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FOTOTIPOS ELEVADOS
RESUMO: O melasma é um distúrbio pigmentar que acomete a face de forma simétrica, de cor
acastanhadas mais ou menos escuras de contornos irregulares nas áreas fotoexpostas,
especialmente na face. Ocorre principalmente nas pessoas com os fototipos IV, V e VI pois, estas
têm maior produção de melanina. Os protocolos de tratamento para o clareamento de melasmas são
diversos, dentre eles também é utilizado o peeling com ácido mandélico, por não ser agressivo. Este
artigo tem como objetivo analisar a ação do peeling com ácido mandélico para clareamento de
melasmas em fototipos elevados. Trata-se de uma revisão de literatura, utilizando base de dados
referente aos últimos anos. Neste estudo verificou-se que a utilização do ácido mandélico para o
clareamento de melasma, ainda apresenta poucos estudos sobre sua eficácia. Entretanto pelo
mesmo penetrar lentamente na pele favorece ação com efeito uniforme, propiciando minimizar as
complicações comuns da aplicação deste tipo de ácido sobre a pele. Assim, favorece aos
profissionais mais segurança na aplicação principalmente para os fototipos elevados, sem correr o
risco de obter nenhuma alteração inestética.
ABSTRACT: The melasma pigment is a disorder that affects the face symmetry form, color, more or
less dark brown with irregular outlines photoexposed areas, particularly on the face. Primarily occurs
in people with skin types IV, V and VI because these have higher melanin production. Treatment
protocols for whitening melasma are many, among them also is used mandelic acid peel for not being
aggressive. This article aims to analyze the action of mandelic acid peel for melasma whitening in
phototypes high. This is a literature review, using database concerning the last 13 years. In this study
it was found that the use of mandelic acid for bleaching melasma, still presents few studies of its
efficacy. However even penetrate the skin slowly favors action with uniform effect, providing minimize
complications common application of this type of acid on the skin. Thus, it favors the more
professional security application especially for high phototypes, without running the risk of gettingno
change unsightly.
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1. INTRODUÇÃO
1.1 MELASMA
2
melasma é classificado em epidérmico 70%, dérmico 10% e misto 20% na
dependência da localização do pigmento melânico”15. Quanto mais superficial, mais
facilmente será para o terapeuta conduzir o caso15.
O aparecimento de melasmas pode ocorrer principalmente nas mulheres de
todas as raças, é mais frequente e com mais intensidade em fototipos elevados, ou
seja, do III ao VI1. Desencadeia-se através de exposição à luz solar (radiação
ultravioleta), atua numa pele acondicionada por alterações hormonais vigentes na
gravidez, durante o uso de anticoncepcionais, fatores genéticos e outras substâncias
hormonais, e, consequentemente, incidindo principalmente em pessoas do sexo
feminino13,15,16.
“A alteração histopatológica mais representativa é o aumento localizado da
concentração de melanina epidérmica e de melanófagos e similares” 13.
Nas gestantes essa hiperpigmentação ocorre em torno de 70 a 90% das
gestantes, ocasionada por distúrbios hormonais, decorrentes de estímulo hormonal
estrogênio, progestetogênico ou através do hormônio melano-estimulante – MSH –
(melanocyte stmilating hormone) que estimula os melanócitos da pele e das
mucosas a produzirem mais melanina15,16.
O tratamento para o clareamento de melasmas baseia-se na fotoproteção e
na utilização de agentes despigmentantes14. Portanto, cabe ressaltar que é
indispensável o uso de o filtro solar, para prevenir a hiperpigmentação, ou seja,
melasma15,16.
3
19
à luz solar” . Essa classificação baseia-se pela resposta da pele com formação de
eritema decorrente da radiação ultravioleta (UV).
4
hiperpigmentação em áreas expostas. Cabe ressaltar que os fototipos mais escuros
sempre são mais pigmentados em áreas expostas que em áreas cobertas 19.
Neste fototipos também pode-se observar hiperpigmentação como
complicação dos peelings superficial e médio, qualquer que seja o agente esfoliante
utilizado, pode ocorrer espontaneamente ou caso haja exposição solar mínima
durante a fase de eritematosa14.
5
As literaturas atuais indicam que baixas concentrações de AHAs agem
somente na camada da epiderme ocasionando descamação, plastificação e
promoção de diferenciação na epiderme normal e que, concentrações elevadas de
AHAs agem na epiderme, e também na derme 6.
Nas baixas concentrações os AHA reduzem a coesão dos corneócitos do
estrato córneo ou por interferir com a ligação iônica intercelular visto que as
moléculas apresentando grupamento hidroxila tem tendência a formar associações
por pontes de hidrogênio, ou pela suposição de que o pH ácido induzido nas
camadas externas do estrato córneo, pelo tratamento com AHA durante várias
horas, possam romper estruturas eu mantêm as células epidérmicas unidas ou,
ainda, por inibição enzimática, induzida pelos AHA 6,2 .
Os AHA ainda em baixas concentrações contem efeito plastificante no estrato
córneo, agindo por adsorção aos agrupamentos de cadeias queratínicas, sem
aumentar o conteúdo da água. Promovem também um aumento da hidratação do
estrato córneo através das propriedades umectantes dos AHA, pois a pele torna-se
mais flexível e menos vulnerável a rachaduras superficiais da camada córnea,
fragilidade cutânea e descamação por uma verdadeira melhora na elasticidade do
estrato córneo 6.
6
sua ação com efeito uniforme, propiciando minimizar as complicações comuns da
aplicação deste tipo de ácido sobre a pele 4, 9, 10.
Promove alteração das ligações intercelulares, reduzindo coesão entre os
corneócitos, descamação da camada córnea e estimulação da produção de células
novas em maior ou menor grau. O ácido mandélico proporciona o equilíbrio do
processo de renovação epitelial através de estímulo mecânico promovendo a
epidermólise, iniciando-se o processo acelerado de renovação epitelial 11.
É recomendado utilizar o ácido mandélico em conjunto com peeling abrasivo,
com ação química e mecânica constituída de base cremosa abrasiva que, ao
massagear, produz um polimento, removendo parte do extrato córneo. Esta
esfoliação favorece a ação do ácido, pois assim atua de maneira homogênea e
superficial na pele 4.
Segundo a classificação Fitzpatrick o ácido mandélico pode ser utilizado com
segurança em peles de tipo I a VI, orientais, asiáticas e principalmente para pele dos
fototipos IV, V e VI, ou seja, é um ativo seguro para ser aplicado em peles étnicas 4,9.
É indicado para os casos de hiperpigmentação, pois o produto atua na
inibição da síntese da melanina e na melanina já depositada na superfície da
epiderme, ajudando a promover uma eficaz remoção dos pigmentos hipercrômicos.
Também pode ser usado para estimular a renovação celular e na remoção da capa
córnea fotoenvelhecida 4.
O ácido mandélico é eficaz para hiperpigmentação, também para acne
inflamatória, por ser útil para conter pigmentação, por tratar de acne inflamatória não
cística e rejuvenescer a pele fotoenvelhecida4, 7, 11 . Apresenta também utilidade na
preparação da pele para peeling a laser (resurfacing) ajudando na cicatrização e
prevenção de infecções bactérias gram-negativas após este procedimento 4.
As vantagens de utilizar-se um peeling com ácido mandélico são por
apresentar ação anti-séptica; ser bem tolerado; causar menos eritema e outros
efeitos adversos na epiderme quando comparado a outros AHA’s; promover
esfoliação superficial homogênea 9.
7
O tratamento de hipercromias é um dos procedimentos mais realizados pelos
especialistas da medicina estética, sendo necessário realizar a anamnese, onde o
profissional fará avaliação, que analisará o fototipo do paciente, propiciando um
procedimento específico, seguro e eficaz 21.
Os procedimentos mais recomendado na estética com o uso do ácido
mandélico para o clareamento de hiperpigmentação em fototipos IV, V e VI é a
utilização de peeling químico. Pelo fato de apresentar maior peso molecular,
ocasionando menos irritabilidade à pele e, por ser um peeling superficial, pois este
age na camada epidérmica e não apresenta riscos de complicações ao cliente,
torna-se um procedimento seguro principalmente para esses fototipos acima citados
10, 22
.
O peeling tem como ação aumentar a renovação celular e eliminar
queratinócitos pigmentados mais superficiais, ou seja, na remoção da capa córnea
fotoenvelhecida 4, 21. Age no clareamento da melanina depositada, inibição da função
melanócitária e ajudando a promover uma eficaz remoção dos pigmentos
hipercrômicos 4, 9, 10.
“O ácido mandélico ajuda a reverter à degeneração do colágeno e da elastina
provocadas pelas exposições à radiação solar, promovendo a renovação e o
rejuvenescimento da pele” 10.
Para realizar o peeling, é recomendado na Estética utilizar o ácido na
porcentagem de 5 a 10%. Este deve ser deixado na pele por cinco minutos, depois
retirado com água.
Este procedimento é recomendado com intervalo de 15 a 20 ou de 15 a 30
dias, dependendo da sensibilidade da pele aplicada, em média de quatro aplicações
4, 9, 10
.
Em estudos realizados obtiveram como resultados com a ação do ácido
mandélico em pigmentação anormal incluindo melasmas, diminuição da
hiperpigmentação, após 1 (um) mês de uso com concentração de 10% foi de
7,11
aproximadamente 50% de melhora . Este ácido propicia menos eritema na pele
e outros efeitos adversos na epiderme 11.
A utilização do ácido mandélico seja ele utilizado sozinho ou combinado com
outras vitaminas antioxidantes, apresenta benefícios em várias alterações da pele
8
como: rejuvenescedor, tratamento de acne, clareador de hipercromias como
melasma e melhora da textura da pele 7,10.
2. METODOLOGIA
3. DISCUSSÃO
9
apresenta cadeia carbônica grande, assim demostra-se baixa irritabilidade, quando
se compara com um ácido glicólico 8.
O ácido penetra na pele lentamente favorecendo sua ação com efeito
uniforme, propiciando minimizar as complicações comuns da aplicação deste tipo de
ácido sobre a pele, assim favorece aos profissionais mais segurança na aplicação
principalmente para os fototipos elevados, sem correr o risco de obter nenhuma
alteração inestética4, 9.
4. CONCLUSÃO
10
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