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República de Moçambique - Ministério da Saúde

MANUAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

DAS PARALISIAS FLÁCIDAS AGUDAS E PÓLIO

90

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1st Qtr 2nd 3rd 4th
Qtr Qtr Qtr

Direcção Nacional de Saúde Pública - Departamento de Epidemiologia


2009
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Manual de
Vigilância Epidemiológica
das Paralisias Flácidas Agudas
e da Pólio

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MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

FICHA TÉCNICA

TÍTULO: MANUAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS PARALISIAS FLÁCIDAS


AGUDAS E PÓLIO

AUTORES: Lorna Gujral


Alzira Mabote

REVISOR: Leonardo Chavane

EDITOR: Ministério da Saúde, Direcção Nacional de Saúde Pública, Departamento de


Epidemiologia, 3ª edição

TIRAGEM: 5.000 EXEMPLARES

DISTRIBUIÇÃO e INFORMAÇÃO: Departamento de Epidemiologia, Direcção Nacional de Saúde Pública, Ministério


da Saúde
Av. Eduardo Mondlane, 1008
Moçambique – Maputo

IMPRESSÃO:

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MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

PREFÁCIO (2ª Edição)

Há alguns anos Moçambique participa activamente nos esforços mundiais com vista à
erradicação da Poliomielite no mundo.

Apesar dos razoáveis resultados alcançados, muito mais há que fazer, tendo em conta a
responsabilidade assumida.

É nesta perspectiva que surge a necessidade de rever a anterior edição deste Manual, de
modo a adequá-la às novas exigências e procedimentos, para que Moçambique possa fazer parte do
mundo dos países que já alcançaram a erradicação desta doença.

Com a nova edição do Manual revista à luz da experiência acumulada pretendeu-se dar um
novo impulso na detecção de casos de Paralisia Flácida Aguda, seu seguimento e confirmação
laboratorial, como forma de identificar se se trata de poliomielite ou não.

Neste sentido, exorta-se a todos os trabalhadores de Saúde a leitura cuidadosa deste Manual
e, mais ainda, que desenvolvam todos os esforços para a sua implementação, garantindo desta forma
a rápida erradicação da doença no nosso país.

Maputo, Fevereiro de 2003

O Gabinete de Epidemiologia

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MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

PREFÁCIO (3ª Edição)

Há mais de uma década que Moçambique participa activamente nos esforços mundiais com
vista à erradicação da Poliomielite no mundo.

Apesar dos resultados alcançados por Moçambique no âmbito do alcance da Certificação da


Erradicação da Poliomielite, muito há ainda que fazer.

É nesta perspectiva que surge a necessidade de rever a 2ª edição deste Manual, de modo a
adequá-lo às novas exigências e procedimentos, para que Moçambique possa fazer parte do mundo
dos países que já alcançaram a meta da erradicação da doença.

Com a nova edição do Manual pretende-se dar um novo impulso na detecção de casos de
Paralisia Flácida Aguda, seu seguimento e confirmação laboratorial.

Esta revisão vem actualizar a responsabilidade de cada interveniente no processo de


Vigilância Epidemiológica, reafirmando a importância que esta acção tem desde o nível comunitário
até ao nível central do Ministério de Saúde.

Neste sentido exorta-se todos os trabalhadores de saúde à leitura cuidadosa deste Manual e,
mais ainda, a que desenvolvam esforços para a implementação das orientações nele contidas,
garantindo desta forma que Moçambique alcance a Certificação da Erradicação da Poliomielite o mais
rápido possível.

Maputo, Julho de 2009

O Ministro da Saúde

Prof. Dr. Paulo Ivo Garrido

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MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Agradecimentos

O MANUAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS PARALISIAS FLÁCIDAS AGUDAS E PÓLIO,


enquadra-se numa série de manuais compilados e editados pelo Ministério da Saúde e tem como principal
objectivo servir de instrumento de apoio ao trabalho realizado ao nível das Unidades Sanitárias, no âmbito da
recolha e análise da informação existente, principalmente no que diz respeito às doenças transmissíveis.

A 3ª edição deste manual é o resultado da experiência acumulada pelos trabalhadores da Saúde, desde a
implementação das estratégias visando a erradicação da Pólio no país, no continente e no mundo.

Este manual foi concebido e elaborado pelo Departamento de Epidemiologia com a colaboração dos
seguintes profissionais: Prof. Doutora Elena Folgosa e Dra. Lúcia Linares.

Aos colaboradores directos e a todos os outros que indirectamente apoiaram com as suas
experiências, o nosso sincero agradecimento.

DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
(3ª edição)

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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

ÍNDICE

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO 8

1. Alguns factos importantes relacionados com a Pólio no mundo 9

2. Iniciativa para a erradicação da Pólio 10


2.1 Países em risco 11
2.2 Situação da PFA/Pólio em Moçambique 12

3. Objectivo do manual 14

CAPÍTULO II - VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 15

1. Definição de caso 15
1.1. Definição de caso de PFA: 15
1.2. Definição de caso de Poliomielite 15

2. Notificação dos casos de PFA 16


2.1 Notificação do caso suspeito de PFA pela via rápida 16
2.2 Notificação do caso verdadeiro de PFA no BES da US e através da Ficha de Investigação de Caso 17
2.3 Discrepância de casos de PFA notificados pelo BES e pela Ficha de Investigação de Caso 17

3. Diagnóstico clínico da Poliomielite 18

CAPÍTULO III - ACTIVIDADES DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA PFA/PÓLIO 21

1. Objectivos da Vigilância Epidemiológica (VE) 21

2. Indicadores de desempenho da VE da PFA 21

3. Taxa mínima anual de detecção de casos de PFA 22

4. Etapas da VE da PFA/Pólio 23
4.1 Detecção e notificação de casos de PFA ou surtos de pólio 24
4.2 Investigação epidemiológica do caso de PFA ou surto de pólio 26
4.3 Qualidade de preenchimento da Ficha de Investigação de Caso 40
4.4 Busca activa de casos de PFA 41
4.5 Análise dos padrões e tendências da doença a nível local 43
4.6 Resposta atempada para cada caso ou surto 44
4.7 Monitorizar os indicadores de desempenho da VE 44
4.8 Fornecer retro-informação às pessoas e US que notificam 46
4.9 Supervisão 47

CAPÍTULO IV - CLASSIFICAÇÃO DOS CASOS DE PFA 50

1. TERMOS DE REFERÊNCIA PARA A CLASSIFICAÇÃO DE CASOS 50


1.1. Secretariado da Pólio 50
1.2. Comité Nacional de Peritos da Pólio 50
1.3. Comité Nacional de Certificação da Pólio 51

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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

ANEXO 1: HISTÓRIA CLÍNICA PARA CLASSIFICAÇÃO DOS CASOS DE PFA 53


REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE 53
MINISTÉRIO DA SAÚDE 53

ANEXO 2: TERMOS DE REFERÊNCIA PARA OS DIVERSOS INTERVENIENTES NA VE 54

ANEXO 3: NORMAS DE PAREDE PARA A VE DA PFA 56

ANEXO 4: MÉTODOS PARA MONITORAR OS INDICADORES DE DESEMPENHO DA VE 57

ANEXO 5: INSTRUMENTOS DE MONITORIA E SUPERVISÃO DAS ACTIVIDADES DE VE DAS


PFA, NO ÂMBITO DA VIDR 64

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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO

A Poliomielite (Pólio) é uma doença altamente infecciosa causada por um vírus que afecta principalmente
as crianças com idades inferiores a cinco anos.

A acção deste vírus caracteriza-se pela invasão do sistema nervoso periférico e, em poucas horas, pode
causar a paralisia de um ou mais membros.

A Pólio pode ser causada por 3 tipos do poliovírus, sendo o tipo 1 o mais virulento. Este vírus infecta
apenas os seres humanos e a sua transmissão é frequentemente pela via fecal-oral, ou seja, o vírus
reproduz-se nos intestinos do hospedeiro, é eliminado nas fezes e propaga-se rapidamente para pessoas
não imunizadas que tenham contacto directo com as fezes.

Os sintomas iniciais da doença, são:


• Febre
• Cansaço
• Dores de cabeça
• Vómitos
• Rigidez do pescoço
• Dores nos membros

O período entre a infecção e o aparecimento da paralisia (período de incubação) oscila entre 10 e 21 dias.
A transmissão do vírus ocorre geralmente neste período; a sua eliminação acontece durante pelo menos 1
mês após a infecção.

Não há cura para a Pólio e os seus efeitos são irreversíveis. Estima-se que:
• Uma em cada 200 infecções leve à paralisia dos membros, sendo a dos membros inferiores a
mais frequente.
• Entre 5 e 10 por cento dos casos com paralisias, morre por paralisia dos músculos respiratórios.

A melhor abordagem é a prevenção. Três gotas da vacina anti-pólio administrada, seguindo o calendário
de vacinação em vigor no País, protege a criança para o resto da vida.

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1. Alguns factos importantes relacionados com a Pólio no mundo

Existem evidências que sugerem que a Pólio tenha sido endémica há milhares de anos.

De seguida apresenta-se um resumo de alguns factos importantes relacionados com esta doença, por
ordem cronológica decrescente.

Ano Facto registado


2008 Ö Doença endémica em quatro países (Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão), com mais de 125 casos
notificados.
2007 Ö 992 casos confirmados de Pólio vírus selvagem no Mundo, deles 274 em Nigéria
2006 Ö 1,902 foram confirmados no Mundo, em Nigéria 1083 casos
2005 Ö 1749 casos de Pólio confirmados em todo o Mundo, deles 675 em Nigéria
2004 Ö 1170 casos de Pólio foram confirmados, deles 760 em Nigéria
2003 Ö 677 casos confirmados de pólio vírus selvagem no Mundo, deles 302 em Nigéria
2002 Ö Aumento do número confirmado de casos no Mundo 1,742, deles 355 em Nigéria
2001 Ö Diminuição de casos confirmados de Pólio n0 Mundo (428) deles 156 na Região Africana
2000 Ö Foram reportados 719 de Pólio no Mundo sendo 214 na Região Africana em 14 Países.
1999 Ö Ocorrência de um grande surto de pólio em Angola com mais de 800 casos e 50 óbitos.
Ö O Secretário-general de ONU concorda em negociar uma trégua na República Democrática de Congo
para se levar a cabo a vacinação.
Ö Dra. Gro Harlem Brundtland, Directora Geral de OMS vacina crianças durante um Dia Nacional de
Vacinação (DNV) na Costa do Marfim.
Ö Numa campanha casa-a-casa são vacinadas 6,5 milhões de crianças no Paquistão.
Ö Durante uma trégua são feitos DNV na Libéria.

1998 Ö Estima-se que 470 milhões de crianças menores de 5 anos tenham sido vacinadas durante os DNV.
Ö Os DNV são introduzidos pela primeira vez na Somália e no Sul do Sudão.

1997 Ö Estima-se que 450 milhões de crianças menores de 5 anos tenham sido vacinadas durante os DNV em 97
países considerados como sendo endémicos para a Pólio.

1996 Ö Nelson Mandela lança oficialmente a campanha “Chute a Pólio para Fora de África”.
Ö A Organização de Unidade Africana (OUA) adopta a “Declaração de Yaoundé” de Apoio para o extensão
do Programa de Vacinação, incluindo a erradicação da Pólio.
Ö Estima-se que tenham sido imunizadas 420 milhões de crianças durante o DNV.
Ö Ocorrência de um surto de Pólio na Albânia que já não registava casos de Pólio por vírus selvagem há 18
anos e alastramento deste para os países vizinhos.
Ö É identificado o último caso de pólio na China.
1995 Ö Mais de 56 milhões de crianças são vacinadas durante os DNV em 19 países do cáucaso, mediterrâneo,
Repúblicas da Ásia Central e Rússia.
Ö No Afeganistão, é negociado pelo 3º ano consecutivo, um cessar-fogo para se efectuar o DNV.

1994 Ö O Continente Americano recebe o certificado “Livre da Pólio” pela Comissão Internacional para a
Certificação de Erradicação da Pólio.

1992-1993 Ö Erupção de pólio no Países Baixos, entre um grupo que recusa a vacinação por motivos religiosos,
provando que , mesmo importado, o vírus constitui uma ameaça onde os níveis de imunidade são baixos.
Ö O vírus propaga-se para o Canadá.

1991 Ö Identificação do último caso de Pólio no Continente Americano.

1990 Ö A Iniciativa de Imunização Universal das Crianças, alcança a sua meta em 80% de cobertura mundial.

1989-1990 Ö Ocorrência de um surto de Pólio na China com aproximadamente 5.000 casos registados.

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Ano Facto registado (continuação)


1988 Ö A Assembleia da Organização Mundial de Saúde (OMS) adopta uma resolução para a erradicação da
pólio até ao ano 2000.

1970-1980 Ö Pesquisas realizadas por Lameness demonstram que a Pólio está propagada por muitos países em vias
de desenvolvimento, conduzindo à introdução da vacinação rotineira anti-pólio praticamente em quase
todos os programas de vacinação desses países.

1978 Ö Ocorrência de um surto de pólio nos Países Baixos que se propaga para os Estados Unidos no ano
seguinte.

1961 Ö Dr. Albert Sabin desenvolve a vacina oral anti-pólio (vírus vivo atenuado) que rapidamente é adoptada pela
maioria dos países.
Ö Campanhas de Vacinação realizadas em Cuba e na Europa do Leste demonstram que o vírus selvagem
da Pólio pode ser eliminado em grandes áreas geográficas, facto que serve de premissa para a
erradicação da doença.

1955 Ö Dr. Jonas Salk desenvolve a primeira vacina anti-pólio (vírus inactivado), injectável.

1948 Ö Thomas Weller e Frederick Robbins têm sucesso na cultura do vírus em células vivas, premissa para o
desenvolvimento de qualquer vacina contra a pólio.
Criação da OMS.

1938 Ö Criação da Fundação Nacional para a Paralisia Infantil nos EUA para angariar fundos para apoiar a
pesquisa e a luta contra a Pólio.

1931 Ö Sir Macfarlane Burnet e a Madame Jean MacNamara identificam vários tipos de poliovírus, conhecido
como Tipo 1, 2, e 3.

1916 Ö Epidemia de Pólio ocorrida em Nova Iorque exalta preocupação dos 2 lados do Oceano Atlântico e acelera
pesquisa sobre a propagação da doença.

1908 Ö Médicos austríacos, Karl Landsteiner e Erwin Popper, lançam pela primeira vez a hipótese da Pólio poder
ser causada por um vírus.

1894 Ö Ocorrência do primeiro surto significativo de paralisia infantil, posteriormente identificada como
Poliomielite, é documentado nos Estados Unidos.

1840 Ö Dr Jacob von Heine conduz a primeira investigação sistemática sobre a Poliomielite e desenvolve a teoria
de que a doença pode ser contagiosa.

2. Iniciativa para a erradicação da Pólio

Em 1988, uma das resoluções da Assembleia Geral da OMS foi a de erradicar a Pólio até ao ano 2000.
Esta decisão surge na sequência do sucesso alcançado com a erradicação da varíola em 1979, bem como
a eliminação do vírus da Pólio do Continente Americano na década de 90.

Os objectivos desta iniciativa são:


• Ausência absoluta de casos de paralisia flácida causada pelo vírus selvagem da pólio;
• Extinção global do vírus selvagem da pólio;
• Suspensão global da vacinação contra a pólio.
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Para alcançar estes objectivos foram identificadas as seguintes estratégias de erradicação:

• Compromisso político e financeiro adequados em todos os Países;


• Aumento de cobertura vacinal anti-pólio em crianças menores de 1 ano com as 4 doses de
vacina anti-pólio (VAP), ou seja, cumprimento integral do calendário de vacinação através das
actividades de rotina do PAV;
• Realização do Dia Nacional de Vacinação (DNV) durante a época fria, independentemente do
estado vacinal da criança, à todas as crianças menores de 5 anos, para administração de 2
doses suplementares de VAP com intervalo de 1 mês, de preferência, coincidentes com os
DNV realizados nos países vizinhos;
• Vigilância epidemiológica (VE) da Paralisia Flácida Aguda (PFA).

Em 1993, a OMS criou um Grupo de Trabalho para Imunização (“Task Force on Immunization” com a sigla
TFI) para acelerar a implementação destas estratégias na Região Africana.

As actividades de Vigilância Epidemiológica devem manter uma qualidade elevada, com o cumprimento
dos indicadores durante pelo menos 3 anos consecutivos, antes que uma região possa receber o
certificado “Livre de Pólio”. A data estipulada para a certificação em todo mundo como “Livre de Pólio”, era
2005. Esta meta não foi alcançada e até ao presente momento ainda não foi estipulada outra data.

Desde 1988 que os casos de poliomielite têm diminuído em mais de 99%, passando-se de cerca de
350.000 casos estimados em mais de 125 países endémicos para 1997 casos notificados em 2006. Em
2008, a endemicidade da Pólio estava confinada a 4 países.

2.1 Países em risco

Desde que haja apenas uma criança infectada pelo vírus da Pólio, as crianças de todos os países estão
em risco, uma vez que este vírus pode ser facilmente reimportado e propagar-se rapidamente devido à
globalização.

Até finais de 1998, um total de 50 países eram conhecidos como endémicos ou suspeitos de terem o
vírus selvagem da Pólio em circulação, dos quais Moçambique fazia parte.

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Decorridos 20 anos desde o lançamento da Iniciativa de Erradicação Mundial da Poliomielite, o número de


casos diminuiu em mais de 99%. Em 2008, existiam quatro (4) países com poliomielite endémica no
Mundo. As bolsas persistentes de transmissão da poliomielite localizam-se no norte da Índia, da Nigéria,
bem como na fronteira ente o Afganistão e o Paquistão.

A região das Américas (36 países) recebeu a certificação da OMS em 1994, seguida pela região do
Pacífico Ocidental (37 países e áreas, incluindo China), em 2000; e a região de Europa (51 países), em
Junho de 2002.

Em 2007, mais de 400 milhões de crianças foram imunizados em 27 países, durante 164 actividades
suplementares de imunização (ASI). A nível mundial, a vigilância da poliomielite tem alcançado máximos
históricos, como demonstra a rápida detecção dos casos de PFA.

2.2 Situação da PFA/Pólio em Moçambique

A história da notificação dos casos de Poliomielite no país teve 2 períodos distintos, nomeadamente:
- de 1981 a 1996, com a notificação dos casos, segundo critérios clínicos.
- a partir de 1997, com a notificação de todos os casos de PFA, como medida inserida na estratégia
da eliminação da poliomielite.

No primeiro período, a incidência de casos de poliomielite decresceu gradualmente, atingindo a incidência


mais baixa em 1986 (7 casos); em 1989 não foram notificados casos. Os últimos casos foram notificados
em 1993, sendo 3 de Gaza e 2 de Nampula. De salientar que este decréscimo foi conseguido apenas com
a vacinação de rotina.
50 47 Figura 1: Casos de Poliomielite, 1981 –2008
45
40 38

35
30 29
26
25
20
20
Casos

15
10 7 7
5
5 3 3
1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
2000
1
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008

Ano

Fonte: Departamento de Epidemiologia/MISAU


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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Em 1996, foram elaboradas no País as normas da Vigilância da PFA, enfatizando-se que um caso
confirmado de pólio causado pelo vírus selvagem representa uma epidemia.

Com início em 1997, o segundo período foi marcado por vários acontecimentos importantes,
nomeadamente: (i) introdução da Vigilância da Paralisia Flácida Aguda, (ii) compromisso de erradicação da
poliomielite a nível mundial e (iii) realização de campanhas de vacinação em massa em todo o país, sob o
lema “Chute a Pólio para Fora de África”.

Os primeiros casos de PFA notificados no país foram nas Províncias da Zambézia (3 casos) e Cabo
Delgado (1 caso).

Nos anos seguintes, o número de casos conheceu um aumento, atingindo a incidência de 81 casos em
2000, ultrapassando a esperada (mais 3 casos) para o mesmo ano. Em 2001, verificou-se uma redução do
número de casos notificados. Factores como, (i) as cheias que assolaram o centro do país e (ii) o
abandono a que o programa esteve votado a nível central, devido à substituição tardia do seu responsável,
teriam estado na origem desta situação. Em 2002 verificou-se novamente um aumento na incidência (88
casos), ultrapassando em 6 casos a esperada.

Figura 2: Casos notificados de PFA, 1997-2008


160
141
136
140 130
125

120 109 110


Casos notificados

100 88
81
80

55
60

33
40

13
20
4

0
97 98 99 2000 2001 Anos 2003
2002 2004 2005 2006 2007 2008

Fonte: Departamento de Epidemiologia/MISAU

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É de realçar que dos casos de PFA notificados neste período, 20 foram positivos por vírus pós-
vacinal, dos quais 5 poliovírus do tipo 1; 7 do tipo 2 e 8 do tipo 3. Estes casos eram provenientes
das províncias de Manica (5), Maputo cidade (2), Nampula (3), Sofala (3), Zambézia (2), Cabo
Delgado (1), Niassa (1), Inhambane (2) e Tete (1). Não foi detectado nenhum caso de Pólio
selvagem.

3. Objectivo do Manual

Este Manual tem como objectivo fornecer aos profissionais de Saúde no País, em particular aos agentes,
técnicos, médicos, especialistas e pessoal directamente ligado à Saúde Pública os instrumentos
necessários para garantir uma notificação e controlo correctos e atempados dos casos de PFA, de modo a
que o nosso país possa comprovar a interrupção da circulação do vírus selvagem da pólio.

Todos os países da nossa região devem provar igualmente que não existe
circulação do vírus selvagem da pólio
para que se possa obter o certificado “Livre de Pólio”,
passado oficialmente pela OMS.

A obtenção deste certificado é, não só uma honra para qualquer país,


mas também uma grande vitória do seu Sistema Nacional de Saúde.

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CAPÍTULO II - VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

1. Definição de caso

Dentro do contexto da erradicação da Pólio no mundo, o Ministério da Saúde adoptou a estratégia sugerida
pela OMS para a VE da PFA.

Pretendeu-se com a adopção desta nova estratégia, uma maior abrangência, de modo a que todos os
casos de PFA sejam investigados para que se possa determinar se são ou não causados pelo vírus
selvagem da pólio.

Portanto:
PFA não é sinónimo de pólio,
mas sim,
em termos de saúde publica,
uma suspeita de pólio que deve ser sempre confirmada.

É neste contexto, que as definições de caso usadas na VE para PFA e pólio, são:

1.1. Definição de caso de PFA:

Deve ser considerado suspeito, todo o doente com menos de 15 anos apresentando PFA, ou qualquer
pessoa de qualquer idade com doença paralítica, em quem o clínico suspeite poliomielite.

1.2. Definição de caso de Poliomielite

Qualquer caso de PFA que apresente uma das seguintes características:


• Sequelas físicas aos 60 dias, se as amostras de fezes não forem adequadas, ou seja, se as fezes
não forem em quantidade suficiente, adequadamente manuseadas e colhidas dentro do prazo;
• Vírus selvagem da Pólio isolado nas fezes;
• Óbito, sobretudo se ocorreu nos primeiros 10 dias após o início da paralisia ou se a criança teve
deficiência respiratória;

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• Perda de seguimento do caso, se as amostras de fezes não forem adequadas.

Lembre-se que:

Toda a criança com PFA é suspeita de poliomielite!

2. Notificação dos casos de PFA

A notificação dos casos de PFA comporta 2 fases:


- notificação de todos os casos suspeitos de PFA pela "via rápida"
- notificação do caso verdadeiro de PFA no BES da US e sua investigação através da Ficha de
investigação de Caso

Nota: É tarefa do Responsável Provincial de Vigilância Epidemiológica garantir que os dados destas duas
bases coincidam.

2.1 Notificação do caso suspeito de PFA pela via rápida

A notificação do caso suspeito de PFA pela "via rápida" (telefone, fax, e-mail) é usada sempre que a US
detecta um caso de PFA e visa a sua comunicação imediata ao Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção
Social (SDSMAS) à Direcção Provincial de Saúde (DPS).

Esta forma de notificação é de extrema importância pois tem em vista desencadear todo o processo de
investigação epidemiológica do caso, como será explicado no ponto 4.2 (“Investigação Epidemiológica do
Caso de PFA”), do Capítulo III.

A notificação do caso suspeito de PFA pela "via rápida"


é feita aos SDSMAS e à DPS e visa desencadear o
processo de investigação epidemiológica do caso de PFA e deve ser feita
imediatamente após a detecção do caso.

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2.2 Notificação do caso verdadeiro de PFA no BES da US e através da Ficha de Investigação de


Caso

A notificação no BES da US só deve ser feita depois da investigação epidemiológica do caso e, do


investigador ter verificado se realmente se trata de um caso verdadeiro de PFA.

Os casos verdadeiros de PFA devem ser notificadas pelo BES da US,


respeitando as normas deste instrumento.

Para além de notificados nos BES, todos os casos verdadeiros de PFA devem ser investigados e
notificados através da Ficha de Investigação de Caso de PFA. O seu preenchimento será abordado
no ponto 4 do capítulo III.

2.3 Discrepância de casos de PFA notificados pelo BES e pela Ficha de Investigação de Caso

Como foi dito anteriormente, todos os casos de PFA investigados e notificados através da Ficha de
Investigação de Caso (casos verdadeiros de PFA) devem ser também notificados no BES. A análise feita
ao número de casos notificados nos últimos 5 anos (2004-2008) mostrou que esta discrepância persiste,
como se apresenta na Tabela 1.

Tabela 1: Casos de PFA notificados no BES versus notificados através das Fichas de investigação de
casos
Ano Casos de PFA notificados no BES Casos de PFA notificados e investigados pela Ficha
de Investigação de Caso
2004 98 109
2005 92 110
2006 149 141
2007 144 130
2008 114 125

Em 2008, a relação entre casos notificados no BES e investigados mostrou uma subnotificação de 11
casos de PFA no BES (Figura 3).

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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Figura 3: Casos notificados e investigados de PFA, Janeiro-Dezembro 2008


40
35 Notificados Investigados
30
25
20
15
10
5

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C

M
FONTE: BES, Fichas investigação de casos

Para reverter esta situação é necessário que as normas de Vigilância Epidemiológica da PFA a todos os
níveis sejam observadas escrupulosamente

3. Diagnóstico clínico da Poliomielite

O diagnóstico clínico da poliomielite é feito com base no diagnóstico diferencial das PFA. Os critérios usados
são:
• Idade
• Estado vacinal
• Existência de outros casos de PFA no local
• Febre
• Evolução da paralisia
• Membro afectado
• Dor
• Movimento das articulações
• Força muscular
• Tónus muscular no paciente relaxado
• Reflexos no paciente relaxado
• Sensibilidade
• Diminuição da massa muscular
• Consulta de controlo aos 60 dias após o início da paralisia

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No Quadro 1, apresentam-se estes critérios e sua respectiva probabilidade de ocorrência.

Quadro 1: Critérios para o diagnóstico clínico da Pólio (diagnóstico diferencial de PFA)


Critérios Maior probabilidade Menor probabilidade

Idade < 5anos > 5 anos


Estado Vacinal Não vacinado Vacinação completa (com a 3ª dose)
Existência de outros casos de PFA Existência de outros casos de PFA no Inexistência de outros casos de PFA no
Distrito Distrito
Febre C/febre antes do início da paralisia S/febre antes do início da paralisia
Evolução da paralisia Rápida Lenta (*)
(período superior a 3 dias)
Membro afectado - Só 1 perna (♣) - 1 perna e os 2 braços
- Só as 2 pernas - 2 pernas e 2 braços
- 1 braço e 1 perna do mesmo lado - 1 perna e 1 braço de lados opostos (**)
Dôr - C/ dor ao exercer pressão muscular - S/dor ao exercer pressão muscular
- S/ dor ao exercer pressão óssea - C/ dor ao exercer pressão óssea (+)
Movimento das articulações Sem limitação de movimentos Movimentos articulares limitados e
articulares dolorosos (-)
Força muscular (após o teste de resistência Fraqueza assimétrica (♣) - Fraqueza simétrica
lateral para a força) - S/fraqueza (♠)
Tónus muscular no paciente relaxado Músculo flácido (♣) Músculo rígido (•)
Reflexos bilaterais no paciente relaxado - Assimetricamente diminuídos ou - Simetricamente diminuídos ou s/reflexos
(biceps, triceps, patelar, tornozelo) sem/reflexo apenas de um lado (♣) dos 2 lados
- Flexão do dedo grande - Resposta normal (♠)
- Extensão do dedo grande
Sensibilidade Com reacção ao beliscão S/reacção ao beliscão
Diminuição da massa muscular Com mais de 1 cm de diferença C/menos de 1 cm de diferença
Consulta de controlo aos 60 dias após o Caso confirmado de pólio se ainda tiver:
início da paralisia - reflexos diminuídos
- e/ou fraqueza muscular
- e/ou flacidez muscular

Notas explicativas referentes aos símbolos usados no quadro 1:


(*) sugere o síndroma de Guilliain-Barré particularmente se for simétrica, com evolução ascendente (é
PFA, mas não é Pólio)
(**) sugere mielitis transversa (é PFA, mas não é Pólio)
(+) sugere osteomielitis (é PFA, mas não é Pólio)
(-) sugere artrite (é PFA, mas não é Pólio)
(•) sugere paralisia espástica (não é PFA, não é Pólio)
(♣) maior probabilidade de ser um caso de Pólio
(♠) maior probabilidade de não ser um caso de Pólio

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Lembre-se que:

A história clínica ajuda no diagnóstico da causa de PFA.


No entanto, todos os diagnósticos acima referidos devem ser notificados pela "via rápida",
como casos suspeitos de PFA.

Após esta notificação,


deve ter início todo o processo de investigação epidemiológica,
para que se possa demonstrar que estes casos de PFA
não são causados pelo vírus selvagem da Pólio.

Durante a investigação dos casos o clínico deve elaborar a história clínica, cujo guião se apresenta se no
Anexo 1.

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CAPÍTULO III - ACTIVIDADES DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA PFA/PÓLIO

1. Objectivos da Vigilância Epidemiológica (VE)

A VE da PFA tem como objectivo demostrar inexistência da circulação do Vírus selvagem da Pólio.

Para tal, é necessário estabelecer-se mecanismos para uma vigilância activa com o envolvimento da
comunidade com vista à detecção de todos os casos de PFA. Estes casos devem ser sujeitos a uma
investigação clínica, epidemiológica e laboratorial, para confirmação laboratorial da presença ou ausência do
vírus selvagem da pólio.

Enquanto não se receber a confirmação laboratorial das amostras de fezes,


todos os casos de PFA notificados são considerados casos suspeitos de Pólio.

2. Indicadores de desempenho da VE da PFA

Durante 3 anos consecutivos, deve-se:


(i) Detectar uma taxa mínima anual de 2 casos por 100.000 crianças menores de 15 anos, em
cada província do país.
(ii) Investigar pelo menos 80% dos casos notificados dentro das 48 horas seguintes à sua
notificação.
(iii) Obter 2 amostras de fezes nos primeiros 14 dias após o início da paralisia, em pelo menos,
85% dos casos notificados.
(iv) Assegurar que, pelo menos 85% das amostras de fezes cheguem ao laboratório de
referência em boas condições.
(v) Manter em 100% a recepção dos relatórios semanais de notificação obrigatória,
informando “zero” se não detectar casos de PFA.

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3. Taxa mínima anual de detecção de casos de PFA

A taxa mínima anual de detecção de casos é calculada como sendo a detecção de 2 casos de PFA em
100.000 crianças menores de 15 anos, para cada província do país.

Para estes cálculos são usados os dados do recenseamento geral da população efectuado em 2007, onde
as crianças menores de 15 anos, representavam 45% da população moçambicana.

Nas Tabelas 2 e 3, são apresentadas as taxas mínimas de detecção anual em crianças menores de 15
anos, por província, o número de casos por estas notificados entre 2007 e 2008 e as respectivas taxas de
despiste por província.

Tabela 2: Taxa mínima anual de detecção de casos de PFA por província, em crianças menores de 15
anos - 2007
Província População População Casos de Casos Taxa de
em 2007 <15 anos PFA a notificados despiste
notificar (por cem mil
habitantes)
Niassa 1,055,482 516.500 5 3 0,6
Cabo Delgado 1,683,681 736.900 7 12 1,7
Nampula 3,861,347 1.797.200 18 2 0,1
Zambézia 3,880,184 1.810.900 18 28 1,6
Tete 1,593,258 782.200 8 17 2,1
Manica 1,400,415 673.800 7 8 1,1
Sofala 1,715,557 824.300 8 33 4,1
Inhambane 1,444,282 648.100 7 5 0,7
Gaza 1,362,174 603.200 6 9 1,5
Maputo Província 1,098,846 443.200 4 5 1,3
Maputo Cidade 1,271,569 449.800 5 8 1,6
PAÍS 20,366,795 9.286.100 93 130 1,4

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Tabela 3: Taxa mínima anual de detecção de casos de PFA por província, em crianças menores de 15
anos - 2008
Província População População Casos de Casos Taxa de
em 2008 <15 anos PFA a notificados despiste
notificar (por cem mil
habitantes)
Niassa 1,084,682 488.107 5 4 0,8
Cabo Delgado 1,717,430 772.844 8 6 0,8
Nampula 3,958,899 1.781.505 18 4 0,2
Zambézia 3,967,127 1.785.207 18 36 2,0
Tete 1,635,773 736.098 7 21 3,0
Manica 1,441,654 648.744 6 7 1,2
Sofala 1,755,825 790.121 8 19 2,4
Inhambane 1,476,750 664.538 7 6 0,9
Gaza 1,391,944 626.375 6 11 1,8
Maputo Província 1,125,167 506.325 5 8 1,3
Maputo Cidade 1,298,806 584.463 6 3 0,5
PAÍS 20,854,057 9.384.326 94 125 1,3

Comparando os anos de 2007 e 2008, pode-se observar que a taxa de detecção de PFA em 2007 foi de
1.4, baixando para 1.3 por 100.00 habitantes em 2008.

4. Etapas da VE da PFA/Pólio

A VE da PFA/Pólio comporta as seguintes etapas:

• Detecção e notificação de casos de PFA ou surtos de PFA;


• Investigação epidemiológica do caso de PFA ou surto de PFA;
• Busca activa de casos de PFA;
• Resposta atempada para cada caso ou surto, incluindo a vacinação de bloqueio;
• Monitorar os indicadores de qualidade da vigilância;
• Fornecer retro-informação às pessoas e/ou unidades que notificam.

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4.1 Detecção e notificação de casos de PFA ou surtos de pólio

4.1.1. Casos de PFA

Todos os trabalhadores das Unidades Sanitárias (US) devem ser sensibilizados para colaborarem na
detecção dos casos de PFA. No Anexo 2 são apresentados os termos de referência dos profissionais que
devem participar activamente neste processo, nomeadamente:
• Director Provincial de Saúde
• Directores Distritais de dos Serviços de Saúde Mulher e Acção Social
• Médicos Chefe Provincial e Distrital de Saúde
• Responsáveis de VE a todos os níveis
• Director das Unidades Sanitárias

Assim, todos os casos de PFA, em menores de 15 anos, devem ser conduzidos à US mais próxima, para
que o responsável da VE actue segundo os procedimentos determinados pelo MISAU. No Anexo 3 são
apresentadas as normas (normas de notificação) que devem estar afixadas na parede em todos os
Gabinetes de Consulta.

Deste modo, qualquer trabalhador, independentemente da sua categoria ou sector de trabalho, poderá
identificar um caso suspeito de PFA e encaminhá-lo para o sector de triagem ou consulta médica.

A detecção dos casos de PFA deve ser uma actividade de rotina na US,
aproveitando-se todas oportunidades,
como por exemplo,
as consultas de SMI, consultas de controlo do peso,
campanhas/dias de vacinação ou
mesmo durante os dias de vacinação de rotina na US.

O Técnico de Saúde da Triagem deve observar o caso e encaminhá-lo ao clínico da US para que este
confirme o caso e o registe no livro.

Se o responsável da VE da US não for o Técnico de Saúde da Triagem, este deverá encaminhar o caso
ao seu colega da VE, para que ele possa proceder segundo as normas deste manual, nomeadamente:

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(a) Suspeitar sempre de um caso de Pólio, se se tratar de um paciente com idade inferior a 15 anos e
apresentar uma PFA recente;
(b) notificar imediatamente pela "via rápida” ao SDSMAS;
(c) localizar imediatamente a residência do paciente.

Como a investigação do caso deve ser feita rapidamente, a notificação através do BES da US, só deve ser
feita se o caso de PFA for verdadeiro.

Todos os casos de PFA devem ser notificados pela "via rápida”


(telefone, fax, e-mail) aos SDSMAS, para activar o processo de investigação do caso,
para se determinar se é um caso verdadeiro ou não de PFA.

4.1.2. Surtos de Pólio

Como foi referido no “ponto 3” do Capítulo II, deste manual, existem sinais ou sintomas que ajudam no
diagnóstico clínico da Pólio.

Contudo, para que se declare “surto de pólio”, é necessário que o caso preencha um dos seguintes
critérios usados na VE para confirmação do diagnóstico da Pólio:

• Presença de sequelas físicas aos 60 dias após o início da paralisia, se não foram recolhidas as
amostras de fezes ou se estas não forem adequadas (caso sem confirmação laboratorial);
• Vírus selvagem da Pólio isolado nas amostras de fezes (confirmação laboratorial);
• Óbito, especialmente se ocorreu durante os 10 primeiros dias após o início da paralisia e se o
caso teve deficiência respiratória;
• Perca de seguimento do caso (caso sem confirmação laboratorial) e/ou a não realização da visita
de seguimento.

Lembre-se:

A presença de 1 caso confirmado de pólio representa uma epidemia na área.

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Se a suspeita de pólio for muito forte, por exemplo um caso numa criança não vacinada oriunda de um país
com história recente de surtos (ex: Nigéria), deve-se comunicar sem demora ao nível imediatamente
superior, de modo a que a informação seja transmitida rapidamente ao Departamento de Epidemiologia
para decisão e tomada de medidas.

É responsabilidade da US:

(i) Suspeitar sempre de um caso de PÓLIO, quando uma criança menor de 15 anos apresente uma PFA
recente.
(ii) Notificar imediatamente pela "via rápida" (dentro de 24 horas) ao SDSMAS.
(iii) Localizar imediatamente a residência do paciente.

4.2 Investigação epidemiológica do caso de PFA ou surto de pólio

O objectivo desta investigação é o de recolher informação completa, fiável e o mais detalhada sobre o
caso.

A investigação preliminar do caso e a colheita de amostras é da responsabilidade do SDSMAS e deve


ser feita imediatamente após a recepção da notificação do caso pela "via rápida". A investigação
epidemiológica do caso é da responsabilidade da DPS.

A investigação epidemiológica do caso compreende duas fases:

(i) investigação com o doente, ou seja, o preenchimento da “Ficha de Investigação” referente às


informações fornecidas pelo doente ou acompanhantes.
(ii) investigação epidemiológica ao domicílio e vizinhança do doente. Esta investigação
epidemiológica na comunidade tem como objectivos:
(a) identificar outros casos de PFA e/ou suspeitos de pólio;
(b) definir a magnitude das actividades de vacinação e controlo.

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A investigação epidemiológica dos casos visa responder às seguintes perguntas:

1. Quando ocorreu?
2. Onde ocorreu?
3. Quem são os afectados?
4. Como se poderá evitar a propagação da doença?

4.2.1 Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social (SDSMAS)

No SDSMAS, o Responsável Distrital de VE deve:

A. Certificar-se imediatamente se:


; Se trata de um caso recente de PFA. Esta actividade poderá ser feita em colaboração com o
médico-chefe distrital ou outro clínico por ele indicado;
; Se o local de residência do doente na aldeia/vila/cidade está registada correctamente;
; Se as 2 amostras de fezes foram colhidas.

B. Notificar o caso pela "via rápida" à DPS, o mais rapidamente possível.

A investigação epidemiológica preliminar de um caso de PFA deve ser feita nas primeiras 24 horas após a
notificação e investigação e é da responsabilidade do SDSMAS, mais concretamente do Médico Distrital e
Responsável da Vigilância Epidemiológica.

O objectivo desta investigação é o de recolher a informação necessária para que se prove a ausência da
circulação do vírus Selvagem da Pólio.

4.2.2 Direcção Provincial de Saúde (DPS)

Na Direcção Provincial de Saúde (DPS), o responsável da VE ou o seu substituto deve criar mecanismo
para o transporte de amostras à província nas primeiras 72 horas após a recepção da notificação pela
“via rápida” e fazer o envio ao Laboratório de Microbiologia da Faculdade de Medicina, da Universidade
Eduardo Mondlane.

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Lembre-se:

O preenchimento da Ficha de Investigação de Caso de PFA


é tarefa do Responsável da VE nos SDSMAS.
O Médico Chefe distrital deve supervisar esta actividade

A investigação de caso de PFA é feita com base no preenchimento de uma Ficha de Investigação de
Caso (Figura 4) e comporta 3 etapas:
Etapa 1: Visita inicial ao doente;
Etapa 2: Visita à comunidade;
Etapa 3: Seguimento do doente aos 60 dias.

Etapa 1: Visita inicial ao doente

O objectivo é entrevistar os pais e pessoal de Saúde que atendeu o doente e iniciar o preenchimento da
“Ficha de Investigação de Caso”, para determinar se se trata de um caso verdadeiro de PFA. O Médico
Distrial deve pedir o processo clínico do doente para analisá-lo, incluindo a história clínica, diagnóstico e
tratamento administrado; se tiver alguma dúvida, peça um encontro com o médico que observou o caso.

A Ficha de Investigação de Caso é preenchida em triplicado, onde a BRANCA deve ser arquivada na US; a
AMARELA fica arquivada no SDSMAS; e a VERDE é enviada juntamente com as amostras de fezes. A
DPS deve tirar uma cópia para seu arquivo.

A parte inicial desta ficha refere-se ao “código oficial” e é preenchida pela DPS. Comporta informação sobre
o “País”, “Província”, “Distrito”, “Ano” início” (ano de início da paralisia) e “Nº de caso”. Por outras palavras,
designa o número sequencial do caso e visa manter ordenados todos os dados clínicos, epidemiológicos e
laboratoriais relacionados.

Por exemplo: “MOZ-SOF-BUZ-02-003” QUE SIGNIFICA “3º caso de 2002, do distrito de Búzi, na
Província de Sofala em Moçambique”.

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No Departamento de Epidemiologia do MISAU, a data de recepção da ficha é preenchida pelo(a) gestor(a)


da base de dados.

Com letra legível e de forma correcta, o investigador começa a preencher a partir da IDENTIFICAÇÃO DO
CASO, completando os seguintes itens da ficha:

• IDENTIFICAÇÃO
Para além dos dados pessoais do doente (nome próprio, nome do pai ou da mãe, data de nascimento,
idade e sexo), recolhe-se a informação referente à localização geográfica (Província, Distrito, Endereço,
Aldeia/Bairro, incluindo o nº do quarteirão, nome da rua e o nº da casa, Cidade, US mais próxima de casa),
bem como de alguns factores de risco relacionados com a doença (recepção de uma visita, sua
proveniência, viagem para fora da sua aldeia e o seu destino).

• DATAS DA NOTIFICAÇÃO, INVESTIGAÇÃO E RESPOSTA


As datas de notificação e investigação do caso são de extrema importância, pois permitem calcular os
intervalos utilizados como indicadores de qualidade.

É também importante que para a sua orientação, o responsável da VE aponte estas datas, de modo a
planificar atempadamente o “Exame de controlo” (ver passo 2: seguimento do doente aos 60 dias).

Para além do nome da pessoa que notifica o caso (responsável da VE) na parte final da ficha, a pessoa
que faz a investigação deve também escrever o seu nome, cargo e local de trabalho, se é da DPS ou do
SDSMAS.

• HOSPITALIZAÇÃO
Refere-se à informação relacionada com a hospitalização do paciente, nomeadamente a data de admissão
(data de internamento), data em que o caso comparece na US e a referência do Processo de Internamento
– NID

Geralmente as datas de admissão e a data em que o caso comparece na US são diferentes, pois muitas
vezes a US que detecta o caso não tem internamento. Então o caso é transferido para um Centro de Saúde
com internamento/Hospital Geral/ Hospital Rural/Hospital Provincial/Hospital Central.

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FICH A PARA IN V ESTIGA Ç ÃO DE CA SO – PAR A LISIA FLÁ C IDA A G UD A


NO TIFICAÇ ÃO O BRIG A TÓ RIA
PO R FA VO R, C OM PLETE TO DA A IN FO R M AÇ ÃO
Para uso Recebido: ___/___/___
O ficial N úmero Epid:

País Prov. Distr. Ano início Nº caso


IDEN TIF ICA ÇÃ O
D istrito:____________________ Província:____________________ U. Sanitária mais próxima de casa____________________
Endereço: (Encontrar a casa)________________________________________________________________________________
Aldeia/B airro___________________________________
Cidade:________________________________________________
N ome do paciente:________________________________Pai/M ãe:_________________________________________________
D ata de nascim ento: ___/___/___
Idade Anos___ M eses ____ Sexo: † M = masculino
F= fem inino
N o ultimo mês recebeu um a visita? Providência_______________________________________________________________
O u viajou para fora da aldeia? D estino______________________________________________________________________

N O TIFIC AÇ ÃO / IN VEST IG AÇ ÃO Data da notificação: Data de investigação:


N otificado por _________________________ do caso: ___/___/___ do caso: ___/___/___

H O SPITA LIZAÇ ÃO D ata de admissão: ___/___/___


Adm itido no hospital: † 1= Sim Unidade sanitária: _________________________
2= Não Processo de internam ento – N ID:_____________

H ISTO R IA C L IN ICA Febre no início † Paralisia progrediu †


da paralisia em 3 dias ou menos
Inicio da paralisia
na data__/__/__ Paralisia flácida † Assim etria †
e súbita
1= Sim 2= N ão

D EPO IS DA INV ESTIG AC A O , ERA UM CA SO 1= Sim


V ERD ADEIR O D A PA RA LISIA FLA CID A A G UDA ? 2= Não Se não, então não é preciso completar o
resto da ficha. M arque “6” na Classificação Final.

V AC IN A ÇÃO Primária ___/___/___ 3. ª dose ___/___/___


T otal doses. Excluir dose D oses 1ª dose ___/___/___ 4 ª dose ___/___/___
de pólio da nascença Pólio 2ª dose ___/___/___ Se > 4, a ultima ___/___/___
99=S/Inform..

CO LHEIT A D A AM OST R A D E FEZES


D ata da 1ª D ata da 2ª envio da amostra
amostra: ___/___/___ amostra: ___/___/___ Província o M ISAU ___/___/___
data em que o M ISA U recebeu Envio da amostra do M ISAU
a amostra da província: ___/___/___ para o laboratório regional ___/___/___
RESU LT AD O S 1 = Adequada Resultado do 1º isolamento
___/___/___ 2 = não adeq. ___/___/___ ___/___/___ P1 P2 P3 NP-Ent
Recepção amostra condição D ata envio resultado Recepção resultado
N o lab. Regional das fezes do lab. Para G. Epid. o G. Epidemiologia 1 = Sim 2 = Não
___/___/___ ___/___/___ W1 W2 W3 V1 V2 V 3 N P-Ent
envio resultado da diferenciação Recepção resultado da
do laboratório para G. Epidemiol. diferenciação no G. Epid. 1= Sim 2= N ão 1 = Sim 2 = N ão

EXA M E D E C O N T RLO Paralisia residual ? (S/N ão) 1 = Paralisia residual


O bservações 2 = Sem paral. residual
D ata do exame no controlo 3 = perdido ao controlo
D e controlo: ___/___/___ 4 = Faleceu

Figura 4: Ficha de Investigação de caso de PFA

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Há um espaço próprio para o nome da US de internamento, próximo da data de admissão. É importante


que o Médico Distrital peça sempre para ver o processo clínico.

• HISTÓRIA CLÍNICA INICIAL


Com a “HISTÓRIA CLÍNICA INICIAL” pretende-se estabelecer os sintomas iniciais, a data da paralisia, o
envolvimento dos membros. Note que o processo clínico pode ajudar a esclarecer alguns aspectos que o(a)
doente ou o(a) acompanhante não se lembrem.

A notificação de um caso suspeito requer uma investigação imediata por parte do Núcleo de Epidemiologia
provincial, incluindo o Médico-Chefe ou outro médico por ele designado, nas primeiras 24-48 horas, após a
recepção da notificação do caso pela “via rápida”.

Sinais e sintomas para o diagnóstico de suspeita de Pólio:


♦ febre no início da paralisia.
♦ conservação da sensibilidade dos membros paralisados.
♦ existência de sequelas de paralisia aos 60 dias, após o início da doença.

Não se esqueça que só pode ser declarado “caso de pólio”,


após a confirmação laboratorial,
ou,
caso não tenham sido recolhidas amostras de fezes,
por decisão do Comité Nacional de Peritos.

• DEPOIS DA INVESTIGAÇÃO
Um vez realizada a investigação e mediante os critérios de diagnóstico, o investigador está em posição de
dizer se está ou não perante um caso verdadeiro de PFA, devendo completar esta parte com “1” (sim) ou
“2” (não) , respectivamente.

O(s) investigador(es) devem lembrar-se que se não for um caso verdadeiro de PFA (opção de resposta
“2”), não será necessário continuar a preencher o resto da ficha, à excepção da parte correspondente à
“CLASSIFICAÇÃO DO CASO” e “INVESTIGADOR”.

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Só os casos verdadeiros de PFA, devem ser notificado no BES!

• VACINAÇÃO
Fornece informação sobre o estado vacinal do caso (número de doses e as datas); o Responsável da VE
deve pedir sempre o cartão de vacinas à mãe da criança. Se este não estiver disponível, tente obter
informação o mais confiável possível.

Se não houver informação, no quadrado correspondente ao total de doses de Pólio, deve-se colocar o
número “99”. Estes dados permitem saber se houve alguma falha no sistema de vacinação.

Lembre-se:

O Responsável de VE e o médico dos SDSMAS devem realizar a investigação clínica e epidemiológica


do caso de PFA nas primeiras 24-48 horas após a notificação do caso

Uma vez confirmado o caso de PFA, este deverá ser notificado “pela via rápida” com a máxima urgência
para o Departamento de Epidemiologia no Ministério da Saúde.

• COLHEITA DE 2 AMOSTRAS DE FEZES


Se o caso de PFA for verdadeiro, é necessário proceder-se à confirmação laboratorial. Para tal, o
investigador deverá colher 2 amostras de 5-10 gr de fezes de 2 dejecções diferentes, com intervalo de 24
horas, à mesma hora e devem ser imediatamente congeladas ou colocadas numa caixa isotérmica com
gelo. De recordr que 8 gr fezes é uma quantidade correspondente a uma falange do dedo polegar.

As datas de colheita das amostras devem ser registadas na ficha de investigação de caso.

Para que o Laboratório consiga isolar este vírus as amostras de fezes devem ser mantidas em caixa fria, a
temperaturas inferiores a 8ºC, desde a sua colheita até chegarem ao laboratório. Se estas condições não
estiverem disponíveis, o vírus não sobreviverá.

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Apesar dos primeiros 14 dias após o início da paralisia ser o período de maior eliminação do vírus, este
pode ser isolado até 60 dias após o início da paralisia. Por outras palavras, se o doente estiver internado há
1 mês, as fezes devem ser colhidas, seguindo-se as instruções acima referidas.

Se as amostras de fezes:
(i) forem escassas (quantidade inferior a 8 gr ou tamanho inferior ao dedo polegar de um adulto)
ou,
(ii) não tiverem um rótulo com a identificação completa ou não estiverem devidamente
acomodadas no frasco (fezes entornadas) ou,
(iii) após a colheita não tiverem sido congeladas/conservadas no gelo ou,
(iv) se foram transportadas fora da cadeia de frio,
estas amostras não poderão ser usadas para a confirmação laboratorial, pelo que se denominam
AMOSTRAS IMPRÓPRIAS. No Quadro 2 é apresentada uma síntese de todos os procedimentos
relacionados com as amostras de fezes.

As amostras e a Ficha de Investigação de Caso de cor verde devem ser enviadas para à DPS para
posterior envio ao MISAU, via DHL (esquema 1).
Esquema 1: Fluxo das amostras de fezes
US Í 2 amostras de fezes
Í Ficha verde
Envia Í Ficha amarela

SDSMAS Í 2 amostras de fezes


Í Ficha verde
Envia Í

DPS Í 2 amostras de fezes


Envia Í Ficha verde

MISAU Í 2 amostras de fezes


Recebe Í Ficha de laboratório

Laboratório na Í 2 amostras de fezes


Recebe Í Ficha de Laboratório
África do Sul

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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Quadro 2: Procedimentos relacionados com as amostras de fezes


Í Colheita de fezes em quantidade aproximada a 1ª falange do polegar de adulto (8 gr).
Í Colocar num recipiente plástico limpo, por exemplo, um frasco de plástico com boca larga e

Colecta e tampa de rosca externa.


Í Usar uma caneta à prova de água para rotular lateralmente o frasco, com o nome, número
embalagem
de identificação do caso, número da(s) amostras (1ªou 2ª), e data da colheita .
Í Colocar o frasco contendo as fezes num saco plástico selado.
Í Armazenar separadamente das vacinas ou de outros produtos, num refrigerador ou outro
local cuja temperatura seja inferior a 8º C, até ao envio das amostras.
Í Colocar as amostras numa caixa isotérmica com acumuladores recicláveis (temperatura
<8º C).

Transporte Í Preencher os formulários de requisição laboratorial de cada caso, incluindo a seguinte

das amostras informação:


- Data da colecta das amostras;
- Dados sobre a identificação do caso;
- Data do início da paralisia;
- Data da última dose da vacina anti-pólio;
Í Colocar os formulários de requisição num saco plástico separado ou fechado.
À chegada ao laboratório, as amostras de fezes, devem:
Chegada das Í Não estar ressecadas;

amostras ao Í Não apresentar vazamentos;


Í Ter a documentação adequada, completa e correctamente preenchida;
laboratório
Í Apresentar evidências de que a cadeia de frio foi mantida.
Í 2 amostras de fezes.
Í Colecta de amostras com intervalo mínimo de 24 horas.
Í Colecta de amostras antes do 15º dia, de início da paralisia.
Amostras
Í Volume adequado de cada amostra (8-10gr).
Adequadas Í Embalagem adequada e envio em caixa isotérmica (temperatura <8º C).
Í Chegada em boas condições a um laboratório acreditado pela OMS, num período ≤3 dias.

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Após a recepção no MISAU, as amostras de fezes são posteriormente enviadas ao Laboratório de Referência
da África do Sul, local onde se realiza o exame laboratorial (Figura 5). As datas referentes à recepção da
amostra no MISAU (data de recepção da 2ª amostra), envio da amostra para o laboratório regional, bem
como a data da recepção dos resultados devem ser preenchidas pelo Departamento de Epidemiologia do
MISAU.

As 2 amostras de fezes permitem confirmar laboratorialmente os casos de Pólio.


A primeira colheita deve ser realizada no início da investigação e a segunda 24 horas depois.

Passo 2: Visita à comunidade

A visita à comunidade visa entrevistar os pais da criança, vizinhos, pessoal de saúde do local e líderes
comunitários para:
• Realizar uma busca activa de outros casos de PFA, o que pode fornecer informação sobre a
existência de um surto e/ou encontrar casos que foram registados, mas não notificados (ver ponto
4.4).
• Investigar se pessoas próximas ao caso viajaram ou se receberam visitantes, como forma de
tentar identificar como o vírus chegou à comunidade.

Também se deve aproveitar esta ocasião para completar os dados da Ficha, se estiverem incompletos (ex:
informação relativa ao núcleo familiar, vacinação da caso em estudo, etc).

Entre esta etapa 2 – “Visita à comunidade” e a etapa 3 – “Seguimento do doente aos 60 dias”, há
actividades de VE da PFA que devem ser realizadas, que são:

¾ Busca activa (ponto 4.4)


¾ Análise dos padrões e tendências da doença a nível local (ponto 4.5)
¾ Resposta atempada para cada caso ou surto (ponto 4.6)

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LABORATORY REQUEST TO ACCOMPANY STOOL SPECIMEN


LABORATORY REQUEST TO ACCOMPANY SOOL SPECIMEN

Country: MOÇAMBIQUE EPID#


Patient's Name M F
District
Province Day Month Year
Date of birth of patient
Date of onset
Date of first stool specimen collected
Date of second stool specimen collected
Date stool specimen sent
Name of person to whom laboratory results be sent : Dra. Elena Folgosa
Complete address : Laboratório de Microbiologia da FM-UEM
Telephone number
Fax number
For use by the receiving National laboratory ( Maputo )
Date received at laboratory
Name of person receiving specimen at laboratory
Was specimen in good condition*?

For use by the receiving Reference laboratory ( JHB )


Date received at laboratory
Name of person receiving specimen at laboratory
Was specimen in good condition*?

* Criteria for Good condition = Adequate volume, No leakage, No desiccation, and temperature
Indicator or presence of ice indicating reverse col chain woas maintained

Figura 5: Ficha de envio de amostras ao Laboratório de Referência da África do Sul.

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Passo 3: Seguimento do doente aos 60 dias

Salvo raras excepções, a pólio deixa sequelas físicas, para além dos 60 dias depois do início da paralisia.
Assim, 60 dias depois do início da paralisia, o responsável da VE e o médico da US ou Distrital devem fazer
o “Exame de Controlo”, como vem referido na Ficha de Investigação de Caso, de todos os casos que não
tenha sido colhidas fezes de boa qualidade.

Por outras palavras, o "Exame de Controlo" é a história clínica final, pode ser feita em casa da criança ou
na US, caso esta tenha permanecido internada. Esta actividade visa:

• estabelecer se há sequelas físicas ou não nos membros inferiores e superiores;

• determinar se o doente faleceu ou não.

Após esta visita e o preenchimento da parte da ficha correspondente ao “EXAME DE CONTROLO” o


responsável da VE na DPS deve:
• completar a cópia da ficha VERDE, contactar por fax, telefonicamente e/ou por e-mail o
Departamento de Epidemiologia no MISAU para que este possa inserir esta informação na ficha
VERDE;
• contactar o Responsável de VE do SDSMAS e da US para que estes completem igualmente as
suas fichas (amarela e branca, respectivamente)

Se a suspeita do caso de poliomielite for forte,


não se deve esperar os 60 dias para confirmar e iniciar as acções de controlo.

Se a suspeita for muito forte, para além da fisioterapia ao doente, outras acções devem ser iniciadas,
nomeadamente:
1. Busca activa de mais casos de poliomielite na localidade ou Cidade, começando pelos arredores
da casa da criança doente. Os líderes religiosos, tradicionais ou políticos, e as pessoas com
influência na comunidade, devem ser entrevistadas (ver ponto 4.4) e envolvidos nesta actividade.
2. Numa Cidade onde exista um centro de fisioterapia, este deve ser visitado para verificar se houve
ou não entradas de crianças com paralisia recente (ver ponto 4.4).

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3. Vacinação a todas as crianças de 0-5 anos de idade, independentemente do seu estado vacinal,
na Cidade ou Localidade de proveniência do suspeito.

Esta campanha deve ser realizada o mais rapidamente possível, isto é, em menos de um mês após a
descoberta do caso. A DPS deve apoiar ao SDSMAS na realização destas actividades, nomeadamente em
vacinas, pessoal e logística. A campanha deve ser repetida dentro de um mês. Mais detalhes são dados
no ponto 4.5, deste capítulo.

Para interromper a circulação do vírus, é importante que a campanha seja realizada num curto
espaço de tempo (2-3 dias).

A vigilância epidemiológica deve continuar de forma activa, à procura de novos casos. Na eventualidade de
existirem vários casos, é importante conhecer o estado vacinal das crianças doentes, bem como o das
crianças circunvizinhas na comunidade.

A ocorrência de casos vacinados (3 doses no primeiro ano de vida, com intervalos respeitados) deve levar
a uma investigação das técnicas de administração da vacina anti-pólio e da cadeia de frio em geral.

Lembre-se que como em qualquer campanha,

a vacinação de rotina deve continuar normalmente.

No Esquema 2 e no Quadro 3, são apresentados os critérios para confirmação/rejeição de um caso de


pólio.

• CLASSIFICAÇÃO FINAL DO CASO


Esta parte deve ser preenchida pelo Departamento de Epidemiologia, depois da recepção do resultado
laboratorial das amostras de fezes. As opções de resposta são as seguintes:

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Opção de resposta “1” - caso confirmado de Pólio (resultado laboratorial positivo - isolamento do vírus
selvagem nas fezes).
Opção de resposta “2” - caso rejeitado (resultado laboratorial negativo, sem sequelas aos 60 dias após o
início da paralisia).
Opção de resposta “3” - caso compatível* (com sequelas aos 60 dias após o início da paralisia, sem
confirmação laboratorial).
Opção de resposta “4” - caso pendente (à espera do resultado laboratorial, ou à espera da visita de
seguimento aos 60 dias após o início da paralisia, ou à espera de classificação
do Comité Nacional de Peritos).

• - os casos compatíveis devem ter um relatório clínico pormenorizado para permitir a sua
classificação final pelo Comité Nacional de Peritos. No Capitulo 4, apresenta-se o esquema de
classificação seguido por este comité.

Esquema 2: Modelo de classificação usado pelo Comité Nacional de Peritos


Paralisia residual, morte, sem CONFIRMADO
história clínica ou s/seguimento
aos 60 dias
Poliovírus COMPATÍVEL
selvagem
Revisão
pela
Comissão
de
Peritos

Amostras de fezes DESCARTAR


PFA Inadequadas sem
história clínica ou
s/seguimento aos 60
dias

N/poliovirus S/ paralisia DESCARTAR


selvagem residual

2 amostras adequadas de fezes DESCARTAR

Notas explicativas:
1. Amostras adequadas:
Colheita de fezes com 24 horas de intervalo e dentro de 14 dias após o início da paralisia. As amostras devem chegar
ao laboratório em quantidade (8-10 gr) e boas condições (sem entornar, não ressequidas, conservadas em gelo ou
acumuladores, acompanhadas de documentação).
2. Caso compatível:
Indica a existência de uma falha na VE e deve ser monitorizada no local da ocorrência (distrito/cidade/aldeia) e
no tempo.

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Quadro 3: Critérios para confirmação do diagnóstico da Pólio


CRITÉRIO CONFIRMAÇÃO REJEIÇÃO

Sequelas físicas aos 60 dias Presença de sequelas aos 60 1. Sem sequelas físicas aos 60
dias dias e sem isolamento do vírus
selvagem da Pólio nas
amostras de fezes.
Vírus selvagem da pólio nas Presença de vírus selvagem
amostras de fezes nas fezes 2. Sequelas físicas aos 60 dias
não compatíveis com a pólio,
para o qual há outro
Óbito Ocorrência de óbito diagnóstico confirmado.
(especialmente se ocorreu
durante os primeiros 10 dias 3. Óbito ocorrido depois dos 10
depois do início da paralisia, e se dias, ou se se confirmar outras
o caso teve deficiência causas de óbito.
respiratória)

Perda de seguimento do caso Para os casos sem confirmação laboratorial (amostras de


fezes) ou sem Exame de Controlo (seguimento aos 60
dias após o início da paralisia), devem ser considerados
CASOS DE PÓLIO.

Note que embora muito possivelmente sejam falsos-positivos,


de acordo com as normas da OMS, estes casos não devem
ser rejeitados.

4.3 Qualidade de preenchimento da Ficha de Investigação de Caso

A análise da qualidade das Ficha de Investigação Epidemiológica de Casos de PFA referentes aos casos
notificados em 2008 mostrou que a qualidade de preenchimento das fichas é deficiente!

Os principais problemas detectados durante o processo de verificação dos casos foram:


1. Ausência de histórias clínicas ou quando presentes, de fraca qualidade (ex: ausência de
exame neurológico, informação contraditória);
2. Notificação tardia dos casos (notificação após 14 dias de inicio da PFA)
3. Preenchimento incorrecto e/ou incompleto Fichas de Investigação de Caso principalmente
em relação a (i) Datas de início da paralisia/recolha de amostras de fezes/envio de fezes; (ii)
informação incompleta referente à localização da casa do paciente/caso;

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4. Envio de Fichas de Investigação de Caso sem as respectivas amostras ou com amostras


colhidas tardiamente (14 dias após o início da paralisia);
5. Envio de amostras de fezes sem rótulo o que dificulta a sua identificação para envio
posterior ao laboratório de Joanesburgo.
6. Inexistência de controlo aos 60 dias dos casos com amostras de fezes colhidas
tardiamente; sem amostras ou com apenas uma amostra.

4.4 Busca activa de casos de PFA

A busca activa dos casos deve ser feita na US e na comunidade.

4.4.1. Busca activa de casos na US

Considerando que possam existir casos de PFA que não tenham sido notificados nos BES, devem-se rever
regularmente nos livros de:
(a) internamento dos Hospitais Centrais/Provinciais/Gerais/Rurais das enfermarias de
Pediatria, Medicina e Triagem.
(b) triagem de Pediatria, Medicina e Banco de Socorros.
(c) Consulta externa de Pediatria e Medicina,
(d) Consulta de Fisioterapia.

Esta tarefa é de responsabilidade dos Responsáveis de VE dos SDSMAS e pode ser enquadrada nas
actividades de supervisão às US e à comunidade, que é feita de 2 em 2 meses. Nos Hospitais Rurais e
Distritais, esta actividade deve ser feita mensalmente, enquanto nas Unidades Sanitárias prioritárias, os
Hospitais Gerais, Provinciais e Centrais, esta actividade é semanal.

Enfatizar que os 2 meses devem ser contados retrospectivamente, a partir do dia da busca activa. O
responsável da VE deve assinar a página correspondente ao dia da visita, com uma esferográfica de cor
azul ou vermelha, colocando com letra visível, o seu nome e data em que esta busca activa foi efectuada.

Considerando que alguns casos não são reportados no BES, é aconselhável rever regularmente os
formulários de internamento dos Hospitais Provinciais e Rurais (SIS-DO4), dos Centros de Saúde (SIS-DO3),
assim como os livros de registo.

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4.4.2 Busca activa de casos na comunidade

A busca activa de casos consiste na procura activa de casos de PFA, paralelamente às actividades de VE e
deve ser feita nos distritos prioritários da província. Para tal, a DPS deve identificar as zonas de maior risco,
segundo os seguintes critérios:
• Áreas com cobertura vacinal inferior a 70%.
• Áreas com forte movimento migratório, especialmente em zonas fronteiriças.
• Distritos silenciosos, ou seja, os que não têm notificados casos de PFA.

No entanto, isto não invalida que, caso seja possível, a busca activa seja feita nas US consideradas
prioritárias como os Hospitais Gerais, Rurais Distritais, Provinciais e Centrais e Centros de Saúde com
grande fluxo de doentes.

A busca activa é uma actividade de extrema importância, pois permite identificar a existência de casos de
PFA:
• isolados/desconhecidos em zonas sem história de notificação de casos de PFA ou Pólio.
• que não procuram os cuidados de saúde.
• registados nos livros, mas que não foram notificados.

A busca activa deve ser feita pelos Responsáveis da VE do SDAMAS,


pelos Agentes de Medicina Preventiva (AMP) das US,
paralelamente à realização de outras actividades, como
palestras na comunidade ou brigadas móveis de vacinação.

Para esta actividade, o técnico de VE/Agente de Medicina Preventiva (AMP) deve contactar as pessoas-
chave para questionar sobre a existência recente de paralisias nas crianças dessa comunidade e, em caso
de resposta positiva, pedir o seu apoio para a localização das mesmas.

Os informantes chave podem ser:


• Líderes tradicionais
• Professores
• Praticantes de Medicina Tradicional

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• Parteiras tradicionais
• Líderes religiosos
• Líderes de Associações Femininas
• Líder da OMM no local
• Anciãs
• Assistentes sociais
• Activistas

A busca activa de mais casos suspeitos de poliomielite numa localidade ou Cidade deve começar sempre
nos arredores da casa da criança doente. Os líderes religiosos, tradicionais ou políticos e as pessoas com
influência na comunidade devem ser entrevistadas.

Se existir na Cidade um Centro de Fisioterapia, este deve ser visitado para verificar se houve ou não
entradas de crianças com paralisia recente.

4.5 Análise dos padrões e tendências da doença a nível local

A análise da informação colhida na ficha epidemiológica facilitará a planificação das actividades de controlo
epidemiológico, nomeadamente a vacinação antipólio na comunidade.

Esta análise deve ser feita através da comparação com a incidência (aparecimento de novos casos) dos
anos anteriores, pois permite ao nível provincial:
• detectar distritos e áreas silenciosas e consequente reforço das actividades de busca activa nas
mesmas.
• determinar se a tendência da doença é descendente (tende a diminuir) ou ascendente (tende a
aumentar).
• verificar se o número de casos corresponde ao esperado.

Se o número de casos é inferior ao esperado, deve-se organizar imediatamente uma busca activa nas US
do Distrito.

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4.6 Resposta atempada para cada caso ou surto

Todos os casos de PFA devem ser notificados pela "via rápida", pelo serviço (enfermaria) que recebeu o
doente.

O caso só deve ser registado e notificado no BES, se se tratar de um caso verdadeiro de PFA, de acordo
com as normas descritas no volume II do manual de VE para nível Distrital.

Lembre-se:

No livro de registo convém anotar o nome do local (Hospital Geral/Rural/Provincial/ Central) para onde o
caso foi transferido, bem como os seus dados pessoais
(nome, idade, sexo, residência), o mais completo possível.

Se a suspeita do caso de poliomielite for muito evidente, não se deve esperar os 60 dias para confirmar.

Com apoio da DPS, o SDSMAS deve iniciar a vacinação de bloqueio a todas as crianças menores de 5
anos independentemente do seu estado vacinal, na Cidade ou Localidade de proveniência do suspeito. A
campanha deve ser repetida dentro de um mês.

Para interromper a circulação do vírus, é importante que a campanha seja realizada num espaço curto de
tempo (2-3 dias).

Lembre-se:

Como em qualquer campanha, a vacinação de rotina deve continuar normalmente, bem como os DNV.

4.7 Monitorizar os indicadores de desempenho da VE

A monitoria é um processo contínuo da implementação do plano ou da actividade através da recolha


sistemática de dados e cálculo periódico de indicadores sobre os recursos, a forma de execução, a
qualidade e o volume de trabalho dos serviços.

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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Este processo tem como objectivo apoiar os gestores no controlo do grau de cumprimento das actividades
desenvolvidas, como foram planificadas e se possível ajustá-las, de modo a alcançar as metas previstas.

A monitoria deve ser uma actividade de rotina baseada em relatórios pré-definidos e numa lista de
indicadores. Permite ainda detecção a curto prazo uma problema específico e procurar soluções para a sua
resolução.

Tendo em conta o volume de trabalho do pessoal da VE a todos os níveis de atenção, os Estados Membros
da Região Africana da Organização Mundial da Saúde aprovaram a Vigilância Integrada das Doenças e
Resposta (VIDR), como uma estratégia regional para a detecção precoce e resposta eficaz às doenças
transmissíveis prioritárias nesta Região (resolução AFR/RC48/R2).

Em Moçambique, a primeira experiência de VIDR data de 2002, através do uso dos seus instrumentos na
vigilância epidemiológica de PFA baseada caso, no âmbito da erradicação da Pólio; em 2005, foi o seu uso
foi expandido para o Sarampo.

Os instrumentos ou fontes de recolha de dados de VIDR incluem:


a. Ficha de Monitoria do respectivo nível de atenção (DPS e Departamento de Epidemiologia)
b. Ficha de Supervisão Individual e de Resumo para TODOS NÍVEIS
c. Fichas de Investigação de Caso de PFA/Pólio, Sarampo e Tétano neonatal
d. Listagem dos casos de Sarampo
e. BES, Ficha de Controlo de Envio/Recepção do BES/
f. Modelo de Relatório de Investigação de um Surto

No contexto da VIDR, todos os níveis de atenção de saúde, desde a unidade sanitária (US) até aos Órgãos
Centrais, devem calcular e usar os seus indicadores. Esta acção tem em vista a melhoria do desempenho
do Sistema de Vigilância em vigor, rentabilizando o trabalho realizado pelo responsável da VE no Serviço
Nacional de Saúde. No Quadro 4 são apresentados os indicadores referentes à VE das PFA que devem ser
calculados por nível de atenção.

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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Quadro 4: Indicadores de VE das PFA integrados na VIDR por nível de atenção


SDSMAS 1. Proporção de casos de PFA/Pólio notificados do SDSMAS à DPS, através das
fichas de investigação de caso

DPS 1. Proporção de casos de PFA/Pólio notificados pela DPS ao Departamento de


Epidemiologia, através das fichas de investigação de caso.
2. Taxa de detecção de casos de PFA por 100,000 crianças menores de 15 anos,
da Província.
3. Proporção de fezes adequadas da Província.

Departamento de 1. Proporção de casos de PFA/pólio notificados ao Departamento de Epidemiologia,


Epidemiologia através das Fichas de Investigação de Caso.
2. Taxa de detecção de casos de PFA por 100,000 crianças menores de 15 anos,
da população total.
3. Proporção de fezes adequadas do País
4.

Para facilitar o cálculo destes indicadores o Departamento de Epidemiologia elaborou instrumentos de


monitoria para cada nível de atenção, que têm como objectivos:
• recolher dados para o cálculo dos indicadores
• monitorar o registo de suspeita, investigação e, se necessário, de implementação das
medidas para o controlo de surtos.

A periodicidade de recolha de dados varia (semanal, mensal ou trimestral), dependendo do tipo de


indicador. A periodicidade de análise dos resultados do cálculo dos indicadores deve ser feita sempre que
necessário, mas pelo menos semestralmente durante as visitas de supervisão aos SDSMAS e DPS. Estes
indicadores devem ser discutidos nos encontros (mensais ou trimestrais) do Núcleo de Epidemiologia da
DPS e do SDSMAS. No Anexo 4 são apresentados estes indicadores e as metas esperadas por nível de
atenção.

4.8 Fornecer retro-informação às pessoas e US que notificam

A retroinformação é a parte mais fraca da VE, embora seja de extrema importância. O Departamento de
Epidemiologia deve elaborar a retroinformação e enviar às DPS. Esta deve incluir informação sobre:
• Número de casos de PFA notificados pela “via rápida” (casos suspeitos) e BES (casos
verdadeiros).
• Número de casos confirmados de Pólio, por mês e zona ( região geográfica).
• Indicadores de desempenho da VE do país.
• Comparação dos indicadores de VE por província.

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• Resultado dos exames laboratoriais das fezes.

• Qualidade de preenchimento das Fichas de Investigação de Caso.

• Qualidade das amostras recebidas

A DPS é responsável pela sua disseminação por todos os distritos e US da província.

A retroinformação pode ser dada através de:


• Carta ou fax
• Boletins de retroinformação trimestrais
• Relatórios
• Visitas de supervisão

A retro-informação permite:

(i) Verificar a exactidão dos relatórios recebidos.


(ii) Encorajar o envio de relatórios completos e atempados.
(iii) Informar aos intervenientes nos diferentes níveis de atenção de saúde, sobre o progresso do
programa.

O Quadro 5 apresenta um resumo das tarefas por nível de atenção.

4.9 Supervisão

A supervisão permite aos trabalhadores de Saúde, a todos os níveis, melhorem o seu desempenho
profissional, quer através do esclarecimento de dúvidas e troca de experiências, quer através da formação
em serviço. Deste modo, esta actividade deve ser encarada como uma avaliação do desempenho e não,
como um processo profissional do responsável da VIDR.

Durante a supervisão, o supervisor (de cada nível de atenção) deverá calcular e interpretar os indicadores
em conjunto com o responsável pela VIDR. Para tal, ele deverá pedir a Ficha de Monitoria Mensal do
referido (Anexo 5), os Livros de Registo, as Fichas de Investigação de Casos e os BES, que são
instrumentos fundamentais e que permitem calcular os indicadores e preencher a Ficha de Supervisão.

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É durante a supervisão que os erros de notificação e recuperação de casos perdidos (caso não notificados)
devido à negligência ou ao desconhecimento das normas de notificação devem ser corrigidos.
Paralelamente, é necessário fazer-se uma a comparação dos casos notificados investigados através da
Ficha de Investigação de Caso com os notificados no BES. De lembrar que todos casos notificados e
investigados através da Ficha de Investigação de Caso devem ser notificados no BES.

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Quadro 5: Resumo das tarefas/responsabilidades de VE da PFA por nível de atenção


NÍVEL RESPONSABILIDADE/TAREFA
Unidade ; Suspeitar sempre que se trata de um caso de PÓLIO, quando o paciente apresenta uma PARALISIA FLÁCIDA AGUDA
recente.
Sanitária
; Notificar imediatamente, pela “via rápida” (dentro de 24 horas) ao SDSMAS.
Ficha branca ; Localizar imediatamente a casa onde reside o paciente.
; Notificar no BES os casos verdadeiros
Serviço Distrital de ; Notificar, dentro de 24 horas, à DPS.
; Com apoio do clínico certificar que se trata de caso de PFA recente.
Saúde, Mulher e Acção
; Verificar a localização correcta da casa.
Social
; Com o apoio da DPS realizar actividades de controlo, incluindo - caso a suspeita de Pólio seja muito forte - vacinação de
Ficha amarela bloqueio a todas as crianças com menos de 5 anos de idade que residam na mesma área da criança afectada.
; Participar no preenchimento da “Ficha Epidemiológica de Investigação de Caso de PFA”.
Direcção ; Garantir que a investigação epidemiológica e clínica do caso suspeito decorra dentro de 24 horas após a notificação
; Depois de concluída a investigação, verificar se a US notificou o caso no BES.
Provincial de
; Enviar a “Ficha Epidemiológica de Investigação de Caso de PFA” e as 2 amostras de fezes ao Departamento de
Saúde
Epidemiologia.
Ficha verde (cópia)
NÍVEL CENTRAL ; Manter uma base de dados nacional dos casos de PFA notificados pelas Províncias.
; Analisar as fichas epidemiológicas enviadas pelas Províncias.
(Departamento
; Monitorizar os indicadores de desempenho da VE
Epidemiologia)
; Confirmar os casos (PÓLIO e/ou PFA) notificados através da Comissão Nacional de Peritos.
Ficha verde (original) ; Fazer a notificação Internacional através da OMS.
; Fazer retro-informação às províncias que notificaram os casos de PFA.

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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

CAPÍTULO IV - CLASSIFICAÇÃO DOS CASOS DE PFA

1. Termos de referência para a classificação de casos

A classificação de casos de PFA, é responsabilidade do nível central que, em coordenação com os


diferentes comités, reúne os documentos necessários para a classificação final.

Para a classificação/certificação de erradicação da Pólio, os países devem ter 2 Comités, nomeadamente,


o “Comité Nacional de Certificação” e o “Comité Nacional de Peritos de Pólio”. Estes são apoiados pelo
Secretariado da Pólio na classificação e elaboração do relatório anual da Pólio que é submetido à OMS.
Em seguida, são mencionados os termos de referência dos diferentes intervenientes neste processo.

1.1. Secretariado da Pólio

O secretariado é responsável por:


1. Organizar as reuniões das Comissões Nacional de Certificação da Pólio e do Comité Nacional de
Peritos.
2. Participar nas reuniões das Comissões Nacional de Certificação da Pólio e do Comité Nacional de
Peritos.
3. Secretariar e elaborar relatórios das reuniões dos Comités Nacionais de Peritos e de Certificação
da Pólio.
4. Servir de elo de ligação entre os Comités de Certificação e o de Peritos.
5. Elaborar o relatório anual do país, em coordenação com o Comité Nacional de Certificação da
Pólio.
6. Organizar todos os documentos necessários para a certificação da Pólio ao nível do país.

1.2. Comité Nacional de Peritos da Pólio

A principais tarefas do Comité Nacional de Peritos são:


• Proceder à classificação final de todos os casos PFA;
• Garantir a assistência técnica para a melhoria da qualidade e desempenho da Vigilância
Epidemiologica e do Laboratório;
• monitorar o progresso do país com vista à erradicação da Pólio;

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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

1.3. Comité Nacional de Certificação da Pólio

O Comité Nacional de Certificação da pólio tem como tarefas:


• Orientar o pessoal da Vigilância Nacional e do PAV na preparação dos documentos requeridos
para a certificação da Erradicação da Pólio;
• Rever os documentos apresentados para a certificação e informar ao pessoal da vigilância
Epidemiologica e do PAV sobre as exigências adicionais (os assuntos operacionais relacionados
com o melhoramento do PAV/Vigilância Epidemiologica são da responsabilidade dos programas
Nacionais e não do CNC);
• Realizar as visitas de terreno nos hospitais, laboratórios, áreas periféricas e outros locais para
validar os dados nacionais do PAV e da Vigilância Epidemiologica;
• Rever o trabalho do Comitê Nacional de Peritos em Pólio (CNPP) para a classificação dos casos
de PFA, dando particular atenção aos casos compatíveis de pólio;
• Recomendar actividades adicionais de Vigilância Epidemiologica ou de colecta de dados
adicionais requeridos para a certificação;
• Submeter regularmente à Comissão de Certificação da Região Africana os relatórios de
progresso referentes aos aspectos alcançados, visando a certificação, as dificuldades não
resolvidas que podem atrasar o processo de certificação e as soluções apropriadas para sua
solução;
• Preparar e submeter um relatório final do país para a consideração da Comissão de Certificação
da Região Africana depois de não ter havido evidências de circulação do poliovirus selvagem num
período de três anos, sendo a documentação completa e verificada.

A este Comité subordina-se o Sub Comité de Contenção Laboratorial da Pólio.

O Sub-Comité de Contenção Laboratorial da Pólio tem as seguintes funções:


• Preparar e participar no Inventário de todos dos laboratórios do País que manuseiam fezes
(distribuição do inquérito e inventário do material);
• Realizar visitas de seguimento a todos os laboratórios do País (Públicos e Privados);
• Providenciar assistência técnica aos laboratórios na implementação do Inventário dos mesmos;
• Compilar os resultados do Inquérito e inventário de todos os laboratórios;
• Submeter o relatório do Inventário Nacional ao Comitê Nacional para a Certificação (CNC).

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ANEXO 1: História Clínica para classificação dos casos de PFA

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
_____________

MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

Informação Demográfica
Nome________________________________________________________________________________________
Idade ou data de Nascimento____/____/___/anos de idade/meses ______ Nº do processo____________________
Nome do pai/mãe_______________________________________________________________________________
Morada/Bairro__________________________________________________________________________________
Outras informações
Data de internamento_____/_____/_____Data de início da PFA___/____/______Data de notificação____/____/____
Data de investigação______/______/______; Motivo de internamento______________________________________
Diagnóstico de entrada___________________________________________________________________________
Descrição da história clínica ( copiar do processo), falar com o clínico assistente para informação ou
esclarecimento. Deve conter informação sobre o principal diagnóstico do doente , data do inicio da doença que
causou a PFA
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
Exame objectivo (físico) a ser feito pelo clínico
Estado geral _______________; Peso _______; Temperatura ________; Estado das mucosas __________________
Estado da pele __________________________________________________________________________________
Frequência cardíaca (FC )_______________________; Fequência respiratória (FR) ___________________________
Ascultação cardíaca (AC) _______________________ Ascultação Pulmonar(AP )_____________________________
Abdomen (ABD) _________________________________________________________________________________
Função motora (assinalar com “X”)
Tonus muscular: Aumentado __________; Diminuído ________________; Normal ______________
Reflexos: Aumentados ___________; Diminuídos _______________; Normal ______________
Força muscular: Sem contracção _________; Contração trémula __________; Normal ______________
Sensibilidade: Aumentada ____________; Diminuída _______________ _; Normal ______________
Análise Laboratorial
Copiar todos resultados laboratoriais feitos ___________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
Diagnóstico clínico
Conclusão ou opinião do investigador (mencionar a doença que levou ao surgimento da PFA) ___________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________

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ANEXO 2: Termos de referência para os diversos intervenientes na VE

Director Provincial de saúde


ƒ Aprovar o plano provincial da vigilância epidemiológica (VE).
ƒ Garantir a disponibilização atempada de recursos para a execução das actividades na província.
ƒ Assinar todos os relatórios e todas as actas referentes às actividades de VE na província.

Médico-Chefe Provincial
ƒ Coordenar tecnicamente todo o processo de VE.
ƒ Garantir maior envolvimento dos clínicos nas actividades de VE, através da notificação dos casos
de doenças notificáveis e da investigação clínica dos mesmos, com ênfase para o Sarampo, a
PFA e o Tétano Neonatal.
ƒ Supervisar as actividades do responsável da VE.
ƒ Analisar todos os relatórios relatórios referentes a VE e assiná-los.
ƒ Ler e assinar todas as actas referentes à VE.
ƒ Tomar as medidas julgadas pertinentes com vista a melhorar o desempenho da VE.
ƒ Garantir a elaboração do relatório mensal do desempenho da VE

Responsável Provincial da VE
ƒ Elaborar o plano provincial da VE.
ƒ Supervisar e apoiar as actividades dos responsáveis distritais da VE.
ƒ Implementar as actividades-chave da VE nomeadamente:
9 Apoiar os distritos na elaboração de uma lista de US prioritárias e calendário de visitas.
9 Supervisar e efectuar busca activa de casos nas US, com prioridade para as US
prioritárias.
9 Supervisar e efectuar busca retrospectiva de casos nas US prioritárias, a procura de
casos de oportunidades perdidas.
9 Realizar trino para frescamento dos pontos focais distritais da VE distritais.
9 Apoiar os distritos nas actividades de investigação e controle de surtos epidémicos.
9 Reportar os casos identificados ao Médico Chefe.

Médico-Chefe Distrital
ƒ Responder pelo grau de desempenho da vigilância epidemiológica no distrito.
ƒ Garantir maior envolvimento dos clínicos nas actividades de VE, através da notificação dos casos
de doenças notificáveis e da investigação clínica dos mesmos.
ƒ Participar activamente na investigação e notificação dos casos de PFA através da Ficha de
Investigação de Caso.
ƒ Supervisar as actividades do responsável da VE.
ƒ Analisar todos os relatórios referentes a VE e assiná-los.
ƒ Ler e assinar todas as actas referentes a VE no distrito.
ƒ Tomar as medidas julgadas pertinentes com vista a melhorar o desempenho da VE no seu
Distrito.

Responsável Distrital da VE
ƒ Elaborar o plano distrital da VE
ƒ Implementar as actividades-chave da VE nomeadamente:
9 Elaborar uma lista de US prioritárias no distrito e calendário de visitas;
9 Efectuar busca activa de casos nas US, com prioridade para as US prioritárias;

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9 Sob supervisão do Médico Chefe Distrital, realizar a investigação e notificação dos casos
de PFA através da Ficha de Investigação de Caso:
9 Efectuar busca retrospectiva de casos nas US prioritárias, a procura de casos de
oportunidades perdidas;
9 Criar pontos focais comunitários da VE (usar a estrutura já existente ao nível comunitário,
como por exemplo, activistas do PNCTL, CVM e de outras organizações baseadas na
comunidade, organizações de massa comunitárias, pastores, curandeiros, parteiras
tradicionais, lideres comunitários, etc.) e treiná-los na identificação dos casos de PFA,
Sarampo e TNN;
9 Reciclar os pontos focais comunitários de VE;
9 Reportar os casos identificados ao nível provincial.

Responsável da VE na US
9 Efectuar busca activa de casos nos livros de registo de consultas externas e de
internamento.
9 Coordenar as actividades dos activistas comunitários.
9 Reportar os casos identificados ao nível distrital.

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ANEXO 3: Normas de parede para a VE da PFA

Definição de caso • Paralisia/paresia: perda de força muscular


• Flácida: perda de tono muscular “frouxo”
• ( oposto ao espástico ou rígido)
• Aguda: progressão rápida da paralisia.

O que se pretende • Notificar e investigar todo caso suspeito em crianças


menores de 15 anos

Colheita de amostras • Colha duas amostras de fezes com um intervalo de 24


horas entre a 1 e 2 amostras.

Visita aos 60 dias • Esta visita é realizada aos 60 dias após o aparecimento da
paralisia para ver a evolução dos casos em relação a
paralisia.
• Se as fezes colhidas forem de boa qualidade e os
resultados do laboratório forem negativos, esta visita pode
ser dispensada, mas em todos os outros casos é
obrigatória

Indicadores da vigilância • Taxa de detecção dos casos de PFA não pólio em crianças
menores de 15 anos (meta: 2/100.000)
• Amostras colhidas nos primeiros 14 dias após o inicio da
PFA (meta : 85%)

Nota:
1. As fezes podem ser colhidas até 60 dias após o aparecimento da paralisia, mas depois dos
primeiros 14 dias já não são de boa qualidade.
2. Todos os casos suspeitos de PFA devem ser reportados imediatamente ao responsável
provincial da Vigilância Epidemiológica para realizar em conjunto a investigação dos mesmos.
3. Para todos os casos suspeitos deve ser preenchida a ficha de investigação de caso, com
todas as informações requeridas, com letra legível, incluindo o local de residência com pontos
de referencia que ajudem a localizar o caso.
4. Todos os casos suspeitos devem ser notificados no BES

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ANEXO 4: Métodos para monitorar os indicadores de desempenho da VE

Como foi mencionado no ponto 4.6 “monitorar os indicadores de VE”, a monitoria dos indicadores é da
responsabilidade do Departamento de Epidemiologia.

Existem vários métodos, nomeadamente:

1 Listagem

Este método consiste na listagem da informação básica de todos os casos de PFA reportados,
nomeadamente:
• Nome;
• Idade (anos ou meses);
• Sexo;
• Data de nascimento;
• Província;
• Distrito;
• US que notificou o caso;
• Amostras de fezes;
• Seguimento aos 60 dias.

Este método é muito útil, pois permite monitorar o progresso da investigação epidemiológica de cada caso,
verificar se a informação está completa, analisar os dados, bem como calcular os indicadores de
desempenho.

Na página seguinte é apresentado o modelo da tabela para este método.

57
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Listagem dos casos de PFA


Nome Sexo Idade Data de Província Distrito US que notificou 2 amostras de Seguimento aos
(M/F) (Anos/Meses) nascimento o caso fezes (S/N) 60 dias (S/N)

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2. Análise por ano, mês, idade e história vacinal

Para esta análise são usados gráficos de barras ou gráficos circulares, cujos detalhes para o seu desenho são dados no anexo do volume 1 do manual de VE
para o nível distrital.

Os gráficos devem conter a seguinte informação:


Eixo “y” Eixo “x” Importância

Gráfico 1 Nº de casos confirmados de pólio Ano Indica o progresso feito com vista à erradicação da pólio.
Gráfico 2 Nº de casos confirmados de pólio Mês Indica as épocas de maior e menor transmissão da polio e é útil para planear os
DNV.
Gráfico 3 Nº de casos confirmados de pólio Grupo etário Ajuda a determinar o grupo etário de risco durante os DNV, vacinação de
(0-4, 5-15, 15+) bloqueio (surtos pós imunização e mapeamento dos locais de imunização).

Gráfico 4 Nº de casos confirmados de pólio História vacinal Avalia a eficácia da vacina e identifica a existência de problemas na cadeia de
(doses frio
completas/incompletas)
Gráfico 5
Nº de casos verdadeiros de PFA Grupo etário Indica se os casos de PFA estão a ser notificados nas crianças menores de 15
(0-4, 5-15, 15+) anos e não apenas em crianças menores de 5 anos.

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Posteriormente, convém que estes gráficos sejam distribuídos pelas províncias e distritos.

3. Mapeamento

Todos os casos confirmados de PFA devem ser mapeados segundo o seu local de residência e data de
início da paralisia, para se determinar em que locais há circulação do vírus.

Este mapeamento identifica:


• Áreas de alto risco para serem abrangidas por estratégias particulares durante os DNV e/ou numa
vacinação de bloqueio.
• Áreas onde se tem realizado actividades de VE e/ou onde o vírus possa estar em circulação

4. Indicadores de desempenho

Este indicadores são usados para monitorar a “qualidade” da VE, bem como o desempenho laboratorial,
identificam áreas problemáticas e estimulam a melhoria no desempenho das actividades de VE.

Assim, durante 3 anos consecutivos, deve-se:


(i) Detectar uma taxa mínima anual de 2 caso por 100.000 crianças menores de 15 anos, em
cada Província do País.
(ii) Investigar pelo menos 85% dos casos notificados dentro das 24-48 horas seguintes à sua
notificação.
(iii) Obter 2 amostras de fezes nos primeiros 14 dias após o início da paralisia em pelo menos
85% dos casos notificados.
(iv) Assegurar que pelo menos 85% das amostras de fezes cheguem ao laboratório de
referência em boas condições.
(v) Manter em 100% a recepção dos relatórios semanais de notificação obrigatória,
informando “zero” se não detectar casos de PFA.

Para o cálculo da taxa mínima anual de 2 caso por 100.000 crianças menores de 15 anos, em cada
Província do País, deve-se:

60
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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Segundo estudos epidemiológicos feitos espera-se que numa população de 0 a 14 anos se registem
(notifique) no mínimo dois casos de PFA em cada 100.000 crianças. De lembrar que este número de casos
é independente da existência ou não de casos de pólio.

Exemplos para cálculo:

Exemplo 1 - Província da Zambézia, com 3,967,127 habitantes (Hb) em 2008, o número de casos de PFA
esperados para esta província no ano 2008 será:

I passo - Cálculo da população < de 15 anos (0 a 14 anos) da Zambézia, que representa 45% da
população (dados do censo, 1997):
o População da província da Zambézia x 45% da pop de 0 a 14 anos
o 3.967.127 Hb x 45%
o 3.967.127 Hb x 0.45 = 1.785.520 Hb, (menores de 15 anos).

II Passo - Cálculo de casos esperados/a notificar:


o Pop < 15 anos x TI de casos de PFA
o 1.785.520 x 2/100 000
o 1.785.520 x 0.00002 = 35,7 casos, ou seja, 36 casos de PFA.

A Província da Zambézia espera notificar no mínimo, 36 casos de PFA.

Exemplo 2 - Província da Maputo, com 1.125.167 habitantes em 2008, o número de casos de PFA
esperados para esta província no ano 2008 será:

I passo - Cálculo da população < de 15 anos (0 a 14 anos), que representa 45% da população
(dados do censo, 1997):
o Pop x % da pop de 0 a 14 anos
o 1.125.167 Hb x 45%
o 1.125.167 Hb x 0.45 = 506.325 Hb, menores de 15 anos

II Passo - Cálculo de casos esperados/a notificar:


o Pop < 15 anos x TI de casos de PFA
o 506.325 x 2/100 000
o 506.325 x 0.00002 = 10.1 = 10 casos de PFA

A Província de Maputo espera notificar no mínimo, 10 casos de PFA.

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Lembre-se:

Para obter o certificado de erradicação da doença passado pela OMS, é necessário que durante um
período igual ou superior a 3 anos:

- O País prove que os casos de PFA notificados no BES, não são por pólio, mas sim por outras
causas.
- Os indicadores de desempenham sejam alcançados.

Caso não tenham sido recolhidas as 2 amostras de fezes,


OU
se tenha perdido o caso ao controlo,
OU
persista a paralisia aos 60 dias após o seu aparecimento,
este caso DEVE ser considerado como
“CASO compativel com PÓLIO”!

62
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Quadro 6: Indicadores, numeradores, denominadores, fontes e metas dos indicadores de PFA


integrados na VIDR para o SDSMAS, DPS e Departamento de Epidemiologia

Importância do Definição do
Código Nome do Indicador Definição do numerador Fonte Metas
indicador denominador
Medir a Proporção de casos de Número total de casos de Número total de
notificação da PFA/Pólio notificados pelo PFA/Pólio notificados pelo casos de PFA/Pólio
vigilância SDSMAS à DPS, através SDSMAS à DPS, através notificados pelo BES
1) Fichas de
baseada no das fichas de investigação das fichas de investigação do SDSMAS à DPS
investigação de
BES-D2.1 caso, incluindo a de caso de caso >80%
caso;
existência de
2) BES
informação
detalhada para
uso posterior
Medir a Proporção de casos de Número total de casos de Número total de
notificação da PFA/Pólio notificados pela PFA/Pólio notificados pela casos de PFA/Pólio
vigilância DPS ao Depto de Epi , DPS ao Depto de Epi , notificados pelo BES
baseada no através das Fichas de através das Fichas de ao Depto de Epi 1) BES
BES-P2.1 caso, incluindo a Investigação de Caso Investigação de Caso 2) Fichas de Inv. ≥80%
existência de de Caso
informação
detalhada para
uso posterior
Monitoria da Taxa de detecção de Número de casos de PFA Número de casos de BES; Fichas de
qualidade da VE casos de PFA por 100,000 detectados nos Distritos PFA esperados na investigação de
das doenças crianças menores de 15 província caso; relatórios
PFA-P1 sujeitas a um anos, da província de supervisão 100%
programa de
erradicação/
eliminação
Proporção de fezes Número total de amostras Número total de Fichas de
adequadas da província colhidas até 14 dias após casos investigados investigação de
PFA-P.2 o início da paralisia pelos Distritos caso; relatórios ≥85%
de supervisão

Medir a Proporção de casos de Número total de casos de Número total de


notificação da PFA/ pólio notificados ao PFA/ pólio notificados ao casos de PFA/pólio 1) BES
vigilância Depto de Epi, através das Depto de Epi, através das notificados pelo BES 2) Fichas de inv.
baseada no fichas de investigação de fichas de investigação de ao Depto de Epi de caso; BES
BES-Epi2.1 caso, incluindo a caso caso 80%
existência de
informação
detalhada para
uso posterior
Monitoria a Taxa de detecção de Número de casos de PFA Número de casos de 1) BES
qualidade da VE casos de PFA por 100.000 detectados em 100.000 PFA esperados em 2) Fichas de
das doenças crianças <15 anos. crianças <15 anos. 100.000 crianças <15 Investigação de
PFA-Epi1 sujeitas a um anos. Caso 100%
programa de 3) Fichas de
erradicação/ supervisão
eliminação
Proporção de fezes Número total de amostras Número total de
PFA-Epi2 adequadas colhidas até 14 dias após casos investigados 85%
o início da paralisia

63
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ANEXO 5: Instrumentos de monitoria e supervisão das actividades de VE das


PFA, no âmbito da VIDR
FICHA DE MONITORIA MENSAL DA UNIDADE SANITÁRIA (US)

Nome da US _____________________________________________ Ano __________


Distrito _______________________ Província ___________________________

Código Indicador Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sep Out Nov Dez
Proporção BES
preenchidos de
BES-
segundo o
US1.1
calendário
epidemiológico
Proporção de
BES enviados
atempadamente
BES- ao SDSMAS,
US1.2 segundo o ca-
lendário epide-
miológico

Proporção de
BES enviados
com informação
BES- completa ao
US1.3 SDSMAS,
segundo o
calendário epi-
demiológico
LISTA DE VERIFICAÇÃO - Responder "SIM" ou "NÃO" às seguintes questões:
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sep Out Nov Dez

1.1. Os BES foram


preenchidos,
segundo o
calendário
epidemiológico?
1.2. Os BES foram
enviados completos,
segundo o
calendário
epidemiológico?

1.3. Os BES foram


enviados
atempadamente,
segundo o
calendário
epidemiológico?
1.4. Verificaram-se
erros na contagem?

1.5. Verificaram-se
erros de
preenchimento?

64
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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

LISTA DE VERIFICAÇÃO - Responder "SIM" ou "NÃO" às seguintes questões:


Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sep Out Nov Dez

2.1. Registaram-se
rumores ou aumento
do número de casos
de Diarreias?
2.2. Se "SIM" avisou
o SDSMAS dentro
de 48 horas?
3.1. Registaram-se
rumores ou aumento
do número de casos
suspeitos de
Sarampo?
3.2. Se "SIM" avisou
o SDSMAS dentro
de 48 horas?
4.1 Registaram-se
rumores ou aumento
do número de casos
de Meningite?

4.2 Se "SIM"avisou o
SDSMAS dentro de
48 horas?
5.1 Registou-se
algum caso suspeito
de PFA/Pólio?

5.2. Se "SIM" avisou


o SDSMAS dentro
de 48 horas?
6.1 Registou-se
algum casos
suspeito Tétano
neonatal?
6.2 Se "SIM" avisou
o SDSMAS dentro
de 48 horas?

65
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FICHA DE MONITORIA MENSAL DO SERVIÇO DISTRITAL DE SAÚDE MULHER E ACÇÃO


SOCIAL (SDSMAS)
Distrito _______________ Província ___________________ Ano ___________
Código Indicador Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sep Out Nov Dez
Proporção de BES do
SDSMAS enviados
BES- atempadamente à
D1.1 DPS, segundo o
calendário
epidemiológico
Proporção de BES do
SDSMAS enviados
BES-
completos à DPS,
D1.2
segundo o calendário
epidemiológico
Proporção de casos de
PFA/Pólio notificados
BES- pelos SDSMAS à
D2.1 DPS, através das
fichas de investigação
de caso
Proporção de casos
suspeitos de
Sarampo, notifica-dos
BES-
pelo SDSMAS à DPS,
D2.2
através das fichas de
investi-gação de caso

Proporção de casos de
Tétano neonatal
BES- notificados pelos
D2.3 SDSMAS à DPS,
através das fichas de
investigação de caso
Proporção de US com
gráficos lineares
semanais
BES- actualizados de
D3.1 Doenças Diarreicas,
indicando o limiar de
alerta

Proporção de US com
gráficos lineares
BES-
semanais
D3.2
actualizados de
Meningite
Proporção de US com
gráficos lineares
BES-
mensais actualizados
D3.3
de Malária

Proporção de US com
gráficos lineares
BES- semanais
D3.4 actualizados de
Sarampo (em caso de
epidemia)
Proporção de surtos
epidémicos
BES- notificados num prazo
D3.5 de dois dias após
ultrapassar o limar de
alerta
BES- Taxa de ataque da
D4 Cólera, por semana
Proporção de surtos
epidémicos ocorridos
BES- nos Distritos com
D5.1 relatórios completos
de investigação

Proporção de surtos
epidémicos ocorridos
BES- nos Distritos com
D5.2 resultados
laboratoriais

BES- Taxa de letalidade por


D6.1 Cólera
BES- Taxa de letalidade por
D6.2 Sarampo
Taxa de letalidade por
BES-
Meningite
D6.3
meningocócica
LISTA DE VERIFICAÇÃO - Responder "SIM" ou "NÃO" às seguintes questões:
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sep Out Nov Dez
1.1. Os BES foram preen-
chidos, segundo o calendário
epidemiológico?
1.2. Os BES foram enviados
completos, segundo o
calendário epidemiológico?
1.3. Os BES foram enviados
atempadamente, segundo o
calendário epidemiológico?
1.4. Verificaram-se erros na
contagem?
1.5. Verificaram-se erros de
preenchimento?
PFA/Pólio:
2.1 Registou-se algum caso
suspeito?
2.2. Se "SIM" notificou à DPS
dentro de 48 horas?
2.3. Foram colhidas 2
amostras de fezes?
2.3 A ficha de investigação de
caso foi enviada à DPS?
Tétano neonatal:
3.1 Registou-se algum caso
suspeito?
3.2 Se "SIM" foi feita a
investigação de caso?
3.3 A ficha de investigação de
caso foi enviada à DPS?

66
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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

LISTA DE VERIFICAÇÃO - Responder "SIM" ou "NÃO" às seguintes questões:


Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sep Out Nov Dez

Sarampo:
4.1 Registou-se algum caso
suspeito?
4.2 Se "SIM" foi feita a
investigação de caso?
4.3. Foi colhida amostra de
sangue?
4.4 A ficha de investigação de
caso e a amostra foram
enviadas à DPS?
Doenças diarreicas:
5.1. Registou-se aumento do
número de casos de Diarreias?
5.2 Se "SIM", o aumento foi
detectado a partir do gráfico
linear?
5.3 Se "SIM", esta suspeita foi
notificada à DPS, 2 dias após o
número registado ultrapassar o
esperado?
5.4 Efectuou-se a investigação
do surto? (Modelo de Relatório
de Investigação de um surto)
5.5 Se "SIM", foi feito o
relatório completo? (Modelo de
Relatório de Investigação de
5.6 Houve suspeita de Cólera?
5.7 Se "SIM", houve
confirmação laboratorial?
5.8 Se "SIM", foi cálculada a
taxa de ataque?
5.9 Se "SIM", as acções
mínimas recomendadas foram
implementadas?
Meningites:
6.1. Registou-se aumento do
número de casos?
6.2 Se "SIM", o aumento foi
detectado a partir do gráfico
linear?
6.3 Se "SIM" esta suspeita foi
notificada à DPS, 2 dias após o
número registado ultrapassar o
esperado?
6.4 Efectuou-se a investigação
do surto? (Modelo de Relatório
de Investigação de um surto)
6.5 Se "SIM", foi feito o
relatório completo? (Modelo de
Relatório de Investigação de
6.6 Houve suspeita de
Meningite meningocócica?
6.7 Se "SIM", houve
confirmação laboratorial?
6.8 Se "SIM", as acções
mínimas recomendadas foram
implementadas?

67
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Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

FICHA DE MONITORIA MENSAL DA DIRECÇÃO PROVINCIAL DE SAÚDE (DPS)


Província ______________________ Ano ____________________

Código Indicador Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sep Out Nov Dez
Proporção de BES
da DPS enviados
BES- atempadamente ao
P1.1 Dept Epi, segundo
o calendário
epidemiológico
Proporção de BES
da DPS enviados
BES- completos ao Dept
P1.2 Epi, segundo o
calendário
epidemiológico
Proporção de BE-
PS recebidos,
BES-
segundo o
P1.3
calendário
epidemiológico
Proporção de casos
de PFA/ Pólio
notificados pelas
BES-
DPS ao Dept Epi,
P2.1
através das fichas
de inves-tigação de
caso
Proporção de casos
de Tétano
BES- neonatal notifi-
cados pelas DPS ao
P2.2
Dept Epi, através
das fichas de
investigação de
Proporção de casos
suspeitos de
Sarampo, notifica-
BES-
dos pela DPS ao
P2.3
Dept Epi, através
das fichas de
investiga- ção de
Proporção de
Distritos com
BES- gráficos lineares
P3.1 semanais actuali-
zados de Doenças
Diarreicas
Proporção de Dis-
tritos com gráfi-cos
BES-
lineares sema-nais
P3.2
actualizados de
Meningite
Proporção de
Distritos com
BES-
gráficos lineares
P3.3
mensais actualiza-
dos de Malária
68
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

FICHA DE MONITORIA MENSAL DA DIRECÇÃO PROVINCIAL DE SAÚDE (DPS)


Província ______________________ Ano ____________________
Código Indicador Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sep Out Nov Dez
Proporção de surtos
suspeitos de
Meningite
BES-
meningocócica
P5.3
notificados pelos
SDSMAS à DPS, 2
dias após o início
Proporção de surtos
epidémicos de
BES-
Cólera nos Dis-
P6.1
tritos, com confir-
mação laboratorial
Proporção de surtos
epidémicos
BES- Meningite menin-
P6.2 gocócica nos Dis-
tritos, com confir-
mação laboratorial
Proporção de surtos
epidémicos
ocorridos nos
BES-
Distritos com
P7
relatórios
completos de
investigação
Proporção de surtos
de Cólera
confirmados nos
BES-
Distritos com
P8.1
implementação das
acções
recomendadas
Proporção de surtos
de Sarampo
confirmados nos
BES- Distritos com
P8.2 implementação das
acções
recomendadas

Proporção de surtos
de Meningite
meningicócica
confirmados nos
BES-
Distritos com
P8.3
implementação das
acções
recomendadas

69
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

FICHA DE MONITORIA MENSAL DA DIRECÇÃO PROVINCIAL DE SAÚDE (DPS)


Província ______________________ Ano ____________________
Taxa de letalidade
BES- por Sarampo da
P9.2 Província

Taxa de letalidade
BES- por Meningite
P9.3 meningocócica da
Província

Taxa de detecção
de casos de PFA
PFA- por 100,000
P1 crianças, da
Província
Proporção de fezes
PFA- adequadas da
P.2 Província

Taxa de detecção
de casos suspeitos
SPO-
de Sarampo por
P3
100,000 crianças da
Província
Proporção de
SPO- amostras de sangue
P4 adequadas da
Província

LISTA DE VERIFICAÇÃO - Responder "SIM" ou "NÃO" às seguintes questões:


Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sep Out Nov Dez
1. Registou-se algum surto nos
Distritos da Província?
2. Se "SIM", efectuou-se a
investigação do surto?
(Modelo de Investigação de
um surto)
3. Se "SIM", efectuou-se o
relatório? (Modelo de
Investigação de um surto)
3. Os Distritos vizinhos estão
afectados?
4. Os Distritos vizinhos estão
alertados?
5. Caso não estejam, os
Distritos vizinhos estão
preparados para responder à
epidemia?

70
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

FICHA DE MONITORIA MENSAL DO DEPARTAMENTO DA EPIDEMIOLOGIA


Ano ____________________

Código Indicador Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sep Out Nov Dez
Proporção de BES
da DPS recebidos
atem-padamente
BES-
ao Dpto de Epi,
Epi1.1
segundo o
calendário
epidemiológico
Proporção de BES
da DPS re-cebidos
BES- comple-tos ao
Epi1.2 Dpto Epi, segundo
o calendário
epidemiológico
Proporção de BE-
PS recebidos nas
BES- DPS, segun-do o
Epi1.3 calendário
epidemiológico
Proporção de
casos de
PFA/pólio noti-
BES-
ficados ao Dpto de
Epi2.1
Epi, através das
fichas de
investigação de
Proporção de
casos de Tétano
neonatal noti-
BES-
ficados ao Dpto de
Epi2.2
Epi, através das
fichas de
investigação de
Proporção de
casos suspeitos
de Sarampo,
BES- notificados ao
Epi2.3 Dpto Epi, através
das fichas de
inves-tigação de
Proporção de
surtos epidémicos
BES- ocorridos nos
Epi3 Distritos com rela-
tórios completos
de investigação
Proporção de
surtos epidémicos
BES-
de Cólera com
EPi4.1
confirmação
laboratorial

71
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

FICHA DE MONITORIA MENSAL DO DEPARTAMENTO DA EPIDEMIOLOGIA


Ano ____________________

BES- Taxa de letalidade


Epi6.1 por Cólera
BES- Taxa de letalidade
Epi6.2 por Sarampo
Taxa de letalidade
BES- por Meningite
Epi6.3
meningocócica
Taxa de detecção
de casos de PFA
PFA-
por 100,000
Epi1
crianças

Proporção de
PFA- fezes adequadas
Epi2 do País

Taxa de detecção
de casos
SPO- suspeitos de
Epi1 Sarampo por
100,000 crianças

Proporção de
amostras de
SPO-
sangue
Epi2
adequadas do
País

72
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Ficha de Supervisão de Vigilância Integrada das Doenças e Resposta (VIDR) para a DPS
Província: ______________________ Data ___/___/___ Trimestre: _________________
I. Introdução:
A supervisão permite que os trabalhadores de saúde a todos os níveis melhorem o seu desempenho profissional, quer
através do esclarecimento de dúvidas e troca de experiências, quer através da formação em serviço. Deste modo, esta
actividade deve ser encarada como uma avaliação do desempenho e não, como uma actividade de rotina do responsável
da VIDR. Durante a supervisão, o supervisor da Unidade de Epidemiologia deverá calcular e interpretar os indicadores
em conjunto com o responsável pela VIDR na DPS. O Supervisor deverá pedir a Ficha de Monitoria Mensal da DPS. A
Ficha de supervisão de VIDR é composta por 2 partes, nomeadamente, a Lista de Verificação e a Folha de Cálculo dos
Indicadores.
Lista de Verificação Responder com “S” (SIM) ou “N” (NÃO) às seguintes questões”:
Existência de Instrumentos na DPS:
- Calendário Epidemiológico - Ficha de Controlo de Envio/Recepção do BES

- Impressos do BES da DPS - Fichas de Monitoria Mensal da DPS


- Fichas de Investigação de Caso de PFA/pólio - Fichas de Supervisão para o SDSMAS
- Fichas de Investigação de Caso de Tétano neonatal - Fichas de Investigação de Caso de Cólera
- Fichas de Investigação de Caso de Sarampo - Modelos de Relatório de Investigação de um Surto
- Fichas de Investigação de Caso de Meningite + padronização da resposta às epidemias
meningocócica
- Impressos para a Listagem de Casos de Sarampo, na - Ficha de envio de amostras (zaragatoas) ao
presença de um surto Laboratório

- Modelos de Relatório Laboratorial para a Investigação de - Fichas de Supervisão da Cólera: prevenção,


um Surto preparação pré-epidemia, monitoria e avaliação da
epidemia

Existência de Manuais na DPS:


- Manual de Vigilância Epidemiológica para o nível distrital - Guião para o Controlo e Tratamento do Tétano
Vol I neonatal
- Manual de Vigilância Epidemiológica para o nível distrital - Manual de Raiva: Profilaxia e Vigilância
Vol II Epidemiológica
- Manual de Tratamento e Controlo da Meningite - Manual de Prevenção e Controlo da Cólera e de
meningocócica outras Diarreias agudas
- Manual de vigilância Epidemiológica do Sarampo - Manual de Prevenção e Controlo da Influenza
aviaria
- Manual de Vigilância Epidemiológica das PFA/Pólio - Manual de Diagnóstico e Tratamento da Malária
- -
BES:
- Existência de erros no preenchimento do BES durante o - Existência no arquivo de uma cópia do BES até à
trimestre semana epidemiológica anterior
- Existência de gráficos lineares semanais actualizados - Existência de Relatório/Retro- informação ao
SDSMAS
- Existência de Relatório/Retro- informação da U. -
Epidemiologia

73
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Resposta a Epidemias:
- Existência de SRO (Cólera) - Existência de kits de Cólera (Cólera)
- Existência de Lactato Ringer (Cólera) - Existência regular de meios de transporte para
amostras de fezes (Cólera)
- Existência de Cloro (Cólera) - Existência de Plano de resposta às epidemias
-Existencia de Cloranfenicol oleoso (Meningite - Existência stock mínimo para emergência de Vacina
meningocócica) A/C; ACW135 (Meningite meningocócica )

- Existência regular de meios de transporte para amostras de - Existência de reagentes para a coloração de Gram
LCR e (Meningite meningocócica) (Meningite meningocócica)

- Existência de meios de cultura para meningite (Meningite - Seringas e tubos para LCR Meningite (Meningite
meningocócica) meningocócica)
- Existência de Vitamina A (Sarampo) - Existência de Vacina Anti-Sarampo (Sarampo)

- Existência da equipa de resposta rápida (2 membros) - Existência de fundos para suportar as despesas
das equipas de resposta rápida
- Existência de protocolos padronizados para o tratamento - Existência de equipamentos de protecção pessoal
das doenças prioritárias (EPP)

- Existência de Livro de Registo de Epidemias -

- -

- -

Observações do supervisor:
Â
Â
Â
Â
Â
Â
Â
Â
Â
Â

Recomendações do supervisor:
¾
¾
¾
¾
¾
¾
¾
¾¾

74
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Ficha de Supervisão de Vigilância Integrada das Doenças e Resposta (VIDR) para o SDSMAS
Província: ______________________; Distrito ______________; Data ___/___/___; Trimestre: ___

I. Introdução:
A supervisão permite que os trabalhadores de saúde a todos os níveis melhorem o seu desempenho profissional, quer
através do esclarecimento de dúvidas e troca de experiências, quer através da formação em serviço. Deste modo, esta
actividade deve ser encarada como uma avaliação do desempenho e não, como uma actividade de rotina do responsável
da VIDR. Durante a supervisão, o supervisor da DPS deverá calcular e interpretar os indicadores em conjunto com o
responsável pela VIDR no SDSMAS. O Supervisor deverá pedir a Ficha de Monitoria Mensal do SDSMAS.
A Ficha de supervisão de VIDR é composta por 2 partes, nomeadamente, a Lista de Verificação e a Folha de Cálculo
dos Indicadores.
Lista de Verificação Responder com “S” (SIM) ou “N” (NÃO) às seguintes questões”:
Existência de Instrumentos no SDSMAS:
- Calendário Epidemiológico - Ficha de Controlo de Envio/Recepção do BES

- Impressos do BES do SDSMAS - Fichas de Monitoria Mensal do SDSMAS


- Fichas de Investigação de Caso de PFA/pólio - Fichas de Supervisão para a US
- Fichas de Investigação de Caso de Tétano neonatal - Fichas de Investigação de Caso de Cólera
- Fichas de Investigação de Caso de Sarampo - Modelos de Relatório de Investigação de um Surto
- Fichas de Investigação de Caso de Meningite + padronização da resposta às epidemias
meningocócica
- Impressos para a Listagem de Casos de Sarampo, na - Ficha de envio de amostras (zaragatoas) ao
presença de um surto Laboratório

- Modelos de Relatório Laboratorial para a Investigação de - Fichas de Supervisão da Cólera: prevenção,


um Surto preparação pré-epidemia, monitoria e avaliação da
epidemia

Existência de Manuais no SDSMAS:


- Manual de Vigilância Epidemiológica para o nível distrital - Guião para o Controlo e Tratamento do Tétano
Vol I neonatal
- Manual de Vigilância Epidemiológica para o nível distrital - Manual de Raiva: Profilaxia e Vigilância
Vol II Epidemiológica
- Manual de Tratamento e Controlo da Meningite - Manual de Prevenção e Controlo da Cólera e de
meningocócica outras Diarreias agudas
- Manual de vigilância Epidemiológica do Sarampo - Manual de Prevenção e Controlo da Influenza
aviaria
- Manual de Vigilância Epidemiológica das PFA/Pólio - Manual de Diagnóstico e Tratamento da Malária
- -
BES:
- Existência de erros no preenchimento do BES durante o - Existência no arquivo de uma cópia do BES até à
trimestre semana epidemiológica anterior
- Existência de gráficos lineares semanais actualizados - Existência de Relatório/Retro- informação à US
- Existência de Relatório/Retro- informação do SDSMAS -

75
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Resposta a Epidemias:
- Existência de SRO (Cólera) - Existência de kits de Cólera (Cólera)
- Existência de Lactato Ringer (Cólera) - Existência regular de meios de transporte para
amostras de fezes (Cólera)
- Existência de Cloro (Cólera) - Existência de Plano de resposta às epidemias
-Existencia de Cloranfenicol oleoso (Meningite - Existência stock mínimo para emergência de Vacina
meningocócica) A/C; ACW135 (Meningite meningocócica )

- Existência regular de meios de transporte para amostras de - Existência de reagentes para a coloração de Gram
LCR e (Meningite meningocócica) (Meningite meningocócica)

- Existência de meios de cultura para meningite (Meningite - Seringas e tubos para LCR Meningite (Meningite
meningocócica) meningocócica)
- Existência de Vitamina A (Sarampo) - Existência de Vacina Anti-Sarampo (Sarampo)

- Existência da equipa de resposta rápida (2 membros) - Existência de fundos para suportar as despesas
das equipas de resposta rápida
- Existência de protocolos padronizados para o tratamento - Existência de equipamentos de protecção pessoal
das doenças prioritárias (EPP)

Vigilância de PFA, Sarampo e Tétano neonatal no SDSMAS (quantificar):


- Numero de casos de PFA notificados - Número de casos de PFA investigados
- Número de casos de Sarampo notificados - Número de casos de Sarampo investigados

- Número de fichas investigação de PFA preenchidas - Número de fichas investigação de Sarampo


correctamente e completas preenchidas correctamente e completas
- Número de casos de Tétano neonatal notificados - Número de casos de tétano neonatal investigados
Observações do supervisor:
Â
Â
Â
Â
Â
Â
Â
Â

Recomendações do supervisor:
¾
¾
¾
¾
¾
¾
¾
¾

76
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Ficha de Supervisão de Vigilância Integrada das Doenças e Resposta (VIDR) para a US


Província: ______________________; Distrito ______________; Data ___/___/___; Trimestre: ___
US: ___________________________________________

I. Introdução:
A supervisão permite que os trabalhadores de saúde a todos os níveis melhorem o seu desempenho profissional, quer
através do esclarecimento de dúvidas e troca de experiências, quer através da formação em serviço. Deste modo, esta
actividade deve ser encarada como uma avaliação do desempenho e não, como uma actividade de rotina do responsável
da VIDR. Durante a supervisão, o supervisor do SDSMAS deverá calcular e interpretar os indicadores em conjunto
com o responsável pela VIDR na US. O Supervisor deverá pedir a Ficha de Monitoria Mensal da US.
A Ficha de supervisão de VIDR é composta por 2 partes, nomeadamente, a Lista de Verificação e a Folha de Cálculo
dos Indicadores.

Lista de Verificação Responder com “S” (SIM), “N” (NÃO) ou “NA” (Não Aplicável) às seguintes questões”:
Existência de Instrumentos na US:
- Calendário Epidemiológico - Ficha de Controlo de Envio/Recepção do BES

- Impressos do BES da US - Fichas de Monitoria Mensal da US


- Fichas de Investigação de Caso de PFA/pólio - Fichas de Supervisão para a US
- Fichas de Investigação de Caso de Tétano neonatal - Fichas de Investigação de Caso de Cólera
- Fichas de Investigação de Caso de Sarampo - Modelos de Relatório de Investigação de um Surto
- Fichas de Investigação de Caso de Meningite + padronização da resposta às epidemias
meningocócica
- Impressos para a Listagem de Casos de Sarampo, na - Ficha de envio de amostras (zaragatoas) ao
presença de um surto Laboratório

- Modelos de Relatório Laboratorial para a Investigação de - Fichas de Supervisão da Cólera: prevenção,


um Surto preparação pré-epidemia, monitoria e avaliação da
epidemia

Existência de Manuais na US:


- Manual de Vigilância Epidemiológica para o nível distrital - Guião para o Controlo e Tratamento do Tétano
Vol I neonatal
- Manual de Vigilância Epidemiológica para o nível distrital - Manual de Raiva: Profilaxia e Vigilância
Vol II Epidemiológica
- Manual de Tratamento e Controlo da Meningite - Manual de Prevenção e Controlo da Cólera e de
meningocócica outras Diarreias agudas
- Manual de vigilância Epidemiológica do Sarampo - Manual de Prevenção e Controlo da Influenza
aviaria
- Manual de Vigilância Epidemiológica das PFA/Pólio - Manual de Diagnóstico e Tratamento da Malária
- -
BES:
- Existência de erros no preenchimento do BES durante o - Existência no arquivo de uma cópia do BES até à
trimestre semana epidemiológica anterior
- Existência de gráficos lineares semanais actualizados - Existência de Relatório/Retro- informação à
Comunidade
- Existência de Relatório/Retro- informação do SDSMAS -

77
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Resposta a Epidemias:
- Existência de SRO (Cólera) - Existência de kits de Cólera (Cólera)
- Existência de Lactato Ringer (Cólera) - Existência regular de meios de transporte para
amostras de fezes (Cólera)
- Existência de Cloro (Cólera) - Existência de Plano de resposta às epidemias
- Existencia de Cloranfenicol oleoso (Meningite - Existência stock mínimo para emergência de Vacina
meningocócica) A/C; ACW135 (Meningite meningocócica)

- Existência regular de meios de transporte para amostras de - Existência de reagentes para a coloração de Gram
LCR e (Meningite meningocócica) (Meningite meningocócica)

- Existência de meios de cultura para meningite (Meningite - Seringas e tubos para LCR Meningite (Meningite
meningocócica) meningocócica)
- Existência de Vitamina A (Sarampo) - Existência de Vacina Anti-Sarampo (Sarampo)

- Existência da equipa de resposta rápida (2 membros) - Existência de fundos para suportar as despesas
das equipas de resposta rápida
- Existência de protocolos padronizados para o tratamento - Existência de equipamentos de protecção pessoal
das doenças prioritárias (EPP)

Vigilância de PFA, Sarampo e Tétano neonatal no SDSMAS (quantificar):


- Numero de casos de PFA notificados - Número de casos de PFA investigados
- Número de casos de Sarampo notificados - Número de casos de Sarampo investigados

- Número de fichas investigação de PFA preenchidas - Número de fichas investigação de Sarampo


correctamente e completas preenchidas correctamente e completas
- Número de casos de PFA registados nos Livros de Registo - Número de casos de Sarampo registados nos Livros
- Número de casos de Tétano neonatal nos Livros de Registo de Registo

Observações do supervisor:
Â
Â
Â
Â
Â
Â
Â
Â

Recomendações do supervisor:
¾
¾
¾
¾
¾
¾
¾

78
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Ficha de Supervisão de Resumo Semestral para a Recolha de Dados e Cálculo dos Indicadores de Vigilância Integrada das Doenças e Resposta (VIDR), a nível da US
Distrito __________________________________ Semestre __________ Ano ____________________

Unidades Sanitarias do Distrito

P e rc e n ta g e m
TO TAL
Indicadores de Vigilância Integrada das Doenças e Resposta Numerador / Denominador

Nume: Número total de BES da US preenchidos segundo o calendário


epidemiológico

Proporção de BES da US preenchidos de segundo o calendário epidemiológico


Deno: Número total esperado de BES da US preenchidos segundo o
calendário epidemiológico

Nume: Número total de de BES da US enviados atempadamente ao


SDSMAS, segundo o calendário epidemiológico
Proporção de BES da US enviados atempadamente ao SDSMAS, segundo o
calendário epidemiológico Deno: Número total esperado de BES da US enviados atempadamente
à DDS, segundo o calendário epidemiológico

Nume: Número total de de BES da US enviados completos ao


SDSMAS, segundo o calendário epidemiológico
Proporção de BES da US enviados completo ao SDSMAS, segundo o calendário
epidemiológico Deno: Número total esperado de BES da US enviados completos ao
SDSMAS, segundo o calendário epidemiológico

79
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Ficha de Supervisão de Resumo Semestral para a Recolha de Dados dos Indicadores de Vigilância Epidemiológica Integrada, a nível do SDSMAS
Província __________________________________ Semestre __________ Ano ____________________

DISTRITOS DA PROVÍNCIA

Percentagem
TOTAL
Indicadores de Vigilância Epidemiológica Integrada Numerador / Denominador

Nume: Número total de BES da DDS enviados atempadamente à DPS,


Proporção de BES da DDS enviados atempadamente à DPS, segundo o calendário segundo o calendário epidemiológico
epidemiológico Deno: Número total de BES esperados na DPS, segundo o calendário
epidemiológico
Nume: Número total de de BES enviados da DDS completos à DPS,
Proporção de BES da DDS enviados completos à DPS, segundo o calendário segundo o calendário epidemiológico
epidemiológico Deno: Número total de BES esperados na DPS, segundo o calendário
epidemiológico
Nume: Número total de casos de PFA/Pólio notificados pelos SDSMAS
Proporção de casos de PFA/Pólio notificados pelos SDSMAS à DPS, através das à DPS, através das fichas de investigação de caso
fichas de investigação de caso Deno: Número total de casos de PFA/Pólio notificados pelo BES dos
SDSMAS à DPS
Nume: Número total de casos de Tétano neonatal notificados pelos
Proporção de casos de Tétano neonatal notificados pelos SDSMAS à DPS, através SDSMAS à DPS, através das fichas de investigação de caso
das fichas de investigação de caso Deno: Número total de casos de Tétano neonatal notificados pelo BES
dos SDSMAS à DPS
Nume: Número total de casos de Sarampo notificados pelos SDSMAS à
Proporção de casos de Sarampo, notificados pelos SDSMAS à DPS, através das DPS, através das fichas de investigação de caso
fichas de investigação de caso Deno: Número total de casos de Sarampo notificados pelo BES dos
SDSMAS à DPS
Nume: Número total de US com gráficos lineares semanais de
Proporção de US com gráficos lineares semanais de Doenças Diarreicas Doenças Diarreias
Deno: Número total de US do Distrito
Nume: Número total de US com gráficos lineares semanais de
Proporção de US com gráficos lineares semanais de Meningite M i Número
it
Deno: total de US do Distrito
Nume: Número total de US com gráficos lineares mensais de Malária
Proporção de US com com gráficos lineares mensais de Malária
Deno: Número total de US do Distrito
Nume: Número total de US com gráficos lineares semanais de
Proporção de US com gráficos lineares semanais de Sarampo Sarampo
Deno: Número total de US do Distrito
Nume: Número total de novos casos registados nos Distritos
Taxa de ataque da Cólera, por semana
Deno: População do Distrito em risco
Nume: Número de surtos epidémicos notificados num prazo de dois dias
Proporção de surtos epidémicos notificados num prazo de dois dias após ultrapassado após ultrapassado o limiar de alerta
o limiar de alertarelatórios completos de investigação de surtos ocorridos nos Distritos
Deno: Número total de surtos notificados pelos Distritos
Nume: Número total de relatórios completos de surtos investigados nos
Proporção de relatórios completos de investigação de surtos ocorridos nos Distritos Distritos
Deno: Número total de surtos notificados pelos Distritos
Nume: Número total de relatórios completos de surtos investigados nos
Proporção de surtos ocorridos nos Distritos com resultados laboratoriais Distritos
Deno: Número de surtos ocorridos nos Distritos com resultados
Taxa de letalidade por Cólera Deno: Número total de casos reportados na epidemia de Cólera
Nume: Número total de óbitos na epidemia de Sarampo
Taxa de letalidade por Sarampo
Deno: Número total de casos reportados na epidemia de Sarampo
Nume: Número total de óbitos na epidemia de Meningite
meningocócica
Taxa de letalidade por Meningite meningocócica
Deno: Número total de casos reportados na epidemia de Meningite
meningocócica

80
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Ficha de Supervisão de Resumo Semestral para a Recolha de Dados e Cálculo dos Indicadores de Vigilância Integrada das Doenças e Resposta (VIDR), a nível da DPS
Semestre ______________________________ Ano __________________________

Província de Maputo
Cidade de Maputo

Cabo Delgado

Percentagem
Inhambane

Zambézia

Nampula
Manica

TOTAL
Sofala

Niassa
Gaza

Tete
Indicadores de Vigilância Epidemiológica Integrada Numerador / Denominador

Nume: Número total de de BES da DPS enviados atempadamente ao


Departamento de Epidemiologia, segundo o calendário epidemiológico
Proporção de BES da DPS enviados atempadamente ao Departamento
de Epidemiologia, segundo o calendário epidemiológico Deno: Número total de BES da DPS esperados no Departamento de
Epidemiologia, segundo o calendário epidemiológico

Nume: Número total de de BES da DPS enviados completos ao


Departamento de Epidemiologia, segundo o calendário epidemiológico
Proporção de BES da DPS enviados completos ao Departamento de
Epidemiologia, segundo o calendário epidemiológico Deno: Número total de BES da DPS esperados no Departamento de
Epidemiologia, segundo o calendário epidemiológico

Nume: Número total de de BE-PS enviados ao Departamento de


Epidemiologia, segundo o calendário epidemiológico
Proporção de BE-PS enviados, segundo o calendário epidemiológico
Deno: Número total de BE-PS esperados no Departamento de
Epidemiologia, segundo o calendário epidemiológico

Nume: Número total de casos de PFA/Pólio notificados pela DPS ao


Departamento de Epidemiologia, através das fichas de investigação de
Proporção de casos de PFA/Pólio notificados pela DPS ao caso
Departamento de Epidemiologia, através das fichas de investigação de
caso Deno: Número total de casos de PFA/Pólio notificados no BES ao
Departamento de Epidemiologia

Nume: Número total de casos de Tétano neonatal notificados pela DPS


ao Departamento de Epidemiologia, através das fichas de investigação
de caso
Proporção de casos de Tétano neonatal notificados pela DPS à
Unidade de Epidemiologia, através das fichas de investigação de caso Deno: Número total de casos de Tétano neonatal notificados no BES ao
Departamento de Epidemiologia

Nume: Número total de casos de Sarampo notificados pela DPS ao


Departamento de Epidemiologia, através das fichas de investigação de
Proporção de casos de Sarampo, notificados pela DPS no caso
Departamento de Epidemiologia, através das fichas de investigação de
caso Deno: Número total de casos de Sarampo notificados no BES ao
Departamento de Epidemiologia

81
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Ficha de Supervisão de Resumo Semestral para a Recolha de Dados e Cálculo dos Indicadores de Vigilância Integrada das Doenças e Resposta (VIDR), a nível da DPS
Semestre ______________________________ Ano __________________________

P r o v ín c ia d e M a p u to
C id a d e d e M a p u to

C a b o D e lg a d o

P e rc e n ta g e m
In h am b an e

Z a m b é z ia

N a m p u la
M a n ic a

TO TAL
N ia s s a
S o fa la
G aza

T e te
Indicadores de Vigilância Epidemiológica Integrada Numerador / Denominador

Nume: Número total de Distritos com gráficos lineares semanais


Proporção de Distritos com gráficos lineares semanais actualizados de actualizados de Doenças Diarreias
Doenças Diarreicas
Deno: Número total de Distritos da Província
Nume: Número total de Distritos com gráficos lineares semanais
Proporção de Distritos com gráficos lineares semanais actualizados de actualizados de Meningite
Meningite
Deno: Número total de Distritos da Província
Nume: Número total de Distritos com gráficos lineares semanais
Proporção de Distritos com gráficos lineares semanais actualizados de actualizados de Sarampo
Sarampo (em caso de epidemia)
Deno: Número total de Distritos da Província
Nume: Número total de Distritos com gráficos lineares mensais
Proporção de Distritos com com gráficos lineares mensais actualizadosde Malária
actualizados de Malária
Deno: Número total de Distritos da Província

Nume: Número total de surtos suspeitos de Cólera notificados pelos


SDSMAS à DPS, detectados a partir gráficos lineares de diarreias
Proporção de surtos suspeitos de Cólera notificados pelos SDSMAS à
DPS, detectados através dos gráficos lineares de diarreias
Deno: Número total de surtos suspeitos registados nos Distritos da
Província
Nume: Número total de surtos suspeitos de Sarampo notificados pelos
SDSMAS à DPS, 2 dias após o início
Proporção de surtos suspeitos de Sarampo notificados pelos SDSMAS
à DPS, 2 dias após o início
Deno: Número total de surtos suspeitos registados nos Distritos da
Província
Nume: Número total de surtos suspeitos de Cólera notificados pelos
Proporção de surtos suspeitos de Cólera notificados pelos SDSMAS à SDSMAS à DPS, 2 dias após o início
DPS, 2 dias após o início Deno: Número total de surtos suspeitos registados nos Distritos da
Província

82
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Ficha de Supervisão de Resumo Semestral para a Recolha de Dados e Cálculo dos Indicadores de Vigilância Integrada das Doenças e Resposta (VIDR), a nível da DPS
Semestre ______________________________ Ano __________________________

Província de Maputo
Cidade de Maputo

Cabo Delgado

Percentagem
Inhambane

Zambézia

Nampula
Manica

TOTAL
Sofala

Niassa
Gaza

Tete
Indicadores de Vigilância Epidemiológica Integrada Numerador / Denominador

Nume: Número total de surtos suspeitos de Meningite


meningocócica notificados pelos SDSMAS à DPS, 2 dias após o início
Proporção de surtos suspeitos de Meningite meningocócica
notificados pelos SDSMAS à DPS, 2 dias após o início
Deno: Número total de surtos suspeitos registados nos Distritos da
Província

Nume: Número total de surtos epidémicos de Cólera nos Distritos, com


Proporção de surtos epidémicos de Cólera nos Distritos, com confirmação laboratorial
confirmação laboratorial Deno: Número total de surtos epidémicos que requiram confirmação
laboratorial
Nume: Número total de surtos epidémicos Meningite meningocócica
nos Distritos, com confirmação laboratorial
Proporção de surtos epidémicos de Meningite meningocócica nos
Distritos, com confirmação laboratorial
Deno: Número total de surtos epidémicos que requiram confirmação
laboratorial

Núme: Número total de relatórios completos de surtos investigados nos


Proporção de relatórios completos de investigação de surtos ocorridos Distritos
nos Distritos Deno: Número total de surtos investigados nos Distritos

Nume: Número total de surtos de Cólera confirmados com


implementação das acções recomendadas
Proporção de surtos de Cólera confirmados com implementação das
acções recomendadas
Deno: Número total de surtos epidémicos confirmados nos Distritos

Nume: Número total de surtos de Sarampo confirmados com


Proporção de surtos de Sarampo confirmados com implementação implementação das acções recomendadas
das acções recomendadas (em caso de epidemia) Deno: Número total de surtos epidémicos confirmados nos Distritos

Nume: Número total de surtos de Meningite meningicócica


confirmados com implementação das acções recomendadas
Proporção de surtos de Meningite meningicócica confirmados com
implementação das acções recomendadas
Deno: Número total de surtos epidémicos confirmados nos Distritos

Nume: Número total de óbitos na epidemia de Cólera registados nos


Distritos
Taxa de letalidade por Cólera
Deno: Número total de casos reportados na epidemia de Cólera pelos
Distritos
Nume: Número total de óbitos na epidemia de Sarampo registados nos
Distritos
Taxa de letalidade por Sarampo
Deno: Número total de casos reportados na epidemia de Sarampo pelos
Distritos

83
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

Ficha de Supervisão de Resumo Semestral para a Recolha de Dados e Cálculo dos Indicadores de Vigilância Integrada das Doenças e Resposta (VIDR), a nível da DPS
Semestre ______________________________ Ano __________________________

P r o v ín c ia d e M a p u to
C id a d e d e M a p u to

C a b o D e lg a d o

P e rc e n ta g e m
In h am b an e

Z a m b é z ia

N a m p u la
M a n ic a

TO TAL
N ia s s a
S o fa la
G aza

T e te
Indicadores de Vigilância Epidemiológica Integrada Numerador / Denominador

Nume: Número total de surtos suspeitos de Meningite


meningocócica notificados pelos SDSMAS à DPS, 2 dias após o início
Proporção de surtos suspeitos de Meningite meningocócica
notificados pelos SDSMAS à DPS, 2 dias após o início
Deno: Número total de surtos suspeitos registados nos Distritos da
Província

Nume: Número total de óbitos na epidemia de Meningite


meningocócica registados nos Distritos
Taxa de letalidade por Meningite meningocócica
Deno: Número total de casos reportados na epidemia de Meningite
meningocócica pelos Distritos

Nume: Número de casos de PFA detectados através da Ficha de


Investigação de Caso
Taxa de detecção de casos de PFA por 100,000 crianças
Deno: Número de casos suspeitos de Sarampo esperados

Nume: Número total de amostras colhidas até 14 dias após o início da


Proporção de fezes adequadas paralisia
Deno: Número total de casos notificados

Nume: Número de casos suspeitos de Sarampo notificados através da


Ficha de Investigação de Caso
Taxa de detecção de casos suspeitos de Sarampo por 100,000 crianças
Deno: Número de casos suspeitos de Sarampo esperados

Nume: Número total de amostras de sangue colhidas até 3 dias após o


início do rash cutâneo
Proporção de amostras de sangue adequadas da Província
Deno: Número total de casos notificados

84
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

BIBLIOGAFIA CONSULTADA

• Abram S. Benenson. Controlo das doenças transmissíveis no Homem. Organização Pan-


Americana da Saúde 1983, XII Edição, 1980.
• AFRO POLIO WEEKLY UPDATE, 2007, 2008
• AUGUST 2007 SUMMARY REPORT.
• Barreto A, Gujral L, Matos CS. Análise Epidemiológia dos dados de VE, Moçambique,
1981-2001. MISAU, Direcção Nacional de Saúde. Gabinete de Epidemiologia, 2002.
• Barreto A, Gujral L, Matos CS. Manual de Vigilância Epidemiológica, Vol. I – Interpretação
e Acção. MISAU, Direcção Nacional de Saúde. Gabinete de Epidemiologia, 2ª edição,
2002.
• Brazzaville, 09 and 10 May 2008.
• David L. Longworth. Infectious Diseases, Pennsylvania, 2000.
• Joint AFRO/HQ Polio Eradication Administrative and Review
• Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias;, Fundação Nacional de Saúde,
Centro Nacional de Epidemiologia, Brasil, 1999.
• Polio Monthly Global Update, 2007,2008.
• RAPID DESK REVIEW OF DISEASE SURVEILLANCE IN MOZAMBIQUE 14 – 17
• WHO. Communicable Disease Surveillance KIT, 1997.
• World Health Organization, UNICEF, Centers for Disease Control and Prevention (CDC),
Rotery International. Polio Eradication, Polio CD2, January 2000.
• World Health Organization, UNICEF, Centers for Disease Control and Prevention (CDC),
Rotery International. Vaccines and Biologicals, Polio CD4, January 2002.
• World Health Organization. WHO Recommended Strategies for the Prevention and Control
of Communicable Diseases. WHO Department of Communicable Disease Control,
Prevention and Eradication, 2001.

85
MISAU, DNSP/DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
Mãe, se a tua criança não tem força Manual de Vigilância Epidemiológica da PFA e Pólio

nas pernas ou nos braços,


leva-a imediatamente à Unidade
Sanitária mais próxima

100

50

0
1st 2nd 3rd 4th
Qtr Qtr Qtr Qtr
Vamos todos participar na erradicação da
Paralisia Infantil em Moçambique
86
REPÚBLICA DEDNSP/DEPARTAMENTO
MISAU, MOÇAMBIQUE DE EPIDEMIOLOGIA

MISAU/DNSP - Departamento de Epidemiologia

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