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FACULDADE CIÊNCIAS DA VIDA – FCV

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

O CONCEITO DE FALO – PSICANÁLISE II

SETE LAGOAS

2016
O CONCEITO DE FALO

O segundo capítulo do livro: Lições sobre os 7 conceitos cruciais da


Psicanálise escrito por Juan David Nasio, inicia-se ponderando que o termo
Falo, é pouco utilizado por Freud, e quando era abordado, seria para retratar o
“estágio fálico” que é considerado como uma fase individual no
desenvolvimento da sexualidade infantil em que ocorre a castração. Freud
utiliza o termo “pênis” para retratar a parte ameaçada do corpo do menino,
ausente no corpo da menina.

O elemento organizador da sexualidade humana, não é o órgão genital


masculino e si, mas a representação que se construiu ao redor este órgão
masculino. O falo é compreendido não pelo órgão sexual, mas na
representação que gira em torno deste órgão. Ser possuidor ou não
possuí-lo/ausência é a representação psíquica simbólica ou imaginária que
define o falo, falo simbólico e imaginário.

O falo imaginário é a representação psíquica inconsciente e resultante de três


fatores, sendo eles o anatômico, libidinal e fantasístico. O primeiro fator é
resultante da parte física desta parte do corpo e também tátil e visual; já o fator
libidinal diz sobre a grande carga libidinal que se possui nesta área que dá
sentido ao auto-erotismo na criança, já o último diz da angustia de poder um
dia perder este órgão.

Já o falo imaginário pode “ver” o pênis como um objeto descartável do corpo,


permutável e amovível, é trocado por objetos equivalentes, como fezes ou
presente , no caso da castração masculina o falo imaginário pode ser trocado
por qualquer um objeto que seja oferecido ao menino, no momento em que ele
é obrigado a renunciar ao gozo com a mãe.

Na teoria Lacaniana, a castração não é definida pela angustia do menino em


perder o pênis, e nem pela convicção da falta do pênis na menina; ela se define
simplesmente pela separação entre mãe e criança, é a quebra deste vínculo
imaginário e narcísico. A quebra deste vínculo, normalmente se dá pela
presença do pai, que institui a lei da proibição do incesto, onde a mãe quer ter
o falo e o menino quer ser o falo da mãe, podendo considerar uma castração
dupla, de mãe e menino.

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