A Teoria Crítica Da Raça em Produções Brasileiras Revisão Narrativa

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A teoria crítica da raça em produções brasileiras: revisão narrativa

Critical race theory in brazilian productions: a narrative review


DOI: 10.55905/revconv.17n.1-017

Recebimento dos originais: 01/12/2023


Aceitação para publicação: 02/01/2024

Eliany Nazaré Oliveira


Pós-Doutora pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto
Instituição: Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
Endereço: Sobral - CE, Brasil
E-mail: elianyy@gmail.com

Flávia Regino Oliveira


Graduanda em Enfermagem
Instituição: Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
Endereço: Sobral - CE, Brasil
E-mail: flatommo69@gmail.com

Gleisson Ferreira Lima


Mestrando em Saúde da Família
Instituição: Universidade Federal do Ceará (UFC)
Endereço: Sobral - CE, Brasil
E-mail: gleisson_nega@hotmail.com

Pollyanna Martins
Doutora em Odontologia
Instituição: Universidade Federal do Ceará (UFC)
Endereço: Sobral - CE, Brasil
E-mail: pollysobral@yahoo.com.br

Maria Suely Alves Costa


Doutora em Psicologia Aplicada pela Universidade do Minho
Instituição: Universidade Federal do Ceará (UFC)
Endereço: Sobral - CE, Brasil
E-mail: suelypsic@yahoo.com.br

Maria Michelle Bispo Cavalcante Fernandes


Mestra em Saúde da Família pela Universidade Federal do Ceará (UFC)
Instituição: Centro Universitário Inta (UNINTA)
Endereço: Sobral - CE, Brasil
E-mail: michellebispoc@yahoo.com.br

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Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto
Pós-Doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
Instituição: Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
Endereço: Sobral - CE, Brasil
E-mail: rosemironeto@gmail.com

Paulo Cesar de Almeida


Doutor em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP)
Instituição: Universidade Estadual do Ceará (UECE)
Endereço: Fortaleza - CE, Brasil
E-mail: pc2015almeida@gmail.com

Caio San Rodrigues


Graduando em Enfermagem
Instituição: Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
Endereço: Sobral - CE, Brasil
E-mail: caiosanrodrigues2000@gmail.com

RESUMO
A Teoria Crítica da Raça (TCR) é um movimento ativista de acadêmicos que visa analisar e
transformar a relação entre raça, racismo e poder, abrange não somente a fala habitual acerca de
direitos civis e questões étnicas. Neste cenário, o objetivo desta revisão é compilar e analisar a
produção teórica a respeito da Teoria Crítica da Raça e as respectivas contribuições para
compreensão das relações raciais no Brasil. Trata-se de revisão narrativa, cuja base de dados
escolhida foi o Google Acadêmico. Como critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra,
dissertações e teses, textos completos, com idioma em português e publicados sem restrição
temporal. A análise foi procedida com nove obras. De maneira geral, quase todas as produções
fazem ligação da Teoria Crítica da Raça com o Direito Brasileiro, algumas buscam relacionar a
teoria com a educação e mostram como isso é relevante para demonstrar como o sistema
educacional entende, lida e trata a respeito do racismo e das desigualdades raciais.

Palavras-chave: teoria crítica, racismo, literatura de revisão como assunto.

ABSTRACT
Critical Race Theory (CRT) is an activist movement of academics that aims to analyze and
transform the relationship between race, racism and power, encompassing not only the usual talk
about civil rights and ethnic issues. Against this backdrop, the aim of this review is to compile
and analyze the theoretical production of Critical Race Theory and its respective contributions to
understanding race relations in Brazil. This is a narrative review whose chosen database was
Google Scholar. The inclusion criteria were: articles available in full, dissertations and theses,
full texts, in Portuguese and published without time restrictions. Nine works were analyzed. In
general, almost all of the works link Critical Race Theory with Brazilian law, and some seek to
relate the theory to education and show how this is relevant to demonstrating how the educational
system understands, deals with and deals with racism and racial inequalities.

Keywords: critical theory, racism, review literature as a subject.

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1 INTRODUÇÃO
A Teoria Crítica da Raça (TCR) é um movimento ativista de acadêmicos que visa analisar
e transformar a relação entre raça, racismo e poder, abrange não somente a fala habitual acerca
de direitos civis e questões étnicas, mas também, aborda sobre economia, história, interesses
individuais e coletivos, emoções e inconsciente. A TRC questiona os fundamentos da ordem
liberal, incluindo a teoria da igualdade, o discurso jurídico, o racionalismo iluminista e os
princípios neutros do Direito Constitucional (DELGADO; STEFANCIC, 2021).
A TCR surgiu em meados da década de 1970, nos Estados Unidos da América, quando
um grupo de ativistas, acadêmicos e advogados perceberam que os avanços dos direitos civis da
época estavam estagnados e tendo o risco de retrocesso. Assim, foi perceptível a necessidade de
novas estratégias e teorias. Desta maneira, enfatiza-se que a TCR é baseada em movimentos
anteriores, como os estudos críticos do Direito e Feminismo Radical (DELGADO; STEFANCIC,
2021).
Os estudos críticos do Direito surgiram com a ideia dos ativistas, acadêmicos e advogados
de investigarem casos judiciais que provavelmente não tinham resultado correto. Para o
embasamento do feminismo relacionado ao poder e a construção de papéis sociais, desta forma,
a TCR veio com intuito de trazer justiça. No Brasil, a Teoria Crítica da Raça ainda vem sendo
utilizada, alguns autores já trabalharam com ela sobre os temas que a teoria aborda em formas de
artigos e defesas de monografia, tendo em vista que a cada dia mais a TCR passa a ser mais
estudada e utilizada pelos pesquisadores brasileiros (FERREIRA; QUEIROZ, 2018).
Assim, de acordo com Silva e Pires (2015, p. 68) “ao levar em conta a realidade racial e
o papel do direito na manutenção das desigualdades, a Teoria Crítica da Raça questiona fatos que
também são relevantes no Brasil ao se discutir a estrutura racialmente hierarquizada da sociedade
e das instituições”, com isso, mostra a importância e necessidade de que essa teoria seja cada vez
utilizada na realidade brasileira.
Desse modo, como Delgado e Stefancic (2021) conceituam e mostram a relevância da
Teoria Crítica da Raça, e, no Brasil, faz-se cada vez mais importante que assuntos com temáticas
sobre raça e racismo sejam abordados para elevar a capacidade de compreensão da população
acerca disso e que diferentemente do que foi dito por Lima e Gaudenzi, 2023, reconheçam que
existe racismo no Brasil e que esse racismo precisa ser cada vez mais combatido, de modo a
suscitar o empoderamento individual e coletivo (DELGADO; STEFANCIC, 2021).

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Como a TCR é um movimento que tem por objetivo compreender e modificar a relação
entre racismo, raça e poder, destaca-se que a história do Brasil, os processos de formação política,
social e cultural devem considerar a formação étnico-racial brasileira e as desigualdades étnico-
raciais e, principalmente, as práticas racistas indígenas e negras que estão presentes de forma
estrutural, institucional, cotidiana, subjetiva e intersubjetiva (LIMA; GAUDENZI, 2023).
Dessa maneira, para a questão do racismo e da saúde, Lima e Gaudenzi (2023), afirmam
que enfrentar hoje o debate sobre raça, racismo e cuidado em saúde é inadiável, pensando – para
além das iniquidades sociais – nas iniquidades raciais.
Ainda nesse âmbito, Lima e Gaudenzi (2023), frisam que, antigamente, era falado que
não havia racismo no Brasil. A falsa afirmativa de que não há racismo no Brasil esconde as
diferenças injustas entre as experiências de pretos e brancos, apagando, inclusive, as
manifestações de resistência e as práticas particulares de cuidado à saúde.
Nesse contexto, tendo em vista a necessidade de produções científicas brasileiras sobre a
TCR, objetivou-se compilar e analisar a produção teórica a respeito da Teoria Crítica da Raça e
as respectivas contribuições para compreensão das relações raciais no Brasil.

2 METODOLOGIA
O texto trata de revisão narrativa, a qual possui a função de sistematização de obras,
auxilia na busca de atualizações sobre determinado tópico ou tema, provendo suporte teórico aos
pesquisadores em curto espaço de tempo (CASARIN et al., 2020). Uma revisão narrativa é uma
forma de revisão bibliográfica que se concentra em analisar e sintetizar estudos e pesquisas
existentes sobre tema específico, utilizando abordagem narrativa. Esta se dedica a fornecer visão
geral e interpretativa do conhecimento existente sobre um tema, destacando as principais
tendências, lacunas e debates na literatura. É uma forma de revisão útil para explorar e
compreender a complexidade e a diversidade de um campo de estudo (BRUM et al., 2015).
A revisão teve como questão norteadora: qual a produção teórica sobre a Teoria Crítica
da Raça no Brasil?
Para busca das produções, a base de dados escolhida foi o Google Acadêmico, utilizaram-
se de palavras-chaves, por meio do cruzamento: “Teoria Crítica Racial” AND “Brasil”. Como
critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, dissertações, textos completos, com idioma
em português e publicados sem restrição temporal. E os de exclusão foram: produção duplicada

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e os estudos que não abordassem o tema relevante ao alcance do objetivo da pesquisa. No total,
encontraram-se 122 produções científicas, destas, após leitura dos resumos, excluíram-se 93. As
29 foram lidas na íntegra e 20 não atendiam aos objetivos da busca. Como resultado da busca,
nove produções foram incluídas.
A construção da revisão respeitou os aspectos éticos e os autores das publicações
analisadas, baseando-se na Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 (Lei de Direitos Autorais).
Assim, as ideias e os conceitos dos autores foram mantidos com citações e referências (BRASIL,
1988).

3 RESULTADOS
Após análise, filtragem e leitura dinâmica das produções, nove obras compuseram a
amostra. Para melhor organização, categorizaram-se as produções encontradas por título, ano de
publicação, objetivos e tipo de obra, conforme Quadro 1.

Quadro 1- Produções identificadas que utilizaram a Teoria Crítica da Raça como fundamentação e suporte teórico
ARTIGOS TÍTULOS ANOS OBJETIVOS TIPOS DE OBRA

Propor primeira reflexão sobre a


metodologia que propõe a TCR e a
Narrativas como capacidade desta, assim como os
metodologia crítica para o limites de não apenas prover dados
A1 2017 Revisão de Literatura
estudo das relações raciais para análise crítica das relações
no Direito raciais, mas de inovar no campo
das metodologias disponíveis para
a abordagem desse tema.

Artigo-parecer: Educação
para as relações Expandir a discussão sobre a TCR
etnicorraciais: um ensaio e apresentar as possibilidades para
A2 2023 Revisão de Literatura
sobre alteridades transformações na educação
subalternizadas nas ciências científica.
físicas

Dimensionar o diálogo entre os


movimentos acadêmico-políticos
Cultura jurídica e diáspora no
negra: diálogos entre Direito âmbito jurídico que posicionaram o
A3 2021 Revisão de Literatura
e Relações Raciais e a Teoria racismo como problema
Crítica da Raça fundamental, como a Critical Race
Theory e o Direito e Relações
Raciais.

As desigualdades raciais no Realizar estudo analítico e


A4 2012 Revisão Bibliográfica
Brasil a partir do Direito sistemático da Teoria Crítica da

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Raça, a fim de proporcionar
instrumental teórico para análise
das relações entre Direito,
desigualdades e raça. Para isso,
foram estabelecidos como objetivos
específicos: a) avaliar o impacto do
mito da democracia racial no
Direito; b) estabelecer os
pressupostos metodológicos e
epistemológicos da TCR; e, c)
identificar as condições de
aplicação da TCR para pensar a
realidade jurídica brasileira.

Colaborar para as conexões deste


framework teórico, o artigo
apresenta e discute do ponto de
vista da comunicação digital seis
pilares definidores da TRC: a) a
Teoria Racial Crítica e ordinariedade do racismo; b)
Comunicação Digital: construção social da raça; c)
A5 2019 Revisão de Literatura
conexões contra a dupla interseccionalidade e anti-
opacidade essencialismo; d) reconhecimento
do conhecimento experiencial; e)
agência no combate efetivo da
opressão racial; f) e
interdisciplinaridade.

Identificar as proximidades com o


A trajetória da teoria crítica referencial teórico brasileiro sobre
A6 da raça: história, conceitos e 2018 relações raciais e o possível uso das Revisão Bibliográfica
reflexões para pensar o brasil metodologias e conceitos propostos
no contexto nacional.

Realizar crítica ao Direito


Brasileiro, a partir de estudos
brasileiros existentes na área de
relações raciais, tanto no campo
Uma teoria crítica racial do
das ciências sociais aplicadas como
Direito brasileiro: aportes
A7 2019 o Direito e Políticas Públicas, Tese de Doutorado
teóricos e metodológicos
quanto no campo das Ciências
sobre direito e raça
Sociais lato sensu consideradas
como a sociologia, a história, a
geografia, a ciência política e a
antropologia.

Analisar, à luz da Teoria Crítica de


Lei n. 12.711/2012: trajetória
Raça (TCR), como foi
histórica, limites da ação
implementada a Lei n.
afirmativa e aplicabilidade
A8 2022 12.711/2012, na Universidade Dissertação de Mestrado
na Universidade Federal do
Federal do Amapá, no que tange à
Amapá – UNIFAP (2013 a
aplicabilidade e aos limites da ação
2020)
afirmativa.

A9 Igualdade e diferenças: a 2023 Propor significados ao princípio da Dissertação de Mestrado

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aplicação do princípio da igualdade que tenham o condão de
igualdade no julgamento de atribuir status comum entre grupos
demandas que versem sobre sociais, de modo que isso não
desigualdades de gênero, provoque desconsideração de
raça e sexualidade diferenças, como as estruturadas
por marcadores de gênero, raça e
sexualidade, que vêm
reivindicando a valoração jurídica.
Fonte: Autores.

4 DISCUSSÃO
De acordo com o Quadro 1, a maioria das produções foram bem distribuídas ao longo dos
anos de 2012 a 2023, sendo três produções no ano de 2023. Percebe-se, também, que todos estão
em português, e em relação aos objetivos dos estudos, todos se assemelham, com intuito de
conhecer mais e discutir mais sobre a Teoria Crítica da Raça, e a maioria dos trabalhos são dos
tipos revisão de literatura e revisão bibliográfica.
O artigo A1 descreve como a Teoria Crítica da Raça está diretamente ligada ao Direito,
pois ela foi idealizada e fundamentada com base nos estudos críticos do Direito, assim, as
produções científicas abordam o âmbito jurídico (FERREIRA; IGREJA, 2017).
Assim, o artigo traz o discurso de Silva e Pires, 2015, que trata que a TCR deve ser
adotada como referencial teórico necessário para pensar as relações entre Direito e racismo no
Brasil.
Ainda conforme esse mesmo artigo, para que a TCR se torne o referencial teórico que
contribui para as pesquisas com relação à raça, é necessário ter nova perspectiva acerca da
questão jurídica, com narrativas e biografias de autores e autoras que fazem parte desse grupo
minoritário, isso seria de grande valorização e fortificação, auxiliando, assim, o mundo a ter nova
visão, tanto em relação às pessoas que fazem parte de grupos de raça minoritários como o próprio
Direito, sendo fundamentado pela Teoria Crítica da Raça (FERREIRA; IGREJA, 2017).
O A2 intenta apresentar a TCR e as possibilidades para transformações na educação
científica. Faz menção às personagens principais da TCR: Derrick Bell Jr (1930-2011), Kimberlé
Crenshaw (1959-), Richard Delgado (1939-), Mari Matsuda (1956-), Charles Lawrence III
(1943-2021), Patricia Williams (1951-). Ademais, aborda os princípios básicos da TCR:
construção social da raça, normalidade do racismo, convergência de interesses, racionalização
diferencial, interseccionalidade e reconhecimento da voz de pessoas não brancas (ROSA, 2023).

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Destaca-se que esses não são todos os conceitos e ideias apresentados pela Teoria, mas
são os principais utilizados por pesquisadores e os que fornecem estruturação para compreender
como a desigualdade racial é mantida e reforçada na sociedade (ROSA, 2023).
Ainda no artigo A2, Rosa (2023) enfatiza a importância da Teoria Crítica da Raça na
educação, destacando a relevância desta no contexto educacional. Revela a utilidade para
entender e instigar a maneira como o sistema educacional trata e lida com a desigualdade racial.
Os pesquisadores usam a TCR para verificar as disparidades no desempenho acadêmico e
escolar, e como testes e currículos padronizados marginalizam as perspectivas e experiências dos
alunos negros.
A primeira interação social da vida de uma pessoa se inicia na família, e em geral, a
segunda é a escola. Assim, o racismo é muito precoce na vida das pessoas, normalmente se
iniciando nessa fase escolar, em que muitas das crianças se descobrem negras, à vista disso, o
ambiente escolar deveria ser o mais acolhedor e inclusivo, pois esse fator do racismo sofrido
desde a primeira infância impacta diretamente na formação de vida dessa pessoa, resultando na
evasão escolar, acadêmica e profissional (GUITARRARA; SANTOS, 2023).
Assim, destaca-se que o papel essencial da educação na vida de uma pessoa vai além da
alfabetização. Desta maneira, o estudo de Guitarrara e Santos (2023) enfatiza sobre a importância
de se tratar sobre a educação antirracista, assim como o artigo A2 que usa a TCR para enfatizar
a necessidade de, cada vez mais, a educação antirracista seja abordada e implementada com
sucesso, para que as disparidades existentes no desempenho escolar e acadêmico das pessoas
negras venham a ser erradicadas.
O A3 trata também sobre a associação do Direito com as relações raciais assim como no
A1. Porém, este tenta abordar mais acerca disso no contexto da crítica jurídica racial brasileira,
ressalta que registros sobre isso no Brasil são limitados, que há mais desses registros nos Estados
Unidos da América. Cita, também, que no Brasil existem duas pesquisadoras, Eunice Prudente e
Dora Bertúlio, fundamentais para discutir sobre o movimento do Direito e das Relações Raciais
(GOMES, 2021).
Gomes (2021) cita que as obras dessas autoras denunciaram o mecanismo legal e o
pensamento jurídico conformados pelo racismo científico e pela política nacionalista, desta
maneira, a ideia das pesquisas produzidas por essas autoras era descontruir os princípios de
neutralidade e imparcialidade do Direito.

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O A1, em contrapartida do A3, traz as narrativas pessoais e biografias para discutir as
propostas metodológicas da TCR, no âmbito das pesquisas sobre as relações raciais no Direito,
já o A3 analisa diálogos entre os movimentos acadêmico-políticos, no âmbito jurídico que
posicionaram o racismo como problema fundamental.
A discussão segue balizada pela relação direito e associação com as desigualdades raciais
no texto A4. Desta maneira, é notório que o aprofundamento nessa linha de pesquisa
proporcionou evolução jurídica das instituições que compõem o modelo de Justiça brasileiro,
esse artigo salientou também a dificuldade que a carência de material de pesquisa da TCR no
contexto brasileiro causou para construção do estudo (LIMA, 2012).
Outro fator importante que a autora Lima (2012) destaca é que as semelhanças e
diferenças entre as manifestações de discriminação e preconceito no Brasil e nos EUA são
aquelas que pontuam os principais desafios encontrados na aplicação da TCR para pensar o
Direito brasileiro.
Estudo realizado por Barcelos e Rodrigues (2023) mostra como o racismo institucional
está diretamente ligado ao fato de que pessoas negras são mais criminalizadas que as brancas.
Isso ressalta a questão da relação do Direito, justiça e as desigualdades raciais, como trata o texto
A4. Em 2021, as pessoas negras, principalmente os homens, foram as maiores vítimas das mortes
violentas intencionais, com 76,2% das mortes, alcançando 78,9%, quando se analisam os dados
da letalidade por ações policiais. No Brasil, as condições de ser negro, residir em áreas periféricas
e vestir-se de determinada maneira, frequentemente, servem como justificativa, por exemplo,
para abordagens policiais que, em muitos casos, ocorrem de maneira agressiva e violenta sem
motivo aparente. Essas ações são, muitas vezes, perpetradas sob a alegação de prevenção de
crimes, resultando na submissão de pessoas negras a atos de brutalidade (BARCELOS;
RODRIGUES, 2023).
O A5, assim como o A2, buscou revelar os principais pilares da Teoria Crítica Racial e
as colaborações para debates em campos da comunicação digital, já que o mundo de hoje está
cada vez mais moderno e tecnológico, com intuito de promover o reconhecimento da TCR como
movimento que tem a colaboração de indivíduos e tradições oriundas de outras disciplinas
(SILVA, 2019).
Diferentemente do A2, o A5 busca trazer esses pilares da TCR voltados para debates nos
meios de comunicação digital, buscando mostrar que este meio possa obter o valor social, cultural

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e político. Já o A2 traz esses pilares da TCR voltados para o meio da educação, procurando
compreender a maneira como o sistema educacional lida com o racismo no Brasil.
Dessa forma, isso enfatiza novamente o que foi dito por Silva e Pires (2015) no A1, que
a TCR no Brasil deve ser utilizada como embasamento teórico, justamente para compreender
como o país trata a questão do racismo e das desigualdades sociais.
E, assim como o A1, o A5 também traz discurso de Silva e Pires (2015), essencial para o
reconhecimento da TCR como movimento, eles ressaltam que ao se discutir sobre a estrutura
racialmente hierarquizada da sociedade e das instituições, a Teoria Crítica da Raça traz
questionamentos de fatos que também são relevantes no Brasil.
O A6 trata acerca da história, dos conceitos e das reflexões da TCR para pensar o Brasil,
discute sobre a trajetória ideológica da TCR e o percurso social, destaca, também, as principais
temáticas da TCR, assim como o A2 e o A5. Distintivamente do A2 e do A5, o A6 traz mais de
seis pilares da TCR, aborda 10 pilares principais. Ademais, discorre também sobre a relação da
produção científica nacional e a Teoria Crítica da Raça, citandoa importância dos trabalhos de
Eunice Prudente e Dora Bertúlio, estudos foram produzidos por pesquisadoras negras
(FERREIRA; QUEIROZ, 2018).
Ferreira e Queiroz (2018) citam ainda o trabalho de Keila Grinberg, que investiga as
temáticas da Teoria Crítica Racial com os relatos dos próprios ex-escravizados nos processos
judiciais, questionando judicialmente a violação dos direitos.
Ferreira e Queiroz (2018) mencionam ainda o trabalho de Herculano e Pacheco, com as
discussões sobre racismo ambiental, a partir do conceito proposto pelo teórico crítico da raça
Bullard, com relação à desigualdade de distribuição de empreendimentos de risco ambiental em
áreas tradicionalmente ocupadas majoritariamente por população negra. E enfatizam, novamente,
assim como o A3, sobre a importância das obras de Eunice Prudente e Dora Bertúlio, em contexto
nacional.
O trabalho de Eunice Prudente discorre sobre o trajeto histórico da situação jurídica da
população negra no país, desde a escravidão até a cidadania precária na república, e, no de Dora
Bertúlio, refere-se que, a partir de análise histórica, a raça e os discursos raciais estruturam o
cotidiano do Direito no Brasil (FERREIRA; QUEIROZ, 2018).
O A7 é uma tese de doutorado que visou realizar crítica ao Direito brasileiro baseado nas
produções existentes acerca desse assunto. A tese faz um apanhado histórico da questão judiciária

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do Brasil, trazendo a questão do Brasil colonial até os dias de hoje, no Brasil contemporâneo,
pontua a questão do racismo, do preconceito e da discriminação, além de leis e políticas públicas
que abordam sobre isso (SILVA, 2019).
Silva (2019) salienta que existe conhecimento disponível que desafia a forma como o
Direito é habitualmente estudado no Brasil, em especial, a invisibilidade de raça como fator
determinante para construção do Direito brasileiro. Essa obra, assim como o A1, que aborda a
ligação entre o Direito brasileiro, relações raciais e a TCR, e como essas questões raciais
interferiam na análise do Direito.
Assim, Silva (2019) evidência que se a crítica à desigualdade racial dentro do Direito não
fosse procedida pelos estudos críticos do Direito, ela seria feita mais tarde pela Teoria Crítica da
Raça, os pesquisadores que compartilharam essa discordância intelectual e acreditaram na
centralidade da raça para investigação do poder e, em consequência, do Direito, começaram a
compreender como o Direito moldava a raça.
O A8 é uma dissertação de mestrado que visou analisar a efetivação da Ação Afirmativa
instituída pela Lei nº 12.711/2012 (Lei de Cotas), na Universidade Federal do Amapá, tendo
como embasamento a Teoria Crítica da Raça. O trabalho traz a questão histórica do movimento
negro por acesso à educação e o movimento negro no Amapá, depois faz apanhado geral das
Ações Afirmativas ao acesso do ensino superior e depois expõe sobre a Lei de Cotas, os limites
e as aplicabilidades desta (VIEIRA, 2022).
Assim como o A2, o A8 também tem foco voltado para a educação, sendo
especificamente do Ensino Superior, abordando sobre uma ação afirmativa, a Lei de Cotas, isso,
concomitantemente ao A2, que aborda sobre importância da TCR no âmbito educacional e como
o sistema educacional lida e trata as desigualdades sociais, o A8 traz como o Ensino Superior
lida com essas ações afirmativas, e mostra como as Universidades podem ser conservadoras em
relação à realização dessas ações (VIEIRA, 2022).
Nesse contexto, Vieira (2022) frisa que a resistência, muitas vezes, disfarçada de
burocracia e racionalidade, apresenta dificuldades administrativas para adequar procedimentos
para receber os novos sujeitos da ação afirmativa. As ações afirmativas demonstram que pode
ser possível vencer essa resistência, pois, tal qual a mente humana, uma vez alargada com as
novas presenças propiciadas por elas, dificilmente as universidades retornarão ao antigo estado
das coisas.

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De acordo com Carvalho et al. (2023), uma ação afirmativa na escola, instituída pela Lei
nº 10.639/2003 que assegurou a inclusão obrigatória do ensino da história e cultura afro-brasileira
nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio. Além disso, introduziu, no calendário
escolar, o dia 20 de novembro como o "Dia Nacional da Consciência Negra". A concretização
dessa medida afirmativa é reconhecida como conquista significativa do Movimento Negro
brasileiro em favor da educação. Deste modo, essa Lei veio com intuito de trazer
interdisciplinaridade na formação escolar dos indivíduos, para que o conhecimento não seja visto
como algo fragmentado e o quanto essa interdisciplinaridade se faz importante para o
desenvolvimento das pessoas (CARVALHO et al., 2023).
Assim como citou Guitarrara e Santos (2023), a escola é um dos primeiros espaços de
socialização e de troca de conhecimento e experiências, e ensinar sobre a cultura afro-brasileira
que muito influenciou a formação do Brasil, é imprescindível, para que as pessoas negras
entendam o próprio espaço e as pessoas brancas compreendam o processo de conhecimento e
tenham mudança na mentalidade para desconstrução de pensamentos eurocêntricos e coloniais.
Este esforço representa uma maneira de reconhecer e valorizar essas culturas, ao mesmo tempo
em que promove a descolonização dos currículos educacionais (CARVALHO et al., 2023).
Diante desse cenário, é crucial compreender a natureza do racismo e reconhecer a
existência deste para desvendar como ele opera. Observa-se o surgimento de iniciativas voltadas
para transformação desse panorama, com destaque para aquelas implementadas pelo Governo,
visando explorar alternativas que reduzam as práticas racistas. Assim, temas como educação,
racismo e implementação da Teoria Crítica da Raça são fundamentais para balizar o
enfrentamento das desigualdades raciais (ROSCHILD; LEON, 2023).
O A9, outra dissertação de mestrado, que teve como objetivo principal proporcionar
significados ao princípio da igualdade que tenha a capacidade de atribuir status comum entre
grupos sociais, de modo que isso não provoque desconsideração de diferenças, como as
estruturadas por marcadores de gênero, raça e sexualidade, que vêm reivindicando a valoração
jurídica. Fundamenta pela TCR, que no Brasil reflete sobre como a doutrina liberal, marcada
pelos princípios de igualdade e liberdade, defendeu um sistema institucional de escravidão e uma
sociedade que excluiu o negro na fase pós-escravidão (SILVA, 2023).
Desse modo, Silva (2023) ressalta dado importante, de que se tratando da Teoria Crítica
da Raça, a igualdade é vista como um princípio que deve ser perseguido, por meio do combate

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ao racismo institucional e estrutural. Neste sentido, os movimentos sociais pela igualdade racial
envolvem tanto a denúncia das práticas discriminatórias quanto a promoção de políticas
afirmativas que visam preservação das desigualdades históricas.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De maneira geral, quase todas as produções pesquisadas fazem ligação da TCR com o
Direito brasileiro, até porque a Teoria foi criada nos EUA, por ativistas, acadêmicos e advogados,
logo, tem como embasamento ideológico o Direito, então, é imprescindível que haja associação
à questão judiciária.
As obras também buscaram relacionar a Teoria Crítica da Raça com a Educação, e
mostraram como isso é relevante para mostrar como o sistema educacional entende, lida e trata
a respeito do racismo e das desigualdades raciais. E uma obra em específico discorre acerca da
implementação de uma ação afirmativa (Lei de Cotas), em uma Universidade brasileira, e como
as universidades do Brasil podem ser resistentes e conservadoras ao aceitarem essas ações
afirmativas, isso acontece por conta do racismo institucional enraizado na sociedade.
As obras, assim como elas se complementam em alguns pontos, em outras, divergem-se,
isso é importante para mostrar a diversidade de campos que a TCR pode atuar e como é
imprescindível que debates embasados nesta sejam cada mais comuns.
A maioria das obras também fez apanhado histórico de como surgiu a Teoria Crítica da
Raça e como emergiu no Brasil. Outro fator importante é que se pode notar que muitos estudos
abordaram a dificuldade de encontrar produções científicas brasileiras fundamentadas pela TCR,
fator de limitação para a produção de outras pesquisas científicas.
Assim, é válido destacar a importância de que mais estudos e pesquisas com
embasamento na Teoria Crítica da Raça sejam realizados no Brasil, para solucionar questões
raciais e identificar pontos falhos no Sistema Judicial brasileiro, para que, cada vez mais, assuntos
que envolvam racismo, raça e desigualdades sejam abordados e combatidos no Brasil.

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