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As ações de vigilância em saúde ocupacional incluem identificar, controlar e

eliminar riscos no ambiente de trabalho. Um dos pressupostos que norteiam a prática da


vigilância é o diálogo entre as experiências cotidianas dos trabalhadores e os saberes
técnico-científicos.
Os psicólogos participam de grupos de supervisão interdisciplinares
principalmente como pesquisadores sociais, como agentes de investigação crítica das
dimensões subjetivas do ambiente de trabalho, sensíveis às formas específicas como os
trabalhadores percebem os riscos do trabalho, a forma como lidam com eles e como eles
estão presentes em cada micro-universo. (SATO, 1996:BERNARDO, 2002: SATO:
LACAZ: BERNARDO, 2006)
Como atividade de educação em saúde podemos apostar no desenvolvimento de
cursos, seminários e estágios para técnicos, gestores e trabalhadores, com o objetivo de
formar técnicos e trabalhadores em geral como membros de instituições de controle
social e ao mesmo tempo como modelo para municípios e regionais do SUS. Refere-se
também à produção de conhecimento, ou seja, publicação de manuais, redação de
artigos, organização de livros, notas de aula e materiais técnicos audiovisuais.
Tal como outros profissionais, os psicólogos podem ajudar a identificar
problemas de saúde e outras questões relacionadas com o trabalho que requerem
investigação ou investigação para gerar conhecimentos, divulgar dados, estabelecer
colaboração técnica e apoiar o desenvolvimento e implementação de políticas na área.
Um grande desafio para os psicólogos da área é estabelecer relações entre os
transtornos mentais e os aspectos organizacionais do trabalho, relação muitas vezes
referida como “causalidade” nas áreas do direito e da seguridade social. Embora essa
questão ainda não tenha sido resolvida, a categoria trabalho precisa ser analisada como
fator propício ao desenvolvimento de sofrimento e adoecimento mental.
Diversos recursos de avaliação psicológica estão disponíveis para identificar
alterações funcionais permanentes decorrentes de distúrbios orgânicos, como memória,
concentração, etc., o que pode ajudar o trabalhador a compreender sua verdadeira
condição e, assim, defender seus direitos.

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