Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Da Penitenciária –
Da Casa do Albergado –
Do Centro de Observação –
Da Cadeia Pública –
Destinação e regras gerais;
Preso Provisório – Conforme o art. 102, a cadeia pública destina-se ao recolhimento de presos provisórios,
aplicando as regras lá previstas.
Regime Fechado – Conforme o art. 87, penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime
fechado.
Regime Semi-aberto – Conforme o art. 91, a Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao cumprimento
da pena em regime semi-aberto.
Regime Aberto – Conforme o Art. 93, a Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de
liberdade, em regime aberto, e da pena de limitação de fim de semana.
Semi-imputáveis e inimputáveis – Conforme o art. 99, o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-
se aos inimputáveis e semi-imputáveis referidos no artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal.
Art. 82 (...)
§ 1° A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, serão recolhidos a estabelecimento
próprio e adequado à sua condição pessoal. (Redação dada pelaLei nº 9.460, de 1997)
Separação proibida –
Art. 3º (...)
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política.
Separação permitida –
Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em suas dependências com
áreas e serviços destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação e prática esportiva.
§ 4o Serão instaladas salas de aulas destinadas a cursos do ensino básico eprofissionalizante. (Incluído pela Lei
nº 12.245, de 2010)
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação profissional do preso e do
internado.
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federativa.
Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou educação profissional de nível médio, será
implantado nos presídios, em obediência ao preceito constitucional de sua universalização. (Incluído pela Lei
nº 13.163, de 2015)
§ 1o O ensino ministrado aos presos e presas integrar-se-á ao sistema estadual e municipal de ensino e será
mantido, administrativa e financeiramente, com o apoio da União, não só com os recursos destinados à educação,
mas pelo sistema estadual de justiça ou administração penitenciária.
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico.
Direito à remição –
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por
estudo, parte do tempo de execução da pena.
Efetivação do Direito à Assistência Jurídica –
§ 5o Haverá instalação destinada à Defensoria Pública. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita, pela
Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e material à Defensoria Pública, no
exercício de suas funções, dentro e fora dos estabelecimentos penais.
2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor
Público.
§ 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da Defensoria Pública para
a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus
familiares, sem recursos financeiros para constituir advogado.
Art. 83-A. Poderão ser objeto de execução indireta as atividades materiais acessórias, instrumentais ou
complementares desenvolvidas em estabelecimentos penais, e notadamente: (Incluído pela Lei nº 13.190, de
2015).
- serviços relacionados à execução de trabalho pelo preso. (Incluídopela Lei nº 13.190, de 2015).
§ 1o A execução indireta será realizada sob supervisão e fiscalização do poderpúblico. (Incluído pela Lei nº
13.190, de 2015).
Art. 83-B. São indelegáveis as funções de direção, chefia e coordenação no âmbito do sistema penal, bem como
todas as atividades que exijam o exercício do poder de polícia, e notadamente: (Incluído pela Lei nº 13.190, de
2015).
- transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário, hospitais e outros locaisexternos aos estabelecimentos
penais. (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado.
§ 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintescritérios: (Redação dada pela Lei nº
13.167, de 2015)
- acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; (Incluídopela Lei nº 13.167, de 2015)
- acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça àpessoa; (Incluído pela Lei nº
13.167, de 2015)
- acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados nos incisos I e II. (Incluído
pela Lei nº 13.167, de 2015)
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da JustiçaCriminal ficará em dependência
separada.
§ 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº
13.167, de 2015)
- condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
- reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ougrave ameaça à pessoa; (Incluído
pela Lei nº 13.167, de 2015)
- primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou graveameaça à pessoa; (Incluído
pela Lei nº 13.167, de 2015)
- demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situaçãodiversa das previstas nos incisos
I, II e III. (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
§ 4o O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência com os demais
presos ficará segregado em local próprio. (Incluído pelaLei nº 13.167, de 2015)
Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com a sua estruturae finalidade.
Parágrafo único. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária determinará o limite máximo de
capacidade do estabelecimento, atendendo a suanatureza e peculiaridades.
Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Justiça de uma Unidade Federativa podem ser
executadas em outra unidade, em estabelecimento local ouda União.
§ 1o A União Federal poderá construir estabelecimento penal em local distante da condenação para recolher os
condenados, quando a medida se justifique no interesse da segurança pública ou do próprio condenado. (Redação
dada pela Leinº 10.792, de 2003)
§ 2° Conforme a natureza do estabelecimento, nele poderão trabalhar os liberados ou egressos que se dediquem a
obras públicas ou ao aproveitamento de terras ociosas.
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios poderão construir
Penitenciárias destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e condenados que estejam em regime fechado,
sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nos termos do art. 52 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 10.792, de
2003)
CP, Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em
regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
Considera-se regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média (art. 33,
§1º, CP);
Regime mais rígido de cumprimento de pena;
O condenado será (obrigatório) alojado em cela individual;
Preso condenado a pena superiores a 8 anos.
O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno (art. 34, §1º, CP);
Exame criminológico obrigatório (art. 8º)
Trabalho externo: necessita cumprir 1/6 da pena, além de preencher requisitos subjetivos;
Não tem direito à saída temporária.
Tem direito à remição de pena pelo trabalho e estudo.
Código Penal –
Art. 33, § 1º - Considera-se:
regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação
para individualização da execução. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações
anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
Dos exames
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório.
- salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico
adequado à existência humana;
- área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres será dotada de seção para gestante
e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a
finalidade de assistir acriança desamparada cuja responsável estiver presa. (Redação dada pela Lei nº 11.942,
de 2009)
Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da creche referidas neste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.942, de
2009)
– atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes adotadas pela legislação educacional e em
unidades autônomas; e (Incluído pela Leinº 11.942, de 2009)
CF/88 – Art. 5º, L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;
§ 3º Os estabelecimentos de que trata o § 2o deste artigo deverão possuir, exclusivamente, agentes do sexo
feminino na segurança de suas dependências internas
Berçário Creches
Art. 83 (... ) § 2º Art. 89
no mínimo, até 6 (seis) meses de idade. Crianças maiores de 6 (seis) meses emenores de
7 (sete) anos,
Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local afastado do centro urbano, à distância
que não restrinja a visitação.
LOCALIZAÇÃO
Penitenciárias Casa de Albergado Cadeia Pública
Afastada do centro urbano; No centro urbano; Próximo ao centro urbano;
CAPÍTULO III
Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar.
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao cumprimento da pena em regime
semi-aberto.
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o cumprimento da pena em
regime semi-aberto.
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou
estabelecimento similar.
§ 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a freqüência a cursos supletivos profissionalizantes, de
instrução de segundo grau ou superior.
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de
aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como
crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo.
Requisitos:
“A exigência objetiva de prévio cumprimento do mínimo de 1/6 da pena, para fins de trabalho externo, não se
aplica aos condenados que se encontrarem em regime semiaberto.(...) Ponderou que não faria sentido a exigência
do cumprimento de 1/6 da pena para o trabalho externo, pois satisfeita essa condição, o reeducando teria direito
ao regime aberto.” (EP 2 TrabExt-AgR/DF, rel. Min. Roberto Barroso, 25.6.2014)
A aplicação do requisito temporal teria o efeito de esvaziar a possibilidade de trabalho externo por parte dos apenados
em regime inicial semiaberto. Isso porque, após o cumprimento de 1/6 da pena, esses condenados estarão
habilitados à progressão para o regime aberto, que tem no trabalho externo uma de suas características
intrínsecas. (...)
A inaplicabilidade do requisito temporal para o deferimento de trabalho externo não significa, naturalmente, que a sua
concessão deva ser automática. Embora a Lei de Execução Penal seja lacônica quanto aos requisitos pertinentes, é
intuitivo que a medida écondicionada: (i) pela condição pessoal do apenado, que deve ser compatível com as exigências
de responsabilidade inerentes à autorização para saída do estabelecimento prisional; e (ii) pela adequação do
candidato a empregador
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo, observados os requisitos da letra a, do
parágrafo único, do artigo 88, desta Lei.
CAPÍTULO IV
Da Casa do Albergado
Art. 93. A casa do Albergardo destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da
pena de limitação de fim de semana.
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das
seguintes condições gerais e obrigatórias:
I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga;
II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados;
III- não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial;
IV- comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado.
Regras do regime aberto no CP –
Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade docondenado. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra
atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de11.7.1984)
2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido comocrime doloso, se frustrar os fins da
execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se
pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do Albergado, a qual deverá conter, além dos aposentos
para acomodar os presos, local adequado para cursos e palestras.
Parágrafo único. O estabelecimento terá instalações para os serviços de fiscalização e orientação dos condenados.
Regras estruturais
LOCALIZAÇÃO
Penitenciárias Casa de Albergado Cadeia Pública
Afastada do centro urbano; No centro urbano; Próximo ao centro urbano;
CAPÍTULO V
Do Centro de Observação
Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico,cujos resultados serão
encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.
Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexoa estabelecimento penal.
Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação,na falta do Centro de
Observação
Destinação e regras gerais –
O Centro de Observação tem como objetivo fazer a triagem observando o perfil criminológico dos presos, bem
como a individualização de todos os internos, no sentido de que sejam custodiados de forma a respeitar suas
condições pessoais, sua integridade física e sua dignidade, devendo ser avaliados por uma equipe multidisciplinar
que fará parte do fluxo de atendimento.
O Centro de Observação concentrará o recebimento de presos, sendo responsável pela identificação e realização
dos exames gerais de admissão dos internos, sendo dotado de equipe técnica que promoverá atendimento social,
psicológico, médico, odontológico e jurídico, cujos resultados e desdobramentos serão encaminhados à CTC.
De acordo com o Art. 6º e 7º da LEP, a classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que
elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso
provisório.
A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta,
no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se
tratar de condenado à pena privativa de liberdade.
CAPÍTULO VI
Do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis
referidos no artigo 26 e seu parágrafo único doCódigo Penal.
Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o disposto no parágrafoúnico, do artigo 88, desta
Lei.
Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames necessários ao tratamento são obrigatórios para todos os
internados.
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97, segunda parte, do Código Penal, será realizado no
Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local com dependência médica adequada.
CAPÍTULO VII
Da Cadeia Pública
Art. 103. Cada comarca terá, pelo menos 1 (uma) cadeia pública a fim de resguardar o interesse da
Administração da Justiça Criminal e a permanência do preso em local próximo ao seu meio social e
familiar.
Art. 104. O estabelecimento de que trata este Capítulo será instalado próximo de centro urbano,
observando-se na construção as exigências mínimas referidas no artigo 88 e seu parágrafo único
desta Lei.
Destinação e regras gerais
De acordo com o art. 104, na construção das cadeias públicas deverão ser observadas as exigências mínimas
referidas no artigo 88 e seu parágrafo único desta Lei. Vejamos:
CAPÍTULO I
Das Penas Privativas de Liberdade
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 105. Transitando em julgado a sentença que aplicar pena privativa de liberdade,se o réu estiver ou vier a ser
preso, o Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a execução.
Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, que a rubricará em todas asfolhas e a assinará com o
Juiz, será remetida à autoridade administrativa incumbida da execução e conterá:
- o nome do condenado;
- o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, bem como certidão do trânsito em julgado;
§ 2º A guia de recolhimento será retificada sempre que sobrevier modificação quanto ao início da execução ou ao
tempo de duração da pena.
Art. 107. Ninguém será recolhido, para cumprimento de pena privativa de liberdade,sem a guia expedida pela
autoridade judiciária.
§ 1° A autoridade administrativa incumbida da execução passará recibo da guia de recolhimento para juntá-la
aos autos do processo, e dará ciência dos seus termos aocondenado.
§ 2º As guias de recolhimento serão registradas em livro especial, segundo a ordem cronológica do recebimento, e
anexadas ao prontuário do condenado, aditando-se, no curso da execução, o cálculo das remições e de outras
retificações posteriores.
Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em Hospitalde Custódia e Tratamento
Psiquiátrico.
Art. 109. Cumprida ou extinta a pena, o condenado será posto em liberdade, mediante alvará do Juiz, se por outro
motivo não estiver preso.
DA PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL
Art. 110. O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no qual o condenado iniciará o cumprimento da pena
privativa de liberdade, observado o disposto no artigo 33 e seus parágrafos do Código Penal.
Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a
determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada,
quando for o caso, a detração ou remição.
Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a penaao restante da que está sendo
cumprida, para determinação do regime.
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime
menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: (Redação dada pela Lei nº
13.964, de 2019)
- 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sidocometido sem violência à pessoa
ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de2019)
- 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometidosem violência à pessoa ou grave
ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
- 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiversido cometido com violência à
pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
- 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometidocom violência à pessoa ou grave
ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
- 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se
for primário; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
- 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: (Incluído pela Lei nº13.964, de 2019)
condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, sefor primário, vedado o
livramento condicional; (Incluído pela Lei nº 13.964, de2019
condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a
prática de crime hediondo ou equiparado;ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; (Incluídopela Lei nº 13.964, de 2019)
- 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática decrime hediondo ou equiparado;
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
- 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com
resultado morte, vedado o livramento condicional. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentarboa conduta carcerária,
comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas asnormas que vedam a progressão. (Redação dada pela
Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de manifestação
do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na concessão de livramento
condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. (Redação dada
pelaLei nº 13.964, de 2019)
Requisitos para fins de progressão de regime –
Formal – Decisão sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor. (art. 112,
§2º, LEP)
Extinção do vínculo associativo – Requisito exigido apenas aos condenado por integrar organização criminosa –
Art. 2º, §9º da Lei de Organização Criminosa.
Requisito objetivo – conforme as alterações promovidas pela lei n. 13.964 de 2019 (lei anticrime) –
Art. 2º, § 2º A progressão de regime, no caso dos condenados pelos crimes previstos
dada pela Lei nº 13.769, de 2018) (Revogado pela Lei nº 13.964, de 2019)
Quadro sinóptico – requisito objetivo – 2021
Até 27 de março de 2007 – Requisito objetivo – Necessidade de cumprimento de1/6 da pena, seja para crimes
comuns, hediondos ou equiparados.
STJ – Súmula 471 – “Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos
antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n.
7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional.”
A partir do dia 28 de março de 2007 – Requisito objetivo – Nesse caso, dependedo crime. Vejamos:
A partir do dia 23 de Janeiro de 2020 – Os requisitos objetivos para progressão deregime são aqueles previstos no
art. 112 da Lei de Execução penal.
A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo
art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o
livramento condicional ou regime mais favorável de execução.
Calculo diferenciado –Concurso de crimes – Crimes hediondos e crimes comuns –
"Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do
regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o
caso, a detração ou remição (LEP, art. 111). Em caso de concurso de crimes, em que haja cominação de penas de mesma
espéciemas que apresentem critérios distintos para a progressão de regime - a exemplo do que ocorre com os crimes
hediondos e os crimes comuns -, o requisito objetivo para a progressão se terá por cumprido quando decorrido o tempo
equivalente à soma da fração de cada crime (2/5 e 1/6)" (Agravo em Execução Penal n. 0002347-87.2016.8.24.0038, de
Joinville, rei. Des. RobertoLucas Pacheco, Quarta Câmara Criminal, j. 22-09-2016).
"Tem-se, como exemplo, a condenação de uma pessoa primária às penas de cinco anos de
reclusão pela prática do delito de tráfico, previsto no artigo 33, da Lei 11.343/06 (sem
direito àredução prevista no parágrafo 4° do mesmo artigo) e três anos de reclusão pela
prática do delito de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, previsto no artigo 14,
da Lei 10.826/03. Para fins de progressão de regime, o indivíduo deverá cumprir 2/5 da
pena impostapela prática do crime previsto no artigo 33, da Lei 11.343/06, mais 1/6 da
condenação de três anos oriunda do crime previsto no artigo 14, da Lei 10.826/03. Ou seja,
no caso em tela, o requisito objetivo para a progressão de regime prisional estará a
princípio preenchido com o cumprimento de dois anos e seis meses da reprimenda."
(Fonte:https://www.conjur.com.br/2014-abr-10/calculo-discriminado-procedimento-
apropriado-execucao-pen)
Requisito subjetivo –
Conforme o art. 112, § 1º, em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa
conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a
progressão.
Súmula 534 do STJ - “A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de
cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimentodessa infração”.
STJ: “A falta grave pode ser utilizada a fim de verificar o cumprimento do requisito subjetivo necessário para a
concessão de benefícios da execução penal.” Acórdãos: AgRg no HC 554100/SP, Rel. Ministro LEOPOLDO DE
ARRUDA RAPOSO (DESEMBARGADORCONVOCADO DO TJ/PE), QUINTA TURMA, julgado em 10/03/2020, DJe
18/03/2020
STJ – “ Para a concessão da progressão de regime, deve o reeducando preencher os requisitos de natureza objetiva
(lapso temporal) e subjetiva (bom comportamento carcerário), nos termos do art. 112 da LEP. IV – Na hipótese, as
instâncias ordinárias entenderam que não foi preenchido o requisito subjetivo, com base em fatos concretos ocorridos
no curso da execução penal, quais sejam, o registro da prática de sucessivas faltas disciplinares de natureza grave.
(AgRg no HC 554.100/SP, Rel. Ministro LEOPOLDODE ARRUDA RAPOSO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO
TJ/PE), QUINTA TURMA,
julgado em 10/03/2020, DJe 18/03/2020)
STJ: “Faltas graves cometidas em período longínquo e já reabilitadas não configuram fundamento idôneo para
indeferir o pedido de progressão de regime, para que os princípiosda razoabilidade e da ressocialização da pena e o
direito ao esquecimento sejam respeitados.” Acórdãos: HC 544368/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA
FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 05/12/2019, DJe 17/12/2019
STJ: A prática de falta grave no curso da execução penal constitui fundamento idôneo para negar a progressão de
regime, ante a ausência de preenchimento do requisito subjetivo.
Acórdãos: AgRg no HC 554100/SP, Rel. Ministro LEOPOLDO DE ARRUDA RAPOSO (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TJ/PE), QUINTA TURMA, julgado em 10/03/2020, DJe18/03/2020
STJ: O cometimento de falta disciplinar de natureza grave no curso da execução penal justifica a exigência de exame
criminológico para fins de progressão de regime. Acórdãos:HC 556422/SP, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK,
QUINTA TURMA, julgado em 05/03/2020, DJe 23/03/2020
STF - Súmula Vinculante 26 – Para efeito de progressão de regime no cumprimentode pena por crime hediondo, ou
equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990,
sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo
determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico
STJ – Súmula 439 – Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada.
(Súmula 439, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 13/05/2010)
Para fins de início do cumprimento de pena, o exame criminológico poderá serfacultativo ou obrigatório. Vejamos:
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a
exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à
individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenadoao cumprimento da pena
privativa de liberdade em regime semi-aberto.
É garantido ao preso beneficiado com a progressão de regime o direito de recusar a gozar de talbenefício, a fim de
proteger sua integridade física ou proximidade com a família.
- não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pelaLei nº 13.769, de 2018)
- não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; (Incluído pela Lei nº13.769, de 2018)
- ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; (Incluídopela Lei nº 13.769, de 2018)
- ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor doestabelecimento; (Incluído pela
Lei nº 13.769, de 2018)
- não ter integrado organização criminosa. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação dobenefício previsto no § 3º deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018)
Beneficiada –
Mulher gestante;
Mulher que for mãe ou responsável por crianças;
Mulher que for mãe ou responsável por pessoas com deficiência;
Requisitos cumulativos –
Requisito objetivo –
Progressão para condenados por crimes de organização criminosa (Lei nº 12,850 / 2013)
Definição –
O crime de organização criminosa por si só, não é crime hediondo, uma vez que não consta no rol do art. 1º, caput ou
parágrafo primeiro.
Natureza de crime Hediondo –
De acordo com a Lei dos Crimes Hediondos, art. 1º, parágrafo único, V, o crime de organização criminosa será
considerado como crime hediondo quando direcionado àprática de crime hediondo ou equiparado.
Lei de Organização Criminosa – Art. 2º, § 9º O condenado expressamente em sentença por integrar organização
criminosa ou por crime praticado por meio de organização criminosa não poderá progredir de regime de
cumprimento de penaou obter livramento condicional ou outros benefícios prisionais se houver elementos probatórios
que indiquem a manutenção do vínculo associativo.” (Incluído pela Lei N. 13.964 de 2019)
Crime de organização Criminosa (art. 1º, §1º e art. 2º - Lei 12.850 de 2013)
–
Como esse crime não tem natureza hedionda e é um crime praticado sem violência ou grave ameaça, temos os
seguintes percentuais.
LEP, I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crimetiver sido cometido sem violência à
pessoa ou grave ameaça;
LEP, II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crimecometido sem violência à pessoa ou
grave ameaça;
Crime de organização criminosa direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado (Art. 1º,
parágrafo único, inciso V, Lei dos Crimes Hediondos) –
Como esse crime tem natureza hedionda e é um crime praticado sem violência ou grave ameaça, temos os seguintes
percentuais.
LEP – Art. 112, V – 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo
ou equiparado, se for primário; (Incluídopela Lei N. 13.964 de 2019)
LEP – Art. 112, VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo
ou equiparado; (Incluído pela Lei N. 13.964de 2019)
LEP – Art. 112, VI, “b” – 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:condenado por exercer o comando,
individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado;
Súmula 534 do STJ – “A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de
cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração”.
Súmula 535-STJ – A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto.
Súmula 441-STJ – A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional.
§ 7º O bom comportamento é readquirido após 1 (um) ano da ocorrência do fato, ou antes, após o cumprimento do
requisito temporal exigível para a obtenção do direito.
PROGRESSÃO DO REGIME SEMI-ABERTO PARA O ABERTO
Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e das condições impostas
pelo Juiz.
- apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que
irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime.
Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no artigo 117 desta Lei.
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das
seguintes condições gerais e obrigatórias:
- permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga; II - sair para o trabalho e
retornar, nos horários fixados;
- não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial;
- comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado
Art. 112;
Aceitação no programa e condições impostas pelo Juiz – Art. 113;
Capacidade para o trabalho art. 114, I;
Autodisciplina e senso de responsabilidade conforme o novo regime – Art. 114, II.
Condições Especiais (judiciais) e Facultativa – Art. 115, primeira parte.
Condições Gerais (legais) e obrigatórias – Art. 115, parte final.
Superior Tribunal de Justiça - Súmula 493 – É inadmissível a fixação de pena substitutiva(art. 44 do CP) como
condição especial ao regime aberto. (DJe 13/08/2012)
IV - condenada gestante.
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela
ausentar-se com autorização judicial. (Redação dada pelaLei nº 12.403, de 2011).
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agentefor: (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
- maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
- extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei nº12.403, de 2011).
- imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011).
- gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
- mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído pelaLei nº 13.257, de 2016)
- homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. (Incluído pela
Lei nº 13.257, de 2016)
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitosestabelecidos neste artigo. (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com
deficiência será substituída por prisãodomiciliar, desde que: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
- não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça apessoa;
(Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
- não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. (Incluídopela Lei nº 13.769, de 2018).
Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação
concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
Regressão de regime
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para
qualquer dos regimes mais rigorosos, quando ocondenado:
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível
o regime (artigo 111).
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores,
frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo,a multa cumulativamente imposta.
Súmula 526-STJ - O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime doloso no
cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal
instaurado para apuração do fato. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 13/05/2015
STJ: “A prática de falta grave pode ensejar a regressão cautelar do regime prisional
sem a prévia oitiva do condenado, que somente é exigida na regressão definitiva.”
Acórdãos: HC 184988/RJ, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA,
SEXTA
TURMA, julgado em 05/02/2013, DJe 18/02/2013
SÚMULA 716 – Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime menos
severo nela determinada, antes do trânsito emjulgado da sentença condenatória.
SÚMULA 717 – Não impede a progressão de regime de execução da pena, fixada em sentença não transitada em
julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão especial.
Súmula 491 do STJ – É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional. (Súmula 491,
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 08/08/2012, DJe 13/08/2012)
Súmula Vinculante 56
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenadoem regime prisional mais
gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
Precedente representativo
"3. Os juízes da execução penal poderão avaliar os estabelecimentos destinados aosregimes semiaberto e aberto,
para qualificação como adequados a tais regimes. Sãoaceitáveis estabelecimentos que não se qualifiquem como
'colônia agrícola, industrial' (regime semiaberto) ou 'casa de albergado ou estabelecimento adequado' (regime
aberto) (art. 33, § 1º, alíneas "b" e "c"). No entanto, não deverá haver alojamento conjunto de presos dos regimes
semiaberto e aberto com presos do regime fechado. 4. Havendo déficit de vagas, deverão ser determinados:
a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por
falta de vagas;
o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que progride ao regime aberto. Até que
sejam estruturadas as medidas alternativas propostas, poderá ser deferida a prisão domiciliar ao sentenciado." (RE
641320, Relator Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em 11.5.2016, DJe de 8.8.2016, comrepercussão
geral - tema 423)
Compatibilidade entre o local de custódia e o regime semiaberto
"A inexistência de argumentação apta a infirmar o julgamento monocrático conduz àmanutenção da decisão
recorrida. 2. No RE 641.320/RS, julgado de relatoria do MinistroGilmar Mendes que espelha a Súmula Vinculante 56, o
Tribunal Pleno concluiu que "os juízes da execução penal poderão avaliar os estabelecimentos destinados aos regimes
semiaberto e aberto, para qualificação como adequados a tais regimes." 3. No casoconcreto, o Tribunal de Justiça
reconheceu a compatibilidade entre o local de custódia e o regime semiaberto, conclusão que, por desafiar reexame ou
dilação probatórias, não admite rediscussão pela via reclamatória." (Rcl 25328 AgR, Relator Ministro EdsonFachin,
Primeira Turma, julgamento em 18.10.2016, DJe de 7.11.2016)
concessão de regime aberto ou domiciliar
Eventual ausência de estabelecimento adequado na comarca não autoriza a
automática concessão de regime aberto ou domiciliar. Incidência da Súmula Vinculante
56/STF, ao enunciar que “a falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a
manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar,
nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS...”. 3. Habeas corpus não
conhecido. Ordem concedida de ofício para que o Juízo da execução penal, após o
incidente de unificação das penas impostas ao paciente, observe as diretrizes fixadas
pelo Plenário do STF no RE 641.320 ena Súmula Vinculante 56
do STF. [HC 141.648, rel. min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
Roberto Barroso, 1ª T, j. 16-10- 2018, DJE 25 de 8-2-2019.]
Da Permissão de Saída –
4.1. Revogação do benefício – A lei não dispõe sobre a revogação ou suspensão dobenefício.
Condenados por crimes hediondos ou equiparados (com ou sem morte) – Nãohá vedação.
Em regra, a competência é do Diretor. No entanto, já decidiu o STF, em 31 de outubro de 2011, que caso o Diretor do
Estabelecimento negue o pedido, o preso poderá pleitear o direito ao Juízo a Execução. Vejamos:
STF – “Assim, o Paciente poderá solicitar permissão para sair, mediante escolta, diretamente ao diretor do
estabelecimento em que estiver recolhido, para que, dessa forma, possa dar continuidade ao seu tratamento médico. Na
eventualidade de ser negado o pedido, poderá pleitear o direito ao Juízo da execução e, se ainda persistir o problema,
socorrer-se dos meios judiciais cabíveis.(...)” Habeas Corpus 212.526; 31 de outubro de 2011
Toffoli autoriza encontro de Lula com familiares em razão do falecimento do irmão do ex-presidente - RCL 31965
PETA / PR
(....)
No entanto, o ministro Dias Toffoli ressaltou que a Polícia Federal (PF) manifestou-se nosentido da impossibilidade de
ser viabilizado o comparecimento de Lula ao velório devido à falta de tempo hábil para o deslocamento do ex-
presidente ao local do
sepultamento, no horário estabelecido. “Além disso, há informações da autoridade policial aportadas aos autos, em
especial aquela emanada da Diretoria de Inteligência da PF, sobre o risco quanto à segurança dos presentes e dos
agentes públicos mobilizados, mormente se levado em conta as notícias veiculadas em redes sociais sobre a convocação
de militantes para comparecerem a São Bernardo do Campo, o que corrobora as informações da inteligência policial”,
frisou o presidente do STF.
O ministro Dias Toffoli destacou que essas dificuldades não podem impedir um direito assegurado àqueles que estão
submetidos a regime de cumprimento de pena, ainda que de forma parcial, de encontrar-se com familiares em local
reservado e preestabelecido para prestar a devida solidariedade, mesmo após o sepultamento, já que não há objeção da
lei. “Até porque, prestar a assistência ao preso é um dever indeclinável do Estado (artigo 10 da Lei 7.210/1984), sendo
certo, ademais, que a
República Brasileira tem como um de seus pilares fundamentais a dignidade da
pessoahumana (artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal), como já anunciado
por esta Suprema Corte”, assinalou. (requerimento incidental (Petição/STF nº
2.697/19) Quarta-feira, 30 de janeiro de 2019)
8. Período de duração – A lei não traz expressamente, uma vez que será concedido
pelotempo necessário à concessão da medida.
§ 1º (Vetado).
Direito do Preso –
SUBSEÇÃO II
DA SAÍDA TEMPORÁRIA
Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obterautorização para saída
temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos:
I - visita à família;
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o condenado que
cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado morte. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado do Juiz da execução,ouvidos o Ministério
Público e a administração penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes requisitos:
I - comportamento adequado;
II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário, e1/4 (um quarto),
se reincidente;
Art. 124. A autorização será concedida por prazo não superior a 7 (sete) dias,podendo ser renovada
por mais 4 (quatro) vezes durante o ano
- fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado
durante o gozo do benefício; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
§ 3o Nos demais casos, as autorizações de saída somente poderão ser concedidascom prazo mínimo
de 45 (quarenta e cinco) dias de intervalo entre uma e
outra. (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
Art. 125. O benefício será automaticamente revogado quando o condenado praticar fato definido
como crime doloso, for punido por falta grave, desatender as condições impostas na autorização ou
revelar baixo grau de aproveitamento do curso.
5.1. Condenado por crime hediondo ou equiparado sem morte – tem direito.
5.2. Condenado por crime equiparado a hediondo com morte – tem direito.
5.3. Condenado por crime equiparado a hediondo sem morte – tem direito.
5.4. Condenado por crime hediondo com morte – não tem direito. É vedado! (Art. 122,
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o
condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado
morte.(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Regra:
5 saídas por ano;
Cada saída por prazo não superior (até/no máximo) a 7 (sete) dias;
Intervalo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias entre uma e outra.
Exceção:
Art. 124, §2º - Quando se tratar de frequência a curso profissionalizante, de instrução de ensino médio ou superior, o
tempo de saída será o necessário para ocumprimento das atividades discentes.
Direito à remição –
LEP – Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiabertopoderá remir, por trabalho ou por
estudo, parte do tempo de execução da pena.
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade deensino fundamental, médio, inclusive
profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias;
LEP – Art. 129, § 1º O condenado autorizado a estudar fora do estabelecimento penal deverá comprovar mensalmente,
por meio de declaração da respectiva unidadede ensino, a frequência e o aproveitamento escolar.
STJ: “Respeitado o limite anual de 35 dias, estabelecido pelo artigo 124 da LEP, é cabível a concessão de maior
número de autorizações de curta duração.” (2018)
STF – A orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal fixou-se no sentido deque “A possibilidade
de renovação periódica da saída temporária permite ao juízo das execuções penais programar,
observados os restritos limites legais, as saídas subsequentes à da concessão do benefício, a fim de
inibir eventual delonga ou até mesmo impossibilidade no usufruto da saída não vigiada.
Concretizada qualquer das hipóteses do art. 125 da LEP, a benesse será revogada e, consequentemente, fica
prejudicada a próxima saída agendada. Permanece hígido o dever atribuído à autoridade carcerária de
comunicação dos fatos relativos ao cumprimento da pena ao Juízo das Execuções Criminais, cientificando-os ao
Ministério Público” (HC 129.167, Rel. Min. Teori Zavascki).
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - “Um único ato judicial que analisa o histórico do sentenciado e
estabelece um calendário de saídas temporárias, com a expressa ressalva de que as autorizações
poderão ser revistas em casode cometimento de falta, é suficiente para fundamentar a saída mais
próximae as futuras. A decisão única permite participação suficiente do Ministério Público, que poderá falar
sobre seu cabimento e, caso alterada a situação fática, pugnar por sua revisão. 3. Ameaça concreta de lesão ao
direito do paciente. Dificuldades operacionais na Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro. Muito
provavelmente, se cada condenado tiver que solicitar cada saída, muitas serão despachadas apenas após
perderem o objeto. 4. Ordem concedida. Expedição do ofício ao Conselho Nacional de Justiça, ao Presidente do
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e à Corregedoria-Geral de Justiça do Rio de Janeiro, para que avaliem e
tomem providências quanto à situação da execução penal no Estado do Rio de Janeiro. 5. Expedição de ofício ao
Superior Tribunal de Justiça e à Procuradoria-Geral de Justiça do Rio de Janeiro, dando notícia
do julgamento” - (HC 128.763, Rel. Min. Gilmar Mendes)
“É recomendável que cada autorização de saída temporária do preso seja precedida de decisão judicial motivada.
Entretanto, se a apreciação individual do pedido estiver, por deficiência exclusiva do aparato estatal, a
interferir no direito subjetivo do apenado e no escopo ressocializador da pena, deve ser reconhecida,
excepcionalmente, a possibilidade de fixação de calendário anual de saídas temporárias por ato
judicial único, observadas as hipóteses de revogação automática do artigo 125 da LEP.”
Súmula 520 do STJ - O benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato jurisdicional
insuscetível de delegação à autoridade administrativa do estabelecimento prisional. (Súmula 520,
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 25/03/2015, DJe 06/04/2015)
Reeducando, em prisão domiciliar, pode ser autorizado a se ausentar de sua residência para frequentar culto
religioso no período noturno. (REsp 1.788.562-TO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Sexta Turma, por unanimidade,
julgado em 17/09/2019, DJe 23/09/2019
STJ: saída temporária é compatível com prisão domiciliar por falta de vagas em semiaberto
Ao apenado em regime semiaberto que preencher os requisitos objetivos e subjetivos do art. 122 e seguintes da Lei de
Execuções Penais, deve ser concedido obenefício das saídas temporárias.
Observado que o benefício da saída temporária tem como objetivo a ressocialização do preso e é concedido ao apenado
em regime mais gravoso - semiaberto -, não se justifica negar a benesse ao reeducando que se encontra em regime
menos gravoso -aberto, na modalidade de prisão domiciliar -, em razão de ausência de vagas em estabelecimento
prisional compatível com o regime semiaberto. 3. Habeas corpus concedido para restabelecer a decisão do Juízo das
execuções que deferiu o benefíciode saídas temporárias ao paciente. (HC 489.106/RS, Rel. Ministro NEFI
CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 13/08/2019, DJe 26/08/2019)
STF: A contagem do prazo do benefício de saída temporária de preso é feita em dias e não em horas.
Com base nessa orientação, a Segunda Turma denegou a ordem de “habeas corpus” em que se pretendia a
contagem de tal benesse a partir da 00h do primeiro dia. No caso, o paciente aduzia que sua liberação
apenas às doze horas do primeiro dia do benefício prejudicaria a fruição do prazo legalmente
previsto de sete dias (LEP, art. 124), porque usufruiria apenas seis dias e meio de tal direito. Assim,
considerava que asaída temporária não deveria se sujeitar à estrita forma de contagem do prazo prevista no art.
10 do Código Penal (“Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os
dias, os meses e os anos pelo calendário comum”). A Turma destacou ser indevida, na ordem
penal, a contagem do prazo em horas e, por isso, manteve o cômputo em forma de dias. Ademais, a se entender de
forma diversa, estar-se-ia colocando em risco a segurança doestabelecimento penal, bem como a organização do
sistema prisional.
HC 130883/SC, rel. Min. Dias Toffoli, 31.5.2016. (HC-130883)
Revogação do benefício –