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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT


UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA - UAF
CURSO SUPERIOR EM ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA :FÍSICA EXPERIMENTAL I TURMA: 11
PROFESSORA: GABRIELA COUTINHO E ALEXANDRE JOSÉ
ALUNO: JOELITON MELO VIANA MATRÍCULA: 123110188

PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES - EMPUXO

Campina Grande
2024
SÚMARIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3
1.1. Objetivo Geral.............................................................................................................. 3
1.2. Material Utilizado no Experimento ................................................................................ 3
2. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES..................................................................................... 3
2.1. Procedimento para coleta de dados ................................................................................ 3
3. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 5
1. INTRODUÇÃO

1.1. Objetivo Geral


Determinar experimentalmente o empuxo exercido pela água armazenada em um
recipiente sobre um corpo de forma cilíndrica. Comparar o valor experimental obtido com o
valor previsto pela teoria.

1.2. Material Utilizado no Experimento


Corpo básico (1), armadores (2.1), manivela (2.4), balança (2.10), bandeja (2.11),
massas padronizadas (2.12), suporte para suspensões diversas (2.13), paquímetro (2.20),
cilindro metálico (2.30), cordão, Becker com água e linha de nylon.

1.2.1. Montagem

2. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES

2.1. Procedimento para coleta de dados


Ao chegar em laboratório todos os equipamentos já estavam separados nas
bancadas. Inicialmente mediu -se o peso da bandeja, obtendo ( 𝑃𝐵 = 7,0 𝑔𝑓). Mediu – se
também com auxílio de um paquímetro a altura (L = 55, 69 mm) e o diâmetro (d = 18,98mm)
da seção reta do cilindro. O cilindro foi pendurado com o fio de nylon em uma extremidade
do suporte, e na outra pendurou -se a bandeja. Com auxílio das massas padronizadas foi
medido o peso real do cilindro (𝑃𝑐 = 122,0 𝑔𝑓). Movimentando a manivela do corpo básico
submergiu-se completamente o cilindro no Becker com água e reequilibramos o suporte
retirando algumas massas da bandeja. Com isso mediu – se o peso aparente do cilindro 𝑃𝑎𝐶 =
107 𝑔𝑓.
Observe o diagrama de forças sobre o cilindro imerso: Temos
FB F1 então, a força exercida pela balança ( FB ), o Peso (P), uma força aplicada
de baixo para cima devido à pressão da água ( F2 ) e uma segunda força

devido à pressão da água ( F1 ).

Desconsiderando a pressão atmosférica e determinando


expressões literais para as forças exercidas pelo líquido sobre as seções
retas superior e inferior do Cilindro, de profundidades h1 e h2 , temos:
F2 P
F1 = P1 ASr F2 = P2 ASr
F1 =  liq gh1 ASr F2 =  liq gh2 ASr

Onde  liq é a densidade da água, g é a gravidade e ASr é a área da seção reta do

cilindro.
Façamos agora, a resultante das forças exercidas pelo líquido sobre o cilindro:
𝐹𝑅 = 𝐹2 − 𝐹1 𝐹𝑅 = 𝜌𝑙í𝑞 𝑔𝐴𝑠 𝐿
𝐹𝑅 = 𝜌𝑙í𝑞 𝑔ℎ2 𝐴𝑠 − 𝜌𝑙í𝑞 𝑔ℎ1 𝐴𝑠 𝐹𝑅 = 𝜌𝑙í𝑞 𝑔𝑉𝑙í𝑞.𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜
𝐹𝑅 = 𝜌𝑙í𝑞 𝑔𝐴𝑠 (ℎ2 − ℎ1 ) 𝐸 = 𝜌𝑙í𝑞 𝑔𝑉𝑙í𝑞.𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜

Vemos então, que h2 − h1 é o comprimento do cilindro, que multiplicado pela

área da sua seção reta, teremos então o seu volume. Assim, temos que a força resultante é
dada pelo produto da densidade do líquido com a aceleração da gravidade e com o volume do
líquido deslocado.
Calculemos agora, no C.G.S., o volume do Cilindro e o valor do empuxo ( Eteo )

nele exercido.
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𝑉𝑐 = 𝐴𝑠 𝐿 𝐸𝑡𝑒𝑜 = 𝜌𝑙í𝑞 𝑔𝑉𝑙í𝑞.𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜


𝑑 2 𝐸𝑡𝑒𝑜 = (1 𝑔/𝑐𝑚3 )(980 𝑐𝑚
𝑉𝑐 = 𝜋 ) 𝐿
(
2 /𝑠 2 )(15,756 𝑐𝑚3 )
𝑉𝑐 = 15,756 𝑐𝑚3
𝐸𝑡𝑒𝑜 = 15440,88 𝑑𝑦𝑛

Agora o cálculo do empuxo, através do experimento, onde este deverá ser obtido
através da diferença entre o peso real e o peso aparente:
𝐸𝑒𝑥𝑝 = 𝑃𝑟𝑒𝑎𝑙 − 𝑃𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐸𝑒𝑥𝑝 = 122 − 107 = 15 𝑔𝑓
𝐸𝑒𝑥𝑝 = 14700 𝑑𝑦𝑛
Para 1 gf = 980 dyn.

Considerando os cálculos do Empuxo Teórico isentos de erros, calculamos o


erro percentual cometido na determinação experimental do empuxo:

|𝑉𝑉 − 𝑉𝑒𝑥𝑝 |
𝜖% = 𝑥 100%
𝑉𝑉
|15440,88 − 14700|
𝜖% = 𝑥 100%
15440,88
𝜖% = 4,80 %

3. CONCLUSÃO
Após as análises é possível concluir que o empuxo é uma força contrária a força peso,
que tenta expulsar o corpo do líquido dado pela equação 𝐸 = 𝜌𝑙í𝑞 𝑔𝑉𝑙í𝑞.𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 . Com isso,
vemos que o empuxo é na verdade o peso do líquido deslocado, pois 𝜌𝑙í𝑞 . 𝑉𝑙í𝑞.𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 é a
massa do líquido deslocado, que multiplicado pela gravidade, é então o seu peso. Caso o
Cilindro tivesse sido mergulhado parcialmente em água, a expressão teórica do empuxo
continuaria a mesma, porém, deveríamos tomar cuidado na hora de aplicar o volume do
líquido deslocado, que será justamente o volume do corpo submerso no líquido. Como tem –
se a massa e o volume, podemos calcular a densidade:
𝑚 0,122 𝐾𝑔𝑓
𝜌𝑐 = 𝑐 = −6 3
= 7,743.103 𝑘𝑔/𝑚3
𝑉𝑐 15,756.10 𝑚
Desse modo é perceptível que a densidade se assemelha com a densidade do ferro
(𝜌𝑓𝑒𝑟𝑟𝑜 = 8.103 𝑘𝑔/𝑚3 ). Então a substância constituinte do cilindro deve ser ferro.
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Se soltássemos o Cilindro em um recipiente com mercúrio contido, que tem


densidade 𝜌𝑚𝑒𝑟𝑐ú𝑟𝑖𝑜 = 13,6 𝑔/𝑐𝑚3 não teríamos uma imersão total, pois:
𝐸 = 𝜌𝑙í𝑞 𝑔𝑉𝑙í𝑞.𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜
𝐸 = 2.105 𝑑𝑦𝑛
O que representa uma força superior ao seu peso.
Para melhorar a determinação do empuxo experimental poderia ser usado água
destilada, visto que seria isenta dos sais minerais presentes na água, e utilizar também um
cordão com massa mais desprezível.
A expressão para o empuxo é válida para todos os fluidos, desse modo ela vale tanto
para líquidos quanto para gases. O balão flutua porque o gás que fica contido dentro dele
(seja ar quente, gás hélio etc.) tem densidade inferior a densidade do ar, o que faz com que a
força de empuxo seja superior a força peso do balão.

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