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CURSO HORTICULTURA

ECOLÓGICA

CARTILHA DE
AGROECOLOGIA

DA TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA À
UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS
ALTERNATIVAS PARA A PRODUÇÃO
ECOLÓGICA DE ALIMENTOS
(anexo plasticultura)

Autor:
Fernando Tinoco
Coordenador Técnico Regional

Contribuição/Colaboração:
Juscelino Rabelo e Alice Soares
Coordenadores Técnicos Regionais

EMATER-MG
I - O QUE É AGROECOLOGIA?

Segundo Altieri (1989), "a Agroecologia é uma ciência que fornece os princípios ecológicos básicos para estudar,
desenhar e manejar agroecossistemas produtivos, que conservem os recursos naturais, que sejam culturalmente
apropriados, socialmente justos e economicamente viáveis". De igual forma, de acordo com Hecht (1989), " representa
uma forma de abordar a agricultura que incorpora cuidados especiais relativos ao ambiente aos problemas sociais e à
sustentabi1idade ecológica do sistema de produção".
Assim, a conceituação de Agroecologia, resumida neste texto, permite afastar a confusão entre a Agroecologia como
enfoque científico e as diferentes agriculturas alternativas (Orgânica, Ecológica, Permacultura, Biológica, Natural,
Biodinâmica, etc.).
Traduzindo esta visão mais teórica e aproximando estes conceitos de formas de operacionalização na prática, pode-se
dizer que algumas premissas devem ser observadas quando se trabalha a partir do enfoque agroecológico, por
exemplo:
- Atender a requisitos sociais: preservando e qualificando as relações entre os sujeitos e buscando melhores condições
de vida e de bem-estar requeridos num contexto.
- Considerar aspectos culturais: resgatando e respeitando saberes, conhecimentos e valores dos diferentes grupos
sociais, que serão analisados, compreendidos e utilizados como ponto de partida para o desenvolvimento local.
- Cuidar do meio ambiente: preservando os recursos naturais ao longo do tempo, com a manutenção ou ampliação da
biodiversidade, melhorando a reciclagem de materiais e energia dentro dos agroecossistemas.
- Apoiar o fortalecimento de formas associativas e de ação coletiva: promovendo a participação efetiva, possibilitando o
maior empoderamento dos atores sociais, estimulando a autogestão.
- Contribuir para a obtenção de resultados econômicos: observando o ponto de equilíbrio entre a produção e
preservação da base de recursos naturais.
- Atender a requisitos éticos: compromisso com uma sociedade mais justa, pautada por relações igualitárias e fraternas.
Observando que a busca de sustentabilidade implica uma necessária solidariedade entre as gerações atuais e destas
com as futuras gerações.
Portanto, com a contribuição da Agroecologia, o que se busca é a construção de agriculturas sustentáveis, isto é, estilos
de agricultura que "reconhecem a natureza sistêmica da produção de alimentos, forragens e fibras, equilibrando, com
equidade, aspectos relacionados com a saúde ambiental, a justiça social e a viabilidade econômica, entre os diferentes
setores da população, incluindo distintos povos e diferentes gerações" (Gliessman, 2000), ou seja, estilos de agricultura
capazes de preservar a base de recursos naturais necessária para que as atuais e as futuras gerações possam se
reproduzir social e economicamente e, ao mesmo tempo, produzir alimentos sadios e de melhor qualidade biológica.

II - O QUE NÃO É AGROECOLOGIA?


Agroecologia não é um novo “pacote de técnicas”. O que se preconiza não é simplesmente a diminuição ou eliminação
dos agrotóxicos ou dos fertilizantes químicos e a sua substituição por fertilizantes biológicos.
Segundo Caporal e Costabeber (2004), é importante marcar a distinção entre a agricultura de base ecológica, orientada
pelos princípios da Agroecologia, daqueles estilos de agriculturas alternativas que, embora apresentando denominações
que dão a conotação da aplicação de práticas, técnicas e ou procedimentos que visam atender a certos requisitos
sociais ou ambientais, não necessariamente terão que lançar ou lançarão mão das orientações mais amplas emanadas
do enfoque agroecológico. A título de exemplo, cabe afirmar que não se deve entender como agricultura ecológica
aquela baseada nos princípios da Agroecologia ou, aquela agricultura que simplesmente não utiliza agrotóxico ou
fertilizantes químicos sintéticos em seu processo produtivo.

III - O QUE É TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA?


A transição agroecológica é um processo contínuo e integrado de mudanças de atitudes e de adoção de práticas
agroecológicas, em que se busca a construção de novos sistemas produtivos, mais sustentáveis, que visam atender,
dentre outros, os seguintes critérios:
baixa ou nenhuma dependência de insumos comerciais;
uso de recursos renováveis localmente acessíveis;
manutenção a longo prazo da capacidade produtiva;
preservação da diversidade biológica e cultural;
integração do saber científico e do saber empírico.
Além disso, inclui todo o complexo de relações estabelecidas entre o solo, as plantas, os animais, a água e as pessoas.
Dentro deste contexto, o envolvimento das comunidades rurais no processo de transição torna-se fator fundamental,
visto que são considerados os conhecimentos, os saberes dos agricultores, os valores locais, assim como a ética, a
cultura predominante e o ganho econômico.
A Transição Agroecológica é considerada também como a passagem do modelo produtivista baseado no uso intensivo
de produtos químicos sintéticos (agrotóxicos e fertilizantes), para formas de produção mais equilibradas, sob o ponto de
vista da conservação da biodiversidade e dos recursos naturais.
A característica fundamental deste processo é a ecologização da agricultura, na qual questões de caráter ambiental,
biofísico, social e econômico têm um papel ativo na determinação das práticas agrícolas. Com efeito, espera-se que
estes estilos de agricultura de base ecológica mesclem elementos positivos da agricultura “convencional” com os
resultados de pesquisa dos sistemas agroecológicos de produção e com os conhecimentos dos agricultores”.

IV - O QUE É PRATICAR AGROECOLOGIA


Consideram-se boas práticas agroecológicas a adoção de atitudes e de práticas agrícolas que visem preservar e
aumentar a biodiversidade e os recursos naturais, reduzindo os efeitos negativos das atividades agrícolas e das
intervenções humanas sobre os agroecossistemas.
Praticar Agroecologia significa também adotar atitudes e procedimentos baseados em estudos e análises de ambientes
e sistemas produtivos, integrando o “saber local” ao “conhecimento científico”, com a participação ativa das
comunidades, sempre buscando a harmonia entre a produção agropecuária e a preservação ambiental. Dessa forma, é
possível estabelecer uma melhor relação com a natureza e entre os seres humanos, por meio da produção de alimentos
sadios e de melhor qualidade biológica. Todos são beneficiados: agricultores, consumidores e sociedade em geral. Isso
é qualidade de vida. E a natureza agradece.

V- TÉCNICAS ALTERNATIVAS (“Ferramentas Agroecológicas”) .


V.1 - ADUBAÇÃO VERDE E COBERTURA MORTA
O que é adubação verde
Consiste no cultivo de plantas (ex.:leguminosas, gramíneas) que contribuem para a melhoria das condições físicas,
químicas e biológicas do solo.
Há espécies como leguminosas que se associam a bactérias fixadoras de nitrogênio do ar, transferindo-o para as
plantas. Estas espécies, também estimulam a população de fungos micorrízicos, que são microrganismos que
aumentam a absorção de água e nutrientes pelas raízes.
Como fazer a adubação verde
Consórcio
A adubação verde pode ser feita através do plantio das sementes de leguminosas e/ou gramíneas em consórcio com
lavouras permanentes (citros, café, etc.) e anuais (milho, sorgo, etc.). Depois de crescerem e florirem, estas plantas são
roçadas e deixadas no terreno, nas entrelinhas das culturas, para se transformarem em adubo natural.
Plantio Direto
Outro método é o plantio direto, que consiste no plantio de culturas de interesse econômico (milho, feijão, hortaliças,
citros, café, etc.) sobre a palhadas de leguminosas ou de gramíneas, previamente semeadas e manejadas.
As leguminosas, como o feijão guandu, mucuna, crotalária, dentre outras são capazes de fazer uma associação com
bactérias fixadoras de nitrogênio aumentando significativamente a quantidade deste nutriente no solo.
Pré-cultivo ou em Rotação
Consiste no plantio das sementes de gramíneas e de leguminosas antes ou depois da implantação da cultura principal.
Quando bem cultivadas e manejadas, produzem uma excelente cobertura morta, proporcionando um ambiente
adequado à melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, além de não deixar o solo exposto às ações
do sol e da chuva.
Benefícios da adubação verde:
- Aumento do teor de matéria orgânica no solo;
- Proteção do solo contra o impacto das chuvas e da irradiação solar direta, diminuindo índices de erosão;
- Aumento da retenção de água no solo;
- Recuperação de solo degradados e adensados;
- Diminuição da perda de nutrientes como o nitrogênio;
- Diminuição da incidência de plantas invasoras;
- Aumento da vida microbiana do solo proporcionando a diminuição da incidência de insetos pragas e de doenças.
- Ciclagem de nutrientes de camadas mais profundas para depósitos nas camadas superficiais.
- A mucuna-preta e o feijão-de-porco promovem a descontaminação de solos afetados com resíduos de herbicidas.

V.2 - BIOFERTILIZANTES (SÓLIDOS E LÍQUIDOS)

1- AGROBIO
Indicações de uso:
Adubações foliar e de solo para tratamento de mudas, hortaliças folhosas, hortaliças de frutos e frutíferas.
Materiais a serem utilizados:
200 litros de água
100 litros de esterco bovino fresco
20 litros de leite de vaca ou soro de leite
3 kg de melaço de cana-de-açúcar
Modo de preparar:
Misturar e deixar fermentar por uma semana a água, o esterco, o leite ou soro e o melaço.
Durante as 7 semanas seguintes (a cada 7 dias), deverão ser acrescentados os seguintes ingredientes:
430 g de bórax ou ácido bórico + 570 g de cinza de lenha + 850 g de cloreto de cálcio + 43 g de sulfato ferroso + 60 g
de farinha de osso + 60 g de farinha de carne + 143 g de termo fosfato magnesiano + 1,5 kg de melaço + 30 g de
molibdato de sódio + 30 g de sulfato de cobalto + 43 g de sulfato de cobre + 86 g de sulfato de manganês + 143 g de
sulfato de magnésio + 57 g de sulfato de zinco + 29 g de torta de mamona.
Observações de preparo:
a) Antes de serem adicionados à primeira mistura, os produtos deverão ser dissolvidos em um pouco de água.
b) A calda deverá ser bem misturada duas vezes ao dia.
Nas quatro últimas semanas, adicionar 500 ml de urina de vaca.
Após oito semanas, o volume deverá ser completado com 500 litros de água.
Antes da aplicação o Agrobio deverá ser coado.
Modo de usar:
Tratamento de mudas:
Foliar a 2% (2 litros do biofertilizante para 98 litros de água).
Hortaliças folhosas:
Foliar a 4% (4 litros do biofertilizante para 98 litros de água) após o transplante e uma semana depois (ou 2%, duas
vezes/semana).
Hortaliças de fruto:
Foliar a 4%, semanalmente.
Fruteiras:
Foliar a 4% (4 litros do biofertilizante para 98 litros de água), em 5 pulverizações/ano, preferencialmente, em períodos
após as podas, colheitas e estresse hídrico.
Nas pulverizações, molhar totalmente as folhas e os ramos das plantas, chegando ao ponto de escorrimento, para um
maior contato do produto com a planta.
Validade do produto: 12 meses.

2- TINOCÃO
Indicações de uso:
Adubações foliar e de solo.
Materiais a serem utilizados:
tambor com capacidade de 200 litros
água
40 kg de esterco de curral (fresco)
10 kg de esterco novo de galinha caipira (ou cama de frango)
5 litros de leite talhado ou integral
10 a 20 litros de garapa ou 1 a 2 kg de rapadura triturada
5 kg de cinza de madeira ou 5 kg pó fino de carvão
2 kg de termo fosfato magnesiano ou 5 kg fosfato natural
2 kg micronutrientes - FTE-BR 12 (dividido em 3x)
5 litros de urina de vaca
2 a 3kg de folhas trituradas de diversas plantas: bougainvíllea (da flor roxa); urtiga; ramos de alecrim; melão-de-são-
caetano; boldo nacional; folhas e desbrotas de tomateiro “orgânico”; alho; capuchinha, crotalária, urucum, mamona, etc.
Modo de preparar:
Colocar esterco fresco no tambor ou bombona de 200 litros e sobre ele adicionar os demais ingredientes. Adicionar
água pura, não clorada, até atingir o ponto de 15 a 20 centímetros abaixo do nível máximo do tambor (espaço vazio de
15 a 20 cm de altura). Agitar bem para uniformizar os ingredientes repetindo este procedimento 2 a 3 vezes por dia
durante as duas primeiras semanas. Depois, procede-se esta agitação 1 vez por semana. A fermentação total dos
ingredientes acontece em aproximadamente 30 dias. No momento da utilização do biofertilizante para ser pulverizado, o
material deverá ser agitado e, posteriormente, coado em uma peneira para separar a parte sólida mais pesada. Em
seguida, deverá ser filtrado em um pano ou uma tela fina. Para o uso em adubação de cobertura das plantas via solo,
podemos utilizar o produto sem ser coado (ou apenas retirando os materiais remanescentes mais grosseiros), utilizando
um balde ou um regador sem o bico como instrumentos auxiliares de acondicionamento e transporte do fertilizante.
Obs.: O FTE deverá ser colocado aos poucos, semanalmente, até completar a dosagem recomendada. Pode-se
substituí-lo por uma outra fonte de boro e de zinco.
Modo de usar:
Foliar:
A 10% (10 litros do biofertilizante para 90 litros de água), a cada 15 dias.
Solo:
A 30% (30 litros do biofertilizante para 70 litros de água), a cada 7 - 10 dias.
A parte sólida eliminada na filtragem do produto poderá ser utilizada como adubo em canteiros ou covas.

3- BIOGEO
Indicações de uso:
Adubações foliar e de solo.
Materiais a serem utilizados:
tambor de 200 litros
água
30 kg de resto ruminal (proveniente de matadouro)
20 a 30 kg de esterco fresco de curral
5 kg de folhas e restos vegetais (folhas de couve, beterraba, “mato”, etc.)
7 litros de garapa ou 1 kg rapadura triturada
Pode-se enriquecê-la com micronutrientes, fosfato natural e pó fino de carvão.
Modo de preparar:
Misturar todos os ingredientes e deixar fermentar por 20 a 30 dias, aerobicamente (com oxigênio), agitando diariamente
(2 a 3 vezes/dia).
Modo de usar:
Dosagem:
Foliar: 5% (5 litros do biofertilizante para 95 litros de água).
Solo: 30 a 50% (30 a 50 litros do biofertilizante para 70 a 50 litros de água).

4- URINA DE VACA
Indicações de uso:
Adubações foliar e de solo.
Materiais a serem utilizados:
urina de vaca e água.
Modo de preparar:
Coletar a urina de vaca no momento da ordenha e armazená-la por 3 dias em recipiente fechado (para transformação
da ureia em amônia).
Modo de usar:
Frutíferas:
Foliar: 5% de urina (9,5 litros de água + 500 ml de urina).
Hortaliças:
Foliar: 0,5% na formação de mudas e entre 1 a 5% no campo, dependendo do estágio de desenvolvimento da planta.
Café:
5% em 2 a 4 pulverizações/ano após a colheita, quando também se pode regar o tronco com 2 litros/planta.
Controle do bicho-mineiro: pulverizar a 15% (3 litros de urina em 17 litros de água).
Formação de mudas com rega: 3% (3 litros de urina em 97 litros de água).
Formação de mudas com pulverização: 1% (1 litro de urina em 99 litros de água).
Tratamento de sementes, manivas de mandioca e toletes de cana: imergi-los, antes do plantio, durante um minuto,
na urina pura – concentração de 100%.

5- COMPOSTO ORGÂNICO
A produção de um composto orgânico de qualidade possibilita a reciclagem de materiais encontrados na propriedade
(esterco, folhas, palhas, restos culturais, etc.) e o seu enriquecimento principalmente com fontes de cálcio, fósforo e
potássio.
Materiais a serem utilizados:
25 a 35% de esterco bovino
55 a 65% de resíduos vegetais
5% de fosfato natural ou pós de rocha
5% cinza de madeira ou pó fino de carvão
água
Modo de preparar:
Escolha do local adequado: terreno com boa drenagem, pequena inclinação e preferencialmente protegido de sol e
chuva.
Misturar palha, capim, restos culturais, sobras de silagem, esterco, etc, antes do empilhamento e, a seguir, fazer o
umedecimento dessa massa. (Teste da mão: espremer o material e verificar o escorrimento entre os dedos. O ideal é
que não haja excesso de umidade, ou seja, o líquido não deve escorrer entre os dedos.) Após o umedecimento, deve-se
espalhar a mistura sobre o solo (20 cm de altura e 2,0 de largura). O comprimento poderá variar de acordo com a
quantidade de material a ser compostado.
Formar uma pilha com a mistura umedecida até 1,20 m a 1,60m de altura.
Finalmente, cobrir com palha seca para manter a umidade e a temperatura.
Obs.: O período de compostagem depende das temperaturas e do tamanho das partículas dos materiais e da aeração,
como, por exemplo:
Partes pequenas, tipo capim picado, com temperaturas em torno de 60ºC = 55 a 60 dias.
Partes médias, com 15 a 20 cm, com temperaturas em torno de 60ºC = 60 a 80 dias.
Partes inteiras, com temperaturas até 60ºC = em torno de 90 dias.
Somente esterco bovino, com temperaturas de 60 a 70ºC = 30 a 35 dias.
O acréscimo de microrganismos promove a aceleração da decomposição.
A massa não necessita ser revirada.

6- BOKASHI AERÓBIO
Indicações de uso:
Adubo orgânico utilizado na adubação de plantio e de cobertura das plantas.
Materiais a serem utilizados:
250 kg de terra virgem de barranco, isento de sementes
100 kg de esterco de galinha (ou farelo de soja; ou plantas inteiras trituradas e secas de leguminosas)
100 kg de farelo de arroz (ou raízes e folhas de mandioca trituradas e secas)
75 kg de farinha de osso (ou termo fosfato magnesiano ou fosfato natural)
15 Kg de cinzas de lenha, peneirada (ou pó de carvão)
5 Kg de açúcar (ou 5 Kg de rapadura triturada ou 20 a 30 Kg cana de açúcar triturada)
1 litro de microrganismos (EM-4*) diluído em 20 a 30 litros de água
Modo de preparar:
Misturar os materiais e deixá-los fermentar durante 7 a 10 dias. Nos 3 ou 4 primeiros dias, a massa deverá ser revirada
diariamente (3 vezes/dia).
Dosagens e modo de usar:
300 g/cova(tomate, etc.)
200 a 300 g/m² no preparo de canteiros de hortaliças
150 a 200 g/m em sulcos
500 g/cova em fruteiras
*O EM (Effective Microrganisms = Microrganismos Eficientes) é uma suspensão, na qual coexistem mais de 10 gêneros
e 80 espécies de microrganismos eficazes, assim chamados porque agem no solo, fazendo com que a capacidade
natural do solo tenha plena ação. É composto basicamente de leveduras, actinomicetos, bactérias produtoras de ácido
láctico e bactérias fotossintetizantes. Estes microrganismos poderão ser capturados através da utilização de arroz
cozido (sem óleo e sem sal) que deverá ser colocado em um recipiente de barro (Ex.: telha) ou em garrafas PET's
perfuradas e levado para uma mata, permanecendo por um período mínimo de 7 dias. Após este período, procede-se
pela seleção visual das colônias de microrganismos, eliminando aquelas de coloração mais escura. Em seguida,
esfarela-se o arroz colonizado em um balde com garapa (ou água com rapadura triturada ou açúcar) permanecendo em
fermentação aeróbia por um período mínimo de 10 dias e em ambiente escuro.

7- BOKASHI ALTERNATIVO 2 (AERÓBIO)


Indicações de uso:
Adubo orgânico utilizado na adubação de plantio e de cobertura das plantas.
Materiais a serem utilizados:
70 kg de cama de frango (ou esterco de galinha)
20 kg de farinha de osso (ou termo fosfato ou fosfato natural)
10 Kg de cinzas de lenha, peneirada (ou pó de carvão)
2 kg de FTE BR12
3 a 4 Kg de açúcar (ou 4 Kg de rapadura triturada ou 40 litros de garapa)
2 (ou mais) litros de microrganismos eficazes (EM-4*)
Modo de preparar:
Misturar os materiais e deixá-los fermentar durante 20 a 30 dias. Na primeira semana a massa deverá ser revirada
diariamente (2 a 3 vezes/dia).
Dosagens e modo de usar:
500 g a 1.000 g/cova (tomate, etc.)
300 g/m² no preparo de canteiros de hortaliças
200 g/m em sulcos
1.000 g/cova em fruteiras

8- COMPOSTO ORGANOMINERAL
Indicações de uso:
Adubo orgânico utilizado na adubação de plantio
Materiais a serem utilizados:
88 kg de esterco de curral curtido/fermentado
5 kg de farinha de osso (ou termo fosfato ou fosfato natural)
5 Kg de cinzas de lenha, peneirada (ou pó de carvão)
2 kg de FTE BR12
3 a 4 Kg de açúcar (ou 4 Kg de rapadura triturada ou 30 a 40 litros de garapa)
2 (ou mais) litros de microrganismos eficazes (EM-4*)
Modo de preparar:
Misturar os materiais e usar imediatamente ou estocar em local coberto ou sombreado
Dosagens e modo de usar:
2 a 3 kg/cova (tomate, etc.)
3 a 5 kg/m² no preparo de canteiros de hortaliças
1 a 3 kg/m em sulcos
8 a 10 kg/cova em fruteiras

V.3 – CALDAS MINERAIS

CALDA SULFOCÁLCICA
Indicações de uso:
controle de doenças fúngicas, ácaros e insetos.
Materiais a serem utilizados:
Para 10 litros de calda:
2,5 kg de enxofre
1,2 kg de cal virgem pura e bem calcinada (acima de 95% CaO) ou 1,7 a 1,8 kg de cal hidratada
2 panelas ou latas de metal (com capacidade mínima de 18 litros)
Preparar uma fornalha ou levar ao fogo alto do fogão.
Levar ao fogo uma panela grande ou lata de tinta lavada de capacidade de 18 litros, contendo aproximadamente entre
1/2 a 1 litro de água. No início da fervura, colocar 2,5 kg de flor de enxofre e deixe dar uma leve "torrada" sempre
mexendo o fundo do recipiente com auxílio de uma colher de pau.
Depois de 5 min. aproximadamente, com auxílio de um balde, diluir aproximadamente 1,2 kg de cal virgem ou 1,7 kg de
cal hidratada em 10 litros de água quente e despejar na panela contendo o enxofre torrado. Deixar ferver por
aproximadamente 40 a 50 min. sempre completando o volume inicial com água quente (devido a perda por evaporação
durante a fervura). Retirar a panela (ou lata) do fogo quando a calda passar para uma tonalidade de "vinho escuro" ou
"vinho madeira". Deixar esfriar por 8 a 12 horas. A partir daí, sem agitar a calda, deve-se recolher apenas o
sobrenadante com uma caneca esmaltada ou de plástico e coar em pano ralo (saco de pano ). Se possível, deve-se
realizar a leitura com o densímetro - Aerômetro de Baumé. Considera-se boa a calda na faixa de 28º a 32º Baumé.
Guardar em recipientes com tampa e em ambiente escuro.
Modo de usar/Dosagens:
Pulverizar nas horas frescas do dia nas seguinte dosagens:
-1%: 100 ml/10 litros de água (preventivo)
-2%: 200 ml/10 litros de água (curativo)
Utilizar como espalhante adesivo o detergente neutro (30 ml) ou sabão derretido em banho maria (30 g derretida) para
cada 10 litros de água.

NOTAS COMPLEMENTARES DO PREPARO


Durante o tempo em que a calda estiver sendo aquecida, deverá ser agitada a cada três minutos com a pá de madeira.
Caso haja formação de espuma, acrescentar um pouco de água quente para não derramar ou atravesse por cima da
lata um pedaço de madeira/colher de pau.
Conservar o fogo sempre médio a alto, para que a calda possa atingir o grau desejado o mais rápido possível.
Utilizar um canudo de bambu ou de plástico, com aproximadamente 25 centímetros de comprimento, para verificação
do grau da calda, que deve estar fria e sem borra.
Recomenda-se sua utilização até 90 dias após sua preparação. Quando conservada em vidro ou plástico de cor escuro
ou opaco, bem vedado e em ambiente escuro, a calda sulfocálcica poderá ser estocada por até um ano.
Modo de usar:
A. Tratamento de inverno:
Plantas de clima temperado: caqui, uva pêssego, etc.: 10%
B. Tratamento na primavera e verão:
A concentração difere de acordo com o tipo de planta ou espécie vegetal, as condições climáticas, o grau de infestação
da doença e da fase de crescimento da planta. Em termos médios, pode-se usar de acordo com as recomendações
abaixo:
Fruteiras (ácaros e repelente de insetos):
A 1% (100 ml em 10 litros de água). Repetir a pulverização a cada 15 dias até desaparecerem os sintomas.
Jiló, pimentão, tomate e berinjela (ácaro, antracnose, broca, etc):
A 1% a intervalo quinzenal
Quiabo (ácaro, oídio):
1% a cada 15 dias.
Feijão-vagem (ferrugem):
1% a intervalo quinzenal.
NOTAS:
Não aplicá-la em cucurbitáceas (abóboras e morangas), pois ela é fitotóxica a essas espécies.
Não aplicá-la em horário de sol quente, pois pode provocar queimadura nas folhas e nos frutos.
Não aplicá-la em época de floração.
Em estufas, reduzir em 50% as dosagens e fazer os tratamentos em períodos frescos.
Caso já tenha aplicado calda bordalesa, só aplicar calda sulfocálcica 7 dias depois.
Para espécies ou variedades novas, por precaução, fazer testes em algumas plantas, para observar possíveis reações
quanto ao produto e dosagem.

CALDA BORDALESA
Indicações de uso:
Fungicida, repelente de insetos (vaquinhas, cochonilhas e trips).
Materiais a serem utilizados:
200 g de sulfato de cobre
200 g de cal virgem
20 litros de água
Modo de preparar:
Colocar em um saco de pano ralo 200 g de sulfato de cobre, bem moído e inseri-lo em um recipiente de madeira ou
plástico, contendo 10 litros d’água. O saco deverá ser amarrado em uma vara atravessada sobre o recipiente, de modo
a apenas mergulhar na água. Geralmente após uma hora, o sulfato de cobre estará todo dissolvido.
Em outro recipiente, com capacidade superior a 20 litros, colocar 200 g de cal virgem, em pequenas quantidades, até
formar uma pasta consistente. Em seguida, juntar água até completar 10 litros.
Após este procedimento, despejar a calda contendo o sulfato de cobre sobre a calda, contendo a cal ou, então, em um
terceiro recipiente de capacidade superior a 20 litros, juntar as duas soluções simultaneamente, sempre em pequena
quantidade, agitando a mistura durante o processo de preparação.
Para verificar se a calda apresenta pH neutro (desejável), mergulhar na solução uma lâmina de canivete bem limpa,
durante meio minuto, e, ao retirá-la, observar se houve formação de ferrugem sobre ela, o que indica acidez. Se isso
acontecer, juntar mais um pouco da solução de água e cal, até que não mais se processe a reação.
Modo de usar:
A aplicação da calda deverá ser feita no mesmo dia de seu preparo.
Em plantas novas, deverá ser usada a metade da quantidade de sulfato de cobre e de cal virgem.
Pulverizar preferencialmente em horários de temperatura amena. Se usar cal hidratada ao invés de cal virgem, a
dosagem deve ser a 1,8 a 2 vezes maior.
A calda bordalesa pode ser misturada com os inseticidas, como: o extrato de fumo, extrato de confrei e outros extratos.

Casos especiais - dosagens para 20 litros de água.


Cultura Sulfato de Cobre (g) Cal Virgem (g)
Abobrinha, alface, chicória, 100 100
caqui, morango, pepino, tomate, pimentão, etc.
Couve, repolho 500 500
Cucurbitáceas 60 60

CALDA VIÇOSA
Indicações de uso:
Adubo foliar e fungicida.
Materiais a serem utilizados:
20 litros d’água
100 g de sulfato de cobre (em época propensas a maiores ocorrências de doenças fúngicas, essa dosagem poderá
chegar a 200 g)
40 g de sulfato de zinco
40 g de ácido bórico
120 g de sulfato de magnésio
80 g de ureia (*)
110 g de cal hidratada
·(*): Em aplicações sucessivas, alternar a ureia com o cloreto de potássio, na mesma dosagem.
·Modo de preparar:
·Misturar a quantidade, especificada anteriormente, de sulfato de cobre + sulfato de zinco + sulfato de magnésio + ácido
bórico + uréia (ou cloreto de potássio) em recipiente de plástico (balde) contendo 10 litros.
Em outro recipiente de plástico de capacidade mínima de 20 litros, colocar 10 litros d’água e adicionar a quantidade de
cal hidratada especificada anteriormente.
Despejar os 10 litros de água contendo os minerais sobre os 10 litros contendo a cal hidratada.
Obs.: Não aplicar calda bordalesa e viçosa em goiabeira quando os frutos atingirem diâmetro superior a 2 cm.
Aplicar a calda viçosa isoladamente, sem inseticidas ou espalhantes.
Agitar o pulverizador antes e durante a aplicação.
Não guardar a calda preparada de um dia para o outro.
Lavar bem os equipamentos após a aplicação, evitando assim sua corrosão.
A Ureia e o Cloreto de Potássio não são permitidos na Agricultura Orgânica.

ÁGUA DE CINZA
Indicações de uso:
Repelente de pulgão, lagartas, etc.
Materiais a serem utilizados:
2 kg de cinza
10 litros de água
Modo de preparar:
Dissolver 2 kg de cinza em 10 litros d’água. Agitar e depois deixar descansar por 1 dia. Coar em saco de aniagem ou
estopa para evitar entupimento do pulverizador ou regador.
Modo de aplicar:
Pulverizar as plantas infectadas.

CALDA DE ÓLEO COZINHA COM DETERGENTE


Indicação de Uso:
Controle de pulgões e de mosca-branca
Ingredientes:
10 litros de água
100 a 150 ml da mistura (óleo + detergente neutro)
Modo de preparo e uso:
Em uma garrafa PET de capacidade de 2 litros adicione 900 ml de óleo de soja (1 lata ou 1 frasco), 1/2 litro de
detergente neutro (1 frasco). Agitar bem, homogenizando a mistura. Colocar a dosagem indicada em um pulverizador
com 10 litros. Aplicar nas plantas atacadas procurando atingir toda área atacada. Uma única aplicação é poderá ser o
suficiente para controlar a população dos insetos pragas. As plantas devem ser observadas e caso seja necessário
fazer uma segunda aplicação, repetir 15 dias após a primeira aplicação. Aplicar a calda nas horas mais frescas do dia,
preferencialmente no final da tarde.
Na hora da aplicação da calda, pode misturá-la com extratos de plantas (NIM, Santa Bárbara, Mamona, pimenta
do reino + alho, etc.) tornando a calda de espectro maior (melhor eficiência no controle de insetos pragas).

CALDA DE ENXOFRE COM SAL E DETERGENTE


Indicações de uso:
Controle de cochonilhas e ácaros.
Materiais a serem utilizados:
10 litros de água
100 ml de detergente neutro
150 g de sal
30 g de pó de enxofre
Modo de preparar:
Misturar todos os ingredientes na água.
Modo de aplicação:
Pulverizar as plantas infectadas no período mais fresco do dia.

LEITE
Indicações de uso:
Fungicida (oídio, míldio e outras), ácaro, ovos de lagarta.
Materiais a serem utilizados:
0,5 a 1 litro de leite
10 litros de água
Modo de aplicação:
Pulverização semanal a quinzenal.

V.4 - EXTRATO DE PLANTAS E MISTURAS


Os extratos ou macerados de muitas plantas têm ação no controle de várias pragas e doenças. Algumas destas foram
selecionadas e estão descritas abaixo:

ALHO + PIMENTA-DO-REINO + SABÃO


Indicações de uso:
Fungicida e inseticida.
Materiais a serem utilizados:
2 litros de álcool
100 gramas de alho macerado
20 litros de água
100 g de pimenta-do-reino
50 gramas de sabão neutro
Modo de preparar:
Numa garrafa colocar 1 litro de álcool + 100 g de pimenta-do-reino.
Em outra garrafa colocar 1 litro de álcool + 100 g de alho macerado. Deve-se manter a garrafa fechada durante 7 dias.
Modo de usar:
No momento da aplicação, diluir: 20 litros de água + 200 ml da calda de pimenta-do-reino + 100 ml da calda de alho +
50 gramas de sabão neutro (previamente dissolvidos em 1 litro de água quente). Pulverizar periodicamente, de 7 em 7
dias, nas horas de temperatura amena do dia.

MACERADO DE MAMONA
Indicação de uso:
Controle de formigas cortadeiras e de cupins.
Materiais a serem utilizados:
4 a 5 folhas adultas (folhas mais velhas e maiores) de mamona para cada litro de água.
Modo de preparar:
Retirar os talos das folhas e triturá-las. Deixar de molho na água em local escuro por cerca de 12 horas.
Modo de usar:
Para controle de formigas:
Coar e regar com fartura os olheiros dos formigueiros.
Para controle de cupim de montículo:
Fazer a perfuração vertical e central do cupinzeiro (que pode ser feito com auxílio de um cano de ferro chanfrado na
extremidade), até que se atinja a câmara celulósica. (Percebe-se facilmente que se atingiu a câmara celulósica, uma
vez que não se constata mais resistência na penetração.) Despejar, com fartura, o Extrato de Mamona Aquoso (EMA)
dentro do orifício perfurado.

NIM
Indicações de uso:
Inseticida (traças, lagartas, larva minadora dos citros, pulgões, gafanhotos).
Materiais a serem utilizados:
Para pulverização foliar:
300 g de folhas secas ou 600 g de folhas frescas
50 g de sabão
10 litros de água
Modo de preparar:
Em um vasilhame colocar 10 litros de água e a quantidade recomendada de folhas, picadas ou batidas em liquidificador
com um pouco de água. Deixar em repouso durante 12 horas.
Modo de usar:
A mistura deverá ser coada e utilizada em pulverização no mesmo dia. Para aumentar a eficiência, acrescentar 50 g de
sabão neutro derretido em banho-maria aos 10 litros de calda diluída.

SANTA BÁRBARA ou CINAMOMO (Cedrinho do Cerrado)


Indicações de uso:
Inseticida (traças, lagartas, larva minadora dos citros, pulgões, gafanhotos).
Materiais a serem utilizados:
Para pulverização foliar:
300 g de folhas secas ou 600 g de folhas frescas
50 g de sabão
10 litros de água
Para tratamento de sementes:
600 g de folhas de folhas secas
50 g de sabão neutro
10 litros de água
Modo de preparar:
Em um vasilhame colocar 10 litros de água e a quantidade recomendada de folhas, picadas ou batidas em liquidificador
com um pouco de água. Deixar em repouso durante 12 horas.
Modo de usar:
A mistura deverá ser coada e utilizada em pulverização no mesmo dia. Para aumentar a eficiência, acrescentar 50 g de
sabão neutro derretido em banho-maria aos 10 litros de calda diluída.

EXTRATO PRIMAVERA
(bougainvilea)
Indicação de uso:
Inseticida. Controle do trips (vetor do “vira cabeça” do tomateiro)
Materiais a serem utilizados:
200 a 300 g de folhas de bougainvíllea
1 litro de água
Modo de preparar:
Bater no liquidificador 200 g de folhas de bougainvíllea com 1 litro de água. Deixar de molho por 12 horas, coar e em
seguida diluí-lo em 20 litros de água.
Modo de usar:
Pulverizar imediatamente (em horas frescas do dia). Não pode ser armazenado. Para tomateiro, pulverizar
semanalmente até 60 dias após o transplantio.

V.5 – PASTAS

PASTA BORDALESA
Indicações de uso:
Controle de gomose e rubelose em citros.
Materiais a serem utilizados:
1 kg de sulfato de cobre
2 kg de cal virgem
10 litros de água
Modo de preparar:
Utilizar o mesmo processo para preparar a calda bordalesa, tomando-se o cuidado de observar as quantidades dos
ingredientes.
Modo de aplicação:
A aplicação é feita utilizando-se de brochas para pincelamento do tronco.

PASTA DE ENXOFRE
Indicação de uso:
Controle de brocas, cochonilhas, etc.
Materiais a serem utilizados:
1 kg de enxofre
2 kg de cal hidratada
500 g de sal
10 litros de água
Modo de preparar e de usar:
Misturar todos os materiais e pincelar o tronco e a base dos ramos principais, para tratamento de inverno na
prevenção de brocas e cochonilhas.

VI- CONTROLE ALTERNATIVO DE PARASITAS NA PECUÁRIA

VI.1- FOLHAS DE ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA

Indicações de uso:Controle de carrapatos, berne, mosca-dos-chifres e mosca dos estábulos.


Para carrapatos:
Materiais a serem utilizados:
folhas verdes de araucária
Modo de preparar e de usar:
Triturar as folhas verdes de araucária e misturá-las ao trato dos animais (200 g de folhas verdes/cabeça/semana).
Durante uma semana, fornecer esta mistura aos animais infestados de carrapatos.
Repetir o tratamento quando os animais se reinfetarem de carrapatos.
Obs.: O fornecimento de folhas de araucária não causa abortos, nem deixa gosto no leite. A aplicação tem apresentado
também excelentes resultados no controle de berne, mosca-dos-chifres e de bicheiras.
Para berne, mosca-dos-chifres e mosca-dos-estábulos:
Materiais a serem utilizados:
1 kg de folhas verdes
20 litros d´água
Modo de preparar e de usar:
Picar as folhas e misturar na água. Descansar por 7 dias em local escuro e na temperatura ambiente. Peneirar a
solução e banhar os animais

VI.2- SORO DE LEITE E SAL


Indicações de uso:
Controle de carrapatos.
Materiais a serem utilizados:
1 litro de soro de leite
2 colheres de sopa de de sal comum
Modo de preparar e de usar:
Misturar tudo e banhar ou passar um pano ou estopa em todas as áreas infestadas dos animais durante 2 dias.

VI.3- EXTRATO VEGETAL DE SANTA BÁRBARA (CINAMOMO)


Indicações de uso:
Controle de carrapatos e mosca-dos-chifres.
Materiais a serem utilizados:
500 gramas de folhas secas ou 1000 g folhas verdes maceradas
20 gramas de sabão vegetal
10 litros d´água
Modo de preparar e de usar:
Macerar as folhas, deixá-las de molho na água por cerca de 12 horas em local escuro. Coar, dissolver o sabão e banhar
os animais.

VI.4- ENXOFRE
Indicações de uso:
Controle de carrapatos.
Materiais a serem utilizados:
2 colheres de sopa de enxofre
1 colher de sopa de sal
5 colheres de banha de porco
2 limões
Modo de preparar e de usar:
Misturar tudo e passar com um pano no lombo do animal.

VI.5- PESSEGUEIRO, PINHEIRO OU CINAMOMO


Indicações de uso:
Controle de carrapato e berne.
Materiais a serem utilizados:
1 kg de folhas de pessegueiro, pinheiro-brasileiro ou cinamomo
1 litro de água
Modo de preparar e de usar:
Fazer um chá (infusão) ou deixar de molho na água por 24 horas e banhar os animais sempre à tardinha.

VI.6- ALHO, ENXOFRE E EUCALIPTO


Indicações de uso:
Controle de carrapato.
Materiais a serem utilizados:
100 g de sal comum
30 g de alho amassado
100 g de enxofre
5 kg de sal mineral
20 folhas de eucalipto
Modo de preparar e de usar:
Misturar tudo e fornecer, no cocho, aos animais 1 vez por dia, durante 1 semana.

VI.7- CHÁ DE FOLHAS DE PICÃO E CARQUEJA


Indicações de uso:
Controle de mamite.
Materiais a serem utilizados:
Água, folhas verdes de carqueja, folhas verdes de picão.
Modo de preparar e de usar:
Ferver 1 litro de água filtrada com 30 gramas de folhas verdes de carqueja e 30 gramas de folhas verdes de picão.
Esfriar e aplicar , com o auxílio de uma seringa descartável, 20 ml dentro de cada teta durante 5 dias.
Obs.: fazer sempre a assepsia do local (úbere) com água limpa e papel toalha.

VI.8- MACERADO DE ALHO


Indicações de uso:
Controle da mamite.
Materiais a serem utilizados:
1 xícara de alho descascado, moído ou picado
1 litro de álcool de cereais ou cachaça
Modo de preparar e de usar:
Deixar o alho em infusão no álcool ou na cachaça por pelo menos 15 dias, agitando diariamente. Coar e misturar 1 a 2
ml da solução em 10 ml de água fervida. Aplicar dentro da teta 1 a 2 vezes por dia, durante 5 dias.

Podemos ainda usar 7 dentes de alho esmagados em 100 ml de azeite. Ferver em banho-maria por 40 a 60 minutos,
coar e aplicar 10 ml dentro da teta, 1 vez por dia, durante 5 dias.

VI.9- VINAGRE
Indicações de uso:
Controle da Mamite
Modo de preparar e usar:
Misturar 10 ml de água limpa e fervida + 5 ml de vinagre. Aplicar 10 ml da solução na teta doente durante 5 dias.

VI.10- FOLHAS DE BANANEIRA


Indicações de uso:
Diarreia e controle de vermes.
Modo de usar:
Fornecer folhas de bananeira picadas (à vontade) aos animais.
Para a ingestão de animais jovens, os talos deverão ser retirados.

VI.11- HEMOTERAPIA
Indicação de uso:
Controle de papilomatose.
Modo de preparar e de usar:
Retirar sangue da veia do animal e aplicar no músculo do animal.

VI.12- NIM
Indicações de uso:
Controle de carrapatos
Materiais a serem utilizados:
Para pulverização:
500 g de folhas secas ou 1.000 g de folhas frescas
10 litros de água
Modo de preparar:
Em um vasilhame colocar 10 litros de água e a quantidade recomendada de folhas, picadas ou batidas em liquidificador
com um pouco de água. Deixar em repouso durante 12 horas.
Modo de usar:
A mistura deverá ser coada e utilizada em pulverização no mesmo dia. Para aumentar a eficiência, acrescentar 100 g
de sal aos 10 litros de calda diluída.

VI.13- HOMEOPATIA
Indicações de uso:
Controle das mais diversas enfermidades.
Consulte um Veterinário ou um Homeopata.

VII- AUMENTO DA IMUNIDADE DE BEZERRAS (TERNEIRAS)

VII.1- SILAGEM DE COLOSTRO (COLOSTRO FERMENTADO)


Indicação de uso:
Alimentação de bezerras.
Modo de preparar:
A silagem de colostro é produzida armazenando o colostro excedente em garrafas plásticas, tipo Pet's ou galões com
tampa. O colostro é colocado nas garrafas, até o completo preenchimento e fechamento sem a presença de ar para
que ocorra a fermentação correta. Este material deve ser armazenado em temperatura ambiente, protegido da luz
solar, em local limpo e fresco, por tempo indeterminado. Após 21 dias este material está pronto para ser utilizado
como substituto do leite.
Modo de usar:
Para fornecer às bezerras, deve-se misturar a silagem de colostro com água morna (50ºc) em partes iguais. A silagem
feita com o colostro do primeiro e do segundo dia pós-parto deve ser usada para alimentar as bezerras com até 35 dias
de idade. As bezerras com mais de 35 dias devem receber a silagem de colostro feita com a coleta do 3º e 4º dia pós
parto. Para acostumar as bezerras ao sabor da silagem de colostro deve-se adicionar leite à mistura, da seguinte
maneira:
- 1º dia: 25% da mistura, mais 75% de leite;
- 2º dia: 50% da mistura, mais 50% de leite;
- 3º dia: 75% da mistura, mais 25% de leite;
- 4º dia em diante: somente a mistura (colostro mais água);
Aconselha-se iniciar o uso sempre com a primeira silagem produzida dentro da propriedade.
O colostro possuí mais proteínas, sais minerais, gorduras, vitaminas e sólidos totais do que o leite. Enquanto o leite
possui em média 3% de proteína o colostro do sia do parto possui 14% de proteínas.
Uma bezerra consome aproximadamente 4 litros da mistura de colostro por dia.

VIII- CONTROLE PREVENTIVO DE VERMES e CARRAPATOS

VIII.1- ROTAÇÃO DE PASTAGENS


Consiste no pastejo rotacionado de animais através de um planejamento prévio, impedindo assim o fechamento do ciclo
de vida dos vermes e dos carrapatos.

VIII.2- LAMBE-LAMBE (receita de conhecimento popular)


Indicação de uso:
Controle preventivo de carrapatos.
Modo de preparar e de usar:
Misturar 4 kg de sal mineral com 3 kg de cinzas de sabugo de milho (pode ser substituído por cinzas de lenha) e com 2
kg de fubá e 1 kg de alho seco e moído. Colocar no cocho, à vontade, durante todo o ano.

IX- TRATAMENTO SOLOS


TSUTI KOJI
Definição e origem
Tsuti Koji quer dizer, solo inoculado e rico em micro-organismos. Terra viva e rica em colônias de microrganismos
benéficos.
O Tsuti Koji é o produto obtido da inoculação de micro-organismos selecionados (BIOCAC ou EM-4), em terra de
barranco (estéril), onde estas se multiplicarão e deixarão a terra fofa, viva e utilizável para a agricultura. Este produto é
muito utilizado no Japão para devolver a vida aos solos carentes e doentios. Esta técnica foi trazida para o Brasil e é
utilizada por produtores rurais descendentes de japoneses em diversas regiões do Brasil.

Obletivo
A aplicação do Tsuti Koji visa melhorar as propriedades biológicas do solo. Ultimamente a quantidade de micro-
organismos patogênicos têm aumentado consideravelmente no solo, sendo que a aplicação do Tsuti Koji funciona
como um recolonizador de micro-organismos benéficos limitando a atividades dos micro-organismos
patogênicos.
O Tsuti Koji tem um potencial muito grande que através de agentes de fermentação: consegue transformar os elementos
não assimiláveis prontamente como fósforo, cálcio e magnésio em elementos prontamente assimiláveis para planta.
Devido ao seu alto valor de capacidade de troca de cátions melhora a CTC do solo, melhora o ambiente onde cresce a
planta, isso naturalmente ocasiona aumento de produtividade.

FAÇA VOCÊ MESMO O TSUTI-KOJI


Ingredientes:
a) SOLO
Dê preferência solo argiloso e onde a raiz não atingiu (terra de barranco), na medida do possível escolher solo com alto
teor de CTC. Melhor utilizar solo ou meio seco.

b) FARELO DE ARROZ
Usado para a alimentação do micro-organismo. Evitar o uso de farelo sem qualidade, endurecido, velho e embolorado.
c) MAISENA
Ou qualquer outra fonte de amido serve para fornecer energia para os micro-organismos.
d) BIOCAC (o mesmo que o EM 4 – microrganismos eficientes coletados na mata através de uma isca a base de arroz
cozido sem óleo e sem sal)
Seleção de micro-organismos, isto é, escolha dos que melhor atuam na decomposição da matéria orgânica e
colonização do solo.
e) ÁGUA
f)AÇÚCAR CRISTAL OU MASCAVO OU RAPADURA TRITURADA
Quantidades:
solo …................................500 Kg
farelo arroz (ou de trigo)...15 Kg
maisena............................1,5 Kg (ou mais)
BIOCAC (EM-4) …...........1,0Kg...1,0 L (ou mais)
água …..................... …....50 – 55%
açúcar …......................... 1,5 Kg (ou mais)
Modo de preparo
1. Em um piso limpo, peneirar a terra de barranco e amontoar;
2. Fazer pasta de maisena com água e misturar bem de modo que não fique empelotado;
3. Acrescentar nesta pasta 35 litros de água fervente e o açúcar;
4. Separado, misturar o BIOCAC (ou EM-4) com farelo de arroz;
5. Distribuir essa mistura sobre a terra peneirada;
6. Revolver a mistura para homogeizar;
7. Com um regador distribuir uniformemente parte da pasta sobre mistura;
8. Misturar novamente;
9. Repetir a operação (7 e 8) até que acabe a pasta;
Detalhes complementares
1. Fazer o acerto da umidade;
2. Amontoar e cobrir com saco de estopa para que haja boa aeração evitar insolação;
3. Após 24 a 36 horas elevará a temperatura máxima chegando de 50 a 60 graus C;
4. Revolver somente quando atingir esta temperatura máxima;
5. Após 24 horas fazendo-se um corte no monte, pode-se notar crescimento do fungo em camadas, nas partes
superficiais.
6. A partir daí, revolver a cada dia e em 5 dias ficará pronto;
7. Depois de 3 a 4 reviradas vai começar a secar. Não umedecer. Manter seco.
8. Na última operação de revolvimento, 15 cm da superfície fica igual uma massa de pão e há formação de uma
enorme colônia de micro-organismos;
9. Depois de pronto, colocar em local bem ventilado, fresco e na sombra. Secar o mais rápido possível evitando
contaminação com outros agentes;
10. Armazenar em embalagens que permitam a aeração;
11. A umidade ideal de armazenamento 15%;

Os micro-organismos tem 4 pontos básicos para estarem ativos: temperatura, umidade, e nutrientes. Na falta de um
desses fatores os micro-organismos entram em inatividade;
OBS.: O Tsuti Koji pronto tem a cor de chocolate e possui cheiro adocicado.

USO DO TSUTI KOJI


a. Aplicar em área total. Dosagem 3,0 t/ha;
b. Em solos de baixa fertilidade, aumentar para 5,0 a 6,0 t/ha;
c. Solos fumigados com brometo de metila, não aplicar o Tsuti Koji por semanas;
d. Substrato para mudas utilizar de 1 a 2% do volume;
e. Desinfecção de solos de estufas na dose de 1000kg de Tsuti Koji/10 (metros quadrados) mais 50 kg de farelo
de arroz, espalhando no solo com 50% de umidade. Deixar a estufa fechada por 7 dias, até que a temperatura
do solo se eleve a 50 graus C diminuindo a infestação dos patógenos;
f. O Tsuti Koji pode ser misturado com composto, solos e adubos orgânicos(estercos, farelo de mamona, etc).

Sugestões
Em regiões onde há dificuldade em se conseguir os farelos de arroz, sugere-se a sua substituição pelo farelo de trigo ou
por maizena. Acredita-se que venham ocorrer os mesmos resultados de colonização e multiplicação dos
microrganismos benéficos.
OLERICULTURA/PLASTICULTURA
COMO CONSTRUIR UMA CASA DE VEGETAÇÃO (ESTUFA) TIPO TÚNEL MÉDIO
O termo plasticultura é utilizado para se referir principalmente ao cultivo de plantas em casas de vegetação, as quais
são cultivadas sob proteção, popularmente estas estruturas são chamadas de estufas.
Como temos no Brasil temperaturas que variam durante o ano, oscilando de baixas a altas e período de chuvas bem
definidos, podemos utilizar as coberturas plásticas para produzir algumas hortaliças cuja produção a “céu aberto” em
determinadas épocas do ano não seria viável como é o caso de algumas folhosas.
Há vários modelos de estruturas possíveis, e o produtor poderá construir aquela que considerar mais adequada a sua
situação, como também construí-la com a finalidade de produção para consumo, mudas ou comercial.
Para a cobertura, são utilizados plásticos chamados “agrofilmes” ou, simplesmente filmes, que são fabricados com
PEBD (Polietileno de Baixa Densidade). Deve-se dar prioridade aos filmes de espessura de entre 0,10 mm a 0,15 mm
(100 a 150 micras) e aditivados, ou seja, tratados de maneira a não permitir a degradação do plástico pelos raios ultra
violeta.

O terreno para a sua construção, deve ser plano ou levemente inclinado e o solo para produção de hortaliças deve ser
preferencialmente leve, de textura areno-argilosa, e que seja de boa drenagem. Recomenda-se que a estrutura seja
construída tendo o seu eixo longitudinal, se possível, paralelo ao sentido do vento dominante no local. Também
observar a posição do sol e de preferência fazer a locação no sentido leste-oeste.
As produtividades alcançadas em estufa tem se mostrado de 3 a 4 vezes maiores que a dos plantios a céu aberto.

ETAPAS PARA CONSTRUÇÃO

1- Fazer a limpeza da área e se necessário fazer o nivelamento;


2- Fazer o esquadrejamento da estufa e demarcar os espaços entre arcos (3,00m) com a largura do túnel de 3,30 m; o
comprimento é variável, dependendo da necessidade de cada local;
3- Preparar as estacas: cortar as barras de ferro de 3/8” com 1,00 m a 1,20 m para serem fixadas no chão (esta
variação de tamanho é em função da estrutura do solo. Quanto mais arenoso, maior será a estaca);
4- Fazer a fixação das barras com 50 a 60 cm de profundidade (depende do solo) no chão com o auxílio de uma
marreta;
5- Fixação dos postes: devem ser feitos os buracos com 60 cm a 80 cm de profundidade (dependendo do tipo de solo)
para a fixação dos postes de 2,70 m a 2,90 m os quais serão posicionados no centro dos arcos (cumeeira). Instalar os
postes de 2,70 m a 2,90 m nas extremidades de modo que sobre para fora do buraco 2,10 m (altura central do túnel);.
6- Fixação das estacas de madeira/esticadores: fazer também os buracos nas duas extremidades a 3,00 m de distância
do último arco para se instalar as estacas que irão fixar o plástico e que também servirão de esticador para o arame
liso nº10;
7- Introdução do vergalhão dentro do tubo: colocar 6 m (1/2 barra) de vergalhão 3/8” dentro do tubo de PVC de 3/4”
para dar maior rigidez ao arco;
8- Conectar os tubos de PVC nas pontas dos vergalhões das estacas previamente fixadas no chão;
9- Esticar o arame liso e se necessário, travar/amarar nos arcos de PVC utilizando o arame recozido;
10- Fixar sarrafos de 1,00 m comprimento a 50 cm de profundidade na parte interna e no pé de cada lado dos arcos e
fazer a amarração com arame recozido;
11- Amarrar uma extremidade do plástico na estaca e distribuí-lo até a sua fixação na estaca do outro lado da estufa.
Para maior durabilidade deste filme plástico o mesmo deverá ser bem esticado, por isso recomenda-se espalhá-lo no
horário do dia de maior calor deixando-o por 30 min a 1 hora e aí procedendo o seu esticamento;
12- O travamento do plástico deverá ser feito com o auxílio de cordas de algodão acetinado fixados com grampos de
ferro de 1/4” em forma de S que serão colocados na base dos arcos de PVC sendo que cada corda terá 14 m de
comprimento e terá um ponto de fixação em um lado do arco e o outro ponto na outra extremidade do arco. A corda, ao
ser esticada e travada com auxílio de nó “paulista”, ficará em foma de V.

MATERIAIS NECESSÁRIOS P/MONTAGEM DE TÚNEL MÉDIO (3,3m x 6,0m)

- 3 tubos ¾” de PVC
- 6 barras de ferro 3/8” c/1m de comprimento (estacas);
- 3 barras de ferro 3/8” c/6m de comprimento;
- 06 sarrafos (madeiras finas - tipo eucalipto fino) de 1 m de comprimento;
- 42 m corda tipo algodão acetinado c/4 ou 6 mm;
- 2 postes de eucalipto c/2,7m (ou 3,0 m) de comprimento e, c/6 a 8 cm de diâmetro;
- 2 estacas de eucalipto c/+ ou - 1m de comprimento, cortadas (uma das pontas) em bisel;
- 13 m de filme plástico de 100 micras e c/6 m de largura;
- 6 pedaços de ferro de tipo estribo (ou ferro 4.2 ou de 1/4”);
- 14 m de arame liso nº10 (arame tipo para cerca lisa);
- 1 m de arame recozido;
- 1 (uma) lima;
- 1 (uma) marreta;
- 1 (uma) cavadeira tipo tatu;
- 14 m de arame liso;
- 1 segueta completa;
- 1 facão.

FOTOS DE PASSO A PASSO


(detalhe das fotos: este túnel é de 3,30 m x 18,0 m )

corte ferro 3/8” (estacas 1m) tubos pvc 3/4” + ferro 3/8” ferro 3/8” dentro dos tubos pvc 3/4”

fixação estacas de ferro 3/8” encaixe dos tubos nas estacas colocação plástico

amarrio do plástico detalhe do amarrio e da estaca túnel pronto

Fotos: Fernando Tinoco

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