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Importante
Portanto, não se trata de uma nova obrigação tributária acessória, mas uma nova forma de
cumprir obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias já existentes. Com isso, ele não
altera as legislações específicas de cada área, mas apenas cria uma forma única e mais
simplificada de atendê-las. (Manual de Orientação do eSocial versão 2.4).
Atualmente, são aproximadamente 2.100 Entes Federativos que possuem Regime Próprio de
Previdência Social (RPPS), espalhados em todo o território nacional.
A prestação das informações pelo eSocial substituirá, na forma disciplinada pelos órgãos ou
entidades partícipes, o procedimento do envio das mesmas informações por meio de diversas
declarações, formulários, termos e documentos relativos às relações de trabalho.
Todo aquele que contratar prestador de serviço, pessoa física ou jurídica, e possua alguma
obrigação trabalhista, previdenciária ou tributária, em função dessa relação jurídica, por força
da legislação pertinente, está obrigado a enviar informações decorrentes desse fato por meio
do eSocial.
O obrigado poderá figurar nessa relação como empregador, nos termos definidos pelo art. 2º
CLT ou como contribuinte, conforme delineado pela Lei nº 5.1728/66 (Código Tributário
Nacional – CTN), na qualidade de empresa, inclusive órgão público, ou de pessoa física
equiparada à empresa, conforme prevê o art. 15 da Lei nº 8.212/91.
Base normativa para envio de dados por meio do eSocial
Como base normativa que subsidia o envio de informações para o eSocial, temos:
Objetivo viabilizar a garantia dos direitos previdenciários e trabalhistas bem como racionalizará
e simplificará o cumprimento de obrigações, como também eliminará a redundância nas
informações como também eliminará a redundância nas informações prestadas pelas pessoas
físicas e jurídicas, e, por conseguinte, aprimorará a qualidade das informações das relações de
trabalho, previdenciário e tributárias.
A ilustração mostra que as informações relativas à identificação do órgão público devem ser
enviadas previamente. A identificação do órgão público será utilizada como chave para os
eventos de tabelas. Na sequência ocorre o cadastramento dos vínculos. Após finalizadas as
etapas iniciais, as informações básicas do órgão público encontram-se no ambiente nacional e
começa o ciclo de envio dos eventos periódicos. Por último, caso existam, são enviados os
eventos não periódicos.
Após serem enviados, todos os eventos receberão um recibo de entrega, que serve para
oficializar a remessa de determinada informação ao eSocial. Estes recibos são importantes,
pois são utilizados para obter cópia e nos casos de exclusão ou retificação.
Importante
O protocolo de recebimento não garante que a informação passou pelas validações
necessárias. Haverá um segundo recibo: recibo de entrega, que garante que o efetivo
cumprimento das obrigações.
As informações dos eventos não periódicos alimentam a base de dados do Ambiente Nacional
do eSocial denominada de “Registro de Eventos Trabalhistas – RET”.
Órgãos públicos estão obrigados à utilização de certificado digital para envio das informações
ao eSocial. Este deverá ser emitido por autoridade certificadora credenciada pela ICP-Brasil.
Aqueles serão exigidos em dois momentos distintos:
1. Transmissão – antes de enviar as informações do solicitante ao eSocial, o certificado é
utilizado;
2. Assinatura do documento – as informações geradas pelos eventos do eSocial deverão
receber assinatura digital com o certificado do representante autorizado para efetuar a
transmissão das respectivas unidades administrativas.
Importante
O RET é utilizado para validar todos os arquivos não periódicos transmitidos. Caso passem
pelas regras de validação, os eventos são aceitos no eSocial.
Exemplos: desligamento de empregado, folha de pagamento e reintegração.
Apresentação dos eventos
Cada evento possui um leiaute específico. Estes leiautes podem ser encontrados no sítio
do eSocial. Os eventos fazem referência às regras de negócio utilizadas para validação deste.
Estas regras devem ser consultadas quando da ocorrência de inconsistências ou rejeições no
processamento de eventos pelo eSocial.
Neste curso, abordaremos os principais eventos que serão utilizados pelos órgãos públicos
com RPPS.
Eventos de tabelas
Eventos de tabelas são aqueles que deverão ser enviados previamente à transmissão de
outras informações. Como já citado, as informações do órgão público são as primeiras a serem
enviadas (ex. CNPJ, Nome etc.) por meio do evento S-1000 – Informações do
Empregador/Contribuinte/Órgão Público. Em seguida, são enviadas as informações relativas às
tabelas de eventos.A seguir, há uma lista para referência.
Os nomes e códigos dos eventos estão listados apenas para referência. A forma como estas
informações serão enviadas deverá ser transparente para o usuário.
S-1005 – Tabela de Estabelecimentos, Obras ou Unidades de Órgãos Públicos:
consta o detalhamento das informações do órgão, como CNAE Preponderante etc.;
S-1010 – Tabela de Rubricas: apresenta o detalhamento das informações das
rubricas constantes da folha de pagamento. Deve-se ter atenção ao fato que o órgão
público deve relacionar as suas rubricas com as constantes da tabela de rubricas do
eSocial Tabela 3 – Tabela de Natureza das Rubricas da Folha de Pagamento;
S-1030 – Tabela de Cargos/Empregos Públicos: contém as informações de
identificação e detalhamento dos cargos existentes no órgão público;
S-1035 – Tabela de Carreiras Públicas: são informações relativas às carreiras
públicas em que os servidores públicos estatutários enquadram-se. O órgão público
quando possuir cargos estruturados em carreiras está obrigado a enviar o evento.
S-1040 – Tabela de Funções e Cargos em Comissão: são as informações de
identificação da função em comissão exercida no órgão Público;
S-1050 – Tabela de Horários/Turnos de Trabalho: são as informações de
identificação do horário contratual. Detalha também, quando for o caso, os horários de
início e término do intervalo para a jornada de trabalho.
S-1070 – Tabela de Processos Administrativos/Judiciais: evento utilizado para
registro de processos administrativos e judiciais.
Eventos periódicos
Os eventos periódicos devem ser transmitidos até o dia 7 do mês seguinte, antecipando-se o
vencimento para o dia útil imediatamente anterior, em caso de não haver expediente bancário.
A seguir, detalharemos melhor cada evento necessário e o que representam:
S-1202
Remuneração de servidor vinculado ao RPPS: são as informações da remuneração de cada
servidor/militar no mês de referência. Este evento deve ser utilizado somente para os
servidores de cargo efetivo filiados ao RPPS.
S-1207
S-1210
S-1299
Fechamento dos Eventos Periódicos: destina-se a informar ao ambiente do eSocial o
encerramento da transmissão das informações dos eventos periódicos, no período de
apuração. Neste momento são consolidadas todas as informações prestadas nos eventos
periódicos. A aceitação deste evento pelo eSocial, após processadas as devidas validações,
conclui a totalização das bases de cálculo relativas à remuneração dos servidores e as demais
informações de fatos geradores de contribuições previdenciárias.
S-1300
Contribuição Sindical Patronal: registra o valor a ser pago relativo às contribuições sindicais
e a identificação dos sindicatos para os quais o órgão público efetuará as respectivas
contribuições.
Não tem um data pré-fixada para ocorrer, pois dependem de outros acontecimentos na relação
entre servidor e órgão público que influenciam no reconhecimento de direitos e no cumprimento
de deveres trabalhistas, previdenciários e fiscais, exemplo, o ingresso de um servidor,
alteração de salário, benefícios previdenciários, entre outros.
Este grupo inclui “cadastramento inicial”, que devem ser transmitidos antes da data de início da
obrigatoriedade do eSocial para aquele órgão e posteriormente utilizados como cadastro de
novas informações.
S-2200
Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso de Trabalhador: este evento será
utilizado para o cadastramento inicial de todos os vínculos ativos pelo órgão público, no início
da implantação, com seus dados cadastrais e contratuais atualizados. As informações
prestadas nesse evento serão a base para construção do RET. Trata-se do primeiro evento
relativo a um determinado vínculo já existente. Após o cadastro inicial, o evento será o registro
do ingresso do servidor a partir da implantação do eSocial.
S-2400
Cadastro de Benefícios – Entes Públicos - Início: são as informações relativas ao cadastro
dos benefícios pagos pelos entes federativos, diretamente ou por seus RPPSs. Os órgãos
públicos responsáveis pelo pagamento de benefícios devem utilizar esse evento para
cadastramento inicial da base de benefícios, bem como para os novos benefícios concedidos a
partir do eSocial, conforme os tipos de benefícios da Tabela 25
Os eventos seguintes são aqueles que serão utilizados conforme a ocorrência de fato gerador:
S-2205
S-2206
Alteração de Contrato de Trabalho: registro das alterações de contrato de trabalho, tais como
remuneração e periodicidade de pagamento, duração do contrato, local etc.
S-2210
S-2220
S-2230
S-2240
S-2241
S-2298
S-2299
Um servidor que possua cargo efetivo (RPPS) também pode ser um TSVE nas seguintes
situações:
1. Quando é cedido/requisitado e se afasta temporariamente para exercer cargo em comissão
ou função de confiança em outro órgão público, empresa pública ou sociedade de economia
mista;
Confira a seguir algumas representações para a situação anterior e aprenda como aplicá-las no
eSocial:
Quando se afasta para exercícios de mandato eletivo
Confira as representações para esta situação e saiba como aplicá-las no e-Social (teste):
Esta última situação também se aplica aos demais casos para exercício de mandato eletivo
(Presidente, Governador, Senador e Deputados). Afastam-se do cargo efetivo, porém, mantêm
o vínculo com o RPPS. O órgão de origem deve enviar o evento S-2230 – Afastamento
Temporário com o código 22 (Mandato Eleitoral - Afastamento temporário para o exercício de
mandato eleitoral, sem remuneração) da Tabela 18 – Motivos de Afastamento.
O repasse da contribuição previdenciária deve ser providenciado pelo órgão de exercício do
mandato junto à unidade gestora do RPPS de origem.
S-2300
Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Início: este evento é utilizado para
prestar informações cadastrais relativas a servidores que não possuem vínculo de estatutário
com o órgão público. O envio é obrigatório para todo órgão público quando existir casos de
cessão/requisição.
S-2306
Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário - Alteração Contratual: são as
informações utilizadas para a atualização dos dados contratuais relativos aos servidores que
não possuem vínculo estatutário com o órgão público.
S-2399
Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Término: são as informações utilizadas
para o encerramento da prestação de serviço do servidor sem vínculo de estatutário.
Tabelas do eSocial
eSocial na prática
3) Encaminhar o resultado dos estudos às seções competentes (negocial e TI) para que,
juntos, desenvolvam a solução a ser adotada para os ajustes necessários;
7) Durante a etapa de envio dos eventos iniciais, deve-se observar o recebimento dos
protocolos de envio e processamento e proceder às correções necessárias caso algum
evento seja recusado;
Uma das premissas para o envio de informações e recolhimento das obrigações por meio do
eSocial é a consistência dos dados cadastrais (nome, data de nascimento, CPF e NIS)
enviados pelo órgãos públicos relativo aos trabalhadores a seu serviço.
Esses dados são confrontados com a base do eSocial, sendo validados na base do CPF
(nome, data de nascimento e CPF) e na base do Cadastro Nacional de Informações Sociais
(CNIS) - data de nascimento, CPF e NIS, e qualquer divergência existente impossibilitará o
envio das informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias, bem como o recolhimento dos
valores devidos.
Importante
Dessa forma, o órgão público do RPPS deve zelar pela consistência dos dados cadastrais dos
trabalhadores a seu serviço com os dados constantes na base do CPF e do CNIS e, se
necessário, proceder à sua atualização antes da data de entrada em vigor do eSocial, prevista
para janeiro a junho de 2019, de acordo com as fases predefinidas em Resolução nº 1 do
Comitê Diretivo do eSocial/MF, de 29/11/2017.
A seguir, abordaremos:
Número de Identificação Social (NIS);
Validações realizadas pela Consulta Qualificação Cadastral (CQC); e
Quem necessita realizar a consulta de qualificação cadastral.
A Caixa também administra e atribui NIS para a pessoa beneficiária de Programas Sociais de
Políticas Públicas por meio dos respectivos agentes Gestores dos Programas
(Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE), bem como para o Sistema Único
de Saúde (SUS), Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e Ministério da Educação
(MEC).
Importante
Para que o interessado/órgão público realize a atualização cadastral da sua inscrição, é
necessário verificar qual sua vinculação atual. Se vinculado à administração pública, a gestão
será realizada pelo Banco do Brasil; se vinculado à empresa privada, a administração será pela
Caixa, independente da origem e atribuição da inscrição.
A aplicação CQC confronta os dados cadastrais do trabalhador com a base do CPF (RFB –
Receita Federal do Brasil) e com a base do CNIS (INSS). Na base do CPF são verificados o
nome, a data de nascimento e o número do CPF.
Para realizar a CQC, deverá ser informado o nome civil do trabalhador, mesmo que o nome
social já tenha sido atualizado na base do CPF, considerando que quando da consulta
cadastral, a validação do nome é realizada na base do CPF que retorna sempre o nome civil do
trabalhador.
Somente nas situações em que houver retificação/substituição judicial do nome civil é que o
novo nome deverá ser utilizado na consulta qualificação cadastral. Para o preenchimento do
“Nome”, ao realizar a CQC, devem ser observadas as seguintes configurações do campo:
formato alfanumérico sem acentuação;
nome com até 60 caracteres;
possibilidade de nome com três letras iguais consecutivas;
não utilização de caracteres numéricos ou especiais (“, ‘,! @, #, $,%, ¨, &, ?, ...);
não adoção de nome com apenas uma letra.
Se houver trabalhador que possua nome com alguma configuração não reconhecida pela CQC,
o empregador deverá enviar um pedido de suporte no Portal do eSocial, por meio do link
“Contato”, buscando o tópico “Empregador”, e, em seguida, clicando em “Qualificação
Cadastral”.
Na base do CNIS, são verificados a data de nascimento, o número do CPF e o número de NIS
(PIS/NIS/PASEP/NIT).
Os dados constantes no CNIS são alimentados e atualizados pela Caixa - para o PIS, e pelo
Banco Brasil - para Pasep, em rotina diária, bem como pelo próprio INSS para o NIT ou NIS
Previdência.
Importante
Dessa forma, se houver incorreção nos dados cadastrais do trabalhador, a aplicação CQC
indicará se esta divergência está no cadastro do CPF e/ou do NIS, orientando qual o
procedimento para acerto.
Fim de destaque importante.
Regra deve ser feita para qualquer trabalhador de qualquer categoria, seja empregado,
servidor público, contribuinte individual, avulso, beneficiário, estagiários etc.
O eSocial realiza validação do dados cadastrais nas bases do CPF e do CNIS cuja informação
do NIS seja obrigatória. Para aqueles cuja informação do NIS não é mandatória, exemplo,
beneficiários do RPPS com benefícios concedidos antes da implantação do eSocial,
estagiários, bolsistas dentre outros. Neste caso, qualificação do CPF poderá ser feita no portal
da RFB, desde que os dados cadastrais estejam idênticos ao cadastro eletoral do Tribunal Sup.
Eleitoral (TSE), para os motivos apontados a seguir:
CPF suspenso;
Mudança de nome (devido casamento, divorcio etc);
Correção do dado cadastrado (data de nasc. Dentre outros);
Inclusão de data de nascimento;
Inclusão de titulo de eleitor.
Tipos de consultas
Consulta on-line
Permite buscar até 10 trabalhadores por vez, ao efetuar a busca, caso seja apresentada
alguma divergência, será exibido um quadro com um resumo do resultado da consulta como
também a orientação a ser realizada, conforme mensagem exibida em tela.
Permite o envio por meio de arquivo padronizado, sem limites de consulta, onde se busca a
conferência de dados de grande quantidade de trabalhadores, com retorno de informações em
aproximadamente 48 horas. As instruções para geração do arquivo pelo empregador estão
disponíveis no layout do sistema, podendo ser acessado no portal do eSocial.
O ente realizará o download do arquivo de retorno onde constará relatório com o resultado de
arquivo processado ou rejeitado.
Importante
Para a consulta em lote, será obrigatório o acesso por meio de Certificado Digital ICP-
Brasil dos tipos A1 e A3.
Tratamento de inconsistências
No caso de identificação de divergências, a CQC irá orientar qual procedimento deve ser
tomado para tratativas de regularização. Observe no quadro a seguir as divergências e
respectivas orientações.