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(Organizadora)
Dança no século XXI
Célia Gouvêa
(Organizadora)
Nome do Autor
XXXX Nome do Livro
XXXX / Nome do Autor. – X. ed. – Curitiba : Editora Prismas, XXXX. XXX p. ; 21 cm
ISBN: XXX-XX-XXXXX-XX-X
1.XXX. 2. XXX. 3. XXX. 4. XXX. 5. XXX. I. Título.
CDD xxx.xxx(xx.ed)
CDU xxx(xx)
Coleção XXXXXX
Diretor Científico
XXXXXXX
Consultores científicos
Célia Gouvêa
Formada pelo MUDRA de Maurice Béjart, em Bruxelas,
Bélgica; co-fundadora do grupo CHANDRA. Em 1974,
com Maurice Vaneau, iniciou no Teatro de Dança Galpão
um movimento renovador da dança, por meio de uma
perspectiva multidisciplinar, com o marcante espetáculo
Caminhada. Prêmios: melhor coreógrafa, bailarina, espe-
táculo, pesquisa e criação; bolsas de pesquisa e criação do
CNPq, Fapesp, Vitae, John Simon Guggenheim Memorial
Foundation e Virtuose. É doutoranda na ECA/USP.
Nó(s) de temporalidades.......................................................... 73
Tatiana Melitello
4 “Me inclino por la teorización como práctica relacional y metafórica que busca
una aproximación dialógica con diferentes problemáticas, sin pretender generar un
metacuerpo que empaque a los “objetos de estudio”. Prefiero negociar relaciones tem-
porales con los procesos, sin propósitos taxonómicos. Imagino una teoría relacional
capaz de dialogar con los fenómenos artísticos, sin que llegue a constituir un cuerpo
autónomo; una especie de tejido hibrido constituido por fragmentos conceptuales de
otros cuerpos que entran en una nueva relación y generan un espacio donde conviven
diferentes maneras de mirar.” [DIÉGUEZ, 2014, p.64]
Referências Digitais:
redesdamare.org.br/blog/noticias/pindorama/
h t t p : / / w w w. s e s c s p . o r g . b r / p r o g r a m a c a o / 3 6 3 6 7 _
ESTUDOS+PARA+LUGAR+NENHUM
https://coletadevestigios.wordpress.com/2009
Desfazendo expectativas
8 Como descrito no site Demolition incorporada, no qual se tem acesso a alguns traba-
lhos do coreógrafo desse trabalho. Disponível em: <http://www.demolitionincorpora-
da.com/batucada>. Acesso em: 27 de setembro de 2016.
11 A palavra onde é utilizada ao longo de todo o texto como licença poética. Diz res-
peito a uma localização geográfica, corporal e conceitual.
12 A trajetória profissional de Bel, que conta com espetáculos como Shirtology (1997),
The show must go on (2001) e Gala (2015), possui como marca o desejo de dar visibi-
lidade ao que se encontra escondido ou em segundo plano ou ao que à primeira vista
não faria parte do universo da dança, razão essa que contribui para que se chame o
trabalho de Jérôme Bel de não-dança.
Referências Digitais:
Paloma Bianchi
Raquel Purper
Juliana Moraes
14 O Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo foi ins-
tituído pela Lei n°14071 de 18 de outubro de 2005.
Vanessa Macedo
Marina Guzzo
Primeiramente, #foratemer.
Gostaria de propor um exercício estético-político de re-
encenação fictícia de alguns trabalhos de dança contemporânea
no contexto político brasileiro atual.
Imaginei um diálogo fictício meu com o professor de
artes da performance, crítico, curador e dramaturgista André
Lepecki e o doutor em literatura, escritor, crítico e dramaturgista
Marco Catalão.
LAURA BRUNO: Estou impressionada com as nar-
rativas feitas em torno do impeachment da presidenta Dilma
Rousseff. Me parece que a atualização do termo golpe deflagra
precisamente a atualidade de profundas feridas que a frágil de-
mocracia brasileira carrega desde seu recente reestabelecimento.
A reencenação destas narrativas me fez pensar no que significa
atualizar discursos, dos pontos de vistas políticos e performáticos.
ANDRÉ LEPECKI: A quantidade crescente de re-e-
nactments na dança contemporânea nos fala da vontade de obras
querendo se “reobrar” numa possibilidade outra daquilo que já
foram uma vez. No conceito de re-enactment estão contidas as
ideias de tradução, recriação, repetição com/como diferença. Um
modo de “transcriação”, como queriam os irmãos Campos20.
LAURA BRUNO: Imaginei que Trisha Brown reen-
cena If you couldn’t see me – coreografia de 1994 criada com o ar-
tista Robert Rauschenberg – em São Paulo, no TUSP, em 2016.
Na mesma noite em que intelectuais fazem um ato de vigília na
PUC–SP contra o golpe de impeachment em curso no Brasil.
20 (LEPECKI, 2010:19)
22 (LEPECKI, 2010:19)
23 (CATALÃO, 2014: 148)
24 (LEPECKI, 2010:19)
25 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hXgascpElKA Acesso em
07/10/2016.
Rosas de Angola.
http://www.rosasdanstrosas.be/en-videos/
30 Matéria do jornal O Estado de São Paulo sobre a Cia. de Dança Rosas publicado
em 25/10/2011. KATZ, H. Corpos que Narram o Mundo. Disponível em: http://
www.helenakatz.pro.br/midia/helenakatz21319549070.pdf Acesso em: 24/09/2016.
Foto:Edson Kumasaka
32 “Cognição é um tipo particular de ação: uma estratégia que envolve processos in-
conscientes e conscientes que são solicitados na avaliação e organização dos problemas
práticos do mundo”. Tradução nossa a partir do original: “Cognition is a particular
kind of action: a response strategy that apply some measure of forethought in order to
solve some practical, real-world problem […].” ( JOHNSON, 2007, p. 120).
33 Tradução nossa a partir do original: “Le paramètre du temps intervient dans les
différents champs que ‘la’danse regroupe, le mouvment, la phrase de mouvements, la
composition chorégraphique, le rapport aux éléments non chorégraphiques (musique,
lumières, scénographie, costumes et parfois vidéo ou texte), les diverses phases du pro-
cessus créatif, le déroulement du spectacle (sa présentation et sa réception), la mé-
moire. Le paramètre du temps est aussi lié à l’approche esthétique du chorégraphe, à
sa culture et aux courants auxquels il appartient. Le chorégraphe traite la question du
temps en fonction de son approche physique du mouvement dansé et des probléma-
tiques artistiques qu’il se donne”.
Foto:Edson Kumasaka
Tatiana Melitello
Natália Gresenberg
Talita Bretas
Foto: Acervo particular. Avós paternos dançando. Casa da família. Ano des-
conhecido.
tudo dança
hospedado numa casa
em mudança
(Paulo Leminski)
51 Idem. Ibidem.
52 Idem. Ibidem.
53 Demora.
54 Idem. Ibidem.
57 Idem. Ibidem.
58 Jogo de composição desenvolvido com Fernanda Eugénio, no qual se tem uma
visão panorâmica do acontecimento. A situação “maquete” refere-se a 1m². Nesta di-
mensão do jogo, os corpos não entram para improvisar, há apenas o manuseio de ob-
jetos, tal qual num jogo de tabuleiro.
59 Idem. Ibidem.
62 Idem. Ibidem.
63 O livro DOC.LAB uma publicação lesível sobre práticas do corpo foi editado pela
RE.AL Lda., em 2000. Encontra-se disponível para consulta na Biblioteca da Escola
67 Idem. Ibidem.
68 Idem. Ibidem.
69 Idem. Ibidem.
70 Definição de Renato Cohen para seu trabalho, iniciado nos anos 80, no Brasil, que
unia performance, teatro, dança e artes visuais. (COHEN, 2013).
71 Grifo meu.
Marcelo Reis
74 O limiar não faz só separar dois territórios, mas permite a transição entre eles.
O conceito de limiar implica dois sentidos contraditórios: significa ao mesmo tempo
delimitação e passagem, separação e transição. Para Benjamin, “[...] é preciso distin-
guir cuidadosamente o limiar da fronteira. O limiar (Schwelle) é uma zona. As ideias
de variação, de passagem de um estado a um outro, de fluxo são conteúdos do termo
schwellen”. (BENJAMIN, 1989, p. 512-513, frag. O 2a 1). (Tradução nossa).
75 Aproximando o ponto de vista filosófico do cênico, a autora Ileana Diéguez, a par-
tir de sua leitura sobre a obra de Victor Turner, nos ajuda a refletir ao considerar o li-
miar “um estado resguardado e extracotidiano”, tomando-o como um “estranhamento
do estado habitual da teatralidade tradicional e como aproximação à esfera cotidiana”
(DIÉGUEZ, 2004, p. 3). (Tradução nossa).
76 “Há um quadro de Klee intitulado Angelus Novus. Representa um anjo que parece
preparar-se para se afastar de qualquer coisa que olha fixamente. Tem os olhos esbu-
galhados, a boca escancarada e as asas abertas. O anjo da história deve ter esse aspecto.
Voltou o rosto para o passado. A cadeia de fatos que aparece diante dos nossos olhos
é para ele uma catástrofe sem fim, que incessantemente acumula ruínas sobre ruínas e
lhas lança aos pés. Ele gostaria de parar para acordar os mortos e reconstituir, a partir
de seus fragmentos, aquilo que foi destruído. Mas do paraíso sopra um vendaval que
se enrodilha nas suas asas, é que é tão forte que o anjo já não as consegue fechar. Esse
vendaval arrasta-o imparavelmente para o futuro, a que ele volta as costas, enquanto o
monte de ruínas à sua frente cresce até o céu. Aquilo a que chamamos o progresso é
este vendaval.” (BENJAMIN, 2013. p. 14).
Nathalia Catharina