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Cadernos PDE
VOLUME I I
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS
DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
Produção Didático-Pedagógica
2009
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
CADERNO TEMÁTICO
OS TROPEIROS
CASTRO
2010
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
OS TROPEIROS
Material Didático-Pedagógico
de ação do Programa de
Desenvolvimento Educacional -
Educação - Paraná.
Castro
2010
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 5
TEXTO 1 OS CAMINHOS 12
3 O TROPEIRO E A TROPA 22
TEXTO 1 TROPEIRISMO 23
TEXTO 2 A TROPA 25
TEXTO 1 MÚSICA 31
TEXTO 2 DANÇA 33
TEXTO 3 ALIMENTAÇÃO 35
3.1 Comida Tropeira 35
TEXTO 4 LINGUAJAR 40
5 SUGESTÕES DE ATIVIDADES 62
CONSIDERAÇÕES FINAIS 63
REFERÊNCIAS 65
APRESENTAÇÃO
A história local tem sido indicada como necessária para o ensino por
possibilitar a compreensão do aluno, identificando o passado sempre
presente no vários espaços de convivência – escola, casa,
comunidades, trabalho e lazer, e igualmente por situar os problemas
significativos da história do presente. (BITTENCOURT, 2004)
• Dança
• Alimentação
• Linguajar
• Medicina tropeira
• Religiosidade
• Indumentária
5 - Sugestões de Atividades
CÓDIGO DO TROPEIRO
Respeitar as mulheres.
(Fonte: Bueno, Fidelis. Geografia Tropeira: subsídios ao estudo do tropeirismo. Castro. Ed. do
autor. 2008. p. 19-23.)
(Fonte: Revista Globo Rural Especial – Os Tropeiros III – A jornada final. 2006)
2- CASTRO E PONTA GROSSA: POUSOS DE TROPEIROS E SUAS
TROPAS
Com o passar dos anos, o fato de ocorrer paradas das tropas sempre
no mesmo local, que era de grande necessidade, fez que nesses locais
estratégicos, surgissem pequenos núcleos populacionais, que iam se
desenvolvendo, crescendo, ganhando força, surgindo assim muitas cidades. A
primeira foi Castro (Pouso do Iapó), depois a Lapa (Vila do Príncipe), Palmeira
(Freguesia Nova), Piraí (Furnas), Tibagi e, entrando no século XIX, Ponta
Grossa, Jaguariaíva e Guarapuava. O tropeirismo foi responsável pelo
aparecimento de muitas cidades da região sul, sudeste e centro-oeste do
Brasil. No Paraná mais de cem municípios possuem ligação direta ou
indiretamente com alguma das etapas do movimento tropeirista.
Foi, portanto, o tropeirismo de grande importância para a economia e
colonização do Brasil, participando do processo de ocupação e integração do
país. Dos pousos de tropeiros, acabaram surgindo inúmeras cidades
brasileiras. Os próprios tropeiros resolviam muitas vezes, fixar moradia nos
locais que, em tantas ocasiões, tinham servido de pousos.
TEXTO 1
CASTRO E O TROPEIRISMO
(Fonte:
http://www.studiomostarda.com.
br/ws/images/capao-alto)
TEXTO 2
TROPEIRISMO
(Fonte:
http://www.asminasgerais.com.br)
O Ciclo do
Tropeirismo teve início por
volta de 1730, quando
Cristóvão Pereira de Abreu,
um rico negociante da Colônia
de Sacramento, nascido em
Portugal, foi o chefe da primeira tropeada sulina, o “primeiro tropeiro”. Durante
13 meses, entre 1731 e 1732, ele permaneceu no planalto, fazendo um
reconhecimento da picada já aberta e de toda a região.
A chamada Estrada Real ou Caminho do Viamão que passava por
Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, Campos de Vacaria,
Campos de Lages, Campos Gerais, Itararé e Sorocaba foi aberta por volta de
1732 quando Cristóvão Pereira de Abreu acompanhado de 60 homens
conduziu cerca de 500 cabeças de gado a São Paulo. Retornou ao sul para
refazer a viagem com três mil cavalos. Esse caminho encurtava as distâncias,
além de ser mais seguro e de acesso mais fácil. Desde então, a intensificação
das tropas foi cada vez maior, visto que na região das minas gerais era
necessário um meio de transporte rústico, forte o suficiente para carregar
mercadorias e caminhar pelos caminhos tortuosos. O tropeirismo foi o maior
ciclo cultural e social que existiu no Brasil e um dos maiores contribuintes da
economia e colonização da região Sul.
Os tropeiros partiam dos campos gaúchos logo que terminava o
inverno. Viajavam lentamente e procuravam acampar onde houvesse
abundante pasto, para que os animais não perdessem peso. A tropa se
recuperava muito bem na região dos Campos Gerais, pois apresentava
características excelentes – sal, boa água e excelentes pastagens. Não foi sem
razão que Saint-Hilaire no seu livro Viajem pela Comarca de Curitiba apelidou
os Campos Gerais de paraíso terrestre do Brasil.
A viagem do Rio Grande do Sul até Sorocaba era muito longa e os
tropeiros precisavam parar para descansar. Às vezes geava, chovia muito, ou
rios alagavam, obrigando os tropeiros a permanecerem acampados por vários
dias seguidos. Esses locais eram chamados “pousos”. Os pousos eram locais
com bom pasto e boa água, onde descansavam os homens e os animais.
Sorocaba sempre foi ponto de comércio de muares. Partindo do sul em
direção às minas, era esta vila um ponto certo de passagem, pois constituía a
única via de acesso existente. A primeira Feira de Sorocaba ocorreu por volta
de 1750, e foram fixando-se de fins de abril até início de junho para facilitar o
encontro de vendedores e compradores de animais. Devido a diversidade de
serviços e produtos a Feira de Sorocaba era local de encontro de vários
profissionais.
O tropeiro foi o propagador das relações econômicas, pois foi a partir do
comércio de mulas que surgiram as fazendas criadoras de animais, a locação
de campos de descanso nos pousos e a conseqüente colonização do Sul do
Brasil.
(Fonte:http://adonato.files.wordpress.com/2009/01/tropa4.jpg)
TEXTO 2
A TROPA
(Fonte: http://adonato.files.wordpress.com)
(Fonte:http://www.klepsidra.n
et/klepsidra4/parada.jpg}
Sendo a viagem
do Rio Grande até
Sorocaba muito longa,
se fazia necessário parar
em alguns pontos do
caminho a fim de descansar. Geralmente paravam apenas durante o tempo
preciso para os animais descansarem, porém às vezes geava, chovia muito, ou
rios alagavam, obrigando os tropeiros a permanecerem acampados por vários
dias seguidos. Esses acampamentos eram chamados “pousos”.
Os pousos eram lugares com bom pasto e boa água, onde
descansavam homens e animais. Havia até quem adquirisse campos próximos
aos pousos para alugar às tropas.
No início, os tropeiros armavam o pouso com os próprios instrumentos
de viagem: canastra, pelegos, etc. Mais tarde, começaram a construir ranchos,
muito rudimentares, mas que apresentavam um pouco mais de conforto nas
noites de chuva ou geada.
Com freqüência se encontravam no mesmo pouso várias tropas. Havia
certo ritual quando isso acontecia: a primeira tropa a chegar ocupava apenas
um canto do pouso, de modo a deixar espaço para outras. Quando chegava
outra tropa, os arrieiros daquela que já estava instalada levantavam-se em
silêncio e ajudavam a descarregar a carga. Enquanto isso acontecia, o
cozinheiro da primeira tropa preparava o café que seria oferecido aos
companheiros que chegavam. Tudo isso era feito sem conversa, só havendo
confraternização depois de terminadas as tarefas.
Depois de descarregados, os animais eram alimentados com milho.
Enquanto comiam, eram inspecionados pelos arrieiros, que cuidavam das
feridas produzidas pelas cangalhas passando gordura quente de porco. Ainda
limpavam os cascos, consertavam ferraduras, etc. Em seguida os levavam até
a água onde matavam a sede, seguindo o pasto a fim de descansar.
Chegava à vez da refeição dos arrieiros, que consistia no eterno feijão
tropeiro, cozido com toucinho, carne seca e sempre acompanhado de farinha
de milho ou mandioca. O feijão era cozido na trempe, ou tripé, instrumento de
três paus encaixados de onde pende uma corrente que suspende o caldeirão.
No mesmo instrumento era feito o café: pendia-se a chaleira na trempe até
ferver a água, quando era colocado o pó. Colocava-se então um tição de brasa
na mistura. Imediatamente o pó assentava no fundo da chaleira e era só
adoçar e beber o café.
Após a refeição costumava-se cantar e tocar viola, ou ainda contar
histórias. Depois alguns arrieiros iam fazer a ronda dos animais, enquanto os
demais dormiam. De madrugada, antes de nascer o sol já estavam em pé,
carregando os animais, e organizando a tropa.
O tropeiro iniciava cedo na profissão: por volta dos dez anos de idade
já acompanhava o pai, aprendendo tudo sobre a lida tropeira.
(Fonte: http://folcloresenzala.com/estudos/tropei)
4- O COTIDIANO E AS DIMENSÕES CULTURAIS NO TROPEIRISMO
MÚSICA
Tropear é Preciso
(Letra e música de Silvestre Alves)
Ei, vida tropeira
Sol, chuva, cerração
Ei, vida tropeira
Levar a tropa eu vou
DANÇA
ALIMENTAÇÃO
Ser tropeiro era uma arte e um ofício que tinha de ser aprendido desde
cedo. Uma figura importante na caminhada da tropa era o cozinheiro. Ele era
responsável pelas refeições e tinha que usar toda sua criatividade para
prepará-la com ingredientes que os tropeiros conseguiam carregar. Os
principais alimentos eram o arroz, a carne seca, a farinha de mandioca e o
feijão tropeiro.
Quando a tropa acampava, enquanto o cozinheiro preparava a refeição, os
outros cuidavam de diversos afazeres: Era preciso reparar as ferraduras dos
cavalos, curarem ferimentos dos animais, levá-los ao pasto e para beber água.
O lugar escolhido para descanso dos tropeiros tinha que ser muito especial.
O chimarrão passava de mão em mão. Após a primeira refeição,
sempre acompanhada do mate e do café, era hora de partir.
(Fonte: Schimidt, Maria Auxiliadora, M.S., História do cotidiano paranaense. Curitiba: Letrativa,
1996. 128 p.)
A comida do tropeiro era feita por mão de homem. Na tropa não havia
mulheres, e mulheres também não iam ao rancho. As romarias eram as
exceções.
Os trens da cozinha vinham no jacá de caldeirão, alceado sempre no
burro culatreiro. Também no culatreiro vinha a comitiva, saco de munição ou
saco de mantimentos, ou jacá de munição ou de mantimentos. O jacá de
caldeirão era estreito, “ da largura mesmo de um caldeirão comprido. Do
próprio trançado de taquara saía, de um lado, a tampa, que se fechava para
fora”. Nele ia os trens de cozinha, que eram da responsabilidade do
madrinheiro: um caldeirão de ferro com tampa, para o feijão; uma panela de
ferro de três pés, sem tampa, para fritar o torresmo e fazer o arroz; uma
ciculateira (chocolateira) de cobre ou de folha; o coador e sua armação; as
xícaras de folha, ferro batido ou canequinhas esmaltadas; a cuia de meia
cabaça. Nos vãos, calçados de palha de milho, iam os pratos louçados ou
esmaltados de ágata, as colheres, canecas de estanho e mesmo as
lamparinas, com torcida de algodão cru, para o querosene, que era levado em
garrafas.
(Fonte: Maia, Tom. O folclore das tropas, tropeiros e cargueiros no Vale do Paraíba. Rio de
Janeiro: Instituto Nacional do Folclore/São Paulo, Secretaria de Estado e Cultura: Universidade
de Taubaté, 1981, p. 73-77)
LINGUAJAR
DICIONÁRIO SERTANEJO
C
Caieira - Monte de lenha que, logo depois de aceza, toma o nome de fogueira.
Caiçara - Caboclo ruim, incorreto. Não uzam os caipiras do planalto a
expressão caiçara, como denominação de caipira da beira-mar. No tupy
guarany, "caaiçá" quer dizer "cerca de ramos a que se recolhem os peixes
pescados". "Caí" tambem quer dizer o gesto do macaco tapando o rosto. . .
Gesto commum ás crianças, caipiras. . . Caiçára tambem quer dizer trincheira,
paliçada, arraial.
Caipira - Por mais que rebusque o "etymo" de "caipira", nada tenho deduzido
com firmeza. Caipira seria o aldeão; neste caso encontramos no tupy guarany
"Capiabiguára". Caipirismo é acanhamento, gesto de occultar o rosto; neste
caso, temos a raiz "caí" que quer dizer: "Gesto do macaco occultando o rosto".
"Capipiara", quer dizer o que é do mato. "Capia", de dentro do mato: faz
lembrar o "capiáu mineiro. "Caapi", - "trabalhar na terra, lavrar a terra" -
"Caapiára", lavrador. E o "caipira" é sempre lavrador. Creio ser este ultimo caso
mais acceitavel, pois, "caipira" quer dizer "roceiro", isto é, lavrador.
Sinonimos de "caipira" conheço apenas os seguintes-"Capiáu", em Minas;
"quejeiro", em Goyaz; "matuto", Estado do Rio e parte de Minas; "mandy", sul
de S. Paulo; guasca ou gaúcho no Rio Grande do Sul; "tabaréo", Districto
Federal e alguns outros pontos do paiz; "caiçara", no litoral de S. Paulo e em
todo o paiz, "sertanejo".
Caipóra ou capóra - Infeliz - Do tupy-guarany: "Caapó" -mateiro. Pessôa do
mato. Duende sertanejo, protector das caças, anda montado num grande porco
selvagem.
Cambuquira - Grelos, brotos de aboboreira.
Campear - Procurar.
Cambaio - Perna torta. Que puxa por uma perna no andar.
Cambito - Pernil de porco. Peça para apertar correias e arreios.
Capêta - Diabo - Satanaz.
Capoeira - Mata de foice, ou mata nova nascida depois de derrubada a mata
virgem. Do tupy-guarany: "Caa - mata- "poera" - que foi.
Capoeirão - Capoeira grossa quasi como mata-virgem: "capoeira de machado".
Capim - Graminea - Do tupy guarany "Caapim".
Carona - Peça de couro collocada sob o arreio e sobre os baixeiros. Gozar sem
pagar um divertimento.
Capanga - Indivíduo assalariado para guarda de alguem, e que obedece
quando o pagante manda agredir ou matar. Em Minas, Goyaz e Norte, tambem
têm o nome de "jagunço".
Capanga - Pequeno sacco que se traz a tiracolo
Carreiro - Trilho feito e seguido pelas caças.
Carreira - Rima obrigatoria nas danças caipiras. Ha a carreira do "Sagrado"
(toda a rima em ado), ha a de S. João, do Itararé, do Marruá etc.
Carreador - Caminho improvisado na lavoura para se tirar em carros o producto
da lavoura.
Cavorteiro - Velhaco.
Caraminguás - Miudezas. Dinheiro miúdo achado no fundo da algibeira ou da
mala. Tupy guarany: "Carameguá" -caixa ou cesto para miudezas.
Cerne - Amago da madeira. Pau que dentro d'agua não apodrece. Estar no
cerne (homem) resistir o tempo; não envelhecer.
Cerrado ou cerradão - Mata rachitica e escassa em terras que absolutamente
nada produzem; nem capim de bôa qualidade.
Cerigote - Arreio semelhante ao lombilho.
Ceriema - Ave pernalta dos campos.
Cerelepe - Espécie de esquilo. Canxinguelê, do Norte.
Chavié ou xavi - Desinchabido - Desapontado.
Charrôa - Remate de uma obra de couro trançado.
Chilenas - Esporas grandes.
Chilique - Desmaio.
Chucro - Bebado - Cavallo não domado ou amansado.
Chupim - Passaro preto menor que o vira-bosta. Come os óvos do tico-tico e
põe os seus no lugar, criando o tico-tico os filhos do chupim, apesar da enorme
differença. O tico- tico é rajado e o chupim é preto.
Chupim - Marido de professora quando sustentado por ella.
Chumbeado - Bebado.
Cobre - Dinheiro mesmo em papel moeda.
Cócre - Pancada com os "nós dos dedos" na cabeça, tendo a mão fechada.
Cócre de - Cocoras. Sentado sobre os proprios calcanhares
Cogote - Toutiço, cangote.
Coivara - Galhos e ramos que resistiram o fogo das queimadas, ficando apenas
com as cascas queimadas ou chamuscadas. Geralmente os autores têm
confundido "coivara" com "encoivarar", que quer dizer reunir as "coivaras" para
queimar, afim de "destrancar" a roça.
Comeu-chão - Venceu grande distancia, em marcha.
Convencido - Soberbo. Emproado. Vaidoso.
Coró - Verme. Bicho de pau pôdre.
Corruira - Passarinho caseiro insectivoro. Carriça - Cambaxirra, do Norte. Ha a
"corruira d'agua" que faz seus ninhos labyrinthicos de milhares de pausinhos,
impenetrável para as cobras e mais inimigos.
Cren-dós-padre - Creio em Deus, Pae.
Cria - (estar com) - Filho novo de animal cavallar, caprino, ovino ou bovino.
Curupira - (No tupy guarany não ha r forte). Duende selvagem. do Norte, pouco
conhecida é a sua lenda em S. Paulo.
Cuzarruim ou Coiza-ruim - Satanaz - Diabo.
Cuéra - Decidido. Valente. Bom. No tupy-guarany quer dizer convalescente.
Currução - Molestia nervosa. Deita-se a victima, sem dores, e não ha o que a
faça deixar o leito. Come se lhe dão comida, sinão, pouco se incomoda.Há
moléstia semelhante que na França chamam "corru"
Curtindo - Suportando, triste, uma paixão ou ciume.
Cururú - Dansa em que tomam parte os poetas sertanejos, formando roda e
cantando cada um por sua vez, atirando os seus desafios mutuos. Os
instrumentos usados são: a "puyta", (Instrumento africano trazido pelos
escravos), rouquenha, em forma de um pequeno barril tendo o fundo de couro
de cabra com uma varinha ao centro; a trepidação produzida com um panno
molhado empalmado pelo executante, produz o som, um verdadeiro ronco; o
"réqueréque" que é um gommo de bambú, de meio metro, dentado, em que o
tocador passa compassadamente uma palheta do mesmo vegetal, secco; o
"pandeiro", os "adufes", e a celebre "viola". Os "cururueiros" cantam sem
amostras de cansaço, desde o anoitecer até o amanhecer.
É uma dansa mixta do africano e do bugre.
D
Dante - Antigamente. N'outros tempos.
Dar-volta - Exterminar. Acabar. Matar.
Debruços - Em decubito dorsal.
Decumê - Comida aos porcos. Comida.
De-já-hoje-já-hoje - Ainda pouco. Agora pouco. A poucos momentos.
Desgranhado - Desgraçado. "Maldito"!
Desguaritado - Extraviado. Desorientado. Sem guarida.
Depindura - Na imminencia de uma queda ou de empobrecimento.
Diá... - A crendice faz com que o caipira não pronuncie ou nunca complete a
palavra diabo. Ou diz: "Diá - Dianho
Tinhoso - Capeta - Malino - Bicho - Pé de pato - Bóde preto - Tentação -
Cuizarruim - Satanais - Cifé", etc.
Dourado - Peixe de escamas, d'agua doce - É o Piraju dos indios - "pira" peixe -
"jú" (ba) amarello.
Douradilho - Cavallo meio dourado.
E
Eá! - Exclamação uzada pelas mulheres, quando muito admiram. Montoya
registra no seu livro: "Lingua Guarany" essa exclamação só uzada pelas
mulheres.
Eito (de tempo) - Extensão. Pedaço. Parte da lavoura entregue ao capinador.
Embira - Resistente fibra da madeira chamada jangada.
Encrenca - Embrulho. Desordem. Atrapalhada. Pendencia.
Encambitar (atraz delle) - Correr em perseguição de alguém.acompanhar.
Entojado - Cheio de si. Vaidoso. Emproado.
Escorar - (um homem). Enfrentar o inimigo, fazendo-o parar.
Espigado - Rapaz de corpo direito. Desenvolto.
Esquentado - Impulsivo.
Esquesito - Fóra do natural. Não commum.
Esquisitice - Sensação extranha. Excentricidade.
Estaqueô - Parou bruscamente.
Estanhados (olhos) - Fixo
Estaca - Pau fincado na parede á guiza de cabide. Pau fincado na lavoura para
marco de lugar em que tem de ser plantado o café ou a vinha.
Estiada - Paragem momentanea da chuva no tempo das aguas, prosseguindo
logo a chuva.
Estaqueá - Parar bruscamente. Cahir morto.
Estrupicio - Grande quantidade. Asnice.
E-vê - Parece-me. Parecido. Similhante.
F
Facho - Vegetaes seccos facilmente inflammaveis, nas queimadas.
Famia - Filho ou filha.
Fazenda - Grande propriedade agricola.
Fazendeiro - O dono da "fazenda".
Festa do Divino - a festa em honra do Espirito Santo, que se reveste de grande
brilho, na cidade de Tietê. Os caboclos têm como obrigação cumprir a
promessa de seus antepassados, que desciam em numero de sessenta ou
mais, nos grandes batelões, pelo rio Tietê, e subiam esmolando entre o povo
ribeirinho, durante vinte e mais dias. As casas, na passagem das canôas, são
enfeitadas com palmas e arbustos, sendo offerecidas lautas mesas aos
canoeiros e ao povo do bairro, que afflue nessas occasiões. Onde pousa o
Divino e toda a comitiva, organisam-se interessantissimas diversões, reunindo-
se no sitio mais de mil pessôas.
Será esta festa uma reminiscencia da partida dos bandeirantes?
Feiticeiro - Mago. Bruxo.
Forgá - Dansar o batuque ou o samba.
G
Gadeiúda - Cabelluda. Guedelhuda. Cabellos em desordem.
Garapa - Caldo de canna de assucar.
Garrar - Tomar (um caminho). Começar (a pensar).
Garupa - A anca do animal arreado.
Gateado - Cavallo assignalado de branco e amarelíado.
Gavião - Ave de rapina. A parte volteada interna da foice.
Gaúcho - Vivedor. Parasita. Filante. O caipira paulista chama o rio-grandense
do sul: sulista; paranaense: paranista; a todo o nortista, baiano; não fazendo
referencias aos catharinenses, que são raros nos outros Estados.
Geringonça - Qualquer machinismo complicado.
Geribita - Pinga. Aguardente.
Górpe - Gole grande. Trago.
Guarapa - Agua com assucar preto ou escuro.
Guampa - Vazo de chifre em que o viajante toma agua.
Guainxuma - Vegetal. Aramina propria para vassouras.
I
Ichú - Casa de vespas cassununga, marimbondos e outras.
Impalamado - Pallido. Amarellado pela doença.
Incarangada - Entrevada pelo rheumatismo. Paralitica.
Inguiçá - Açular. Estimular. Influir. Insinuar.
Inferno - Sorvedouro onde cae a agua depois de mover uma roda ou monjollo.
Inorar - Criticar. Observar censurando o trajar da pessoa.
In-riba - Em cima.
Ingerizar - Irritar. De ogeriza.
Intojado - Cheio de si.
Invernada - Campo para engorda dos animais
Isqueiro - Tubo de metal, bambú ou taquara em que se colloca a isca, algodão
queimado, para, ferindo a pedra de fogo, arranjar com que accender o cigarro.
J
Jacaré - Arvore de casca serriforme, similhante á "serra" do jacaré, animal.
Jacú - Ave gallinacea selvagem.
Jararaca - Variedade de cobra. Mulher velha enfurecida.
Jaguané - Typo de boi. Do tupy-guarany - yaguá - "onça", "tigre" - "né" - certo -
"certo é um tigre!" Tambem quer dizer ladrido de cães.
Jaguatirica - Gato do mato. Onça pequena, do tupy-guarany.
Judiação - Mao tratamento desnecessario.
L
Lagarto - Reptil.
Lambedô - Adulador.
Lambancero - Arreliento. Embrulhão.
Lambuja - Vantagem. Lambugem.
Lameu - Bartholomeu.
Lambary - Pequeno peixe de escama, d'agua doce, sendo da mesma familia o
"tambiú", "piquirantan", "piquira" e "guarú-guaru"'.
Lapiana - Facão. Fabricada na Lapa?
Lavano-cachorro - (sem sabão). Vadiando.
Lavage - Lavagem de fressuras de porco, no rio, afim de atrair peixes.
Lazão - (cavallo). Alazão.
Levante - Descoberta do veado pelo cão que o faz saltar e o persegue com
latidos especiaes que atraem outros cães.
Ligá - Peça de couro crú com que cobrem os cargueiros.
Liquidô - Matou.
Limá - Animal cavallar ou muar.
Lobizóme - Duende representado por um grande cão preto comedor de
estrume de gallinhas e que sae às sextas-feiras em procura de crianças, não
baptisadas, que devora, tendo, porisso, fiapos de baêta vermelha dos cueiros
entre os dentes.
Lombriga-assustada - Medo.
Lonca - Couro de cavallo.
M
Mãe d'agua - Duende protector dos peixes. Persegue rapazes e lavadeiras.
Mãe de oro - Duende que occulta o ouro. Crêm ser "Mãe de Ouro", qualquer
bolide.
Male-e-má - Mais ou menos. Pouquissimo. Feito por cima, sem capricho.
Mandy - Peixe de couro, da familia do bagre.
Mandioca - Raiz feculenta, é o pão dos pobres. Tupy-guarany-"Mandiog".
Mangueira - Grande terreiro cercado para o gado.
Matungo - Cavallo forte, castrado.
Mãozinha preta - Assombramento. Era uma pequena mão que a tudo attendia
com grande rapidez, inclusive varrer casa, baldear agua e dar palmadas nas
crianças manhosas.
Mardade - Puz. Materia putrida das chagas.
Massapé - Terra de optima qualidade para cultura: muita liga e muito humus.
Moda - Poesia sertaneja.
Moquetear - Dar murros com a mão fechada. Dar com a "móca", cacete.
Morrudo - Grande. Bem criado e gordo.
Munheca - Pulso.
Muchirão, puchirão ou mutirão - Do tupy-guarany "Apotyrõ" -
roçada? - É a applicação do auxilio mutuo, bello exemplo de solidariedade. Os
lavradores da visinhança, do bairro, determinam um dia e vão trabalhar
gratuitamente para o mais necessitado, e, nesse único dia, fazem grandes
roças. Algumas vezes fazem além da roçada, as capinações e colheita.
Durante o trabalho é costume cantar em côro, numa toada interessante e
agradavel. - o trabalho e a festa ao mesmo tempo.
N
Negacear - Atacar sorrateiramente.
Nervosa - Preocupação de espirito.
Negro atôa - Preto vadio.
Nhapindá - Arbusto espinhento tambem chamado "arranha-gato".
Nhô - Senhor.
Nhá - Senhora.
Nome-feio - Qualquer palavra contra a moral.
O
Ôta - Equivalente, entre os caipiras, da interjeição, "olá". Ao que parece, no
tempo de Camões, se pronunciava como hoje o caipira. Encontra-se no grande
épico o conhecido verso: "Oulá, Velloso amigo. .
Ôta! - Equivalente á exclamação "O!" (Assisti o "aluito".
(especie de lucta romana) o Bastião venceu! "Ota" cabra sarado!" O caipira
tanto emprega ôta como "êta".
P
Paió - Depósito de milho.
Paineira - Arvore que produz a paina, fibra mais alva que o algodão.
Palmito - Parte da palmeira de onde sahem as folhas, amago, uzado como
optimo alimento.
Palanque - Pau roliço fincado no meio do terreiro onde se amarram animaes
chucros para curar ou encilhar.
Pala - Chale manto furado ao centro, para homem.
Pamonha - Bolo de extracto de milho verde. Pateta. Bobo. (azeda) Idiota.
Pampa - Cavallo com grandes manchas brancas pelo corpo.
Panquéca - Vadiação. "Dolce far niente".
Pangaré - Cavallo de cor entre alazão e zaino claro.
Papuan - Variedade de capim.
Paqueiro - Cão caçador de paca. Rufião.
Pareiada - Faca com cabo e bainha de prata.
Pareiado - Tudo que é trabalhado em prata. "Zarreio pareiado": Arreio
prateado.
Parêlhas - Corrida de cavallos em raia recta para dois animaes.
Passageira - Trem diurno de passageiros. Com o estabelecimento dos
nocturnos já os caipiras não dizem a passageira, mas "urno" (diurno) e "turno"
(nocturno).
Passarinhar - Caçar passaros com bodoque. Com espingarda é"matar
passarinho".
Passarinheiro - Cavallo de vista curta que, se assustando, foge bruscamente
derrubando o cavalleiro.
Passando estreito - Vivendo com grande difficuldade.
Patrona - Bolsa de couro, a tiracollo, com chumbeiro, polvarinho, etc.
Patuá - Pequeno envolucro contendo orações, reliquias e pedras sagradas que
os caipiras caboclos e pretos trazem ao pescoço.
Pau-de-fumo - Pejorativo - Negro. Paula-Souza - o chumbo mais grosso que
ha. Perdigoto.
Pé de moleque - Rapadura com amendoim torrado.
Pé d'ouvido - Golpe de mão aberta sobre o ouvido do adversario.
Pereréco - Briga cheia de peripecias.
Pereréca - Sem parada. Bater de azas do passaro ferido -Do tupy-guarany
pererég". Certa busina de automovel.
Perna-molle - Fracalhão. Medroso.
Pião - Domador de cavallos.
Picuman - Fuligem.
Picada - Caminho improvisado nas matas.
Pica-pau - Ave trepadora. Espingarda de um só cano de carregar pela bocca.
Picaço - (Cavallo) Pigarço.
Pida - Do verbo pedir, corresponde a "peça-lhe".
Pileque - Bebedeira.
Pinga - Aguardente de canna.
Pinicão - Dentada do peixe na isca.
Pinduca - Rima para Juca. Brincam as crianças provocando os José: - "Juca,
pinduca; ladrão de assuca".
Piquete - Pequeno pasto cercado.
Piranha - Peixe de dentes aguçados e raivoso.
Piracanjuba - Peixe de escama, d'agua doce. Do tupy-guarany: "Pira", peixe -
"acã", cabeça - "juba", amarella.
Piroá - Milho de pipoca não arrebentado. "Piruá", bexiga, no tupy-guarany.
Piracêma - Migração de peixes.
Pirapóra - Tupy-guarany; logar onde o peixe pula.
Pitanga - Fructa do campo - "Guabirapitã", dos indios.
Pitiço - Cavallo pequeno e grosso.
Pito - Cachimbo. Descompostura.
Potro - Poldro - Cavallo novo não castrado.
Porunga ou porungo - Cabaça.
Porquêra - Desordem. Briga.
Pontear - (a viola) Tirar acordes.
Ponche - Capa de roda inteira com abertura ao centro para a cabeça.
P'ros quinto - Para os 5º dos infernos.
P'ramóde - Por amor de...
Pulador - Cepos collocados de cada lado da cerca para que o homem pule o
cercado e os animaes não possam passar.
Pururuca - Quebradiço. O couro torrado de leitôa é "pururuca".
Q
Quentão - Aguardente quente com gengibre e assucar.
Querencia - Logar predileto. "E, estando em casa da namorada está na sua
querencia." "Procurou o animal na baixada, junto á figueira: é a querencia
delle".
Quibebe - Cosido de picadinho de abobora madura.
Quilombolá - V. Canhimbóra.
R
Rabo de boi - Capim que estraga o pasto, verdadeira praga.
Rabo-de-tatu - Chicote com quatro tiras de couro no extremo.
Raleando - Escasseando. Tornando raro.
Rancho - Casa tosca de sapé.
Redomão - Cavallo ou burro recem-domado.
Refugar - Vacillar para avançar. Recuar.
Rêngo - Que puxa uma perna. Descadeirado.
Ressaca - Máo estar após a embriaguez alcoolica.
Resa - Funcçáo - Fandango. Festa de sitio a pretexto de orações.
Roça - Terra com culturas. Terra lavrada.
S
Sabiá - Passaro canoro.
Sacy - Duende representado por um negrinho, moleque de seus onze a doze
annos, de uma perna só, sempre risonho, de olhos vermelhos, dentes
salientes, topete alevantado, a arreliar quem passa, fazendo mil diabruras nas
cruzes de estrada e encruzilhada, não perdoando cavalleiro que passe á noite
de sexta-feira: trepa-lhe na garupa a fazer-lhe cocegas puxando o cavallo pelo
rabo. À noite vae trançar a crina dos cavallos. Vêm-se realmente crinas
trançadas tosca-mente. . . por morcegos.
Safada (terra) - Improductiva. Cansada.
Samba.- Dansa de caboclos. Nada tem com o jongo africano hoje dansado em
todo o Brasil. O samba é dansa de caboclos, com violas, adufes e pandeiros.
Ao canto e côro os dansarinos em tregeitos tiram as damas e estas aos
cavalheiros, sem se tocarem, dansam e voltam aos seus lugares.
Samambaia - Vegetal da familia do feto. Praga das terras cansadas.
Sanhaço - Passaro frugivoro.
Sangrador - Regos nas estradas para desvio de aguas pluviaes.
Sapé - Vegetal com que se cobrem casas toscas no campo.
Sapecar - Tupy-guarany "çapec" - Chamuscar.
Sapiroca - Que tem os olhos inflamados. Do tupy-guarany "çapiron", chorar.
Sara-cura - Ave pernalta ribeirinha. "Siri-cóia" no Norte.
Sarado - Invencivel. Bom para tudo.
Saúva - Grande formiga devastadora de lavouras. A maior praga do Brasil.
Sentenciado - Condemnado pelo jury.
Serraia - Verdura nativa nas lavouras. Optimo alimento.
Serigote - Arreio de montaria.
Sinhá - (Em desuzo) Antiga proprietaria de escravos. Senhora.
Siá - Senhora.
Siô - Senhor.
Sô - Senhor.
Sôr - Senhor.
Sôres - Senhores.
Siriluia Formiga com azas, no tempo da procriação.
Sarará A mesma cousa. Ave de Mato Grosso. Conta-se que o sarará macho
morre de paixão durante o choco da femea.
Siri-siri - Passaro amarello menor que o "bem-te-vi"!
Sitiante ou situante - Proprietario de pequena lavoura.
Sitio - Pequena lavoura.
Socado - Arreio parecido com o lombilho.
Sucre - Assucar.
Sunga-munga - Idiota meio paralitico.
Sururuca - Peneira grossa.
T
Tacar ou tocar - Atacar. Pôr em acção: "Tacar fogo".
Tala - Chicote.
Tambiu - Variedade de lambary.
Tan-tan - Bobo. Em tupy-guarany: "Tapaná".
Taquara - Canna ôca, silvestre, mais delicada que o "bambú". Do tupy-guarany:
"Taqua" canna ôca. "Taquaratin" ou "Taquaritinga" taquara massiça.
Tapéra - Casa velha abandonada. Do tupy-guarany: "Taba", casa povoada,
"puêra", que foi. "Tapé", "tabapuêra" que foi moradia.
Tarecos - Objectos velhos. Miudezas estragadas.
Tento - Fita de couro com que se fazem obras trançadas.
Tiguéra - Roça de milho depois de colhida. Talvez venha do tupy-guarany:
"Abati" milho - "coéra" ossos; pois as cannas do milho dão impressão de ossos.
Ossos do milharal.
Trabuco - Espingarda de um canno, de carregar pela bocca,-grosso calibre,
para salvas.
Trama - Barganha. Negocio.
Tranqueira - Coivaras velhas em meio da capoeira, impedindo o transito pela
mata.
Traira ou taraira - Peixe pequeno, de escama, de tanques e ribeirões, feroz, de
dentes aguçados.
Trem - Qualquer objecto. Individuo inutil.
Tropicão - (cavallo) Que tropeça ou dá topadas sobre objectos resistentes.
Truco - Jogo de cartas em que tomam parte quatro parceiros:a maior carta, o
"zape" é o "Quatro-páus"; jogado a dois recebe o nome de truco-de-mano.
(Fonte: Este glossário foi extraído de livro de autoria de Cornélio Pires (Musa
Caipira e As Estrambóticas Aventuras do Joaquim Bentinho), editado pela Prefeitura
de Tietê, em 1985, em comemoração ao Centenário de nascimento do autor.)
TEXTO 6
(Fonte: http://www.guiadasemana.com.br/photos)
6.1 Algumas Simpatias
A MEDICINA CASEIRA
A INDUMENTÁRIA DO TROPEIRO
(Fonte:http://farm4.static.flickr.com)
5 - SUGESTÕES DE ATIVIDADES
“A invocação do passado
constitui uma das estratégias
mais comuns nas
interpretações do presente. O
que inspira tais apelos não é
apenas a divergência quanto
ao que ocorreu no passado e o
que teria sido esse passado,
mas também a incerteza se o
passado é de fato passado,
morto e enterrado, ou se
persiste, mesmo que talvez sob
outras formas”.
(Edward Said)
REFERÊNCIAS