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UNIVERSIDADE TÉCNICA DO ATLÂNTICO

INSTITUTO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS DO MAR


Disciplina de Análise de Circuitos

3. Técnicas de Análise de Circuitos


Neste capítulo vai-se analisar circuitos com mais de dois nós através de duas técnicas intituladas
de análise nodal e de análise de malha (ou laço).

A análise nodal consiste na aplicação da LKC para determinar as tensões nos nós, enquanto que
na análise malha é aplicada a LKT com a finalidade de obter as correntes nas malhas.

3.1. Análise Nodal


Na análise nodal um nó escolhido para ser referência em relação aos outros nós. Normalmente
o nó selecionado é aquele onde se encontra ligado o maior número de elementos de um circuito
e ele é chamado de terra. Porque é sabido estar a um potencial nulo de terra, e às vezes
representa o chassi ou a linha de terra em um circuito prático. As tensões nos outros nós serão
consideradas todas positivas em relação ao nó de referência. Se uma tensão nodal for negativa
os cálculos derivados da análise revelará isso.

Suponhamos por um momento que conhecemos todas as tensões nos nós de um dado circuito.
Cada elemento resistivo no circuito está conectado entre dois nós, um dos quais pode ser o nó
de referência. Portanto a tensão sobre cada elemento é conhecida. Logo, com referência à Fig.
3.1, podemos usar a lei de ohm, que é
𝑉𝑚 −𝑉𝑛
𝑖=
𝑅
(3.1) necessário para calcular a corrente em qualquer elemento resistivo. Deste modo
podemos calcular todas as tensões e todas as correntes em um circuito.

Figura 3.1 – Ilustração da lei de uma rede de múltiplos nós

Em uma rede de N nós, incluindo o nó de referência, o número de equações lineares


necessárias para determinar as tensões nos N – 1 nós é igual a N – 1.

Para exemplificar vai-se obter as equações lineares correspondentes a Fig. 3.2 onde se observa
3 nós, incluindo o nó de referência ou terra, e as incógnitas v1 e v2.

Aplicando a LKC no nó 1 (a soma das correntes que deixam o nó 1 é nulo), tem-se

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ou

que de forma ordenada vem

ou ainda, em termos de condutâncias (inverso de resistências)

Figura 3.2 – Circuito de três nós

No nó 2, a LKC para as correntes que deixam o nó 2 é

que em termos de tensões é

que de forma ordenada é dada por

ou em condutâncias

Portando, as duas equações que determinam as tensões nos dois nós são

(3.2)

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As Equações 3.2 podem ser solucionadas a partir do método de eliminação de Gaussiana ou


outro método envolvendo matrizes. Na forma matricial o sistema de Equações 3.2 pode ser
escrito como sendo

𝐴. 𝑣 = 𝑖 (3.3)

onde

(3.4)

Geralmente a Equação 3.3 é solucionada usando a inversa da matriz A, A-1, ou seja

𝑣 = 𝐴−1 . 𝑖 (3.5)

Como regra geral, métodos matriciais usados em conjunto com um computador digital são
extremamente úteis em análise de circuitos. Para entender os métodos de solução de equações
lineares acima citados, nomeadamente a eliminação gaussiana e método matricial, pode-se
consultar o Apêndice A presente no fim deste documento.

Analisando a matriz 𝐴 conclui-se que os elementos da diagonal principal (a11 e a22, …, ann) são
todos positivos e correspondem a soma das condutâncias ligadas nó em estudo, enquanto que
os restantes elementos são negativos e correspondem as condutâncias individuais de
interligação a outros nós. Observando a Fig. 3.2 e a Equação 3.4 pode-se facilmente
compreender a escrita direta e organizada de todas as equações. Existindo fontes de correntes
deve-se atribuir na matriz de corrente sentidos positivos se elas estiverem entrando nos nós,
caso contrário os sinais tornam-se negativos.

Resumindo a análise nodal usa a LKC, conjuntamente com a lei de ohm para obter as N – 1
tensões de um circuito elétrico, mas antes é necessário definir o sentido das correntes nos
diferentes elementos do circuito e escrever as expressões de corrente, envolvendo tensões e
resistências, de acordo com os sentidos pré-estabelecidos.

Exemplo 3.1

Supondo que a rede mostrada na Fig. 3.2 tenha os seguintes parâmetros: 𝑅1 = 𝑅4 = 0,5 Ω e
𝑅2 = 𝑅3 = 1 Ω e 𝐼1 = 11 𝐴. Então. A Equação 3.2 torna-se

4𝑉1 − 𝑉2 = 0
−𝑉1 + 3𝑉2 = 11

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Onde, usando a eliminação gaussiana, se obteve as duas tensões

4𝑉1 − 𝑉2 = 0
𝑉2
− + 3𝑉2 = 11 ⇔ 𝑉2 = 4 𝑉
4

Logo, substituindo esse valor de 𝑉2 em 𝑉1 se obtém


𝑉2
𝑉1 = =1𝑉
4
Enquanto que por via matricial, e de acordo com a Equações 3.3 e 3.5, tem-se

e portanto,

𝑉 4 −1 −1 0
[ 1] = [ ] [ ]
𝑉2 −1 3 11
Para calcular a matriz inversa de 𝐴, precisamos da matriz adjunta e do determinante. Deste
modo teremos a adjunta

e o determinante

Posteriormente, dividindo a transposta da 𝐴𝑑𝑗𝐴 pelo determinante de 𝐴, se obtem

do qual se tira 𝑉1 = 1 𝑉 𝑒 𝑉2 = 4 𝑉

depois de ser conhecido os valores das tensões nos nós, fica fácil obter os valores das
correntes através da lei de ohm:

Note que I3 positivo indica que esta corrente tem realmente o sentido que lhe foi antes
atribuído.

Por outro lado, acorrente I4 é dada por

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Examinando agora o circuito da Fig. 3.3 e aplicando a LKC se obtém o seguinte sistema de
equações

Nó 1: 𝒊𝟏 −𝒊𝑨 + 𝒊𝟐 − 𝒊𝟑 = 0

Nó 2: −𝒊𝟐 + 𝒊𝟒 − 𝒊𝟓 = 𝟎

Nó 3: 𝒊𝟑 + 𝒊𝟓 + 𝒊𝒃 = 𝟎

e na forma matricial

Exemplo 3.2

Supondo que o circuito mostrado na Fig. 3.3 possui os seguintes parâmetros, determine as
tensões nos nós.

Figura 3.3

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Calculando as condutâncias temos

Se obtém as equações na forma matricial

e portanto

e os co – fatores que fazem parte da matriz adjunta são

e os restantes já calculados são

O determinante da matriz 𝐴

|𝐴| = 48

Logo,

Ou seja
𝑉1 1,104
[𝑉2 ] = [0,792]
𝑉3 0,563

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Quanto as correntes temos

A corrente negativa de 𝐼3 significa que o seu sentido real é o inverso.

Exemplo 3.3

Escreve, diretamente da Fig. 3.3 as Equações na forma matricial 𝐴. 𝑣 = 𝑖.

Figura 3.3

Obseve que a matriz é simétrica, ou seja os elementos acima e a abaixo da diagonal principal
são iguais ( exemplos: a21 = a12, a31 = a13, a24 = a42, etc) e as condutância nulas significam
inexistência de condutâncias entre tais nós (exemplo: a13 = a31 = 0, a14 = a41 = 0, etc).

Equações Nodais para Circuitos contendo Fontes Independentes de Tensão


No caso de existir fontes independentes de tensão, estes serão consideradas como nós grandes
(supernós) donde se obseva correntes entrando ou saíndo do mesmo. Além disso deve-se retirar
as relações possíveis entre as tensões dos nós. Para exemplificar temos a Fig. 3.4 onde pode-se
retirar as seguintes relações

𝑣𝐴 = 𝑣1 , 𝑣𝐴 − 𝑣𝐵 = 𝑣2 ⇒ 𝑣1 − 𝑣𝐵 = 𝑣2 ⇒ 𝑣𝐵 = 𝑣1 − 𝑣2 (3.6)

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Figura 3.4

Neste caso, obteve-se as tensões dos nós diretamente das relações anteriores pelo que as
correntes ficaram fáceis de calcular, ou seja

A Fig. 3.5 é um caso onde além de relações entre tensões se pode aplicar o conceito de
supernó. Assim, conhecendo 𝑉𝑠 tem-se

𝑉1 − 𝑉2 = 𝑉𝑠 ⇒ 𝑉1 = 𝑉𝑠 + 𝑉2 (3.7)

e existindo N = 2 nós, se escreve N – 1 equações de correntes nos nós como sendo


𝑉1 𝑉2 𝑉𝑠 + 𝑉2 𝑉2
+ = 𝐼𝐴 − 𝐼𝐵 ⇒ + = 𝐼𝐴 − 𝐼𝐵
𝑅1 𝑅2 𝑅1 𝑅2
(3.8)

da expressão acima se obtem 𝑉2 , pois as correntes das fontes 𝐼𝐴 𝑒 𝐼𝐵 são conhecidas.

Figura 3.5

Considerando agora o circuito da Fig. 3.6 se observa que

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𝑣𝐷 = 𝑉2 e 𝑣𝐴 − 𝑣𝐶 = 𝑣1 (3.9)

alem disso o circuito tem três nós, o nó B e os supernós SN1 e SN2, logo é possível escrever
mais duas equações, um correspondente ao nó B e outro ao supernó SN1. Assim se tem para
os dois nós

(𝑉𝐵 − 𝑉𝐴 )𝐺1 + 𝑉𝐵 𝐺3 + (𝑉𝐵 − 𝑉𝐷 )𝐺4 = 0


(𝑉𝐴 − 𝑉𝐵 )𝐺1 + 𝑉𝐴 𝐺2 + 𝑉𝑐 𝐺5 + (𝑉𝐶 − 𝑉𝐷 )𝐺6 = 0

que de forma ordenada vem

−𝑉𝐴 𝐺1 + 𝑉𝐵 (𝐺1 + 𝐺2 + 𝐺3 ) − 𝑉𝐷 𝐺4 = 0 (3.10)

𝑉𝐴 (𝐺1 + 𝐺2 ) − 𝑉𝐵 𝐺1 + 𝑉𝐶 (𝐺5 + 𝐺6 ) − 𝑉𝐷 𝐺6 = 0

Figura 3.6 – Circuito ilustrando supernós

Exemplo 3.4

Determinar a corrente 𝐼𝑜 no circuito da Fig. 3.7ª.

Aplicando os conhecimentos acima referenciados teremos:

𝑉2 = 6 𝑉, 𝑉4 = 12 𝑉 𝑒 𝑉1 = 𝑉3 + 12
e sabendo que as fontes de 6 𝑉 e 12 𝑉, e nó de referência formam todos um supernó preopa-
se apenas em escrever apenas a equação derivada do supernó assinalado na Fig. 7b. Logo

6
6 − −3
7
ou seja 𝑉3 = 𝑉 e 𝐼𝑜 = = 𝑚𝐴
7 2 7

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Figura 3.7

Ainda, para completar o conceito de supernó, na Fig. 3.8 temos outro caso de supernó
constituida pelo ponto 𝐴 e a resistência 𝑅5 . Esta combinação é considerada um supernó
porque a corrente e a tensão na resistência 𝑅5 e conhecida.

Figura 3.8 – Supernó formado entre o ponto 𝐴 e a resistência 𝑅5

Equações Nodais para Circuitos Contendo Fontes Dependentes de Tensão


Este tipo de circuitos, com fontes dependentes (ou controladas), são tratados da mesma
maneira que os desdritos anteriormente. Existe, no entanto, uma importante diferença na
forma das equações resultantes: a presença de uma fonte dependente pode destruir a simetria
das equações nodais que definem o circuito.

Considerando o circuito da Fig. 3.10 pode-se, facilmente notar que

𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 e 𝑣𝐴 = 𝑣2 − 𝑣3

enquanto que nos nós 1, 2 e 3 temos as seguintes equações

𝑣4 = 𝑣𝐵
𝑣1 (𝐺1 + 𝐺3 ) − 𝑣2 𝐺1 − 𝑣4 𝐺3 = 𝑖𝐴
−𝑣1 𝐺1 + 𝑣2 (𝐺1 + 𝐺2 ) − 𝑣3 𝐺2 = −𝑖𝐴 − 3(𝑣2 − 𝑣3 )
−𝑣2 𝐺2 + 𝑣3 (𝐺2 + 𝐺4 ) = 𝑖𝐵

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Figura 3.9 – Circuito contento fonte de corrente controlada por tensão

Exemplo 3.5

Dados sos seguintes parâmetros para o circuito da Fig. 3.9, determine as tensões nodais.

Entrando com esses dados nas equações anteriores se obtem

Co-fatores da matriz 𝐴

A solução matricial vem da divisão da 𝐴𝑑𝑗𝐴 pelo seu determnante |𝐴| = 9, ou seja

ou

Considerando agora o circuito mostrado na Fig. 3.10, com uma fonte de tensão dependente,
se escreve as seguintes equações nodais

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Substituido 𝑣2 na primeira e terceira equação e reorganizando-os teremos

Figura 3.10 – Circuito com fonte de tensão dependente de corrente

Exemplo 3.6

Com os parâmetros que seguites determine os valores das tensões nodais da Fig. 3.10.

Solução do exemplo 3.6:

Substituindo tais valores nas equações desenvolvidas anteriormente temos

ou

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e portanto

Quanto a tensão 𝑉2 , temos

ou

Teste de Conhecimentos – Análise Nodal

Para certificar que entendeu a análise nódal resolva os seguintes exercicios:

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3.2. Análise de Malha


Na análise nodal, os parâmetros desconhecidos são as tensões nodais, e a LKC é utilizada para
determiná-las. Entretanto, na análise de malha a emprega-se a LKT para determinar as correntes
do circuito. Uma vez conhecida as correntes, ale de Ohm pode ser usada para calcular as
tensões. Na análise de malha o número de equações N que se pode escrever a partir de um
circuito é igual ao número de Malhas ou laços N.

Para iniciar, consideremos o circuito da Fig. 3.11. No mesmo pode-se identificar duas malhas, A-
B-E-F-A e B-C-D-E-B e duas correntes, 𝑖1 e 𝑖2 , designadas de correntes de malha ou laço, que
podem ser usadas para determinar as correntes em cada um dos elementos do circuito.

Figura 3.11 – Circuito com duas malhas

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Da Fig. 3.11 conclui-se que o único elemento onde a corrente não igual a corrente da respetiva
malha é o 𝑅3 , ou seja 𝐼3 = 𝑖1 − 𝑖2 .

Quanto aos sinais a atribuir as resistências, podem ser positivas do lado da entrada da respetiva
corrente de malha. No caso da resistência entre os pontos B-E, ela é tem o sinal indicado na Fig.
3.11 para a corrente de malha 𝑖1 . Para a escrita da LKT correspondente a malha 2 o sinal positivo
de 𝑅3 será trocado por negativo.

Escrevendo as LKTs para as duas malhas teremos

ou, de forma ordenada

Ou, em forma matricial

Notar que na Fig. 3.11 temos um caso que destimgue diferenças entre um laço e uma malha.
Os caminhos A-B-E-F-A e B-C-D-E-B são malhas, enquanto o caminho A-B-C-D-E-F-A é um laço.
A diferença é que uma malha é uma espécie de laço que não contém quaisquer outros laços
dentro de sí.

Quando num circuito exite fontes de correntes, uma forma de escrever a LKT é aplicando o
conceito de laço, visto não se poder passar por fontes de correntes.

Exemplo 3.7

Se o circuito da Fig. 3.11 possuir os seguintes parâmetros, determine as correntes de malha.

Para a solução temos

ou

Considerando agora a Fig. 3.12, temos nas malhas 1, 2 e 3

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Figura 3.12

ou de forma ordenada

ou, ainda matricialmente

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Figura 3.12

Exemplo 3.8

Determine os parâmetros para a rede mostrada na Fig. 3.12, determine as seguintes de malha

Para a solução matricial temos

ou seja, dando todos os passos intermediários temos

Exemplo 3.9

Escreve as equações de malha para o circuito da 3.13

Solução do exemplo 3.9:

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Figura 3.13

Equações de malha para Circuitos com Fontes Independentes de Corrente


Marcando as correntes nas malhas 1 e 2 se obtém

𝑖1 = 𝑖𝐴
e aplicando a LKT na malha 2, temos

ou, com a substituição de 𝑖1 por 𝑖𝐴 temos

Figuras 3.14

Quanto as tensões da Fig. 3.14, temos

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Analisando agora a Fig. 3.15, podemos escrever as seguintes equações

𝐼𝐴 = 𝐼3 − 𝐼2

Figura 3.15

e através da malha 1 e do laço formado pelos elementos 𝑅3 , 𝑅4 , 𝑉2 e 𝑅2 temos

Quanto a tensão na fonte de corrente, ela pode ser escrita como

Assim as correntes,𝐼1 , 𝐼2 e 𝐼3 podem ser calculadas de

Exemplo 3.10

Determine todas as correntes de ramo na rede da Fig. 3.16a.

Figura 3.16

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Da Fig. 3.16b temos

𝐼2 = 2 𝑚𝐴 e 𝐼3 − 𝐼1 = 4 𝑚𝐴 ⇒ 𝐼1 = 𝐼3 − 4 𝑚𝐴

e do laço formado pela trajetória A-C-D-B-A, temos

Assim, através das substituições se tem


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𝐼3 = 𝑚𝐴
3
Exemplo 3.11

Determinar a corrente 𝐼𝑜 da Fig. 3.17.

Figura 3.17

Para a solução do exemplo da Fig. 3.17 temos

𝐼4 − 𝐼3 = 4 𝐴 ⟺ 𝐼4 = 4 + 𝐼3
𝐼2 = −2 𝐴 e 𝐼𝑜 = 𝐼3 − 𝐼1

e dos laços A-B-D-C-A e C-D-E-F-C, temos

Essas equações podem ser escritas na forma matricial como

Resolvendo para as correntes, obtemos

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Portanto,

Equações de Malha para Circuitos Contendo Fontes Dependentes


Apesar de lidarmos com circuitos contendo fontes dependentes da mesma maneira dos circuitos
anteriores, devemos nos lembrar que a fonte dependente pode destruir a simetria das equações
resultantes. O exemplo simples que é mostrado a seguir ilustrará a aplicação de equações de
malha em circuitos com fontes dependentes.

Exemplo 3.12

Queremos determinar a tensão de saída no circuito mostrado na Fig. 3.18

Figura 3.18 – Circuito com uma fonte dependente

Da Fig. 3.18b podemos tirar as seguintes equações

𝐼2 − 𝐼1 = 12 𝐴 ⇒ 𝐼1 = 𝐼2 − 12 𝐴
24 − 2(𝐼2 − 12) − 4𝑉𝑎 + 4𝑉𝑎 − 4𝐼2 = 0
Sendo 𝑉𝑎 = 4𝐼1 = 4(𝐼2 − 12) se obtém uma corrente 𝐼2 = 0 𝐴 e uma tensão 𝑉𝑜 = 4𝐼2 = 0 𝑉

Exemplo 3.13

Determine a tensão de saída na rede da Fig. 3.19

No circuito da Fig. 3.19 temos 3 malhas, mas vai ser desenvolvida duas equações, um referente
ao laço constituído pelas duas primeiras malhas e outro referente a terceira malha.

Antes das duas equações referentes ao laço e a malha pode-se observar que 𝐼2 − 𝐼1 = 3𝐼𝑜 ⇒
𝐼2 = 𝐼1 + 3𝐼𝑜 e 𝐼3 = 𝐼𝑜 .

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Quanto as tensões temos

12 − 2𝐼1 − 1(3𝐼𝑜 + 𝐼1 ) − 2(3𝐼𝑜 + 𝐼1 − 𝐼𝑜 ) − 6 = 0


6 − 2(𝐼𝑜 − 𝐼1 − 3𝐼𝑜 ) − 1𝐼𝑜 − 1𝐼𝑜 = 0
ou, na forma matricial

Logo temos como solução o seguinte

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Apêndice A

Pode também consultar o site que se segue:


https://www.ufrgs.br/reamat/CalculoNumerico/livro-sci/sdsl-eliminacao_gaussiana.html

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