Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BeeDrone Projeto 2023 FINAL
BeeDrone Projeto 2023 FINAL
2. Objetivo
Este artigo tem como objetivo investigar o potencial dos drones como agentes de
polinização em ambientes agrícolas, especialmente em face do declínio
alarmante das populações de abelhas polinizadoras. Através da avaliação da
eficácia dos drones na transferência de pólen entre plantas, da identificação e
discussão dos desafios técnicos e éticos associados ao seu uso, e da análise do
impacto potencial dos drones polinizadores na produtividade das culturas e na
preservação da biodiversidade, busca-se entender como essa tecnologia pode
oferecer uma solução alternativa diante da crise das abelhas. A ideia foi pensada
e planejada para se encaixar ao critério da ODS 15, Vida Terrestre, estabelecida
pela ONU. Ao comparar os drones com os métodos tradicionais de polinização,
pretende-se fornecer uma nova percepção para pesquisadores, agricultores e
formuladores de políticas interessados em mitigar os efeitos do declínio das
populações de abelhas e promover a sustentabilidade agrícola e a conservação
ambiental.
3. Justificativa
O declínio das populações de abelhas representa uma ameaça significativa à
segurança alimentar e à biodiversidade. As abelhas desempenham um papel
fundamental na polinização de muitas culturas agrícolas, contribuindo para a
produção de alimentos em todo o mundo. No entanto, o uso indiscriminado de
pesticidas, a perda de habitat e as mudanças climáticas têm contribuído para o
declínio das populações de abelhas em muitas regiões. Os drones polinizadores
surgem como uma alternativa promissora para mitigar os efeitos desse declínio,
oferecendo uma solução inovadora e sustentável para garantir a polinização das
culturas agrícolas. Além disso, o uso de materiais bioplásticos e a minimização
do impacto ambiental refletem um compromisso com a sustentabilidade e a
responsabilidade ambiental.
4. Desenvolvimento
4.3. Pesquisa
Decaimento da População de Abelhas no Brasil:
O Brasil enfrenta atualmente um preocupante declínio na população de abelhas,
um fenômeno que apresenta sérias consequências para a agricultura e o meio
ambiente. Segundo estudos recentes, como o realizado pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Embrapa, e artigos
científicos publicados em periódicos como a Revista Brasileira de Zoociências, há
uma tendência alarmante de diminuição no número de colônias de abelhas em
diversas regiões do país.
Causas do Decaimento: As causas desse decaimento são multifacetadas e
incluem fatores como o uso indiscriminado de agrotóxicos, a perda de habitat
devido ao desmatamento e urbanização descontrolada, a disseminação de
doenças e parasitas, e as mudanças climáticas. A exposição das abelhas a
pesticidas agrícolas, em especial os neonicotinoides, tem sido identificada como
uma das principais causas do declínio, interferindo em seu comportamento,
sistema imunológico e capacidade reprodutiva.
Impactos na Agricultura: O declínio das populações de abelhas representa um
sério desafio para a agricultura brasileira, uma vez que esses insetos
desempenham um papel crucial na polinização de uma ampla variedade de
culturas agrícolas. Estima-se que mais de 70% das culturas alimentares
dependem da polinização realizada por abelhas e outros polinizadores para sua
reprodução e produção de frutos e sementes. Portanto, a redução no número de
abelhas pode levar a uma diminuição na produtividade e qualidade das colheitas,
afetando negativamente a segurança alimentar e a economia agrícola do país.
Impactos no Meio Ambiente: Além dos impactos na agricultura, o declínio das
populações de abelhas também tem consequências para o meio ambiente como
um todo. As abelhas desempenham um papel fundamental na manutenção da
biodiversidade e na estabilidade dos ecossistemas, através da polinização de
plantas nativas e da manutenção do equilíbrio entre as diferentes espécies. Seu
declínio pode levar a uma diminuição na diversidade de plantas e animais, e à
perda de serviços ecossistêmicos essenciais para o funcionamento dos
ecossistemas.
Superando o Declínio das Abelhas com Drones Polinizadores Biomiméticos e
Inteligência Artificial
O preocupante declínio das populações de abelhas no Brasil tem gerado sérias
consequências para a agricultura e o meio ambiente. Diante desse cenário
desafiador, surge a necessidade urgente de desenvolver soluções inovadoras
para garantir a polinização eficiente das culturas agrícolas. É neste contexto que
os drones polinizadores biomiméticas, aliados à inteligência artificial, emergem
como uma promissora alternativa para superar o declínio das abelhas e seus
impactos negativos.
Objetivo: Os drones polinizadores biomiméticas têm como objetivo compensar a
escassez de polinizadores naturais, como as abelhas, e garantir a polinização
eficiente das culturas agrícolas. Eles foram concebidos para realizar o trabalho de
polinização de forma autônoma, imitando o comportamento das abelhas reais e
promovendo a fertilização das plantas para aumentar a produtividade agrícola.
Inspirações: Inspirados pelas abelhas, os principais polinizadores naturais, e pelo
modelo Black Hornet Nano, utilizado para reconhecimento militar, os drones
polinizadores biomiméticas imitam características físicas e comportamentais
desses insetos. Além disso, a aplicação de princípios da biomimética permite
replicar a pelugem das abelhas e sua capacidade de reconhecimento visual das
flores.
Funcionamento: Os drones polinizadores biomiméticas são equipados com
tecnologias avançadas, incluindo câmeras de alta resolução e algoritmos de
inteligência artificial conectados a um banco de dados. Durante o voo, as
câmeras capturam imagens das flores, que são processadas pela inteligência
artificial. A IA compara essas imagens com as do banco de dados para identificar
as flores a serem polinizadas, permitindo que o drone realize a polinização de
forma autônoma e precisa.
Implementação de Inteligência Artificial: A inteligência artificial integrada aos
drones é treinada com um vasto conjunto de imagens de flores, possibilitando o
reconhecimento de padrões e a identificação de diferentes espécies. À medida
que o drone captura novas imagens durante o voo, a IA compara essas imagens
com as do banco de dados e ajusta seus algoritmos de reconhecimento de forma
contínua, aprimorando sua capacidade de identificação e polinização ao longo do
tempo.
Materiais Necessários para Fabricação: Para fabricar os drones polinizadores
biomiméticas, são necessários diversos materiais e componentes. A estrutura do
drone pode ser construída com materiais leves e resistentes, como fibra de
carbono ou plásticos reforçados. A pelugem sintética, que imita as características
das abelhas, pode ser feita de materiais flexíveis e estáticos, como silicone ou
polímeros. Além disso, são necessários componentes eletrônicos avançados,
como microcontroladores de alto desempenho, sensores de imagem de alta
resolução e sistemas de propulsão eficientes.
5. Resultados
Índice de Aceitação Pública. Após a condução de uma pesquisa teórica utilizando
formulários online, os resultados revelaram importantes observações sobre o
índice de aceitação pública em relação aos drones polinizadores. A pesquisa teve
como objetivo investigar as percepções e atitudes da população em relação a
essa tecnologia emergente, que visa abordar os desafios da polinização na
agricultura. Abaixo estão os principais resultados obtidos:
Referências
BERINGER, Juliana. O declínio populacional das abelhas: causas, potenciais
soluções e perspectivas futuras. 2019. Disponível em:
https://revista.uergs.edu.br/index.php/revuergs/article/view/1686. Acesso em:
23 mar. 2024.
BIOSUL. Você sabia? Extinção das abelhas pode definir o futuro da alimentação.
2022. Disponível em: https://www.biosul.com/noticia/voce-sabia--extincao-das-
abelhas-pode-definir-o-futuro-da-alimentacao. Acesso em: 23 mar. 2024.
SOUZA, Marcelo Marini Pereira de. Ambiente é o Meio #94: Riscos de extinção
das abelhas vão além da produção de alimentos. 2023. Disponível em:
https://jornal.usp.br/podcast/ambiente-e-o-meio-94-riscos-de-extincao-das-
abelhas-vao-alem-da-producao-de-alimentos/. Acesso em: 23 mar. 2024