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ECOLÓGICA
CARTILHA DE
AGROECOLOGIA
DA TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA À
UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS
ALTERNATIVAS PARA A PRODUÇÃO
ECOLÓGICA DE ALIMENTOS
(anexo plasticultura)
Autor:
Fernando Tinoco
Coordenador Técnico Regional
Contribuição/Colaboração:
Juscelino Rabelo e Alice Soares
Coordenadores Técnicos Regionais
EMATER-MG
I - O QUE É AGROECOLOGIA?
Segundo Altieri (1989), "a Agroecologia é uma ciência que fornece os princípios ecológicos básicos para estudar,
desenhar e manejar agroecossistemas produtivos, que conservem os recursos naturais, que sejam culturalmente
apropriados, socialmente justos e economicamente viáveis". De igual forma, de acordo com Hecht (1989), " representa
uma forma de abordar a agricultura que incorpora cuidados especiais relativos ao ambiente aos problemas sociais e à
sustentabi1idade ecológica do sistema de produção".
Assim, a conceituação de Agroecologia, resumida neste texto, permite afastar a confusão entre a Agroecologia como
enfoque científico e as diferentes agriculturas alternativas (Orgânica, Ecológica, Permacultura, Biológica, Natural,
Biodinâmica, etc.).
Traduzindo esta visão mais teórica e aproximando estes conceitos de formas de operacionalização na prática, pode-se
dizer que algumas premissas devem ser observadas quando se trabalha a partir do enfoque agroecológico, por
exemplo:
- Atender a requisitos sociais: preservando e qualificando as relações entre os sujeitos e buscando melhores condições
de vida e de bem-estar requeridos num contexto.
- Considerar aspectos culturais: resgatando e respeitando saberes, conhecimentos e valores dos diferentes grupos
sociais, que serão analisados, compreendidos e utilizados como ponto de partida para o desenvolvimento local.
- Cuidar do meio ambiente: preservando os recursos naturais ao longo do tempo, com a manutenção ou ampliação da
biodiversidade, melhorando a reciclagem de materiais e energia dentro dos agroecossistemas.
- Apoiar o fortalecimento de formas associativas e de ação coletiva: promovendo a participação efetiva, possibilitando o
maior empoderamento dos atores sociais, estimulando a autogestão.
- Contribuir para a obtenção de resultados econômicos: observando o ponto de equilíbrio entre a produção e
preservação da base de recursos naturais.
- Atender a requisitos éticos: compromisso com uma sociedade mais justa, pautada por relações igualitárias e fraternas.
Observando que a busca de sustentabilidade implica uma necessária solidariedade entre as gerações atuais e destas
com as futuras gerações.
Portanto, com a contribuição da Agroecologia, o que se busca é a construção de agriculturas sustentáveis, isto é, estilos
de agricultura que "reconhecem a natureza sistêmica da produção de alimentos, forragens e fibras, equilibrando, com
equidade, aspectos relacionados com a saúde ambiental, a justiça social e a viabilidade econômica, entre os diferentes
setores da população, incluindo distintos povos e diferentes gerações" (Gliessman, 2000), ou seja, estilos de agricultura
capazes de preservar a base de recursos naturais necessária para que as atuais e as futuras gerações possam se
reproduzir social e economicamente e, ao mesmo tempo, produzir alimentos sadios e de melhor qualidade biológica.
Agroecologia não é um novo “pacote de técnicas”. O que se preconiza não é simplesmente a diminuição ou eliminação
dos agrotóxicos ou dos fertilizantes químicos e a sua substituição por fertilizantes biológicos.
Segundo Caporal e Costabeber (2004), é importante marcar a distinção entre a agricultura de base ecológica, orientada
pelos princípios da Agroecologia, daqueles estilos de agriculturas alternativas que, embora apresentando denominações
que dão a conotação da aplicação de práticas, técnicas e ou procedimentos que visam atender a certos requisitos
sociais ou ambientais, não necessariamente terão que lançar ou lançarão mão das orientações mais amplas emanadas
do enfoque agroecológico. A título de exemplo, cabe afirmar que não se deve entender como agricultura ecológica
aquela baseada nos princípios da Agroecologia ou, aquela agricultura que simplesmente não utiliza agrotóxico ou
fertilizantes químicos sintéticos em seu processo produtivo.
Consideram-se boas práticas agroecológicas a adoção de atitudes e de práticas agrícolas que visem preservar e
aumentar a biodiversidade e os recursos naturais, reduzindo os efeitos negativos das atividades agrícolas e das
intervenções humanas sobre os agroecossistemas.
Praticar Agroecologia significa também adotar atitudes e procedimentos baseados em estudos e análises de ambientes
e sistemas produtivos, integrando o “saber local” ao “conhecimento científico”, com a participação ativa das
comunidades, sempre buscando a harmonia entre a produção agropecuária e a preservação ambiental. Dessa forma, é
possível estabelecer uma melhor relação com a natureza e entre os seres humanos, por meio da produção de alimentos
sadios e de melhor qualidade biológica. Todos são beneficiados: agricultores, consumidores e sociedade em geral. Isso
é qualidade de vida. E a natureza agradece.
3- BIOGEO
Indicações de uso:
Adubações foliar e de solo.
Materiais a serem utilizados:
tambor de 200 litros
água
30 kg de resto ruminal (proveniente de matadouro)
20 a 30 kg de esterco fresco de curral
5 kg de folhas e restos vegetais (folhas de couve, beterraba, “mato”, etc.)
7 litros de garapa ou 1 kg rapadura triturada
Pode-se enriquecê-la com micronutrientes, fosfato natural e pó fino de carvão.
Modo de preparar:
Misturar todos os ingredientes e deixar fermentar por 20 a 30 dias, aerobicamente (com oxigênio), agitando diariamente
(2 a 3 vezes/dia).
Modo de usar:
Dosagem:
Foliar: 5% (5 litros do biofertilizante para 95 litros de água).
Solo: 30 a 50% (30 a 50 litros do biofertilizante para 70 a 50 litros de água).
4- URINA DE VACA
Indicações de uso:
Adubações foliar e de solo.
Materiais a serem utilizados:
urina de vaca e água.
Modo de preparar:
Coletar a urina de vaca no momento da ordenha e armazená-la por 3 dias em recipiente fechado (para transformação
da ureia em amônia).
Modo de usar:
Frutíferas:
Foliar: 5% de urina (9,5 litros de água + 500 ml de urina).
Hortaliças:
Foliar: 0,5% na formação de mudas e entre 1 a 5% no campo, dependendo do estágio de desenvolvimento da planta.
Café:
5% em 2 a 4 pulverizações/ano após a colheita, quando também se pode regar o tronco com 2 litros/planta.
Controle do bicho-mineiro: pulverizar a 15% (3 litros de urina em 17 litros de água).
Formação de mudas com rega: 3% (3 litros de urina em 97 litros de água).
Formação de mudas com pulverização: 1% (1 litro de urina em 99 litros de água).
Tratamento de sementes, manivas de mandioca e toletes de cana: imergi-los, antes do plantio, durante um minuto,
na urina pura – concentração de 100%.
5- COMPOSTO ORGÂNICO
A produção de um composto orgânico de qualidade possibilita a reciclagem de materiais encontrados na propriedade
(esterco, folhas, palhas, restos culturais, etc.) e o seu enriquecimento principalmente com fontes de cálcio, fósforo e
potássio.
Materiais a serem utilizados:
25 a 35% de esterco bovino
55 a 65% de resíduos vegetais
5% de fosfato natural ou pós de rocha
5% cinza de madeira ou pó fino de carvão
água
Modo de preparar:
Escolha do local adequado: terreno com boa drenagem, pequena inclinação e preferencialmente protegido de sol e
chuva.
Misturar palha, capim, restos culturais, sobras de silagem, esterco, etc, antes do empilhamento e, a seguir, fazer o
umedecimento dessa massa. (Teste da mão: espremer o material e verificar o escorrimento entre os dedos. O ideal é
que não haja excesso de umidade, ou seja, o líquido não deve escorrer entre os dedos.) Após o umedecimento, deve-se
espalhar a mistura sobre o solo (20 cm de altura e 2,0 de largura). O comprimento poderá variar de acordo com a
quantidade de material a ser compostado.
Formar uma pilha com a mistura umedecida até 1,20 m a 1,60m de altura.
Finalmente, cobrir com palha seca para manter a umidade e a temperatura.
Obs.: O período de compostagem depende das temperaturas e do tamanho das partículas dos materiais e da aeração,
como, por exemplo:
Partes pequenas, tipo capim picado, com temperaturas em torno de 60ºC = 55 a 60 dias.
Partes médias, com 15 a 20 cm, com temperaturas em torno de 60ºC = 60 a 80 dias.
Partes inteiras, com temperaturas até 60ºC = em torno de 90 dias.
Somente esterco bovino, com temperaturas de 60 a 70ºC = 30 a 35 dias.
O acréscimo de microrganismos promove a aceleração da decomposição.
A massa não necessita ser revirada.
6- BOKASHI AERÓBIO
Indicações de uso:
Adubo orgânico utilizado na adubação de plantio e de cobertura das plantas.
Materiais a serem utilizados:
250 kg de terra virgem de barranco, isento de sementes
100 kg de esterco de galinha (ou farelo de soja; ou plantas inteiras trituradas e secas de leguminosas)
100 kg de farelo de arroz (ou raízes e folhas de mandioca trituradas e secas)
75 kg de farinha de osso (ou termo fosfato magnesiano ou fosfato natural)
15 Kg de cinzas de lenha, peneirada (ou pó de carvão)
5 Kg de açúcar (ou 5 Kg de rapadura triturada ou 20 a 30 Kg cana de açúcar triturada)
1 litro de microrganismos (EM-4*) diluído em 20 a 30 litros de água
Modo de preparar:
Misturar os materiais e deixá-los fermentar durante 7 a 10 dias. Nos 3 ou 4 primeiros dias, a massa deverá ser revirada
diariamente (3 vezes/dia).
Dosagens e modo de usar:
300 g/cova(tomate, etc.)
200 a 300 g/m² no preparo de canteiros de hortaliças
150 a 200 g/m em sulcos
500 g/cova em fruteiras
*O EM (Effective Microrganisms = Microrganismos Eficientes) é uma suspensão, na qual coexistem mais de 10 gêneros
e 80 espécies de microrganismos eficazes, assim chamados porque agem no solo, fazendo com que a capacidade
natural do solo tenha plena ação. É composto basicamente de leveduras, actinomicetos, bactérias produtoras de ácido
láctico e bactérias fotossintetizantes. Estes microrganismos poderão ser capturados através da utilização de arroz
cozido (sem óleo e sem sal) que deverá ser colocado em um recipiente de barro (Ex.: telha) ou em garrafas PET's
perfuradas e levado para uma mata, permanecendo por um período mínimo de 7 dias. Após este período, procede-se
pela seleção visual das colônias de microrganismos, eliminando aquelas de coloração mais escura. Em seguida,
esfarela-se o arroz colonizado em um balde com garapa (ou água com rapadura triturada ou açúcar) permanecendo em
fermentação aeróbia por um período mínimo de 10 dias e em ambiente escuro.
CALDA SULFOCÁLCICA
Indicações de uso:
Controle de doenças fúngicas, ácaros e insetos.
Materiais a serem utilizados:
Para 10 litros de calda:
2,5 kg de enxofre
1,2 kg de cal virgem pura e bem calcinada (acima de 95% CaO) ou 1,7 a 1,8 kg de cal hidratada
2 panelas ou latas de metal (com capacidade mínima de 18 litros)
Preparar uma fornalha ou levar ao fogo alto do fogão.
Levar ao fogo uma panela grande ou lata de tinta lavada de capacidade de 18 litros, contendo aproximadamente entre
1/2 a 1 litro de água. No início da fervura, colocar 2,5 kg de flor de enxofre e deixe dar uma leve "torrada" sempre
mexendo o fundo do recipiente com auxílio de uma colher de pau.
Depois de 5 min. aproximadamente, com auxílio de um balde, diluir aproximadamente 1,2 kg de cal virgem ou 1,7 kg de
cal hidratada em 10 litros de água quente e despejar na panela contendo o enxofre torrado. Deixar ferver por
aproximadamente 40 a 50 min. sempre completando o volume inicial com água quente (devido a perda por evaporação
durante a fervura). Retirar a panela (ou lata) do fogo quando a calda passar para uma tonalidade de "vinho escuro" ou
"vinho madeira". Deixar esfriar por 8 a 12 horas. A partir daí, sem agitar a calda, deve-se recolher apenas o
sobrenadante com uma caneca esmaltada ou de plástico e coar em pano ralo (saco de pano ). Se possível, deve-se
realizar a leitura com o densímetro - Aerômetro de Baumé. Considera-se boa a calda na faixa de 28º a 32º Baumé.
Guardar em recipientes com tampa e em ambiente escuro.
Modo de usar/Dosagens:
Pulverizar nas horas frescas do dia nas seguinte dosagens:
-1%: 100 ml/10 litros de água (preventivo)
-2%: 200 ml/10 litros de água (curativo)
Utilizar como espalhante adesivo o detergente neutro (30 ml) ou sabão derretido em banho maria (30 g derretida) para
cada 10 litros de água.
CALDA BORDALESA
Indicações de uso:
Fungicida, repelente de insetos (vaquinhas, cochonilhas e trips).
Materiais a serem utilizados:
200 g de sulfato de cobre
200 g de cal virgem
20 litros de água
Modo de preparar:
Colocar em um saco de pano ralo 200 g de sulfato de cobre, bem moído e inseri-lo em um recipiente de madeira ou
plástico, contendo 10 litros d’água. O saco deverá ser amarrado em uma vara atravessada sobre o recipiente, de modo
a apenas mergulhar na água. Geralmente após uma hora, o sulfato de cobre estará todo dissolvido.
Em outro recipiente, com capacidade superior a 20 litros, colocar 200 g de cal virgem, em pequenas quantidades, até
formar uma pasta consistente. Em seguida, juntar água até completar 10 litros.
Após este procedimento, despejar a calda contendo o sulfato de cobre sobre a calda, contendo a cal ou, então, em um
terceiro recipiente de capacidade superior a 20 litros, juntar as duas soluções simultaneamente, sempre em pequena
quantidade, agitando a mistura durante o processo de preparação.
Para verificar se a calda apresenta pH neutro (desejável), mergulhar na solução uma lâmina de canivete bem limpa,
durante meio minuto, e, ao retirá-la, observar se houve formação de ferrugem sobre ela, o que indica acidez. Se isso
acontecer, juntar mais um pouco da solução de água e cal, até que não mais se processe a reação.
Modo de usar:
A aplicação da calda deverá ser feita no mesmo dia de seu preparo.
Em plantas novas, deverá ser usada a metade da quantidade de sulfato de cobre e de cal virgem.
Pulverizar preferencialmente em horários de temperatura amena. Se usar cal hidratada ao invés de cal virgem, a
dosagem deve ser a 1,8 a 2 vezes maior.
A calda bordalesa pode ser misturada com os inseticidas, como: o extrato de fumo, extrato de confrei e outros extratos.
CALDA VIÇOSA
Indicações de uso:
Adubo foliar e fungicida.
Materiais a serem utilizados:
20 litros d’água
100 g de sulfato de cobre (em época propensas a maiores ocorrências de doenças fúngicas, essa dosagem poderá
chegar a 200 g)
40 g de sulfato de zinco
40 g de ácido bórico
120 g de sulfato de magnésio
80 g de ureia (*)
110 g de cal hidratada
·(*): Em aplicações sucessivas, alternar a ureia com o cloreto de potássio, na mesma dosagem.
·Modo de preparar:
·Misturar a quantidade, especificada anteriormente, de sulfato de cobre + sulfato de zinco + sulfato de magnésio + ácido
bórico + uréia (ou cloreto de potássio) em recipiente de plástico (balde) contendo 10 litros.
Em outro recipiente de plástico de capacidade mínima de 20 litros, colocar 10 litros d’água e adicionar a quantidade de
cal hidratada especificada anteriormente.
Despejar os 10 litros de água contendo os minerais sobre os 10 litros contendo a cal hidratada.
Obs.: Não aplicar calda bordalesa e viçosa em goiabeira quando os frutos atingirem diâmetro superior a 2 cm.
Aplicar a calda viçosa isoladamente, sem inseticidas ou espalhantes.
Agitar o pulverizador antes e durante a aplicação.
Não guardar a calda preparada de um dia para o outro.
Lavar bem os equipamentos após a aplicação, evitando assim sua corrosão.
A Ureia e o Cloreto de Potássio não são permitidos na Agricultura Orgânica.
ÁGUA DE CINZA
Indicações de uso:
Repelente de pulgão, lagartas, etc.
Materiais a serem utilizados:
2 kg de cinza
10 litros de água
Modo de preparar:
Dissolver 2 kg de cinza em 10 litros d’água. Agitar e depois deixar descansar por 1 dia. Coar em saco de aniagem ou
estopa para evitar entupimento do pulverizador ou regador.
Modo de aplicar:
Pulverizar as plantas infectadas.
CALDA DE ÓLEO COZINHA COM DETERGENTE
Indicação de Uso:
Controle de pulgões, mosca-branca e lagartas novas.
Ingredientes:
10 litros de água
100 a 150 ml da mistura (óleo + detergente neutro)
Modo de preparo e uso:
Em uma garrafa PET de capacidade de 2 litros adicione 500 ml de óleo de soja, 1/2 litro de detergente neutro (1
frasco). Agitar bem, homogenizando a mistura. Colocar a dosagem indicada em um pulverizador com 10 litros. Aplicar
nas plantas atacadas procurando atingir toda área atacada. Uma única aplicação é poderá ser o suficiente para
controlar a população dos insetos pragas. As plantas devem ser observadas e caso seja necessário fazer uma segunda
aplicação, repetir 15 dias após a primeira aplicação. Aplicar a calda nas horas mais frescas do dia, preferencialmente no
final da tarde.
Na hora da aplicação da calda, pode misturá-la com extratos de plantas (NIM, Santa Bárbara, Mamona, pimenta
do reino + alho, etc.) tornando a calda de espectro maior (melhor eficiência no controle de insetos pragas).
LEITE
Indicações de uso:
Fungicida (oídio, míldio e outras), ácaro, ovos de lagarta. (Preventivo)
Materiais a serem utilizados:
0,5 a 1 litro de leite
10 litros de água
Modo de aplicação:
Pulverização semanal a quinzenal.
MACERADO DE MAMONA
Indicação de uso:
Controle de formigas cortadeiras e de cupins.
Materiais a serem utilizados:
4 a 5 folhas adultas (folhas mais velhas e maiores) de mamona para cada litro de água.
Modo de preparar:
Retirar os talos das folhas e triturá-las. Deixar de molho na água em local escuro por cerca de 12 horas.
Modo de usar:
Para controle de formigas:
Coar e regar com fartura os olheiros dos formigueiros.
Para controle de cupim de montículo:
Fazer a perfuração vertical e central do cupinzeiro (que pode ser feito com auxílio de um cano de ferro chanfrado na
extremidade), até que se atinja a câmara celulósica. (Percebe-se facilmente que se atingiu a câmara celulósica, uma
vez que não se constata mais resistência na penetração.) Despejar, com fartura, o Extrato de Mamona Aquoso (EMA)
dentro do orifício perfurado.
NIM
Indicações de uso:
Inseticida (traças, lagartas, larva minadora dos citros, pulgões, gafanhotos).
Materiais a serem utilizados:
Para pulverização foliar:
300 g de folhas secas ou 600 g de folhas frescas
50 g de sabão
10 litros de água
Modo de preparar:
Em um vasilhame colocar 10 litros de água e a quantidade recomendada de folhas, picadas ou batidas em liquidificador
com um pouco de água. Deixar em repouso durante 12 horas.
Modo de usar:
A mistura deverá ser coada e utilizada em pulverização no mesmo dia. Para aumentar a eficiência, acrescentar 50 g de
sabão neutro derretido em banho-maria aos 10 litros de calda diluída.
EXTRATO PRIMAVERA
(bougainvilea)
Indicação de uso:
Inseticida. Controle do trips (vetor do “vira cabeça” do tomateiro)
Materiais a serem utilizados:
200 a 300 g de folhas de bougainvíllea
1 litro de água
Modo de preparar:
Bater no liquidificador 200 g de folhas de bougainvíllea com 1 litro de água. Deixar de molho por 12 horas, coar e em
seguida diluí-lo em 20 litros de água.
Modo de usar:
Pulverizar imediatamente (em horas frescas do dia). Não pode ser armazenado. Para tomateiro, pulverizar
semanalmente até 60 dias após o transplantio.
V.5 – PASTAS
PASTA BORDALESA
Indicações de uso:
Controle de gomose e rubelose em citros.
Materiais a serem utilizados:
1 kg de sulfato de cobre
2 kg de cal virgem
10 litros de água
Modo de preparar:
Utilizar o mesmo processo para preparar a calda bordalesa, tomando-se o cuidado de observar as quantidades dos
ingredientes.
Modo de aplicação:
A aplicação é feita utilizando-se de brochas para pincelamento do tronco.
PASTA DE ENXOFRE
Indicação de uso:
Controle de brocas, cochonilhas, etc.
Materiais a serem utilizados:
1 kg de enxofre
2 kg de cal hidratada
500 g de sal
10 litros de água
Modo de preparar e de usar:
Misturar todos os materiais e pincelar o tronco e a base dos ramos principais, para tratamento de inverno na
prevenção de brocas e cochonilhas.
VI.4- ENXOFRE
Indicações de uso:
Controle de carrapatos.
Materiais a serem utilizados:
2 colheres de sopa de enxofre
1 colher de sopa de sal
5 colheres de banha de porco
2 limões
Modo de preparar e de usar:
Misturar tudo e passar com um pano no lombo do animal.
VI.5- PESSEGUEIRO, PINHEIRO OU CINAMOMO
Indicações de uso:
Controle de carrapato e berne.
Materiais a serem utilizados:
1 kg de folhas de pessegueiro, pinheiro-brasileiro ou cinamomo
1 litro de água
Modo de preparar e de usar:
Fazer um chá (infusão) ou deixar de molho na água por 24 horas e banhar os animais sempre à tardinha.
Podemos ainda usar 7 dentes de alho esmagados em 100 ml de azeite. Ferver em banho-maria por 40 a 60 minutos,
coar e aplicar 10 ml dentro da teta, 1 vez por dia, durante 5 dias.
VI.9- VINAGRE
Indicações de uso:
Controle da Mamite
Modo de preparar e usar:
Misturar 10 ml de água limpa e fervida + 5 ml de vinagre. Aplicar 10 ml da solução na teta doente durante 5 dias.
VI.11- HEMOTERAPIA
Indicação de uso:
Controle de papilomatose.
Modo de preparar e de usar:
Retirar sangue da veia do animal e aplicar no músculo do animal.
VI.12- NIM
Indicações de uso:
Controle de carrapatos
Materiais a serem utilizados:
Para pulverização:
500 g de folhas secas ou 1.000 g de folhas frescas
10 litros de água
Modo de preparar:
Em um vasilhame colocar 10 litros de água e a quantidade recomendada de folhas, picadas ou batidas em liquidificador
com um pouco de água. Deixar em repouso durante 12 horas.
Modo de usar:
A mistura deverá ser coada e utilizada em pulverização no mesmo dia. Para aumentar a eficiência, acrescentar 100 g
de sal aos 10 litros de calda diluída.
VI.13- HOMEOPATIA
Indicações de uso:
Controle das mais diversas enfermidades.
Consulte um Veterinário ou um Homeopata.
Obletivo
A aplicação do Tsuti Koji visa melhorar as propriedades biológicas do solo. Ultimamente a quantidade de micro-
organismos patogênicos têm aumentado consideravelmente no solo, sendo que a aplicação do Tsuti Koji funciona
como um recolonizador de micro-organismos benéficos limitando a atividades dos micro-organismos
patogênicos.
O Tsuti Koji tem um potencial muito grande que através de agentes de fermentação: consegue transformar os elementos
não assimiláveis prontamente como fósforo, cálcio e magnésio em elementos prontamente assimiláveis para planta.
Devido ao seu alto valor de capacidade de troca de cátions melhora a CTC do solo, melhora o ambiente onde cresce a
planta, isso naturalmente ocasiona aumento de produtividade.
b) FARELO DE ARROZ
Usado para a alimentação do micro-organismo. Evitar o uso de farelo sem qualidade, endurecido, velho e embolorado.
c) MAISENA
Ou qualquer outra fonte de amido serve para fornecer energia para os micro-organismos.
d) BIOCAC (o mesmo que o EM 4 – microrganismos eficientes coletados na mata através de uma isca a base de arroz
cozido sem óleo e sem sal)
Seleção de micro-organismos, isto é, escolha dos que melhor atuam na decomposição da matéria orgânica e
colonização do solo.
e) ÁGUA
f)AÇÚCAR CRISTAL OU MASCAVO OU RAPADURA TRITURADA
Quantidades:
solo …................................500 Kg
farelo arroz (ou de trigo)...15 Kg
maisena............................1,5 Kg (ou mais)
BIOCAC (EM-4) …...........1,0Kg...1,0 L (ou mais)
água …..................... …....50 – 55%
açúcar …......................... 1,5 Kg (ou mais)
Modo de preparo
1. Em um piso limpo, peneirar a terra de barranco e amontoar;
2. Fazer pasta de maisena com água e misturar bem de modo que não fique empelotado;
3. Acrescentar nesta pasta 35 litros de água fervente e o açúcar;
4. Separado, misturar o BIOCAC (ou EM-4) com farelo de arroz;
5. Distribuir essa mistura sobre a terra peneirada;
6. Revolver a mistura para homogeizar;
7. Com um regador distribuir uniformemente parte da pasta sobre mistura;
8. Misturar novamente;
9. Repetir a operação (7 e 8) até que acabe a pasta;
Detalhes complementares
1. Fazer o acerto da umidade;
2. Amontoar e cobrir com saco de estopa para que haja boa aeração evitar insolação;
3. Após 24 a 36 horas elevará a temperatura máxima chegando de 50 a 60 graus C;
4. Revolver somente quando atingir esta temperatura máxima;
5. Após 24 horas fazendo-se um corte no monte, pode-se notar crescimento do fungo em camadas, nas partes
superficiais.
6. A partir daí, revolver a cada dia e em 5 dias ficará pronto;
7. Depois de 3 a 4 reviradas vai começar a secar. Não umedecer. Manter seco.
8. Na última operação de revolvimento, 15 cm da superfície fica igual uma massa de pão e há formação de uma
enorme colônia de micro-organismos;
9. Depois de pronto, colocar em local bem ventilado, fresco e na sombra. Secar o mais rápido possível evitando
contaminação com outros agentes;
10. Armazenar em embalagens que permitam a aeração;
11. A umidade ideal de armazenamento 15%;
Os micro-organismos tem 4 pontos básicos para estarem ativos: temperatura, umidade, e nutrientes. Na falta de um
desses fatores os micro-organismos entram em inatividade;
OBS.: O Tsuti Koji pronto tem a cor de chocolate e possui cheiro adocicado.
O terreno para a sua construção, deve ser plano ou levemente inclinado e o solo para produção de hortaliças deve ser
preferencialmente leve, de textura areno-argilosa, e que seja de boa drenagem. Recomenda-se que a estrutura seja
construída tendo o seu eixo longitudinal, se possível, paralelo ao sentido do vento dominante no local. Também
observar a posição do sol e de preferência fazer a locação no sentido leste-oeste.
As produtividades alcançadas em estufa tem se mostrado de 3 a 4 vezes maiores que a dos plantios a céu aberto.
- 3 tubos ¾” de PVC
- 6 barras de ferro 3/8” c/1m de comprimento (estacas);
- 3 barras de ferro 3/8” c/6m de comprimento;
- 06 sarrafos (madeiras finas - tipo eucalipto fino) de 1 m de comprimento;
- 42 m corda tipo algodão acetinado c/4 ou 6 mm;
- 2 postes de eucalipto c/2,7m (ou 3,0 m) de comprimento e, c/6 a 8 cm de diâmetro;
- 2 estacas de eucalipto c/+ ou - 1m de comprimento, cortadas (uma das pontas) em bisel;
- 13 m de filme plástico de 100 micras e c/6 m de largura;
- 6 pedaços de ferro de tipo estribo (ou ferro 4.2 ou de 1/4”);
- 14 m de arame liso nº10 (arame tipo para cerca lisa);
- 1 m de arame recozido;
- 1 (uma) lima;
- 1 (uma) marreta;
- 1 (uma) cavadeira tipo tatu;
- 14 m de arame liso;
- 1 segueta completa;
- 1 facão.
corte ferro 3/8” (estacas 1m) tubos pvc 3/4” + ferro 3/8” ferro 3/8” dentro dos tubos pvc 3/4”
fixação estacas de ferro 3/8” encaixe dos tubos nas estacas colocação plástico