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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA

DE FAMÍLIA DA COMARCA DE FORTALEZA/CE.

AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL

OEA - Organização dos Estados Americanos.


Resolução n.º 2656 (XLI-O/11)
(Aprovada na quarta sessão plenária, realizada em 7 de junho de 2011. São
Salvador, El Salvador)

RESOLVE:

1. Afirmar que o acesso à justiça, como direito humano fundamental, é, ao


mesmo tempo, o meio que possibilita que se restabeleça o exercício dos
direitos que tenham sido ignorados ou violados.
2. Apoiar o trabalho que vêm desenvolvendo os defensores públicos oficiais
dos Estados do Hemisfério, que constitui um aspecto essencial para o
fortalecimento do acesso à justiça e à consolidação da democracia.
3. Afirmar a importância fundamental do serviço de assistência jurídica
gratuita para a promoção e a proteção do direito ao acesso à justiça de todas
as pessoas, em especial daquelas que se encontram em situação especial de
vulnerabilidade.
4. Recomendar aos Estados membros que já disponham do serviço de
assistência jurídica gratuita que adotem medidas que garantam que os
defensores públicos oficiais gozem de independência e autonomia funcional.

ALEXSANDRA ALVES DOS SANTOS LOPES, brasileira, casada, auxiliar de


cozinha, portadora do RG nº 92003000860 SSP/CE, inscrita no CPF sob o n° 017.365.203-42,
residente e domiciliada na Rua Antônio Ferreira Lima, nº 69, bairro Bonsucesso, Fortaleza/CE,
CEP: 60541-716, endereço eletrônico: alves.alexsandra1976@gmail.com, telefone (85) 99916-
7375; e ANTÔNIO CLÁUDIO LOPES DE SOUZA, brasileiro, casado, auxiliar administrativo,
portador do RG nº 95002161121 SSP/CE, inscrito no CPF sob o n° 892.777.673-91, residente e
domiciliado na Rua Carlos Chagas, nº 662, CA1, bairro Bonsucesso, Fortaleza/CE, CEP: 60541-
704, endereço eletrônico: claudioloopes79@gmail.com, telefone (85) 99274-3021, vêm, através da
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO CEARÁ, propor perante Vossa Excelência a

DEFENSORIA PÚBLICA GERAL DO ESTADO DO CEARÁ


Núcleo de Atendimento Conveniado a ESTÁCIO DO CEARÁ
R. Eliseu Uchôa Beco, 600 - Guararapes, Fortaleza - CE, 60810-270. Fortaleza/CE – Brasil. Fone: (85) 3013-7997 1
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presente AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL C/C PENSÃO ALIMENTÍCIA, GUARDA
E REGULAMENTAÇÃO DE VISITA, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir:

DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, as partes declaram-se pobres na forma da lei, tendo em vista não terem
condições de arcar com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio
ou de sua família, razão pela qual compareceram assistidos pela Defensoria Pública do Estado do
Ceará, autorizada a atuar por força dos artigos 1º e 4º inc. IV da Lei Complementar Federal nº
80/94.

Assim, requerem, preliminarmente, o benefício da gratuidade judiciária, tendo em


vista enquadrarem-se na situação legal prevista para sua concessão (artigo 98 caput e §1º,§5º do
CPC/15), bem como a observância das prerrogativas processuais do defensor público ao final
assinado, sobretudo (I) a intimação pessoal e (II) prazos processuais em dobro, tudo em
conformidade com o artigo 128 da Lei Complementar Federal nº. 80/94.

DOS FATOS

Os Autores contraíram matrimônio no dia 30 de agosto de 2013, sob o regime da


Comunhão Parcial de Bens, com Certidão de Casamento lavrada pelo Cartório de Registro Civil da
4ª Zona desta Capital, Cartório Norões Milfont, sob matrícula n° 0199920155 2013 2 00127 065
0075451 81, expedida em 30/08/2013, conforme cartidão anexa.

Desta união, adveio 03 (três) filhos: CLAUDSON SANTOS DE SOUZA, 21 anos


(vinte e um anos), KELSON SANTOS DE SOUZA, 18 anos (dezoito anos) e KESSIA SANTOS
DE SOUZA, 16 anos (dezesseis anos), conforme documentos pessoais anexo.

Durante a constância matrimonial, os autores contraíram bens que foram partilhados


de forma consensual no momento da separação de corpos.

O casal está separado de fato há 04 anos e inexiste a possibilidade de reconciliação,


razão pela qual ensejou na busca pela dissolução do casamento.

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Assim, visto ser desejo de ambos o término da relação conjugal, no dia 04 de outubro
de 2023, compareceram ao Núcleo de Prática Jurídica do Centro Universitário Estácio do Ceará,
Unidade Via Corpvs – NPJ, e convencionaram o fim do vínculo matrimonial, através do divórcio
consensual, consoante ata de audiência de conciliação anexa.

DOS FUNDAMENTOS

DO MATRIMÔNIO

O matrimônio foi concebido sob o regime de comunhão parcial de bens e a dissolução é


consensual.

DOS BENS

Durante a constância matrimonial, os autores adquiriram bens que foram partilhados


de forma consensual no momento da separação de corpos.

DA PENSÃO ALIMENTÍCIA ENTRE OS CÔNJUGES

Os Requerentes declaram possuírem rendimentos próprios suficientes a prover o


próprio sustento, dispensando os alimentos.

DA ALTERAÇÃO DO NOME DO CÔNJUGE VIRAGO

O cônjuge virago, com fundamento no artigo 17 da Lei nº 6.515/1977 e artigo 1.578


do Código Civil, manifesta sua vontade de retornar a usar seu nome de solteira, qual seja:
ALEXSANDRA ALVES DOS SANTOS.

DO DIREITO

DO DIVÓRCIO

Os cônjuges decidem por mútuo consentimento, dissolver a sociedade conjugal


através do divórcio, instituto previsto no art. 1571, §1º do Código Civil, o qual estabelece:

Art. 1.571. (...)

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§ 1º - O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges
ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código
quanto ao ausente.

Com o advento da Emenda Constitucional nº 66/2010, que alterou o §6º do artigo


226 da CF/88, deixou de existir a exigência constitucional de separação de fato por mais de dois
anos para concessão do divórcio direto.

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.

Portanto, pelo simples interesse mútuo dos Requerentes, em virtude dos fatos acima
relatados, tornando-se impossível uma reconciliação, faz-se necessária a declaração imediata do
Divórcio.

DO RITO PROCESSUAL

O Código de Processo Civil estabelece:

Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: (...)

III - homologar: (...);


b) a transação;

Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de


acordo com os artigos previstos neste Título:(...)
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de
qualquer natureza;

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: (...)

IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público,


pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos
transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;

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(...)

Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a


parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título
executivo judicial.

Art. 731. A homologação do divórcio ou da separação consensuais,


observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição
assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão;

I - as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;

II - as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;


III - o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de
visitas; e IV - o valor da contribuição para criar e educar os filhos.
Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos
bens, far-se-á esta depois de homologado o divórcio, na forma
estabelecida nos arts. 647 a 658.

Assim, os cônjuges observaram todos os requisitos legais previstos no artigo 731 do


CPC, restando acordado em ata de audiência de conciliação anexo.

DOS PEDIDOS

Em face do exposto, requerem-se:

1) O recebimento do pedido da inicial com a qualificação apresentada (cf. artigo 319,


inciso II, e §2º e 3º do CPC/15);

2) O deferimento do benefício da Justiça Gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes


do CPC/2015;

3) A dispensa de audiência de conciliação/mediação, tendo em vista o desinteresse


das partes em sua realização, já que o título extrajudicial em anexo consigna a composição
amigável entre as partes (cf. artigo 319, inciso VII do CPC/15);

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4) Ao final, proferir sentença de resolução de mérito (cf. artigo 487, inciso III, alínea
“b” do CPC/151) homologando o acordo extrajudicial no sentido de:

4.1) Decretar o fim do vínculo conjugal por meio do DIVÓRCIO


CONSENSUAL, expedindo-se mandado ao Cartório de Registro Civil para que proceda a
averbação devida e forneça aos autores Certidão de Casamento atualizada de forma gratuita (cf.
artigo 98, §1º, inciso IX do CPC/152);

4.2) DOS BENS: Durante a constância matrimonial, os autores adquiriram bens


que foram partilhados de forma consensual no momento da separação de corpos.;

4.3) DA PENSÃO ALIMENTÍCIA ENTRE OS CÔNJUGES: os Requerentes


declaram possuírem rendimentos próprios suficientes a prover o próprio sustento, dispensando os
alimentos;

4.4) DO NOME DO CÔNJUGE VIRAGO: Que seja oficiado o Cartório de


Registros Civis, para que o cônjuge virago retorne ao nome de solteira, qual seja: ALEXSANDRA
ALVES DOS SANTOS.

Protestam provar o alegado por todos os meios de prova admitidos no direito.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.412,00 (um mil quatrocentos e doze reais), para fins
meramente fiscais e procedimentais.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Fortaleza/CE, 04 de outubro de 2023.

1
CPC/15. Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:(…) III - homologar:(...);b) a transação;
2
CPC/15. Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1 o A gratuidade da justiça compreende:
IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial
necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.

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DEFENSOR (A) PÚBLICO (A) ESTADUAL

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