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SUMÁRIO
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
6. Do plano de benefícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
6.1 Carência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
6.2 Do salário de benefícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
6.3 Do salário de contribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
7. Dos benefícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
7.1 Auxílio reclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
7.2 Auxílio doença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
7.3 Aposentadoria por invalidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
7.4 Auxílio acidente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
7.5 Pensão por morte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
7.6 Salário maternidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
7.7 Aposentadoria por idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
7.8 Aposentadoria por tempo de contribuição (antiga aposentadoria
por tempo de serviço) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
7.9 Aposentadoria especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
8. Custeio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
INTRODUÇÃO
Desde a Primeira Revolução Industrial, o Direito Previdenciário tem sido um dos temas de
maior relevância entre a classe laboral, visto que a existência digna depende de boas condições
de trabalho. A natural preocupação em prover subsistência para si e para os entes próximos fez
surgir primeiramente o assistencialismo, que sofreu diversas modificações até que se chegasse ao
atual modelo de seguridade social (englobando saúde, assistência e previdência, cujos requisitos
de concessão de benefícios estão sendo discutidos no Projeto de Lei da Reforma Previdenciária).
As regras mudam, mas as bases permanecem as mesmas, de modo que abordaremos a origem
e o desenvolvimento do Direito Previdenciário de acordo com o contexto histórico. Após análise dos
aspectos propedêuticos, serão abordados os benefícios e os requisitos para concessão.
Fonte: 101cats/iStock
O Direito Previdenciário constitui um dos pilares da Seguridade Social, que é formada, conforme
art. 194 da Constituição Federal de 1988, também por normas de saúde e de assistência. Ou seja,
a seguridade social é formada por três pilares: saúde, assistência e previdência social.
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A previdência, por sua vez, somente é prestada aos segurados contribuintes e seus dependentes,
observadas as exigências legais.
O atual formato é, na verdade, fruto de uma evolução histórica que parte da assistência social.
Sabe-se que, desde antes de Cristo, sempre existiu a assistência privada, pela qual os particulares
auxiliam as pessoas necessitadas de forma espontânea ou por imposição legal. Em Roma, por
exemplo, as famílias tinham obrigação de prestar assistência aos servos e clientes (pessoas que,
apesar de não serem escravas, eram submetidas a uma dura rotina de trabalho).
Por sua vez, a assistência pública, ou seja, aquela em que o Estado assume o dever de amparar
as pessoas necessitadas, surgiu somente em 1601, na Inglaterra, com a Lei dos Pobres (Poor Law
Act). Esta atribuía às paróquias o dever de desenvolver programas para minimizar a miséria da
população, dando proteção às crianças pobres, proporcionando trabalho aos desempregados e
amparo aos idosos e inválidos.
Essa mesma lei criou uma contribuição obrigatória com objetivo de subsidiar os programas,
que deveria ser paga por todos os ocupantes e usuários de terras. Em conjunto, foi instituído um
sistema de fiscalização para certificar o correto emprego do dinheiro recebido pelas paróquias
(HORVATH, 2018).
Como já explanado, a Lei dos Pobres era uma lei inglesa, portanto restrita ao povo inglês. Na
sequência, em 1789, a França tratou de inserir um modelo de proteção social de caráter público na
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, conforme arts. 12 e 13, que assim dispõem:
Art. 12. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública.
Esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular
daqueles a quem é confiada.
Até esse momento, verificaram-se apenas regras relativas à assistência social, ou seja, prestações
ofertadas sem necessidade de contribuição do beneficiado.
O chamado sistema de seguro social, que se baseia na substituição do salário por um valor
em dinheiro no momento da ocorrência de eventuais infortúnios na vida do trabalhador, surgiu
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somente a partir de 1883, na Prússia, atual Alemanha, com o chanceler Otto von Bismark, na época
do imperador Guilherme I. Isso tinha por intenção ganhar a simpatia dos trabalhadores, que estavam
sendo influenciados pelas ideias socialistas.
De acordo com esse sistema, a previdência passou a ser custeada tanto pelos empregadores
quanto pelos trabalhadores.
Vivia-se uma época de total degradação humana, com exploração de trabalho infantil, dentre
outras questões que ensejavam a miséria do povo trabalhador. Por esse motivo, em 1891, foi editada
a Encíclica Rerum Novarum, do papa Leão XIII, que estabeleceu princípios a ser seguidos pelos
trabalhadores e pelos patrões em atuação conjunta com o Poder Público para minimizar os efeitos
da injustiça social.
SAIBA MAIS
Em 1917, a Constituição Mexicana também passou a prever seguro social, proteção à maternidade
e proteção contra acidentes de trabalho. Em 1919, a Alemanha editou a Constituição de Weimar,
com caráter eminentemente social. No mesmo ano, foi fundada a Liga das Nações, juntamente
com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), estabelecendo regras relativas a trabalho e
seguridade social.
,
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3f/Eleanor_Roosevelt_and_United_
Nations_Universal_Declaration_of_Human_Rights_in_Spanish_09-2456M_original.jpg.
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Após o término da Segunda Guerra Mundial, a ONU apresentou ao mundo a Declaração Universal
dos Direitos Humanos, cujos arts. 22, 25 e 28 são dedicados à segurança social:
Artigo 22
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à
realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a
organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais
indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
[...]
Artigo 25
[...]
Artigo 28
Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e
liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
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SAIBA MAIS
Você sabia que a famosa Santa Casa de Misericórdia de Santos foi fundada por Brás Cubas em 1543 e
que a primeira Santa Casa de Misericórdia no Brasil foi instalada em Olinda em 1539?
Figura 3 – Santa Casa de Misericórdia de Santos
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0260d10.htm.
Século XIX
• 1824: A primeira Constituição do Brasil assegurava assistência às pessoas carentes, mas isso
não teve aplicação prática.
• 1835: Criado o Mongeral (Montepio Geral dos Servidores do Estado), importante entidade de
previdência privada.
• 1850: O art. 79 do Código Comercial fez a previsão para acidente do trabalho, e o Regulamento
737 disciplinou a matéria.
• 1890: Concessão de aposentadoria aos trabalhadores da Estrada de Ferro Central do Brasil
por meio do Decreto nº 221, de 26 fev. 1890.
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• 1954: Pelo Decreto nº 35.448, foi editado o Regulamento Geral de Aposentadorias e Pensões,
padronizando as regras entre todos os institutos previdenciários.
• 1960: A Lei nº 3.807, de 26 ago. 1960 (Lops – Lei Orgânica da Previdência Social), ampliou os
riscos e contingências cobertas.
• 1966: O Decreto-Lei nº 72, de 21 nov. 1966, criou o INPS (Instituto Nacional de Previdência
Social). Este unificou todos os institutos, com exceção do Iapfesp (Instituto de Aposentadorias e
Pensões dos Ferroviários e Servidores Públicos), do Ipase (Instituto de Previdência e Assistência
dos Servidores do Estado) e do Sasse (Serviço de Assistência e Seguro Social dos Economiários,
que filiava os empregados das Caixas Econômicas Federais).
• 1977: Criação do Sinpas (Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social), composto
pelos seguintes órgãos:
• 1988: A Constituição Federal criou a seguridade social no Brasil, envolvendo saúde, assistência
social e previdência social.
• 1990: Criação do seguro desemprego pela Lei nº 7.998, de 11 jan. 1990. Nesse mesmo ano, o
Programa de Reforma Administrativa do governo Collor extinguiu o Sinpas e unificou o MTPS
(Ministério do Trabalho e Previdência Social). O Decreto nº 99.350, de 27 de junho de 1990,
criou o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).
• 1991: As Leis nº 8.212 e nº 8.213, ambas de 24 jul. 1991, tratam da organização da Seguridade
Social dos planos de benefícios da previdência social, respectivamente.
• 1992: Extinção do Ministério do Trabalho e da Previdência Social e criação do Ministério da
Previdência Social e do Ministério do Trabalho e da Administração, pela Lei nº 8.442, de 13
maio. 1992.
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• 1998: Primeira Reforma da Previdência Social, por meio da Emenda Constitucional (EC) nº 20,
de 15 dez. 1998.
Século XXI
Fonte: NicoElNino/iStock
Princípios são normas de grande relevância para o ordenamento jurídico, na medida em que
estabelecem fundamentos normativos para a interpretação e a aplicação do Direito. O Direito
Previdenciário pauta-se, especialmente, nos seguintes princípios:
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Princípio Descrição
Equilíbrio atuarial É preciso haver um equilíbrio entre as receitas que ingressam no fundo
previdenciário e as despesas com o pagamento dos benefícios.
Universalidade de Deverá o RGPS buscar sempre a sua expansão a fim de filiar cada vez
participação nos planos mais segurados, inclusive facultando a adesão ao plano de pessoas
previdenciários que não exercem atividade laboral remunerada, na condição de
segurados facultativos.
Irredutibilidade do valor O valor dos benefícios não pode ser reduzido nominalmente e deve
dos benefícios sofrer reajustes anuais a fim de preservar o seu poder aquisitivo. Em
regra, os benefícios deverão ser reajustados na mesma data do reajuste
do salário mínimo e de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços
do Consumidor), elaborado pela Fundação IBGE, com base nos Índices
de Preços ao Consumidor Regionais.
Garantia do benefício não De acordo com a Constituição, nenhum benefício pago pela previdência
inferior ao salário mínimo social pode ter valor inferior a um salário mínimo.
Tempus regit actum Os benefícios previdenciários devem se regular pela lei vigente ao
tempo em que preenchidos os requisitos necessários à sua concessão.
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SAIBA MAIS
Você sabia que existe o PREVBarco? Trata-se de um programa que tem por objetivo levar serviços do
INSS aos segurados que habitam às margens de rios em locais onde não há acesso a uma agência.
Fonte: https://www.anasps.org.br/wp-content/uploads/2016/07/inss-amazonas.jpg.
1. Constituição Federal;
2. emendas constitucionais;
3. leis complementares;
4. legislação ordinária (leis ordinárias, leis delegadas, decretos legislativos, medidas provisórias,
resoluções);
5. legislação subsidiária (regulamentos, instruções, portarias, orientações internas).
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Fonte: Global_Pics/iStock
SAIBA MAIS
Você sabia que medidas provisórias também podem ser usadas em matéria previdenciária? Veja,
por exemplo, a Medida Provisória nº 871, de 18 de janeiro de 2019, em http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm.
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
Não existe apenas o Regime Geral de Previdência Social. Paralelamente, há os regimes próprios
de previdência social (RPPS) e o regime de previdência privada.
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Os regimes próprios são os destinados aos servidores públicos e aos militares (arts. 40 e 42
da Constituição Federal), que devem ser instituídos pelo respectivo ente da federação. Caso não
sejam criados, os servidores serão filiados obrigatórios do Regime Geral.
O regime de previdência privada está previsto na Constituição Federal, em seu art. 202, que
assim dispõe:
Pela análise do dispositivo, verifica-se, que o regime de previdência privada possui caráter
facultativo e complementar, diferentemente dos demais, que são obrigatórios.
Após essa breve explanação a respeito desses dois regimes, seguiremos com foco ao Regime
Geral da Previdência Social, a começar pelas espécies de beneficiários, que se dividem em duas:
segurados e dependentes. Os segurados são os que possuem vínculo direto com a Previdência,
enquanto que os dependentes são os que possuem vínculo familiar ou que forem equiparados a
tal pela lei.
1. empregados;
2. empregados domésticos;
3. trabalhadores avulsos;
4. segurados especiais;
5. contribuintes individuais.
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Os segurados facultativos são pessoas que exercem atividades não remuneradas e que
voluntariamente se vinculam ao regime. Possuem previsão nos art. 16, I, II e III, da Lei nº 8.213/91.
Dentre eles, podemos citar:
1. a dona de casa;
2. o síndico de condomínio, quando não remunerado;
3. o estudante;
4. o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
5. aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;
6. o membro de conselho tutelar, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência
social;
7. o bolsista e o estagiário;
8. o bolsista que se dedique em tempo integral à pesquisa, curso de especialização, pós-
graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado
a qualquer regime de previdência social;
9. o presidiário que não exerça atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime
de previdência social.
10. o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de
país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional;
11. o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto, que, nessa condição:
a) aquele que preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com
ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim;
b) aquele que exerce atividade artesanal por conta própria
De acordo com o Decreto nº 7.054/09, o segurado preso passou a ser segurado facultativo em
qualquer hipótese, independentemente de exercer ou não atividade laboral remunerada.
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Fonte: filipefrazao/iStock
Art. 3º: Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
• Pessoa física
• Subordinação jurídica
• Onerosidae
• Não eventualidade
• Continuidade
• Habitualidade
• Pessoalidade
No entanto, para fins de Direito Previdenciário, trata-se de uma categoria de segurados mais
extensa do que os abarcados pela definição de relação de emprego, que estipula os requisitos
da remuneração, pessoalidade, subordinação e habitualidade. De acordo com o art. 11 da Lei nº
8.213/91 e o art. 9º do Decreto nº 3.048/99, são considerados empregados:
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1. Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual,
sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado. De acordo
com a jurisprudência dominante, o aprendiz será considerado como segurado empregado,
desde que perceba remuneração, mesmo que indireta (alimentação, fardamento, material
escolar). Segundo a Súmula 18, TNU (BRASIL, 2004):
Provado que o aluno aprendiz de Escola Técnica Federal recebia remuneração, mesmo
que indireta, à conta do orçamento da União, o respectivo tempo de serviço pode ser
computado para fins de aposentadoria previdenciária.
Fonte: monkeybusinessimages/iStock
2. Aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica,
presta serviço para atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e
permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas.
3. O brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado
em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior.
4. Aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira
estrangeira e a órgãos a ela subordinados ou a membros dessas missões e repartições,
excluídos:
a) o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil;
b) o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão
diplomática ou repartição consular.
5. O brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou
internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado,
salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio.
6. O brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado
em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa
brasileira de capital nacional.
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7. O servidor público ocupante de cargo em comissão sem vínculo efetivo com a União,
autarquias, inclusive em regime especial, e fundações públicas federais. Nesse rol, incluem-
se os ministros e secretários sem vínculo efetivo com a Administração Pública. Os titulares
de cargos em comissão estaduais, distritais e municipais foram vinculados ao RGPS com
o advento da EC nº 20/98.
8. O exercente de mandato eletivo federal estadual ou municipal, desde que não vinculado
à RPPS. O dispositivo foi inserido pela Lei nº 9.506/97, que acabou com o Instituto de
Previdência dos Congressistas, mas criou o Plano de Seguridade Social dos Congressistas,
a cargo da União, de filiação facultativa dos deputados federais e senadores. O objetivo
foi vincular o titular de mandato eletivo sem vínculo efetivo com a Administração Pública
ao RGPS, na condição de segurado empregado. Todavia, a CF determina que não poderia
o titular de mandato eletivo ser inserido como segurado do RGPS por lei ordinária, vez que
inexistia essa fonte de custeio para o pagamento das contribuições previdenciárias. O STF,
em 2003, julgou a hipótese incidentalmente inconstitucional. Em razão disso, o Senado
Federal, pela Resolução nº 26/05, suspendeu a eficácia erga omnes dessa alínea.
9. O empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil,
salvo quando coberto por RPPS.
10. O exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a
RPPS. Não será filiado ao RGPS o congressista federal que optar por se filiar ao Plano de
Seguridade Social dos Congressistas.
De acordo com o art. 1º da Lei Complementar nº 150/15, são empregados domésticos aqueles
que prestam serviço para uma família, como o mordomo, a cozinheira, o jardineiro, o motorista, etc.
Frise-se que sua atividade não deve ter natureza econômica, pois, nesse caso, passa a ser regido
pela CLT, descaracterizando a natureza doméstica.
Essa espécie de trabalhador presta serviços a diversas empresas sem ser empregado de nenhuma
delas. São reunidos em sindicato ou órgão gestor de mão de obra (OGMO), por intermédio do qual
as empresas contratam seus serviços, não havendo subordinação entre eles.
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Fonte: Alfribeiro/iStock
É aquele que escolhe para quem prestará o serviço. São segurados em caráter residual em
relação aos elencados acima e, de acordo com a Lei nº 9.876/99, são os seguintes:
1. A pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em
caráter permanente ou temporário, em área superior a quatro módulos fiscais; ou, quando
em área igual ou inferior a esta ou em atividade pesqueira, com auxílio de empregados
ou por intermédio de prepostos. Trata-se de previsão residual ao segurado especial (se a
pessoa não é enquadrada como segurada especial, ela pode estar aqui).
2. A pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral (garimpo),
em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou
sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua.
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O garimpeiro não é mais segurado especial, a menos que haja relação de emprego, pois a
filiação do contribuinte individual é subsidiária.
3. O ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação
ou de ordem religiosa, quando remunerados. Antes, eles eram considerados segurados
facultativos.
4. O brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil
é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por RPPS.
5. Certas pessoas em empresas:
a) titular de firma individual urbana ou rural;
b) diretor não empregado de sociedade anônima;
c) membro de conselho de administração de sociedade anônima;
d) sócio solidário, sócio de indústria, sócio gerente e sócio cotista que recebam remuneração
decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural;
e) associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de
qualquer natureza ou finalidade;
f) síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que
receba remuneração.
6. Quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas,
sem relação de emprego. Se for prestação de serviços portuários ou não portuários com a
intermediação de órgão gestor de mão de obra ou sindicato, não haverá o enquadramento
como contribuinte individual, e sim como trabalhador avulso.
7. A pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com
fins lucrativos ou não. São os antigos trabalhadores autônomos.
Figura 10 – Trabalhador autônomo
Fonte: LightFieldStudios/iStock
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1. O cooperado de cooperativa de produção que, nessa condição, presta serviço a esta mediante
remuneração ajustada ao trabalho executado, conforme Decreto nº 4.032/01.
2. O microempreendedor individual (MEI), nos termos dos arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar
nº 1.123/06, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo
Simples Nacional em valores fixos mensais.
A filiação é o ato pelo qual a pessoa é incluída no RGPS na condição de segurada, sendo,
portanto, o vínculo estabelecido entre o segurado e a previdência. Pode ser automática, no caso
dos segurados empregados, ou depender do pagamento da primeira contribuição, no caso dos
contribuintes individuais que trabalhem por conta própria, bem como dos facultativos.
A inscrição, por sua vez, é o ato administrativo pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS.
Atualmente, a inscrição é feita no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), sistema
responsável pelo controle das informações de todos os segurados e contribuintes da previdência.
Os dependentes podem ser de três classes diferentes, sendo que a existência da classe precedente
exclui a seguinte. Além disso, a dependência dos beneficiários de primeira classe é presumida,
enquanto nos demais casos deve ser comprovada. Conforme o art. 16 da Lei nº 8.213/91, são eles:
O parágrafo 2º desse artigo determina que o enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho
mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica. O parágrafo
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3º determina que se considera companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém
união estável com o segurado ou com a segurada. Já o parágrafo 5º determina que
SAIBA MAIS
Você sabia que, no caso de pensão por morte, havendo mais de um beneficiário, ou seja, mais de um
pensionista, o benefício será rateado entre todos?
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:INSS.svg
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c) Até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar.
d) Até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
6. DO PLANO DE BENEFÍCIOS
6.1 Carência
A qualidade de segurado exige um período de carência, ou seja, um número mínimo de contribuições
para ter determinado benefício. Tais contribuições devem ser feitas ao longo do tempo, de forma
tempestiva. Para recolher com atraso, deve-se preencher alguns critérios.
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais
referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
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Vale ressaltar que o auxílio doença e a aposentadoria por invalidez exigem 12 contribuições nas
demais causas não previstas no inciso II, assim como o salário maternidade exige 10 contribuições
nos casos não previstos no inciso VI.
Para as contribuintes individuais, avulsas e facultativas, de acordo com o art. 25, § único, da Lei nº
8.213/91, caso o parto seja antecipado, a carência do salário maternidade será reduzida (nove meses
é o período normal de gestação, mas, se a criança nasceu de oito meses, a mãe deverá comprovar
nove meses de contribuição; se nasceu de seis, deverá comprovar sete; e assim por diante).
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Aposentadoria por idade Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição
correspondentes a 80% de todo o período contributivo,
Aposentadoria por tempo de multiplicada pelo fator previdenciário.
contribuição
Aposentadoria por invalidez Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição
correspondentes a 80% de todo o período contributivo.
Aposentadoria especial
Auxílio-doença
Auxílio-acidente
Além do disposto no quadro, vale observar os seguintes dispositivos do art. 18 da Lei nº 8.213/91
(BRASIL, 1991):
[...]
[...]
§ 10. O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos
12 (doze) salários-de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou,
se não alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética simples dos salários-
de-contribuição existentes.
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Até R$ 1.693,72 8%
De R$ 1.693,73 a R$ 2.822,90 9%
Fonte: https://tabelainss2019.com/tabela-de-contribuicao-inss-2019/.
Curiosidade
Você sabia que, se o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá deduzir
significativa parcela da contribuição mensal delas? Para saber mais, leia o art. 30, § 4º, da Lei nº
8.212/91.
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7. DOS BENEFÍCIOS
Este capítulo é destinado aos diversos tipos de benefícios previdenciários.
Valor do benefício: 100% do valor a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez
(média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição de todo período contributivo
da pessoa, após julho de 19994).
Previsão legal: art. 201, IV, CF; art. 80, Lei nº 8.213/91; art. 116, § 5, Decreto nº 3.048/99.
Observações:
a) Se estiver na condicional, não está enclausurado, portanto não tem direito. O mesmo
ocorre se fugir da prisão.
b) Assim que o segurado recluso for posto em liberdade, o dependente ou responsável deverá
apresentar imediatamente o alvará de soltura, para que não ocorra recebimento indevido
do benefício.
c) O benefício cessará quando o segurado sair da reclusão ou morrer nela (nesse caso,
haverá conversão para pensão por morte). A cada três meses, os beneficiários devem
apresentar declaração de que o segurado está recluso.
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d) Se fugir, o auxílio será suspenso. Para que seja concedido novamente, caberá nova análise
na época em que foi recapturado. Se durante o período de fuga ele perder a qualidade de
segurado, quando recapturado, os dependentes não terão direito ao auxílio.
Fonte: elenabs/iStock
Conceito: Benefício devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a
sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos. A primeira quinzena de afastamento deve
ser paga pela empresa. Essa regra não é observada para o trabalhador doméstico, caso em que o
empregador não arca com nenhum dia. Desde o primeiro dia de afastamento, e independentemente
de quanto tempo dure o período de recuperação do empregado, a Previdência Social arcará com a
remuneração. Após a perícia, o INSS concederá ao empregado uma ordem de pagamento, para ser
sacada na rede bancária, referente aos dias de afastamento.
Critérios para concessão: A causa incapacitante deve ser temporária e superior a 15 dias, ou
seja, avançar para o 16º dia.
Valor do benefício: Verificam-se os 80% maiores salários de contribuição desde julho de 1994
e aplica-se 0,91 (91%), observando-se a limitação dos 12 últimos salários de contribuição.
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a) o empregado for acometido por: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia
maligna (câncer), cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença
de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença
de Paget (osteíte deformante), síndrome de insuficiência imunológica adquirida (Aids) ou
contaminação por meio de radiação, com base em conclusão da medicina especializada;
b) sofre acidente de qualquer natureza.
Espécies:
a) Auxílio doença comum (B 31) - redução da capacidade sem nexo com atividade laboral.
b) Auxílio doença acidentário (B 91) - redução da capacidade devido a atividade laboral após
sua filiação ao RGPS.
Quadro 3 – Espécies de auxílio doença
Causa Não tem relação com o trabalho. Tem relação com o trabalho.
Estabilidade Não há. 12 meses após a alta médica (art. 118, Lei
nº 8.213/91)
Observações:
◊ ao segurado que se filiar já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o
benefício, exceto “quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento
da doença ou da lesão” (art. 42, § 2º, Lei nº 8.213/91).
◊ ao segurado recluso em regime fechado, que terá o benefício suspenso na data do recolhimento
à prisão por até 60 dias contados daí, cessando após esse prazo. O benefício será restabelecido
a partir da data da soltura.
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Fonte: arthobbit/iStock
Critérios para concessão: Deve estar na qualidade de segurado ao tempo da incapacidade, que
não pode ser preexistente.
Duração: Cessa quando morrer ou quando recuperar sua capacidade. Ex.: transplante.
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Observações: Acidente de qualquer natureza é qualquer acidente (não interessa a causa), inclusive
os de trabalho. Deve ser TIP (total, irreversível e permanente). Não precisa haver auxílio doença para
depois ter auxílio por invalidez.
Fonte: jehsomwang/iStock
Conceito: Benefício concedido à pessoa que não se encontra incapacitada, mas com redução
da capacidade de trabalho. A definição de acidente do trabalho encontra-se no art. 19 da Lei nº
8.213/91 (BRASIL, 1991):
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Valor do benefício: 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio doença. Não substitui
a remuneração. Portanto, pode ser menor que o salário mínimo. O valor do benefício é acrescido ao
salário de contribuição do segurado para cálculo de aposentadoria (art. 31, Lei nº 8.213/91).
Observações:
b) Pode ser cumulado com outros benefícios, desde que não seja aposentadoria, visto que é
considerado como indenizatório. Quando o trabalhador se aposenta, o auxílio acidente é
automaticamente cortado.
c) Para caracterizar acidente de trabalho, exige-se emissão de CAT (Comunicação de
Acidente de Trabalho) no primeiro dia útil seguinte ou no mesmo dia em caso de morte.
Caso o empregador não o faça, a CAT pode ser emitida:
◊ pelo empregado;
◊ pelos dependentes;
◊ pelo sindicato;
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Critérios para concessão: Morte real ou presumida. A morte pode ser presumida por ausência
ou por desaparecimento em virtude de acidente, desastre ou catástrofe.
◊ pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência
intelectual ou mental grave;
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Observações:
a) O benefício passa a ser concedido da data do óbito quando requerido até 30 dias depois.
b) O benefício passa a ser concedido da data do requerimento quando requerido após 30
dias, não sendo devida nenhuma quantia anterior.
c) O benefício passa a ser concedido da data da decisão judicial quando se tratar de morte
presumida.
Fonte: Sudowoodo/iStock
Valor do benefício: conforme o art. 72 da Lei nº 8.213/91, será igual à remuneração integral para
a segurada empregada ou trabalhadora avulsa. As demais são regidas pelo disposto no art. 73 , in
verbis (BRASIL, 1991):
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II - em um doze avos do valor sobre o qual incidiu sua última contribuição anual,
para a segurada especial;
Carência:
Regra geral 120 dias, com início no 28º dia que antecede o parto, até 91 dias após o
parto (art. 71, Lei nº 8.213/91).
Risco para a vida 120 dias, mediante atestado médico específico, com os períodos de repouso
do feto ou criança anterior e posterior ao parto, chegando o benefício a 148 dias (art. 93, § 3º,
ou da mãe Decreto nº 3.048/99)
Adoção ou guarda 120 dias (art. 392-A, CLT, com redação dada pela Lei nº 13.509/17, e art. 71-
judicial para fins A, Lei nº 8.213/91)
de adoção
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Fonte: MicrovOne/iStock
Critérios para concessão: O critério de concessão segue alguns requisitos, elencados no quadro 5.
LC nº 152/15
Valor do benefício: A renda mensal inicial (RMI) será de 70% do salário de benefício + 1% a cada
grupo de 12 contribuições mensais (máximo 100% do salário de benefício). Para o segurado especial,
será de um salário mínimo.
Observações:
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Regra geral (segurado A partir da data do desligamento no emprego, quando requerida até
empregado, inclusive esse dia, ou até 90 dias depois dela, ou a partir da data do requerimento,
aos domésticos) quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida
após esse prazo.
Fonte: PIKSEL/iStock
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Caso Regra
Pessoa que, antes de 16 dez. 1998, já possuía os Norma antiga revogada pela EC nº 20/98.
requisitos para requerer
Pessoa que se filiou antes de 16 dez. 1998, mas Deve observar regra de transição.
ainda não havia cumprido os requisitos para
requerer
Pessoa que se filiou após 16 dez. 98 Deve observar regras novas instituídas pela EC
nº 20/98.
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Valor do benefício: A renda mensal inicial (RMI) será de 100%, devendo ser aplicado fator
previdenciário obrigatório, salvo:
Observações:
◊ MEI (5%)
Demais segurados
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Fonte: welcomia/iStock
• Exposição a agente nocivo por período de 15, 20 ou 25 anos, dependendo do agente. A partir
de 1995, passou-se a exigir prova de efetiva exposição de forma permanente, ou seja, não
há mera presunção em decorrência da função. A prova deve ser feita mediante PPP (Perfil
Profissiográfico Profissional).
• Espécies de agentes (anexo IV do Decreto nº 3.048/99):
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Valor do benefício: 100% do salário de benefício (art. 29, II, Lei nº 8.213/91).
Carência: 180 contribuições mensais, conforme art. 25, II, Lei nº 8.213/91.
1. Empregado.
2. Trabalhador avulso.
3. Contribuinte individual cooperado (cooperativa de produção ou trabalho).
O segurado especial não possui direito a esse benefício, visto que não possui direito de
aposentadoria por tempo de contribuição. Os domésticos e os facultativos também não possuem
a previsão dele.
SAIBA MAIS
O fator previdenciário é um multiplicador que a previdência utiliza para calcular o valor dos benefícios
decorrentes de aposentadorias por tempo de contribuição. Em 1º de dezembro de 2018, sofreu
alteração diante da tábua de mortalidade divulgada em 29 de novembro pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Esse fator não é utilizado na aposentadoria por invalidez, e, na aposentadoria por idade, a fórmula é
utilizada opcionalmente (se for para aumentar o valor do benefício).
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8. CUSTEIO
Figura 19 – Custeio
Fonte: lucky336/iStock
O tema custeio trata das fontes de arrecadação da previdência social, que estão previstas no art.
195 da Constituição Federal. Esse dispositivo estabelece que a seguridade social será financiada
por toda sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei (BRASIL, 1988):
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições
sociais:
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
Como se percebe do artigo transcrito, a seguridade social é custeada de forma direta e indireta
por toda a sociedade da seguinte forma:
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• Recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios.
• Receitas decorrentes das contribuições para a seguridade social.
• Multas, atualização monetária e juros moratórios.
• Remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a
terceiros.
• Doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais.
• 50% dos valores obtidos e aplicados em virtude da desapropriação confiscatória (culturas
ilegais de plantas psicotrópicas ou exploração de trabalho escravo).
• 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal do
Brasil.
No tocante às receitas decorrentes das contribuições para a seguridade social, vale observar
que se dividem em:
A arrecadação desses tributos é tão importante que o Poder Público não pode:
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◊ Regra: 9%.
São todos os concursos de sorteios de números, loterias e apostas, inclusive aquelas realizadas
em reuniões hípicas, no âmbito federal, estadual, distrital e municipal.
Quando realizados pelo Poder Público, será repassada à seguridade social a renda líquida
apurada após deduzidos os custos com o pagamento de prêmios, impostos e gestão, ressalvada
uma parcela destinada ao crédito educativo. No caso do concurso TimeMania, apenas 3% da renda
líquida será destinada à saúde, e 1%, à seguridade social como um todo.
Quando realizados por particulares, 5% do seu movimento global são destinados à seguridade
social.
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A alíquota, em regra, é de 7,6% (salvo inúmeras exceções elencadas no art. 8º da Lei nº 10.865/04),
havendo autorização legal para a redução da alíquota para zero em relação a vários produtos, por
decreto presidencial, ante a natureza regulatória que também marca esse tributo.
Por fim, vale ressaltar que há uma série de imunidades para entidades de assistência social,
conforme requisitos da Lei nº 12.101/09.
Curiosidade
Você sabia que a Previdência gastou em 2018 cerca de R$ 186 bilhões mais do que arrecadou e que
o déficit do RGPS entre janeiro e novembro de 2018 chegou a R$ 186,3 bilhões, sendo considerado o
maior da história?
CONCLUSÃO
O Direito Previdenciário transforma-se constantemente, e conhecer suas linhas mestras proporciona
aos gestores maior segurança para tomada de importantes decisões nos mais diversos ambientes
corporativos, garantindo eficiência empresarial e proporcionando dignidade aos trabalhadores.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOCCHI JUNIOR, Hilário et al. Manual do advogado previdenciário: teoria e prática. São Paulo:
JusPODIVM, 2018.
BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
DOU, 9 ago. 1943. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm>.
Acesso em: 15 maio. 2019.
________. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência
Social e dá outras providências. DOU, 25 jul. 1991. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em: 15 maio. 2019.
________. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social
e dá outras providências. DOU, 8 dez. 1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l8742.htm>. Acesso em: 15 maio. 2019.
Pág. 47 de 49
________. Lei Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015. Dispõe sobre o contrato de trabalho
doméstico. DOU, 2 jun. 2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp150.
htm>. Acesso em: 15 maio. 2019.
________. Medida Provisória nº 871, de 18 de janeiro de 2019. Institui o Programa Especial para Análise
de Benefícios com Indícios de Irregularidade, o Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade,
o Bônus de Desempenho Institucional por Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade do
Monitoramento Operacional de Benefícios e o Bônus de Desempenho Institucional por Perícia Médica
em Benefícios por Incapacidade e dá outras providências. DOU, 18 jan. 2019. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm>. Acesso em: 13 fev. 2019.
BRASIL. Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Instrução Normativa INSS nº 77, de 21 de
janeiro de 2015. DOU, 22 jan. 2015. Disponível em: <http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/38/
inss-pres/2015/77.htm>. Acesso em: 15 maio. 2019.
BRASIL. Secretaria de Previdência. Tábua de mortalidade divulgada pelo IBGE hoje (29) altera cálculo
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BRASIL. Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais. Súmula 18. Data do
julgamento 31 ago. 2004. Disponível em: <https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=
18&PHPSESSID=3go9li2s89jlaiuft6a2tav390>. Acesso em: 5 jun. 2019.
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GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Manual de Direito Previdenciário. 2ª ed. São Paulo: JusPODIVM,
2019.
HORVATH JÚNIOR, Miguel. Direito Previdenciário. 11ª ed. São Paulo: Quartier Latin, 2018.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Declaração Universal dos Direitos Humanos. 1948.
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REDE JORNAL CONTÁBIL. A pensão por morte após a MP 871/2019. Publicado em 23 fev. de 2019.
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Pág. 49 de 49