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UASG 153167 Estudo Técnico Preliminar 61/2023

Estudo Técnico Preliminar 61/2023

1. Informações Básicas
Número do processo: 23779.000270/2023-10

2. Descrição da necessidade
A descrição da necessidade como um todo encontra-se pormenorizada em tópico específico dos Estudos Técnicos Preliminares,
apêndice deste documento.

3. Área requisitante
Área Requisitante Responsável
Direção Administrativa CSCIII Washington Luiz Camillo Teles

4. Descrição dos Requisitos da Contratação


A descrição dos requisitos como um todo encontra-se pormenorizada em tópico específico dos Estudos Técnicos Preliminares,
apêndice deste documento.

5. Levantamento de Mercado
Foram consideradas as bases de dados governamentais SCO-RIO (ref. 01/2023) ou SINAPI (ref. 01/2023), além de
Pesquisa no Painel de Preços e valores de mão-de-obra definidos mediante acordos sindicais para o início do
exercício de 2023. Com a aplicação do BDI - Benefícios e Despesas Indiretas, os valores serão ampliados. Para fins
de levantamento de custos, pode-se, simplesmente, majorar o preço total em 35%, sem perda de generalidade.

A descrição do Levantamento de Mercado como um todo encontra-se pormenorizado em tópico específico dos
Estudos Técnicos Preliminares, apêndice deste documento.

6. Descrição da solução como um todo


Contratação de empresa especializada em engenharia para execução da obra de reforma nas coberturas (e sistemas correlatos) dos
prédios afetos às unidades SC I, SC II e SC III, cujo prazo para execução dos serviços não-continuados deverá ser estabelecido
nos documentos que irão compor o processo de licitação.

A descrição da Solução como um todo encontra-se pormenorizada em tópico específico dos Estudos Técnicos Preliminares,
apêndice deste documento.

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7. Estimativa das Quantidades a serem Contratadas


As quantidades foram estimadas com base nas plantas de levantamento arquitetônico e constam nos tópicos apresentados. As
mesmas serão pormenorizadas na(s) planilha(s) de orçamento, acompanhada(s) da Memória de Cálculo de quantidades, que
constarão como documentos anexos ao Projeto Básico em desenvolvimento.

8. Estimativa do Valor da Contratação


Valor (R$): 4.824.043,00

O levantamento do preço de referência foi baseado na listagem dos serviços a serem executados e, obviamente, nas quantidades
levantadas. Foram utilizados os valores desonerados do SINAPI e SCO/Rio para as datas-bases registradas em cada tópico.
Dessa forma, estimou-se o custo total da contratação em R$ 4.824.043,00 (quatro milhões, oitocentos e vinte e
quatro mil e quarenta e três reais).

9. Justificativa para o Parcelamento ou não da Solução


Em regra, conforme art. 23 § 1ºda Lei n º 8666/93, os serviços deverão ser divididos em tantas parcelas quantas se comprovarem
técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no
mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de escala.
O disposto, no entanto, não se aplica à presente demanda, visto que não é economicamente viável dividir a solução, uma vez que
para cada contratação seriam necessários gastos com a licitação e com a administração local para cada uma das empresas
contratadas, além do fator temporal, limitante para efetivação do gasto público (vide Princípio da Anualidade Orçamentária).
Outra razão que inviabiliza tecnicamente o fracionamento da solução é a possibilidade de que se tenha várias empresas
executando serviços concomitantemente numa instituição de ensino com inúmeras crianças e adolescentes, podendo haver
interferência nos serviços e dificuldades nos controles pela fiscalização e demais colaboradores da escola (porteiros e vigias, por
exemplo).

10. Contratações Correlatas e/ou Interdependentes


Não se vislumbram contratações correlatas ou interdependentes a esta contratação.

11. Alinhamento entre a Contratação e o Planejamento


O presente objeto de futura contratação, apesar de não ter sido cadastrado no PGC 2022, foi oriundo de fatores externos ao Órgão
e tratados no primeiro momento como emergencialidade, devido ao impacto que trouxe para a entidade, inclusive com
interrupção de diversas atividades, o que, em alguns casos, se estende até a atualidade.
Esse ETP faz parte do rol de documentos integrantes do processo de licitação e terá todas as suas informações apresentadas com
maior grau de detalhamento no Projeto Básico e seus anexos.

12. Benefícios a serem alcançados com a contratação


Com a contratação de empresa especializada em Engenharia para projeção e execução de obra de reforma da cobertura e sistemas
correlatos, espera-se resolver os diversos problemas de desempenho enfrentados pela unidade, garantindo a vida útil de materiais,
equipamentos e bens (móveis e imóveis), além proporcionar um ambiente mais saudável para alunos, servidores, terceirizados e
visitantes, e, ainda, evitar qualquer tipo de transtorno, como cancelamento de atividades pedagógicas em virtude de eventos de
infiltração nos espaços.

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13. Providências a serem Adotadas


Após a licitação, deverá ser definida a equipe de fiscalização da obra. Verificar se todos os agentes possuem capacitação mínima
para as atividades que serão desenvolvidas; caso não tenham, verificar a possibilidade de providenciar curso de capacitação,
incluindo os devidos treinamentos exigidos pelas normas regulamentadoras (p.e. curso de NR-35, que versa sobre trabalho em
altura).
Informar às direções das unidades sobre a ocorrência da obra, verificando possíveis impactos e restrições para seu
funcionamento, como horários para demolições, transporte de material, entrada e saída de funcionários, etc.

14. Possíveis Impactos Ambientais


Os Possíveis Impactos Ambientais encontram-se pormenorizados em tópico específico dos Estudos Técnicos
Preliminares, apêndice deste documento.

15. Declaração de Viabilidade


Esta equipe de planejamento declara viável esta contratação.

15.1. Justificativa da Viabilidade

Os estudos preliminares evidenciaram que a contratação da empresa especializada em Engenharia para a execução de obra de
reforma da cobertura e sistemas correlatos mostra-se possível tecnicamente e fundamentadamente necessária. Diante do exposto,
declara-se ser viável a contratação pretendida.

16. Responsáveis
Todas as assinaturas eletrônicas seguem o horário oficial de Brasília e fundamentam-se no §3º do Art. 4º do Decreto nº 10.543,
de 13 de novembro de 2020.

WASHINGTON LUIZ CAMILLO TELES


Requisitante

EDUARDO ANDRE REGO MOREIRA DA GAMA


Autoridade competente

Despacho: Engenheiro Civil

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LUIZ PAULO PEREIRA SILVA


Equipe de apoio

SONIA REGINA DOS SANTOS


Equipe de apoio

PATRICIA ROSA DA SILVA GUTERRES


Equipe de apoio

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Lista de Anexos
Atenção: Apenas arquivos nos formatos ".pdf", ".txt", ".jpg", ".jpeg", ".gif" e ".png" enumerados abaixo são anexados
diretamente a este documento.

Anexo I - Estudo Técnico Preliminar.pdf (8.2 MB)


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO PEDRO II
CAMPUS SÃO CRISTÓVÃO III

ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR


E GERENCIAMENTO DE RISCOS

Fase preparatória (interna) para contratação


de obras de reformas das coberturas e
sistemas correlatos das edificações
pertencentes aos campi de São Cristóvão I,
II e III do Colégio Pedro II.

RIO DE JANEIRO
2023
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO PEDRO II
CAMPUS SÃO CRISTÓVÃO III

SUMÁRIO

ETAPA I - INTRODUÇÃO AO ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR ...................................................................... 7


1. INFORMAÇÕES BÁSICAS ...................................................................................................................... 8
2. DESCRIÇÃO DA NECESSIDADE DA CONTRATAÇÃO ................................................................................. 8
3. ÁREA REQUISITANTE ........................................................................................................................... 9
4. DESCRIÇÃO DOS REQUISITOS DA CONTRATAÇÃO ............................................................................... 10
4.1. EDIFICAÇÃO DE 02 PAVIMENTOS COM TELHAS METÁLICAS (SC I e SC III) .......................................... 14
4.2. EDIFICAÇÃO DE 04 PAVIMENTOS COM TELHAS DE AMIANTO (SC II e SC III) ....................................... 34
4.3. COBERTURA DO REFEITÓRIO (SC I) .................................................................................................. 47
4.4. COBERTURA DO PÁTIO (SC I) ........................................................................................................... 67
4.5. PAREDE DE COBOGÓS (SC II) e ACABAMENTO DE FACHADA ............................................................. 73
5. LEVANTAMENTO DE MERCADO.......................................................................................................... 76
6. DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO COMO UM TODO ....................................................................................... 76
7. ESTIMATIVA DAS QUANTIDADES A SEREM CONTRATADAS ................................................................. 77
8. ESTIMATIVA DO VALOR DA CONTRATAÇÃO ....................................................................................... 78
9. JUSTIFICATIVA PARA O PARCELAMENTO (OU NÃO) NA SOLUÇÃO ...................................................... 78
10. CONTRATAÇÕES CORRELATAS E/OU INTERDEPENDENTES................................................................. 79
11. ALINHAMENTO ENTRE A CONTRATAÇÃO E O PLANEJAMENTO DO ORGÃO ........................................ 79
12. BENEFÍCIOS A SEREM ALCANÇADOS COM A CONTRATAÇÃO ............................................................. 79
13. PROVIDÊNCIAS A SEREM ADOTADAS PELA ADMINISTRAÇÃO ............................................................ 80
14. POSSÍVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS .................................................................................................. 80
15. CRITÉRIOS E PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE ................................................................................. 83
16. DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DA CONTRATAÇÃO............................................................................ 84
17. RESPONSÁVEIS ................................................................................................................................ 85
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................... 85
ETAPA 2 – GERENCIAMENTO DE RISCOS ................................................................................................. 87

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Indicação do Complexo de São Cristóvão (Fonte: Google Maps – adaptado) .................................10

Figura 2 – Localização da cobertura da edificação de 02 pavimentos...............................................................11

Figura 3 – Localização da cobertura da edificação de 04 pavimentos ...............................................................11

Figura 4 – Layout do sistema de cobertura (Fonte: autor) ................................................................................13

Figura 5 – Croqui da telha (Fonte: adaptado pelo autor) ..................................................................................14

Figura 6 – Alagamentos no corredor oriundos de infiltração de água de chuva ...............................................15

Figura 7 – Alagamentos e queda de reboco na sala 2B - midiateca de espanhol..............................................16

Figura 8 – Alagamentos e queda de reboco na sala 4B (Fonte: autor) ..............................................................16

Figura 9 – Alagamentos na sala 17B – sala de vídeo (Fonte: autor) ..................................................................17

Figura 10 – Árvores sem poda devida, depositando resíduos na cobertura (Fonte: autor) ..............................18

Figura 11 – Folhas depositadas na calha, podendo comprometer seu funcionamento (Fonte: autor) ............18

Figura 12 – Folhas depositadas nas telhas que carecem de limpeza (Fonte: autor) .........................................19

Figura 13 – Deposição de água na calha, sem o devido escoamento (Fonte: autor) ........................................19

Figura 14 – Impermeabilização solta (Fonte: autor) ..........................................................................................20

Figura 15 – Impermeabilização executada com incorreção no acesso à tubulação (Fonte: autor) ..................20

Figura 16 – Instalação elétrica indevida na região da calha (Fonte: autor) .......................................................21

Figura 17 – Danos observados nas calhas, no que tange à impermeabilização (Fonte: autor).........................22

Figura 18 – Deposição de água na calha, sem o devido escoamento (Fonte: autor) ........................................23

Figura 19 – Trechos de rufos sem a fixação devida (Fonte: autor) ....................................................................23

Figura 20 – Telhas danificadas pontualmente (Fonte: autor)............................................................................24

Figura 21 – Escada tipo marinheiro - incompleta (Fonte: autor) .......................................................................25

Figura 22 – Layout para ampliação do vão de acesso ao telhado em questão (Fonte: autor) ..........................26
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Figura 23 – Passagem da água da calha para a região inclinada abaixo da telha ..............................................27

Figura 24 – Dimensões da calha (Fonte: Carvalho Júnior, 2013) .....................................................................29

Figura 25 – Telhado com telhas de amianto e fibrocimento (Fonte: Direção SC III) ........................................35

Figura 26 – Danos na região do beiral das telhas (Fonte: Direção SC III) ........................................................36

Figura 27 – Danos em telhas (Fonte: autor) ......................................................................................................36

Figura 28 – Telhas deslocadas (Fonte: autor) ....................................................................................................37

Figura 29 – Impermeabilização danificada (Fonte: autor) ................................................................................38

Figura 30 – Impermeabilização executada com incorreção (Fonte: autor) .......................................................38

Figura 31 – Entupimentos nas saídas das calhas (Fonte: Direção SC III) .........................................................39

Figura 32 – Calha com formação de limo (Fonte: autor)...................................................................................40

Figura 33 – Calha com desenvolvimento de plantas (Fonte: autor) ..................................................................41

Figura 34 – Infiltrações, escorrimentos e alagamentos no corredor de acesso à Congregação .........................42

Figura 35 – Infiltrações na entrada da biblioteca (Fonte: autor) .......................................................................43

Figura 36 – Infiltrações diversas, com danos nos acabamentos (Fonte: autor) .................................................43

Figura 37 – Infiltrações diversas (Fonte: autor) ................................................................................................44

Figura 38 – Manchas provocadas por infiltrações (Fonte: autor)......................................................................44

Figura 39 – Localização, destacando o espaço do refeitório (Fonte: autor)......................................................47

Figura 40 – Layout do espaço (Fonte: Projeto Executivo do refeitório) ............................................................48

Figura 41 – Abertura na laje feita a pedido da Prefeitura do campus (Fonte: autor) .......................................49

Figura 42 – Detalhe da abertura na laje (Fonte: autor) .....................................................................................49

Figura 43 – Croqui do espaço de “forro” entre lajes (Fonte: autor) ..................................................................50

Figura 44 – Teto do espaço de refeições (Fonte: autor)....................................................................................51

Figura 45 – Pontos de infiltração no refeitório (Fonte: autor) ..........................................................................52

Figura 46 – Vista frontal (fachada principal) do refeitório (Fonte: autor) .........................................................53


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Figura 47 – Croqui da telha, com medidas em cm, quando não indicado.........................................................53

Figura 48 – inclinação da cobertura, em % (Fonte: adaptado pelo autor) ........................................................54

Figura 49 – Rufo (em bom estado de conservação) em uma das laterais – prédio de SC I ...............................55

Figura 50 – Rufo (em mau estado de conservação) na outra lateral – pátio preto (Fonte: autor) ...................55

Figura 51 – Rufo ao redor dos dutos de exaustão (Fonte: autor)......................................................................56

Figura 52 – Rufo lateral superior, visto pela parte mais elevada da cobertura (Fonte: autor) .........................56

Figura 53 – Rufo lateral superior, visto pela parte mais baixa da cobertura (Fonte: autor) .............................57

Figura 54 – Danos na fachada, com perda de parte do acabamento (Fonte: autor) ........................................58

Figura 55 – Acúmulo de entulho oriundo da queda de reboco da fachada (Fonte: autor) ...............................58

Figura 56 – Acúmulo de água próximo ao rufo do duto de exaustão (Fonte: autor) ........................................59

Figura 57 – Solução proposta para evitar acúmulo de água próximo ao rufo do duto de exaustão (Fonte:
autor) .................................................................................................................................................................59

Figura 58 – Recomendação para fixação das telhas (Fonte: ABCEM) ...............................................................61

Figura 59 – Padronização adotada na fixação das telhas (Fonte: Autor) ..........................................................62

Figura 60 – Exemplo de fixação (aleatória) verificada na cobertura (Fonte: autor) ..........................................62

Figura 61 – Marcações de furos de parafusos na cobertura (Fonte: autor) ......................................................62

Figura 62 – Área cujas telhas devem ser substituídas (Fonte: autor) ................................................................64

Figura 63 – Ampliação do beiral na fachada principal do refeitório (Fonte: autor) ..........................................64

Figura 64 – Cobertura do pátio de SC I (Fonte: autor) .......................................................................................67

Figura 65 – Cobertura do pátio de SC I (Fonte: Google Maps – adaptado) .......................................................68

Figura 66 – Possível acesso às coberturas em tela por andaime fachadeiro (Fonte: autor) .............................69

Figura 67 – Vista externa do intitulado pátio do SOEP (Fonte: autor)...............................................................70

Figura 68 – Vista frontal do pátio do SOEP (Fonte: autor) ................................................................................70

Figura 69 – Layout de integração da biblioteca ao restante do 2º andar em SC I (Fonte: autor) .....................71

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Figura 70 – Alvenaria de vedação em blocos de cobogó na região da unidade SC II (Fonte: autor) .................74

Figura 71– Imagem do local, com destaque (Fonte: autor)...............................................................................74

Figura 72 – Danos em fachada na região supracitada (Fonte: autor) ...............................................................75

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ETAPA I - INTRODUÇÃO AO ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR

Para alcançar efetividade na realização de políticas públicas, diversos instrumentos são


utilizados, muitos deles exigindo dispêndio de recursos orçamentários. Dentre eles, as contratações
governamentais, que envolvem um grande volume de recursos e, consequentemente, significativo
impacto na atividade econômica, exigem um planejamento muito bem elaborado, de modo a propiciar
contratações potencialmente mais eficazes. Nesse ínterim, a realização de estudos previamente
delineados conduz ao conhecimento de novas modelagens/metodologias ofertadas pelo mercado,
resultando numa melhor qualidade do gasto e gestão mais eficiente dos recursos públicos.

Atendendo a essa diretriz, o Estudo Técnico Preliminar é o documento constitutivo da


primeira etapa do planejamento de uma contratação e que caracteriza o interesse público envolvido,
além da melhor solução para o problema a ser resolvido. Na hipótese de conclusão pela viabilidade
da contratação, pelos gestores, este servirá de fundamento para a elaboração do Projeto Básico da
Contratação.

Com o advento da Instrução Normativa 58, de 08 de agosto de 2022, a Secretaria de Gestão


do Ministério da Economia detalhou as regras da ótima instrução processual para a aquisição de bens
e/ou contratação de serviços e obras no âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e
fundacional, em que se situa o Colégio Pedro II.

Neste contexto, o presente documento apresenta não apenas os Estudos Técnicos


Preliminares, visando assegurar a viabilidade técnica e econômica da contratação pretendida, com
todas as etapas previstas no art. 9 da IN 58/2022, mas também traz a avaliação quanto ao
Gerenciamento dos Riscos, materializado no Mapa de Riscos, amplamente utilizado em Estudos
Preliminares anteriores à publicação da referida Instrução Normativa, elaborado conforme art. 26 da
IN 05/2017.

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1. INFORMAÇÕES BÁSICAS

Objeto: elaboração de Estudo Técnico Preliminar e análise de Gerenciamento de Riscos, com vistas a
subsidiar procedimento licitatório para contratação de empresa especializada para realização de obras
de reforma das coberturas e sistemas correlatos das edificações pertencentes aos campi São Cristóvão
I, II e III do Colégio Pedro II.

Número do processo eletrônico: 23778.000108/2023-10

2. DESCRIÇÃO DA NECESSIDADE DA CONTRATAÇÃO

O Colégio Pedro II, no desenvolvimento de suas atividades, possui competências funcionais


nas esferas acadêmica, cultural e administrativa. Dentre as atribuições que compõem o campo
acadêmico, encontram-se: ensino, pesquisa e extensão, englobando a educação de crianças, jovens e
adultos, através da oferta de aulas, desenvolvimento de projetos científicos e acadêmicos, promoção
de intercâmbios, entre outros; na esfera cultural a instituição promove palestras, eventos e atividades
educativas, tanto para a comunidade acadêmica quanto para o público externo; e, no âmbito
administrativo, são desempenhadas diversas tarefas, tais como: atendimento ao público interno e
externo, gestão de servidores e colaboradores contratados e/ou terceirizados, gestão de materiais,
gestão orçamentária e financeira, atividades relacionadas à manutenção do órgão e etc.

A instituição tem como missão promover educação de excelência, pública, gratuita, laica,
integral e inclusiva, consoante com o mundo contemporâneo e as novas técnicas e tecnologias, por
meio da indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão e do comprometimento com a
formação de cidadãos capazes de intervir de forma responsável na sociedade. Para tal, em consonância
com o regramento técnico-jurídico que versa sobre o patrimônio público, faz-se necessária a perfeita
manutenção dos bens sob propriedade e/ou gestão da Autarquia, inclusive, uma vez que os espaços
são instrumentos primordiais para a realização de sua atividade-fim – o ensino. Nesse âmbito, é

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importante que se garanta a perfeita utilização dos bens imóveis na realização de todas as atividades,
em seu pleno desempenho, com manutenção rotineira executada de forma plena.

Considerando os fatos recentes registrados pelas direções dos campi de São Cristóvão (em
especial, SC III), faz-se necessária a contratação de empresa especializada em engenharia para a
execução da obra de reforma da cobertura e sistemas correlatos, como sistemas de engenharia de
segurança (linha de vida, ancoragem, escada tipo marinheiro e plataforma metálica), de águas pluviais,
de impermeabilização, de alvenarias, etc., visto que a unidade tem sofrido danos e falhas de
desempenho nas recentes chuvas que acometeram a região de São Cristóvão. Ressalta-se que já foram
realizadas intervenções pontuais pela empresa de manutenção predial, com caráter paliativo, e,
segundo relato das direções das unidades, a quantidade de pontos de infiltração aumentou
significativamente nos últimos exercícios, indicando ser fundamental a realização da ação pretendida.

O objeto a ser licitado não possui natureza continuada, ao passo que resolve pontualmente
um (ou mais) problema (s), com prazo previsto para início e conclusão.

Os serviços não são considerados “comuns” pois não se enquadram na classificação nos
termos do parágrafo único do art. 1°, da Lei 10.520 de 2002, ao passo que seus padrões de desempenho
e qualidade não podem ser objetivamente definidos pelo edital, através de especificações usuais no
mercado, exigindo análise técnica especializada por profissional devidamente habilitado.

3. ÁREA REQUISITANTE

A Direção Administrativa do campus São Cristóvão III figura como área requisitante deste
estudo, para fins de formalização de demanda, apesar das Direções de todos os campi que compõem
o Complexo de São Cristóvão serem partes interessadas, ao passo que todas são responsáveis por parte
da gestão do patrimônio em tela, e, inclusive, participando ativamente como indicadoras da
necessidade de realização desse objeto.

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4. DESCRIÇÃO DOS REQUISITOS DA CONTRATAÇÃO

Os campi São Cristóvão I, II e III do Colégio Pedro II, localizados no Campo de São
Cristóvão, nº 177, São Cristóvão, Rio de Janeiro/RJ, CEP: 20921-440 (Figura 1), contam com diversas
instalações, distribuídas em diferentes prédios, conforme levantamento topográfico georreferenciado
realizado em 2017 pela empresa PORTOGEO Soluções Geoambientais e Geodésicas Ltda. (Resp.
técnico: engº agrimensor Igor Coelho Neves CREA-RJ 2008134780).

Figura 1 – Indicação do Complexo de São Cristóvão (Fonte: Google Maps – adaptado)

A unidade São Cristóvão III – SC III – possui uma edificação de 02 pavimentos, um dos
focos desta avaliação (vide Figura 2), compartilhada (por pavimentação) com a unidade São Cristóvão
I – SC I, e um outro prédio, com 04 andares, compartilhado com a unidade São Cristóvão II – SC II,
conforme apresentado na Figura 3. As outras coberturas inclusas no escopo deste estudo fazem parte
da estrutura do campus SC I e serão detalhadas nos itens 4.3. e 4.4.

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Figura 2 – Localização da cobertura da edificação de 02 pavimentos

(Fonte: Google Maps – adaptado)

Figura 3 – Localização da cobertura da edificação de 04 pavimentos

(Fonte: Google Maps – adaptado)

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Devido às fortes chuvas que acometeram a cidade em 07/02/2023, conforme veiculado em


diversos meios de comunicação locais1, a unidade São Cristóvão III sofreu uma série de danos em
diversas áreas de sua edificação que serão explicitados e detalhados na sequência.

Considerando todas as informações supracitadas, as normas técnicas e a legislação vigente,


este relatório simplificado tem por objetivo subsidiar a gestão da unidade com informações para
a tomada de decisão quanto à melhor solução para o problema que acomete alguns ambientes do
campus, imediatamente abaixo da cobertura apresentada.

Nesse momento, cumpre salientar que, em se tratando de problemas relacionados às


infiltrações de água, diversas podem ser as causas, bem como diversas podem ser as intervenções
necessárias, em busca de soluções. Deve-se ter especial atenção à complexidade da situação, uma vez
que a água possui uma grande capacidade de deslocamento movido pela gravidade (em linguagem
popular, pode-se dizer que a água busca sempre o caminho mais fácil de movimentação e penetração),
de modo que, por muitas vezes, o ponto onde existem marcas de infiltração na laje encontra-se distante
daquele em que a água ultrapassou a cobertura (o foco do problema, em si). De forma similar, deve-
se ter especial atenção quanto às restrições impostas a este trabalho de natureza pericial no que
concerne à falta de acessos ao espaço imediatamente abaixo das telhas da cobertura. Cumpre salientar
que não foram desmontadas partes da cobertura, nem tampouco realizados quaisquer ensaios, sejam
destrutivos ou não.
Somente após a retirada das telhas será possível avaliar sua estrutura de suporte e fixação,
bem como a parede que a sustenta nas partes inferiores, que molda uma das laterais da calha (vide
Figura 4). Caso se faça necessário, uma avaliação mais detalhada poderá ser requerida com essa
finalidade, previamente ou quando do início das intervenções.

1
Vide https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-02/chuva-forte-atinge-o-rio-e-cidade-entra-em-estagio-de-
atencao, visitado em 08/02, https://cor.rio/municipio-do-rio-entrou-em-estagio-de-atencao-as-17h40-desta-terca-feira-07-
02-2023/, visitado em 08/02, e https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2023/02/07/evitem-sair-de-casa-
pede-governador-do-rj-em-dia-de-forte-chuva.htm, visitado em 08/02.
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Figura 4 – Layout do sistema de cobertura (Fonte: autor)

Os princípios básicos sob os quais se baseiam este trabalho são a ética, a independência
profissional, a clareza e a legalidade. Foram consultados diversos regramentos, tendo destaque:

(a) Lei nº 5195, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício das profissões de
engenheiro;
(b) Resolução nº 345 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – CONFEA, de 27
de julho de 1990, que dispõe quanto ao exercício por profissional de nível superior das atividades de
engenharia de avaliações e perícias de engenharia;
(c) Resolução nº 1.002 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA, de
26 de novembro de 2002, que adota o Código de Ética Profissional;
(d) Norma Regulamentadora 18, que dispõe sobre a implementação de medidas de controle
e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na
indústria da construção;
(e) Norma Regulamentadora 35, que dispõe sobre trabalho em altura, estabelecendo os
requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a
organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos
direta ou indiretamente com esta atividade;

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(f) ABNT NBR 10.844/89 – Norma de Instalações prediais de águas pluviais -


Procedimento;
(g) ABNT NBR 13.752/96 – Norma de Perícias de Engenharia na Construção Civil;
(h) ABNT NBR 15.575-5:2021 - Edificações habitacionais — Desempenho (Parte 5:
Requisitos para os sistemas de coberturas);
(i) ABNT NBR 15.575-6:2021 - Edificações habitacionais — Desempenho (Parte 6:
Requisitos para os sistemas hidrossanitários).
Esta avaliação pautou-se em vistoria in loco para obtenção de um número ampliado de
fotografias, garantindo maior detalhamento dos objetos em tela e descrição detalhada dos bens nos
seus aspectos físicos, utilidades e materiais envolvidos. De forma complementar, buscou-se
bibliografia técnica, incluindo manuais de fabricantes que possam elucidar de forma mais ampla e
clara a situação.

4.1. EDIFICAÇÃO DE 02 PAVIMENTOS COM TELHAS METÁLICAS (SC I e SC III)

A cobertura da edificação de 02 pavimentos está localizada acima da área construída (lâmina)


dos campi São Cristóvão I e III. Trata-se de uma cobertura em telhas trapezoidais, com as seguintes
medidas aproximadas:

Figura 5 – Croqui da telha (Fonte: adaptado2 pelo autor)

2
adaptado de Manual Técnico da ABCEM – Associação Brasileira de Construção Metálicas
14
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Trata-se de cobertura com dimensões de 41,00 m de largura e 126,50 m de comprimento,


dividida em 20 (vinte) águas paralelas e similares, com inclinação de 21 % (vide levantamento
arquitetônico realizado pela empresa pela empresa PORTOGEO Soluções Geoambientais e
Geodésicas Ltda. em 2017).

No geral, o sistema de cobertura, apesar de possuir algumas telhas amassadas, não está com
desempenho falho devido ao telhamento. Não há sinais de risco de arrancamento (remoção ou danos)
de componentes do sistema de cobertura sob ação do vento, sujeitos a esforços de sucção. Conforme
a norma técnica de desempenho (ABNT NBR 15575-5:2021 - Edificações habitacionais —
Desempenho – Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas), não há indícios (ruptura ou
traspassamento em face) de falta de resistência ao impacto sob a ação de corpos duros, como, por
exemplo, ação do granizo e outras cargas acidentais em telhados.

Por outro lado, o sistema de escoamento de águas pluviais apresentou falhas que acarretaram
diversos danos, alguns dos quais são apresentados nas figuras de 6 a 9.

Figura 6 – Alagamentos no corredor oriundos de infiltração de água de chuva

(Fonte: autor)

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Figura 7 – Alagamentos e queda de reboco na sala 2B - midiateca de espanhol

(Fonte: autor)

Figura 8 – Alagamentos e queda de reboco na sala 4B (Fonte: autor)

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Figura 9 – Alagamentos na sala 17B – sala de vídeo (Fonte: autor)

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Contribuindo para o surgimento dos problemas, há, em diferentes trechos da cobertura,


presença de resíduos sólidos (de plantas) depositados em telhas e calhas, podendo provocar
entupimentos nas tubulações de escoamento das águas das chuvas, ou, ainda, vegetação (inclui limo)
desenvolvendo-se nas calhas, conforme exibido nas figuras de 10 a 13.

Figura 10 – Árvores sem poda devida, depositando resíduos na cobertura (Fonte: autor)

Figura 11 – Folhas depositadas na calha, podendo comprometer seu funcionamento (Fonte: autor)

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Figura 12 – Folhas depositadas nas telhas que carecem de limpeza (Fonte: autor)

Figura 13 – Deposição de água na calha, sem o devido escoamento (Fonte: autor)

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Em alguns pontos, é nítida a ineficiência da impermeabilização, com partes soltas, conforme


pode-se observar nas figuras 14 e 15.

Figura 14 – Impermeabilização solta (Fonte: autor)

Figura 15 – Impermeabilização executada com incorreção no acesso à tubulação (Fonte: autor)

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Além disso, na cobertura existem instalações elétricas indevidas, inclusive passando pela
área molhada das calhas e impermeabilização, conforme pode ser visto pela figura 16, expondo a risco
de vida os profissionais que por ali necessitem se deslocar.

Figura 16 – Instalação elétrica indevida na região da calha (Fonte: autor)

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Um ponto importante é que se trata de um telhado com mais de 10 anos de existência, pelo
qual já se deslocaram técnicos para realizar manutenções e limpezas, bem como diversos outros
profissionais para realizar serviços na fachada da unidade, além de serviços relacionados ao próprio
telhado. Desse modo, a cobertura apresenta algumas telhas amassadas (o que não necessariamente
indica imprescindibilidade na substituição), diversos pontos de aplicação de manta mal executada nas
calhas (motivados por vazamentos anteriores), conforme exemplificados pelas figuras 17 e 18, e
trechos de rufos sem fixação adequada (mas sem comprometer a estanqueidade da cobertura),
conforme figura 19.

Figura 17 – Danos observados nas calhas, no que tange à impermeabilização (Fonte: autor)

22
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Figura 18 – Deposição de água na calha, sem o devido escoamento (Fonte: autor)

Figura 19 – Trechos de rufos sem a fixação devida (Fonte: autor)

Cumpre salientar que, numa breve análise, apenas o sistema de águas pluviais (inclui o
componente calha, que é item complementar dos sistemas de coberturas) pode ser responsabilizado
pelos danos observados no pavimento imediatamente inferior.

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Apesar disso, é recomendada a substituição de algumas telhas com danos aparentes,


conforme exemplificado pela figura 20.

Figura 20 – Telhas danificadas pontualmente (Fonte: autor)

Foi observado, adicionalmente, que os meios de acessos [para a realização de manutenção


no sistema de cobertura e/ou atendimento a qualquer outra demanda] são precários e exigem reparos
e/ou ampliações, além de manutenção adequada.

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As escadas de acesso pelo térreo (sopé do horto) encontram-se travadas ou com


movimentação limitada, devido à ausência de manutenção, conforme apresentado na figura 21, além
de não possuírem um dos itens de segurança3, e o acesso pela área interna da edificação é estreito e
carece de ampliação, conforme indica, comparativamente, as imagens da figura 22 (‘antes’ – da
reforma – representa o momento presente e ’depois’ é um estudo de como ficaria o novo acesso, após
a reforma).

Figura 21 – Escada tipo marinheiro - incompleta (Fonte: autor)

3
Escadas fixas, tipo marinheiro, com altura igual ou superior a 6,00 metros, devem ser providas de gaiola protetora a
partir de 2m (dois metros) acima da base até 1m (um metro) acima da última superfície de trabalho.
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Figura 22 – Layout para ampliação do vão de acesso ao telhado em questão (Fonte: autor)

Considerando a possibilidade de realização de intervenção no local, sugere-se que seja


efetuado levantamento do quantitativo de vidros quebrados e/ou inexistentes nos dispositivos de
iluminação/ventilação e sua posterior reposição.

Quanto ao teor da NR-35, o sistema de cobertura em questão é considerado, pelo risco do


perímetro, objeto de trabalho em altura. Deverão ser desenvolvidos avaliação técnica e projeto
executivo pela disciplina de engenharia de segurança para realização das intervenções (inclusive
obras, se couber) inerentes à segurança para deslocamento e trabalhabilidade na cobertura.

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De acordo com a norma de desempenho, o maior problema observado nessa cobertura refere-
se à estanqueidade do sistema de coberturas, ou seja, ocorrência de penetração ou infiltração de água
que acarreta infiltração, com escorrimento ou gotejamento em pavimentos inferiores ao telhado. Nesse
contexto, foram identificados vazamentos pelas calhas (e seu perímetro) que compõem o sistema de
cobertura; por meio de exame fotográfico foi possível perceber que as calhas apresentam indícios de
impermeabilização precária e potenciais pontos de acúmulo de água da chuva, consolidando, portanto,
falhas no sistema de escoamento de água de chuva. Por outro lado, nada foi observado nas tubulações
verticais componentes do sistema de captação e distribuição de águas pluviais. Um trecho do tubo
horizontal, de diâmetro 400 mm, apresenta-se danificado em função da queda de um equipamento de
ar condicionado fixado imediatamente acima e precisa ser substituído. Ademais, faz-se necessário
reforçar a estrutura de fixação de todas as condensadoras (e demais equipamentos) localizadas acima
de partes componentes do sistema de águas pluviais da edificação.

Ao que tudo indica, o volume de chuvas, uma vez impedido de escoar livremente pelas
calhas, acumula-se e atinge a região (plana ou inclinada) inferior das telhas, provocando infiltrações
devido à inexistência de proteção local direta relacionada à presença de água (impermeabilização),
conforme apresentado na figura 23.

Figura 23 – Passagem da água da calha para a região inclinada abaixo da telha

(Fonte: autor)

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De acordo com os diversos materiais pesquisados e normativos técnicos, as coberturas


destinam-se a proteger diferentes áreas das águas das chuvas, que devem ser adequadamente coletadas
e transportadas para locais permitidos por dispositivos legais. Conforme CARVALHO JÚNIOR
(2013), as instalações de águas pluviais destinam-se, exclusivamente, ao recolhimento e condução das
águas das chuvas, não se admitindo quaisquer interligações com outras instalações prediais, nem
tampouco utilizá-las para outras finalidades (cultivo de telhados verdes, por exemplo).

A norma ABNT NBR 15.575-5/2021 registra que os sistemas de coberturas – SC – devem


apresentar como requisitos quanto à resistência e deformabilidade:

a. apresentar um nível satisfatório de segurança contra a ruína e;

b. não apresentar avarias ou deformações e deslocamentos que prejudiquem a


funcionalidade do SC ou dos sistemas contíguos, considerando-se as combinações de ações passíveis
de ocorrerem durante a vida útil de projeto da edificação.

A norma ABNR NBR 10.844/1989 indica que as instalações prediais de águas pluviais devem
ser projetadas de modo a obedecer às seguintes exigências:

a. recolher e conduzir a vazão de projeto até locais permitidos pelos dispositivos legais;

b. ser estanques;

c. permitir a limpeza e desobstrução de qualquer ponto no interior da instalação;

d. absorver os esforços provocados pelas variações térmicas a que estão submetidas;

e. quando passivas de choques mecânicos, ser constituídas de materiais resistentes a estes


choques;

f. nos componentes expostos, utilizar materiais resistentes às intempéries;

g. nos componentes em contato com outros materiais de construção, utilizar materiais


compatíveis;

h. não provocar ruídos excessivos;


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i. resistir às pressões a que podem estar sujeitas e;

j. ser fixadas de maneira a assegurar resistência e durabilidade.

Podem existir nas coberturas, desde que devidamente projetados, espaços destinados à
disposição de equipamentos de uso comum ou individual (por exemplo, aparelhos de ar condicionado,
exaustores e antenas), conhecidos por áreas técnicas.

De modo a garantir a completude dessa perícia, optou-se por realizar, também, estudo quanto
ao dimensionamento das calhas quanto à seção de corte e avaliação de sua inclinação, seguindo a
bibliografia que versa sobre o tema, para que se verifique a suficiência do coletor primário (conjunto
de calhas), conforme ilustrado na Figura 24.

Azevedo Netto (1988) registra em sua obra que o dimensionamento de calhas retangulares
dispensa a aplicação de fórmulas de hidráulica, de modo que recebem o mesmo tratamento de
escoamento de canais.

Figura 24 – Dimensões da calha (Fonte: Carvalho Júnior, 2013)

Em função de trechos de contribuição de, aproximadamente, 41 metros, tem-se, de acordo


com o mesmo autor, uma largura mínima necessária superior a 60 cm para calha de seção retangular.
Dessa forma, pode-se concluir, após verificação in loco que a calha apresenta incorreção em seu
dimensionamento. Nessa mesma esteira, observa-se que a inclinação mínima de 0,5% também não
foi respeitada, garantindo que os problemas expostos podem ser provocados por projeção indevida
(etapa de projeto do produto). Será necessário avaliar se é razoável ampliar a seção da calha

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modificando sua base; em não sendo possível, deverá ser ampliada a seção pela elevação da altura das
barreiras laterais de alvenaria com superfície impermeabilizada. Para fins de dimensionamento para
Projeto Básico e/ou Projeto Executivo, poderá ser desenvolvido cálculo utilizando a equação da
hidráulica em que, conhecendo-se a intensidade pluviométrica e a área de contribuição do telhado, a
vazão coletada pelas calhas é dada por Q = ( I x A ) / 60, sendo:

Q = vazão em litros/min.;
I = intensidade pluviométrica, em mm/h;
A = área de contribuição, em m².
Sabe-se que a NBR 10.844/89 fixa períodos de retorno (T) de acordo com a área a ser
drenada:

• T = 1 ano, para obras externas onde empoçamentos possam ser tolerados;


• T = 5 anos, para cobertura e/ou terraços;
• T = 25 anos, para coberta e áreas onde empoçamentos ou extravasamento não possam
ser tolerados.
Nessa acepção, sugere-se trabalhar em prol da segurança, com o maior tempo de retorno, ou
seja, T = 25 anos.

Quanto às tubulações, não foi possível promover avaliação quanto ao seu desempenho, uma
vez que se encontram embutidas em alvenaria ou sob sistemas de coberturas. A ausência de uma
análise mais contundente não exclui o fato de que alguns pontos iniciais do sistema de águas pluviais,
ou seja, aqueles por onde a água da calha é coletada (acesso), foram percebidos entupidos, de modo a
impedir o carreamento do líquido oriundo das chuvas. Faz-se necessário, nesse caso, que a equipe
responsável pela manutenção predial execute, em consonância com o plano de manutenção
preventiva, verificações, testes, sempre que necessário, e, de forma rotineira, limpeza. Deverão, ainda,
ser instalados ralos (gradeados metálicos convencionais, tipo grelha de ferro fundido ou tipo abacaxi,
a depender do ponto de aplicação) em cada um dos acessos. Não foram contemplados nesse estudo,
enquanto solução definitiva (e para fins de levantamento de custos), criação de drenos adicionais ou
tubos extravasores de água, mas tão somente a ampliação da seção da calha, bem como do diâmetro
dos drenos.

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É sabido que os problemas de infiltrações provocam danos aparentes em superfícies de tetos


e paredes, além de promover o surgimento de trincas, fissuras e rachaduras, podendo, inclusive, soltar
partes componentes de sistemas de acabamentos (rebocos em tetos e paredes, forros de gesso,
revestimentos, etc). Nesses casos, a primeira ação a ser realizada é o desprendimento das partes soltas
e em iminência de queda, de modo a se evitar que caiam e possam atingir usuários da edificação.

Em seguida, faz-se necessário avaliar a melhor solução, em função de cada problema4. A


seguir, são listados os mais comuns, acompanhados das boas práticas de construção civil:

a. manchas de infiltração nas superfícies – com borrifador ou pano umedecido, aplicar


cloro sobre a mancha e deixar secar. Em seguida, lixar as manchas. Sendo superficiais, as manchas
irão desaparecer. Caso não desapareçam ou sejam mais profundas, as próximas indicações (item b)
deverão ser aplicadas;

b. manchas profundas de infiltração (além da camada de pintura) e/ou com camada de


pintura soltando – promover raspagem da superfície, retirando as camadas da pintura onde existem as
manchas ou que estão soltas ou com má aderência. Na sequência, lixar toda a área para uniformizar a
superfície onde foi aplicada massa acrílica, passar um produto primário promotor de aderência (tipo
selador), esperando secar e depois pintar com uma tinta adequada, lixando suavemente entre demãos;

c. reboco trincado – é possível abrir a trinca (em formato de “v”), escová-la, de modo a
retirar a poeira no local, e preencher, inicialmente, com fundo preparador de paredes e, em seguida,
com um material (selador acrílico) para vedar trincas. É possível, ainda, após a secagem do selador,
aplicar algum impermeabilizante na superfície, antes da massa e da pintura. Se o problema for mais
profundo, mas sem viés estrutural, uma forma de resolvê-lo é remover, incialmente, o reboco ao redor
da trinca e, sem seguida, refazer os passos apresentados anteriormente. É possível, ainda, aplicar uma
tela metálica na área em que será refeito o reboco;

d. reboco ou demais itens de acabamento soltando (cerâmicas, partilhas e similares) –


retirar as peças soltas ou em iminência de desprendimento e refazer o acabamento (verificar

4Éfundamental a avaliação por profissional habilitado para verificação de danos de natureza estrutural antes da realização de
qualquer solução proposta nesse tópico.
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necessidade de refazer o chapisco, antes do reboco, para garantir a fixação), incluindo as camadas de
massa e pintura, quando houver;

e. nas estruturas de concreto com armação (aço) aparente, são duas as finalidades básicas
do tratamento: retirar todo material deteriorado ou contaminado e propiciar as melhores condições de
aderência entre o substrato e o material de reparo. Entre os procedimentos que podem ser utilizados,
temos: escarificação (pode ser manual ou mecânica), escovamento manual, lixamento manual ou
elétrico, hidrodemolição, com uso de equipamento específico, jateamento de areia ou água e areia,
queima controlada com chama (maçarico), corte de concreto, jateamento de ar comprimido, de água
fria ou quente ou, ainda, de vapor, lavagem com soluções ácidas ou com soluções alcalinas, de ‘soda
cáustica’, aplicação de removedores de óleos, graxas, gordura e ácido úrico - álcool isopropílico ou
acetona, além de umedecimento ou saturação da superfície do concreto com água. Ressalta-se, quanto
a este ponto, que as patologias do concreto exigem análise cuidadosa antes da escolha do tratamento
ideal. Para a especificação do tratamento ideal é essencial verificar se a fissura analisada é ativa (viva
ou instável) – fissuras que apresentam variação de abertura –, ou inativa (morta ou estável) – aquelas
que não apresentam variação de abertura. Reparos nas inativas implicam na restauração da
monoliticidade do concreto, ou seja, na aplicação de produtos (adesivos) capazes de promover a
aderência entre os concretos de suas duas faces, o que pode ser feito por gravidade ou por injeção sob
pressão (ar comprimido), conforme o caso. Já o reparos nas ativas (ou inativas com monoliticidade
não exigida) são feitos por juntas de dilatação. Buscando impedir a penetração de materiais que
impeçam sua livre movimentação (pó, areia, brita etc.) ou que sejam deletérios ao concreto (água,
óleos, fuligens etc.), as “novas juntas” devem ser vedadas com mastiques ou outros materiais elásticos.
Além disso, deve-se ter cuidado ao avaliar o estado da armadura, indicando a solução mais efetiva
para interromper a ampliação do dano ou, em último caso, reparos especiais, aqueles nos quais é
inviável a execução de técnicas padronizadas. Nesses casos, são empregadas combinações de técnicas,
algumas delas com adaptações.

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Em busca de uma intervenção completa, considerando todas os problemas, as restrições e as


ações supracitadas, sugere-se, num primeiro momento, não promover alterações de natureza projetiva,
como, por exemplo, mudanças na direção de queda do telhado, uma vez que podem gerar
interferências em outros sistemas (ventilação, iluminação, etc.).

Deverão ser observadas, além das boas práticas de construção civil, as diretrizes de
sustentabilidade, desde a geração de resíduos sólidos e seu devido descarte até a utilização de materiais
ambientalmente adequados, passando pelo consumo eficiente de energia e demais ações. Cumpre
salientar que as contratações públicas são instrumentos para a implementação de políticas públicas e
devem ser planejadas e executadas observando o princípio do desenvolvimento nacional sustentável
ao longo de todo o ciclo da contratação.

Considerando as recomendações supracitadas, tem-se a seguinte sugestão de intervenções5,


com duração prevista para 07 meses, acompanhada da respectiva previsão de gastos:

ITEM VALOR
1 Projetos R$ 55.000,00
2 Serviços Preliminares R$ 30.000,00
9 Coberturas R$ 90.000,00
12 Instalações Hidráulicas e Sanitárias R$ 20.000,00
13 Impermeabilização R$ 950.000,00
18 Serviços Complementares R$ 30.000,00
20 Equipamentos R$ 3.000,00
21 Gerenciamento de Obras / Fiscalização R$ 97.000,00
TOTAL DO ORÇAMENTO R$ 1.275.000,00

Foram consideradas as bases de dados governamentais SCO-RIO (ref. 01/2023) ou SINAPI


(ref. 01/2023), além de Pesquisa no Painel de Preços e valores de mão-de-obra definidos mediante
acordos sindicais para o início do exercício de 2023. Com a aplicação do BDI – Benefícios e Despesas
Indiretas, os valores serão ampliados. Para fins de levantamento de custos, pode-se, simplesmente,

5 As sugestões de intervenções são meramente exemplificativas, não sendo, portanto, taxativas.


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majorar o preço total em 35%, sem perda de generalidade. Assim sendo, tem-se um levantamento
estimado de custos dessa solução em R$ 1.721.250,00 (data-base ref. JAN/2023).

É fundamental registrar que o orçamento supracitado é meramente estimativo, com fins de


subsídio para a tomada de decisão pela gestão da autarquia, devendo ser detalhado criteriosamente
quando da definição da(s) melhor(es) solução(ões) e para o desenvolvimento do Projeto Básico para
a(s) contratação(ões) a ser(em) realizada(s). O cronograma que o acompanha é, do mesmo modo,
meramente estimativo e deverá ser detalhado, mediante apresentação de memória de cálculo, na etapa
posterior da contratação.

4.2. EDIFICAÇÃO DE 04 PAVIMENTOS COM TELHAS DE AMIANTO (SC II e SC III)

A cobertura em análise está localizada acima da área construída (lâmina) dos campi São
Cristóvão II e III e trata-se de um sistema em telhas (antigas) de amianto6 (sua grande maioria) e
algumas de fibrocimento (instaladas nos últimos anos em substituição a telhas danificadas). Como é
possível observar pela Figura 25, as telhas mais novas apresentam coloração mais clara, devido ao
diferente material e menor tempo de exposição ao Sol e às intempéries que acometem a cobertura
(poeira, fuligem, etc).

6 No dia 29 de novembro de 2017, o Supremo Tribunal Federal – STF – proibiu o comércio e uso de amianto no Brasil. O amianto tipo
crisotila, também conhecido como asbesto, era usado principalmente na fabricação de telhas e caixas d'água. As telhas de
fibrocimento, que vieram para substituir as de amianto, não apresentam risco algum à saúde, possuem um desempenho melhor, além
de leveza e baixo custo, o que faz com que seja uma opção bastante utilizada na indústria da construção civil.
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Figura 25 – Telhado com telhas de amianto e fibrocimento (Fonte: Direção SC III)

Trata-se de cobertura com dimensões de 20,75 m de largura e 155,40 m de comprimento,


dividida em duas águas paralelas e similares, com inclinação de 10 % (vide levantamento
arquitetônico realizado pela empresa pela empresa PORTOGEO Soluções Geoambientais e
Geodésicas Ltda. em 2017).

No geral, o sistema de cobertura está com desempenho falho devido ao telhamento


danificado. Há sinais de risco de arrancamento (remoção ou danos) de componentes do sistema de
cobertura devido à interferência humana (por apoio e deslocamento), conforme elucidado nas Figuras
26 e 27, mas não sob ação do vento (sujeitos a esforços de sucção).

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Figura 26 – Danos na região do beiral das telhas (Fonte: Direção SC III)

Figura 27 – Danos em telhas (Fonte: autor)

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Conforme a norma técnica de desempenho (ABNT NBR 15575-5:2021 - Edificações


habitacionais — Desempenho – Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas), há indícios
(ruptura ou traspassamento em face) de falta de resistência ao impacto sob a ação de corpos duros
(superficiais), como, por exemplo, ação de cargas acidentais em telhados (ferramentas, materiais de
manutenção, entre outros). Há, ainda, diversas telhas que se deslocaram para baixo (ação
gravitacional), devido à falta de fixação adequada, conforme exposto na figura 28.

Figura 28 – Telhas deslocadas (Fonte: autor)

Cabe ressaltar, como supracitado, que o telhado é composto por telhas de tipologias diversas,
por vezes sem a devida fixação, apoiados em sistema de estruturas de madeira cuja avaliação não
poderá ser efetuada antes da retirada das peças da cobertura (desmonte do telhado).

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Em alguns pontos, é nítida a ineficiência da impermeabilização, com partes soltas, conforme


pode-se observar nas figuras 29 e 30.

Figura 29 – Impermeabilização danificada (Fonte: autor)

Figura 30 – Impermeabilização executada com incorreção (Fonte: autor)

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Além disso, o sistema de escoamento de águas pluviais apresenta problemas (carreamento


de água insuficiente devido a entupimentos, além de formação de limo, desenvolvimento de plantas
pela deposição de sementes deixadas por pássaros e/ou outros animais, entre outros), conforme
exemplificado pelas figuras de 31 a 33, culminando em falhas que acarretaram diversos danos nos
pavimentos inferiores, alguns dos quais são apresentados nas figuras de 34 a 38.

Figura 31 – Entupimentos nas saídas das calhas (Fonte: Direção SC III)

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Figura 32 – Calha com formação de limo7 (Fonte: autor)

7 Limo são colônias de algas que se formam em locais com bastante umidade (indícios de água acumulada nas calhas).
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Figura 33 – Calha com desenvolvimento de plantas (Fonte: autor)

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Figura 34 – Infiltrações, escorrimentos e alagamentos no corredor de acesso à Congregação


(Fonte: autor)

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Figura 35 – Infiltrações na entrada da biblioteca (Fonte: autor)

Figura 36 – Infiltrações diversas, com danos nos acabamentos (Fonte: autor)

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Figura 37 – Infiltrações diversas (Fonte: autor)

Figura 38 – Manchas provocadas por infiltrações (Fonte: autor)

44
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De modo a garantir a completude dessa perícia, optou-se por realizar, também, estudo quanto
ao dimensionamento das calhas quanto à seção de corte e avaliação de sua inclinação, seguindo a
bibliografia que versa sobre o tema, para que se verifique a suficiência do coletor primário (conjunto
de calhas).

Em função de trechos de contribuição de, aproximadamente, 10 metros, tem-se, de acordo


com o autor Azevedo Netto (1988), uma largura mínima necessária de 20 a 30 cm. Dessa forma, pode-
se concluir, após verificação in loco que a calha está corretamente dimensionada por trechos. Nessa
mesma esteira, observa-se que a inclinação mínima de 0,5% também foi respeitada, garantindo que
os problemas expostos não são provocados por projeção indevida (etapa de projeto do produto).

Quanto às tubulações, não foi possível promover avaliação completa quanto ao seu
desempenho, uma vez que se encontram embutidas em alvenaria ou sob sistemas de coberturas. A
ausência de uma análise mais contundente não exclui o fato de que alguns pontos iniciais do sistema
de águas pluviais, ou seja, aqueles por onde a água da calha é coletada (acesso), foram percebidos
entupidos, de modo a impedir o carreamento do líquido oriundo das chuvas. Faz-se necessário, nesse
caso, que a equipe responsável pela manutenção predial execute, em consonância com o plano de
manutenção preventiva, verificações, testes, sempre que necessário, e, de forma rotineira, limpeza.
Deverão, ainda, ser instalados ralos (gradeados metálicos convencionais, tipo grelha de ferro fundido
ou tipo abacaxi, a depender do ponto de aplicação) em cada um dos acessos.

Em busca de uma intervenção completa, considerando todas os problemas, as restrições e as


ações supracitadas, sugere-se, num primeiro momento, não promover alterações de natureza projetiva,
como, por exemplo, mudanças na direção de queda do telhado, uma vez que podem gerar
interferências em outros sistemas (ventilação, iluminação, etc.).

Deverão ser observadas, além das boas práticas de construção civil, as diretrizes de
sustentabilidade, desde a geração de resíduos sólidos e seu devido descarte até a utilização de materiais
ambientalmente adequados, passando pelo consumo eficiente de energia e demais ações.

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Considerando as recomendações supracitadas, tem-se a seguinte sugestão de intervenção,


acompanhada das respectivas previsões de gastos: reforma completa na cobertura da edificação, sem
alterações nos sistemas construtivos, com modificação do tipo de telha (de fibrocimento para
metálica) e impermeabilização completa. Duração da reforma: 04 meses.

VALOR TOTAL
ITEM
(ESTIMADO)
1 Projetos R$ 40.000,00
2 Serviços Preliminares R$ 20.000,00
7 Alvenarias / Vedações R$ 1.500,00
9 Coberturas R$ 470.000,00
12 Instalações Hidráulicas e Sanitárias R$ 2.300,00
13 Impermeabilização R$ 700.000,00
18 Serviços Complementares R$ 27.000,00
20 Equipamentos R$ 2.900,00
21 Gerenciamento de Obras / Fiscalização R$ 48.500,00
TOTAL DO ORÇAMENTO R$ 1.312.200,00

Foram consideradas as bases de dados governamentais SCO-RIO (ref. 01/2023) ou SINAPI


(ref. 01/2023), além de Pesquisa no Painel de Preços e valores de mão-de-obra definidos mediante
acordos sindicais para o início do exercício de 2023. Com a aplicação do BDI - Benefícios e Despesas
Indiretas, os valores serão ampliados. Para fins de levantamento de custos, pode-se, simplesmente,
majorar o preço total em 35%, sem perda de generalidade. Assim sendo, tem-se um levantamento
estimado de custos da solução em R$ 1.771.470,00 (com data-base ref. JAN/2023).

É fundamental registrar que o orçamento supracitado é meramente estimativo, com fins de


subsídio para a tomada de decisão pela gestão da autarquia, devendo ser detalhado criteriosamente
quando da definição da(s) melhor(es) solução(ões) e para o desenvolvimento do Projeto Básico para
a(s) contratação(ões) a ser(em) realizada(s). O cronograma que o acompanha é, do mesmo modo,
meramente estimativo e deverá ser detalhado, mediante apresentação de memória de cálculo, na etapa
posterior da contratação.

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4.3. COBERTURA DO REFEITÓRIO (SC I)

O campus São Cristóvão I do Colégio Pedro II conta com diversas instalações, incluindo um
refeitório (Figuras 39 e 40) que, atualmente, passa por obras de reforma (T.C. 03/2020 – contratado
Trindade Construções Engenharia e Consultoria Ltda – vide proc. Nº 23777.000198/2020-06). Na
sequência, é apresentada, em detalhes, a localização do refeitório, objeto desta avalição.

Figura 39 – Localização, destacando o espaço do refeitório (Fonte: autor)

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Figura 40 – Layout do espaço (Fonte: Projeto Executivo do refeitório)

Foi noticiado, pela Prefeitura da unidade, em 16 de novembro de 2022, que, em períodos com
chuvas prolongadas, surgiram pontos de infiltrações e goteiras em diferentes áreas da laje do
refeitório. Além desses episódios, o relato aponta que “foi aberto uma visita ao lado do local do
vazamento e identificou-se um acúmulo de água de uns 30 cm, na 2ª laje [...] vários pontos de
vazamento surgiram no teto do refeitório”, conforme mostrado nas Figuras 41 e 42.

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Figura 41 – Abertura na laje feita a pedido da Prefeitura do campus (Fonte: autor)

Figura 42 – Detalhe da abertura na laje (Fonte: autor)

A abertura no teto da edificação permitiu identificar lajes duplas, conforme apresentado no


croqui da Figura 6. Naquele momento, acumulavam-se águas pluviais acima da laje inferior, que

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foram retiradas pela equipe de manutenção. Essa água acumulada no “forro” (altura de,
aproximadamente, 50 cm) estava gerando as marcas de infiltrações visíveis pelo espaço de refeições
no ambiente. Um dos objetivos desta avaliação é buscar identificar possíveis causas para esse
problema, com indicação de pontos de penetração de água de chuva pela cobertura.

Figura 43 – Croqui do espaço de “forro” entre lajes (Fonte: autor)

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A imagem a seguir indica outros pontos de infiltrações identificados na laje em períodos de


chuvas.

Figura 44 – Teto do espaço de refeições (Fonte: autor)

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Os pontos de infiltração, que incluem, ainda, a região ao redor da coifa, podem ser melhor
localizados pelo layout apresentado na Figura 45.

Figura 45 – Pontos de infiltração no refeitório (Fonte: autor)

Como supracitado, o objeto deste tópico é o refeitório, cuja vista frontal é apresentada na
Figura 46. A parte interna do refeitório, à exceção do teto, não compreende o objeto deste estudo e,
portanto, não deve ser apresentado, inclusive pelo fato de estar em obras. Busca-se aqui a indicação e
perfeita caracterização de eventuais danos e/ou eventos encontrados, apontando as prováveis causas,
consequências e potenciais soluções.

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Figura 46 – Vista frontal (fachada principal) do refeitório (Fonte: autor)

A cobertura em análise está localizada acima da área do refeitório da unidade (inclui cozinha,
despensa/depósito e espaço para realização das refeições). Trata-se de uma cobertura em telhas
trapezoidais metálicas com poliuretano (telha tipo sanduíche, com espessura padrão de 30 mm), de
9,30 m de comprimento, com as seguintes medidas aproximadas:

Figura 47 – Croqui da telha, com medidas em cm, quando não indicado


(Fonte: adaptado8 pelo autor)

8
adaptado de Manual Técnico da ABCEM – Associação Brasileira de Construção Metálicas
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É possível identificar, pelo projeto executivo do refeitório (A05 Planta de Cobertura, datado
de 29/09/2020), desenvolvido pela empresa Atelier de Arquitetura e Desenho Urbano Ltda. (Número
CAU: PJ42717-1), que a inclinação com a qual a cobertura foi instalada é de 10%.

Figura 48 – inclinação da cobertura, em % (Fonte: adaptado9 pelo autor)

Ademais, existem rufos nas laterais, conforme figuras 49 e 50, e, ainda, ao redor dos dutos
de exaustão (figura 51). Em alguns pontos, como no perímetro dos dutos oriundos da coifa, o rufo
está coberto por manta impermeabilizante; em outros, está tomado por ferrugem. Há, também, na
parte superior, um rufo lateral superior, conforme indicado nas figuras 52 e 53.

9
adaptado da prancha A05 – Planta de Cobertura –, parte integrante do projeto executivo do refeitório
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Figura 49 – Rufo (em bom estado de conservação) em uma das laterais – prédio de SC I
(Fonte: autor)

Figura 50 – Rufo (em mau estado de conservação) na outra lateral – pátio preto (Fonte: autor)

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Figura 51 – Rufo ao redor dos dutos de exaustão (Fonte: autor)

Figura 52 – Rufo lateral superior, visto pela parte mais elevada da cobertura (Fonte: autor)

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Figura 53 – Rufo lateral superior, visto pela parte mais baixa da cobertura (Fonte: autor)

No geral, a cobertura, que possui diversas telhas amassadas, está com desempenho falho em
alguns pontos. Não há, entretanto, sinais de risco de arrancamento (remoção ou danos) de
componentes do sistema de cobertura sob ação do vento, sujeitos a esforços de sucção. Conforme a
norma técnica de desempenho (ABNT NBR 15575-5:2021 - Edificações habitacionais —
Desempenho – Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas), não há indícios (ruptura ou
traspassamento em face) de falta de resistência ao impacto sob a ação de corpos duros, como, por
exemplo, ação do granizo e outras cargas acidentais em telhados. Há, num dado trecho, presença de
resíduo de alvenaria (partes de reboco) oriundo da queda de parte do acabamento da fachada do prédio
da unidade São Cristóvão III (vide Figuras 54 e 55).

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Figura 54 – Danos na fachada, com perda de parte do acabamento (Fonte: autor)

Figura 55 – Acúmulo de entulho oriundo da queda de reboco da fachada (Fonte: autor)

Na parte central do telhado existe a saída do duto do sistema de exaustão da coifa, conforme
já apresentado. Ao redor desses equipamentos, toda área de rufo está coberta por manta de
impermeabilização (já danificada no limite entre as telhas).

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A parte do telhado que fica à montante dos dutos acumula água de chuva (figura 56) e
quaisquer resíduos sólidos presentes na superfície do telhado (areia, poeira, entre outros); nesse ponto,
uma intervenção faz-se necessária. Como sugestão, é possível incluir uma chapa metálica acima da
telha em todo o trecho, de modo que a própria telha fique protegida e a água não caminhe pelas
canaletas desse trecho de telha, conforme mostram as imagens na Figura 57.

Figura 56 – Acúmulo de água próximo ao rufo do duto de exaustão (Fonte: autor)

Figura 57 – Solução proposta para evitar acúmulo de água próximo ao rufo do duto de exaustão
(Fonte: autor)

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Não foi possível avaliar a estrutura que suporta a cobertura, uma vez que o telhado não foi
desmontado ou teve qualquer telha retirada; nem tampouco qualquer uma das lajes ou o espaço entre
estas. Não foram realizados ensaios destrutivos para o desenvolvimento desta avaliação.

Por se tratar de um sistema de cobertura acessível aos prestadores de serviço de manutenção,


sugere-se a instalação de passarelas metálicas com guarda-corpos e/ou outro dispositivo que permita
a devida trabalhabilidade quando da manutenção dos equipamentos de ar condicionado e dutos da
coifa. Foi observado que os meios de acessos [para a realização de manutenção no sistema de
cobertura e/ou atendimento a qualquer outra demanda] são as janelas da unidade São Cristóvão III;
por elas é possível acessar a marquise ou área técnica (sem platibanda) e, a partir daí, alcançar o
telhado do refeitório da unidade São Cristóvão I, colocando em risco a integridade dos colaboradores
e podendo, ainda, danificar partes do sistema de cobertura.

Quanto ao teor da NR-35, o sistema de cobertura em questão é considerado, pelo risco do


perímetro, objeto de trabalho em altura. Nesse caso, entretanto, o telhado inclinado não possui
declividade superior a 30 % e, portanto, fica dispensado de ser providos de dispositivos de segurança
suportados pela estrutura principal. Entretanto, para que seja garantida a segurança dos profissionais
envolvidos em sua manutenção, deverão ser montados sistemas de linha de vida10 – Equipamento de
Proteção Coletiva – para este fim. Como registra o normativo, é obrigatória a utilização de sistema de
proteção contra quedas – SPCQ – sempre que não for possível evitar o trabalho em altura. Para
maiores detalhes sobe a montagem e utilização da linha de vida, é importe consulta a um profissional
devidamente habilitado, com formação em segurança do trabalho. A NR-35, no item 35.5.3.1. registra
que o SPCQ deve ser projetado por profissional legalmente habilitado.

Além dos detalhes quanto à segurança do trabalho, de acordo com a norma de desempenho,
o maior problema do sistema de cobertura observado refere-se à estanqueidade, ou seja, ocorrência
de penetração ou infiltração de água que acarrete escorrimento ou gotejamento em pavimentos
inferiores ao telhado. Nesse contexto, não foram identificados vazamentos pelas calhas (metálica e de

10 Linha de Vida é o nome dado a estrutura onde é conectada o elemento de ligação, que pode ser o talabarte, trava quedas
ou corda, no cinto de segurança do trabalhador. É considerado um Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), uma vez que
suporta mais de um colaborador simultaneamente, na maioria dos sistemas.
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concreto) que compõem o sistema de cobertura; por meio de exame fotográfico foi possível perceber
que as calhas metálicas não apresentam indícios de corrosão ou qualquer outro dano. Do mesmo
modo, nada foi observado que seja classificado como falhas oriundas de tubulações componentes do
sistema de captação e distribuição de águas pluviais.

De acordo com os diversos manuais técnicos (de fabricantes) pesquisados, a telha


componente do sistema de cobertura em questão deve ser instalada com a fixação apresentada abaixo,
na figura 58, e inclinação mínima de 7 %. Esta inclinação, de acordo com o projeto executivo de
cobertura, já comentado, foi alcançada (10 %). Um dos problemas identificados in loco reside na
fixação das telhas, pois apesar de seguir uma padronização, com 7 eixos de parafusos11 (figura 59),
possui diversos pontos aleatórios, e, portanto, sem o atendimento às recomendações dos fabricantes
(vide figuras 60 e 61). Como as bases estruturais de fixação são desconhecidas e não estão inclusas
nesse parecer, será necessário manter os mesmos eixos para aplicação dos novos parafusos.

Figura 58 – Recomendação para fixação das telhas (Fonte: ABCEM)

11
Com ampliação do telhado no “beiral”, poderá ser criado um eixo adicional; o telhado poderá ter, portanto, 8 eixos de
parafusos de fixação telha-terça em sua nova configuração.
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Figura 59 – Padronização adotada na fixação das telhas (Fonte: Autor)

Figura 60 – Exemplo de fixação (aleatória) verificada na cobertura (Fonte: autor)

Figura 61 – Marcações de furos de parafusos na cobertura (Fonte: autor)

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Em busca de uma intervenção completa, considerando todas os problemas, as restrições e as


ações supracitadas, sugere-se:

a. substituição de uma parte da cobertura (justamente a localizada acima do refeitório, ou


seja, extremo mais baixo até o rufo lateral superior que faz a vez de cumeeira, num local em que as
telhas não “casam” na altura). A figura 62 indica a área justa, num quantitativo de retirada de 40 telhas
com mais de 9 m de extensão cada (e largura útil de 0,98 m), sem intervenção nas demais águas da
cobertura12. A fixação das novas peças deverá seguir a orientação do fabricante, inclusive quanto ao
material a ser utilizado (parafuso e fita de vedação), no que for possível de executar (nesse ponto, cabe
ressaltar que não foi considerada nenhuma modificação no sistema estruturante que suporta o
telhamento). Considerando que o telhado deve possuir elevada vida-útil, sem necessidade de
desmontagens e remontagens, sugere-se, pautado nas boas práticas da construção civil, que cada
parafuso aplicado na costura (parte superior) seja coberto com manta asfáltica aluminizada adesiva de
3 mm (pedaços de 10 cm x 10 cm, por exemplo), como uma forma de proteção adicional. De modo a
permitir a passagem de água, não deverá ser efetuado esse procedimento nos parafusos aplicados na
parte inferior (canaleta). Para fins de cálculos de material, deverá ser considerada a instalação de 60
telhas metálicas trapezoidais metálicas com poliuretano (telha tipo sanduíche, com espessura padrão
de 30 mm), com 7 m de comprimento cada e largura útil de 0,98 m, de modo a atender ao pleito de
ampliação do beiral, na fachada principal do refeitório, feito pela Prefeitura do campus. Como a parte
superior da parede do refeitório, com 2,00 m de altura, foi executada em drywall, assim como as
“bonecas” divisórias entre os visores de vidro, com 0,90 m de altura, tem-se como uma possível
solução para chuvas mais intensas e acompanhadas de ventos, a ampliação do beiral para 1,00 m de
extensão (seguindo a solicitação da Prefeitura do Campus). A figura 63 traz um croqui sobre essa
discussão em que o suporte da calha (tipo mão francesa) vai precisar suportar também o peso da telha
no seu extremo em balanço (nesse caso, será necessário modificar os suportes – serviço de serralheria).
Esse detalhamento deverá constar no projeto executivo quando da contratação;

12
Nesse momento, não se justifica uma intervenção em toda a área da cobertura.
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Figura 62 – Área cujas telhas devem ser substituídas (Fonte: autor)

Figura 63 – Ampliação do beiral na fachada principal do refeitório (Fonte: autor)

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b. substituição dos rufos danificados e/ou enferrujados em toda lateral próxima ao pátio
preto, totalizando 40 metros. Nesse caso, considerar, no preparo do rufo, a chapa metálica com largura
de 1 metro, na parte inferior, e de, no mínimo, 60 cm na parte superior independente da variação de
altura do telhado. A fixação se dará com bucha e parafuso (dotado de arruela de borracha, para garantir
a estanqueidade) e a vedação no atrito com a parede deverá ser executado com selante flexível elástico
monocomponente a base de poliuretano. Nas regiões em que o reboco estiver danificado, será
necessário recompor o acabamento, com chapisco e emboço (considerar, para fins de cálculos, uma
área não superior a 2 m²), impermeabilizando em seguida, com manta asfáltica líquida aplicada sobre
toda a superfície nova;

c. a região dos dutos do sistema de exaustão sofrerá intervenção pela simples retirada das
telhas que compõem a cobertura, independente de já apresentarem problemas de passagem de água
para a parte inferior da cobertura, imediatamente abaixo do telhado. Desse modo, deverá ter seu
perímetro recomposto de forma muito criteriosa. Foi sugerida a implantação de uma chapa metálica
acima das telhas que encaminham a água das chuvas na direção dos dutos, ou seja, nas telhas
imediatamente a montante da região dos dutos. Essa chapa elimina o acúmulo de água e resíduos nas
canaletas bloqueadas pelo base dos dutos (na fronteira base dos dutos x cobertura). A chapa metálica
deverá ser fixada juntamente com a telha, nos pontos superiores indicados pelo fabricante desta,
porém, com um espaçamento menor (considerar a fixação a cada 2 costuras), com o mesmo tipo de
parafuso e a mesma aplicação de fita de vedação. Serão utilizados, portanto, 15,00 m² (10,00 m de
comprimento por 1,50 m de largura) de chapa metálica e, aproximadamente, 100 parafusos com
arruelas de borracha. Todo perímetro da chapa deverá ser protegida/vedada com manta asfáltica
aluminizada adesiva (nesse caso, de 4 mm). Acredita-se ser possível, ainda, a ampliação do cone de
proteção da saída dos dutos, de modo que afastem a água das chuvas da base dos dutos, mas essa
solução não será incluída nesse escopo de contratação.

Considerando todos os detalhados supracitados, tem-se um orçamento estimado em R$


133.000,00 de material e mão-de-obra, excluindo-se os itens relacionados à passarela metálica, escada
de acesso (fixa, tipo marinheiro) e demais dispositivos de segurança que se façam necessários, como,
por exemplo, linha de vida. Quando da realização das obras de intervenção, deverão ser desenvolvidos
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avaliação técnica e projeto executivo pela disciplina de engenharia de segurança para realização das
intervenções (inclusive obras, se couber) inerentes à segurança para deslocamento e trabalhabilidade
na cobertura.

ITEM VALOR
1 Projetos R$ 13.000,00
2 Serviços Preliminares R$ 15.000,00
9 Coberturas R$ 40.000,00
13 Impermeabilização R$ 5.000,00
18 Serviços Complementares R$ 20.000,00
20 Equipamentos R$ 3.000,00
21 Gerenciamento de Obras / Fiscalização R$ 37.000,00
TOTAL DO ORÇAMENTO R$ 133.000,00

Foram consideradas as bases de dados governamentais SCO-RIO (ref. 01/2023) ou SINAPI


(ref. 01/2023), além de Pesquisa no Painel de Preços e valores de mão-de-obra definidos mediante
acordos sindicais para o início do exercício de 2023. Com a aplicação do BDI - Benefícios e Despesas
Indiretas, os valores serão ampliados. Para fins de levantamento de custos, pode-se, simplesmente,
majorar o preço total em 35%, sem perda de generalidade. Assim sendo, tem-se um levantamento
estimado de custos da solução em R$ 179.550,00 (com data-base ref. JAN/2023).

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4.4. COBERTURA DO PÁTIO (SC I)

Considerando a logística para acesso às coberturas tratadas nos itens anteriores, que poderá
contemplar a montagem de andaimes (tipo fachadeiro) nas regiões apresentadas na Figura 66
(andaimes destacados na cor amarela), tem-se a necessidade de intervenção também na cobertura
localizada no pátio da unidade São Cristóvão I (Figuras 64 e 65), que precisará ser desmontada e, após
as intervenções nos demais telhados, reconstituída (utilizando, entretanto, telha metálica do tipo
sanduíche, com ampliação do pé direito).

Figura 64 – Cobertura do pátio de SC I (Fonte: autor)

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Figura 65 – Cobertura do pátio de SC I (Fonte: Google Maps – adaptado)

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Figura 66 – Possível acesso às coberturas em tela por andaime fachadeiro (Fonte: autor)

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A área tratada neste tópico (pátio do SOEP), de aproximadamente 160 m², é apresentada nas
Figuras 67 e 68.

Figura 677 – Vista externa do intitulado pátio do SOEP (Fonte: autor)

Figura 688 – Vista frontal do pátio do SOEP (Fonte: autor)

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Percebe-se que a cobertura atual, em telhas tipo canaleta de amianto, está apoiada em
estrutura de concreto armado. Sua retirada contempla, também, a demolição desta estrutura, que
deverá ser substituída por estrutura metálica, com ampliação do pé direito. Cumpre salientar que
deverá ser implantada vedação com parede de alvenaria (em blocos de concreto e cobogós, para
iluminação e ventilação) no entorno do espaço tratado nesse tópico.

Essa solução foi imaginada levando em consideração futuras intervenções a serem realizadas
na unidade São Cristóvão I, como (i) integração da biblioteca ao restante do segundo andar de SC I,
por ampliação do corredor de acesso às salas, (ii) instalação de elevador (PNE) e (iii) criação de rampa
de acesso ao segundo andar de SC I, para fins de acessibilidade e escape em situações de incêndio.

O layout de ampliação do corredor do 2º andar, passando a alcançar a biblioteca, é


apresentado a seguir, na Figura 69:

Figura 69 – Layout de integração da biblioteca ao restante do 2º andar em SC I (Fonte: autor)

Cabe registrar que as intervenções citadas de números (ii) e (iii) não fazem parte do escopo
da obra na cobertura e demais sistemas correlatos. Apenas a ampliação do corredor do 2º andar, com
extensão até a biblioteca será realizado.

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Sem perda de generalidade, de modo a dar celeridade à estimativa para a realização desta
demanda, é possível realizar uma analogia ao projeto da cobertura instalada (na região da cantina) no
campus SC III, em 2019 (RDC nº 05/2018, vide
http://www.comprasnet.gov.br/acesso.asp?url=/edital-153167-99-00005-2018). Esse projeto
supracitado custou aos cofres públicos, à época, R$ 140.264,232 (após inclusão do T.A.), para cobrir
uma área aproximada de 187,50 m² e durou 04 meses (prazo de execução, não contratual). Atualizando
esses valores, com base no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M, da FGV), um indicador
econômico que capta a evolução de custos de construções, tem-se o valor atualizado na obra do
campus SC III em R$ 198.662,39.

Adicionalmente a este valor, o item tratado nesse tópico contempla alvenaria de vedação,
instalações prediais, pavimentação e ampliação do corredor do 2º andar, com extensão até a biblioteca.

Desse modo, estima-se que o orçamento para realização da intervenção tratada neste tópico
está estimado em R$ 426.000,00 (quatrocentos e vinte e seis mil reais).

ITEM VALOR
- Cobertura + estrutura metálica (por analogia) R$ 200.000,00
1 Projetos R$ 13.000,00
2 Serviços Preliminares R$ 25.000,00
4 Fundações R$ 20.000,00
7 Alvenarias / vedações R$ 50.000,00
10 Instalações R$ 13.000,00
13 Impermeabilização R$ 25.000,00
18 Serviços Complementares R$ 30.000,00
20 Equipamentos R$ 3.000,00
21 Gerenciamento de Obras / Fiscalização R$ 47.000,00
TOTAL DO ORÇAMENTO R$ 426.000,00

Foram consideradas as bases de dados governamentais SCO-RIO (ref. 01/2023) ou SINAPI


(ref. 01/2023), além de Pesquisa no Painel de Preços e valores de mão-de-obra definidos mediante
acordos sindicais para o início do exercício de 2023. Com a aplicação do BDI - Benefícios e Despesas
Indiretas, os valores serão ampliados. Para fins de levantamento de custos, pode-se, simplesmente,
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majorar o preço total em 35%, sem perda de generalidade. Assim sendo, tem-se um levantamento
estimado de custos da solução em R$ 575.100,00 (com data-base ref. JAN/2023).

As sugestões apresentadas neste estudo permitem, conforme cada caso, a instalação posterior
de equipamentos de aproveitamento de energia solar e/ou outros métodos de eficiência energética,
bem como sistemas de aproveitamento de águas pluviais, que ainda não foi desenvolvido mas poderá
ser efetuado posteriormente. O presente estudo contempla uma avaliação singular de possível solução
técnica para uma edificação com sistemas que apresentam falhas em termos de desempenho – sistema
de cobertura e sistema de águas pluviais. Não foram efetuadas avaliações de natureza estrutural, nem
tampouco de engenharia de segurança ou outras disciplinas específicas, atendo-se tão somente à
especialidade de construção civil.

Sem afastar a obrigação do cumprimento de todas as normas técnicas, além das Normas
Regulamentadoras, faz-se necessário reforçar as boas práticas da engenharia, quando da execução dos
serviços, que, entre outras, exige que os trabalhadores, devidamente treinado e habilitados, deverão
estar munidos dos EPI’s necessários, sendo que os cintos de segurança trava-quedas deverão estar
acoplados, através de cordas, a terças ou ganchos vinculados à estrutura, ou, ainda, à sistema de
proteção coletiva contra quedas (linhas de vida).

Além disso, a empresa contratada para execução dos serviços deverá atender ao estipulado
no “Manual de Saúde e Segurança do Trabalho para a Execução de Serviços por Contratadas” (ou
similar), emitido pelo Setor de Atenção à Saúde, Segurança e Qualidade de Vida – SASSQV
(PROGESP) ou área correlata.

4.5. PAREDE DE COBOGÓS (SC II) e ACABAMENTO DE FACHADA

Considerando a possibilidade de montagem de andaimes auxiliares para realização dos


serviços na região13 indicada na figura 70 (prédio de 4 pavimentos, contemplando SC II e SC III), e
atendendo ao pleito da direção de SC II (unidade responsável pela área), foi incluída, nesse estudo, a

13
Área aproximada de 24m (comprimento) x 6m (altura dos 2 pavtos) = 144m²
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intervenção para melhoria da vedação em todos os pavimentos, de modo a trazer mais segurança para
os usuários da edificação e seu entorno, desgastada por intempéries climáticas e prejudicada pela falta
de manutenção adequada, justificadamente pela dificuldade de acesso, conforme é possível observar
pelas imagens das Figuras 71 e 72.

Figura 70 – Alvenaria de vedação em blocos de cobogó na região da unidade SC II (Fonte: autor)

Figura 71– Imagem do local, com destaque (Fonte: autor)


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Figura 72 – Danos em fachada na região supracitada (Fonte: autor)

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Estima-se que a realização este serviço possa aumentar o orçamento total do projeto em
R$60.000,00 (sessenta mil reais), contemplando mobilização/desmobilização (inclui área de apoio e
montagem de andaimes), a demolição das partes com problemas de desempenho, reconstrução e
acabamentos (inclui fornecimento de materiais), bota-fora, entre outros.

Foram consideradas as bases de dados governamentais SCO-RIO (ref. 01/2023) ou SINAPI


(ref. 01/2023), além de Pesquisa no Painel de Preços e valores de mão-de-obra definidos mediante
acordos sindicais para o início do exercício de 2023. Com a aplicação do BDI - Benefícios e Despesas
Indiretas, os valores serão ampliados. Para fins de levantamento de custos, pode-se, simplesmente,
majorar o preço total em 35%, sem perda de generalidade. Assim sendo, tem-se um levantamento
estimado de custos da solução em R$ 81.000,00 (com data-base ref. JAN/2023).

5. LEVANTAMENTO DE MERCADO

Uma empresa especializada, com a devida experiência comprovada, deverá ser contratada,
mediante licitação, para projetar e executar os serviços necessários para que a reforma da cobertura e
sistemas correlatos, conforme apresentado no Projeto Básico que se seguirá a este dossiê, contendo as
especificações técnicas. Cumpre ressaltar que todos os serviços que constam neste estudo seguem as
técnicas e metodologias usuais do mercado, pautados em normativos técnicos e bibliografia
complementar amplamente conhecidos.

6. DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO COMO UM TODO

Trata-se da contratação de empresa especializada em engenharia para execução da obra de


reforma nas coberturas (e sistemas correlatos) dos prédios afetos às unidades SC I, SC II e SC III,
cujo prazo para execução dos serviços não-continuados deverá ser estabelecido nos documentos que
irão compor o processo de licitação.

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Com o auxílio dos desenhos do levantamento arquitetônico e das técnicas utilizadas no


mercado, a empresa estará possibilitada a executar a reforma dos telhados. As Especificações Técnicas
(presente no edital) trazem sugestões de como executar cada serviço, não impedindo que a empresa
desenvolva os seus próprios meios de trabalho, conforme sua expertise, desde que as soluções diversas
das que constarem no PB sejam aprovadas, previamente, pela fiscalização do contrato.

A empresa responsável pela execução da obra deverá entregar um relatório ao final da obra,
onde constará, dentre outros, os prazos de garantia de obra, e os requisitos mínimos de manutenção
que deverão ser seguidos pelo Colégio para garantir o desempenho do sistema de cobertura.

A fim de que possam ser garantidos os requisitos de desempenho da construção e o direito à


garantia de obra, faz-se necessário que o sistema de cobertura passe por constante manutenção,
conforme o cronograma estabelecido no plano de manutenção ou no relatório final entregue pela
empresa executora da obra, sendo adotado o mais exigente dentre os dois, onde serão executados,
entre outros, a limpeza da calha, revisão das fixações e demais elementos da cobertura. Os registros
de manutenção deverão ser arquivados para fins de comprovação da manutenção, em caso de
acionamento de garantia de obra.

Também se faz necessário que não ocorram danos à impermeabilização da calha, como por
exemplo, com a execução de furos para passagem da tubulação de instalações.

7. ESTIMATIVA DAS QUANTIDADES A SEREM CONTRATADAS

As quantidades foram estimadas com base nas plantas de levantamento arquitetônico e


constam nos tópicos apresentados. As mesmas serão pormenorizadas na(s) planilha(s) de orçamento,
acompanhada(s) da Memória de Cálculo de quantidades, que constarão como documentos anexos ao
Projeto Básico em desenvolvimento.

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8. ESTIMATIVA DO VALOR DA CONTRATAÇÃO

O levantamento do preço de referência foi baseado na listagem dos serviços a serem


executados e, obviamente, nas quantidades levantadas. Foram utilizados os valores desonerados do
SINAPI e SCO/Rio para as datas-bases registradas em cada tópico.

Dessa forma, estimou-se o custo total da contratação em R$ 4.328.370,00 (quatro milhões,


trezentos e vinte e oito mil, trezentos e setenta reais), contemplando intervenções em:

(a) Cobertura da edificação de 02 pavimentos com telhas metálicas (SC I e SC III) – R$


1.721.250,00;

(b) Cobertura da edificação de 04 pavimentos com telhas de amianto (SC II e SC III) – R$


1.771.470,00;

(c) Cobertura do refeitório de SC I – R$ 179.550,00;

(d) Cobertura do pátio do SOEP em SC I – R$ 575.100,00 (quatrocentos e vinte e seis mil


reais);

(e) Parece de cobogós e acabamento de fachada – R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais).

9. JUSTIFICATIVA PARA O PARCELAMENTO (OU NÃO) NA SOLUÇÃO

Em regra, conforme § 1º do art. 23 da Lei nº 8.666/93, os serviços deverão ser divididos em


tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação
com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da
competitividade sem perda da economia de escala.

O disposto, no entanto, não se aplica à presente demanda, visto que não é economicamente
viável dividir a solução, uma vez que para cada contratação seriam necessários gastos com a licitação
e com a administração local para cada uma das empresas contratadas, além do fator temporal, limitante
para efetivação do gasto público (vide Princípio da Anualidade Orçamentária). Outra razão que

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inviabiliza tecnicamente o fracionamento da solução é a possibilidade de que se tenha várias empresas


executando serviços concomitantemente numa instituição de ensino com inúmeras crianças e
adolescentes, podendo haver interferência nos serviços e dificuldades nos controles pela fiscalização
e demais colaboradores da escola (porteiros e vigias, por exemplo).

10. CONTRATAÇÕES CORRELATAS E/OU INTERDEPENDENTES

Não se vislumbram contratações correlatas ou interdependentes a esta contratação.

11. ALINHAMENTO ENTRE A CONTRATAÇÃO E O PLANEJAMENTO DO ORGÃO

O presente objeto de futura contratação, apesar de não ter sido cadastrado no PGC 2022, foi
oriundo de fatores externos ao Órgão e tratados no primeiro momento como emergencialidade, devido
ao impacto que trouxe para a entidade, inclusive com interrupção de diversas atividades, o que, em
alguns casos, se estende até a atualidade.

Esse ETP faz parte do rol de documentos integrantes do processo de licitação e terá todas as
suas informações apresentadas com maior grau de detalhamento no Projeto Básico e seus anexos.

12. BENEFÍCIOS A SEREM ALCANÇADOS COM A CONTRATAÇÃO

Com a contratação de empresa especializada em Engenharia para projeção e execução de


obra de reforma da cobertura e sistemas correlatos, espera-se resolver os diversos problemas de
desempenho enfrentados pela unidade, garantindo a vida útil de materiais, equipamentos e bens
(móveis e imóveis), além proporcionar um ambiente mais saudável para alunos, servidores,
terceirizados e visitantes, e, ainda, evitar qualquer tipo de transtorno, como cancelamento de
atividades pedagógicas em virtude de eventos de infiltração nos espaços.

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13. PROVIDÊNCIAS A SEREM ADOTADAS PELA ADMINISTRAÇÃO

Após a licitação, deverá ser definida a equipe de fiscalização da obra. Verificar se todos os
agentes possuem capacitação mínima para as atividades que serão desenvolvidas; caso não tenham,
verificar a possibilidade de providenciar curso de capacitação, incluindo os devidos treinamentos
exigidos pelas normas regulamentadoras (p.e. curso de NR-35, que versa sobre trabalho em altura).

Informar às direções das unidades sobre a ocorrência da obra, verificando possíveis impactos
e restrições para seu funcionamento, como horários para demolições, transporte de material, entrada
e saída de funcionários, etc.

14. POSSÍVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS

Para esta contratação, vislumbra-se o possível impacto ambiental causado pela geração de
resíduos sólidos, merecendo destaque os resíduos contendo amianto. Para mitigar este impacto deverá
ser solicitado à empresa contratada observar todas diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão
dos resíduos da construção civil estabelecidos na Resolução nº 307, de 05/07/2002, com as alterações
posteriores, do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, conforme artigo 4°, §§ 2° e 3°, da
Instrução Normativa SLTI/MP n° 1, de 19/01/2010, e, ainda, a Resolução SMAC-RJ Nº 027, de 08 de
outubro de 2020, e a Instrução Normativa nº 13, de 23 de agosto de 2021, do IBAME, que regulamenta
a obrigação de inscrição no cadastro técnico federal de atividades potencialmente poluidoras e
utilizadoras de recursos ambientais e revoga os atos normativos consolidados, em atendimento ao
decreto nº 10.139, de 28 de novembro de 2019.

O gerenciamento dos resíduos originários da contratação deverá obedecer às diretrizes


técnicas e procedimentos do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS da
Cidade do Rio de Janeiro (Base de dados – dez/2014)

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Nos termos dos artigos 3° e 10° da Resolução CONAMA n° 307, de 05/07/2002, a


CONTRATADA deverá providenciar a destinação ambientalmente adequada dos resíduos da
construção civil originários da contratação:

 Resíduos Classe A (reutilizáveis ou recicláveis como agregados): deverão ser


reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a aterros de resíduos
classe A de reserva de material para usos futuros;
 Resíduos Classe B (recicláveis para outras destinações): deverão ser reutilizados,
reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo
a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
 Resíduos Classe C (para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação): deverão ser
armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas
específicas;
 Resíduos Classe D (perigosos, contaminados ou prejudiciais à saúde): deverão ser
armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas
técnicas específicas. Nesta categoria estão os resíduos contendo amianto em sua composição.

De acordo com o Art. 11. da Resolução SMAC nº 027 de 08 de outubro de 2020, os resíduos
da Classe D deverão ser obrigatoriamente segregados no canteiro de obras e estocados em separado
das demais classes de resíduo, em áreas próprias providas de cobertura e pavimentação impermeável,
com possibilidade de adoção de baias e caçambas estacionárias etc., compatíveis com os volumes a
serem gerados. E, ainda, deverão ser sempre transportados em separado dos demais, por empresas
licenciadas pelo órgão ambiental competente.

Em nenhuma hipótese a Contratada poderá dispor os resíduos originários da contratação em


aterros de resíduos sólidos urbanos, áreas de “bota fora”, encostas, corpos d´água, lotes vagos e áreas
protegidas por Lei, bem como em áreas não licenciadas.

As preocupações com o amianto devem existir desde o momento em que a substância é


localizada. A legislação brasileira não permite que produtos, materiais e peças fabricados com amianto
no passado sejam submetidos a tratamentos como, por exemplo, incineração ou coprocessamento.
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No caso de resíduos de amianto, a destinação final adequada é o encaminhamento para


aterros de resíduos perigosos (Classe 1).

Durante seu manuseio, o ideal é evitar a fricção para que não ocorra concentração de
partículas acima do tolerável — a legislação brasileira permite até 2 fibras/cm3. O acondicionamento
tem que ser feito de maneira controlada, separando os materiais dos demais resíduos; envolvendo-os
com plástico resistente; e etiquetando a embalagem com a informação que contém amianto. Além
disso, a área deve ser isolada e montada uma cabine de descontaminação para abrigar a equipe
responsável pela remoção. Esses profissionais devem estar devidamente equipados para a atividade,
usando EPIs especiais como tyveks, máscaras e filtros.

E, caso ocorra a quebra das telhas que contém amianto em sua composição, os resíduos
precisam ser armazenados em big bags especiais ou dentro de tambores. As diretrizes para realizar
adequadamente todo o procedimento são detalhadas na ABNT NBR 12.235/1992 — Armazenamento
de resíduos sólidos perigosos - Procedimento. É fundamental que a empresa contratada tenha plenos
conhecimentos do regramento técnico-jurídico que versa sobre o tema.

Na obra em tela, as telhas que contém amianto em sua composição deverão ser retiradas com
apoio dos andaimes fachadeiros, nas regiões detalhadas nas Figuras 66 e/ou 70, conforme definição
do fornecedor e aprovada pela Fiscalização do Contrato.

Após a retirada e acondicionamento adequado dos materiais contendo amianto, estes deverão
ser estocados provisoriamente pelo menor tempo possível e depois encaminhados para aterros
industriais específicos. Conforme Resolução n° 348/2004 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama), os materiais contendo amianto são classificados como classe D e devem ser encaminhados
para aterros industriais que tenham condições e sejam autorizados à destinação de resíduos perigosos.
A Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT), por meio da NBR 10.004/2004 - Resíduos
sólidos (Classificação) - também enquadra tais resíduos como perigosos, merecendo maior atenção
por parte do administrador, uma vez que devem ser dispostos em aterros industriais devidamente
licenciados. Tais aterros sanitários devem ter registro no Ministério do Trabalho e Previdência,
conforme determinação do anexo 12 da NR 15.

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É importante ressaltar que as tratativas com o aterro sanitário para produtos perigosos devem
ser feitas antecipadamente, de modo que toda a logística esteja definida e o material não fique
armazenado provisoriamente por muito tempo. Assim, o processo de descarte deve fazer parte do
plano de trabalho, incluindo todas as etapas, cronograma, responsáveis e demais itens necessários ao
cumprimento do processo de acondicionamento, armazenagem e remoção definitiva de MCA do
canteiro de obras. Os veículos que transportam MCA devem estar devidamente sinalizados, segundo
Resolução Nº 5.947, de 1º de junho de 2021. A ABNT NBR 7.500/2023 - Identificação para o
transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos - estabelece os critérios
técnicos referentes aos rótulos de risco e painéis de segurança, entre outros.

15. CRITÉRIOS E PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE

Serão adotados critérios e práticas de sustentabilidade conforme preconizado pelo Guia


Nacional de Contratações Sustentáveis (2021), da AGU, e Guia de Contratações Sustentáveis (2016),
do MPF, e detalhado abaixo, em consonância com a realidade desta Autarquia, de modo que a
contratada deverá:

(i) adotar boas práticas de sustentabilidade baseadas na otimização e economia de recursos e


na redução de desperdícios e da poluição ambiental, tais como: (1) racionalização de uso de
substâncias potencialmente tóxicas/poluentes; (2) substituição, sempre que possível, de substâncias
tóxicas por outras atóxicas ou de menor toxicidade; (3) utilização de produtos que obedecem às
classificações e especificações determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária –
ANVISA; racionalização do consumo de energia elétrica e adoção de medidas para evitar o
desperdício de água tratada; (4) colaborar com as medidas de redução de consumo e uso racional de
água e energia elétrica; (5) treinamento periódico dos empregados sobre práticas de sustentabilidade,
em especial sobre redução de energia elétrica, de consumo de água, de poluição e destinação de
resíduos sólidos, observadas as normas ambientais vigentes; (6) reciclagem/destinação adequada dos
resíduos gerados nas atividades; (7) desenvolver ou adotar manuais de procedimentos de descarte de
materiais potencialmente poluidores, tais como pilhas e baterias dispostas para descarte que

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contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, em estabelecimentos


que as comercializarem ou na rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para
repasse aos fabricantes ou importadores, conforme disposto na legislação vigente; (8) conferir o
tratamento previsto no item anterior a lâmpadas fluorescentes e frascos de aerossóis em geral. Estes
produtos, quando descartados, deverão ser separados e acondicionados em recipientes adequados para
destinação específica; (9) observar, quando da execução dos serviços, as práticas de sustentabilidade
previstas na Instrução Normativa n.º 01, de 19 de janeiro de 2010, no que couber;

(ii) manter critérios especiais e privilegiados para aquisição de produtos e equipamentos que
apresentem eficiência energética e redução de consumo de energia, como exemplo a aquisição de
equipamentos eletroeletrônicos mais eficientes quanto à economia de energia, classificados pelo Selo
Procel de Economia de Energia (um instrumento promocional do Procel – Programa Nacional de
Conservação de Energia Elétrica coordenado pelo Ministério das Minas e Energia), que comprova a
eficiência energética. De acordo com essa eficiência, os aparelhos são classificados pelo Inmetro –
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial dos produtos que chegam ao
mercado.

(iii) priorizar aquisição de produtos fabricados no Brasil e por fabricantes e fornecedores


nacionais. Conforme Art. 179 da CF/88, microempresas e às empresas de pequeno porte deverão
receber tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas
obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução
destas por meio de lei.

16. DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DA CONTRATAÇÃO

Os estudos preliminares evidenciaram que a contratação da empresa especializada em


Engenharia para a execução de obra de reforma da cobertura e sistemas correlatos mostra-se possível
tecnicamente e fundamentadamente necessária. Diante do exposto, declara-se ser viável a contratação
pretendida.

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17. RESPONSÁVEIS

Pelo desenvolvimento deste documento:

Luiz Paulo P. Silva – SIAPE 2299684;

Pela aprovação deste documento:

Sônia Regina dos Santos – SIAPE 1747266;

Patricia Rosa da Silva Guterres – SIAPE 1364575;

Eduardo Andre Rego Moreira da Gama – SIAPE 1314889.

Pelo cadastramento deste documento no sistema eletrônico:

Taiane Cristina Oliveira de Souza– SIAPE 3239198.

18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABCEM. Manual técnico – telhas de aço. São Paulo, SP, 2009. Disponível em:
https://www.abcem.org.br/lib/php/_download.php?now=0&arq=produtos/prod_20180306140828_m
anual-de-telhas-v2.pdf. Consultado em 08/04/2023.
ABNT. NBR 13.752/96 – Norma de Perícias de Engenharia na Construção Civil. Rio de Janeiro,
RJ, 1996.
. NBR 15.575-5:2021 - Edificações habitacionais — Desempenho (Parte 5: Requisitos
para os sistemas de coberturas). Rio de Janeiro, RJ, 2021.
AZEVEDO NETTO, J. Instalações prediais hidráulico-sanitárias. São Paulo: Blucher, 1988.
BRASIL. Lei nº 5195, de 24 de dezembro de 1966. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1966.
. Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho de 1978. Norma Regulamentadora 18. NR-18.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1978.
. Portaria SIT nº 313, de 23 de março de 2012. Norma Regulamentadora 35. NR-35.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2012.
CARVALHO JÚNIOR, R. Patologia em sistemas prediais hidráulico-sanitários. São Paulo:
Blucher, 2013.
CONFEA. Resolução nº 345, de 27 de julho de 1990. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1990.
. Resolução nº 1.002, de 26 de novembro de 2002. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
2002.

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IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Tecnologia de Edificações. Ed.
Pini. São Paulo, 1988.
MAYS, G. Durability of concrete structures – investigation, repair, protection. School of
Mechanical, Materials and Civil Engineering RMCS (Cranfield). E &FN Spon – Chapman & Hall. 1ª
Edição. London, 1992.
SIKA® BRASIL. Manual técnico de Manta asfáltica com acabamento em alumínio para
impermeabilização. Osasco, SP, 2015. Disponível em:
https://bra.sika.com/dms/getdocument.get/7bac8b35-9d4a-3b27-ab6c-
ebdd785fccd4/Sika%C2%AE%20Manta%20Alum%C3%ADnio.pdf. Consultado em 19/04/2023.

Moreira, A. et al. Guia de boas práticas de desamiantagem. Fundacentro: São Paulo, 2022.
Disponível em: http://biblioteca.fundacentro.gov.br/primo-
explore/fulldisplay?docid=fjd_aleph000054357&vid=FJD&search_scope=Pesquisa%20Geral&tab=
default_tab&lang=pt_BR&context=L. Consultado em 20/05/2023.

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ETAPA 2 – GERENCIAMENTO DE RISCOS

O gerenciamento de riscos permite ações contínuas de planejamento, organização e controle


dos recursos relacionados aos riscos que possam comprometer o sucesso da contratação, da execução
do objeto e da gestão contratual.
O Mapa de Gerenciamento de Riscos deve conter a identificação e a análise dos principais
riscos, consistindo na compreensão da natureza e determinação do nível de risco, que corresponde à
combinação do impacto e de suas probabilidades que possam comprometer a efetividade da
contratação, bem como o alcance dos resultados pretendidos com a solução.
Para cada risco identificado, define-se: a probabilidade de ocorrência dos eventos, os
possíveis danos e impacto caso o risco ocorra, possíveis ações preventivas e de contingência (respostas
aos riscos), a identificação de responsáveis pelas ações, bem como o registro e o acompanhamento
das ações de tratamento dos riscos.

1. Escala de PROBABILIDADE

2. Escala de IMPACTO
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RISCO 01 – DEFINIÇÃO INADEQUADA DO ESCOPO


( X ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( X ) BAIXA ( ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( ) MÉDIO ( X ) ALTO
Id DANO
1. Interrupção da Licitação ou avaliação da possibilidade de aditivo de prazo e custo.
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
1. Reuniões periódicas para definição do escopo com o requisitante. Engenheiro responsável pelo PB
ou pelo Fiscal do Contrato
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Verificar possibilidade de realização de aditivo Setor Requisitante

RISCO 02 – ESPECIFICAÇÃO INSUFICIENTE PARA OS SERVIÇOS


( X ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( ) BAIXA ( X ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( X ) MÉDIO ( ) ALTO
Id DANO
1. Interrupção da Licitação ou avaliação da possibilidade de aditivo de prazo e custo.
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
Revisão de cada cláusula de obrigações da contratada e forma de prestação Engenheiro responsável pelo PB
1.
do serviço. ou pela Fiscalização do TC
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Documentar Setor de licitação
2. Realizar reunião com a empresa para definição das especificações omissas Fiscal do Contrato

RISCO 03 – ERRO NA ESTIMATIVA DE VALORES ORÇAMENTÁRIOS


( X ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( ) BAIXA ( X ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( ) MÉDIO ( X ) ALTO
Id DANO
1. Cancelamento da Licitação ou avaliação da possibilidade de aditivo de prazo e custo.
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
1. Revisão da estimativa por outro profissional Engenheiro
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Documentar Setor de licitação
2. Verificar possibilidade de realização de aditivo Fiscal do Contrato

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RISCO 04 – FALTA DE ALGUM ITEM NO ORÇAMENTO


( X ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( ) BAIXA ( X ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( ) MÉDIO ( X ) ALTO
Id DANO
1. Cancelamento da Licitação ou avaliação da possibilidade de aditivo de prazo e custo.
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
1. Revisão da estimativa por outro profissional Engenheiro
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Documentar Setor de licitação
2. Verificar possibilidade de realização de aditivo Fiscal do Contrato

RISCO 05 – FALTA DE DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA


( X ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( ) BAIXA ( X ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( X ) MÉDIO ( ) ALTO
Id DANO
1. Impossibilidade de realização da licitação do objeto.
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
Reunião inicial com requisitante para aprovação da estimativa de valor antes
1. Engenheiro
da elaboração do Projeto básico
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
Acautelar o processo até o setor requisitante informar disponibilidade
1. Direção administrativa
orçamentária para elaborar o projeto.

RISCO 06 – LICITAÇÃO DESERTA


( X ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( X ) BAIXA ( ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( ) MÉDIO ( X ) ALTO
Id DANO
1. Nova licitação do objeto, possível perda do orçamento, necessidade de refazer a estimativa orçamentária.
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
1. Elaborar orçamento com valor condizente com as práticas de mercado Engenheiro
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Documentar Setor de licitação

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RISCO 07 – TODAS AS EMPRESAS SEREM INABILITADAS


( X ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( X ) BAIXA ( ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( ) MÉDIO ( X ) ALTO
Id DANO
1. Nova licitação do objeto, possível perda do orçamento, necessidade de atualizar a estimativa orçamentária.
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
Verificar possíveis razões para concretização do risco e, posteriormente, tratar
1. essa motivação e, ainda, prever no edital a habilitação técnica mínima Setor de licitação / Engenheiro
necessária de modo a não frustrar o caráter competitivo da licitação.
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Documentar Setor de licitação

RISCO 08 – LICITAÇÃO NÃO OCORRER EM TEMPO HÁBIL


( X ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( X ) BAIXA ( ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( ) MÉDIO ( X ) ALTO
Id DANO
1. Nova licitação do objeto, possível perda do orçamento, necessidade de atualizar a estimativa orçamentária.
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
1. Obedecer aos prazos previstos para a licitação ocorrer. Setor de licitação / Engenheiro
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Documentar Setor de licitação

RISCO 09 – EMPRESA DECLINAR DA ENTREGA DO OBJETO OU PARTE DESTE


( ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( X ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( X ) BAIXA ( ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( ) MÉDIO ( X ) ALTO
Id DANO
1. Necessidade de dialogar com os demais fornecedores e, no pior dos casos, realizar nova licitação do objeto,
com perda do orçamento, necessidade de atualizar a estimativa orçamentária.
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
1. Fiscalizar as ações da empresa, exigindo o cumprimento de suas obrigações Fiscal / Gestor do Contrato
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Abrir processo de apuração de responsabilidade em face do fornecedor Gestor do Contrato

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RISCO 10 – EXCESSO DE BUROCRACIA (E CONSEQUENTEMENTE TEMPO) GERANDO ATRASOS


NA FORMALIZAÇÃO DE ADITIVOS CONTRATUAIS
( ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( X ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( ) BAIXA ( X ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( X ) MÉDIO ( ) ALTO
Id DANO
Impedimento de realização de serviços necessários, podendo, inclusive, paralisar o contrato, acarretando
1.
acréscimo de prazo para sua conclusão
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
Acompanhar (de modo a prever/antecipar, na medida do possível) a
1. formalização do aditivo em relação aos serviços, evitando prejuízos ao Fiscal do Contrato
cronograma inicial.
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Documentar no processo principal da licitação Fiscalização / Gestor do Contrato

RISCO 11 – ATRASO NO INÍCIO DO SERVIÇO


( ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( X ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( X ) BAIXA ( ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( X ) MÉDIO ( ) ALTO
Id DANO
1. Atraso na conclusão do objeto que poderá acarretar aditivo de prazo.
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
Informar a contratada antes da ordem de início a documentação necessária.
1. Fiscalização
Informar ao requisitante, antecipadamente, o início do serviço.
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
Notificar e, em caso de reincidência, abrir Processo de Apuração de
1. Fiscalização / Gestor do Contrato
Responsabilidade em face do fornecedor, com atenção ao DPL

RISCO 12 – EMPRESA NÃO CUMPRIR O CRONOGRAMA


( ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( X ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( ) BAIXA ( X ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( ) MÉDIO ( X ) ALTO
Id DANO
1. Atraso na conclusão do objeto que poderá acarretar aditivo de prazo
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
Realizar reuniões periódicas para acompanhamento do projeto, controlando o
1. cronograma e enviar notificações à empresa, caso necessário Fiscalização

Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL


Notificar e, em caso de reincidência, abrir Processo de Apuração de Fiscalização / Gestor do Contrato
1.
Responsabilidade em face do fornecedor, com atenção ao DPL

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RISCO 13 – EMPRESA CONTRATADA NÃO MANTÉM AS MESMAS CONDIÇÕES DE HABILITAÇÃO


( ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( X ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( X ) BAIXA ( ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( X ) MÉDIO ( ) ALTO
Id DANO
1. Impedimento de celebração de aditivo contratual e, ainda, possibilidade de rescisão contratual
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
Na reunião de início das atividades, informar a empresa a necessidade de
1. Gestor do Contrato
manter a regularidade do SICAF por todo o período de vigência do contrato
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Abrir Processo de Apuração de Responsabilidade em face do fornecedor, com Gestor do Contrato
atenção ao DPL

RISCO 14 – OCORRÊNCIA DE ACIDENTE DE TRABALHO


( ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( X ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( X ) BAIXA ( ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( X ) BAIXO ( ) MÉDIO ( ) ALTO
Id DANO
1. Paralização temporária dos serviços para atendimento do funcionário acidentado, realização de perícia e/ou
outra ação, no que couber.
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
Solicitar à empresa a entrega de todos os documentos relativos à segurança
1. Gestor do Contrato / Fiscalização
do trabalho e verificar o cumprimento dos itens de segurança
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Abrir Processo de Apuração de Responsabilidade em face do fornecedor, com Gestor do Contrato
atenção ao DPL

RISCO 15 – EXECUÇÃO CONTRATUAL EM NÍVEIS DE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE ABAIXO


E/OU DIFERENTES DO CONTRATADO (OU, AINDA, POSSIBILIDADE DE ERRO NA EXECUÇÃO)
( ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( X ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( X ) BAIXA ( ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( X ) BAIXO ( ) MÉDIO ( ) ALTO
Id DANO
1. Retrabalho, com possibilidade de atraso na conclusão do objeto e celebração de aditivo de prazo
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
Realizar reuniões periódicas para acompanhamento do projeto,
1. Fiscalização
acompanhando a qualidade dos serviços executados
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Documentar e Notificar a empresa, se couber, podendo, ainda, proceder à Fiscalização
abertura de Processo de Apuração de Responsabilidade em face do
fornecedor, com atenção ao DPL

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RISCO 16 – DIREÇÃO DO CAMPUS NÃO PERMITIR FRENTE DE TRABALHO


( ) PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO DO FORNECEDOR
( X ) GESTÃO DO CONTRATO
PROBABILIDADE ( X ) BAIXA ( ) MÉDIA ( ) ALTA
IMPACTO ( ) BAIXO ( X ) MÉDIO ( ) ALTO
Id DANO
1. Atraso na conclusão do objeto que poderá acarretar em aditivo de prazo
Id AÇÃO PREVENTIVA RESPONSÁVEL
Reunião inicial com requisitante para informar os possíveis impactos
1. Fiscalização
causados pela execução do serviço.
Id AÇÃO DE CONTINGÊNCIA RESPONSÁVEL
1. Documentar, se possível em Ata de Reunião Fiscalização

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A tabela a seguir apresenta uma síntese dos riscos identificados e classificados neste
documento:

Nível de
Id Risco Relacionado ao(à): 1
P 2 I 3 Risco
(P x I) 4
PLANEJAMENTO DA
1 DEFINIÇÃO INADEQUADA DO ESCOPO CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO 1 3 MÉDIO
DO FORNECEDOR
PLANEJAMENTO DA
2 ESPECIFICAÇÃO INSUFICIENTE PARA OS SERVIÇOS CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO 2 2 MÉDIO
DO FORNECEDOR
PLANEJAMENTO DA
3 ERRO NA ESTIMATIVA DE VALORES ORÇAMENTÁRIOS CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO 2 3 ALTO
DO FORNECEDOR
PLANEJAMENTO DA
3 FALTA DE ALGUM ITEM NO ORÇAMENTO CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO 2 3 ALTO
DO FORNECEDOR
PLANEJAMENTO DA
5 FALTA DE DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO 2 2 MÉDIO
DO FORNECEDOR
PLANEJAMENTO DA
6 LICITAÇÃO DESERTA CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO 1 3 MÉDIO
DO FORNECEDOR
PLANEJAMENTO DA
7 TODAS AS EMPRESAS SEREM INABILITADAS CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO 1 3 MÉDIO
DO FORNECEDOR
PLANEJAMENTO DA
8 LICITAÇÃO NÃO OCORRER EM TEMPO HÁBIL CONTRATAÇÃO E SELEÇÃO 1 3 MÉDIO
DO FORNECEDOR
9 EMPRESA DECLINAR DA ENTREGA DO OBJETO OU PARTE DESTE GESTÃO DO CONTRATO 1 3 MÉDIO
EXCESSO DE BUROCRACIA (E CONSEQUENTEMENTE TEMPO) GERANDO
10 GESTÃO DO CONTRATO 2 2 MÉDIO
ATRASOS NA FORMALIZAÇÃO DE ADITIVOS CONTRATUAIS
11 ATRASO NO INÍCIO DO SERVIÇO GESTÃO DO CONTRATO 1 2 BAIXO

12 EMPRESA NÃO CUMPRIR O CRONOGRAMA GESTÃO DO CONTRATO 2 3 ALTO


EMPRESA CONTRATADA NÃO MANTÉM AS MESMAS CONDIÇÕES DE
13 GESTÃO DO CONTRATO 1 2 BAIXO
HABILITAÇÃO
14 OCORRÊNCIA DE ACIDENTE DE TRABALHO GESTÃO DO CONTRATO 1 1 BAIXO
EXECUÇÃO CONTRATUAL EM NÍVEIS DE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE
15 ABAIXO E/OU DIFERENTES DO CONTRATADO (OU, AINDA, POSSIBILIDADE GESTÃO DO CONTRATO 1 1 BAIXO
DE ERRO NA EXECUÇÃO)
16 DIREÇÃO DO CAMPUS NÃO PERMITIR FRENTE DE TRABALHO GESTÃO DO CONTRATO 1 2 BAIXO

Legenda: P – Probabilidade; I – Impacto.


1 A qual natureza o risco está associado: fases do Processo da Contratação ou Solução Tecnológica.
2 Probabilidade:
chance de algo acontecer, não importando se definida, medida ou determinada objetiva ou subjetivamente, qualitativa ou
quantitativamente, ou se descrita utilizando-se termos gerais ou matemáticos (ISO/IEC 31000:2009, item 2.19).
3 Impacto: resultado de um evento que afeta os objetivos (ISO/IEC 31000:2009, item 2.18).
4 Nívelde Risco: magnitude de um risco ou combinação de riscos, expressa em termos da combinação das consequências e de suas probabilidades
(ISO/IEC 31000:2009, item 2.23 e IN SGD/ME nº 1, de 2019, art. 2º, inciso XIII).

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A Matriz de Riscos ou Matriz de Probabilidade e Impacto é uma ferramenta de gerenciamento


de riscos (para priorização de riscos) que permite identificar, de forma visual, quais são os riscos que
devem receber mais atenção:

Alto MÉDIO ALTO ALTO


Impacto

Médio BAIXO MÉDIO ALTO

Baixo BAIXO BAIXO MÉDIO

Baixo Médio Alto

Probabilidade

É possível perceber, portanto, que há riscos de caráter ALTO no desenvolvimento desse


processo de licitação. Faz-se necessário, portanto, manter acompanhamento sobre estes, de modo a
evitá-los.

Rio de Janeiro, 21 de junho de 2023.

Responsáveis

Luiz Paulo Pereira Silva Sônia Regina dos Santos


SIAPE 2299684 SIAPE 1747266

Patricia Rosa da Silva Guterres Eduardo Andre Rego Moreira da Gama


SIAPE 1364575 SIAPE 1314889

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