e de desvalorização com a pessoa humana, em especial das pessoas negras por parte da justiça do nosso
país (ANISTIA, 2017).
Historicamente as mulheres foram e são alvos de intolerância, preconceito e machismo, advindo de uma
sociedade paternalista e machista. No Brasil colônia, o direito de ir e vir da mulher era extremamente restrito e estava
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sobre a supervisão do seu pai ou esposo a quem ela devia submissão e obediência. Segundo Miranda (2014), “elas se
reservavam ao espaço privado, da casa. [...] Durante a vida delas existiam três ocasiões em que poderiam sair do lar, para
se batizarem, para se casarem e para serem enterradas” (MIRANDA, 2014, p. 28). O acesso a escolarização era restrito
apenas para aprender a ler, escrever e contar, estes conhecimentos serviam para prepará-las para o casamento que, deveria
acontecer quando a mulher tivesse entre 14 e 15 anos. Em decorrência da visão paternalista e de submissão feminina, o
homem sentia-se, responsável por discipliná-la caso houvesse necessidade, então eram comuns as agressões físicas e os
castigos impostos à mulher. Se a mulher fosse negra, ela deveria servir ao senhor de engenho, principalmente no campo
sexual, como concubina (MIRANDA, 2014).
Hoje, os avanços são relevantes quanto a garantia de direitos da mulher, em 2006, houve a promulgação
da Lei 11340/2016, que passa a punir com maior severidade os homens que cometam qualquer tipo de violência
doméstica contra as suas companheiras. Em 2015, objetivando enquadrar o homicídio de mulheres como crime hediondo,
foi sancionada a Lei 13104/2015, popularmente conhecida como Lei do Feminicídio.
Houve avanços significativos no que tange ao acesso da mulher ao mercado de trabalho formal, exercendo
funções do alto escalão de empresas e governos, com menor disparidade salarial ao dos homens. A obrigatoriedade dos
partidos políticos de registrarem candidatura de pelo menos 30% de mulheres aos cargos públicos do legislativo, abriu
espaço para que as mulheres pudessem efetivar o seu direito a votar, mas também de ser votada e assim, ocupar cargos
no poder executivo e legislativo. O Brasil assistiu a eleição da primeira mulher ao maior cargo político do país, o de
Presidente da República, a qual ela insistia que fosse chamada de PresidentA, chamando a atenção para a sociedade que
este cargo, historicamente ocupado por homens, tinha, agora, à frente uma mulher. Testemunhou-se também pela
primeira vez na história, uma mulher ocupar a presidência do Supremo Tribunal Federal. No campo das Políticas Sociais
do Governo Federal, a mulher passou a ser concebida como prioridade, sendo outorgado o título de Chefe de Família,
como há muito tempo ela já vinha exercendo.
Na contramão dos ganhos sociais e históricos das mulheres nas últimas décadas, há ainda a prevalência do
machismo, e em consequência um alto índice de mulheres assassinadas pelo simples fato de serem mulheres, que apesar
de exercer a mesma função do homem no mercado de trabalho, tem salário inferior pelo simples fato de ser mulher. E
ainda, no mercado de trabalho, a mulher é deixada em segundo plano, mesmo que apresente uma qualificação maior que
a do homem, quando numa entrevista de emprego, pelo fato de que ela pode engravidar e ter que se afastar da empresa.
Outro grupo historicamente, segregado e que são vítimas constante de violência em decorrência da
intolerância, são os homossexuais. Miranda (2014) ao realizar uma viagem no tempo, relata que no período colonial os
homens e mulheres que manifestassem qualquer traço de homossexualidade, eram severamente punidos, inclusive com
a reclusão por longos anos. Já no período colonial, aqueles que fossem considerados homossexuais, sodomitas como
eram chamados, eram condenados à fogueira e seus bens eram confiscados pela coroa. No início do Brasil Republica,
até por volta dos meados do século XX, a homossexualidade era considerada prática de prostituição. Neste mesmo
período a ciência brasileira, considera a homossexualidade como doença. Em 1930, esta concepção do homossexualismo
enquanto doença se tornou mais forte entre a ciência e a sociedade brasileira, aí surgiu os internamentos em hospitais
psiquiátricos, entre outras medidas que estigmatizaram e impediram a inserção social deste grupo. Já no ano de 1980
com o surgimento da AIDS, os homossexuais foram considerados como grupo de risco, em decorrência da ideia de
promiscuidade (MIRANDA, 2014).
Destarte, os processos históricos dos homossexuais, sempre estiveram envoltos no preconceito e no
estigma que, levaram e produziram a exclusão social destes. Nos dias atuais, pode-se considerar como avanço no campo
da inclusão social deste grupo, o reconhecimento da família homoafetiva pelo Supremo Tribunal Federal - STF,
conferindo aos casais homossexuais o direito à união estável, seguindo as mesmas regras e com as mesmas consequências
da união estável heterossexual. Outro ganho social, foi o direito do uso do nome social através do decreto Nº 8.727, de
28 de abril de 2016 que “dispões sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas
travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e funcional” (BRASIL, 2016, p.1).
O uso do nome social por travestis e transexuais, também foi ampliado por vários Conselhos Profissionais que,
permitiram o uso deste nas carteiras profissionais ou em outro instrumento de identificação profissional.
Um outro grupo, que fora historicamente e continua sendo vítima de violação de direitos humanos, são as
pessoas pobres e as extremamente pobres. Segundo Mendonça (2010, p.34) a pobreza e as desigualdades sociais são
uma das formas de violação aos direitos humanos, “por ser uma afronta ao direito econômico de qualquer indivíduo de
ter meios para subsistir com dignidade”. O Brasil é um local de desiguais, a maior parte da riqueza do país está
concentrada nas mãos de poucos, de acordo com MIlá (2015) 1% da população brasileira detém cerca de 25% da renda
nacional. Uma pesquisa mais recente publicada pela ONG britânica Oxfam, chegou à conclusão que 06 brasileiros detém
as mesmas riquezas que os 100 milhões de brasileiros mais pobres do país (BRASIL, 2017).

No Brasil, a desigualdade de riqueza – bens materiais como imóveis ou propriedades, e bens financeiros como aplicações
e ações – é ainda maior que a desigualdade de renda. O 1% mais rico concentra 48% de toda a riqueza nacional e os 10%
mais ricos ficam com 74%76. Por outro lado, 50% da população brasileira possui menos de 3% da riqueza total do País.
(BRASIL, 2017, p.30).

Nas últimas duas décadas, o Governo Federal, tentou proporcionar o acesso a renda para a parcela mais
pobre e miserável do nosso país, assim nasceu o Programa Bolsa Família, um programa de transferência de renda
reconhecido mundialmente pela sua capacidade de redistribuir renda, melhorando a qualidade de vida destas famílias,

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além de proporcionar-lhes o acesso as Políticas Públicas, como meio eficaz de se superar a miséria e a fome (UNESCO,
2010).
Outras políticas públicas foram também sendo inseridas, com o propósito de ampliar o acesso das famílias
pobres aos bens e serviços, dos quais podemos citar: O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico – PRONATEC;
a criação do Fundo de Financiamento Estudantil – FIES; a Criação do Programa Universidade para Todos – PROUNI;
a elevação do Exame Nacional do Ensino Médio como parâmetro avaliador para o acesso ao ensino superior,
possibilitando a disputa de vagas nas Universidades Federais em todo o território nacional, através do Sistema de Seleção
Unificada – SISU, sem ônus para o estudante, dentre outros programas, projetos e serviços.
Na contramão destes avanços, o Governo Federal reduziu drasticamente os recursos para a manutenção de
tais programas, serviços e projetos, impossibilitando a inserção e a manutenção destas famílias no acesso a renda e a
escolarização e em consequência ao mercado de trabalho formal.
Vale ressaltar ainda que outras minorias sociais que, foram segregadas e vítimas do ódio e intolerância,
foram impedidas de exercerem livremente sua cidadania, entre elas, as crianças e adolescentes que precocemente eram
inseridas no mercado de trabalho, realizando trabalhos desumanos, além de serem impedidas de acessarem a
escolarização. As Pessoas com deficiência que eram isoladas do convívio social e tratadas como incapazes de se
socializar. Os Idosos em um país projetado para a juventude, foram e são vítimas de todos os tipos de violência, os
ciganos, os quilombolas e tantos outros que foram e continuam sendo vítimas de uma sociedade machista, homofóbica,
sexista, misógina, racista, classista etc.

2- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Hipertensão, prevenir continua sendo o melhor remédio. Data ____/______/______
Objetivos 1- Discutir com os idosos o que é hipertensão;
2- Apresentar as consequências a curto, médio e longo prazo para a pessoa hipertensa;
3- Trabalhar as estratégias de prevenção da ocorrência de hipertensão;
4- Tratar o exercício físico e a alimentação saudável como caminhos necessários e eficazes a prevenção da
ocorrência de hipertensão;
5- Reduzir o número de idosos hipertensos;
6- Aferir a pressão arterial do idoso;
7- Encaminhar os idosos hipertensos sem acompanhamento médico para o serviço de saúde;
8- Sensibilizar os idosos hipertensos para a adesão ao tratamento médico em caso de hipertensão.
Técnico
responsável
Profissional 01- Técnico de enfermagem – aferir a pressão arterial dos idosos;
Convidado 02- Enfermeiro ou médico – Palestra e encaminhamento dos idosos hipertensos sem tratamento para o
serviço de saúde.
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Cartaz com o tema do encontro ou com “Legal é 12 por 8”;
4- Cartão com identificação do idoso e local para que o técnico de enfermagem anote a pressão arterial do
idoso;
5- Blocos de encaminhamento para o serviço de saúde (ver com o profissional da ESF);
6- Local discreto e silencioso para o técnico realizar a aferição da pressão arterial;
7- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
8- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
9- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
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5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. NATUREZA
Imagine-se em um local cheio de árvores. Algumas são baixas, outras médias e altas. Observe que mesmo as de baixo porte
mantêm as mesmas características das outras, a não ser pela altura. Fique por um tempo próximo às árvores, observe o
tamanho delas. De onde você está perceba as folhas, o tronco, os galhos. Relaxe.
Continue admirando o espaço, olhe as pequenas variações de tons do solo, a cor, a textura, alternâncias no amontoado das
terras. Invariavelmente os pássaros pousam nas árvores a cada momento, especialmente nas mais baixas. Veja ainda que,
ao pousar na árvore, logo revoam sobre o chão apanhando grãos, e nas árvores, bicando as folhas e flores ou apanhando
restos de alimentos por ali esparramados. A chuva caída há pouco trouxe umidade, enxurrada e lama, os pássaros se
aproveitam dessa doação. A interação é belíssima, observe e relaxe. Associe esse processo de interação com o seu próprio
corpo, visualizando o seu espaço de vida e de desenvolvimento: como está atualmente; como tem sido; que maneira tem
encontrado para atuar no campo ambiental, cultural, social, psicológico, profissional.
Continue acompanhando o movimento dos pássaros. Muitas vezes observar a natureza auxilia na melhor compreensão de
nós mesmos e na expansão do senso de realidade. A temperatura é a ideal. O chão lavado diminui o calor e propicia a
chance da revoada e pouso na terra a qualquer instante. O ir e vir é constante e deixa no chão as marcas das patas pequeninas,
mas firmes, de cada um desses animais. O burburinho é constante. Cada um tem intenção de comunicar-se, mostrando ao
outro as suas próprias expectativas durante o encontro social. Relaxe. Focalize sua atenção em algum desses pássaros
perceba o movimento dele, os detalhes de cor, tamanho, perfil e forma de interação.
Veja o tipo de energia que ele irradia e a sensação, sentimento que inspira em você. Agora tente identificar se você tem
alguma semelhança com esse animal. Observe também as características consideradas negativas. Analise como se sente
diante das características positivas e negativas identificadas. Veja a possibilidade de alargar sua memória e buscar
momentos de sua própria vida que se assemelhem a esses que você está vivenciando. Caso consiga rememorar algum fato,
coloque nele a sua atenção plena. Procure observar como se sentia na ocasião, o que o fato despertava em você, a atuação
individual e grupal e a influência de tais atitudes na sua vida. Ao mesmo tempo que rememora, vá observando atentamente
o movimento dos pássaros. Relaxe. Contemple-os indo uns ao encontro dos outros, em harmonia. Voando de galho em
galho. Voar significa planar, alçar voo rumo a horizontes. Pousar significa assentar, redimensionar a energia para um lugar
seguro, propiciando o próximo passo a ser realizado, rumo a horizontes plenos de vida e de amor.
A possibilidade do movimento espontâneo garante a sensação de liberdade, do “novo”.
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Permanecer dá a possibilidade de novas descobertas em conjunto, aproveitando o que cada um tem de melhor, o que tem
de interessante e produtivo.
Relaxe e avalie as suas próprias possibilidades de crescimento. Pense no fortalecimento do seu potencial de criatividade e
de autoconhecimento. Relaxe. Solte os seus músculos, solte a sua imaginação, sinta-se flutuando como os pássaros e, nesse
vôo, veja a satisfação que seu corpo sente. Permita-se flutuar. O seu corpo, ao flutuar, se expande, relaxando e absorvendo
da atmosfera as alternativas de melhoria de tensões, de diminuição de possíveis conflitos ou ansiedade. Solte. Relaxe.
Sinta-se em paz, seguro e feliz. Relaxe.
Enquanto você está na sua própria visualização de vôo, o grupo que estava sendo observado recebe a chuva que cai
novamente e serve para dispersar o grupo. É o momento de cada um procurar novos rumos.
Lentamente vá retornando do relaxamento. Sinta o seu corpo no colchonete. Mexa os músculos, o corpo todo, bem devagar,
alongando. Pisque os olhos, esfregue uma mão na outra e coloque-as delicadamente sobre os olhos, energizando-os. Ao
olhar o ambiente em volta procure estar com todo o corpo impregnado de energias de paz e liberdade. Vire-se de lado,
coloque agora a mão dominante no colchonete e force o corpo para o lado e para cima, levantando-se. Comente nesse
momento a experiência com o colega do lado.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – Batucar no corpo.
DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) divide os participantes em grupos de três, na posição de pé ou com um dos participantes sentado em cadeira;
2) explica: a pessoa que é tocada fica no meio; as outras duas, as “batucadoras”, colocam-se uma à frente e a outra,
atrás;
3) determina: com as pontas dos dedos, as “batucadoras”
Devem tocar o corpo de quem está nomeio, começando na cabeça seguindo a direção dos pés;
4) lembra, ao grupo, que cada participante deve se cuidar, para não forçar a coluna vertebral e/ou joelhos durante a
dinâmica;
5) orienta que deve ser dada diferente tonicidade aos toques, de acordo com as partes tocadas, por exemplo: “batuque”
suave para rosto e tórax e “batuque” com mais tonicidade para pernas, ombros e braços;
6) pede que o trio dance, enquanto realiza a dinâmica;
7) solicita que façam trocas, ao final da música, até que os três participantes recebam o “batuque”.
MÚSICA: Patuscada de Gandhi. Intérprete: Gilberto Gil. In: 2 é demais. Faixa 21. 2min33.

1- Aferição da pressão arterial: Antes do início da roda de conversa ou palestra, todos os idosos terão sua pressão artéria
aferida e anotada no cartão do idoso, depois da aferição o idoso deverá passar por uma triagem (que pode ser feita pelo
enfermeiro do PSF ou o técnico de referência do serviço ou outro profissional do CRAS ou delegado pela equipe de saúde
da família), onde serão levantadas as hipóteses: 1- Você possui diagnostico de hipertensão?; 2- Você toma algum remédio
para controlar a hipertensão? 3- Você permaneceu os últimos 10-15 minutos sem fazer esforço físico? 4- Você pratica
algum tipo de atividade física? 5- A sua alimentação é pouco, razoável ou muito salgada? 6- Prefere comidas com pouco
ou muito sal? 7- Gosta de comidas mais magras ou prefere aquelas mais gordas? Neste momento, se necessário é feito os
encaminhamentos dos idosos com pressão arterial elevada e anotada na ficha de cadastro do idoso no CRAS;
2- Roda de conversa: (sugerimos que seja convidado um profissional da saúde (médico, enfermeiro) para abordar o tema da
hipertensão, no sentido de sensibilizar os idosos para a identificação da doença, adesão ao tratamento, adesão de hábitos
saudáveis como a alimentação saudável, a prática de atividades físicas, etc.

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Com o objetivo de mediar a discussão, sugerimos algumas perguntas chaves:
a) Alguém aqui possui hipertensão?
b) Alguém faz a aferição periódica da pressão arterial?
c) Vocês sabem qual é a pressão arterial ideal?
d) Vocês preferem comidas com pouco ou muito sal?
e) Para vocês existe relação entre hipertensão, álcool e tabagismo?
f) Quais são as consequências da hipertensão para a saúde e bem-estar do paciente hipertenso?
g) Você sabia que na maioria dos casos a hipertensão é silenciosa?
Outras perguntas.
3- Palestra: “Hipertensão arterial – caminhos para tratar”: Sugerimos que o profissional aborde o que é a hipertensão,
suas causas e principalmente as consequências da doença para o idoso, recomendamos ainda que seja enfatizado a
importância da adesão ao tratamento para que o idoso possa ter uma melhor qualidade de vida.
4- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Crianças e adolescentes protegidos – construindo uma rede de Data ____/______/______
proteção e solidariedade.
Objetivos 1- Apresentar os objetivos e propostas da Campanha Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual
de Crianças e Adolescentes;
2- Conhecer a história de Aracele Cabreiro Crespo
3- Apresentar as concepções de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes;
4- Apresentar as diversas formas de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes;
5- Sensibilizar os idosos para a construção de uma rede de apoio, proteção e solidariedade da criança e do
adolescente;
6- Reduzir o número de idosos que exploram sexualmente crianças e adolescentes;
7- Apresentar o sistema de garantia de direitos do município;
8- Trabalhar as consequências biopsicossociais do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes;
9- Apresentar os comportamentos que podem sinalizar a vivencia de uma situação de abuso ou exploração
sexual de crianças e adolescentes.
Técnico
responsável
Profissional 1- Psicólogo do CREAS.
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Caixa de som;
4- Projetor multimídia;
5- “Bibliografia de Araceli Cabreiro Crespo” em power point ou vídeo para ser exibido;
6- Música “O meu corpo é um tesourinho”;
7- História infantil “O segredo da Tartanina”;
8- Curta metragem “O silêncio de Lara”;
9- Plaquinhas do “Sim” e do “Não”;
10- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
11- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
12- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.

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3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. Imagine um
dia com vento e nuvens, com jeito de chuva. As pequenas aves voam alegremente. O sol se esconde por detrás das nuvens.
Tudo sugere tranquilidade. Observe a possibilidade de realizar um passeio por um local agradável. Imagine você aí no
espaço escolhido e procure se sentar. Aproveite para fazer um alongamento. Repouse os pés na grama verdinha. Observe
o movimento das nuvens e do vento. O ar que sopra no seu rosto suavemente, traz notícias de mudança de temperatura.
Tudo é harmonia. Note a mudança das cores do céu. Alguns pontos vão se escurecendo, trazendo uma chuva fina e morna,
os primeiros pingos resvalam timidamente nas pétalas das flores e nas pequenas folhas, bem como nas grandes folhagens
e molham o ambiente, de folha em folha, deixando um cheiro de terra molhada. Tudo é suavidade e harmonia. Sinta a
umidade, deixada pela chuva morna, que refresca seus pensamentos.
Ande pela grama, respire o cheiro das plantas aí existentes. Relaxe. Atentamente, observe o que a visão das gotas de água
provocam em você, o tipo de sensação, sentimentos e mudanças. Registre as imagens das cores, dos objetos, dos sons, o
cheiro da terra molhada, a temperatura. Relaxe. Lentamente deixe todo o seu corpo experienciar cada detalhe, permita que
as impressões positivas tomem conta do seu ser, proporcionando muito equilíbrio e vá se preparando para voltar. Imagine
caminhando de volta. Sinta o seu corpo no colchonete. Contraia e descontraia os dedos das mãos, dos pés, relaxe. Contraia
e descontraia os músculos dos braços. Relaxe. Contraia e descontraia os músculos das pernas. Relaxe. Contraia e
descontraia todo o corpo. Solte o corpo bem devagar, despertando. Ao regressar da visualização volte mais tranquilo e
otimista, revigorado, sem dificuldades para enfrentar o cotidiano. Relate sua experiência para o colega.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
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importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – Brincadeira de olhar.

DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) solicita que os integrantes se dividam em pares, na posição de pé, uma pessoa frente à outra;
2) esclarece que os “cadeirantes” podem fazer a dinâmica sentados;
3) estabelece que cada participante do par coloque as duas mãos em forma de leque fechado, isto é, com os
dedos juntos e estendidos, de maneira que os olhos fiquem escondidos;
4) explica que devem realizar o movimento de abertura dos dedos, à semelhança de um leque, podendo se
revelar e, em seguida, se desejarem, fechar os dedos e ocultar os olhos;
5) pede que os pares brinquem, ora se aproximando, ora se afastando, ora se abaixando;
6) em sequência, pode sugerir que os participantes brinquem somente com uma das mãos.
MÚSICA: (Veja Banco de Músicas: músicas 40, 97) One Drop. Intérprete: Gilberto Gil. In: Kaya N’gan
Daya. Faixa 2. 5min03.

1- Contação de história: Araceli Cabreira Crespo.

No dia 18 de maio de 1973, Araceli saiu mais cedo da escola, a pedido da mãe, que escrevera um bilhete para a professora.
A menina se dirigiu então a um edifício levando um envelope, que continha — sem que ela soubesse — drogas para ser
entregues a um grupo de rapazes, filhos de famílias ricas e importantes da cidade e que eram conhecidos por seu gosto em
realizar orgias regadas a narcóticos, álcool e sexo.
Ao chegar ao lugar indicado por Lola, que era quem provinha de drogas aos jovens, Araceli se deparou com os rapazes,
que já se encontravam sob os efeitos da cocaína. Estes a atacaram e a mataram com requintes de crueldade, deslocando
seu queixo com socos e lacerando a dentadas seus mamilos, parte da barriga e sua vagina. Segundo uma testemunha, antiga
amante de um dos envolvidos, Araceli foi violentada e dopada com uma forte dose de LSD, à qual não resistiu; exames
periciais constataram depois que a menina foi também asfixiada.
O corpo da garota foi encontrado nu e desfigurado, seis dias depois do crime, em um terreno baldio. Antes, o cadáver havia
sido levado para o bar de Jorge Michelini — a quem supostamente a droga estava dirigida, e cujo sobrinho, Dante, estaria
envolvido no crime — e deixado por vários dias no freezer do lugar, localizado em uma movimentada rua da cidade. Tudo
isto foi feito sem nenhum cuidado em evitar testemunhas, tamanha a certeza da impunidade dos assassinos e seus
cúmplices. Finalmente, um ácido corrosivo foi jogado sobre os restos mortais da menina para dificultar sua identificação.
Apesar de Gabriel Crespo ter reconhecido o corpo da filha por um sinal de nascença, a certeza veio em um dia em que ele
levou o cachorrinho de estimação da menina, Radar, ao Instituto Médico Legal (IML). Ao chegar ao local, o animal —
que tinha recebido esse nome porque sempre a localizava — se dirigiu imediatamente à geladeira e passou a arranhar a
gaveta em que se encontrava o cadáver de sua dona. Este permaneceria ainda dois anos e meio no IML, antes de ser enviado
para uma autópsia no Rio de Janeiro e posteriormente sepultado, em 1976.
Os principais suspeitos do crime foram Paulo Constanteen Helal (o Paulinho) e Dante Michelini Júnior (o Dantinho): o
primeiro, filho de um latifundiário membro da maçonaria capixaba; e o segundo, herdeiro de um rico exportador de café.
De acordo com versões não confirmadas, ambos organizavam festas nas quais se drogavam e violentavam menores em
apartamentos mantidos unicamente para esse fim. Lola, que era irmã de traficantes de Santa Cruz de la Sierra — para onde
se mudou anos depois, deixando para trás marido e filho — havia utilizado a filha como ‘mula’, talvez sem intuir seu
destino.
Embora houvesse testemunhas contra os dois jovens, Paulinho e Dantinho foram absolvidos em um último julgamento,
em 1991, e atualmente nada mais pode ser feito, já que o crime prescreveu. Segundo Louzeiro, mais de dez pessoas que
poderiam ajudar a desvendar o caso foram mortas, entre elas o sargento José Homero Dias, assassinado com um tiro nas
costas, quando estava próximo a finalizar as investigações. Ainda de acordo com o escritor, os acusados tornaram-se “pais
de família católicos, senhores acima de qualquer suspeita” e suas famílias continuam “donas do Espírito Santo” até hoje,
quase quatro décadas depois do assassinato que chocou o Brasil.

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Após a contação da história, convide o grupo a refletir sobre a mesma, informe que a história narra os fatos verídicos que
ocorreram com Araceli, para facilitar a roda de conversa sobre a história, sugerimos algumas perguntas norteadoras:
a) Quem foi Araceli Cabreiro Crespo?
b) O que aconteceu com Araceli?
c) Araceli foi culpada por ser abusada sexualmente e depois assassinada cruelmente?
d) Quem foi o responsável por levar Araceli ao “covil dos lobos” (o local onde estavam seus algozes)?
e) Quem deveria proteger Araceli de fato a protegeu?
f) Os acusados pela morte da menina, pagaram pelo seu crime?
g) Você acha que existem outras Aracelis, que são vítimas do abuso e exploração sexual?
h) O abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes só acontece nos grandes centros?
2- Palestra: Sugerimos que seja convidada a equipe técnica do CREAS, ou caso não seja possível, a equipe do CRAS para
abordar sobre a temática, conceituando o que é abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, apontando as
estatísticas a nível nacional, estadual, regional, municipal ou territorial, apontando os tipos de abusos, entre outros.
Com o objetivo de facilitar a discussão, sugerimos algumas perguntas que, podem motivar a interação dos idosos na
discussão da temática:
a) O que é para vocês abuso sexual de crianças e adolescentes?
b) Fazer com que uma criança ou um adolescente assista a filmes pornográficos ou presenciem relações sexuais é
considerado abuso sexual?
c) Fazer com que uma criança ou um adolescente vejam adultos nus, revistas pornográficas, ou adultos se masturbando
é abuso sexual?
d) Fotografar ou filmar crianças e adolescentes nus, em posturas eróticas é abuso sexual?
e) Ficar observando os genitais de crianças e adolescentes para conseguir se excitar, mesmo que seja de forma escondida,
podendo assustar ou perturbar a criança e/ou o adolescente também é considerado abuso sexual?
f) Falar sobre relações sexuais com crianças ou adolescentes com a finalidade de se excitar ou de deixá-los excitados,
enviando vídeos, imagens, pode ser considerado abuso sexual?
g) Tocar ou acariciar os órgãos genitais de uma criança ou manter relação sexual oral, anal ou genital com uma criança
é considerado abuso sexual?
5- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

87 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
Tema Abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, uma morte em Data ____/______/______
vida – Conversando sobre as consequências biopsicossociais.
Objetivos 1- Apresentar os objetivos e propostas da Campanha Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual
de Crianças e Adolescentes;
2- Conhecer a história de Aracele Cabreiro Crespo
3- Apresentar as concepções de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes;
4- Apresentar as diversas formas de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes;
5- Sensibilizar os idosos para a construção de uma rede de apoio, proteção e solidariedade da criança e do
adolescente;
6- Reduzir o número de idosos que exploram sexualmente crianças e adolescentes;
7- Apresentar o sistema de garantia de direitos do município;
8- Trabalhar as consequências biopsicossociais do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes;
9- Apresentar os comportamentos que podem sinalizar a vivencia de uma situação de abuso ou exploração
sexual de crianças e adolescentes.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Caixa de som;
4- Projetor multimídia;
5- “Bibliografia de Araceli Cabreiro Crespo” em power point ou vídeo para ser exibido;
6- Música “O meu corpo é um tesourinho”;
7- História infantil “O segredo da Tartanina”;
8- Curta metragem “O silêncio de Lara”;
9- Plaquinhas do “Sim” e do “Não”;
10- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
11- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
12- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.

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3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso
e que possa visitar a amostra previamente preparado;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular da Música Paz.


O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica de apresentação do idoso: Buraco da fechadura.
DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) solicita que, em grupo, os integrantes se ponham de pé;
2) esclarece que as pessoas devem caminhar pela sala com os dedos das mãos colocados como se estivessem olhando
através do buraco de uma fechadura;
3) orienta: os “cadeirantes” realizam a dinâmica sentados, e os demais participantes interagem com aqueles;
4) no decorrer da dinâmica, indica determinadas partes do corpo que deverão ser olhadas. Exemplos: pés, cotovelo
direito, mão esquerda, costas, joelho direito e esquerdo, bumbum, barriga;
5) ao citar tais exemplos, pede que as pessoas caminhem, focando as partes do corpo de diferentes participantes.
MÚSICA: (Veja Banco de Músicas: músicas 40, 78). Deixa a vida me levar. Intérprete: Zeca Pagodinho. In: Deixa a
vida me levar. Faixa 3. 4min36.

89 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
1- Contação de história: O segredo da Tartanina (disponível no drive).
Concluida a contação de história, sugere-se que se inicie uma discussão no entorno da mesma, com o objetivo introduzir
a temática do encontro, para tanto, apresentamos algumas perguntas norteadoras/motivadoras, que poderão inquietar os
idosos para a discussão:

a. Por que o baú da Tartanina está tão grande e pesado?


b. Que segredo ela tem guardado dentro desse baú?
c. O que será que a Tartanina sente por guardar um segredo tão sério?
d. O que Tartanina pode fazer para deixar seu baú mais leve?
e. Por que é tão difícil contar um segredo desses para alguém?
f. Como Tartanina se sentiu quando ela contou o segredo para a professora Baléa?
g. Como se sentiram os amigos de Tartanina quando viram que ela estava estranha?
h. Se você fosse amigo da Tartanina, o que faria para ajudá-la?
i. Que outras coisas a Tartanina poderia guardar em seu baú?
j. Que tal colocarmos essas coisas em nossa caixinha de segredo?
2- Roda de conversa/palestra: Na roda de conversa/palestra de hoje, o facilitador abordará as consequências do abuso e
exploração sexual para a criança e o adolescente, abordando as marcas físicas, psíquicas e sociais e como essas marcas
podem acompanhar a vítima por um longo período ou por toda a sua vida, caso essa criança e adolescente não receba
apoio e proteção.
Independente da forma de abuso ou de exploração sexual, sempre haverá traumas que podem ser irreversíveis, ou seja,
o sofrimento poderá permanecer para sempre na vida dessas crianças e adolescentes. As reações podem começar
imediatamente ou depois de um tempo.

Ansiedade excessiva;
Presença de pesadelos, conversas ou gritos durante o sono;
Dificuldade ou medo de dormir;
Perda ou excesso de apetite repentino;
Fazer xixi na cama (enurese noturna), ou problemas intestinais;
Presença de sangramentos, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez, infecções ou dores na região genital e
abdominal;
Comportamento muito agressivo ou muito isolado;
Dificuldade de aprender na escola, quando antes aprendia com facilidade;
Dificuldades de concentração;
Comportamento extremamente tenso, em “estado de alerta”;
Comportamentos muito infantis para a idade;
Tristeza, abatimento profundo ou choro sem causa aparente;
Comportamento sexualmente explícito (ao brincar, demonstra conhecimento sobre sexualidade inapropriado para a idade
Masturbação visível e contínua, brincadeiras sexuais agressivas;
Relutância em voltar para casa; • Ausência na escola por vontade dos pais;
Descaso com as atividades escolares, poucos amigos;
Não confiar em adultos, especialmente os que lhe são próximos;
Ideias e tentativas de suicídio;
Autoflagelação, ou seja, machucar-se por vontade própria;
Fugas de casa;
Hiperatividade, ou seja, não consegue parar de se mexer.

Identificar o abuso ou a exploração sexual é somente o primeiro passo. É preciso denunciar e exigir que a criança ou
adolescente receba os cuidados médicos necessários e o tratamento psicológico para que possa se recuperar dessa
violência, desse trauma.
3- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras

90 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

Para formarmos uma rede de apoio e proteção é importante sensibilizar o idoso a auxiliar na identificação e
comunicação dos possíveis abusos e/ou exploração sexual de crianças e adolescentes as autoridades competentes que
fazem parte do Sistema de Garantia de Direitos.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Uma rede de proteção à criança e ao adolescente. Data ____/______/______
Objetivos 1- Apresentar os objetivos e propostas da Campanha Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual
de Crianças e Adolescentes;
2- Conhecer a história de Aracele Cabreiro Crespo
3- Apresentar as concepções de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes;
4- Apresentar as diversas formas de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes;
5- Sensibilizar os idosos para a construção de uma rede de apoio, proteção e solidariedade da criança e do
adolescente;
6- Reduzir o número de idosos que exploram sexualmente crianças e adolescentes;
7- Apresentar o sistema de garantia de direitos do município;
8- Trabalhar as consequências biopsicossociais do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes;
9- Apresentar os comportamentos que podem sinalizar a vivencia de uma situação de abuso ou exploração
sexual de crianças e adolescentes.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Caixa de som;
4- Projetor multimídia;
5- “Bibliografia de Araceli Cabreiro Crespo” em power point ou vídeo para ser exibido;
6- Música “O meu corpo é um tesourinho”;
7- História infantil “O segredo da Tartanina”;
8- Curta metragem “O silêncio de Lara”;
9- Plaquinhas do “Sim” e do “Não”;
10- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
11- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
12- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;

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4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. Imagine-se
próximo de um rio com águas bem quentinhas. As águas dão a impressão de muita calma. Observe à sua volta, plantas de
beleza fulgurante: coqueiros, bambus e pés de Ipê com pequeninas flores de cor roxa. Prepare-se para entrar no rio e
realizar o contato com as águas. Nade para um lado para o outro, suavemente. Sinta a água bem quentinha relaxando seu
corpo. Continue nadando mansamente, com braçadas firmes. Observe o movimento das águas e identifique-o a seus
sentimentos e pensamentos. Com a sensação do corpo em contato com a água, perceba as ideias que vêm à sua mente.
Observe atentamente. Associe esse movimento a lembranças anteriores. Sinta a beleza das águas, de cor límpida e
cintilante. Veja como a água, de encontro ao seu corpo, provoca reações agradáveis na sua pele e na sua respiração.
Associe essa sensação às suas lembranças, o contato com a água, os pensamentos que vêm à imaginação. Nade lentamente
até o ponto que escolher, e aí permaneça. Respire profundamente. Traga até você votos de ânimo e confiança. Relaxe.
Quando se sentir em segurança, solte o corpo, alongue os braços, firmando as mãos na borda do rio. Descanse o corpo
na borda, dobrando cuidadosamente os joelhos. Solte o corpo. Relaxe. Bem devagar repita o movimento, alongue o corpo
para o lado direito, para o lado esquerdo e observe o que esse movimento provoca em você: lembranças, ideias, fatos.
Atentamente associe esse movimento a passagens anteriores da sua vida e esteja atento as impressões que esse movimento
corporal provoca em você. Vá registrando suas ideias. Cada ponto que você vai lembrando serve como base para novas
ideias que irão surgindo. Solte o corpo, relaxe, vibre a seu favor, trazendo pensamentos de firmeza e otimismo. Vá agora
alongando o pescoço, movimentando-o para todos os lados. Verifique como se sente, o que esse movimento desperta em
você. Concentre sua energia em trazer para o seu corpo o equilíbrio que tanto pode lhe beneficiar. Relaxe. Tranquilize-
se. Agora relate a sua experiência

7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
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disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – cabeça, ombro, joelho e pé.

DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) esclarece que a dinâmica é realizada em grupo, na posição de pé ou sentada, e que os participantes se colocam em
círculo;
2) pontua que um participante cante uma palavra que indica partes do corpo e, ao mesmo tempo, toca ou aponta essas
partes;
3) os demais participantes cantam junto e imitam seus movimentos;
4) a música inicial é: “cabeça, ombros, pernas e pés”;
5) pede que outros participantes, um por vez, criem uma música que fala de quatro partes diferentes do corpo, sempre
finalizando a frase com a palavra “pés”.
Exemplos:
• cabeça, braços, joelhos e pés; cabeça, ombros, cintura e pés.

VARIAÇÕES:
1) partes do corpo em ordem descendente como “olhos, orelhas, boca e pés” ou em ordem ascendente;
2) partes do corpo do mesmo lado como “orelha direita, ombro direito, joelho direito e pé direito” ou de lados
alternados, como, por exemplo, “braço direito, quadril esquerdo, joelho direito e calcanhar esquerdo”;
3) partes da cabeça como “sobrancelhas, nariz, boca e queixo”, do tronco, dos braços ou das pernas.

1- Cine informativo: Será exibido o média-metragem: “O silêncio de Lara”, com o objetivo de forma lúdica mostrar aos
idosos a rede de proteção integral da infância e da adolescência e os meios de acesso.
Para intermediar a discussão, sugerimos a seguintes perguntas motivadoras:
a) Quem é Lara?
b) Com que Lara morava?
c) Lara foi abusada sexualmente por uma pessoa desconhecida? Se não, quem foi o abusador?
d) Lara gostava de ser abusada sexualmente?
e) O abuso era acompanhado de ameaças? Quais? Você acha que essas ameaças contribuíam para que o abuso fosse
continuo?
f) Lara conseguiu denunciar logo? Quais medos impediam com que Lara denunciasse o avô?
g) Lara era uma menina vista como rebelde, problemática. Existiam motivos para isso? Na sua perspectiva o abuso
deixa marcas que aparecem no comportamento e nas relações sociais do abusado?
h) Você sabe a quem comunicar uma suspeita de abuso ou exploração sexual?
i) Você conhece os trâmites policiais e jurídicos em um caso de abuso e exploração sexual?

Visando facilitar a apresentação, o facilitador/mediador pode ir já aprofundando a discussão no entorno de cada


uma das perguntas apresentadas. Se oportuno, deve-se apresentar a função de cada um dos equipamentos que
compõe o sistema de garantia de direitos da proteção integral à criança e ao adolescente.

IMPORTANTE:
Primeiramente é preciso ter claro que não denunciar o abuso sexual pode ser fatal para a criança ou adolescente. A denúncia
é a única forma e a mais correta de se impedir que o abusador continue a praticar seus atos, e que seja punido pela justiça.
Todos somos responsáveis e temos o dever de denunciar.

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E, se você teve conhecimento ou suspeitou que uma criança ou adolescente está sendo abusada(o) sexualmente, mas não
denunciou, saiba que poderá sofrer penalidades. Veja o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente:
Art. 245 – Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção a saúde e de Ensino Fundamental,
préescola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita
ou confirmação de maus tratos contra criança ou adolescente: Pena: multa de três a vinte salários de referência,
aplicando-se o dobro em caso de reincidência.

Se você é pai, mãe ou familiar e descobriu que está ocorrendo o abuso sexual: Em primeiro lugar acredite na criança e no
adolescente, ofereça seu apoio, busque lhe passar segurança e em seguida procure o Conselho Tutelar para fazer a denúncia.
Caso não seja possível, procure a Vara da Infância e da Juventude, o CRAS ou CREAS.

2- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Prevenindo quedas na velhice. Data ____/______/______
Objetivos 1- Discutir sobre quedas e fraturas de ossos na velhice;
2- Apresentar fatores de risco para a queda na velhice;
3- Propor estratégias para a prevenção de quedas na velhice;
4- Construir o arquétipo da casa segura para o idoso;
5- Avaliar junto ao idoso a sua capacidade de deambular em segurança.
Técnico
responsável
Profissional 01- Enfermeiro ou médico – Palestra e encaminhamento dos idosos hipertensos sem tratamento para o
Convidado serviço de saúde.
02- Ou, fisioterapeuta.
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Cartaz com estatísticas de idosos vitimados por quedas;
4- Cartaz com o tema do encontro;
5- Imagens de casa segura e casa não segura para o idoso;
6- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
7- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
8- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;

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6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. NATUREZA
Imagine-se em um local cheio de árvores. Algumas são baixas, outras médias e altas. Observe que mesmo as de baixo porte
mantêm as mesmas características das outras, a não ser pela altura. Fique por um tempo próximo às árvores, observe o
tamanho delas. De onde você está perceba as folhas, o tronco, os galhos. Relaxe.
Continue admirando o espaço, olhe as pequenas variações de tons do solo, a cor, a textura, alternâncias no amontoado das
terras. Invariavelmente os pássaros pousam nas árvores a cada momento, especialmente nas mais baixas. Veja ainda que,
ao pousar na árvore, logo revoam sobre o chão apanhando grãos, e nas árvores, bicando as folhas e flores ou apanhando
restos de alimentos por ali esparramados. A chuva caída há pouco trouxe umidade, enxurrada e lama, os pássaros se
aproveitam dessa doação. A interação é belíssima, observe e relaxe. Associe esse processo de interação com o seu próprio
corpo, visualizando o seu espaço de vida e de desenvolvimento: como está atualmente; como tem sido; que maneira tem
encontrado para atuar no campo ambiental, cultural, social, psicológico, profissional.
Continue acompanhando o movimento dos pássaros. Muitas vezes observar a natureza auxilia na melhor compreensão de
nós mesmos e na expansão do senso de realidade. A temperatura é a ideal. O chão lavado diminui o calor e propicia a
chance da revoada e pouso na terra a qualquer instante. O ir e vir é constante e deixa no chão as marcas das patas pequeninas,
mas firmes, de cada um desses animais. O burburinho é constante. Cada um tem intenção de comunicar-se, mostrando ao
outro as suas próprias expectativas durante o encontro social. Relaxe. Focalize sua atenção em algum desses pássaros
perceba o movimento dele, os detalhes de cor, tamanho, perfil e forma de interação.
Veja o tipo de energia que ele irradia e a sensação, sentimento que inspira em você. Agora tente identificar se você tem
alguma semelhança com esse animal. Observe também as características consideradas negativas. Analise como se sente
diante das características positivas e negativas identificadas. Veja a possibilidade de alargar sua memória e buscar
momentos de sua própria vida que se assemelhem a esses que você está vivenciando. Caso consiga rememorar algum fato,
coloque nele a sua atenção plena. Procure observar como se sentia na ocasião, o que o fato despertava em você, a atuação
individual e grupal e a influência de tais atitudes na sua vida. Ao mesmo tempo que rememora, vá observando atentamente
o movimento dos pássaros. Relaxe. Contemple-os indo uns ao encontro dos outros, em harmonia. Voando de galho em
galho. Voar significa planar, alçar voo rumo a horizontes. Pousar significa assentar, redimensionar a energia para um lugar
seguro, propiciando o próximo passo a ser realizado, rumo a horizontes plenos de vida e de amor.
A possibilidade do movimento espontâneo garante a sensação de liberdade, do “novo”.
Permanecer dá a possibilidade de novas descobertas em conjunto, aproveitando o que cada um tem de melhor, o que tem
de interessante e produtivo.

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Relaxe e avalie as suas próprias possibilidades de crescimento. Pense no fortalecimento do seu potencial de criatividade e
de autoconhecimento. Relaxe. Solte os seus músculos, solte a sua imaginação, sinta-se flutuando como os pássaros e, nesse
voo, veja a satisfação que seu corpo sente. Permita-se flutuar. O seu corpo, ao flutuar, se expande, relaxando e absorvendo
da atmosfera as alternativas de melhoria de tensões, de diminuição de possíveis conflitos ou ansiedade. Solte. Relaxe.
Sinta-se em paz, seguro e feliz. Relaxe.
Enquanto você está na sua própria visualização de vôo, o grupo que estava sendo observado recebe a chuva que cai
novamente e serve para dispersar o grupo. É o momento de cada um procurar novos rumos.
Lentamente vá retornando do relaxamento. Sinta o seu corpo no colchonete. Mexa os músculos, o corpo todo, bem devagar,
alongando. Pisque os olhos, esfregue uma mão na outra e coloque-as delicadamente sobre os olhos, energizando-os. Ao
olhar o ambiente em volta procure estar com todo o corpo impregnado de energias de paz e liberdade. Vire-se de lado,
coloque agora a mão dominante no colchonete e force o corpo para o lado e para cima, levantando-se. Comente nesse
momento a experiência com o colega do lado.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – Caminhar com balão.
MATERIAL: balões de aniversário.
DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) orienta que o grupo se divida em pares, na posição de pé;
2) pede que o grupo encha vários balões de aniversário;
3) explica: cada par pega um balão e caminha sustentando- o, a dois, entre partes do corpo que serão indicadas pelo
facilitador.
Exemplos:
• lateral do tronco, costas, cotovelos, testa, nuca, um dos lados da face, barriga;
1) após oferecer diversas indicações, sugere que cada par invente uma forma diferente de caminhar com o balão;
2) ao final, pode ser sugerido que a dupla estoure o balão, pressionando-o entre partes de seus corpos.
VARIAÇÃO:
• em par, em trio ou em pequenos grupos.
MÚSICA: (Veja Banco de Músicas: músicas 30, 32, 33, 38, 39) Baile dos passarinhos. Intérprete: A Turma do Balão
Mágico. In: Turma do Balão Mágico. Faixa 4. 3min11.

1- Chuva de ideias: Para iniciarmos a atividade, sugerimos que seja realizado uma chuva de ideias com os idosos
relacionados a prevenção de quedas, para tanto, sugerimos algumas perguntas motivadoras que podem ser direcionadas
aos idosos:
a) Algum de vocês sofreu alguma queda no último ano? Se sim, sofreu outras quedas em um período de diferença
inferior a 03 meses?
b) Durante o período em que transcorreu a queda, sofreu dores na região mais impactada/lesionada?
c) A queda ocorreu na rua ou na própria casa?
d) A queda sofrida poderia ter sido evitada?
e) Na queda houveram lesões de pele e ósseo?
f) Você conhece algum idoso que sofreu uma queda e fraturou o fêmur?
g) Conhece algum idoso que fraturou o fêmur e não mais conseguiu deambular sozinho?
h) Conhece algum idoso que teve fratura de fêmur e pouco tempo depois faleceu?
i) Na casa de vocês existe um só piso ou existem diversos pisos com degraus?

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j) Nos locais de declive na casa de vocês existem degraus ou rampas?
k) O banheiro que vocês usam, possuem barras e suportes?
l) O banheiro fica próximo ou distante do quarto?
m) A pessoa que cuida da limpeza da casa de vocês costuma colocar cera ou outro produto para dar brilho ao piso,
deixando-o escorregadio?
n) As ruas da comunidade de vocês, oferece segurança para o deslocamento?
o) As calçadas possuem um único piso, ou cada proprietário constrói a sua calçada como deseja?
p) O posto de saúde da comunidade de vocês está localizado em um espaço de fácil acesso?
q) O posto de saúde possui degraus?
r) No posto de saúde possui rampas?
s) O banco que vocês usam, possui acessibilidade (rampas de acesso, piso antiderrapante, cadeiras para os idosos que
permanecem na filha?);
t) O CRAS ou Centro de Convivência é acessível? Possui piso indicativo, antiderrapante, banheiro acessível com
barras e vaso adaptado)?
u) Nos locais de piso elevado existem rampas?
v) Vocês acham que a estrutura física/arquitetônica da cidade de vocês proporciona acessibilidade, locomoção e
autonomia para o idoso?
w) Se você fosse prefeito ou vereador o que você faria para tornar a cidade mais acessível?

A chuva de ideias, serve para motivar a reflexão do idoso sobre a acessibilidade dos equipamentos públicos e privados
para o idoso, bem como, as ruas, calçadas e locais de uso coletivo, servindo para avaliar e compreender como o idoso se
percebe na comunidade, nas políticas públicas e como ele pode contribuir para que a nossa cidade se torne um local mais
acessível a pessoa com deficiência e a pessoa idosa. Abaixo, segue alguns fragmentos que pode embasar a discussão com
os idosos sobre o tema e motivar novas perguntas.

Estudos realizados em diversos países e no Brasil demonstram que a cada ano um terço dos idosos sofre pelo menos uma
queda, ou seja, um número elevado de idosos caem todos os anos, sofrendo diversas lesões físicas e psíquicas que podem
tornar o idoso domiciliado ou acamado. Olhar para o idoso que sofreu uma queda na tentativa de prevenir outras é fator
fundamental, uma vez que hoje já se sabe que sofrer uma queda é um fator de risco para sofrer outra queda.
Seja ao assentar na cadeira, levantar da cama, tropeçar no corredor ou descer do ônibus, a importância das quedas reside
nas suas consequências. Aproximadamente 3 a 5% das quedas originam ferimentos graves, como lesões corto-contusas,
hematomas e fraturas. Embora a fratura proximal do fêmur (FPF) seja a mais temida, por sua elevada letalidade, as
quedas podem provocar efeitos devastadores na qualidade de vida dos idosos, mesmo que não tenham ocorrido fraturas.
Após a queda, muitos idosos desenvolvem a “síndrome do medo pós-queda”, um intenso distúrbio de marcha provocado
por receio de cair, mesmo na ausência de comprometimento objetivo da capacidade de deambular. Para andar, passam a
depender de um acompanhante, ao qual se agarram firmemente enquanto trocam passos curtos, tendendo a cair. Outros
idosos deixam de sair de casa e abandonam atividades que realizavam cotidianamente, passando a depender parcial ou
totalmente de um cuidador. Deste modo, podem desenvolver atrofia muscular, redução] da amplitude de movimentos e
déficits de marcha e equilíbrio, favorecendo o surgimento de novas quedas.
A taxa de mortalidade por quedas aumenta exponencialmente após os 65 anos; aos 85 anos ela é 10 vezes maior que aos
65 anos! Veja ainda que, embora as mulheres sofram mais quedas que os homens, a mortalidade dos homens é maior. Isto
se deve ao fato de que, entre os homens, muitas vezes a queda é um “marcador” de que algo muito errado está
acontecendo: a exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica, o surgimento de uma fibrilação atrial ou mesmo um
episódio de isquemia do miocárdio.

2- Palestra – Casa segura e a prevenção de quedas na velhice: Na palestra o facilitador deverá abordar os fatores
intrínsecos (relacionados aos fatores biológicos do idoso) e ambientais (aqueles onde o idoso está inserido), propondo
estratégias para a sua superação. No que tange a construção da casa segura para o idoso, sugerimos o uso de imagens
que apontam situações de risco e proteção para a queda do idoso na própria casa, etc.

Aqui vamos mostrar algumas dicas para prevenir quedas e tornar as casas mais seguras para os idosos.
1- No piso...
a) Evite andar só de meias;
b) Tapetes devem ser fixados ou retirados;
c) As cadeiras, poltronas ou sofás devem ter assento a cerca de 50cm de altura e braços, facilitando o sentar e o
levantar;
d) Os fios elétricos de telefone devem estar fixados ao longo das paredes, liberam do as passagens;
e) Os calçados devem ter solados antiderrapantes;
f) Os pisos não devem ser encerados com produtos escorregadios.
2- No banheiro....
a) Nunca tranque a porta do banheiro;
b) Sabonete cai?! Coloque-o dentro de uma meia calça e amarre;
c) É preciso ter um interruptor de luz próximo à porta, ou uma luz de tomada iluminando o banheiro durante a noite;
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d) Um tapete de borracha antiderrapante e barra de apoio na parede do chuveiro são cuidados importantes;
e) Um assento fixo ou uma cadeira de plástico firme e resistente dentro do chuveiro auxilia no banho;
f) Junto à bacia sanitária, na lateral e ao fundo, devem ser colocadas barras horizontais para apoio;
g) A bacia sanitária deve estar a uma altura de 46cm. Se necessário, um elevador de assento pode ser colocado;
3- No quarto...
a) Nunca levante no escuro!
b) É necessário um interruptor de luz ou um abajur próximo à cama;
c) Camas baixas ou altas demais devem ser evitadas, pois dificultam o levantar de forma segura. Se possível, instalar
barra de apoio próxima à cama para auxiliar.
A altura da cama é adequada quando o idoso está sentado na beira da cama e consegue colocar facilmente os dois pés
no chão, variando entre 45 e 50cm.
d) O caminho entre o quarto e o banheiro deve ser sempre iluminado e livre de objetos ou tapetes;
e) Escadas também devem ser bem iluminadas e livres de objetos, com corrimão em ambos os lados e degraus com
tiras antiderrapantes.
4- Na cozinha...
a) Uma fita antiderrapante colocada em frente a pia da cozinha, evita escorregar com água, óleo, etc;
b) Os armários devem ser fixados na parede e de fácil alcance, evitando o uso de bancos ou escadas para alcançar
os objetos.
3- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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101 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
Tema Dia mundial sem tabaco – os malefícios do uso do cigarro para a Data ____/______/______
saúde do idoso.
Objetivos 1- Apresentar os malefícios do uso do cigarro para a saúde da pessoa idosa;
2- Criar uma rede de apoio para o fumante, reduzindo preconceitos e estigmas;
3- Sensibilizar a pessoa idosa para o não uso do tabacão industrializado ou selvagem;
4- Apresentar as propostas de tratamento/apoio para o usuário do tabaco que deseja reduzir o uso;
5- Sensibilizar a pessoa idosa fumante para a prática de ações que reduzam os danos do tabaco no
organismo;
6- Trabalhar a dependência biopsicossocial do fumante em relação ao cigarro;
7- Sensibilizar a pessoa idosa fumante para a adesão aos grupos de fumantes ofertados pelas ESF’s;
8- Sensibilizar o idoso para se protagonista no combate ao uso do tabaco.
Técnico
responsável
Profissional 1- Psicólogo do CREAS.
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Caixa de som;
4- Projetor multimídia;
5- Tema do encontro;
6- Cartazes da campanha nacional de prevenção ao uso do tabaco;
7- Imagens de: pulmões de fumante e não fumante; Dentes de fumantes e não fumantes; pele de fumantes e
não fumantes, etc.;
8- Vídeos educativos sobre o uso abusivo do tabaco;
9- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
10- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
11- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Solicite aos idosos que respondam o questionário abaixo, que deverá ser impresso para todos os idosos, independente do
orientador social saber ou não, se o idoso fuma.
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1. Você fuma? (Se sim, responda as questões a seguir, se não, descarte o questionário);
2. É muito difícil para você ficar 12 horas sem fumar?
3. Você tem um desejo intenso e compulsivo (“fissura”) por cigarros?
4. Você sente necessidade de fumar pelo menos um certo número de cigarros por dia?
5. Você frequentemente se encontra fumando sem ter percebido que havia acendido um cigarro?
6. Você associa o ato de fumar com outros comportamentos tais como tomar café ou falar ao telefone?
7. Você já passou, por acaso, um dia inteiro sem fumar?
8. Você fuma mais depois de ter uma discussão com alguém?
9. Fumar é um dos prazeres mais importantes da sua vida?
10. O pensamento de nunca mais fumar o torna infeliz?
11. Tem desejo de parar de fumar?
12. Se na comunidade houver um grupo de pessoas, que buscam apoio para parar de fumar, você gostaria de
participar?
Obs.: A proposta do questionário é levantar o número de idosos participantes do SCFV que fumam e
manifestam desejo em parar de fumar. O questionário poderá ser enviado junto ao encaminhamento para o
serviço de saúde. A informação deverá ser anotada na ficha do idosos.
5- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
6- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
7- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. Imagine um
dia com vento e nuvens, com jeito de chuva. As pequenas aves voam alegremente. O sol se esconde por detrás das nuvens.
Tudo sugere tranquilidade. Observe a possibilidade de realizar um passeio por um local agradável. Imagine você aí no
espaço escolhido e procure se sentar. Aproveite para fazer um alongamento. Repouse os pés na grama verdinha. Observe
o movimento das nuvens e do vento. O ar que sopra no seu rosto suavemente, traz notícias de mudança de temperatura.

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Tudo é harmonia. Note a mudança das cores do céu. Alguns pontos vão se escurecendo, trazendo uma chuva fina e morna,
os primeiros pingos resvalam timidamente nas pétalas das flores e nas pequenas folhas, bem como nas grandes folhagens
e molham o ambiente, de folha em folha, deixando um cheiro de terra molhada. Tudo é suavidade e harmonia. Sinta a
umidade, deixada pela chuva morna, que refresca seus pensamentos.
Ande pela grama, respire o cheiro das plantas aí existentes. Relaxe. Atentamente, observe o que a visão das gotas de água
provocam em você, o tipo de sensação, sentimentos e mudanças. Registre as imagens das cores, dos objetos, dos sons, o
cheiro da terra molhada, a temperatura. Relaxe. Lentamente deixe todo o seu corpo experienciar cada detalhe, permita que
as impressões positivas tomem conta do seu ser, proporcionando muito equilíbrio e vá se preparando para voltar. Imagine
caminhando de volta. Sinta o seu corpo no colchonete. Contraia e descontraia os dedos das mãos, dos pés, relaxe. Contraia
e descontraia os músculos dos braços. Relaxe. Contraia e descontraia os músculos das pernas. Relaxe. Contraia e
descontraia todo o corpo. Solte o corpo bem devagar, despertando. Ao regressar da visualização volte mais tranquilo e
otimista, revigorado, sem dificuldades para enfrentar o cotidiano. Relate sua experiência para o colega.
8- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
9- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
10- Dinâmica – Caminhar confiante.
DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
ETAPA 1
1) solicita aos participantes que se ponham na posição de pé e formem um grupo;
2) explica que o grupo deve ser dividido em dois subgrupos: o primeiro, composto por participantes “anjos”, vai cuidar
dos demais, e o segundo, formado por pares de “caminhantes”, vai caminhar em par;
3) após a formação do par, estabelece os papéis do grupo de caminhantes: o de “condutor” e o de “conduzido”;
4) esclarece que o “condutor” deve abraçar o “conduzido” pela cintura e caminhar com ele, segurando uma de suas
mãos;
5) em seguida, o “conduzido”, de olhos fechados ou relaxados, permite ser levado pela sala;
6) orienta: os “anjos” circulam na sala, cuidando para que os pares não esbarrem entre si.
ETAPA 2
1) orienta: os “anjos” permanecem “anjos”, e o “condutor” e o “conduzido” trocam de papel, após o final da música;
2) repete a música.
ETAPA 3
1) pede que os dois subgrupos troquem de papel: os caminhantes passam a ser “anjos”, e os “anjos” passam a ser
“caminhantes”;
2) repete os itens 3 a 8.
MÚSICA: (Veja Banco de Músicas: músicas 57, 70, 79) Andar com Fé. Intérprete: Gilberto Gil. In: Mestres da MPB.
Faixa 15. 3min22.

1- Correção do teste: o teste apresentado no início do encontro, agora será avaliado junto aos idosos e depois recolhidos
pela equipe de referência ou pelos orientadores sociais, que posteriormente reportarão aos técnicos do SCFV e/ou a
equipe de Referência da ESF. A correção neste momento, serve para que o idoso já possa refletir sobre o uso abusivo ou
não do cigarro e consequentemente a dependência em relação a este.Se nas perguntas 2, 3 e 4 você respondeu SIM a duas
ou três delas, está fisicamente dependente de cigarros.
Se nas perguntas 5, 6 e 7 você respondeu SIM a duas ou três delas, está fazendo associações de comportamentos
envolvendo o ato de fumar.
Se nas perguntas 8, 9 e 10 você respondeu SIM a duas ou três delas, está psicologicamente dependente de cigarros.
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Muitos fumantes verificam que respondem SIM à maioria das perguntas e que estão dependentes física e
psicologicamente do cigarro, além de fazerem associações de comportamento.
2- Chuva de ideias: com o objetivo de analisar as percepções dos idosos em relação ao uso do cigarro, bem como, descobrir
os mitos, preconceitos e estigmas a ele relacionado, recomendamos uma chuva de ideia que pode partir das seguintes
indagações ou de outra que o orientador social ou o profissional facilitador julgar relevante.
a) Para você o que leva uma pessoa a fumar?
b) O cigarro traz benefícios para a pessoa que fuma? Se sim, quais?
c) O cigarro traz malefícios para a pessoa que fuma? Se sim, quais?
d) As pessoas que fumam, conhecem os malefícios do cigarro para a sua saúde? Se sim, o que leva ela a fumar mesmo
conhecendo todas as implicações a sua saúde?
e) Para deixar de fumar é só querer?
f) Você conhece pessoas que deixaram de fumar se apoio médico, psicológico?
g) Existem métodos medicamentosos que auxiliam em parar de fumar?
h) Como nós poderíamos contribuir para a pessoa que fuma compulsivamente para que ela pare de fumar?
3- Palestra/roda de conversa: Para mediar a discussão sobre o tema, sugerimos o texto a seguir:

A nicotina é uma substância que causa dependência. Se você tem uma necessidade compulsiva por cigarro - isto é, tem
um desejo intenso (fissura) - e não consegue parar ou ficar algumas horas sem fumar, é provável que esteja dependente
da nicotina. É normal, portanto, que os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis; depois desse período, ficar
sem cigarro é tão fácil para você quanto para os que pararam há mais tempo.
A dependência psicológica do cigarro refere-se ao sentido ou à função que ele tem. A forma mais comum de dependência
psicológica é o uso do cigarro para lidar com situações de estresse. Muitas pessoas sentem que o cigarro as relaxa; então,
elas fumam sempre que estão tensas. Se fumar ajuda você a relaxar é porque o cigarro lhe é familiar - ele é familiar da
mesma forma que um amigo próximo - e, assim, é uma fonte de alívio. Outras pessoas usam o cigarro como uma forma
de lidar com a solidão; em um sentido muito real, o cigarro se torna um amigo. Dessa forma, a pessoa se sente triste ao
pensar em parar de fumar - ao pensar em perder um companheiro. Alguns fumantes acham que o cigarro os estimula a
serem criativos e assim fumam mais quando estão trabalhando. Outros fumam mais quando estão contentes ou se
divertindo. O cigarro parece estender o prazer. Esses são exemplos das maneiras como os indivíduos se tornam
psicologicamente dependentes do cigarro.
O ato de fumar envolve várias associações de comportamento ligadas aos hábitos individuais e sociais que criaram,
progressivamente, vínculos, tais como tomar café e logo em seguida acender um cigarro. Se for o seu caso, veja como
funcionam essas e outras associações de um comportamento. Inicialmente, você começou acendendo um cigarro após
tomar café, pois lhe parecia um momento apropriado, ou era uma atividade social comum. Depois de algumas repetições,
essas associações se tornaram constantes, de forma que, agora, cada vez que você pega uma xícara de café, tem desejo
de fumar. Outras associações comuns são: fumar e ingerir bebidas alcoólicas, fumar e falar ao telefone, fumar e escrever
um relatório, fumar e assistir à televisão ou fumar depois de comer. Pense a respeito dessas associações. Existem situações
particulares, eventos ou comportamentos que parecem, quase sempre, fazer com que você automaticamente procure um
cigarro?
O que fazer?
Agora você pode estar dividido, questionando o seu desejo de parar de fumar.
O pensamento de adiar essa decisão pode ser atraente neste momento.
Muitos fumantes sentem-se divididos quanto à decisão de parar de fumar.
Eles querem parar, mas gostariam de continuar fumando para sempre.
Um fato importante para você saber sobre esse desejo ambivalente é que não é necessário livrar-se totalmente do desejo
de fumar antes de efetivamente parar.
Isto é, o desejo de fumar só vai embora se você parar. O que é importante saber é: você quer parar mais do que quer
continuar a fumar?
Para o processo é importante elencar:
Faça, duas listas que vão ajudá-lo a aumentar e fortalecer sua motivação para deixar de fumar. Seja o mais honesto e
cuidadoso possível ao fazer as duas listas. Faça cada lista da forma mais completa possível. Gaste bastante tempo
pensando sobre o que faz você parar e o que faz querer continuar fumando. Seja justo com ambos os lados da questão.
Depois de completar as duas listas, volte e faça um círculo nos itens mais importantes de cada uma. Finalmente, ponha
uma estrela próxima ao item que é mais importante para você, levando em consideração todos os itens.
 Atividade: Proponha aos idosos a construção coletiva das duas listas que de forma coletiva possa contribuir para
ajudar ao idosos que gostaria de parar de fumar, seguindo as seguintes orientações:
a) Seja o mais honesto e cuidadoso possível ao fazer as duas listas. Faça cada lista da forma mais completa possível.
Gaste bastante tempo pensando sobre o que faz você parar e o que faz querer continuar fumando. Seja justo com
ambos os lados da questão.
b) Depois de completar as duas listas, volte e faça um círculo nos itens mais importantes de cada uma. Finalmente,
ponha uma estrela próxima ao item que é mais importante para você, levando em consideração todos os itens.
c) Agora, você está pronto para a avaliação final. Sente-se e olhe para as duas listas, analisando-as. Responda à
pergunta:

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O QUE EU QUERO MAIS: PARAR DE FUMAR OU CONTINUAR FUMANDO?

Estratégia para parar de fumar:


PARADA ABRUPTA (de uma só vez): É quando se para de fumar de uma hora para outra, cessando totalmente o uso de
cigarro. Assim, o indivíduo interrompe abruptamente o uso de nicotina. Em outras palavras, se seu consumo é de dois
maços por dia, você para abruptamente quando fuma seus dois maços usuais hoje e nenhum cigarro amanhã. Qualquer
método gradual de parar não é abrupto. A maior parte dos indivíduos que conseguiram se tornar ex fumantes pararam
abruptamente.
PARADA GRADUAL (aos poucos): No entanto, você pode achar melhor adotar um método gradual. Se você decidir
deixar de fumar utilizando uma estratégia gradual, não deve gastar mais do que duas semanas nesse processo. Diminuir
o número de cigarros usando um período de tempo longo pode tornar a experiência de deixar de fumar mais difícil do que
o necessário, ou seja, pode-se tornar uma forma de adiar e não de parar. As formas de parada gradual são: redução e
adiamento.
REDUÇÃO: Uma abordagem gradual para deixar de fumar é a redução. Reduzir significa contar os cigarros e fumar um
número menor, predeterminado, a cada dia. Por exemplo: um fumante de 30 cigarros por dia pode reduzir o número de
cigarros em cinco, a cada dia, por seis dias, até a data escolhida por ele para deixar de fumar.
EXEMPLO: No primeiro dia, ele pode fumar os seus 30 cigarros usuais.
No segundo 25
No terceiro 20
No quarto 15
No quinto 10
No sexto 5
O dia seguinte, o sétimo dia, será sua data para deixar de fumar, ou seja, seu primeiro dia sem cigarros.
ADIAMENTO: Uma segunda abordagem gradual para deixar de fumar é o adiamento, que significa adiar a hora na qual
você começa a fumar por um número de horas predeterminado a cada dia. Ao começar a fumar em cada dia, não conte
seus cigarros nem se preocupe em reduzir o número que você fuma. Assim, tome a decisão de adiar a hora na qual começa
a fumar por duas horas a cada dia, por seis dias, até a sua data de parar de fumar.
EXEMPLO: No primeiro dia, pode começar a fumar às 9 horas.
No segundo às 11 horas
No terceiro às 13 horas
No quarto às 15 horas
No quinto às 17 horas
No sexto às 19 horas
O dia seguinte, o sétimo dia, será sua data para deixar de fumar, ou seja, seu primeiro dia sem cigarros
4- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

106 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
Tema A pessoa idosa merece respeito, cuidado e proteção. Data ____/______/______
“Campanha de combate a violência contra a pessoa idosa”.
Objetivos 1- Conceituar o que é violência contra a pessoa idosa;
2- Apresentar a conceituação dos diversos tipos de violência contra a pessoa idosa;
3- Sensibilizar a pessoa idosa para a busca e acesso do sistema de garantia de direitos do município, visando
a proteção integral da pessoa idosa;
4- Sensibilizar os familiares dos idosos para o respeito, o cuidado e a proteção da pessoa idosa;
5- Divulgar o sistema de garantia de direitos e de proteção municipal da pessoa idosa;
6- Reduzir o número de idosas vítimas de violência;
7- Conclamar a união da sociedade, da família e do estado para o apoio e combate à violência contra a
pessoa idosa;
8- Divulgar o “Estatuto da pessoa idosa”.
Técnico
responsável
Profissional 1- Profissional da equipe de referência do CREAS.
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Caixa de som;
4- Projetor multimídia;
5- Cartaz com o tema do encontro;
6- Folder informativo;
7- Plaquetas com os termos das violências existentes contra o idoso;
8- Placas com estatísticas dos índices de violência contra o idoso, seja nacional, estadual, municipal ou
regional;
9- Filme: “UP – altas aventuras”;
10- Cópias do estatuto do idoso;
11- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
12- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
13- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.

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3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso
e que possa visitar a amostra previamente preparado;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular da Música Paz.


O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica de apresentação do idoso: Caminhar de expressões.
DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) pede que fiquem em grupo e na posição de pé;
2) explica: os “cadeirantes” podem realizar a dinâmica na posição sentada;
3) pontua e apresenta cada expressão emocional, emitindo sons, uma expressão por vez, enquanto os participantes
caminham pela sala. Em seguida, o grupo o segue;
4) sugere iniciar com quaisquer expressões emocionais e finalizar com emoções positivas, como na sequência abaixo:
espanto, medo, gula, sedução (paquera), fome; satisfação por estar comendo um alimento muito gostoso, paixão, alegria,
amor, prazer.
VARIAÇÃO:
1) o grupo é dividido em subgrupos de 6 a 8 pessoas;
2) o facilitador sorteia três emoções diferentes para cada grupo;
3) os subgrupos ensaiam em separado a sua apresentação;
4) em seguida, forma-se uma plateia composta pelos participantes, e cada subgrupo se apresenta;
5) após cada apresentação, a plateia identifica cada emoção.

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1- Cine informativo: Exibição do filme “UP Altas aventuras”: Quase sempre a exibição de um filme para o grupo dos
idosos é tratado como algo difícil de ser realizado, uns afirmam que “eles não conseguem se concentrar por um longo
período”, “logo eles estarão dormindo”, “é provável que eles se dispersem logo no início da exibição”, entre outras
afirmativas que nos desmotivam em exibir um filme informativo e educacional como estratégia motivadora e lúdica. É
verdade que nos depararemos com alguns idosos que tomarão tal conduta; que cochilarão; que irão se dispersar com
maior facilidade; etc., mas não se angustie, não se desespere, o idoso possui um ritmo de atenção e participação
diferenciado dos demais ciclos de vida, então não se limite em exibir um filme, seja curta, média ou longa metragem, os
idosos participarão ao seu tempo e ao seu modo.
Sinopse: Carl Fredricksen (Edward Asner) é um vendedor de balões que, aos 78 anos, está prestes a perder a casa em
que sempre viveu com sua esposa, a falecida Ellie. O terreno onde a casa fica localizada interessa a um empresário, que
deseja construir no local um edifício. Após um incidente em que acerta um homem com sua bengala, Carl é considerado
uma ameaça pública e forçado a ser internado em um asilo. Para evitar que isto aconteça, ele enche milhares de balões
em sua casa, fazendo com que ela levante vôo. O objetivo de Carl é viajar para uma floresta na América do Sul, um local
onde ele e Ellie sempre desejaram morar. Só que, após o início da aventura, ele descobre que seu pior pesadelo embarcou
junto: Russell (Jordan Nagai), um menino de 8 anos.
2- Roda de conversa/palestra: A exibição do filme é uma estratégia de introduzir o tema da violência contra a pessoa idosa
de uma forma mais leve e lúdica, para tanto, sugerimos que ao termino do filme seja procedido de uma breve reflexão
sobre o tema, tendo o filme como plano de fundo, para tanto sugerimos alguns pontos a serem abordados:
A) As estatísticas apontam que o número de idosos no nosso país vem crescendo vertiginosamente, isso ocorre também
no nosso município. Vocês acham que o nosso país, o nosso estado e o nosso município, a nossa sociedade e as nossas
famílias estão preparadas para garantir direito aos nossos idosos? Não garantir direitos é também um processo de
violência?
B) O que acontece com Carl Fredricksen?
C) No filme, nos deparamos com duas situações de violência, vocês conseguem identificar quais são elas e para quais
ciclos de vida elas são direcionadas? (Recordamos que o Sr. com Carl Fredricksen, recentemente viúvo, se ver diante
das investidas do progresso para que vendam sua casa e ela seja substituída por uma grande construção e do outro
lado no deparamos com Russell, um garoto de apenas 08 anos, deixado de lado, em suas necessidades afetivas pro
pais ocupados e distantes da criança);
D) Carl Fredricksen, corre o risco de ser institucionalizado? (Recordemos que com Carl Fredricksen, foge para não ser
institucionalizado, ou seja, para não ser obrigado a abandonar todas as suas memórias afetivas presentes naquele
território e naquela casa);
E) O isolamento social ocasionado pela apropriação indevida dos grandes empreiteiros, da ausência de membros
familiares, do próprio processo de envelhecimento, pode ser considerado uma violência/ (Lembremo-nos que o
isolamento social traz ao idosos sofrimentos intensos e que pode desencadear no adoecimento e até na própria morte
do idoso, quando impomos a este idoso a nossa cultura [no caso, a cultura do desenvolvimento, da substituição do
“velho” pelo moderno] é considerado uma violência social e cultural, uma vez que lhes tiram o direito de preservar
as suas memórias individuais e coletivas);
F) Roubar e romper com os vínculos comunitários é um ato de violência? (Carl não tinha nada que o prendesse àquele
lugar, apenas a casa, no decorrer da sua vida com Ellie não teve filhos, assim não tinha pra quem deixar um legado
e suas histórias, então quando decidiu viajar para o Paraíso das Cachoeiras, levou seu maior bem, que era a casa e
todas as lembranças que ali estavam).
G) Negar o direito de decidir sobre a sua vida, sobre os seus bens é considerado violência? (Sim, negar ao idoso o direito
de decidir sobre si e sobre os seus pertencer é uma violência! A falta de autonomia, muito recorrente na visão sobre
o velho, está presente em Up! quando o Sr. Fredricksen, sem direito ou opção de permanecer em casa, se vê obrigado
a fugir, chegando ao extremo de carregar a própria casa nas costas. Ele sabia que não tinha qualquer outra escolha.)
Sugerimos ainda alguns pontos que podem servir de base para a reflexão com os idosos:
 Nas cenas iniciais, fica evidente a visão do velho como alguém rabugento, um peso a ser carregado, uma ameaça,
além de pessoa sem autonomia.
 Fredricksen era um senhor rabugento, não muito adepto a modernidade e sem a intenção de relacionar-se, porém
Russell com o passar a da viagem derreteu seu coração e ganhou sua confiança. No momento que Fredricksen
tinha que escolher entre colocar a casa no tão lugar esperado ao lado das cachoeiras ou ajudar Russell a defender
Kevin, a ave que virou sua amiga, decidiu ir ajudar o “defensor da natureza” e deixar seus planos pra trás,
mostrando seu envolvimento com Russell.

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 Os relacionamentos pessoais na terceira idade reduzem bastante, isso se deve principalmente pelo afastamento
do trabalho. Conforme o capítulo dezoito do livro de Papalia, o trabalho é uma conveniente fonte para o contato
social, assim os indivíduos que se aposentaram há mais tempo tem menos contatos sociais.
 Os relacionamentos e a saúde andam de mãos dadas, porque o apoio emocional ajuda as pessoas mais velhas a
manter a satisfação de vida, em face ao estresse. Fredricksen não tinha nenhuma relação pessoal, permanecia o
máximo possível dentro de sua casa.
 Com o passar do filme vemos a importância dos relacionamentos nessa fase avançada do desenvolvimento.
Através da amizade Fredricksen pode se sentir apreciado novamente, Russell confidenciou seus problemas com
sua família e Fredricksen pode perceber como o afeto fazia falta, tanto na fase final como na inicial da vida.
 No filme UP! Altas Aventuras percebemos que a sociedade possui uma construção baseada na marginalização e
incompreensão da velhice, presentes claramente nas mídias e nos discursos. Isso talvez aconteça pelo fato de
vivermos em uma sociedade capitalista onde tem mais valor aquele que ainda produz.
 Baseado em relatos de casos e pesquisa, percebemos ainda ser comum, em nossa sociedade, que a família tome
decisões pelos velhos, não dando voz, autonomia e direito de opinião a eles e, quando questionam essas questões,
são vistos como teimosos e rabugentos.
 Desta forma, pode-se concluir que a sociedade ainda tem uma construção baseada na marginalização e
incompreensão da velhice, presentes em muitas mídias e nos discursos sociais. Isso talvez aconteça pelo fato de
vivermos em uma sociedade capitalista onde tem mais valor quem produz, quem tem do que quem é. O velho ainda é
visto como improdutivo, portanto, sem valor - um peso a ser carregado.
 Este pensamento, presente no filme desde as cenas iniciais, marcam a imagem do velho como alguém frágil,
improdutivo, sem autonomia, rabugento e ainda sofrendo pela perda da esposa. Afinal, pensam os outros, um velho
ocupa um espaço onde um edifício pode ser construído, um imóvel que gere lucros e não algo improdutivo.

3- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema Criando uma rede de cuidado – identificando as violências contra a Data ____/______/______
pessoa idosa.
Objetivos 1- Conceituar o que é violência contra a pessoa idosa;
2- Apresentar a conceituação dos diversos tipos de violência contra a pessoa idosa;
3- Sensibilizar a pessoa idosa para a busca e acesso do sistema de garantia de direitos do município, visando
a proteção integral da pessoa idosa;
4- Ajudar os idosos a identificarem possíveis idosos vítimas de violência;
5- Sensibilizar os familiares dos idosos para o respeito, o cuidado e a proteção da pessoa idosa;
6- Divulgar o sistema de garantia de direitos e de proteção municipal da pessoa idosa;
7- Reduzir o número de idosas vítimas de violência;
8- Conclamar a união da sociedade, da família e do estado para o apoio e combate à violência contra a
pessoa idosa;
9- Divulgar o “Estatuto da pessoa idosa”.
Técnico
responsável
Profissional 1- Profissional da equipe de referência do CREAS.
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Painel com o título “O que precisamos fazer para que o idoso envelheça com qualidade, respeito e
inclusão? ”; (O cartaz representa um manifesto da pessoa idosa que demonstra os caminhos para a
superação das desigualdades, inclusões e violências impostas a pessoa idosa e deverá ser exposto por
um período na recepção do CRAS ou Centro de Convivência);
4- Caixa de som;
5- Projetor multimídia;
6- Cartaz com o tema do encontro;
7- Folder informativo;
8- Plaquetas com os termos das violências existentes contra o idoso;
9- Placas com estatísticas dos índices de violência contra o idoso, seja nacional, estadual, municipal ou
regional;
10- Filme: “UP – altas aventuras”;
11- Cópias do estatuto do idoso;
12- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
13- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
14- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

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1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça ao idoso que manifeste no painel, através de desenho, de escrita (pode ser uma frase, uma palavra, um poema, um
texto), sobre “O que precisamos fazer para que o idoso envelheça com qualidade, respeito e inclusão? ”. Lembremos que
o painel ficará exposta na recepção do CRAS ou Centro de Convivência por um período enquanto manifesto da pessoa
idosa para que elas tenham qualidade de vida, dignidade, garantia de direitos. A atividade pode ser levada para os demais
serviços visando sensibilizar a comunidade como um todo sobre a importância de garantir dignidade, igualdade e inclusão
a pessoa idosa, dito por ela mesmo.
4- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
5- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
6- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
7- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. Imagine-se
próximo de um rio com águas bem quentinhas. As águas dão a impressão de muita calma. Observe à sua volta, plantas de
beleza fulgurante: coqueiros, bambus e pés de Ipê com pequeninas flores de cor roxa. Prepare-se para entrar no rio e
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realizar o contato com as águas. Nade para um lado para o outro, suavemente. Sinta a água bem quentinha relaxando seu
corpo. Continue nadando mansamente, com braçadas firmes. Observe o movimento das águas e identifique-o a seus
sentimentos e pensamentos. Com a sensação do corpo em contato com a água, perceba as ideias que vêm à sua mente.
Observe atentamente. Associe esse movimento a lembranças anteriores. Sinta a beleza das águas, de cor límpida e
cintilante. Veja como a água, de encontro ao seu corpo, provoca reações agradáveis na sua pele e na sua respiração.
Associe essa sensação às suas lembranças, o contato com a água, os pensamentos que vêm à imaginação. Nade lentamente
até o ponto que escolher, e aí permaneça. Respire profundamente. Traga até você votos de ânimo e confiança. Relaxe.
Quando se sentir em segurança, solte o corpo, alongue os braços, firmando as mãos na borda do rio. Descanse o corpo
na borda, dobrando cuidadosamente os joelhos. Solte o corpo. Relaxe. Bem devagar repita o movimento, alongue o corpo
para o lado direito, para o lado esquerdo e observe o que esse movimento provoca em você: lembranças, ideias, fatos.
Atentamente associe esse movimento a passagens anteriores da sua vida e esteja atento as impressões que esse movimento
corporal provoca em você. Vá registrando suas ideias. Cada ponto que você vai lembrando serve como base para novas
ideias que irão surgindo. Solte o corpo, relaxe, vibre a seu favor, trazendo pensamentos de firmeza e otimismo. Vá agora
alongando o pescoço, movimentando-o para todos os lados. Verifique como se sente, o que esse movimento desperta em
você. Concentre sua energia em trazer para o seu corpo o equilíbrio que tanto pode lhe beneficiar. Relaxe. Tranquilize-
se. Agora relate a sua experiência

8- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
9- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
10- Dinâmica – caminhar de transformação dos bichos.

DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
1) pede que o grupo se ponha de pé;
2) divide o grupo em dois subgrupos: metade “gatos” e metade “cachorros”;
3) traça uma linha imaginária no meio da sala, marcando- a com objetos colocados próximos às paredes, tal como um
par de sapatos;
4) explica que os subgrupos devem se colocar nos extremos da sala e caminhar em direção ao outro extremo,
vivenciando seu “bicho”, isto é, realizando a mímica e sons deste;
5) esclarece que, ao se aproximar da linha mediana da sala, transformem-se no outro “bicho”, assumindo-o ao passar
pela referida linha, ou seja, quem era “gato” transforma-se em “cachorro”;
6) deve repetir a “transformação” algumas vezes.

3- Chuva de ideias e discussões: Dentro da campanha Mundial de Combate a Violência contra a Pessoa Idosa, sugerimos
sensibilizar os próprios idosos a se tornarem protagonistas na defesa do envelhecimento saudável sem qualquer tipo de
violência, negação de direitos. Para tanto, iniciaremos a discussão do encontro, sugiro que os idosos sejam indagados
sobre o processo de violência, suas manifestações e como o idoso responde a violência, seja no campo físico, psíquico e
social, para mediar a discussão, sugerimos a seguir, algumas perguntas:
a) A violência contra a pessoa idosa é uma realidade na nossa comunidade ou vocês acham que só acontece em outras
cidades maiores? (A violência contra a pessoa idosa é uma violação dos direitos humanos e é uma causa importante
de lesões, doenças, isolamento e falta de esperança. Enfrentar a violência a pessoa idosa requer um enfoque
multidisciplinar).
b) Quais os tipos de violência contra a pessoa idosa existem? (Em um painel, tome nota, pois iremos discutir cada uma
delas posteriormente);

113 | P l a n e j a m e n t o S e m e s t r a l d o S C F V p a r a a P e s s o a I d o s a
c) Na opinião de vocês o violentador é uma pessoa próxima ao idoso, como filhos, netos, irmãos ou pessoas que não
mantem relações vinculares com ele? (A violência à pessoa idosa ocorre na sua grande maioria no contexto
familiar, praticada por um membro da família da pessoa idosa. Muitas vezes, em defesa do agressor (filho, filha,
neto, neta...) o idoso se cala, omite e muitas vezes, somente a morte cessará a cadeia dos abusos e maus tratos
sofridos. É muito difícil penetrar na intimidade da família).
d) Na opinião de vocês, o que leva o idoso a não informar a vivencia da violência e muitas vezes preferir o silêncio a
ajuda? (A sociedade e muitos dos idosos consideram que as condutas são normais da idade. Há resistência e
dificuldade nos idosos, nos profissionais e na sociedade em falar sobre o tema e consequentemente a sua negação. É
preciso romper com este silêncio).
e) Para vocês como a sociedade concebe a velhice? Podemos dizer que a sociedade e a família enxergam o velho e a
velhice como uma fase da vida repleta de possibilidades e realizações? (Simone de Beauvoir no clássico livro A
Velhice afirma que há uma "conspiração do silêncio" contra a velhice, manifestada por alguns grupos sociais que
perpetuam uma imagem da velhice como fase temida e apavorante da vida. A violência contra a pessoa idosa é
parte dessa conspiração);
f) O idoso que é vítima de violência, apresenta marcas no corpo e na psique? Se sim, quais podemos apontar?
g) Quais caminhos podemos nós idosos, sociedade, família e estado traçar para a superação das situações de violência
contra a pessoa idosa? (Todas as formas de violência precisam ser enfrentadas. Minayo considera que o maior
antídoto contra a violência é a ampliação da inclusão na cidadania. Como prevê o Estatuto do Idoso, todas as
formas de aumentar o respeito, todas as políticas públicas voltadas para sua proteção, cuidado e qualidade de vida
precisam considerar a participação dos idosos, grupo social que desponta como ator fundamental na trama das
organizações social do século XXI).

Com o objetivo de mediar a discussão, apresentamos abaixo a conceituação e as tipologias de violências mais
comum relacionadas a pessoa idosa:

O que é a violência contra a pessoa idosa:


A violência contra a pessoa idosa se define como qualquer ato, único ou repetitivo, ou omissão, que ocorra em qualquer
relação supostamente de confiança, que cause dano ou incômodo à pessoa idosa.
A violência à pessoa idosa pode ser definida como ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a
integridade física e emocional das pessoas desse grupo etário e impedindo o desempenho de seu papel social. A violência
acontece como uma quebra de expectativa positiva dos idosos em relação às pessoas e instituições que os cercam (filhos,
cônjuge, parentes, cuidadores e sociedade em geral).

Tipos de violências contra a pessoa idosa:


• Violência Física: é o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar
dor, incapacidade ou morte.
• Violência Psicológica: corresponde a agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir
a liberdade ou isolar do convívio social.
• Violência Sexual: refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou heterorrelacional, utilizando pessoas idosas. Esses
abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças.
• Abandono: é uma de violência que se manifesta pela ausência ou deserção dos responsáveis governamentais,
institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência.
• Negligência: refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis
familiares ou institucionais. A negligência é uma das formas de violência mais presente no país ela se manifesta,
frequentemente, associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para
as que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade.
• Violência Financeira ou econômica: consiste na exploração imprópria ou ilegal ou ao uso não consentido pela pessoa
idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais.
• Autonegligência: diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria a saúde ou segurança, pela recusa de
prover cuidados necessários a si mesma.
• Violência Medicamentosa: é administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos, de
forma indevida, aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos.
• Violência Emocional e Social: refere-se a agressão verbal crônica, incluindo palavras depreciativas que possam
desrespeitar a identidade, dignidade e autoestima. Caracteriza-se pela falta de respeito à intimidade; falta de respeito aos
desejos, negação do acesso a amizades, desatenção a necessidades sociais e de saúde.

Apresentamos ainda alguns fatores de risco que pode sinalizar a situação de violência contra a pessoa idosa, sugerimos
trabalhar cuidadosamente e extensivamente com a pessoa idosa cada uma delas, uma vez que pretendemos construir
uma rede de apoio e solidariedade formada pelos idosos, pelos seus familiares, a sociedade e o estado.

Situações e Fatores de Risco


Entre as diversas circunstâncias que podem favorecer a VCPI podemos destacar:
– A dependência em todas as suas formas (física, mental, afetiva, socioeconômica);
– Família com vínculos aparentemente fragilizados ou rompidos;

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– Existência de antecedentes de violência familiar;
– Isolamento social;
– Psicopatologia ou uso de dependências químicas (drogas e álcool);
– Relação desigual de poder entre a vítima e o agressor.
Além das situações anteriores, podemos destacar ainda:
– Comportamento difícil da pessoa idosa;
– Alteração de sono ou incontinência fecal ou urinária que podem causar um estresse muito grande no cuidador.

SITUAÇÕES DE RISCO

Associadas a vítima Associadas ao agressor


• Dependência física sem condições de • Estresse e isolamento social do cuidador
desenvolver suas AVD’s • Problemas econômicos ou dependência
• Dependência psíquica: alteração das econômica da vitima
funções cognitivas • Abuso de drogas
• Dependência emocional: associada a • Diferentes tipos de transtorno mental
transtornos emocionais • Único cuidador
• Isolamento social;
Associadas a questões estruturais Violência Institucional
• Pobreza absoluta • Profissionais sem formação profissional
• Discriminação etária • Baixos salários
• Estereótipos da velhice • Sobrecarga de trabalho ou número insuficiente
• Relações intergeracionais de profissionais
desrespeitosas • Escassez de recursos materiais
• Descumprimento das leis que • Normas de funcionamento inadequadas
protegem os idosos • Falta de controle e fiscalização

Indicadores de violência contra a pessoa idosa:

Na pessoa idosa
– Parece ter medo de um familiar ou de um cuidador profissional
– Não querer responder quando se pergunta, ou olha para o cuidador antes de responder
– Se comportamento muda quando o cuidador entra ou sai do espaço físico onde se encontra
– Manifesta sentimento de solidão, diz que precisa de amigos, família, dinheiro, etc
– Expressa frases que indicam baixo autoestima: "não sirvo pra nada", "só estou incomodando"
– Se refere ao cuidador como uma pessoa com "gênio forte" ou que está frequentemente "cansada"
– Mostra exagerado respeito ao cuidador

No cuidador, possível agressor


– Sofre um importante nível de estresse ou sobrecarga nos cuidados com a pessoa idosa
– Dificulta ou evita que o profissional e a pessoa idosa conversem em particular
– Insiste em contestar as perguntas dirigidas a pessoa idosa
– Põe obstáculos para que se proporcione no domicilio a assistência necessária a pessoa idosa
– Não está satisfeito com o fato de ter de cuidar da pessoa idosa
– Mostra descontrole emocional, fica sempre na defensiva
– Mostra-se excessivamente "controlador" nas atividades que a pessoa idosa realiza na vida cotidiana.
– Tenta convencer aos profissionais de que a pessoa idosa é "louca" ou "demenciada"
– Culpabiliza o idoso por tudo que acontece, inclusive nas suas condições de saúde.

Na interação da pessoa idosa e o cuidador


– Observar as histórias divergentes, contraditórias ou estranhas acerca de como um determinado fato ocorreu
– Observar se há relação conflitiva entre o cuidador e a pessoa idosa, com frequentes discussões, insultos, etc
– Se houve conflitos ou crises familiares recentes
– O cuidador mostra-se hostil, cansado ou impaciente durante a entrevista e a pessoa idosa está demasiadamente
agitada ou indiferente na sua presença
– A relação entre os dois é de indiferença mútua.

4- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando,
resmungando, cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o
momento não ultrapasse 30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída
a exposição dos temas, deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de

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jogos de tabuleiro, dominó, baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas,
etc., bem como cadeiras disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa
conversar com os seus pares, com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso
que aparentemente é apático, não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite
isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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Tema O Sistema de Garantia de Direitos da Pessoa Idosa. Data ____/______/______
Objetivos 1- Conceituar o que é violência contra a pessoa idosa;
2- Apresentar a conceituação dos diversos tipos de violência contra a pessoa idosa;
3- Sensibilizar a pessoa idosa para a busca e acesso do sistema de garantia de direitos do município, visando
a proteção integral da pessoa idosa;
4- Ajudar os idosos a identificarem possíveis idosos vítimas de violência;
5- Apresentar o Sistema de Garantia de Direitos mínimo da Pessoa Idosa garantidos no ECA e na PNPI;
6- Orientar como pode ser feito o acesso ao sistema de garantia de direitos da Pessoa Idosa no municipio;
7- Sensibilizar os familiares dos idosos para o respeito, o cuidado e a proteção da pessoa idosa;
8- Divulgar o sistema de garantia de direitos e de proteção municipal da pessoa idosa;
9- Reduzir o número de idosas vítimas de violência;
10- Conclamar a união da sociedade, da família e do estado para o apoio e combate à violência contra a
pessoa idosa;
11- Divulgar o “Estatuto da pessoa idosa”.
Técnico
responsável
Profissional 1- Profissional da equipe de referência do CREAS.
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Regras de convivência;
3- Painel com o título “O que precisamos fazer para que o idoso envelheça com qualidade, respeito e
inclusão? ”; (O cartaz representa um manifesto da pessoa idosa que demonstra os caminhos para a
superação das desigualdades, inclusões e violências impostas a pessoa idosa e deverá ser exposto por
um período na recepção do CRAS ou Centro de Convivência);
4- Caixa de som;
5- Projetor multimídia;
6- Cartaz com o tema do encontro;
7- Folder informativo;
8- Plaquetas com os termos das violências existentes contra o idoso;
9- Placas com estatísticas dos índices de violência contra o idoso, seja nacional, estadual, municipal ou
regional;
10- Imagens ou símbolos do: CRAS, CREAS; Delegacia de Polícia Civil; Ministério Público; Poder
Judiciário; Posto de Saúde; Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa; etc.
11- Filme: “UP – altas aventuras”;
12- Cópias do estatuto do idoso;
13- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
14- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
15- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;

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1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;
6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

Ou: Dança Circular.

O orientador social convida os idosos para um breve momento de interiorização, onde cada um com a sua fé e
espiritualidade, elevará a Deus, ao Universo, uma prece silenciosa onde cada um colocará em seus pensamentos pessoas,
situações em que pedem e todas aqueles por que agradecer. Oriente aos idosos que fiquem em círculo de mãos dadas, mas
que tentem se imaginar sozinhos, diante daquele a quem eles depositam sua fé e esperança, se possível (respeitando aqueles
idosos que sofrem de labirintite ou outros transtornos que podem causar-lhe tontura e uma possível queda) fechem os olhos
e interiorizem as suas preces, diga que movimentem o corpo lentamente, ao compasso da música. O orientador social põe
a música para tocar enquanto todos relaxam. No final, pode-se colocar a música mais uma vez para que todos a cantem.

Pode-se também realizar um breve momento de relaxamento, onde os idosos sentados poderão interiorizar pensamentos
e ações positivas à pessoas e situações desejadas. Põe-se uma música relaxante (Coldplay The Scientist – Instrumental),
peça aos idosos que se sentem confortavelmente, que possam se deixar guiar pela música, que possa encontrar o seu ponto
de relaxamento, inspire e espire, sinta o ar que adentra o seu corpo pelas suas narinas, e que purifica todo o teu ser,
retornando com todas as tuas dores, angustias e sofrimento, liberando toda a tensão que existe neste momento. NATUREZA
Imagine-se em um local cheio de árvores. Algumas são baixas, outras médias e altas. Observe que mesmo as de baixo porte
mantêm as mesmas características das outras, a não ser pela altura. Fique por um tempo próximo às árvores, observe o
tamanho delas. De onde você está perceba as folhas, o tronco, os galhos. Relaxe.
Continue admirando o espaço, olhe as pequenas variações de tons do solo, a cor, a textura, alternâncias no amontoado das
terras. Invariavelmente os pássaros pousam nas árvores a cada momento, especialmente nas mais baixas. Veja ainda que,
ao pousar na árvore, logo revoam sobre o chão apanhando grãos, e nas árvores, bicando as folhas e flores ou apanhando
restos de alimentos por ali esparramados. A chuva caída há pouco trouxe umidade, enxurrada e lama, os pássaros se
aproveitam dessa doação. A interação é belíssima, observe e relaxe. Associe esse processo de interação com o seu próprio
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corpo, visualizando o seu espaço de vida e de desenvolvimento: como está atualmente; como tem sido; que maneira tem
encontrado para atuar no campo ambiental, cultural, social, psicológico, profissional.
Continue acompanhando o movimento dos pássaros. Muitas vezes observar a natureza auxilia na melhor compreensão de
nós mesmos e na expansão do senso de realidade. A temperatura é a ideal. O chão lavado diminui o calor e propicia a
chance da revoada e pouso na terra a qualquer instante. O ir e vir é constante e deixa no chão as marcas das patas pequeninas,
mas firmes, de cada um desses animais. O burburinho é constante. Cada um tem intenção de comunicar-se, mostrando ao
outro as suas próprias expectativas durante o encontro social. Relaxe. Focalize sua atenção em algum desses pássaros
perceba o movimento dele, os detalhes de cor, tamanho, perfil e forma de interação.
Veja o tipo de energia que ele irradia e a sensação, sentimento que inspira em você. Agora tente identificar se você tem
alguma semelhança com esse animal. Observe também as características consideradas negativas. Analise como se sente
diante das características positivas e negativas identificadas. Veja a possibilidade de alargar sua memória e buscar
momentos de sua própria vida que se assemelhem a esses que você está vivenciando. Caso consiga rememorar algum fato,
coloque nele a sua atenção plena. Procure observar como se sentia na ocasião, o que o fato despertava em você, a atuação
individual e grupal e a influência de tais atitudes na sua vida. Ao mesmo tempo que rememora, vá observando atentamente
o movimento dos pássaros. Relaxe. Contemple-os indo uns ao encontro dos outros, em harmonia. Voando de galho em
galho. Voar significa planar, alçar voo rumo a horizontes. Pousar significa assentar, redimensionar a energia para um lugar
seguro, propiciando o próximo passo a ser realizado, rumo a horizontes plenos de vida e de amor.
A possibilidade do movimento espontâneo garante a sensação de liberdade, do “novo”.
Permanecer dá a possibilidade de novas descobertas em conjunto, aproveitando o que cada um tem de melhor, o que tem
de interessante e produtivo.
Relaxe e avalie as suas próprias possibilidades de crescimento. Pense no fortalecimento do seu potencial de criatividade e
de autoconhecimento. Relaxe. Solte os seus músculos, solte a sua imaginação, sinta-se flutuando como os pássaros e, nesse
voo, veja a satisfação que seu corpo sente. Permita-se flutuar. O seu corpo, ao flutuar, se expande, relaxando e absorvendo
da atmosfera as alternativas de melhoria de tensões, de diminuição de possíveis conflitos ou ansiedade. Solte. Relaxe.
Sinta-se em paz, seguro e feliz. Relaxe.
Enquanto você está na sua própria visualização de vôo, o grupo que estava sendo observado recebe a chuva que cai
novamente e serve para dispersar o grupo. É o momento de cada um procurar novos rumos.
Lentamente vá retornando do relaxamento. Sinta o seu corpo no colchonete. Mexa os músculos, o corpo todo, bem devagar,
alongando. Pisque os olhos, esfregue uma mão na outra e coloque-as delicadamente sobre os olhos, energizando-os. Ao
olhar o ambiente em volta procure estar com todo o corpo impregnado de energias de paz e liberdade. Vire-se de lado,
coloque agora a mão dominante no colchonete e force o corpo para o lado e para cima, levantando-se. Comente nesse
momento a experiência com o colega do lado.
7- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
8- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
9- Dinâmica – Caminhar com balão.
MATERIAL: balões de aniversário.
DESENVOLVIMENTO:
O facilitador:
ETAPA 1
1) solicita aos participantes que, na posição de pé, formem um grupo;
2) explica: o primeiro participante, A, caminha pela sala e, ao passar pelo segundo participante, B, olha-o,
cumprimenta- o estendendo a mão direita e mantém o cumprimento.
ETAPA 2
1) orienta: antes de soltar a mão do integrante B, o participante A aguarda que B encontre um terceiro participante,
C. Nesse momento, B cumprimenta C com a mão esquerda e mantém o contato;
2) esclarece que o participante B deve fazer o mesmo, ou seja, deve aguardar que A encontre o quarto participante,
D, e cumprimente-o com a mão esquerda, mantendo o contato de mãos. Dessa forma, os participantes A, B, C e D estão
unidos por meio do cumprimento de mãos.
ETAPA 3
1) pede, nesse momento, que os participantes iniciais, A e B, se despeçam e deem continuidade à dinâmica, procurando
novos pares.

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MÚSICA: (Veja Banco de Músicas: músicas 3, 11, 14, 18). Sleepy shores. Intérprete: Zamfir. In: A arte de Zamfir.
Faixa 2. 3min57.

1- Chuva de ideias: Para iniciarmos a atividade, sugerimos que seja realizado uma chuva de ideias com os idosos
relacionados aos equipamentos, entidades que compõem o sistema de garantia de direitos da pessoa idosa no pais, em
acordo com o que reza a Política Nacional da Pessoa Idosa e o Estatuto da Pessoa Idosa, para tanto, sugerimos algumas
perguntas que podem facilitar essa discussão:
a) Quais dispositivos legais existentes no nosso país garante uma gama de proteções e seguranças a pessoa idosa?
b) Vocês já mantiveram contato com a Política Nacional da Pessoa Idosa e o Estatuto da Pessoa Idosa, já leu ou
ouviu algum fragmento deles?
c) Quais equipamentos estão envolvidos no sistema de garantia de direitos da pessoa idosa?
d) Vocês já participaram de uma conferência municipal de direitos da pessoa idosa? Vocês sabem qual a
importância desta para as políticas públicas?
e) Vocês já participaram do conselho municipal dos direitos da pessoa idosa como conselheiro ou participante?
f) Já ouviram falar do CRAS? Qual o papel do CRAS na vida da sociedade? Qual o papel do CRAS na proteção e
na garantia dos direitos da pessoa idosa?
g) Vocês já ouviram falar no Centro de Referência Especializado da Assistência Social? E do papel que este
desempenha para que as situações de violência contra a pessoa idosa sejam superadas?
h) O Estatuto do Idoso diz que é responsabilidade da família, da sociedade e do estado garantir ao idoso todas as
prerrogativas necessárias a sua sobrevivência, como alimentação, moradia, cuidado em saúde, nutricional, afeto,
etc., quando a família e a sociedade falam, não efetivando estas garantias, como procede o estado?
i) Qual o papel do Ministério Público na efetiva garantia dos direitos da pessoa idosa?
j) A polícia também é guardiã do direito da pessoa idosa?
k) Existem mecanismos do governo que facilita a denúncia no caso de violência contra a pessoa idosa? Se sim,
quais?

A chuva de ideias se apresenta como uma estratégia metodológica para que o idoso possa junto com os demais ciclos de
vida, refletir sobre a forma como o estado se organiza para garante-los o usufruto dos seus direitos, bem como, punir
aqueles que os violam.

2- Palestra – O sistema de garantia de direitos da pessoa idosa: Concluída a chuva de ideias, tendo como plano de fundo as
respostas apresentadas pelos idosos, sugerimos que um profissional do direito possa trabalhar o papel de cada
equipamento no sistema de garantia de direitos, considerando desde os equipamentos sociais (CRAS, CREAS, Centro de
Convivência, Abrigo para a pessoa Idosa, etc.); os equipamentos de saúde (Que tem o papel de identificação,
encaminhamento e tratamento das sequelas ocasionadas pelas violências contra a pessoa idosa, refere-se as Unidades
Básicas de Saúde; as Unidades Especializadas de Saúde [como as UPAS], as Unidades Complexas de Saúde [hospitais];
a Policia Civil (que investiga os casos de violência contra a pessoa idosa); O ministério Púbico (que advoga em nome do
idoso/vítima); O Poder Judiciário; a família; a sociedade.
3- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado dos
demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e lúdicos.
Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando, resmungando,
cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o momento não ultrapasse
30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos. Concluída a exposição dos temas,
deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual, espaços de jogos de tabuleiro, dominó,
baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras, palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras
disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma dessas atividades, possa conversar com os seus pares,
com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência, lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático,
não participa como esperado, possui o seu ritmo de participação e socialização, respeite isso.

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1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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