Você está na página 1de 85

DIAGNÓSTICO PERMACULTURAL

COLETIVO APUÃ
BOTUCATU, SP
RELATÓRIO DE PROSPECÇÃO DO COLETIVO APUÃ

Este relatório pretende apontar potencialidades de uso e ocupação de um


território que foi escolhido para ser cuidado, inicialmente, por 06 e,
futuramente, por 15 famílias.
Baseado em princípios da Permacultura, buscou-se interpretar a área que tem
58 hectares para se tornar um território que integra três elementos principais:
o habitat humano, a preservação da vida, da flora e fauna silvestre e a cultura
rural. Existem, no caso, diversas áreas para o cuidado comum e outras
particulares. Em ambas as situações, mesmo que exista uso do solo, segue-se
o princípio do cuidado com a terra e a vida, uma das missões sugeridas neste
relatório.

F01
SITUAÇÃO (LOCALIZAÇÃO)

F02
ENTORNO
Dentro da zona rural, onde nas últimas décadas houve intenso uso absorção na terra e evapotranspiração das plantas e que seja
agrícola, em área ambientalmente sensível, abraçando um trecho habitat para a flora e fauna local.
da Cuesta de Botucatu, a 10km do centro da cidade e 1,5 Km da O estudo demonstra também que é possível, com baixa
Rodovia Marechal Rondon, o Coletivo Apuã encontra-se em densidade, criar espaços que podem ser utilizados como
intersecção de grande importância para proposições de uso e moradia sem degradação ambiental, respeitando os ciclos
ocupação do solo no município. naturais por meio de soluções baseadas na natureza para a
Pela proximidade com a cidade e a rodovia, é comum a presença escolha de técnicas e materiais, relações bioclimáticas, sistemas
de pessoas com o objetivo de uso do solo para diversos fins. Por com energia passiva, uso e tratamento da água.
este motivo este trabalho busca uma interpretação da área para A presença de pessoas no local que juntas tenham o propósito
compreender qual o uso mais adequado que respeite a relevância de cuidar da terra, com uma proposta de uso do solo adequado
ambiental do local. para aquele bioma, é uma garantia de proteção da área. Pela
Sendo assim, que recupere áreas onde o uso degradou o característica do entorno, sempre haverá interesse de ocupação
território, por meio da implantação de florestas e áreas de deste espaço e então que seja desenvolvida uma proposta de
produção de alimentos que prestem serviços ecossistêmicos, isto impacto postivo, isto é o que se pretende com este diagnóstico.
é, ao mesmo tempo que o alimento é produzido, as condições do
solo são melhoradas, o ciclo natural da água é respeitado com alta

F03
IMAGENS AÉREAS

2008 2011

2016 2019
F04
Córrego Matão
LEGENDA

Perímetro áreas
desmembradas
ÁREA
Divisas REMANESCENTE 2

DIMENSIONAMENTO
ÁREA
REFÚGIO PARADISO: REMANESCENTE 1
25,17ha
ÁREA DESEMEMBRADA
REFÚGIO PARADISO

SÍTIO STO ANTONIO:


33,32ha

ÁREA TOTAL= 58,49ha

ÁREA
SÍTIO SANTO ANTÔNIO

Curso d’água

LIMITES E ÁREA
DESIGN PERMACULTURAL PARA ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 SEM ESCALA 01/07/2020 F05
LEGENDA

Sol nascente

Sol poente

Trajeto solar
verão
Trajeto solar
inverno
Ventos
predominantes
Ventos fortes
Possível
tempestade

Boa ventilação
para o verão

Vista

MAPA DE SETORES _ ORIENTAÇÃO E CONDICIONANTES VISUAIS E CLIMÁTICAS


DESIGN PERMACULTURAL PARA ECOVILA EM ZONA RURAL DE BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F06
SITUAÇÃO (EXISTENTE)
A área total do Coletivo Apuã é de 58,49 hectares, dividida em pequenos animais e produção de alimentos: a face inclinada é
duas subáreas fazenda Paradiso com 25,17 ha e sitio santo voltada para o leste (insolação da manhã), a parcela com menor
Antônio com 33,32 ha. declividade no sítio recebe os nutrientes que escorrem da floresta
Fazenda Paradiso: Caracteriza-se com uma parte extensa de topo acima. Nesta parte com menor declividade, há um eixo de
de morro e em seguida o terreno começa a ganhar declividade circulação (caminho), que apesar de não ser extenso, permite um
com variações de 25% a 40% no sentido leste ou sudeste percurso a pé com pouco esforço além de ser possível outros
passando pelo front da cuesta; na divisa mais baixa está o Sítio meios como carroça, “tratorito”, moto e cavalo.
Santo Antônio. A parte sul da divisa das duas subáreas se dá por Por este motivo, neste estudo, existe uma proposta de
meio de uma estrada utilizada pelos vizinhos para acessar suas zoneamento da área produtiva do Sítio Santo Antônio, tendo como
propriedades. Já na parte norte, este encontro acontece por meio referência inicial a “Casa Mãe” (zona zero _ Z0) que será a sede de
de ampla faixa de floresta favorecendo a circulação dos animais encontros dos moradores e visitantes. As zonas são definidas pela
silvestres, a absorção da água da chuva no solo em um espaço distância e esforço necessário para trabalhar a partir da Z0 (casa
sensível, tanto por conter o front da cuesta, quanto pela sua alta mãe). Por causa da dificuldade de acesso com automóvel ao Sítio
declividade e proteção de possíveis nascentes. Santo Antônio, as áreas destinadas a moradia se localizarão,
Algumas condicionantes ambientais são favoráveis para o sítio predominantemente, na parte mais plana da fazenda Paradiso.
Santo Antônio no que se refere a moradia, estrutura para

F07
DIVISA NORTE
SITUAÇÃO (EXISTENTE)
Na divisa norte as duas áreas se encontam por meio da mata
nativa existente, fator que demonstra a importância para a vida
silvestre no local.
Na divisa sul a pouca faixa de mata existente precisa ser adensada
e alguns pontos expressivos de erosão são percebidos na área.
Dois fatores promovem as erosões:

01. Na propriedade vizinha o solo está degradado e,


consequentemente, compactado. Nesta situação a absorção de DIVISA SUL

água da chuva é baixa e por isso, grande volume de água se


direciona para a estrada e para a estreita faixa de floresta da divisa
sul;

02. Faltam bacias de retenção de água ao longo da estrada.

F08
PERFIL ESQUEMÁTICO DO TERRENO COM AS OCUPAÇÕES HOJE EXISTENTES EM ÁREA DE MAIOR USO

Cultivo adensado
de eucalipto

Mata

Galinheiro Casa
Horta
Animais

F09
PERFIL DE DECLIVIDADE _ EIXO CENTRAL SÍTIO SANTO ANTÔNIO

Perfil de declividade gerado pelo Google Earth

F10
PERFIL DE DECLIVIDADE _ EIXO CENTRAL SÍTIO SANTO ANTÔNIO

PERFIL 1 PERFIL 2

Distância: 371 metros Distância: 267 metros

Diferença de nível: 95 metros Diferença de nível: 100 metros

Declividade: 25,60% ou 14o21’ Declividade: 37,45% ou 20o31’57’’

PERFIL 4 PERFIL 3 PERFIL 4

Distância: 328 metros Distância: 275 metros

Diferença de nível: 130metros Diferença de nível: 110 metros

Declividade: 25,60% ou 21o37’14’’ Declividade: 40% ou 21o48’05’’

PERFIL 5

Distância: 145 metros

Diferença de nível: 35 metros

Declividade: 24% ou 14o21’


Mapa da declividade do Sítio Santo Antônio
fornecido pelos clientes
F11
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL _ APA CUESTA/ APA BOTUCATU
Trata-se de uma região inserida na Área de Proteção Ambiental da O manejo florestal sustentável da vegetação da Reserva Legal com
Cuesta, conhecida como APA Cuesta ou APA Botucatu. propósito comercial depende de autorização do órgão competente
Como a propriedade apresenta dimensão menor que 4 módulos e deverá atender as diretrizes e orientações de modo a não
fiscais da região*, é permitido contabilizar os 20% de Reserva Legal descaracterizar a cobertura vegetal e não prejudicar a conservação
(RL) junto à Área de Preservação Permanente (APP). da vegetação nativa da área. Em razão de sua função ambiental, as
APP’s são de utilização muito restrita. Não são intocáveis, mas
RESERVA LEGAL somente pode haver intervenção no caso de utilidade pública,
Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal, mediante interesse social ou BAIXO IMPACTO AMBIENTAL . Exemplos:
manejo sustentável, previamente aprovado pelo órgão ambiental - Nas APP’s é autorizada, exclusivamente, a continuidade das
competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em
Para isso, serão adotadas práticas de exploração seletiva nas áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008. Assim como
modalidades de manejo sustentável, sem propósito comercial para área rural consolidada;
consumo na propriedade e manejo sustentável para exploração - Exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável,
florestal com propósito comercial. comunitário e familiar, incluindo a extração de produtos florestais
Manejo florestal com propósito comercial não madeireiros, desde que não descaracterizem a cobertura
vegetal nativa existente nem prejudiquem a função ambiental da
*O módulo fiscal em Botucatu corresponde a 20ha
área; F12
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL _ APA CUESTA/ APA BOTUCATU
- Outras ações ou atividades similares, reconhecidas como De acordo com o Código Florestal, “nessas áreas é permitido
eventuais e de baixo impacto ambiental em ato do Conselho o manejo florestal sustentável e o exercício das atividades
Nacional do Meio Ambiente - CONAMA ou dos Conselhos agrossilvipastoris, fazendo-se o uso de boas práticas
Estaduais de Meio Ambiente; agropecuárias. É vedada a conversão de novas áreas, excetuadas
- A coleta de produtos não madeireiros, como sementes, as hipóteses de utilidade pública e de interesse social”.
castanhas, serapilheira e frutos, desde que de espécies não
ameaçadas e imunes ao corte, para fins de subsistência, produção Para Recuperação de Áreas Degradadas, o projeto contempla a
de mudas e recuperação de áreas degradadas, respeitada a restauração ecológica e infraestrutura do coletivo para a área de
legislação específica de acesso a recursos genéticos, bem como os atenção especial, com restaurações e compensações através de:
tratados internacionais de proteção da biodiversidade de que o - Proteção e recuperação da APP em áreas com alto índice de
Brasil é signatário; permeabilidade e existência de nascentes, olhos d`água e similares
(30,0 metros de largura de mata ciliar, a partir da margem do rio
A partir da análise da topografia, constata-se que a inclinação que faz divisa leste com a propriedade);
nesta região íngreme está entre 25% a 45%. Portanto, pode ser - Corredores ecológicos que se interconectam para manter a
considerada como Uso Restrito, sendo permitidas atividades como biodiversidade e geodiversidade, com livre trânsito da fauna local
sistemas agroflorestais, incluindo silvicultura, desde que haja para outros maciços florestais;
práticas de conservação do solo e, consequentemente, da água. - Controle do processo erosivo. F13
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL _ APA CUESTA/ APA BOTUCATU

As áreas atualmente destinadas a pastagem e cultivo de


eucalipto são áreas de uso comercial consolidado, por
isso os proprietários têm o direito de uso. Encontra-se
dentro da faixa de 250m de distância da crista da cuesta,
e com a proposta de diversificar o monocultivo em área
consolidada, visa recuperar, preservar e assegurar a
biodiversidade e a geodiversidade existente neste local.

USO RESTRITO
Áreas nas quais sua utilização sofre restrições, mas que
não são consideradas Áreas de Preservação Permanente.

F14
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL _ APA CUESTA/ APA BOTUCATU
Desta forma, o manejo de espécies exóticas será conduzido com a se desenvolvam em sistema de mutualismo.
adoção de medidas que favoreçam a regeneração de espécies Como, aparentemente, está o cultivo em geral encontra-se bem
nativas. Na área de cultivo de Eucalyptus urograndis, o manejo bifurcado, com fuste pouco espesso, o eucalipto suprimido talvez
sustentável tem potencial para fins econômicos, cabendo avaliar se não seja adequado para serraria. Avaliar se é possível extrair toras
a situação dos indivíduos arbóreos tem potencial para a realização para mourão e construções civis internas das áreas de moradia e
de cortes periódicos para fins madeireiros e de energia, também infraestrutura.
para óleos essenciais e criação de abelhas para produção de mel. A proposta do Diagnóstico Permacultural está de acordo com a Lei
Para tal, uma faixa de 100m de distância da crista da cuesta de Complementar Nº 1224/2017, referente ao Plano Diretor
espécies arbóreas nativas devem ser implantadas junto ao Participativo do Município de Botucatu. Segue os pontos em
raleamento do cultivo de eucalipto para recomposição de espécies destaque:
arbóreas no front reverso da cuesta (acima da crista) e também em Art. 19º - A Macrozona de Proteção Ambiental abrange toda a Área
uma faixa de 100m abaixo da crista da cuesta. de Proteção Ambiental Corumbataí Botucatu-Tejupá, nos limites
Orientação: ralear a área de monocultivo de eucalipto, com do território municipal de acordo com o Decreto Estadual
supressão da maioria de indivíduos, mantendo alguns que passam nº 20.960/1983, onde permanecerão definidas e válidas as
a ter função de espécies pioneiras na sucessão ecológica em diretrizes e o zoneamento ambiental do Plano de Manejo da APA
sistemas agroflorestais, dando condições para que outras espécies Corumbataí-Botucatu-Tejupá - perímetro Botucatu, conforme

F15
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL _ APA CUESTA/ APA BOTUCATU
Deliberações CONSEMA 4 e 5/2014, bem como os usos, atividades XI - Desenvolvimento de pesquisas, atividades, educacionais e
e parâmetros urbanísticos definidos por este Plano, observadas turísticas voltadas ao patrimônio histórico, cultural e arqueológico
as seguintes diretrizes: da área de preservação permanente;
I - As áreas com atrativos naturais voltados ao interesse turístico,
situadas dentro da APA-perímetro Botucatu, deverão ser objeto de XII - Valorização dos atributos socioambientais e culturais da área
estudo e plano específico para o enquadramento na condição de de preservação permanente;
Zonas Especiais de Interesse Turístico - ZEITUR, conforme Carta 3 -
Anexo 3; Art. 27º - Para delimitar a distribuição do adensamento e dos usos
do solo urbano, serão adotadas as seguintes zonas, passíveis de
II - Estímulo a diversificação do uso e ocupação do solo evitando a serem subdivididas em perímetros com diferentes restrições:
cumulatividade de impactos negativos por atividades minerárias,
agrosilvopastoris ou de parcelamento do solo para fins imobiliário VI - Zona Especial de Desenvolvimento Ecológico Econômico:
e industrial; compreende basicamente a Macrozona de Proteção Ambiental,
incluindo a faixa de 250 (duzentos e cinquenta) metros do front da
III - Busca de sustentabilidade sócio territorial, mediante o Cuesta, e as MZAH 1 e MZAH 2.
incentivo e difusão de atividades econômicas sustentáveis e
compatíveis com a proteção dos atributos da Macrozona da APA; F16
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL _ APA CUESTA/ APA BOTUCATU
Art. 73º - As Zonas Especiais de Proteção Ambiental serão
devidamente mapeadas, podendo apresentar diferentes níveis de
restrições entre si e seu uso será regulamentado por lei específica.

Parágrafo único. Fica estabelecida uma Zona Especial de Proteção


Ambiental, passível de ser subdividida em diferentes perímetros e
regulamentada em diferentes níveis de restrição, cobrindo todo o
Front da Cuesta.
Art. 162º - O Município declarará de Utilidade Pública uma faixa de
terras de 250(duzentos e cinquenta) metros de fronte da Cuesta
de Botucatu, em direção ao reverso

F17
POSSIBILIDADES DE USO E COMERCIALIZAÇÃO DO EUCALIPTO EXISTENTE

Cultivo adensado de SUPRESSÃO POSSIBILIDADES DE COMERCIALIZAÇÃO


eucalipto com idade SERRARIA ENERGIA ÓLEOS ESSENCIAIS
estimada em,
aproximadamente, 5
anos, bem ramificados,
fuste alto e fino.
Lenha

Manter poucos indivíduos


Construção civil
como espécies pioneiras Carvão vegetal
Mourões
exóticas na sucessão
Mobiliário
ecológica.

Meliponicultura
MANEJO
Restauração ECOLÓGICO
da mata nativa

F18
FACE NORTE

TOPOGRAFIA _ PERSPECTIVA 1
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F19
FACE NORTE

TOPOGRAFIA _ PERSPECTIVA 2
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F20
FACE NORDESTE

TOPOGRAFIA _ PERSPECTIVA 3
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F21
FACE LESTE

TOPOGRAFIA _ PERSPECTIVA 4
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F22
FACE SUDESTE

TOPOGRAFIA _ PERSPECTIVA 6
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F23
FACE SUL

TOPOGRAFIA _ PERSPECTIVA 5
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F24
FACE SUDESTE

TOPOGRAFIA _ PERSPECTIVA 7
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F25
EROSÕES
LEGENDA

Curvas de nível

Nascente

Crista da
cuesta

Ponto de erosão

CONDICIONANTES FÍSICAS DO LOCAL


DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F08
F26
F27
Para estacionar este processo erosivo e, posteriormente, regenerar,
é preciso primeiro conter com curvas de nível e árvores a água que
corre para este ponto e plantar bambú na parte de baixo. O bambu
criará um ponto de contenção de materia orgânica e solo.
Com o tempo, pode se colocar podas das árvores entre o bambú e o
barranco. Com isso passa-se a formar solo, fator que levará à
regeneração da área.

F28
Na divisa norte tem uma área erodida de aproximadamente
5.000 m2. Neste local será realizado reflorestamento para
estabilizar a erosão e dar continuidade ao corredor de floresta
que conecta o extremo sul da propriedade com o extremo
norte.

F29
LEGENDA
Crista da cuesta

Distância da
crista da cuesta
(Bi vai arrumar área de eucalipto)
Acesso

Acesso

Cultivo agrícola
Cultivo de eucalipto Figueira Galinheiro
A=17,11ha
Estruturas de apoio e armazém
Casa mãe
Edificações e cultivos
consolidados

Ponto de erosão

Figueira existente
_referência de
localização para
proteção do olho
d´água

SITUAÇÃO (EXISTENTE) _ MATA NATIVA, EDIFICAÇÕES, CULTIVOS, ACESSOS E PONTOS DE EROSÃO


DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F08
F30
PONTOS DE EROSÃO
CULTIVOS _ LAVOURA/HORTA

EDIFICAÇÕES EXISTENTES

ACESSOS EXISTENTES

SITUAÇÃO (EXISTENTE) _ EDIFICAÇÕES, CULTIVOS, ACESSOS E PONTOS DE EROSÃO _ FACE SUDESTE


DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F31
LEGENDA
Crista da cuesta

Distância da
crista da cuesta
Nascente

Ponto de erosão
A. aprox.: 11.000m2 =
1,1 ha
Vegetação nativa
existente
A = 79.925,76m2
=7,99ha

Vegetação nativa a
recompor
- CAR (Uso Restrito)
62.709,87m2
= 6,27ha
Vegetação nativa a
recompor ou
preencher
- mata ciliar
- corredor ecológico
A = 85.867,03m2
= 8,59ha
Monocultivo de
E. urograndis
A=11,7ha

DESIGN _ IMPLANTAÇÃO _ VEGETAÇÃO NATIVA EXISTENTE A SUBSTITUIR E ÁREAS A RECOMPOR OU PREENCHER


DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F13
F32
LEGENDA
Crista da cuesta

Distância da
crista da cuesta
Nascente

Ponto de erosão
A. aprox.: 11.000m2 =
1,1 ha
Vegetação nativa
existente
A = 79.925,76m2
=7,99ha

Vegetação nativa a
recompor
- CAR (Uso Restrito)
A = 62.709,87m2
= 6,27ha
Vegetação nativa a
recompor ou
preencher
- mata ciliar
- corredor ecológico
A = 85.867,03m2
= 8,59ha
Plano de ocupação
com diretrizes
ecológicas

DESIGN _ IMPLANTAÇÃO _ VEGETAÇÃO NATIVA EXISTENTE A SUBSTITUIR E ÁREAS A RECOMPOR OU PREENCHER


DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F13
F33
LEGENDA

Crista da
cuesta

Nascente

Bacias de
contenção de água

Contenção de
erosão

DESIGN _ IMPLANTAÇÃO _ INFRAESTRUTURA _ CONTENÇÃO DE EROSÃO, CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA E DRENAGEM


DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F13
F34
BACIA DE RETENÇÃO DE ÁGUA

CONTENÇÃO DE EROSÃO
CURVAS DE NÍVEL E BAMBÚ

DESIGN _ MODELO 3D _ INFRAESTRUTURA _ CONTENÇÃO DE EROSÃO, CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA E DRENAGEM _ FACE SUDESTE
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F35
SUBSTITUIÇÃO DO
MONOCULTIVO DE EUCALIPTO
PROVÁVEL INDICAÇÃO CONSOLIDADO POR AGROFLORESTA
DE PARTE DA CRISTA
DA CUESTA
CRISTA DA CUESTA
DOCUMENTADA

MATA NATIVA EXISTENTE

MATA NATIVA CILIAR A PREENCHER OU RECOMPOR COM


POSSIBILIDADES DE CULTIVOS EM SAF’s. EX: PALMITO JUÇARA

DESIGN _ MODELO 3D _ MATA NATIVA A RECOMPOR OU PREENCHER, INCLUINDO SIST. AGROFLORESTAIS_ FACE SUDESTE
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F36
ÁGUA

Em áreas de moradia e produção, deve-se ficar atento ao caminho Além disso, sugere-se que um poço seja construído e esta água
que a água pluvial percorre naturalmente no terreno, a partir seja utilizada para fins “nobres” como na cozinha e para beber. A
destes caminhos criar contenções para infiltração da água com do açude ou rio para irrigação e limpeza em geral.
“curvas de nível” e eventualmente pequenos açudes.

Na estrada municipal, que está na divisa sul do Sítio Santo Antônio,


sugere-se a construção de pequenas bacias de retenção de água da
chuva e pequenas lombadas para direcionar a água para estas
bacias. Sendo a manutenção de responsabilidade municipal, tais
iniciativas dependem de um acordo.

Como existem processos de erosão sendo iniciados e outros já


consolidados nesta área da divisa, o poder público precisa resolver
este problema e as pequenas bacias são uma possibilidade. Para
definir quantidade e dimensões destas bacias, é preciso calcular o
volume de água que incide sobre estes trechos da estrada em uma
chuva forte, também, o tempo de infiltração do solo.
F37
Para segurança hídrica, cada casa ou espaço construído, deverá
ter cisterna de armazenamento da água da chuva
Sugere-se portanto, buscar alternativas além das águas que
vêm da “rua” ou de nascentes com cisternas para
armazenamento de água da chuva e, eventualmente, pequenos
açudes. Somado a isso, a presença da floresta em alguns locais
atualmente ocupados com eucalipto, e a construção de canais
de infiltração (Figura), elevará o nível do lençol freático.
Como a maioria das áreas de moradia se encontra no topo do
morro, uma torre de caixa dágua central para cada conjunto de
Canal de infiltração (em curva de nível. © permaculturachuma
casas aumentará a segurança hídrica.

F38
EXEMPLOS DE BACIAS DE RETENÇÃO PARA ÁGUA DA CHUVA

© DESIGN METHODS, SELECTION, AND COST-EFFECTIVENESS OF STORMWATER

F39
Estruturas existentes ao longo da estrada municipal. Deve-se melhorar
estes sistemas de drenagem nos locais onde elas existem, criando
bacias de retenção e criar sistemas como estes na parte de baixo, local
que tem um nítido problema de impacto ambiental.
As bacias devem estar distribuÍdas ao longo da estrada para reduzir o
acúmulo de água que desce no mesmo ponto, aumentar a capacidade
de infiltração e reduzir velocidade.

F40
F41
F42
REFLORESTAMENTO EM ÁREAS DE MORADIA

A sugestão é que a divisa do terreno norte-leste(nordeste) fique A função das árvores será principalmente de proteção de uma

aberta para a entrada do sol, também é uma face que está pouco área frágil da vila. Neste local ficam poucos nutrientes depositados

sujeita a entrada de ventos fortes. Portanto, nas áreas de moradoa no solo, pouca disponibilidade de água e é onde incidem ventos

o reflorestamento pode se dar nas outras três divisas. de diversas direções. A árvore é portanto o melhor elemento em
um local com estas condições(por este motivo reflorestar o topo é
Nas divisas sudeste e leste deverá ficar o maior volume de árvores
importante), ela é um reservatório de água e nutrientes, além
para a formação de quebra vento, além de contar com árvores e
disso, suas raízes somadas a matéria orgânica em decomposição,
sombra, é neste setor que ocorre os ventos de inverno leste, sul e
ajudam a estruturar o solo e recarregar o lençol freático com
sudeste. Na face noroeste, as árvores terão também função de
infiltração de água.
quebra-vento pois é o setor que recebe as chuvas de vento no
verão. Deve-se escolher árvores que tenham a qualidade de No setor norte do terreno deve-se ter o cuidado de evitar excesso

suportar o vento. de sombreamento e por este motivo sugere-se plantar árvores


porte baixo (até 5 metros de altura como cítricos, acerola e
No topo do morro, deve-se considerar a maior presença de
cabeludinha. Além destas espécies, é possível entrar com estrado
árvores possível
mais alto quando são árvores caducifólia como o ipe rosa e uva
japonesa.

F43
REDE DE ÁGUA E ENERGIA

Para a rede de distribuição de água e energia elétrica, sugere-se Se houver algum problema na rede elétrica, é importante se
aproveitar a rua existente e a que será construída. Desta maneira, DIVISA NORTE
preparar para outras opções simples de alternativa energética

a manutenção da rede é mais fácil, ainda com esta solução, é como por exemplo geração de gás por meio de biodigestor,

possível encontrar os tubos e conduítes do conjunto. geração de energia elétrica renovável (fotovoltaica), aquecimento
de água por meio de coletores solares e/ou fogão a lenha. Com a
É comum em áreas rurais decidir cavar um buraco para plantar
abundância de lenha em Apua, é altamente recomendado o o
uma árvore e se surpreender com a presença de um cano que
desenvolvimento destes fogões que além das atividades de cozinha
muitas vezes aparece quando já foi cortado pela cavadeira. Isso podem aquecer a casa e esquentar água armazenada no boiler.
acontece quando não existe uma regra para as instalações
elétricas e hidráulicas. Neste sentido, utilizar a rua para isso, se
torna uma regra que todos saberão.

Para a rede de água, deve-se colocar um registro a cada 50


metros. No caso de ocorrência de vazamento, é mais fácil de
encontrar o ponto em que ele está acontecendo.

F44
SANEAMENTO

Para águas escuras, sugere-se um tratamento individual por meio Já a água cinza (chuveiro, pia, maquina de lavar) poderão ser
de um sistema biológico de tratamento de efluentes com construídos sistemas de limpeza da água por meio de “zona de
Vermifiltro ou BET (Bacia de Evapotranspiração). raízes”, ou seja, ’tanques impermeáveis plantados. A água cinza
O Vermifiltro é um Sistema de instalação simples e de baixo custo, passa pela raiz destas plantas e pela ação de microorganismos
muito apropriado quando existe caida no terreno para não ter a que “vivem” nas raízes. Após a passagem pela zona de raízes a
necessidade de aprofundar o Sistema (facilitando instalação e água fica adequada para reuso ou infiltração no solo.
manutenção), Em geral, uma vez por ano é preciso retirar o Como a área de moradia é grande, o uso de circulo de
composto produzido pelas minhocas. A água que sai do Sistema bananeiras para infiltrar água cinza também é recomendado, no
serve como um ótimo biofertilizante para árvores e lavoura, ela caso da saida de água da pia da cozinha, é importante ter uma
não deve ser utilizada na horta. caixa de gordura antes de qualquer Sistema de tratamento
A segunda opção seria a Bacia de Evapotranspiração (BET) biológico

F45
© DATERRA PERMACULTURA
F46
TRATAMENTO DE ÁGUA

ZONA DE RAIZES VERMIFILTRO

F47
Vermifiltro

@SEM_MUROS

F48
Bacia de Evapotranspiração

FONTE: WWW.SETELOMBAS.COM.BR
F49
FONTE: ECOEFICIENTES.COM.BR
F50
ZONEAMENTO CASA MÃE E MORADIAS
• Posição relativa de acordo com a frequência de
manutenção e uso
Desde a chegada dos novos proprietários do Coletivo Apuã, existe
uma casa que serve como base de encontro e dormitório.
Pretende-se manter este uso e fortalecer ainda mais a vocação da
casa de acolher. Neste sentido demos o nome a ela de Casa Mãe.
A área ao redor da casa tem bastante vocação de cultivo e criação
de pequenos animais. Com a presença constante de pessoas e
esta qualidade produtiva, deve-se criar visualização de um
zonemaento que orientará o grupo na tomada de decisões sobre
o que plantar ou criar. De acordo com esta proposta, o
zoneamento é definido por esforço o que significa que na zona 01
e 02 devem estar os elementos que demandam maior atenção e
no sentido da zona 04 já entram aqueles que não precisam de
cuidados constants, mas esporádicos.

F51
N
F52
Z2

Z1
Z0 Z3
Z4

F53
Z1 - Perto da casa, mais controlada e utilizada: Z3 – Culturas perenes e formação de pomares

Jardins comestíveis, sementeiras, estufas e viveiros, combustíveis Sistema agroflorestal com predominância em frutas de porte

para a casa (gás, madeira, compostos). Para o plantio nos jardins, médio e árvores maiores de castanha e lenha (Noz Pecã, Castanha

priorizar ervas para dar suporte a cozinha e hortaliças exigentes Japonesa, Angico, cedro, ipê rosa….). Para conter o vento

de cuidado com alface, rúcula entre outras. leste/sudeste é importânte aparecerem faixas de quebra-ventos
com moitas e arvoredos, armazenamento de água no solo e

Z2 – cultivos intensivos intensivamente: açudes,

Espécies – agroflorestal com predominância em lavoura e árvores Começa a aparecer pastagens para animais maiores, armazem de

baixas. Pomares mistos e de pequenas frutas, quebra-vento forragem e abrigo de campo.

poucas árvores maiores com uma camada complexa de ervas e


plantas baixas, especialmente, as pequenas frutas (ex amoras Z4 – extrativismo e visitas de longas caminhadas

silvestres, parreira....) coleta de alimentos resistentes (palmito, coquinhos, açaí,

Galinhas e outras aves domésticas, castanhas), árvores não-podadas, Algumas áreas de pastagem

Uma área para uma vaca de leite e poucos cavalos pode ser entre as árvores, presença d vida selvagem, trilhas ecológicas e

cercada a partir da próxima zona. Portanto, sugere-se que a área agroflorestal com predominância em árvores de grande porte.

de cocheira atual poderá ser mantida.

F54
LEGENDA

Zona 0

Zona 1

Zona 2

Zona 3

Zona 4

DESIGN PERMACULTURAL _ IMPLANTAÇÃO _ ZONEAMENTO PERMACULTURAL


DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F15
F55
LEGENDA

Uso consolidado 1
Cultivos agrícolas e
sist. agroflorestais
A = 101.298,85m2
= 10,12ha

Uso consolidado 2
Edific. existentes
consolidadas,
cultivos de espécies
arbóreas e criação
animal (silvipastoril)
A = 178.703,65m2
= 17,87ha

DESIGN _ IMPLANTAÇÃO _ USO CONSOLIDADO _ ÁREAS PARA CULTIVOS AGRÍCOLAS, FLORESTAIS E CRIAÇÃO ANIMAL
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F13
F56
SISTEMA SILVIPASTORIL
CRIAÇÃO ANIMAL EM MEIO AO CULTIVO DE EUCALIPTO SISTEMA AGROFLORESTAL
RALEAMENTO DO CULTIVO DE EUCALIPTO
ESPÉCIE PIONEIRA

LAVOURA/HORTA

BOSQUE
CASTANHAS EM MEIO
A ESPÉCIES NATIVAS
SISTEMA AGROSSILVIPASTORIL
CRIAÇÃO ANIMAL EM MEIO A CULTIVOS
AGRÍCOLAS DE BAIXA MANUTENÇÃO,
CULTIVO DE FRUTÍFERAS E CASTANHAS

SISTEMA AGROFLORESTAL

DESIGN _ MODELO 3D _ USO CONSOLIDADO USO CONSOLIDADO _ CULTIVOS AGRÍCOLAS, FLORESTAIS, AGROFLORESTAIS E CRIAÇÃO
ANIMAL_ PERSPECTIVA 7
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F57
LEGENDA

Novo acesso

Novo acesso

Ärea de moradia
A=45.201,55m2
= 4,52ha

Área de
convivência
A=10.007,09m2
= 1ha
Comércio e
estacionamento
A=2.568,91m2

DESIGN _ IMPLANTAÇÃO _ ÁREA PARA MORADIA, CONVIVÊNCIA, COMERCIALIZAÇÃO E NOVOS ACESSOS


DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F13
F58
ÁREAS DESTINADAS A
COMERCIAL NOVOS CAMINHOS
ESTACIONAMENTO MORADIAS

ÁREAS DE
CONVIVÊNCIA

DESIGN _ MODELO 3D _ ÁREAS PARA MORADIA, CONVIVÊNCIA, COMERCIALIZAÇÃO E NOVOS ACESSOS _ PERSPECTIVA 7
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F59
LEGENDA
Crista da cuesta
Nascente

Bacias de
contenção de água
Contenção de
erosão
Acesso Acesso

Veg. nativa existente


79.925,76m2 =7,99ha

Veg. nativa a recompor -


CAR
2
62.709,87m = 6,27ha
Veg. nativa a recompor
ou preencher - mata
ciliar e cor. ecológico
85.867,03m2 = 8,59ha
Uso consolidado 1
101.298,85m2
= 10,12ha
Uso consolidado 2
178.703,65m2
= 17,87ha
Moradia
45.201,55m2 = 4,52ha
Área de convivência
10.007,09m2 = 1ha
Comércio e estacion.
2.568,91m2
DESIGN PERMACULTURAL _ IMPLANTAÇÃO _ COM DIFERENCIAÇÃO DO USO CONSOLIDADO
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F15
F60
LEGENDA
Crista da cuesta
Nascente

Bacias de
contenção de água
Contenção de
erosão
Acesso Acesso

Veg. nativa existente


79.925,76m2 =7,99ha

Veg. nativa a recompor


- CAR
2
62.709,87m = 6,27ha
Veg. nativa a recompor
ou preencher - mata
ciliar e cor. ecológico
85.867,03m2 = 8,59ha
Uso
consolidado/produção
280.002,5m2 = 28ha
Área destinada a
moradia
53.119,92m2 = 5,31ha

Área de convivência
3.862,02m2

Comércio e estacion.
2.568,91m2

DESIGN PERMACULTURAL _ IMPLANTAÇÃO GERAL


DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F15
F61
LEGENDA
Crista da cuesta
Nascente

Bacias de
contenção de água
Contenção de
erosão
Acesso Acesso

Veg. nativa existente


79.925,76m2 =7,99ha

Veg. nativa a recompor -


CAR
2
62.709,87m = 6,27ha
Veg. nativa a recompor
ou preencher - mata
ciliar e cor. ecológico
85.867,03m2 = 8,59ha
Uso
consolidado/produção
280.002,5m2 = 28ha
Área destinada a
moradia
53.119,92m2 = 5,31ha

Área de convivência
3.862,02m2

Comércio e estacion.
2.568,91m2

DESIGN PERMACULTURAL COM PROJEÇÃO DA ÁREA ATUAL ESTIMADA DE EUCALIPTO A SER REALEADA PARA SISTEMA AGROFLORESTAL
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F15
F62
DESIGN PERMACULTURAL_ MODELO 3D _ PERSPECTIVA 7
DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F63
ÁREAS PARA MORADIAS

As vantagens da área escolhida pelo grupo áreas de moradias são Portanto, entre as divisas leste e sul das moradias, a escolha de
acesso e facilidade para construir (por causa da baixa declividade e espécies arbóreas deve ter o critério de formar densidade, ou seja,
chegada de materiais de construção), no entanto, por ser no topo presença de folhas e galhos no estrato baixo, médio e alto.
de morro, algumas condicionantes ambientais não são favoráveis • Nas aberturas das casas deve-se evitar os Ventos fortes que
para moradia e produção de alimentos: ventos de inverno e verão, trazem chuva no verão Oeste/Noroeste; Não plantar árvore
menor umidade e baixa disponibilidade de nutrientes. Deve-se ter alta próximo a moradia neste setor.
atenção a estes fatores para reduzir ou superar este impacto, neste • O topo de morro tem pouca umidade e dificuldade de acesso a
sentido seguem algumas sugestões para a implantação das água. Para melhorar a presença de umidade, todos os caminhos
moradias: e áreas coletivas deverão ser bem arborizados, o topo mais alto
da área de moradia. A criação de pequenas lagoas como a
• Plantar nas divisas sul, leste e sudeste Quebra ventos.
indicada na praça da área coletiva é também uma boa opção
Os Ventos de inverno Leste/Sul trazem frio e chegam com
para aumentar a umidade do topo e ainda conter água para
intensidade, como a cuesta forma um front bem aberto ao leste-
melhorar o solo que está abaixo.
sudeste, neste setor, deve-se criar barreiras de “quebra vento” para
reduzir a sua intensidade.

F64
RUAS E CAMINHOS
Com o critério de evitar ao máximo alta declividade, foi definida a
rua para os automóveis. DIVISA NORTE
Ela passa por todos as moradias e se integra aos caminhos de
circulação de pedestres e bicicletas. Com esta integração é possível
fazer sem automóvel, pequenos, médios e longos percursos de
caminhada, contemplação e visita aos vizinhos. Por ser um local de
fácil acesso e para desfrutar, sugere-se o plantio de frutíferas com
predominância em nativas ao longo da rua e dos caminhos.

Ao longo da rua, como sugestão para evitar erosão, foram


indicados pontos de dispersão e infiltração da água da chuva. Para
isso, a água que corre pela rua deve ser direcionada a espaços
como pequenas bacias de retenção, jardins de chuva e curva de
nível.

Este relatório pretende apontar potencialidades e não definir


tecnicamente as soluções. Para o dimensionamento e definição de
que elementos deve-se instalar, será preciso realizar estudos mais
aprofundados.
F65
MATERIAIS

É notável a presença de pedras na parte do sítio Santo Antônio, de seiva com octoborato (diluição de 5% de borax mais ácido
fator que por um lado dificulta a movimentação de terra para fazer bórico em água), é possível que existam outras formas de tratar
a fundação de uma casa e por outro é um material que pode servir esta madeira sem comprometer a saúde.
no embasamento e nas paredes das construções. Com qualidade Como não existem evidências do tempo que o Eucalipto
estética, a pedra é um material adequado para o clima de encontrado na fazenda Paradiso pode durar com este tipo de
Botucatu, fresca no verão e retarda a perda de calor interno no tratamento “natural”, a sugestão é que sejam utilizados para a
inverno. construção de galpões, abrigo de carro e animais.
Na parte de cima, a característica do solo demonstra que No entando, é possível que com manutenção regular e um bom
construções em terra crua podem ser uma boa opção que projeto de arquitetura, por exemplo grandes beirais que protegem
também é favorável ao clima de Botucatu pelos mesmos motivos a estrutura do sol e da chuva, este material tenha bastante
da pedra, e além disso pela capacidade que a terra tem de durabilidade, mas só ao longo do tempo e uso deste material que
armazenar calor. A terra é também um material que promove boa isso poderá ser percebido, portanto, para pequenas estruturas,
qualidade do ar na área interna da casa. vale o teste.
Alguns eucaliptos do local, conforme abordado nas reuniões do
grupo, poderão ser tratados sem o uso de produto tóxico por troca

F66
EXEMPLOS_POSSIBILIDADES:

Esta casa foi construída no município de Monteiro Lobato,


SP em uma área montanhosa com. As aberturas principais
foram direcionadas para o Leste, Norte e Nordeste.

Dsde a fundação, todo o embasamento, até os primeiros 40


cm em relação ao nível do solo da casa foi feito com pedra e
depois ela segue em alvenaria.

O beiral é bastante prolongado para proteger do excess de


sol, chuva e ainda server como uma varanda.

.
Sem Muros Arquitetura Integrada
F67
F68
Capela Negrinho do Pastoreio/ Santa Rita do Passa Quatro/SP
Henrique Pinheiro – Sem Muros Arquitetura Integrada
F69
Detalhes Capela/ Santa Rita do Passa Quatro/SP
F70
Paredes de blocos de solo-cimento e técnica de terra crua conhecia como “Super Adobe”. Cobertura em Bambu.
Residência na Ecovila Clareando, Piracaia, SP – Tomaz Lotufo - Sem Muros Arquitetura Integrada

F71
F72
F73
Exemplo com tijolo de adobe (terra crua) e pedra.
Residência Ecovila Santa Branca – Teresópolis de Goias / Henrique Pinheiro – Sem Muros Arquitetura Integrada

F74
Parede de taipa de pilão”. Cobertura com tijolo de demolição
Residência na Demetria, Botucatu, SP – Tomaz Lotufo - Sem Muros Arquitetura Integrada

F75
RESIDÊNCIA DAVID HOLMGREN

O uso de aberturas por cima para que a casa toda receba insolação do sol de inverno (norte) é uma ótima opção como neste exemplo.

Inclinação solar Norte

F76
RESIDÊNCIA DAVID HOLMGREN

A parede interna que recebe a insolação de inverno pela abertura da coberturafoi feita de tijolo de adobe
(terra crua). Este material armazena o calor durante o dia e libera para o ambiente durante a noite. F77
INCLINAÇÃO SOLAR NO INVERNO E NO VERÃO

F78
No topo do morro, pode-se construir uma grande
caixa dágua/mirante com vista 360 graus.

Nas partes inclinadas, as casas poderão ganhar altura


se forem construídos com palafitas e tiverem acesso
por uma “ponte” (exemplo na foto).

Exemplo de implantação com palafita e “ponte” de acesso..


20k House – Rural Studio

F79
Casa implantada em terreno com declividade com torre de caixa dágua no ponto mais alto, armazenamento de água (cisterna) e alimentos no porão.
Estufa e viveiro para aquecimento e resfriamento passivo.

F80
DISTRIBUIÇÃO DOS ESPAÇOS

Quartos e área social: devem ter abertura para o norte e/ou Lavanderia: pode acontecer que este espaço apresente dois usos:
nordeste para que tenham boa insolação e ventilação, ao leste - limpeza de roupa, panos etc, assim como limpeza de quem está
funciona bem para iluminação mas deve-se tomar cuidado com os trabalhando no campo. Por este motivo, pode-se pensar na
ventos que vêm da cuesta, não devem ser feitas aberturas para o instalação de dois tanques, sendo um mais limpo para as roupas, e
noroeste por causa da chuva de vento no verão. A face norte é a outro que ficará mais sujo por causa do barro. Localizar este espaço
melhor para paredes com boa capacidade de acumular calor como pensando em um acesso fácil para quem está trabalhando no
de tijolo queimado ou de terra crua, para que o sol do dia seja campo.
acumulado na parede aquecendo levemente o quarto durante a Cozinha: deve ter abertura para fora e estar muito próxima da área
noite (durante o inverno), a parede deve ter no mínimo 20 cm. de produção de alimentos para que durante o preparo da comida
seja fácil colher algo que esteja precisando. Plantar ervas ao lado
da porta. A cozinha pode ser localizada na face sul, que é a mais
fria no inverno, isso porque neste espaço é constantemente
aquecido o alimento, este calor compensa o frio da face sul, o que
não ocorreria em outros espaço.

F81
Além de aquecer a casa, um fogão a lenha pode ter multiplas funções

F82
A face mais fria da casa pode ser aproveitada para o armazenamento
de alimentos frescos fermentados, laticínios e defumados.

F83
De longe um corpo, um mosaico verde com diversas tonalidades.
De perto a vida se movimenta.
Nos detalhes o cuidado.
É o organismo no organismo, no organismo …

DESIGN PERMACULTURAL_ MODELO 3D _ PERSPECTIVA 7


DESIGN PERMACULTURAL ESPAÇO COLETIVO NA ZONA RURAL DE
BOTUCATU R00 ESCALA GRÁFICA 01/07/2020 F84

Você também pode gostar