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HISTÓRIA GERAL COM RODRIGO BIONE 1

Períodos Pré-Homérico e Homérico.


ƍ Alguns historiadores consideram os períodos em
questão um único período.
ƍ Chegada à região dos povos indo-europeus
(arianos) que formaram os gregos.
қ Aqueus, Eólios, Jônios e Dórios.
қ Os Jônios formaram Atenas e os Dórios
Esparta.
ƍ A Civilização Cretense.
• Talassocracia.
• Construção de palácios e templos.
• Boa situação de vida das mulheres.
GRÉCIA (PARTE 1):
DAS ORIGENS ATÉ O Período Arcaico.
ƍ Formação das Pólis.
SURGIMENTO Esparta.
DA DEMOCRACIA. қ Também conhecidos
como Lacônicos ou
Lacedemônios.

ESQUEMA DE AULA. қ A cidade se


situava no
Sul da
Península
Tópicos Iniciais. do Peloponeso.
ƍ Sua geografia é montanhosa, o que facilitou o қ Base da economia: agricultura.
desenvolvimento em Cidades-Estado (Pólis).
қ Aristocrática, Conservadora, Militarista e
ƍ Os gregos chamavam o seu território de Hélade. Xenofóbica.
қ Unidade mais cultural que política. қ Divisão Social.
◼ 1. Espartanos, Esparciatas ou Homoióis.
Principais períodos: ƍ Elite Espartana.
ƍ Pré-Homérico (aprox. 2000 a.C. até aprox. 1100 a.C.). ƍ Toda a educação e administração da cidade eram
exclusivas dessa classe.
ƍ Homérico (aprox. 1100 a.C. até aprox.
800 a.C.). ◼ 2. Periecos.
ƍ Arcaico (aprox. 800 a.C. até 507 ƍ Os que “vivem ao redor”.
a.C.). ƍ Ainda que eles fossem livres, não possuíam boa
ƍ Clássico (507 a.C. até 338 a.C.). qualidade de vida.
ƍ Helenístico (338 a.C. até 146 ƍ Eram responsáveis pelo pouco comércio da
a.C.). cidade.
Representação de Homero -
Coleção do Museu Britânico ◼ 3. Hilotas.

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ƍ Servos (escravos) públicos. ◼ Democracia.
ƍ Péssima situação de vida. қ 1. Monarquia.
қ Legislação espartana. ◼ É o período de formação da sociedade
ateniense.
◼ Suposto criador: Licurgo.
◼ Quase todas as informações que
қ A educação era orientada para a formação de
possuímos são mitológicas.
grandes guerreiros (hoplitas).
◼ O título do Rei era “Basileu”.
қ A Cripta (Krypteia).
қ 2. Oligarquia.
◼ Ritual violento em que espartanos
perseguiam e matavam hilotas. ◼ Os nobres conquistam o poder que era do
rei e elaboram muitas leis em benefício
◼ O termo também pode se referir a “polícias
próprio.
secretas” que vigiavam e perseguiam os
hilotas. ◼ Cresce a desigualdade social e a violência
urbana.
◼ A cripta servia também como controle da
população de hilotas, evitando que eles ◼ São criadas leis escritas. Os legisladores
ficassem muito numerosos. foram:
қ Estrutura político-administrativa. ƍ Drácon (621 a.C.).
◼ Diarquia - Dois reis, com funções қ Elaborou o primeiro código de leis escritas de
principalmente militares e ritualísticas. Atenas.
◼ Gerúsia - Conselho de Anciões. қ Leis extremamente rígidas, que aumentaram
o descontentamento na cidade.
◼ Ápela - Assembleia.
◼ “Leis escritas com sangue”.
◼ Eforato - Órgão responsável pela
administração de Esparta. Era composto ƍ Sólon (594 a.C.).
por 5 Éforos.
қ Abolição da escravidão por dívidas.
Atenas. қ Criação e fortalecimento de instituições como
a Eclesia (Assembleia), a Bulé (Conselho) e o
қ Berço da democracia.
Helieu (Tribunal).
қ Atividades de comércio marítimo formavam a
қ 3. Tirania.
base da economia.
◼ Os tiranos foram governantes que possuíam
қ Os principais espaços públicos eram a Acrópole
amplo apoio popular. Eram, em muitos
(local mais elevado,
sentidos, autoritários, e realizaram reformas
nobre, onde ficavam
profundas na sociedade ateniense.
os principais
templos da cidade) ◼ Governo de Pisístrato.
e Ágora (local de ƍ Realização de uma Reforma Agrária.
maior circulação
de pessoas, onde ◼ Governo de Clístenes.
ficava o mercado ƍ Criação da primeira democracia do mundo.
público).
ƍ O Ostracismo.
қ Quatro períodos básicos.
қ Banimento de Atenas por dez anos daqueles que
◼ Monarquia. fossem considerados uma ameaça à democracia.
◼ Oligarquia. қ Na prática, foi utilizado como instrumento de
◼ Tirania. perseguição política contra adversários políticos.

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TEXTOS AUXILIARES. à obediência, torná-los duros à adversidade e fazê-los
vencer no combate”.
[...]
A Hélade segundo Paul Cartledge (História “[...] eles devem roubar. Uns penetram nos jardins,
outros nos alojamentos dos homens,e devem usar
da Grécia, Universidade de Cambridge).
muita destreza e precaução: quem for apanhado,
“A Hélade era uma entidade cultural mais do que é chicoteado sob pretexto de que não passa de um
estritamente política; [...] Definia-se por uma ladrão preguiçoso e inábil. Eles roubam toda a comida
ancestralidade comum (ora genuína, ora inventada); possível [...]”
por uma língua comum; e por hábitos comuns - pelo
menos rituais religiosos compartilhados”.
Plutarco sobre a inexistência de muralhas
Plutarco comenta a eleição de um Geronte em Esparta (“Moralia”).
‘Quando alguém desejou saber por que Esparta não
pela Ápela (“Vida de Licurgo”).
tinha muralhas, ele [o rei Agesilau] apontou para os
“A escolha se fazia da seguinte maneira: reunia- cidadãos com armadura completa e disse: "Estas são
se a Assembleia, designavam-se os homens que as paredes dos espartanos"’.
se recolheriam em uma casa vizinha. Eles não
podiam ver, nem serem vistos. Somente o clamor
da Assembleia chegava a seus ouvidos. Era através
de gritos, neste caso, como tudo o mais, que eles
Xenofonte comenta as leis de Esparta.
julgavam os seus concorrentes. Estes não eram “Algumas medidas de Licurgo
introduzidos todos juntos mas, após o sorteio, um de diferiram daquelas da maior
cada vez atravessava em silêncio a Assembleia. Os parte dos povos. Em outras
membros do júri, fechados, tinham pranchetas, onde cidades, cada qual governa
inscreviam para cada concorrente a amplitude do seus filhos, domésticos e
clamor. Eles ignoravam de quem estava se tratando, bens. Licurgo, desejoso
sabendo somente que se tratava do primeiro, do que os cidadãos pudessem
segundo, do terceiro e assim por diante. Aquele que ajudar uns aos outros, permitiu
tivesse recebido as aclamações mais prolongadas e que cada um pudesse mandar,
mais calorosas, eles o proclamavam eleito”. igualmente, em seus e em filhos de
outros. [...] Há, ainda, outros costumes contrários aos
da maioria dos gregos, estabelecidos, em Esparta, por
Licurgo. Em outras cidades, sabe-se, todos tentam
Plutarco em relação à educação espartana
ganhar o máximo de dinheiro possível. Uns são
(“A vida de Licurgo”). agricultores, outros armadores, comerciantes ou
“Quando uma criança nascia, o pai não tinha direito artesãos. Em Esparta, contudo, Licurgo proibiu que
de criá-la: devia levá-la a um lugar chamado lesche. Lá os homens livres exercessem qualquer atividade
assentavam-se os anciãos da tribo. Eles examinavam lucrativa e estabeleceu que as únicas atividades
o bebê. Se o achavam bem encorpado e robusto, eles aceitáveis fossem aquelas que se ligam à liberdade
o deixavam. Se era mal nascido e defeituoso, jogavam- da cidade. Ademais, como buscar a riqueza neste
no no que se chama os Apotetos, um abismo ao pé do país que, graças a Licurgo, ter estabelecido para todos
Taigeto. Julgavam que era melhor, para ele mesmo e a mesma contribuição alimentar e o mesmo tipo de
para a cidade, não deixar viver um ente que, desde o vida, impediu-se que se ambicione a fortuna, devido
nascimento, não estava destinado a ser forte e saudável”. aos prazeres que ela proporciona?”

[...] (Xenofonte, A constituição Lacedemônica, 6-7. In: FUNARI,


P. P. A. Antiguidade Clássica. A história e a cultura a partir
“Ensinavam a ler e escrever apenas o estritamente dos documentos.2ª ed. Campinas: Editora da Unicamp,
necessário. O resto da educação visava acostumá-los 2003, p. 102.)

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Aristóteles sobre a situação dos Ninguém o escutou; todo mundo o condenou por
sua loucura; alguns declararam que sua velhice o
camponeses durante a Oligarquia. estava afetando. Pisístrato que já estava rodeado por
“Os pobres eram escravizados pelos ricos - eles, alguns lanceiros abordou Sólon e lhe perguntou: ‘O
seus filhos e esposas. Os pobres eram chamados de que te deu a audácia de querer derrubar a tirania?’
dependentes e ‘sexto-partidores’, já que trabalhavam ‘Minha velhice’, respondeu Sólon. O outro não pôde
por um sexto do que produziam nos campos dos ricos. senão admirar seu bom senso e, de fato, não lhe fez
A terra estava nas mãos de poucos e, se os pobres nenhum mal”.
deixassem de pagar sua parte, tanto eles quanto seus
filhos estariam sujeitos à prisão”.

Plutarco comenta as leis de Drácon


(“A Vida de Sólon”).
“Portanto, Demades, em tempos
posteriores, fez sucesso quando disse
que as leis de Drácon foram escritas
não com tinta, mas com sangue.
E o próprio Drácon, eles dizem,
sendo questionados por que ele
fez da morte a pena para a maioria
das ofensas, respondeu que em sua
opinião as menores a mereciam, e para
as maiores nenhuma pena mais pesada poderia ser
encontrada”.

Aristóteles sobre o tirano Pisístrato


(“Constituição de Atenas”).
“Feriu-se com a própria mão e persuadiu assim o povo
- alegando que seus adversários eram responsáveis
pelo seu estado - de lhe dar uma guarda pessoal
[...] Ele administrava o Estado com moderação [...]
mais como cidadão que como tirano. De modo
geral, mostrava-se humano, amável e indulgente
com os erros. Além disso, ele concedia aos pobres
adiantamentos por seu trabalho, permitindo-lhe
assim viver da agricultura. [...] De uma maneira geral,
queria tudo governar segundo as leis, sem se atribuir
nenhum privilégio.”

Deodoro Sículo narra o combate de Sólon


a Pisístrato (“Biblioteca Histórica”).
“Sólon convidou, então, os cidadãos a tomar
as armas e se lançar sobre o campo do tirano.

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