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FORMAÇÃO ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO

CICLO 1 - TECENDO REDES DE CONHECIMENTO

REVENDO O BORDADO - REFLETIR PARA SISTEMATIZAR / AVALIAÇÃO

CURSISTA: TADEU VINICIUS CASAES DE OLIVEIRA, MATRÍCULA: 85200298

Pense e construa um plano de aula inspirado nos cinco momentos da PHC sobre um
tema associado à sua disciplina.

Momento 1.
A vida dos jovens que vivem em áreas quilombolas apresenta desafios únicos do ponto de
vista da educação, mas também é enriquecida por uma forte conexão com a cultura e a
história de seus antepassados. Aqui estão alguns aspectos a serem considerados:

● Preservação da cultura e identidade: Jovens em áreas quilombolas geralmente têm


a oportunidade de aprender sobre as tradições culturais de seus antepassados,
como línguas, músicas, danças e práticas espirituais. Isso contribui para a
preservação de uma rica herança cultural.

● Desafios de acesso à educação: No entanto, essas comunidades frequentemente


enfrentam desafios de acesso à educação, como a falta de escolas próximas,
transporte precário e falta de recursos. Muitos jovens podem enfrentar dificuldades
para acessar uma educação de qualidade.

● Desigualdade educacional: A desigualdade educacional persiste em muitas
comunidades quilombolas, com taxas de evasão escolar mais elevadas e níveis de
educação mais baixos em comparação com áreas urbanas. Isso pode ser atribuído a
fatores como a falta de infraestrutura, professores qualificados e materiais
educativos adequados.

● Conexão com o meio ambiente: Muitas comunidades quilombolas têm uma forte
conexão com a natureza e o meio ambiente. Isso pode ser uma fonte valiosa de
aprendizado, promovendo a conscientização ambiental e a sustentabilidade.

● Empoderamento e mobilização: Em algumas áreas quilombolas, os jovens têm se


envolvido em movimentos de resistência e luta por direitos territoriais. Isso não
apenas os educa sobre questões sociais e políticas, mas também os capacita como
defensores de suas comunidades.

● Necessidade de abordagens inclusivas: Para melhorar a educação para jovens


quilombolas, é essencial adotar abordagens educacionais inclusivas que respeitem e
valorizem suas tradições culturais. Isso envolve a colaboração com as próprias
comunidades para desenvolver currículos relevantes e métodos de ensino sensíveis
à cultura local.
● A importância da educação para a emancipação: A educação desempenha um papel
fundamental na capacitação dos jovens quilombolas para superar as desigualdades
históricas e participar ativamente na sociedade. Ela não apenas oferece
oportunidades econômicas, mas também capacita os jovens a serem líderes e
defensores de suas comunidades.

● Em resumo, a educação para os jovens em áreas quilombolas é um campo de


desafios e oportunidades. É fundamental reconhecer a importância de respeitar e
preservar a cultura local enquanto se busca proporcionar acesso a uma educação
de qualidade que capacite esses jovens a enfrentar os desafios da sociedade
contemporânea.

Momento 2.
Problematizar temas relacionados às áreas quilombolas em uma sala de aula do Ensino
Médio em Salvador, Brasil, é uma oportunidade valiosa para promover a conscientização, o
pensamento crítico e a discussão significativa. Aqui estão algumas estratégias para fazer
isso:

● Exploração da História Local: Comece examinando a história das áreas quilombolas


em Salvador, destacando sua origem, lutas históricas e contribuições para a cultura
da região. Isso ajuda os alunos a entender a importância das comunidades
quilombolas na história da cidade.

● Discussão sobre a Identidade Cultural: Incentive os alunos a explorar como a


identidade cultural nas áreas quilombolas se manifesta em termos de língua, música,
dança e tradições. Isso pode ser uma oportunidade para refletir sobre a diversidade
cultural na sociedade baiana.

● Desafios Educacionais: Aborde os desafios específicos que os jovens de áreas


quilombolas enfrentam no acesso à educação e as disparidades educacionais. Isso
pode incluir debates sobre como superar essas barreiras.

● Desigualdade e Discriminação: Discuta a desigualdade e a discriminação que muitas


vezes afetam essas comunidades. Isso pode envolver uma análise crítica das
políticas públicas, racismo e outras formas de exclusão.

● Sustentabilidade e Meio Ambiente: Explore a relação entre as comunidades


quilombolas e o meio ambiente. Discuta a importância da sustentabilidade e como
essas comunidades podem desempenhar um papel na preservação do ambiente.

● Empoderamento e Ativismo: Destaque exemplos de jovens quilombolas que têm


desempenhado um papel ativo na defesa de seus direitos e de suas comunidades.
Isso pode inspirar os alunos a se envolverem em questões sociais.

● Visitas a Comunidades Quilombolas: Se possível, organize visitas a comunidades


quilombolas para que os alunos tenham uma experiência prática e pessoal. Isso
pode ajudá-los a conectar o aprendizado em sala de aula com a realidade das
comunidades.
● Trabalho Colaborativo: Incentive os alunos a trabalharem em projetos de pesquisa
em grupo, apresentações ou debates relacionados a esses temas. Isso promove a
colaboração e o pensamento crítico.

● Recursos Diversificados: Utilize recursos variados, como filmes, documentários,


literatura, música e entrevistas, para enriquecer o aprendizado e envolver os alunos
de maneira mais profunda com os temas.

● Promoção do Respeito e Empatia: Estimule a empatia e o respeito pela diversidade


cultural, destacando a importância de valorizar as experiências e perspectivas das
comunidades quilombolas.

● Ao abordar esses temas de maneira crítica e interativa, os alunos terão a


oportunidade de desenvolver uma compreensão mais profunda das questões
relacionadas às áreas quilombolas em Salvador e refletir sobre seu papel na
sociedade. Além disso, isso ajuda a promover valores de justiça social, inclusão e
igualdade, que são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e
consciente.

Momento 3.
Os quilombos, também chamados de mocambos, eram comunidades que surgiram no
Brasil durante o período colonial e eram compostos por africanos escravizados ou seus
descendentes. Eles representavam espaços de resistência, uma vez que eram formados
por escravizados que haviam fugido.

Essas comunidades se estabeleciam em diversas regiões do Brasil, inclusive nas


proximidades de grandes cidades, como os vários quilombos que surgiram nas
proximidades do Rio de Janeiro no século XIX. O primeiro registro de um quilombo no Brasil
remonta a 1575, quando um mocambo foi formado na Bahia.

Os quilombos eram locais onde escravizados fugitivos podiam buscar uma vida em
liberdade, procurando meios para garantir sua sobrevivência. Isso incluía estabelecer laços
comerciais com pessoas próximas, encorajar outros escravizados a fugirem e, muitas
vezes, tentar recriar um estilo de vida semelhante ao que tinham em suas terras africanas
de origem.

Hoje em dia, os quilombos continuam a existir, mas sua natureza é diferente. São
comunidades formadas por descendentes de escravizados quilombolas que buscam
preservar suas tradições e culturas. Simultaneamente, essas comunidades lutam pelo
acesso à terra e buscam desenvolver um estilo de vida sustentável.

A origem dos quilombos remonta ao século XVI e é resultado da resistência dos africanos
escravizados trazidos ao Brasil pelo tráfico negreiro. A crueldade da escravidão,
caracterizada por abusos físicos, trabalho extenuante e más condições de vida, motivou a
resistência dos escravizados.
No Brasil, os escravizados fugiam e escolhiam áreas estratégicas para garantir sua
proteção contra as autoridades coloniais, onde construíam vilas conhecidas como
quilombos, um termo originário do quimbundo, utilizado para se referir a acampamentos
militares na região de Angola.

Muitos quilombos eram fortificados com muralhas de madeira e armadilhas para proteger as
populações que neles viviam. Além de africanos e seus descendentes, essas comunidades
incluíam índios e homens brancos livres.

Os quilombolas obtinham sua subsistência da natureza, cultivando produtos como


mandioca, milho, feijão, batata-doce e abóbora. Além disso, frutas, raízes, caça e pesca
contribuíam para sua alimentação. Criavam animais, como galinhas, e produziam itens úteis
para os colonos portugueses, como cerâmica e cachimbos, bem como lenha. Muitos
quilombos mantinham relações comerciais amigáveis com fazendas e engenhos nas
proximidades.

As autoridades coloniais frequentemente atacavam os quilombos, principalmente os


engenhos, que eram importantes alvos. Muitos quilombos resistiam aos ataques
portugueses, forçando as autoridades a empregar recursos consideráveis para tentar
destruí-los.

Culturalmente, os quilombos eram locais onde africanos e seus descendentes buscavam


preservar aspectos de sua cultura, incluindo tradições, festas, práticas religiosas, danças e
outros elementos culturais. Isso representava uma tentativa de resgatar a herança cultural
africana em um ambiente desafiador.

Momento 4.
O momento de síntese do que foi colocado acontecerá aqui, buscando identificar e avaliar
as construções dos alunos à luz de tudo que foi discutidos

Momento 5.
Revisando a proposta inicial da discussão sobre a questão quilombola, será proposta uma
batalha de rimas sobre o tema, aproximando o que foi discutido com um sentido prático e
próximo da realidade dos alunos, fazendo-os refletir e utilizar habilidades e competências
importantes para a melhor fixação do aprendizado e desenvolvimento de suas capacidades.

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