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- UM ESTUDO PILOTO
Novembro de 2022
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Novembro de 2022
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Sumário
Lista de Figuras 3
Lista de Abreviaturas 4
Resumo 6
Abstract 7
Resumen 8
Introdução 9
Método 15
Resultados 16
Discussão 25
Considerações Finais 27
Referências 29
Anexo 31
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Lista de Figuras
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Lista de Abreviaturas
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Agradecimentos
Primeiramente quero agradecer a Deus e Nossa Senhora Aparecida que permitiu que tudo isso
acontecesse, não somente nestes anos como universitária, mas em todos os momentos ao longo de
minha vida. Aos meus pais, Elisabete e Elcio por todo esforço, incentivo e dedicação para que eu
pudesse me dedicar aos estudos. Aos meus tios e padrinhos que sempre apoiaram durante toda a
graduação. Em especial meu tio Luiz Fernando que me apoiou desde o momento que passei na
faculdade. Ao meu irmão que é, meu porto seguro e minha inspiração como ser humano, pois sem ele
eu seria nada! A minha avó Neide, que sempre me mimou em todas as voltas para a casa, com comida,
Ao meu orientador Alexandre Peres, que foi um excelente professor e orientador durante toda
a graduação, se tornando inspiração como pessoa e profissional. Obrigada por todo cuidado que teve
comigo durante as supervisões, por partilhar todo seu conhecimento. Ter você como orientador fez
A esta universidade UFMS, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a
janela que hoje vislumbro um horizonte superior. A Atlética XVIII de Março/Xitara que fez me tornar
uma pessoa melhor e foi minha válvula de escape para os dias difíceis longe da família, se tornando
uma família dentro da universidade. Valorizando a prática de esportes e se tornando a minha paixão!
Agradeço às minhas amigas Anne Caroline e Luisa por estarem sempre comigo, pelos
momentos maravilhosos, pelo amor que sentimos pela Xitara e por todas as risadas, sofrimentos e
dificuldades que tivemos para dar o melhor da atlética para o campus. Em especial a Anne Caroline
que desde quando cheguei em Paranaíba não me deixou desistir e sempre esteve comigo, chorando,
Agradeço a minha colega de graduação Beatriz, por todo parceria e companheirismo durante
toda a faculdade. Por fim, agradeço a todos aqueles que, apesar de não citados diretamente,
contribuíram para a conclusão dessa fase única. Dedico essa vitória a todos nós!
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Resumo
(TDICE) no trabalho docente, que por vezes são utilizadas com finalidades pedagógicas,
representam uma série de desafios que, não por acaso, tornam-se objeto de investigação de
pesquisadores. Este estudo piloto teve como objetivo investigar a relação do uso do WhatsApp
sobre o trabalho docente e o estresse no que diz respeito ao trabalho pedagógico dos docentes
participantes foram recrutados por meio das redes sociais, e foi aplicado um questionário online
uso do WhatsApp no trabalho pedagógico, como eventos estressantes, invasão da vida pessoal,
principalmente fora do horário de trabalho. Por outro lado, o aplicativo auxilia na aproximação
dos alunos e, em especial, contribui para a comunicação entre professores e entre eles e gestores
escolares.
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Abstract
work, teachers that are sometimes used for pedagogical purposes in the series, represent one of
the challenges that, not by chance, become the object of investigation investigation. This pilot
study aimed to investigate a relationship of use of WhatsApp on teaching work and stress with
regard to the pedagogical work of Basic Education teachers after returning to face-to-face
teaching years after the pandemic. The 17 participants through psychological means, and
applied to a means of social networks constituted by the instruments recruited Scale, the
Personality Factors Inventory. WhatsApp working hours results, especially outside of work. On
the other hand, the application helps to bring students closer and, in particular, contributes to
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Resumen
el trabajo, los docentes que en ocasiones son utilizados con fines pedagógicos en la serie,
representan uno de los desafíos que, no por casualidad, se convierten en objeto de investigación.
Este estudio piloto tuvo como objetivo investigar una relación entre el uso de WhatsApp en el
trabajo docente y el estrés con respecto al trabajo pedagógico de los docentes de Educación
Resultados de las horas de trabajo de WhatsApp, especialmente fuera del trabajo. Por otro lado,
9
Introdução
aprender, assim como os modos de cuidar de diferentes âmbitos da vida, do trabalho e dos
por vezes utilizadas com finalidades pedagógicas, representam também uma série de desafios
que, não por acaso, tornam-se objeto de investigação de pesquisadores. Para a autora, nos
criar grupos com outros usuários. O aplicativo é uma ferramenta importante na vida pessoal,
para os negócios e também para a área acadêmica, pois pode fortalecer o conjunto de diversas
pessoas interconectadas em rede (Bouhnik & Deshen; Junior & Albuquerque, 2014;2017).
trazer conteúdo para as salas de aula (Rodrigues, 2015). Segundo Junior e Albuquerque
em ambiente educativo, como: uma ligação direta entre professor-aluno, ou até mesmo, com
todos os alunos em grupo; uma forma de amplificar a comunicação de forma rápida e criar
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distâncias. Algumas das vantagens do aplicativo foram citadas acima. Porém a cada nova
revisão sistemática recente sobre o uso pedagógico do WhatsApp realizada por Bottentuit et
al. (2016). Esta revisão sistemática revelou que existe uma maior concentração de pesquisa
utilizadas para matérias ligadas a área do ensino de línguas (português e/ou inglês). Além
disso, o estudo revelou que as experiências são realizadas em ambiente escolar para realizar
O uso pedagógico do WhatsApp não é mais uma novidade, realizando uma busca no
Google nos revela uma série de experiências em todos os continentes que conectam a
educação e WhatsApp, tendo a maior parte das publicações ainda em língua inglesa. Wijaya
(2018), realizou um estudo na Indonésia, sobre as respostas dos alunos sobre o uso do
o método Survey. Os resultados mostraram que a maioria dos alunos gostam do aprendizado,
embora alguns problemas surgiram. O principal distúrbio foi a conexão com a internet que
Yilmazsoy et al. (2020) realizaram uma pesquisa sobre Aspectos Negativos do Uso de
Redes Sociais na Educação: Uma breve revisão sobre o exemplo do WhatsApp. Nesta
como ‘whatsapp’, 'efeitos negativos', 'uso negativo', 'rede social', 'educação', 'ensino' e
'aprendizagem' foram usados para reunir alguns dados de pesquisas recentes. Com resultados
encontrados na literatura, pode-se perceber que o WhatsApp pode fazer com que os alunos
Além disso, os alunos não conseguem controlar o tempo gasto para enviar mensagens,
negligenciam a lição de casa e ficam menos disciplinados. Foi relatado que o uso do
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WhatsApp pode afetar os níveis de compreensão dos alunos, habilidades de aprendizagem,
popularização global. Bouhnik e Deshen (2014) afirmaram que os benefícios como o baixo
introdução do WhatsApp nas salas de aula. O uso do WhatsApp se tornou uma forma de nos
aproximar, discutir assuntos, atividades e também trocar materiais pedagógicos (Alencar et al.
2015, p.789).
Conforme a pesquisa realizada por Santos & Santos (2021): uma das implicações do
uso do WhatsApp está relacionada à qualidade de vida, durante a pesquisa, mais de dois
uso do aplicativo nesse contexto. Diante das falas mais comuns, estão as que o trabalho
remoto tem em si uma carga a mais de trabalho que o presencial. Um professor relatou que
acaba perdendo o espaço de falar sobre trabalho num aplicativo que seria uma opção e não
uma necessidade.
De acordo com Sousa et al. (2020), é evidente que o WhatsApp pode exercer
influência sobre a qualidade de vida dos profissionais da educação. No entanto, esta influência
pode ser negativa ou positiva dependendo do uso que se faz e das reações emocionais que ele
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A qualidade de vida e as condições de trabalho dos professores da educação básica,
qualidade de vida e promoção à saúde, principalmente aos professores que exercem nos
problemas emocionais e físicos, limitando suas condições de saúde. Além disso, com a
atualizações na formação do aluno, que gera ainda mais sobrecarga (Rocha & Fernandes,
No Brasil, foi identificado um estudo sobre isso, escrito por Sousa et al (2020), foram
zona sul de São Paulo. O Word Health Organization Qualityof Life Instument (WHOQOL)
foi o instrumento utilizado para a validação de dados, este instrumento apresenta desempenho
psicométrico satisfatório e foi construído para ser auto aplicado e autoexplicativo. O resultado
deste estudo foi possível considerar que maioria das professoras classificam a influência do
WhatsApp sobre sua qualidade de vida como pequena, entretanto, quando relacionados os
dados como WHOQOL‐Bref, os escores mais elevados de qualidade de vida são das pessoas
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O estudo de Sousa et al. (2020), no entanto, pode-se perceber que há lacunas sobre: a
infantil, onde a maioria dos professores lidam com grande fluxo nos grupos de pais e/ou
responsáveis; a comparação dos educadores de rede pública e de rede privada; dados sobre o
uso do WhatsApp para fins pedagógicos. Outra lacuna que este estudo pretende colmatar é
trazer dados atualizados sobre o bem-estar psicológico dos professores no retorno às aulas
presenciais.
O objetivo geral deste projeto de pesquisa será investigar a relação entre o uso do
ensino presencial após dois anos de pandemia de docentes da Educação Básica. Objetivos
específicos deste trabalho são a) investigar a relação entre tipos de uso do WhatsApp e
aspectos pessoais da vida do professor; b) identificar o tempo gasto usando WhatsApp para
conter uma atitude positiva em relação ao self e aceitar múltiplos aspectos da própria
personalidade (auto- aceitação); ter relações calorosas, seguras, íntimas e satisfatórias com os
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Segundo Pafaro e Martino (2004), o estresse pode ser definido como um desgaste
indivíduo é forçado a enfrentar situações que o irritem, excitem, amedrontem, ou mesmo que
o façam imensamente feliz. Stacciarini & Troccoli (2001) analisam o estresse como estímulo,
com o enfoque no impacto dos estressores; como resposta, quando examinada a tensão
produzida pelos estressores; e como processo, quando entendido a partir da interação entre
pessoa e ambiente.
A palavra estresse foi utilizada pela primeira vez na área da física, indicando o
desgaste sofrido por materiais expostos a pressões ou forças. Na área da saúde, foi
primeiramente usada por Hans Selye, ao perceber que diversas pessoas que sofriam de várias
Em relação às influências positivas para o trabalho pedagógico, uma delas é dar apoio
aos alunos e pais pelo aplicativo, de forma mais rápida e prática. O estudo de Buriticá (2018)
de dúvidas pode auxiliar para a aprendizagem com o apoio do WhatsApp dos estudantes do
apoio pedagógico pelo aplicativo e grupos que não tiveram o apoio. O resultado mostrou que
processo de aprendizagem.
Considerando a pesquisa realizada por Santos e Santos (2021), que buscou analisar o
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aulas remotas, demonstraram que em relação a qualidade de vida do professor foram
Espera-se que por meio desta pesquisa, possam contribuir, a partir da verificação das
análises da associação uso do WhatsApp e o impacto sobre saúde geral, bem-estar psicológico
envolvidas no dia a dia dos professores causadas pela influência do uso do WhatsApp.
Espera-se, ainda, que a partir disso, contribuir para a elaboração de diretrizes que possam
trabalho docente.
Método
Participantes
com faixa etária entre 23 anos a 66 anos (média de 36 anos, desvio padrão de 12,14 anos).
Entre os participantes, 41,2% são casadas(os), 29,4% são solteiras(os), 17,6% divorciadas(os),
5,9% viúvas(os), 5,9% em união estável. Em relação a ter filhos, 29,4% tem dois filhos,
35,3% tem um filho e 35,3% não tem filhos. A maioria dos professores trabalha na rede
pública municipal (70,6%), enquanto o restante trabalha na rede pública estadual (29,4%) e na
leciona em somente uma turma (35,3%), e os demais em duas (29,4%) ou cinco turmas
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(11,8%). Sobre a quantidade de alunos nas turmas, o maior grupo dos participantes leciona
Instrumentos
desenvolvido especificamente para este estudo pela autora e por seu orientador. O
questionário visa coletar informações sobre o nível de ensino que o docente atua, o tempo de
remoto que ocorreu em decorrência da pandemia de covid-19 entre 2020 e 2022, ano em que a
coleta de dados foi realizada. Por fim, o participante classifica o quanto determinadas
estressantes.
Procedimentos
disponibilizados em formato on-line. O convite foi divulgado consistia no link para o TCLE e
explicitava os objetivos da pesquisa, bem como seus potenciais riscos e benefícios, além dos
uma cópia em pdf com o TCLE que conta com a assinatura do pesquisador responsável por
meio de um link no formulário eletrônico. Ressalta-se que a identidade deles foi preservada e
mantida em sigilo. Por se tratar de um estudo piloto, a divulgação foi realizada por grupos de
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WhatsApp de três escolas públicas e de uma escola privada. A coleta de dados ocorreu no
Resultados
respostas somente seis não utilizavam para fins profissionais. O restante dos participantes
resolver pequenos problemas de maneira rápida e para fins profissionais fora da educação.
Durante a pandemia, o WhatsApp foi utilizado por 100% dos participantes. Os usos
incluíram: falar com pais e alunos, enviar recados e atividades, realizar postagens de vídeos,
nível da satisfação com o uso desse aplicativo durante o ensino remoto, destaca-se que 29,4%
dos participantes ficaram satisfeitos e 5,9% pouco satisfeitos, enquanto 41,2% revelou não ter
se sentido satisfeito.
durante o ensino remoto, a maioria (70,5%) informou nunca ter tido dificuldades (35,3%), ou
WhatsApp como instrumento pedagógico durante a pandemia, grande parte dos participantes
WhatsApp para o ensino remoto, sendo eles Plataforma Google for Education, computador,
vídeos, notebook, creme book, plataforma própria da instituição, Zoom, Google Meet,
Classroom, atividades impressas, e-mails, entre outros. Somente duas escolas não forneceram
nenhum tipo de recurso. A metade dos participantes qualificou como importante (50%) ou
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Em relação ao quanto foi estressante lecionar durante o período da pandemia, grande
parte dos participantes qualificou que foi extremamente (37,5%) ou muito (31,3%)
WhatsApp, bem como o tempo de uso diário do aplicativo pelos participantes após o retorno
WhatsApp é às 06h (41,2%), enquanto para o último uso o horário é 23h (29,4%). Em média,
os participantes usam o WhatsApp por 13,64 horas por dia, tanto para fins pessoais quanto
Figura 1
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A Figura 2 apresenta o nível que os participantes informam dominar cada
pagamentos. No entanto, pouco mais de 1/3 dos participantes apontaram ter apenas um
texto, enviar e receber áudios, vídeos e imagens, além de realizar chamadas de voz ou de
vídeo.
Figura 2
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Na Figura 3 são apresentados os níveis de concordância dos participantes quanto às
possíveis consequências do uso do WhatsApp no trabalho docente. Consequências
relacionadas à invasão do espaço privado, ou seja, da vida pessoal do professor, foram
apontadas pela maioria dos participantes. Por exemplo, a maioria concorda ou concorda
fortemente que o WhatsApp “acaba fazendo misturar a vida pessoal com a vida profissional”
(72,2%) e “invade os meus horários pessoais fora da escola (por exemplo, com a família ou
em atividades de lazer)” (66,7%). De modo contraditório, no entanto, metade dos
participantes concorda ou concorda totalmente que o aplicativo “permite conciliar a vida
pessoal e profissional”.
Já quanto a consequências relacionadas a vida profissional, foram apontadas que
concorda ou concorda fortemente que o WhatsApp “ajuda e facilita a vida do professor”
(61,1), “retira parte importante do meu tempo para realizar o planejamento pedagógico”
(33,4%), e “toma parte importante do meu tempo de registrar a aprendizagem e o
desenvolvimento dos alunos e turmas” (55,6%).
Figura 3
21
Legenda:
Invade os meus horários pessoais fora da escola (por exemplo, com a família ou em atividades de lazer).
Retira parte importante do meu tempo para realizar o planejamento pedagógico.
Toma parte importante do meu tempo de registrar a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos e turmas.
Permite conciliar a vida pessoal e profissional.
Acaba fazendo misturar a vida pessoal com a vida profissional.
Ajuda e facilita a vida do professor.
pedagógicas pelo WhatsApp. É possível notar que, durante o horário de aula, 44,4% dos
fazem frequentemente ou com muita frequência durante o fim de semana e 38,9% durante a
semana fora do horário de expediente. No contraturno das aulas, apenas 27,8% apontaram
Figura 4
22
A Figura 5 exibe a quantidade de grupos que os professores precisam participar e qual
público é destinado a esses grupos. A maioria dos professores participa de pelo menos três
grupos no WhatsApp, sendo que 29% estão em 10 grupos ou mais. Em relação ao público
participante desses grupos, a maior parte dos participantes estão em grupos com professores
(88,9%), gestores escolares (77,8%), pais e responsáveis (33,3%) e alunos (22,2%). Destaca-
se, portanto, que a menor quantidade de grupos é com os alunos e pais e responsáveis. Logo,
levanta-se a hipótese que as atividades realizadas pelo WhatsApp fora do expediente (Figura
Figura 5
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Os professores acham importante usar o WhatsApp para se aproximar dos alunos
(Figura 6). A maior parte dos participantes acham muito importante (35,3%) e importante
(35,3%). Mas uma parte acha pouco importante (23,5%) ou sem importância essa
aproximação (5,9%).
Figura 6
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estressantes são: conversar com alunos de forma individual (35,3%), conversar com os alunos
pelo grupo da sala (29,4%) e conversar com os alunos por videochamada (29,4%). Por outro
lado, os eventos classificados como não estressores ou pouco estressores são: atender os
pais/responsáveis durante o horário de aula (61,2%), resolver coisas no horário de ficar com a
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Figura 7
Legenda:
O quanto cada uma das seguintes atividades realizadas por meio do WhatsApp é estressante?
Quando preciso atender pais/responsáveis pelo WhatsApp durante o horário de aula.
Quando preciso resolver coisas de atividades no horário programado para ficar com a família.
Quando os pais me chamam para conversar durante os meus dias de descanso.
Quando atendo pais ou alunos fora do horário de trabalho pelo WhatsApp.
Conversar com os pais/responsáveis por vídeo chamada.
Conversar com os pais/responsáveis pelo grupo de pais.
Conversar com os alunos por vídeo chamada.
Conversar com os alunos de forma individual.
Conversar com os alunos pelo grupo da sala.
Quando o uso do WhatsApp atrapalha meu planejamento pedagógico.
Quando o trabalho docente por meio do WhatsApp toma parte do meu tempo livre.
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Discussão
Este estudo piloto teve por objetivo investigar a viabilidade de se avaliar a influência
professores da Educação Básica. A seguir, destacamos alguns dos resultados obtidos com a
pequena amostra deste estudo piloto, antes de tecer considerações finais sobre a viabilidade de
Matemática, Geografia, Artes, Ciências, História, Língua Inglesa, Educação Física, Filosofia e
concentração de pesquisas utilizando o aplicativo WhatsApp são para matérias ligadas a área
do ensino de línguas (português e/ou inglês). Deste modo, podemos perceber que os
resultados apresentam que dos participantes que utilizam o WhatsApp como ferramenta,
73,3% dos professores leciona Língua Portuguesa, porém somente 13,3% leciona Língua
(2018), os estudos mostraram que as matérias que mais utilizam o WhatsApp são Artes e
Matemática.
esclarecimento de dúvidas. Segundo Santos & Santos (2021), o WhatsApp se tornou uma
Alencar et al. (2015, p. 789) afirma que “o WhatsApp é uma ferramenta rápida e eficaz para
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seja, não são todas as funcionalidades que os participantes apresentam domínio avançado, ou
pelo menos adequado para auxiliar no dia a dia do professor. Junior e Albuquerque (2017)
educativo.
alunos, a maioria dos professores consideraram como muito importante. Rodrigues (2015),
argumenta que o WhatsApp facilita a interação entre professores e alunos. Alencar et al.
Para Sousa et al. (2020) o WhatsApp pode exercer influência positiva ou negativa
do uso do WhatsApp para o do trabalho docente mostram que a invasão dos horários pessoais,
com os alunos (Figura 6), 70,3% dos participantes acham muito importante ou importante.
professores e gestores escolares do que com pais e alunos, sendo somente 22,2% de grupos
com alunos (Figura 5). Ou seja, o aplicativo parece ser mais relevante no cotidiano para a
com pais e responsáveis pelo grupo estão listados como eventos extremamente estressantes.
Porém, a maior frequência para o envio e/ou recebimento de atividades são durante o horário
de aula e horário de descanso do professor (Figura 4). A maior parte dos grupos que os
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professores participam são com outros professores ou gestores escolares (Figura 5). Ou seja,
Considerações Finais
Por tratar-se de um estudo piloto, este estudo apresenta limitações que podem enviesar
amostra. Portanto, são necessários novos estudos com uma amostragem mais representativa.
Outro ponto importante é que não se investigou como o uso do WhatsApp e o Bem-
Estar Psicológico no âmbito do trabalho do professor se relacionam. Além disso, não foi
adotada uma medida específica de estresse, com evidências de validade obtidas em outros
estudos. Neste piloto, utilizou-se apenas uma escala própria de estresse, sem estudos prévios
uso do WhatsApp e que não foi explorada neste piloto. Por fim, os possíveis problemas
psicológicos que podem ser desencadeados com o estresse devem ser adicionados ao próximo
questionário de investigação.
uso do WhatsApp sobre os docentes, este estudo produziu dois resultados que merecem
participantes gastam grandes quantidades de tempo para estar disponíveis no aplicativo; o uso
do WhatsApp para o trabalho invade a vida pessoal, inclusive fora dos horários e dias de
29
expediente. Por outro lado, é notável também que o WhatsApp é uma ferramenta com
diversas vantagens para a aproximação com os alunos, mas especialmente para contato entre
Este estudo piloto poderá subsidiar novos estudos mais robustos, com amostras
maiores e mais representativas que, por sua vez, têm o potencial de contribuir para o trabalho
forma que seja positiva para os alunos, pais e professores. Quanto aos problemas relacionados
ao estresse, este estudo também já apresenta indicativos da relação entre o uso do aplicativo e
o estresse e, por essa razão, podemos sugerir que a adoção do WhatsApp como meio de
30
Referências
Bouhnik, D & Deshen, M. (2014). WhatsApp goes to school: Mobile instant messaging
Artmed. p. 443‐449.
n. 4, pp. 587-595.
Pafaro, R. C., & Martino, M. M. F. (2004). Estudo do estres-se do enfermeiro com dupla
31
Rambé, P & Chipunza, C. Using mobile devices to leverage student access to collaboratively-
psychological well being. Journal of Personality and Social Psychology, 57, 1069-1081.
Ryff, C. D. & Keyes, C. L. M. (1995). The structure of psychological well being revisited.
Ryff, C. D., & Singer B. H. (2008). Know thyself and become what you are: a eudaimonic
entre professores e alunos em tempos de aulas remotas: uso e suas implicações. Simpósio
32
Wijaya. A. (2018). Students’ Responses Toward the use of Whatsapp in Learning. Journal of
33
Anexo
Caro voluntário(a),
Ao participar da pesquisa, você não terá nenhum custo, nem receberá qualquer
vantagem financeira. Mesmo que queira participar agora, você poderá voltar atrás ou parar de
participar a qualquer momento. A sua participação é voluntária e, caso não queira participar,
não haverá qualquer penalidade. Asseguramos que você não será identificado, sendo mantido
o mais rigoroso sigilo pela omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-
lo(a), garantindo assim privacidade das informações fornecidas aqui.
34
Rubrica dos pesquisadores e do participante:
O endereço do CEP é Campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, prédio das Pró-
Reitorias ‘Hércules Maymone’ – 1º andar, CEP: 79070900. Campo Grande – MS. E-mail:
cepconep.propp@ufms.br. Telefone: (067) 3345-7187. Atendimento ao público: 07:30-11:30
no período matutino; e das 13:30 às 17:30 no período vespertino.
Pesquisadores:
Alexandre José de Souza Peres (alexandre.peres@ufms.br)
Monize Tibúrcio de Oliveira (m.tiburcio@ufms.br)
_____________________________
Alexandre José de Souza Peres
______________________________
Monize Tibúrcio de Oliveira
______________________________
Assinatura do participante
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Rubrica dos pesquisadores e do participante: