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Faculdade de Artes e Humanidades

Licenciatura em Psicologia

2020/2021

Unidade Curricular: Psicopatologia II

Docente: Prof.ª Dora Pereira

Portfólio Individual

Práticas de Autocuidado na prevenção de Psicopatologia e Sinais e


Sintomas que traduzem a necessidade de Intervenção

Discente:

Sara Ornelas nº 2066518

Funchal, 15 de janeiro de 2020


Índice

Introdução........................................................................................................... 3
Noções Introdutórias .......................................................................................... 3
Experiências e Reflexões ................................................................................... 6
Conclusão......................................................................................................... 16
Referências Bibliográficas ................................................................................ 18
Anexos ............................................................................................................. 20
Anexo 1: Certificado de Participação no Workshop “Trauma, Corpo e Emoção”20
Introdução

Uma vez proposta a realização de um portfólio individual, que depreende um


processo de registo de experiências de aprendizagem bem como de reflexão sobre o
tema, considerei ser significativo selecionar uma questão-chave que esclarecesse a
importância da promoção do bem-estar psicológico e do acompanhamento psicológico
à luz da unidade curricular de Psicopatologia.

A questão-chave que será o foco desta pesquisa assenta nas práticas de


autocuidado na prevenção de Psicopatologia e sinais e sintomas que traduzem a
necessidade de intervenção.

A escolha desta questão-chave recai sobre a importância e a pertinência de


esclarecer o que a pessoa pode fazer por ela própria, num caminho com destino ao
bem-estar físico e psicológico e que tem um papel fulcral quando falamos em
psicopatologia. Pretendo igualmente desmistificar a crença de que a intervenção
psicológica é apenas um último recurso, ponderando e refletindo sobre os benefícios
da mesma, em especial para pessoas diagnosticadas com alguma psicopatologia.

É uma temática que está patente em diversos contextos como a psicologia


clínica, educacional, organizacional e no próprio quotidiano dos seres humanos e tem
vindo a ser estudada no sentido de se compreender efetivamente como é que o
autocuidado pode promover uma melhoria global na saúde dos seres humanos.

Noções Introdutórias

Contextualizando a noção de saúde-mental, o ponto de partida essencial de


pesquisa e reflexão, esta é definida pela Organização Mundial de Saúde como um
estado de bem-estar que permite ao indivíduo efetivar as suas capacidades e
competências, lidar com o stress do quotidiano, trabalhar produtivamente e, assim,
contribuir com sucesso para a sua comunidade (Organização Mundial de Saúde,
2018). A dimensão da sua importância para a nossa capacidade quer individual como
coletiva para atuarmos no mundo que nos rodeia com a capacidade de pensar, sentir,
interagir, produzir e desfrutar da vida é imensurável (Organização Mundial de Saúde,
2018). Nesta perspetiva, a promoção, proteção e recuperação da saúde mental
assumem-se como imperativos vitalícios para o individuo, para grupos e para as
sociedades em geral. A saúde mental assume-se como um elemento integral e
primordial para a saúde, por conseguinte sendo uma questão global (Organização
Mundial de Saúde, 2018).

O conceito de Psicopatologia refere-se à ciência que estuda sistematicamente


as experiências atípicas e incomuns do ser humano bem como aspetos
comportamentais anómalos (Figueira, Afonso, & Madeira, 2020). A realidade é que o
campo da Psicopatologia está intrinsecamente associado com a compreensão e
exploração de fenómenos psíquicos, igualmente denominados de doenças mentais
(Dalgalarrondo, 2019).

A semiologia psicopatológica, o domínio que se debruça sobre o estudo dos


sinais e sintomas dos transtornos mentais, é um campo de elevada importância para
a compreensão e intervenção na psicopatologia (Dalgalarrondo, 2019). O termo sinal
refere-se à manifestação clínica de carater objetivo e observável por parte do
psicólogo ou profissional de saúde, por sua vez o termo sintoma depreende a
manifestação clínica subjetiva, apenas experienciada e descrita pelo cliente (Figueira,
Afonso, & Madeira, 2020). Ter presente a dimensão teórica destes conceitos permitirá
uma reflexão mais coesa sobre a sua prevalência e impacto nas perturbações
psicopatológicas, bem como elucidar que a intervenção psicológica é um recurso
eficaz e cientificamente validado para lidar com o sofrimento e desconforto que estes
sinais e sintomas traduzem.

De modo a clarificar em que medida pode o próprio individuo fazer face aos
sinais e sintomas que vivencia ou até numa ótica de prevenção da psicopatologia
importa identificar e conceptualizar os fatores de risco, fatores de proteção e fatores
de manutenção no âmbito das perturbações psicopatológicas. Fator de risco assume-
se como alguma situação, contexto, condição ou característica que aumente a
probabilidade de ocorrer situações negativas ou até indesejáveis (Reppold, Pacheco,
Bardagi, & Hutz, 2002). Ainda que os fatores de risco não constituam, individualmente,
um antecedente percetível ao desenvolvimento de alguma perturbação
psicopatológica, é de salientar o seu papel no quadro global das perturbações
mentais. Quando falamos em fator precipitante falamos no momento desencadear de
um determinado sinal/sintoma e não especificamente do evento (Reppold, Pacheco,
Bardagi, & Hutz, 2002). Quanto aos fatores de proteção, estes descrevem atributos e
aspetos que reduzem o impacto de condições possivelmente negativas e permitem
prever consequências positivas (Papalia & Feldman, 2013).

Através do termo fator de manutenção representamos a diversidade de fatores


que mantêm a problemática experienciada pelo individuo, tendo como por exemplo
padrões de comportamento repetitivos, estratégias de autorregulação maladaptativas
e esquemas cognitivos distorcidos (Macneil, Hasty, & Conus, 2012).

A vulnerabilidade individual deve igualmente ser contemplada e esta refere-se


a uma propensão do indivíduo que pode intensificar os efeitos de um stressor e é
caracterizada por respostas mal adaptativas que têm consequências negativas para
o desenvolvimento psicológico (Zimmerman & Arunkumar, 1994). A vulnerabilidade
pode ser otimizada através da resiliência, trabalhada a partir de experiências de vida
e do crescimento pessoal (Lin, Chan, Hendrickson, & Zuñiga, 2020)

As práticas de autocuidado têm vindo a ser associadas com o aumento na


autoconsciência, bem-estar físico e psicológico, satisfação com a própria vida,
desenvolvimento pessoal, gestão de stress e uma maior capacidade de conexão com
o outro (Viskovich & George-Walker, 2019). As práticas de autocuidado consistem em
ações e comportamentos com a deliberação consciente de promoção de bem-estar
físico e psicológico, passando muitas vezes pela adoção de estilos de vida mais
saudáveis, onde a prática de exercício físico, a alimentação saudável, as rotinas de
sono adequadas e a socialização são alguns elementos base (Lin, Chan, Hendrickson,
& Zuñiga, 2020).

O autocuidado é também definido através da conexão entre a capacidade de


cuidar de si próprio através de atividades consideradas necessárias para alcançar,
manter e promover um estado saudável geral (Richard & Shea, 2011). Salienta-se a
relação que o autocuidado tem com a singularidade e características próprias do
indivíduo como o senso de autoeficácia, autocontrolo, conhecimentos e valores e os
aspetos culturais que influenciam o modo e a própria presença das práticas de
autocuidado na vida das pessoas (Richard & Shea, 2011). Alguns estudos qualitativos
que se debruçaram sobre o significado do autocuidado demonstram que há uma
prevalência em identificar estas práticas o “ouvir o próprio corpo”, atentar às
manifestações corporais, gerir o contexto social e o estilo de vida e, por fim, não fazer
nada que prejudique o próprio indivíduo (Richard & Shea, 2011). Todas estas práticas
surtem efeitos positivos tais como a diminuição do surgimento de complicações ao
nível da saúde, uma menor frequência na utilização dos serviços de saúde, aumento
da satisfação pessoal, melhores estratégias de coping, aprofundamento do sentido de
vida, bem-estar generalizado e associado a uma melhor recuperação após cirurgias
ou doenças (Richard & Shea, 2011).

O ato de cuidar de si próprio é essencial para a manutenção da capacidade de


cuidar dos outros, sendo assim uma questão considerada como imperativo ética para
a prática não só dos psicólogos, mas de outros profissionais de saúde onde o trabalho
e o contacto com a dor do outro pode ser deteriorante (Xavier & Daltro, 2016). A
própria ordem dos psicólogos tem sido pioneira na divulgação e aconselhamento das
práticas de autocuidado no âmbito da prática profissional e tem inclusivo criado fóruns
destinados à divulgação e promoção da adoção destas medidas no quotidiano como
mecanismo de prevenção de stress (Ordem dos Psicólogos, 2020).

Experiências e Reflexões

No dia 2 de junho de 2020, assisti a um direto na plataforma digital Instagram


da Ordem dos Psicólogos Portugueses com a psicóloga Maria Palha que abordou o
tema “Intervenção em Contextos de Crise”, e foi claramente o primeiro contacto que
tive com a questão do autocuidado e que me despertou um enorme interesse. Após
ter sido questionada sobre quais as práticas de autocuidado que adota, tendo em
conta que trabalha em contextos de crise, a psicóloga Maria Palha começou por
abordar esta questão referindo que o autocuidado é um trabalho que já vem do
passado, centralizando a importância de programas de desenvolvimento pessoal,
psicoterapias e até questões práticas do dia a dia que permitem que a pessoa se sinta
bem e seja capaz de identificar fontes de bem-estar e quando as pode ativar. Destacou
ainda que o autocuidado é, sem dúvida, uma mais valia em qualquer altura e em
qualquer dimensão da vida (Ordem dos Psicólogos [@ordemdospsicologos], 2020).

O autoconhecimento, o autocuidado e a noção das próprias limitações são


centrais quer para a atuação profissional como para a promoção de bem-estar
psicológico e a ordem dos psicólogos espelha isto com os seus programas de
autocuidado para psicólogos. Assistir a este direto fez com que me emergissem
questões importantes relativamente ao que nós podemos fazer sobre a nossa situação
e contexto de vida e, acima de tudo, o que podemos fazer na promoção do nosso
próprio bem-estar e felicidade. No seguimento deste momento que considero de pura
aprendizagem e expansão de horizontes, procurei compreender que práticas de
autocuidado existem e de que forma se assumem como ferramentas e instrumentos
para melhorar a saúde mental das pessoas.

No dia 7 de outubro de 2020 após a primeira aula da disciplina de


Psicopatologia II e após a proposta de realização de um portfolio de aprendizagens
sabia que queria, de alguma maneira, explorar e relacionar as práticas de autocuidado
com a psicopatologia assim como procurar desmistificar a crença de que os seres
humanos conseguem resolver os seus problemas e dificuldades sozinhos, sem
necessitar da ajuda de um psicólogo. Para mim, ver estas questões exploradas e
demonstrar o que consegui aprender sobre as mesmas era pertinente.

No dia 22 de outubro de 2020 participei numa das diversões sessões do


programa e.Academia desenvolvido pela ordem dos psicólogos portugueses intitulado
“Autoconhecimento, Identidade e Desenvolvimento Profissional”. Este é um dos vários
projetos da ordem dos psicólogos destinado a estudantes e futuros psicólogos, e
contempla questões e considerações sobre o futuro desta prática profissional. Nesta
sessão específica foi debatido o autoconhecimento como chave para o progresso e
desenvolvimento profissional, sendo este o objeto destas sessões, mas fazendo a
ponte com o desenvolvimento pessoal. Uma das principais ideias que retive desta
sessão foi que devemos aprender a ouvir e a olhar para dentro de cada um de nós,
criando um espaço para observação interna, também através da criação de uma
ligação com o que nos rodeia. O autoconhecimento abre portas à reflecção pessoal
sobre interesses, marcos importantes na vida, situações desafiante que foram
ultrapassadas, atitudes e valores que pautam a nossa atuação em todos os contextos
de vida. (e.Academia Auto-conhecimento, Identidade e Desenvolvimento Profissional,
2020).

Algumas das ferramentas promotoras de autoconhecimento que foram


abordadas durante a sessão foram a análise SWOT, a linha de vida e balanço de
competências, as perguntas poderosas e o modelo hexagonal de Holland. Estas
ferramentas são, no fundo, exercícios promotores de um processo de reflexão interna,
que permitem apurar gostos, interesses, formas de ser e estar na vida,
posicionamentos em relação a vários temas, atividades e, por último, permite
alavancar a exploração individual e aproximação da identidade (e.Academia Auto-
conhecimento, Identidade e Desenvolvimento Profissional, 2020).

No seguimento desta sessão, torna-se relevante articular alguns conceitos tal


como o de autoconceito e autoconsciência. Autoconceito é referente à consciência e
à perceção que o indivíduo tem de si e o conceito que, devido a isso, concebe de si
próprio (Serra, 1988). Adicionalmente, constitui uma ferramenta de
autoconhecimento, autorregulação e autocontrolo (Junior, 2019).

A literatura tem vindo a debruçar-se sobre este tema, procurando realizar


estudos que validem a relação entre o autoconceito e alguns sinais e sintomas
psicopatológicos nomeadamente, o que se acentua é que o autoconceito e o nosso
discurso interior estão de facto correlacionados com algumas sintomatologias
psicopatológicas como é o caso da ruminação, que se caracteriza por pensamentos
de cariz obsessivo, ou seja, marcam-se pela sua persistência, repetitividade e que
traduzem experiencias de sofrimento (Junior, 2019; Figueira, Afonso, & Madeira,
2020).

Com base em algumas aprendizagens decorrentes desta sessão, faz sentido


procurar estabelecer uma associação entre o autoconhecimento, as práticas de
autocuidado, a autoestima e a autoimagem. Caracterizadas pela promoção de bem-
estar e aproximação a um estilo de vida mais pessoal, as práticas de autocuidado são
igualmente uma forma de nos conhecermos e de abrir portas a uma reflexão mais
condensada, através de atividades como a leitura, a meditação, a escrita, entre outras.
A autoestima, designada como uma das propriedades do autoconceito, é definida
como sendo a dimensão correspondente à avaliação que o sujeito faz acerca das suas
competências, qualidades e valor pessoal, podendo assumir-se como baixa ou alta
diretamente dependente de uma avaliação negativa ou positiva de si próprio (Serra,
1988; Figueira, Afonso, & Madeira, 2020). A autoimagem configura-se como o produto
das observações individuais que atende ao que sabe sobre si próprio, o que sente, o
que experiencia a nível da integração social e da perspetiva que tem sobre a forma
como é visto pelos outros (Figueira, Afonso, & Madeira, 2020).

Partindo destes pressupostos teóricos, faço uma correspondencia com as


perturbações alimentares uma vez que alguns dos fatores predisponentes e de
manutenção no âmbito desta pertubação são a baixa autoestima, elevado nível de
insegurança e autocontrolo, o discurso interno negativo, vivência de situações
altamente stressantes e a desregulação emocional (American Psychiatric Association,
2014). As práticas de autocuidado poderiam ser uma forma de fomentar o
autoconhecimento e o autoconceito no âmbito não da prevenção do surgimento desta
psicopatologia, mas do reforço de fatores de proteção. Uma das aprendizagens que
fiz ao explorar este tema é que, de facto, as práticas de autocuidado têm um carácter
de promoção de bem-estar, organizador e tranquilizante, especialmente em relação
ao stress do quotidiano, mas não são suficientes para prevenir o aparecimento de
uma psicopatologia.

No dia 24 de outubro de 2020 realizei um workshop através do centro de


formação “For Your Mind” intitulado “Trauma, Corpo e Emoção” que me educou
imenso sobre como um evento traumático, ou até a presença predominante de
stressores na vida de alguém, se consegue manifestar incessantemente no corpo e
como a parte emocional é, sem dúvida, um referencial do que nos ficou após a
vivência de um trauma. Além disso, a psicóloga apresentou também alguns casos
clínicos de modo a abordar algumas questões sobre a intervenção e realmente
salienta-se como a formação científica e validada permite ao psicólogo dar sentido ao
que o paciente expõe. Nesta linha de pensamento, faz todo o sentido que os sinais e
sintomas de perturbações mentais devam ser foco de atenção clínica e motivos de
procura de ajuda tanto psiquiatra como psicológica, pelo referencial teórico da atuação
dos psicólogos no sentido de tentar reduzir e colmatar os efeitos desses sinais e
sintomas. Complementarmente, ajudam no desenvolvimento de estratégias de
autorregulação adaptativas por se tratar de um acompanhamento terapêutico próximo,
o psicólogo é capaz de analisar com o paciente quais os mecanismos de
autorregulação que este normalmente utiliza, estudar a sua adequação e, se
necessário, promover a adoção de outros mecanismos de carater adaptativo. Tudo
isto é possível devido ao conhecimento científico extenso sobre as estratégias de
coping bem como da prática clínica de um psicólogo e permite justificar a intervenção
perante algumas perturbações, como é o caso das perturbações de sintomas
somáticos e outras relacionadas uma vez que se podem pautar pela dificuldade nos
mecanismos de coping (Koh, 2018).

A aula de Psicopatologia II sobre as Perturbações de Stress Pós-Traumático


ocorreu no dia 28 de outubro de 2020 e permitiu levar a cabo uma série de
aprendizagens e solidificar muito do conhecimento sobre o desenvolvimento e a
intervenção no âmbito de uma psicopatologia.

Na perturbação de Stress Pós-Traumático e de acordo com o DSM-5, as


cognições distorcidas sobre o acontecimento traumático que acabam por ter no sujeito
o efeito de culpa ou deste culpar outras pessoas, a vivência de estados emocionais
negativos constantes, os comportamentos de isolamento, agressividade,
autodestruição, hipervigilância entre outras manifestações são alguns exemplos da
realidade afeta a quem possui este diagnóstico. É um ponto assente que as situações
consideradas stressantes fazem-se acompanhar de emoções negativas e
desagradáveis para o indivíduo, todavia se atingirem grandes níveis de intensidade
tornam-se difíceis de tolerar e lidar, desorganizando as rotinas e o funcionamento
típico do indivíduo e, de modo obvio, interferem com o seu bem-estar psicológico
(Serra, 2007).

Esta aula permitiu perspetivar estas vivências de uma outra forma, pois a
verdade é que quanto mais tempo se leva a experienciar estes sintomas, mais difícil
se torna lidar com os mesmos porque o funcionamento mental se torna rígido em torno
do que passa a ser a nova realidade do sujeito. Neste sentido, a intervenção precoce
é fundamental para que se consiga trabalhar e preservar o funcionamento interior que
antecedia ao evento traumático.

A progressiva retoma de um processo positivo de desenvolvimento por ser


conseguido através de alguns recursos, como é o caso da resiliência. Este conceito-
chave em psicologia no geral que se foca na capacidade de adaptação a dificuldades
e experiências que se pautam pela negativa, sendo um fenómeno intrinsecamente
ligado à parte intrapsíquica do sujeito e ao seu ambiento socioafetivo, dependendo,
assim, da resiliência dos diversos sistemas com os quais se interliga (Masten, 2019;
Sousa, 2017). Tendo a noção de resiliência como um processo dinâmico, em
constante interação entre fatores de risco e fatores de proteção do indivíduo podemos
afirmar que, de facto, as práticas de autocuidado podem ter aqui uma função muito
importante, promotora de resiliência. Alguns destes fatores promotores de resiliência
são a competência de resolução de problemas, a autorregulação, o sentimento de
autoeficácia e otimismo e a crença que a vida possui significado. Associado a aspetos
culturais verifica-se também os rituais de perdão e práticas espirituais (Masten, 2019).

Algumas práticas de autocuidado também se manifestam como práticas


espirituais, rituais de perdão e, consequentemente, ajudam na construção de uma
narrativa pessoal onde a vida possui um significado próprio. O capítulo “Religious and
spiritual factos in resilience” patente no livro “Resilience and Mental Health:
Challanges across the Lifespan” é uma excelente fonte de evidencia desta relação, e
de como pequenas práticas diárias associadas à espiritualidade e religião podem ter
um papel essencial quando falamos na capacidade das pessoas lidarem com
situações menos positivas (Foy, Drescher, & Watson, 2011). Concretizando alguns
exemplos temos a yoga ou a meditação, que são caracterizadas por serem práticas
holísticas que permitem a harmonia entre a mente, o corpo e o espírito (Lin, Chan,
Hendrickson, & Zuñiga, 2020).

No seguimento destas ideias, torna-se explícita a importância da intervenção


precoce na tentativa de manter e estimular os recursos adaptativos do individuo para
que seja capaz de lidar com o evento traumático ou o stressor em causa.

Algumas das experiências de aprendizagem principais sobre o tema deste


portfólio ocorreram no dia 11 de novembro de 2020, na sequência de uma aula de
Psicopatologia na qual foi abordado o modelo de génese dos transtornos
psicossomáticos/somatoformes. Este modelo permite clarificar ideias que considero
fundamentais para a compreensão da presente temática como qual o processo de
reação psicofisiológica considerado normal na presença de um stressor, quais as
condições básicas para que se desenvolva uma perturbação psicossomática e a
génese da própria perturbação psicossomática (Carrobles, 1996).

O stress é definido por Koh (2018) como um estímulo interno ou externo que é
significativamente percebido pelo indivíduo e, consequentemente, que o ativa
emocional e psicofisiologicamente. As causas do stress aparecem retratadas numa
ótica biopsicossocial, uma vez que são estímulos causados por fatores psicossociais
e ambientais (Koh, 2018). O que ressalta deste modelo é a questão da rápida
desativação da reação psicofisiológica assim que o estímulo stressante desaparece e
como nestas perturbações a desativação do sistema não é algo imediato. O ser
humano, perante a presença de um stressor, entra numa fase de intensa ativação,
libertando no seu sistema hormonas como a adrenalina, o cortisol e o glicogénio
(Abreu, 2011). Nesta aula, uma das coisas mais importantes que retive e que
considero crucial, é que as atividades de autocuidado auxiliam na desativação dos
mecanismos de stress e isso caracteriza-se por ser adaptativo e protetor. Aprendi que
sem a desativação dos mecanismos de stress, o indivíduo mantém-se stressado, sem
ter a capacidade de relaxar e acalmar.

Adriano Vaz Serra, no seu livro “O Stress na vida de todos os dias” de 2007,
argumenta que a prática de atividades relaxantes, como sejam a prática de exercício
físico ou de um desporto, passear, ouvir música, ou outras atividades que vão ao
encontro das preferências individuais. No leque destas diversas práticas de
relaxamento deve estar presente o critério de indução de tranquilidade e calma, para
que como consequências surjam o alívio da tensão muscular e a desativação dos
mecanismos de stress, acrescentando ainda que pode ser uma oportunidade para
trabalhar no diálogo interior (Serra, 2007).

Uma outra prática que demonstra ter efeitos positivos é a escrita ou, como é
mais comummente designado, o journaling. O ato de escrever sobre as próprias
experiencias de vida, pensamentos e emoções pode, de facto, assumir-se como uma
forma de coping no sentido em que expor os acontecimentos e sentimentos facilita no
processo de lhes atribuir significado, organizá-los e auxiliar no processo de resolução
de dificuldades que se façam sentir (Serra, 2007).

Considero indispensável abordar a questão das práticas de autocuidado sem


uma explicação de como as mesmas afetam o ser humano a nível neurológico. O livro
“Meet Your Happy Chemicals” veio elucidar-me bastante nesse sentido e passarei a
registar as minhas aprendizagens sobre esta questão. A felicidade advém de
neurotransmissores, denominados: serotonina, dopamina, endorfina e de uma
hormona chamada oxitocina (Breuning, 2012). Estas substâncias são ativadas
mediante a presença de um estímulo considerado bom para a sobrevivência do ser
humano, e voltam a ser desativadas até ao surgimento de outro estímulo considerado
positivo. Adicionalmente, cada neurotransmissor desencadeia uma diferente
sensação de bem-estar, sendo que a dopamina surge associada à sensação de
encontrar algo que se procurava e à concretização de um objetivo; a endorfina está
associada ao esquecimento de algo que provoca dor (comummente designada de
“euforia”); a oxitocina por sua vez está ligada ao sentimento de segurança em relação
aos outros (o estabelecer um vínculo com o outro) e a serotonina produz a sensação
de orgulho e pertença pelo outro (Breuning, 2012).

As “hormonas da felicidade” como são descritas são controladas por pequenas


estruturas cerebrais: o hipocampo, a amígdala, o hipotálamo, a hipófise e outras
partes referentes ao sistema límbico. Estudos na área neurológica têm vindo a
demonstrar como certas atividades auxiliam na produção e ativação destes químicos
neurológicos, algumas destas atividades são de facto práticas de autocuidado. A
dopamina pode ser atividade perante a realização de uma tarefa, hábitos de sono
adequados e a celebração de uma vitória pessoal. A oxitocina surge associada a
práticas como o brincar com um animal de estimação, atos de generosidade para com
o outro ou demonstrações de afeto para com as pessoas significativas; a serotonina,
por sua vez, é atividade mediante atividades de meditação, culto religioso, contacto
com a natureza, caminhadas, etc… Por último, a endorfina pode ser estimulada
perante o exercício físico, a criação de uma música ou obra de arte, receber uma
massagem ou até pelo riso (Breuning, 2012). Este livro vem validar que as práticas de
autocuidado são efetivas de um ponto de vista neurológico, surtindo um efeito no bem-
estar físico e psicológico dos indivíduos.

No dia 16 de novembro de 2020, como principal temática de uma aula de


Psicopatologia foram abordas as perturbações do comportamento alimentar
nomeadamente a anorexia, a bulimia, a perturbação de ruminação e de compulsão
alimentar (binge-eating) e a pica. Sendo que um dos fatores precipitantes para o
surgimento e desenvolvimento destas perturbações é a baixa autoestima, as práticas
de autocuidado demonstram-se úteis e funcionais para que, progressivamente, vá
aumentando. Algumas práticas de autocuidado são coincidentes com a imagem
corporal e com a perceção de beleza do sujeito, tal como o cuidar da sua aparência,
a prática de exercício físico, a mudança para um discurso interno livre de críticas,
corrigir comportamentos utilizando a autoimagem ideal e a criação e planificação de
objetivos de vida. Estas estratégias são funcionais porque procuram conectar a
autoimagem (a avaliação subjetiva da própria pessoa) com o acontecimento e as
consequências que surgem a nível pessoal (Serra, 2007).

No dia 14 de dezembro de 2020, na aula de Psicopatologia referente às


perturbações aditivas, surgiram-me pensamentos sobre as diversas formas de utilizar
as substâncias, algumas vezes disfarçadas de mecanismos de autorregulação
emocional. As estratégias de coping vêm associadas a diversas perturbações
assumindo-se como fatores de risco/predisponentes quando estas se revelam
maladaptativas. Estas estratégias constituem um recurso vitalício que o individuo
utiliza para fazer face às exigências que experiencia, permitindo eliminá-las ou
modifica-las e controlar a sua experiencia emocional sobre as mesmas Em relação às
perturbações da adição e perturbações relacionadas com o abuso de substâncias, as
estratégias de coping, mais frequentemente o coping focado na emoção (evitamento)
são manifestações evidentes, uma vez que o abuso de substâncias é praticado por
promover um evitamento ou distanciamento do problema que se instala. O recurso a
substâncias psicoativas é justificado pelo seu efeito regulador ou redutor de emoções
negativos, sendo igualmente um comportamento que permite o evitamento das
emoções negativas e da causa subjacente às mesmas (Abreu, 2011).

Em janeiro de 2021 tive contacto com um documento oficializado pela Ordem


dos Psicólogos Portugueses destinado à educação e promoção da saúde psicológica
tendo em conta a declaração de um segundo confinamento nacional devido à
pandemia do COVID-19. Como forma de dar resposta às exigências e desafios
impostos à saúde psicológica e capacidade de resiliência dos portugueses, a ordem
dos psicólogos inclui nesta publicação alguns aspetos chave, nos quais também se
inserem as práticas de autocuidado (Ordem dos Psicólogos Portugueses, 2020).

Inicialmente enfatizam que é natural surgirem sentimentos negativos, de


inquietação, dor, tristeza, frustração e dúvidas e, após este esclarecimento, passam a
fornecer algumas sugestões que postas em prática podem ajudar as pessoas a lidar
com esta problemática. Estas sugestões concretizam-se na consciencialização e
aceitação do próprio estado emocional e da situação que o despoleta, na fortificação
de relações interpessoais (mesmo sem a dimensão presencial), no estabelecimento
de expetativas realistas, de uma rotina saudável e de um espaço onde possa estar
sozinho quando surgem emoções de frustração e tristeza. Além disso, uma das
páginas é referente às ferramentas de autocuidado e bem-estar, onde alguns
conselhos são ter uma alimentação saudável (pois a comida pode ser vista como um
modo para nos reconfortarmos); praticar exercício físico; adotar hábitos saudáveis de
sono; realizar atividades que sejam prazerosas e cultivar práticas de relaxamento e
calma (sejam estas ler, ouvir música, meditar, rezar ou até beber um chá) e ainda
praticar a gratidão ao pensar em coisas positivas que se verificaram (Ordem dos
Psicólogos Portugueses, 2020).

De uma forma geral, as práticas de autocuidado são efetivas na promoção de


bem-estar físico e psicológico e por isso, podem ser determinantes a nível dos fatores
de proteção do indivíduo. Contudo, não significaram que as pessoas não possam vir
a desenvolver um quadro psicopatológico. Há certos eventos e circunstâncias que se
pautam por serem tão graves ou avassaladores que se traduzem numa diminuição
significativa do bem-estar do individuo. Tendo esta informação como ponto assente,
irei abordar alguns sinais e sintomas que requerem de facto uma intervenção mais
estruturada, clinicamente validade e eficaz.

A nível da semiologia, os sinais e sintomas classificam-se consoante o padrão


de comportamento que constituem, sendo alguns destes a consciência, a atenção, a
orientação, a memória, a perceção, o discurso, o pensamento, a vivência do eu, a
energia vital e impulsividade, a motricidade, a vida instintiva, o insight, o humor, as
emoções e afetos (Correia , Guerreiro, & Barbosa, 2014).

É um ponto assente que o psicólogo, na sua intervenção clínica, irá praticar a


escuta ativa, sem julgamentos e com empatia bem como auxiliar na aceitação das
dificuldades e experiências traumáticas do indivíduo e na tomada de consciência dos
próprios mecanismos de defesa e distorções cognitivas. Concretizando esta ideia, nas
perturbações do comportamento alimentar uma das intervenções que se tem vindo a
destacar pela sua efetividade é a terapia cognitivo-comportamental, que atua
especificamente no sentido de melhorar a perceção da imagem corporal e promover
uma nova perspetiva pessoal, em substituição a possíveis crenças disfuncionais
(Fairburn, et al., 2015).

Quando aparenta existir um conflito entre o autoconceito do indivíduo e a


dimensão cognitiva, afetiva e comportamental decorrente de uma perturbação
dizemos que é ego distónica (Figueira, Afonso, & Madeira, 2020). A intervenção
psicológica é especialmente importante quando o indivíduo não se apercebe que não
está bem e que a perturbação é uma causa de mal-estar pois a intervenção pode ser
uma mais valia para a tomada de consciência do problema e um caminho para que se
trabalhe no sentido de atenuar ou melhorar os sinais e sintomas. Por outro lado,
quando presenciamos a ego-sintonia (quando o autoconceito é consonante com os
sentimentos, pensamentos e cognições pessoais) podemos esperar que a pessoa,
perante um diagnóstico psicopatológico sinta a necessidade de recorrer a algum tipo
de ajuda, podendo ter aqui alguma influencia das práticas de autocuidado (se já forem
uma realidade para o sujeito) uma vez que promovem o desejo de bem-estar (Richard
& Shea, 2011).

Conclusão

No sentido de desmistificar a crença muito prevalente que não necessitamos


de recorrer a um psicólogo, tudo o que precisamos podemos fazê-lo sozinhos, este
trabalho foi fundamental pois permitiu dar um contexto teórico e científico, concordante
com a literatura que procurei ser o mais atual possível.

De facto, as práticas de autocuidado são práticas de promoção do bem-estar


físico e psicológico, mas apenas permitem uma estruturação e sentido muito individual
e, apesar de estarem associadas à promoção de resiliência e constituírem vários
fatores de proteção, não garantem nem previnem por completo o aparecimento de
uma psicopatologia devido à severidade destas. Há sinais e sintomas que provocam
imenso mal-estar e sofrimento e o acompanhamento psicológico assume-se como a
alternativa sensata a tomar, devido ao conhecimento científico e prática validada da
prática profissional em psicologia. O psicólogo irá ajudar a atribuir um sentido e
significado devidamente enquadrados para o que a pessoa possa estar a passar, bem
como intervir eficaz e eticamente.

É de salientar que as práticas de autocuidado têm uma função promotora no


âmbito dos fatores de proteção, bem como do desenvolvimento da resiliência e de
estratégias de coping adaptativas, de um quadro geral de saúde física e psicológica e
de emoções positivas, no entanto, não são suficientes para prevenir por completo o
aparecimento de alguma perturbação psicopatológica, como foi explicado. Quando
um diagnóstico psicopatológico surge na vida de uma pessoa, a intervenção
psicológica concretiza-se numa ajuda eficaz para que se possa fazer sentido desta
problemática e trabalhar a um nível mais profundo e intrínseco os sinais e sintomas
que são experienciados pelo indivíduo.

A partir de cada aula de Psicopatologia e com o complemento das minhas


experiências de leitura cientifica e de procura de conhecimento, ganhei noções que
considero realmente essenciais para o meu futuro profissional na área da saúde
mental, pois acredito que integrar o conhecimento teórico com noções mais vastas e
sistémicas acerca da psicopatologia e da psicologia em geral permitirão que seja
capaz de intervir de modo mais humano, empático e abrangente a cada pessoa que
atender.
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Anexos

Anexo 1: Certificado de Participação no Workshop “Trauma, Corpo e Emoção”

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