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O impacto da terapia esportiva na paralisia cerebral

The impact of sports therapy on cerebral palsy

Rafael Santos Ferreira da Silva1, Tania de Moura Almeida2


1Programa de Aperfeiçoamento em Fisioterapia nas Disfunções Neurológicas da Criança e do Adulto da Associação de Assistência à

Criança Deficiente (AACD), São Paulo-SP, Brasil; 2Programa de Pós-graduação em Intervenção em Neuropediatria pela Universidade
Federal de São Carlos e em Fisioterapia Pneumológica pela Universidade Federal do Estado de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.

Resumo
Objetivo – Avaliar o nível de atividade física na paralisia cerebral em pacientes assíduos dentro do programa da Terapia Esportiva do
Hospital das Clinicas, caracterizando os resultados com uma melhora na qualidade de vida dos mesmos. Métodos – Trata-se de um estudo
transversal com a aplicação de questionários padronizados, classificando nove da terapia esportiva em relação ao nível de atividade física
utilizando como ferramenta o International Physical Activity Questionnaire, para em seguida obter dados com relação a qualidade de vida
dos mesmos, fazendo uso do questionário Short-Form 36, para em seguida constituírem uma base de dados para serem apresentados em
forma de tabelas. Resultados – Os dados Quantitativos do International Physical Activity Questionnaire caracterizaram a amostra em mais
de 50% em fisicamente ativos e demonstraram altos níveis de capacidade funcional, vitalidade e outros domínios do Short-Form 36.
Conclusão – A atividade esportiva realizada na Terapia Esportiva do Hospital das Clinicas mostrou bons resultados perante o nível de ati-
vidade física e qualidade de vida dos seus participantes.
Descritores: Paralisia cerebral; Atividade motora; Qualidade de vida; Terapia por exercício

Abstract
Objective – To evaluate the level of physical activity in cerebral palsy in patients within the Sports Therapy program of Hospital das
Clinicas, characterizing the results with an improvement in their quality of life. Methods – It is a cross-sectional study with the appli-
cation of standardized questionnaires, classifying nine of the sports therapy in relation to the level of physical activity using as tool the
International Physical Activity Questionnaire, to later obtain data regarding their quality of life, making use of the Short-Form 36 ques-
tionnaire, and then forming a database to be presented in the form of tables. Results – Quantitative data from the International Physical
Activity Questionnaire characterized the sample in more than 50% in physically active and demonstrated high levels of functional ca-
pacity, vitality and other domains of Short-Form 36. Conclusion – The sports activity performed in Hospital Sports Therapy of the
Clinics showed good results in relation to the level of physical activity and quality of life of its participants.
Descriptors: Cerebral palsy; Motor activity; Quality of life; Exercise therapy

Introdução dens do desenvolvimento do movimento e da postura,


Em 1843, o ortopedista inglês, William John Little causando limitações nas atividades. São atribuídas a
descreveu, pela primeira vez, a encefalopatia crônica distúrbios não progressivos que ocorrem no cérebro
da infância, e a definiu como patologia ligada a dife- em desenvolvimento2-3.
rentes causas e características, principalmente por es- As alterações não progressivas dos movimentos con-
pasticidade nos membros inferiores e em menor grau trolados ou posturais dos pacientes ocorrem após um
em membros superiores, dificuldade de agarrar objetos, evento lesivo que pode se dar por decorrências de fa-
engatinhar e andar. O neurologista austríaco Sigmund tores endógenos até fatores exógenos, que pode ocorrer
Freud, em 1897, sugeriu a expressão paralisia cerebral no momento pré-natal (diminuição da pressão parcial
(PC), após analisar os estudos de Little. Freud questio- de oxigênio, diminuição da concentração de hemoglo-
nava se as anormalidades do processo do nascimento bina e diminuição da superfície placentária), perinatal
eram fatores etiológicos ou consequências de causas (idade da mãe, desproporção céfalo-pélvica, anomalias
pré-natais. O termo PC é utilizado por muitos autores. da placenta, primogenidade e prematuridade) ou pós-
No entanto, muito se discute na forma errônea que o natal (anóxia anêmica, anóxia por estase e anóxia ano-
nome pode causar. Ao analisar as palavras “paralisia” xêmica). Por ter múltiplas incapacidades, os pacientes
e “cerebral” tem-se que “paralisia” significa interrupção portadores de PC necessitam de uma abordagem mul-
completa do movimento voluntário de um músculo, tidisciplinar.
causada por uma lesão no sistema neurológico, en- O comprometimento motor pode ser expresso clini-
quanto “cerebral” identifica uma região específica do camente com espasticidade, presença de movimentos
encéfalo1. involuntários, alteração nas vias cerebelares, tremores
Encéfalo é a parte do sistema nervoso central situada e rigidez4.
dentro do crânio; a medula se localiza dentro do canal A PC é clinicamente categorizada, com base na de-
vertebral, encéfalo e medula constituem o sistema ner- sordem motora predominante em espástica, discinética,
voso central. No encéfalo temos o cérebro, cerebelo e hipotônica e atáxica. Disparado o transtorno do movi-
tronco encefálico. A PC descreve um grupo de desor- mento é o mais comum em crianças. Apresentação de

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dados, em 2008, 58,2% das crianças com PC podiam Métodos
caminhar independentemente, 11,3% caminhavam Trata-se de um estudo transversal com a aplicação
usando um dispositivo de mobilidade de mão e 30,6% de questionários padronizados. Foi entregue o termo
tinham pouca ou nenhuma capacidade de andar. Outro de consentimento livre e esclarecido a amostra com-
estudo descobriu que 41% das crianças com PC foram posta por nove pacientes do IOT, com uma faixa etária
limitadas em sua capacidade de rastejar, andar, correr entre os 20 a 45 anos, de ambos os sexos, que apre-
ou jogar, e 31% precisavam usar equipamentos espe- sentam o quadro de PC hemiplégica e diplégica, que
ciais, como caminhantes ou cadeiras de rodas. Os cen- frequentam a terapia esportiva do Hospital das Clinicas
tros para controle e prevenção de doenças calculam de São Paulo. Foram excluídas pessoas que não eram
que, em todo o mundo, nascem 1,5 a 4 de cada 1000 pacientes do IOT e por consequência não estavam in-
crianças com PC5-6. clusos na Terapia Esportiva e não apresentavam um
O Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT), do diagnóstico de PC hemiplégica ou diplégica, os sele-
Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da cionados foram orientados sobre o objetivo do estudo,
Universidade de São Paulo (HCFMUPS) realiza, há mais em seguida os participantes tiveram contato com os
de 40 anos, um trabalho de integração de crianças e questionários International Physical Activity Question-
jovens portadores de PC que estão em tratamento no naire (IPAQ) e Short-Form 36 (SF–36), onde foram orien-
hospital. Todas as semanas, nas manhãs de quinta-feira, tados no preenchimento dos mesmos, após a realização
uma equipe multidisciplinar, formada por médicos or- da terapia esportiva.
topedistas da medicina do esporte, fisioterapeutas, fo- Originalmente, o IPAQ é apresentado em diferentes
noaudiólogos, assistentes sociais, terapeuta ocupacio- idiomas, inclusive em língua portuguesa, o que dis-
nal, educadores físicos e voluntários desenvolvem pensou a necessidade de sua tradução. São disponibi-
atividades esportivas com estes pacientes, com o obje- lizadas duas versões do IPAQ, uma no formato longo e
tivo de promover sua socialização e reabilitação global. outra no formato curto. A forma abreviada do IPAQ é
O mentor do programa foi o Dr. João Gilberto Caraz- composta por quatro domínios: atividades físicas vigo-
zato7. rosas, atividades físicas moderadas, caminhadas, ativi-
Este programa, denominado Terapia Esportiva, que dades sentadas. O questionário prevê a avaliação do
tem duração de uma hora e trinta minutos. Durante o número de dias semanais nos quais a atividade física é
tempo em que permanecem no ginásio de esportes, realizada e a duração média diária. O questionário re-
anexo ao hospital, os pacientes são orientados em jogos fere-se à atividade física da última semana. O questio-
de revezamento, arremesso, futebol, queimada e outras nário IPAQ fornece uma pontuação categórica e contí-
modalidades, para estimular as funções do aparelho nua11. Os escores finais da aplicação do IPAQ, são
locomotor e motivá-los a explorar suas potencialidades. obtidos a partir da soma de cada uma das dimensões
Preservar a saúde e a mobilidade de adolescentes específicas que compõem o instrumento (trabalho,
com PC é importante para elevar os níveis de qualidade transporte, tarefas domésticas e lazer). Optou-se por
de vida. A atividade física e o exercício demonstraram analisar o questionário de autoadministração em seu
prever e, algumas vezes, evitar que crianças com PC formato curto, por ser a versão mais fácil de ser res-
decresçam funcionalmente8. pondida. A versão curta é composta por oito questões
Baixos níveis de atividade física podem levar a níveis abertas e suas informações permitem estimar o tempo
reduzidos de aptidão física e a uma maior deterioração despendido por semana em diferentes dimensões de
da mobilidade, resultando em um ciclo vicioso de des- atividade física (caminhadas e esforços físicos de in-
contaminação e diminuição da atividade física. Fisio- tensidades moderada e vigorosa) e de inatividade física
logicamente, sabe-se que crianças com PC gastam mais (posição sentada). O Short-Form 36 (SF-36) é um ins-
energia para caminhar do que crianças com desenvol- trumento amplamente utilizado para medir qualidade
vimento normal, e que o custo da energia aumenta à de vida relacionada à saúde, assim como IPAQ, o SF-
medida que o nível funcional diminui. Recentemente, 36 também propicia que o entrevistado consiga res-
os níveis de atividade física mais baixos também foram ponder o sozinho. O questionário é composto de 36
associados ao maior custo de oxigênio da caminhada itens, com oito subescalas: funcionamento físico, limi-
em dez crianças com PC que estavam em ambulató- tações de funções devido a problemas físicos, funcio-
rios9-10. namento social, dor corporal, saúde mental em geral,
O presente estudo tem o objetivo de avaliar o nível limitações de funções devido a problemas emocionais,
de atividade física e a qualidade de vida relacionada à vitalidade e saúde geral12.
saúde em pacientes que apresentam o quadro de PC Para a aplicação dos questionários, os participantes
hemiplégica e diplégica, que frequentam a terapia es- foram reunidos na quadra de esportes da Associação
portiva do HC. Esse estudo não tem o objetivo de mos- Atlética Acadêmica Oswaldo Cruz da Faculdade de
trar que apenas a terapia esportiva é suficiente no tra- Medicina da USP, onde é realizada a Terapia Esportiva.
tamento da PC, mais sim deixar bem claro que a terapia A Terapia Esportiva é realizada todas as manhãs de
esportiva pode ser uma grande auxiliadora no trata- quinta-feira, com duração de uma hora e trinta minutos
mento e na melhora da qualidade de vida dos indiví- e média de 15 alunos por aula com uma faixa etária
duos portadores de PC. dos alunos por volta dos vinte cinco anos, o fisiotera-

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Tabela 1. Nível de atividade física, segundo IPAQ, versão curta (N=9)
NAF N %
Muitos Ativos 3 33.33
Ativos 5 55.55
Irregularmente Ativo 1 11.11

Tabela 2. Dados obtidos a partir dos oito domínios do SF-36 referente aos participantes da Terapia Esportiva
MEDIA ( DP ) MAXIMA MINIMA
Capacidade funcional 68,3 ± 28,48 100 5
Limitação por aspectos físicos 61,1 ± 37,4743 100 0
Dor 58± 17,7326 74 22
Estado geral de saúde 61,5 ± 14,7807 80 32
Vitalidade 73,3 ± 18,1046 100 50
Aspectos sociais 66 ± 30,8257 100 12
Aspectos emocionais 62,8 ± 42,9249 100 0
Saúde mental 70,6 ± 21,9899 100 32
DP = Desvio Padrão

peuta da medicina do esporte do HC e educador físico bos os questionários para em seguida ser digitado em
Félix Ricardo rege as atividades que consistem em exer- uma base de dados do programa Excel, versão do Office
cícios de equilíbrio, coordenação e força, sempre vi- 2016, para ser apresentados na forma de tabelas. Os
sando a estimulação de movimentos aos participantes procedimentos empregados no estudo foram aprovados
da atividade, ele conta com o auxílio de duas fisiotera- pelo comitê de ética em pesquisa do Hospital das Cli-
peutas, uma psicóloga e uma terapeuta ocupacional. nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
Dentre as atividades realizadas se destacam o uso de São Paulo (Parecer de Número: 2.473.282 e CAAE:
alguns fundamentos de determinados esportes como 82184018.8.0000.0068) e acompanha normas da Re-
basquete, futebol e handebol. Também são utilizados solução CNS nº466/12.
bambolês como instrumentos de coordenação e col- Os dados quantitativos obtidos nas entrevistas foram
chonetes para estimular o equilíbrio dos participantes analisados tendo como base os escores apresentados
da Terapia Esportiva, tudo é encarado pelos participan- por ambos os questionários e digitados em uma base
tes com uma forma de dizer aos familiares e a sociedade de dados do programa Excel, versão do Office 2016,
que eles são capazes de realizar atividades corriqueiras Microsoft 2016, onde foi obtido dados estatísticos de
como: levantar-se sozinho, caminhar, agarrar objetos média, desvio padrão, máxima, mínima e porcentagem,
com as mãos entre outras, para estimular as funções apresentando os mesmos na forma de tabelas.

Resultados
do aparelho locomotor e motivá-los a explorar suas
potencialidades, o que por consequência vai trazer um
melhora em sua qualidade de vida, a qualidade de vida
Em relação aos dados quantitativos referentes ao nível
reflete as reações cognitivas e emocionais dos indiví-
de atividade física (NAF) dos participantes da Terapia
duos às suas realizações, de acordo com o contexto
Esportiva, verificou-se que 55,55% são Ativos, 33,33%
cultural e o sistema de valores em que vivem, em rela-
Muito Ativos e 11,11% Irregularmente Ativo conforme
ção aos seus objetivos, aspirações, padrões e preocu-
o escore do IPAQ, versão curta (Tabela 1).
pações13.
Os dados obtidos nas avaliações do SF-36 preenchi-
Após a realização da Terapia Esportiva os participan-
dos pelos participantes do estudo foram agrupados, re-
tes do estudo receberam os questionários com instru-
velando dados de media, mediana, moda, desvio pa-
ções e recomendações para o seu preenchimento; não
drão, máxima e mínima em cada um dos oito domínios
foi definido um limite de tempo para o preenchimento
(Tabela 2).
dos questionários, as eventuais dúvidas manifestadas
Discussão
pelos participantes foram imediatamente esclarecidas
pelo profissional que acompanhava a coleta de dados.
Durante o preenchimento do questionário os partici- Crianças e adultos com PC participam substancial-
pantes não se comunicaram entre si, essa medida foi mente menos em atividades físicas em comparação
adotada para evitar possíveis intervenções indesejáveis com as populações de referência, e menos do que o
em suas respostas. Todos esses procedimentos foram recomendado pelas orientações. O Colégio Americano
avaliados com base nos escores apresentados por am- de Medicina Esportiva recomenda que os adultos façam

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pelo menos 150 minutos por semana de intensidade Referências
moderada de exercício cardiorrespiratório e fortaleci- 1. Monteiro CBM. Paralisia Cerebral: teoria e prática. São Paulo:
mento muscular pelo menos dois dias na semana. Não Plêiade; 2015.
há evidência que sugira que esses requisitos devem ser
2. Machado A. Neuroanatomia funcional. 3 ed. São Paulo: Athe-
diferentes em pessoas com PC. Para poder desenvolver neu; 2004.
diretrizes de prescrição de exercícios universalmente
3. Rosenbaum P. A report.: the definition and classification of ce-
aceitas para crianças e adultos com PC, foi proposto
rebral palsy April 2006. Dev Med Child Neurol. 2007;41: 8-14.
um quadro básico e bem aceito de exercício aplicados
nesta população, incluindo (1) Frequência, (2) Intensi- 4. Miranda ER. Idade óssea na paralisia cerebral. Acta Ortop Bras.
2013; 21(6): 336-9.
dade, (3) Tempo e (4) Tipo. Muitas pessoas com PC são
fisicamente inativas e essas recomendações pode ser 5. Guo T. Tuina for children with cerebral palsy: A protocol for a
bastante difíceis de alcançar14-15. systematic review. Medicine (Baltimore). 2018: 97(4): e9697.
No presente estudo mais de 50% da amostra foi ca- 6. Lungu C. Report of a workshop on research gaps in the treat-
racterizada em Ativa, ou seja, realiza no mínimo qual- ment of cerebral palsy. Neurology. 2016; 87(12):1293-8.
quer atividade física somada: ≥ 5 dias/sem e ≥ 150 mi- 7. Instituto de Ortopedia e Traumatologia. São Paulo: Hospital
nutos/sem, comparados a indivíduos inativos, os das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São
fisicamente ativos apresentam níveis mais elevados de Paulo; 2017. Disponível em: http://www.iothcfmusp.com.br/pt/
resistência cardiorrespiratória, força muscular além dos assistencia/medicina-do-esporte.
benefícios à saúde como a taxa reduzida de adiposidade 8. Lewis J. A progressive running program for an adolescent with
corpórea, diminuição dos riscos relacionados às doenças cerebral palsy. Pediatr Phys Ther. 2017; 29(3): E12-E6.
cardiorrespiratórias e metabólicas, melhor densidade 9. Van Wely L. Physical activity stimulation program for children
óssea e sintomas reduzidos de ansiedade e depressão, with cerebral palsy did not improve physical activity: a randomi-
isso teve um impacto direto na vitalidade, saúde mental, sed trial. J Physiother. 2014; 60: 40-9.
aspectos emocionais, aspectos sociais e capacidade fun- 10. Bjornson K. The Effect of Ankle-Foot Orthoses on Commu-
cional segundo os resultados do SF-36 durante a pes- nity-Based Walking in Cerebral Palsy: A Clinical Pilot Study. Pe-
quisa. A participação de indivíduos com algum tipo de diatr. Phys. Ther. 2016; 28(2): 179-86.
deficiência em atividades esportivas e recreativas tem 11. Margiotta DPE. Physical activity and sedentary behavior in pa-
sido importante aliado na promoção da qualidade de tients with Systemic Lupus Erythematosus. PLoS One. 2018: 13(3).
vida. Além de aumentar a capacidade física, minimizar
12. Ahn J. Scoring mental health quality of life with the SF-36 in
a falta de condicionamento e promover a inclusão, o patients with and without diabetes foot complications. Int J Low
esporte está associado à redução do comportamento Extrem Wounds. 2018;17(1): 30-5.
mal adaptativo e à melhora da autoestima e da compe-
13. Côté-Leclerc F. How does playing adapted sports affect qua-
tência social em crianças com deficiência16-17, isso é lity of life of people with mobility limitations? Results from a
notado no número expressivo do domínio: Saúde Mental mixed-method sequential explanatory study. Health Qual Life
do SF-36 dos participantes da Terapia Esportiva. Outcomes. 2017: 15-22.

Conclusão
14. American Academy for Cerebral Palsy and Development Me-
dicine. In: 71st Annual Meeting: 2017; Montreal , Quebec, Canadá:
Conclui-se que a terapia esportiva do HC apresentou Dare Greatly enter the Arena; September 13-16, 2017.
bons resultados na qualidade de vida dos participantes, 15. Verschuren O. Exercise and physical activity recommenda-
auxiliando no tratamento da PC, por ser uma atividade tions for people with cerebral palsy. Dev Med Child Neurol.
física de moderada intensidade segundo critérios do 2016. 58(8): 798-808.
Colégio Americano de Medicina Esportiva onde a 16. Paiva MDS. Benefícios do exercício físico para crianças e
mesma ajuda a contribuir na caracterização da maioria adolescentes com paralisia cerebral: uma revisão bibliográfica.
da população que a frequenta em fisicamente ativos, Acta Fisiátr. 2010; 17(4).
os altos resultados da capacidade funcional, vitalidade 17. Feitosa LC, Muzzolon SRB, Rodrigues DCB, Crippa ACDS,
e saúde mental reforçam essa ideia em conjunto com Zonta MB. The effect of adapted sports in quality of life and bio-
os outros domínios do SF-36, mais estudos são neces- psychosocial profile of children and adolescents with cerebral
sários para reforçar esses dados e a importância desse palsy. Rev Paul Pediatr. 2017;35 (4).
programa.

Endereço para correspondência:


Rafael Santos Ferreira da Silva
Rua Marçal de Lemos, 104 – São Mateus
São Paulo-SP – CEP 08310-600
Brasil

E-mail: rafaelsantosfs90@hotmail.com

Recebido em 26 de dezembro de 2018


Aceito em 20 de março de2019

J Health Sci Inst. 2019;37(2):156-9 159 O impacto da terapia esportiva na paralisia cerebral

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