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Luiza de Matos Martins Do Espirito Santo

Resenha crítica do capítulo XIV do


livro
A construção da personagem

São Paulo
2024
O capítulo XIV do livro "A Construção da Personagem" de Constantin
Stanislavski, publicado em 1949, aborda a ética no teatro. Este livro é
parte de uma trilogia, composta também por "A Preparação do Ator" e "A
Criação da Personagem", com o objetivo de fornecer fatos interessantes
e dicas cruciais para atores iniciantes, bem como para aqueles que
desejam aprimorar seus conhecimentos, ou mesmo para pessoas que
têm curiosidade sobre o meio teatral.

I – Stanislavski inicia o capítulo discorrendo sobre a dedicação


necessária por parte do ator à arte, enfatizando que negligenciar isso
pode prejudicar seriamente sua carreira. Ele também destaca a
importância de deixar questões pessoais fora do ambiente teatral,
reconhecendo que a vida de um ator está repleta de altos e baixos,
porém, durante seu trabalho criativo, ele deve aprender a separar sua
vida pessoal da performance no palco. Embora seja desafiador, essa
separação é essencial para preservar a magia da performance.
Stanislavski adverte contra a influência negativa de problemas pessoais
no desempenho do ator, citando a necessidade de focar nas emoções e
na história da personagem para garantir uma interpretação autêntica e
cativante.Uma frase que me impactou nesse capítulo e que eu quero
levar comigo na minha vida teatral é, “nunca entrem no teatro com lama
nos pés. Deixem lá fora sua poeira e imundície. Entreguem no vestiário
as suas pequenas preocupações, brigas, dificuldades, junto com os seus
trajes de rua; e também todas as coisas que arruínam a nossa vida e
desviam nossa atenção da arte teatral.”, quando um ator se compromete
a dar vida a uma personagem ele tem que ser a personagem é apenas
levar em consideração os problemas dela, porque por exemplo se você
for representar uma personagem de peça infantil raramente eles vão ter
problemas e se você se desvincular das emoções da personagem você
vai quebrar a magia do espectador porque ele vai ver o ator e não a
personagem que ele foi ver, então você deve sempre estar atento às
emoções do texto e dos ensaios e esquecer seus problema.

II – Outro ponto que ele aborda é como as pessoas ligam você ao teatro
que você trabalha, e só quando você se fecha dentro da sua casa é que
você pode se permitir o descontrole, mas com pessoas intimas, pois, o
trabalho de um ator não acaba simplesmente quando as cortinas se
fecham, ele em qualquer momento da sua vida fora de casa tem que dar
preferência a sua imagem pública, pois se você fizer alguma coisa que
estrague a magia do público, não será você o único prejudicado, pois o
seu teatro carregará junto com você aquela fama ruim que você imprimiu
as pessoas e consequentemente se seu tetro está mal falado seus
colegas de trabalho também vão sofrer com isso. Nós não temos como
controlar essa associação das pessoas, mas podemos nos controlar para
não mostrar essa face “humana” que temos, a face que comete erros,
temos que a vista das pessoas priorizar a nossa melhor face.

III e IV – Nesta parte ele abre a discussão sobre um assunto que se


estende até a parte IV que é sobre a competitividade que os atores criam
entre si, por conta de cargo, papel, salário etc. quando uma decisão que
não está ao nosso agrado é tomada o nosso primeiro instinto é provar o
nosso ponto, às vezes rebaixando a pessoa ou até mesmo desafiando a
autoridade dela, e isso acaba prejudicando a todos, pois o trabalho do
ator é em conjunto e se o responsável por todos não se sentir seguro
com o que está fazendo vai destruir o trabalho de todos, como um
dominó. Um ponto importante que ele traz é que não é apenas um ator
que faz a peça e sim todo o elenco e que mesmo a falta de um membro
do swing pode prejudicar o espetáculo inteiro e ele não será apresentado
com toda a maestria dos ensaios, então todos os atores devem manter o
mesmo foco e trabalhar juntos, sendo um por todos e todos por um.
V, VI, VII - Nas partes V, VI, VII ele abre a discussão sobre o
comprometimento do ator em diversas áreas, na parte V ele fala
especificamente sobre seguir os horários de ensaio, que o ator deve
sempre chegar um tempo antes do ensaio para já ir se preparando e não
chegar atrasado, pois isso acaba desconcentrando o resto dos atores
que já estavam lá antecipadamente se alongando e se concentrando
para dar o melhor de si, além disso ele comenta também que o ator
sempre deve estar ensaiando e se preparano para entregar o melhor
trabalho possível, estudando também em casa e não só no teatro, já na
parte VI ele fala sobre como o ator deve dedicar todo o seu tempo à arte
e que não existe “não tenho tempo” para um ator, pois ele tem que
tabalhar em casa tambem para assim ele se aperfeiçoar como ator, na
VII ele traz o fato de qu edevemos sempre mante a nossa fonte criativa
abastecida e treinada e que não devemos ser apenas marionetes e
esperar que os outros indiquem o que devemos fazer, pois um
espetáculo está sempre pasível a erros pois quem está atuando não é
uma maquina então muitas vezes dependemos do improviso, que está
ligado a nossa fonte criativa, então sem ela o esétaculo pode estar
arruinado, além de que devemos sempre estar atentos ao que o dietor
diz e que devemos anotar para que assim consigamos estudar em casa
e no róximo ensaio com todos os atores não cometer o mesmo erro.
VII - Ele encerra o capítulo destacando a responsabilidade de todos os
envolvidos na produção teatral em garantir uma experiência positiva para
o público. Desde os funcionários da bilheteria até os atores no palco,
cada um desempenha um papel fundamental na criação de uma
atmosfera propícia ao entretenimento e à arte.

Em suma, o capítulo XIV de "A Construção da Personagem" oferece uma


análise perspicaz dos desafios éticos e práticos enfrentados pelos atores,
complementada por conselhos valiosos para aqueles que desejam
aprimorar suas habilidades no teatro. É uma leitura recomendada não
apenas para profissionais do teatro, mas também para qualquer pessoa
interessada em compreender as complexidades do mundo teatral.

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