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Licenciatura em Psicologia
2020/2021
Portfólio Individual
Discente:
Introdução........................................................................................................... 3
Noções Introdutórias .......................................................................................... 3
Experiências e Reflexões ................................................................................... 6
Conclusão......................................................................................................... 16
Referências Bibliográficas ................................................................................ 18
Anexos ............................................................................................................. 20
Anexo 1: Certificado de Participação no Workshop “Trauma, Corpo e Emoção”20
Introdução
Noções Introdutórias
De modo a clarificar em que medida pode o próprio individuo fazer face aos
sinais e sintomas que vivencia ou até numa ótica de prevenção da psicopatologia
importa identificar e conceptualizar os fatores de risco, fatores de proteção e fatores
de manutenção no âmbito das perturbações psicopatológicas. Fator de risco assume-
se como alguma situação, contexto, condição ou característica que aumente a
probabilidade de ocorrer situações negativas ou até indesejáveis (Reppold, Pacheco,
Bardagi, & Hutz, 2002). Ainda que os fatores de risco não constituam, individualmente,
um antecedente percetível ao desenvolvimento de alguma perturbação
psicopatológica, é de salientar o seu papel no quadro global das perturbações
mentais. Quando falamos em fator precipitante falamos no momento desencadear de
um determinado sinal/sintoma e não especificamente do evento (Reppold, Pacheco,
Bardagi, & Hutz, 2002). Quanto aos fatores de proteção, estes descrevem atributos e
aspetos que reduzem o impacto de condições possivelmente negativas e permitem
prever consequências positivas (Papalia & Feldman, 2013).
Experiências e Reflexões
Esta aula permitiu perspetivar estas vivências de uma outra forma, pois a
verdade é que quanto mais tempo se leva a experienciar estes sintomas, mais difícil
se torna lidar com os mesmos porque o funcionamento mental se torna rígido em torno
do que passa a ser a nova realidade do sujeito. Neste sentido, a intervenção precoce
é fundamental para que se consiga trabalhar e preservar o funcionamento interior que
antecedia ao evento traumático.
O stress é definido por Koh (2018) como um estímulo interno ou externo que é
significativamente percebido pelo indivíduo e, consequentemente, que o ativa
emocional e psicofisiologicamente. As causas do stress aparecem retratadas numa
ótica biopsicossocial, uma vez que são estímulos causados por fatores psicossociais
e ambientais (Koh, 2018). O que ressalta deste modelo é a questão da rápida
desativação da reação psicofisiológica assim que o estímulo stressante desaparece e
como nestas perturbações a desativação do sistema não é algo imediato. O ser
humano, perante a presença de um stressor, entra numa fase de intensa ativação,
libertando no seu sistema hormonas como a adrenalina, o cortisol e o glicogénio
(Abreu, 2011). Nesta aula, uma das coisas mais importantes que retive e que
considero crucial, é que as atividades de autocuidado auxiliam na desativação dos
mecanismos de stress e isso caracteriza-se por ser adaptativo e protetor. Aprendi que
sem a desativação dos mecanismos de stress, o indivíduo mantém-se stressado, sem
ter a capacidade de relaxar e acalmar.
Adriano Vaz Serra, no seu livro “O Stress na vida de todos os dias” de 2007,
argumenta que a prática de atividades relaxantes, como sejam a prática de exercício
físico ou de um desporto, passear, ouvir música, ou outras atividades que vão ao
encontro das preferências individuais. No leque destas diversas práticas de
relaxamento deve estar presente o critério de indução de tranquilidade e calma, para
que como consequências surjam o alívio da tensão muscular e a desativação dos
mecanismos de stress, acrescentando ainda que pode ser uma oportunidade para
trabalhar no diálogo interior (Serra, 2007).
Uma outra prática que demonstra ter efeitos positivos é a escrita ou, como é
mais comummente designado, o journaling. O ato de escrever sobre as próprias
experiencias de vida, pensamentos e emoções pode, de facto, assumir-se como uma
forma de coping no sentido em que expor os acontecimentos e sentimentos facilita no
processo de lhes atribuir significado, organizá-los e auxiliar no processo de resolução
de dificuldades que se façam sentir (Serra, 2007).
Conclusão
Anexos