Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Rovuma
2024
2
Universidade Rovuma
2024
3
Índice
1. Introdução..................................................................................................................4
1.1. Objectivos...............................................................................................................4
1.2. Metodologia............................................................................................................4
Conclusão........................................................................................................................10
Bibliografia......................................................................................................................11
4
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
Uma das problemáticas com que o nosso sistema educativo se depara é o funcionamento
de uma escola onde os alunos são organizados em “turmas” que induz a um ensino
“massificado” e homogéneo, numa sociedade onde a diversidade cultural é, cada vez
mais, uma característica inquestionável (RODRIGUES, 2001).
A sala de aula heterogénea é um espaço em que todos os alunos que a compõem podem
progredir e obter resultados na medida das suas reais potencialidades, quer a nível
cognitivo, quer a nível pessoal e social. A heterogeneidade, dentro de uma sala de aula
6
escolar, não deve ser vista como uma complicação para o professor, mas como uma
possibilidade de crescimento pessoal como profissional e dos alunos em geral.
Segundo Anijovich, (2017) Se todos os alunos são diferentes, então por que ensinar
todos da mesma maneira? A diferença na aprendizagem deve ser respeitada, garantindo
a igualdade educacional. A abordagem supõe uma nova forma de olhar as escolas, seus
atores e os processos de ensino e aprendizagem à luz dos valores democráticos.
Trata-se de conceber o ensino de tal forma que todos os alunos possam construir sua
própria aprendizagem a partir de onde cada um está.
c) Devemos determinar quais são os conteúdos básicos que precisamos que todos
os nossos alunos aprendam. Esses conteúdos básicos serão dedicados mais tempo e
profundidade.
Aqui está o desafio de encontrar um equilíbrio entre o comum e o diverso. Todos têm o
direito de obter uma boa educação e, para que isso seja possível, é necessário
contemplar vários pontos de partida para abordar o ensino, levando em consideração as
diferenças e suas implicações, mas sem deixar de lado os conteúdos cruciais a serem
aprendidos.
d) Instruções autênticas e significativas são oferecidas aos alunos para que possam
escolher e tomar decisões. Desta forma, os alunos serão convidados a apropriar-se dos
seus próprios processos de aprendizagem e a desenvolver a sua autonomia.
(ANIJOVICH, 2017)
Todos podem aprender, mas para que isso aconteça, todos os alunos precisam receber
tarefas desafiadoras, poderosas e estimulantes que os impulsionem a desenvolver suas
habilidades individuais. O desafio subjacente é como construir uma escola sem os
excluídos, uma escola habitável para todos os alunos. (Anijovich, 2017)
Cada um dos alunos, por natureza, é uma pessoa única e diferente sendo que o desafio,
no trabalho pedagógico é respeitar as necessidades individuais e, ao mesmo empo,
formar os alunos através do trabalho em grupo (Galvão, 1999).
Os diferentes alunos que constituem uma turma têm um ritmo e uma dinâmica própria
de aprendizagem e necessidades específicas que devem ser atendidas de forma
diferenciada. Cada um aprende e desenvolve de maneira específica os conteúdos e
habilidades, sendo um grande desafio para o professor definir objectivos e estratégias
específicas para cada grupo, tornando assim o processo de ensino aprendizagem num
campo mais amplo de possibilidades.
Para autores como Moss (1996) “diferenciação é falar sobre diferentes abordagens do
ensino nas mesmas concepções do currículo básico como forma de possibilitar o acesso
a um maior número de crianças possível” (p.11). Para o autor isto é considerável ao
gerenciarmos as diferenças entre crianças agrupadas em uma mesma classe, ou ainda
fazendo uso das metodologias diferenciadas adequadas às crianças, seja individualmente
ou em grupo, além do uso de variados recursos, ou seja, as metodologias precisam estar
a serviço da diferenciação e não sendo utilizadas intuitivamente ou sem propósitos bem
definidos.
Reafirmando, o autor diz que, diante da efetivação das crianças atrasadas e suas
dificuldades em desenvolver habilidades básicas para explicar o pouco desempenho e a
queda das expectativas de melhoria, a “Diferenciação é uma estratégia que com
frequência será necessária para suporte dessas crianças aprenderem” (p.13). Heacox
(2006), ao abordar os desafios da actual diversidade das salas de aula, utiliza também o
termo diferenciação, norteado pela seguinte conceituação: “Diferenciar o ensino
significa alterar o ritmo, o nível ou o género de instrução que o professor pratica em
resposta às necessidades, aos estilos ou aos interesses de cada aluno” (p.10).
Nessa perspectiva, o ensino estaria voltado para o potencial dos alunos, para o seu
processo contínuo de aprendizagem. O ensino diferenciado viria como aporte às
necessidades específicas de cada aluno, além de trabalhar focado no desejo e nas
preferências destes, com relação ao que se irá aprender.
Conclusão
Para lidar com a heterogeneidade com uma característica da turma não é tarefa fácil,
mas cabe ao educador ser flexível, conhecer metodologias e técnicas diversas de ensino,
utilizar mais de uma linguagem, ter fácil adaptação, assim como propor actividades que
façam sentido para seus aprendizes.
Bibliografia
ANIJOVICH, Rebeca & Beech, Jason & Cancio, Cecilia Como ensinar em uma sala de
aula heterogênea? 2017