Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Associação de Educação E Cultura de Goiás - Aecg: Detecção E Prevenção Do Câncer Da Próstata
Associação de Educação E Cultura de Goiás - Aecg: Detecção E Prevenção Do Câncer Da Próstata
FACULDADE PADRÃO
CURSO DE ENFERMAGEM
GOIÂNIA-GO
2010
ADRYANNE CLEUSA CRISTINA TAVARES BATISTA
CÁSSIA RODRIGUES SIMÕES MACHADO
CLAUDIANA DO PRADO FERREIRA
GILVANIRA DA SILVA ALVES
LAIANNY GLEICY VIANA RAMOS
GOIÂNIA-GO
2010
ADRYANNE CLEUSA CRISTINA TAVARES BATISTA
CÁSSIA RODRIGUES SIMÕES MACHADO
CLAUDIANA DO PRADO FERREIRA
GILVANIRA DA SILVA ALVES
LAIANNY GLEICY VIANA RAMOS
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Profª MSc. Nelma Costa Borborema - Faculdade Padrão - Orientadora
____________________________________________________
Enfermeira Valéria Nunes Pereira - Diretora Técnica do Distrito Sanitário Sul
____________________________________________________
Enfermeira Adriana Zottarelli B. de Sousa – Chefe de Enf. Hospital Lúcio Rebelo
GOIÂNIA-GO
2010
DEDICATÓRIA
A Deus, que através da força do Seu Espírito, nos fez superar as dificuldades
encontradas no caminho, e que nos permitiu conseguir mais uma conquista ao concluirmos
este trabalho, acrescentando, assim, ainda mais a nossa paixão por viver.
Para que a concretização deste estudo se efetivasse, agradecemos às inúmeras
pessoas que foram incentivadoras neste processo e seus ensinamentos serão a partir de agora
essenciais em nossa caminhada pessoal e profissional. Então, por estes extraordinários
exemplos, expressamos nossos reais agradecimentos:
À coordenadora Kellen Cristina Mata, que com sua capacidade e empenho de
coordenar o Curso de Enfermagem, sempre esteve disposta a melhor atender, nos
proporcionando chegarmos até aqui.
À Professora Nelma Borborema, pela sua delicadeza, paciência e inteligência, que
soube orientar e valorizar esta pesquisa.
Aos professores mestres e doutores que a nós repassaram seus conhecimentos,
fazendo com que nosso desenvolvimento fosse o melhor possível.
Aos nossos colegas de curso e disciplinas que compartilharam conosco seus
conhecimentos.
A todos aqueles que de alguma forma contribuíram ou torceram pela concretização
deste curso.
RESUMO
The prostate cancer represents one of the main health-care problems. In Brazil, the
prostate cancer is the second most frequent malignancy diagnosed in adult men (it only loses
for melanoma). It in absolute values is the sixth most common cancer worldwide and it is
more prevalent in men, estimated about 10% of all cancers. Many comparative studies
between men and women, has showed the fact that men are more likely vulnerable to major
chronic diseases and that men die earlier in life more often than women. And despite of his
more vulnerability and high rates of death, men are less likely than women to actively seek
medical care.
CP – Câncer da Próstata
DNA – Ácido Desoxirribonucleico
ERD – Exame Retal Digital
HPB – Hiperplasia Prostática Benigna
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INCA – Instituto Nacional do Câncer
LHRH – Hormônio Liberador do Hormônio Luteinizante
OMS – Organização Mundial de Saúde
PSA – Antígeno Prostático-Específico
SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem
SBU – Sociedade Brasileira de Urologia
SVS – Secretaria de Vigilância em Saúde
TC – Tomografia Computadorizada
TNM – Tumor Nódulo Metástase
TRUS – Ultra-som Transretal
SUMÁRIO
Resumo VI
Abstract VII
Lista de Figuras VIII
Lista de Tabelas e Gráficos IX
Listas de Abreviaturas e Siglas X
1. INTRODUÇÃO 12
2. METODOLOGIA 14
3. OBJETIVOS 15
3.1 Objetivo Geral 15
3.2 Objetivos Específicos 15
4. ANATOMIA DA PRÓSTATA 16
4.1 Neoplasia e Definição Do Câncer Da Próstata 17
4.2 Diagnósticos 19
5. EPIDEMIOLOGIA 24
6. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 29
7. EVOLUÇÃO DO CÂNCER DA PRÓSTATA 31
8. FATORES DE RISCO 33
9. ESTADIAMENTO 34
10. TRATAMENTO 37
10.1 Efeitos e Sequelas Do Tratamento 42
11. PREVENÇÃO DO CÂNCER 44
12. PAPEL DA ENFERMAGEM DIANTE DO PACIENTE COM CÂNCER 48
12.1 Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) 49
13. CONCLUSÃO 51
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53
12
1. INTRODUÇÃO
diagnosticado com a doença ao longo da vida, sendo sua taxa de incidência cerca de seis
vezes maior em países desenvolvidos em comparação com os países em desenvolvimento
(INCA, 2010).
Mais do que qualquer outro tipo de câncer o CP é considerado um mal da terceira
idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Sua
incidência aumenta com a idade atingindo quase 50 % dos indivíduos com 80 anos. No Brasil,
de 60% a 70% dos casos são diagnosticados quando a doença já está disseminada
(SCHOFFEN, et al., 2009).
Podemos notar que mesmo diante das campanhas do governo e da instituição do “Dia
Mundial de Combate ao CP - 17 de Novembro” para ajudar a combater o tabu dos exames
preventivos e descobrir casos antes do estágio avançado os brasileiros do sexo masculino
ainda relutam em realizar o exame periódico e deixam de reconhecer a importância de se
detectar o câncer em sua fase inicial – o que aumenta as chances de cura – apenas uma
pequena parte da população realiza os exames precocemente. A falta de informação o
preconceito e o próprio medo de se deparar com a doença são fatores que dificultam a
prevenção, muitos pacientes apenas procuram o médico quando já sentem alguns sintomas
como dificuldade para urinar, presença de sangue na urina ou ainda incontinência urinária e
relata que muitos homens só chegam ao consultório com a doença já em estado avançado e
sem possibilidade de cura (FONSECA, 2009).
A próstata por se tratar de um órgão que afeta a sensibilidade sexual masculina, a
depressão e o sentimento de impotência estão presentes em todos os pacientes, mesmo
naqueles em que a impotência possa ser temporária (TOFANI, et al., 2007).
Sendo assim a busca do diagnóstico precoce assume fundamental importância e este
deve ser realizado através de exame preventivo anual em todos os homens a partir de 45 anos
de idade, independente de apresentarem ou não sintomas. E naqueles que possuem história de
incidência de CP na família, a recomendação é que o exame preventivo seja iniciado aos 40
anos (ORQUIZA, 2010).
14
2. METODOLOGIA
Foi realizada a revisão de literatura a partir das bases de dados on line Scielo, Lilacs,
Bireme/BVS no período de 2000/2010 utilizando os seguintes descritores: CP, manifestações
clínicas, prevenção, masculinidade, homens. A revisão foi ampliada através de busca em
outras fontes, tais como documentos governamentais, estatísticas de saúde, sites na Internet
sobre CP, referencias citadas nos artigos obtidos.
Os critérios de inclusão foram artigos originais com populações adultas (>45 anos),
publicados entre 2000 e 2010 na língua portuguesa, que avalia aspectos de prevenção e
diagnóstico do CP. Os critérios de exclusão foram artigos de línguas estrangeiras e com mais
de 10 anos de publicação. A pesquisa bibliográfica foi realizada através de análise de
conteúdo, nos quais os resultados preliminares apontam para a mudança na vida social para os
homens.
O presente estudo tem como meta analisar as recomendações voltadas para a
prevenção do CP presentes na literatura específica sobre o assunto.
15
3. OBJETIVOS
4. ANOTOMIA DA PRÓSTATA
A próstata é uma glândula exclusiva dos homens, situada logo abaixo da bexiga, de
aparência e volume semelhante a uma castanha. É responsável pela produção de boa parte do
líquido seminal (TOFANI, et al., 2007).
Outra definição da próstata é uma glândula masculina que se localiza entre a bexiga e
o reto. Essa glândula participa da produção do sêmen, líquido que carrega os espermatozóides
produzidos no testículo (BRUNNER & SUDDARTH, 2005).
E ainda segundo MARQUES (2007), sua função no organismo é produzir um líquido
que serve para alimentar os espermatozóides depois que são ejaculados no ato sexual, sendo a
maior glândula do sistema reprodutivo masculino. Sua secreção é viscosa e alcalina; tem por
função neutralizar a acidez da urina residual acumulada na uretra e também à acidez natural
da vagina (BERNARDES, et al., 2010).
Segundo a SBU (2003) – SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA – a próstata
pesa em torno de 20g no adulto jovem. Integra tanto a estrutura do aparelho genital quanto do
urinário. Em relação ao sistema genital, é responsável pela produção de, aproximadamente,
30% do líquido seminal que é eliminado durante a ejaculação, no ato sexual (Figura I).
A próstata por ser uma glândula é afetada pelos hormônios sexuais masculinos. Esses
hormônios estimulam a atividade da próstata e a substituição das células da próstata, uma vez
que essas sejam destruídas. Para um funcionamento adequado, a próstata necessita de
hormônios masculinos (andrógenos), que são os responsáveis pelas características sexuais
masculinas. O principal hormônio masculino é a testosterona, que é produzida quase
totalmente pelos testículos (ONCOGUIA, 2008).
17
À medida que o homem envelhece sua próstata vai aumentando de tamanho. Em razão
deste aumento, é comum que a partir dos 50 anos os homens sintam o fluxo urinário mais
lento e um pouco menos fácil de sair. Por isso, quando aumenta de volume, a próstata se
transforma em uma verdadeira ameaça para o bem-estar do homem, pois começa a comprimir
a uretra e a dificultar a passagem da urina: o jato urinário se torna gradativamente fino e fraco
(SCHOFFEN, et al., 2009).
Um dos problemas do não esvaziamento completo da bexiga é o favorecimento ao
crescimento de bactérias em seu interior. O ato de urinar expulsa boa parte das bactérias
presentes na urina, mas nos pacientes com HPB, há sempre um "laguinho" de urina para as
bactérias se reproduzirem. Não é de se estranhar que a cistite é rara em homens até os 45-50
anos e depois passa a ser um diagnóstico comum. A bexiga só consegue vencer a resistência
da uretra comprimida pela próstata quando está cheia de urina. Quando o nível de urina dentro
da bexiga desce, a pressão já não é mais suficiente e o jato se interrompe. O resultado final
disto é uma bexiga que não consegue mais se esvaziar por completo. Uma bexiga que está
sempre com alguma urina em seu interior fica cheia mais rapidamente, e por isso, a vontade
de urinar é frequente (PINHEIRO, 2009).
De acordo com CORRÊA (2003), como todos os outros tecidos e órgãos do corpo, a
próstata é composta por células, que normalmente se dividem e se reproduzem de forma
ordenada e controlada, no entanto, quando ocorre uma disfunção celular que altere este
processo de divisão e reprodução, produz-se um excesso de tecido, que dá origem ao tumor,
podendo este ser classificado como benigno ou maligno (SCHOFFEN, et al., 2009).
nós como sendo uma perda da diferenciação normal) indica que há um novo tecido se
formando no local (RODRIGUES, 2007).
O termo tumor foi aplicado ao crescimento causado pela inflamação. Os neoplasmas
também podem induzir crescimentos, mas o uso não-neoplásico de tumor passou para o
limbo. Assim o termo hoje é um sinônimo de neoplasmas. A oncologia é o estudo dos
tumores. Câncer é o termo utilizado para determinar todos os tumores malignos. Tratando do
assunto de neoplasia STEVENS E LOWE (2002), ressaltam que elas podem ser divididas em
malignas e benignas: quando o tumor apresenta um contorno bem definido e crescimento
localizado é denominada de neoplasia benigna e é dita neoplasia maligna quando o tumor
apresenta um contorno indefinido e as células crescem sobre os tecidos circundantes, assim
promovendo a sua destruição (RODRIGUES, 2007).
O câncer é um processo patológico que começa quando uma célula anormal é
transformada por mutação genética do DNA celular. Essa célula anormal forma um clone e
começa a se proliferar, ignorando os sinais de regulação do crescimento no ambiente que
circunda a célula. As células adquirem características invasivas, e as alterações têm lugar nos
tecidos circunvizinhos. O câncer não é uma doença única; em lugar disso, é um grupo de
doenças distintas com diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognósticos. As
células cancerosas são descritas como neoplasias malignas, ou seja, demonstram crescimento
celular desordenado que não seguem a demanda fisiológica. É o resultado da multiplicação
exagerada e descontrolada de algumas células que adquirem a capacidade de invadir as
estruturas sadias à sua volta. Eventualmente podem deslocar-se do seu local de origem, atingir
a corrente sanguínea e alcançar outras partes do corpo. Quando essas alterações ocorrem no
tecido prostático, temos o CP, ao invés de as células morrerem como deveriam, as células
cancerígenas ultrapassam as células normais e continuam a formar novas células anormais. O
crescimento de células anormais é chamado tumores. O termo “tumor primário” entende-se
como o original tumor, tumores secundários são causados quando o original câncer se espalha
para outros locais do corpo (BRUNNER & SUDDARTH, 2005).
A detecção precoce ou screening para um tipo de câncer é o processo de procurar um
determinado tipo de câncer na sua fase inicial, antes mesmo que ele cause algum tipo de
sintoma. Em alguns tipos de câncer, o médico pode avaliar qual grupo de pessoas corre mais
risco de desenvolver um tipo específico de câncer por causa de sua história familiar, por causa
das doenças que já teve ou por causa dos hábitos que possui como: fumar, consumir bebidas
de álcool ou comer dieta rica em gorduras (ZELMANOWICZ, 2001).
19
4.2 – Diagnósticos
FRIEDENREICH (2001) descreve o toque retal ou ERD (Exame Retal Digital) como
um exame realizado pela introdução do dedo indicador do médico, lubrificado e enluvado, no
ânus do paciente. Dura de 5 a 30 segundos, é relativamente indolor e presta ao médico
informações como: estado do esfíncter anal, estado das fezes dentro do reto, presença ou não
de tumores do reto, alcançáveis pelo dedo do médico, presença ou não de dor na próstata,
vesículas seminal e reto, que pode indicar presença de inflamações, avaliação do tamanho da
próstata, avaliação da presença de nódulos suspeitos de CP, avaliação da consistência da
próstata (dura, mole ou elástica) e avaliação dos bordos, limites e simetria da próstata
(ALMEIDA, et al., 2004).
O exame de ultra-sonografia ou ecografia transretal (TRUS) segundo
ZELMANOWICZ (2001) é um exame em que um transdutor (aparelho que emite uma onda
sonora e o seu eco é captado pelo mesmo aparelho para gerar uma imagem na tela de um
monitor) é introduzido no reto do paciente através do ânus, e assim, de modo semelhante ao
20
exame do toque retal, a próstata e as outras estruturas do assoalho pélvico são visualizados
para se detectar alterações de tamanho ou forma.
O PSA, ou Antígeno Prostático-Específico, é um exame de sangue que mede níveis de
uma substância relacionada a alterações presentes na próstata. Na maioria das vezes, quando
muito aumentado, significa que houve uma alteração maligna das células dessa glândula.
Porém, quando os níveis estão levemente aumentados, pode ser devido a qualquer outra
alteração da próstata, inclusive um toque retal recente. Por outro lado, alguns pacientes com
CP não tem esse exame alterado. O PSA é uma proteína componente do líquido seminal
produzida pelas células prostáticas. Esta substância pode ser encontrada no sangue dos
pacientes do sexo masculino, habitualmente em concentrações baixas. Em algumas situações
pode ocorrer elevação das taxas de PSA, como na presença de CP. Assim sendo, a
determinação dos níveis de PSA na circulação sanguínea passou a integrar a rotina preventiva
do paciente do sexo masculino (ZELMANOWICZ, 2001).
A biópsia prostática é indicada frente a uma suspeita de CP. Consiste na retirada de
fragmentos da próstata a partir de punções guiadas por TRUS é um exame invasivo e não é
isenta de complicações, logo sua indicação tem de ser criteriosa a fim de se evitar biópsias
desnecessárias e seus riscos inerentes, como sangramentos e infecção (Figura III) (JÚNIOR,
2010).
Os fragmentos retirados são uma pequena amostra de toda a próstata, mas nos
permitem realizar análise do tecido e células prostáticas, na tentativa de se identificar e
esclarecer o que está ocasionando áreas endurecidas e/ou nódulos na próstata ou a elevação
nos valores do PSA. Atualmente, as biópsias são realizadas com anestesia local, sedação
endovenosa e profilaxia antimicrobiana. O médico ultrassonografista ou urologista utilizam o
TRUS com doppler colorido para retirar cerca de 18 a 24 fragmentos. Após a biópsia, pode
ocorrer sangramento nas fezes em pequena quantidade por até dois dias, na urina por até duas
21
semanas e no sêmen por até dois meses. Quando positiva, a biópsia da próstata define o tipo
de tumor que acomete a próstata, o volume tumoral (Soma das porcentagens dos fragmentos
acometidos) e sua agressividade (escala de Gleason) – capacidade de replicação, de invasão e
de gerar metástases (CATARIN, 2010).
Caso os testes diagnósticos e outros exames revelem um tumor prostático maligno, o
médico pode optar pelo sistema de graduação de Gleason para ajudar a descrever a aparência
do tecido canceroso. Como exemplo de exames e visualizações podemos citar: o Raio-X de
tórax, imagem que pode mostrar se o câncer disseminou para os pulmões ou outras estruturas,
tais como as costelas; Cintilografia óssea, uma imagem que pode mostrar se o câncer se
disseminou para os ossos; Tomografia computadorizada (TC), imagens produzidas por
computador a partir de raios-X, mostrando a próstata e outras partes adjacentes do corpo;
Urografia Excretora, Raio-X dos rins, ureteres e bexiga que é obtido após um contraste
especial ter sido injetado no paciente; Imagem por Ressonância Magnética, que é imagem
produzida por um computador e um potente magneto que mostra a próstata e outras partes
adjacentes do corpo. Já como amostras teciduais podem citar: Dissecção nodular pélvica ou
linfadenectomia, procedimento utilizado para ajudar a determinar se o CP se disseminou. Este
exame é tipicamente realizado durante a cirurgia para a remoção da próstata (ONCOGUIA,
2008).
No CP, há mutações e transformações de células normais em células cancerosas. As
glândulas da próstata necessitam de hormônios, conhecidos como andrógenas, para funcionar
corretamente. Os andrógenas incluem a testosterona, que é produzida nos testículos, a
dehidroepiandrosterona, produzida nas supra-renais e a dihidrotestoreno, que é convertido a
partir da testosterona no interior da próstata. Os andrógenos também são responsáveis pelas
características sexuais secundários dos homens, como os pêlos da face e uma massa muscular
aumentada (BERNARDES, et al., 2010).
Quando um tumor canceroso é pequeno e está localizado apenas dentro da próstata, o
câncer freqüentemente não é detectado. O câncer pode não causar sintomas e pode ser
pequeno demais para um médico conseguir palpá-lo durante um exame de rotina da próstata.
Um homem pode viver durante muitos anos sem descobrir que tem câncer. Conforme o
câncer se desenvolve, entretanto, a próstata eventualmente pode comprimir a uretra, que é
envolvida pela próstata. Então, podem ocorrer sintomas como a dificuldade para urinar.
Geralmente, esse é o primeiro sintoma do CP. (É importante notar, entretanto, que a
dificuldade em urinar pode ser causada por outras condições não-cancerosas da próstata e nem
sempre significa que o CP esteja presente.) Com ou sem sintomas, um câncer em
22
que apresentam sinais iniciais da doença (diagnóstico precoce) e aquela, voltada para pessoas
sem nenhum sintoma e aparentemente saudáveis (rastreamento).
A busca do diagnóstico precoce visa um tratamento curativo, assumindo, portanto,
fundamental importância. Uma vez realizado o diagnóstico, todos os pacientes com CP devem
ser estagiados, o que é feito rotineiramente por meio de dosagens séricas de PSA e de
fosfatase ácida, de mapeamento ósseo, de tomografia (ou ultra-som) do retroperitônio e de
radiografias do tórax. Os níveis de PSA sérico são proporcionais ao volume tumoral, o que
faz com que as neoplasias localizadas nesses valores situem-se sempre abaixo de 20 ng/ml e
em tumores metastáticos superem 100 ng/mL (ALMEIDA, et al., 2004).
Quando o Urologista percebe que existe uma alteração suspeita de CP no PSA ou no
ERD, ele irá recomendar uma biópsia da próstata. Essa biópsia deve ser realizada guiada por
TRUS e sob sedação para maior conforto do paciente. Como dito anteriormente, o CP
somente leva a sintomas quando apresenta crescimento acentuado. Por esse motivo é que se
recomenda o check up anual, independente de o paciente apresentar qualquer sintomatologia.
Nesse check up o Urologista deve solicitar o exame de PSA e realizar o ERD para palpar a
superfície da glândula (semelhante ao exame das mamas nas mulheres). Desta forma, o
Urologista terá a possibilidade de detectar o tumor ainda nos estágios iniciais, o que levará a
uma maior chance de cura (ALMEIDA, 2007).
Só existe um modo seguro de se curar o CP que é descobrindo-o precocemente, ou
seja, submetendo-se ao exame preventivo (GOMES, 2010).
A dificuldade da prevenção prende-se a diversos fatores como a falta de informação da
população, que mantém algumas crenças ultrapassadas e negativas sobre o câncer e seu
prognóstico; o preconceito contra o câncer e contra o exame preventivo, principalmente o
toque retal; a inexistência de um exame específico e sensível que possa detectar em fase
microscópica e a falta de rotinas abrangentes programadas no serviço de saúde públicas e
privadas (FILIPINI, et al., 2009).
O INCA recomenda que o controle do CP seja baseado em ações educativas voltadas
em primeiro ligar à população masculina, acelerando sobre os sinais e sintomas iniciais do
CP, estimulando-os a procurar uma unidade de saúde tão logo sejam notadas; e os
profissionais de saúde atualizando-os sobre sinais de alerta para suspeição do CP e os
procedimentos de encaminhamento para o diagnóstico precoce dos casos. Como em todas as
outras doenças, os maiores e mais efetivos resultados têm sido obtidos ou com as
antecipações nas chamadas medidas preventivas ou com a detecção e tratamento precoces
(INCA, 2010).
24
5. EPIDEMIOLOGIA
E ainda segundo o INCA (2010) o CP é câncer que mais atingirá os homens no Brasil
em 2010, quando deverão surgir aproximadamente 52 mil novos casos dessa doença e coloca
o CP como um dos mais incidentes entre os homens brasileiros. No Brasil, a taxa de
mortalidade por CP em 2006, último dado disponível, foi de 15,29 homens a cada 100 mil,
superada, no caso dos homens, apenas pela taxa de mortalidade por câncer de traquéia,
brônquios e pulmão (17,44 homens a cada 100 mil). No entanto, o CP foi o que apresentou o
maior aumento de mortalidade em dez anos – quase 40%, ante 6% de crescimento em óbitos
por câncer de traquéia, brônquios e pulmão. Os dados são do Atlas de Mortalidade por
Câncer, elaborado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e pela Secretaria de Vigilância
em Saúde (SVS), em conjunto com a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) (INCA, 2010).
De acordo com o Relatório Mundial do Câncer, da Agência Internacional de Pesquisa
em Câncer, braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que em 2008 tenha
havido 12,4 milhões de novos casos de câncer no mundo e 7,6 milhões de óbitos por causa da
doença. Na América do Sul, na América Central e no Caribe, estimam-se 1 milhão de casos
novos e 589 mil óbitos no mesmo período. Entre os homens dessas regiões, o principal tipo de
câncer foi o de próstata (INCA, 2010).
A estimativa do INCA é de que 49.530 homens tenham CP em 2009. Esse número
representa 52,43 casos da doença a cada 100 mil homens. Assim o CP está entre os mais
freqüentes, só superado pelo câncer de pele não-melanoma. Ainda de acordo com o INCA, a
taxa de mortalidade por CP passou de 10,18 para 13,93 de 2000 para 2006, como indica a
Tabela I.
por CP. Isso pode ser explicado pela maior expectativa de vida nos países da União Européia,
uma vez que qualquer tipo de câncer apresenta como fator de risco a idade (INCA, 2010).
A Tabela 2 mostra as estimativas para o ano 2010 das taxas brutas de incidência por
100.000 e número de casos novos por câncer, em homens, segundo os mais comuns tipos de
câncer no estado de Goiás e na capital Goiânia-GO (INCA, 2010).
Segundo o INCA (2010) a representação espacial das taxas brutas de incidência por
100.000 homens estimados para o ano 2010, segundo a Unidade da Federação (neoplasia
maligna da próstata). (Figura V).
Pode-se observar também elevação da mortalidade por CP nos homens de faixa etária
acima dos 70 anos e, mais nitidamente, acima dos 80 anos. Esses dados levam a refletir que
existe um pequeno risco de morte precoce, antes dos 50 anos, por CP, pois os homens morrem
por outras causas antes que o CP possa se manifestar (INCA, 2008).
6. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
coluna, fêmur e bacia, sangue na urina, insuficiência renal, perda de peso e infecções
generalizadas (ONCOGUIA, 2008).
Os sintomas da HPB são exatamente os relacionados a essa obstrução da urina. Os
primeiros sinais são a perda de força do jato urinário e a necessidade de urinar
freqüentemente. Outro sintoma do crescimento da próstata é a disfunção erétil (impotência),
que ocorre por compressão dos nervos que controlam a ereção. Portanto, o termo benigno se
refere apenas à ausência de câncer, pois a hiperplasia prostática pode levar a complicações
graves e até morte pela insuficiência renal. Ao contrário da HPB que cresce de modo
uniforme e simétrico, a próstata com câncer apresenta crescimento irregular e localizado. Por
isso, dependendo da área onde surge o tumor, pode não haver compressão da uretra e,
portanto, sintomas de uma próstata aumentada. Quando o tumor cresce em direção a uretra e
causa obstrução, os sintomas são semelhantes à HPB. Conforme a próstata cresce, maior é a
obstrução, até o ponto onde pode haver a completa obstrução da urina. A urina que não é
drenada se acumula na vias urinárias e acaba por acometer os rins, levando a hidronefrose
(dilatação dos rins). O resultado final é a insuficiência renal grave, inclusive com necessidade
de hemodiálise de urgência (PINHEIRO, 2009).
Ao se espalhar da sua localização original para outros órgãos, o novo tumor tem o
mesmo tipo e o mesmo nome das células anormais do tumor primário. Por exemplo, se o CP
contamina os ossos, as células cancerosas do novo tumor são células da próstata, a doença é
um câncer metastático da próstata, e não um câncer de osso. Dessa maneira, a neoplasia se
dissemina desde o seu estágio primário, formando tumores secundários em outros órgãos
(SCHOFFEN, et al., 2009).
Verifica-se que com ou sem sintomas, um câncer em desenvolvimento também pode
começar das células próximas à próstata. Aleatoriamente, as células podem desprender-se do
tumor e disseminar-se para outras partes do corpo, como os nódulos linfáticos, pulmões e
ossos, especialmente os ossos do quadril e da região lombar inferior. O sintoma mais comum
desta disseminação é a dor óssea. Assim como o tumor da próstata primário, os tumores que
tenham se disseminado para outras partes do corpo podem expandir-se e comprimir outras
partes do corpo (ONCOGUIA, 2008).
31
8. FATORES DE RISCO
9. ESTADIAMENTO
Tabela V: Estadiamento T
Estágio TX Descrição: o tumor primário não pode ser avaliado.
Estágio T1 Descrição: o tumor está limitado apenas à próstata. Nesse estágio, não causa nenhum
(Estágio A) sintoma. O tumor ainda é muito pequeno para ser sentido durante um ERD ou se
observado por imagem durante o processo de varredura. Esses tumores normalmente
são encontrados casualmente durante a cirurgia para um tumor benigno ou para alguma
outra doença da próstata. Os tumores também podem ser encontrados durante o
seguimento dos testes de rastreio que medem o PSA. Escolhas comuns de tratamento:
algumas vezes a cirurgia ou a radioterapia serão escolhidos durante o estágio T1. Em
outros casos, pode ser que nenhum tratamento seja necessário. Nesses casos, médico e
paciente, decidem simplesmente observar o câncer. A terapia expectante pode incluir
ERDs e exames de sangue regulares realizados por seu médico. O tratamento pode ser
iniciado tardiamente, se necessário.
Fonte: INCA, 2010
35
Tabela X: Estadiamento N
Estágio NO- N3 Escolhas comuns de tratamento: a hormonoterapia geralmente é utilizada em
primeiro lugar. A quimioterapia pode ser utilizada depois de a hormonoterapia não
mais estiver dando resultados.
Estágio NO Descrição: ausência de metástases em linfonodos regionais.
10. TRATAMENTO
Nesse último caso, a radiação é colocada mais próxima das células do tumor, reduzindo a
ocorrência dos efeitos colaterais. A maioria dos efeitos colaterais não é grave e desaparece
após o término das sessões. São eles: cansaço; lesões de pele na região tratada; micção
freqüente e dolorosa; irritação do estômago; diarréia; sangramento pelo ânus (BOA SAÚDE,
2005).
A observação vigilante é o processo na qual se mantêm o acompanhamento do CP,
pois geralmente o tumor possui um crescimento lento, permitindo ser monitorado e observado
cuidadosamente nos casos em que os tumores são muito pequenos, em pacientes idosos ou
com outras doenças associadas. Muitos pacientes nunca irão necessitar de tratamento do
câncer e estarão livres dos efeitos colaterais das terapias agressivas. Para alguns pacientes em
certos estágios do CP, a terapia recomendada pode ser simplesmente a "observação vigilante",
pelo menos em curto prazo. Este pode ser o caso quando o CP é diagnosticado em um estágio
muito precoce ou quando não é esperado que o câncer progrida tão rapidamente para começar
a utilizar outros tratamentos (ONCOGUIA, 2008).
Já na hormonioterapia o objetivo é controlar o crescimento do câncer, em pacientes
que ainda não receberam qualquer tipo de tratamento, opta-se pelo bloqueio do hormônio
masculino, a testosterona, desde que as células prostáticas acometidas pelo câncer ainda
crescem estimuladas pela testosterona. Esse bloqueio hormonal pode ser medicamentoso ou
cirúrgico (castração). É mais comumente utilizada para tratamento dos cânceres
disseminados. Ela não cura o câncer e sim reduz seu tamanho. São duas as opções: a remoção
cirúrgica dos testículos: assim com a remoção dos testículos a produção desse hormônio cai
significativamente. O objetivo é reduzir o tamanho do tumor e/ou prevenir o crescimento
futuro. Mas esse tratamento é dificilmente aceito por muitos homens. Os efeitos colaterais
são: redução do desejo sexual, sensibilidade e/ou crescimento das mamas, ondas de calor,
impotência; medicamentos que inibem a produção ou a ação da testosterona; os efeitos
colaterais são semelhantes aos da remoção dos testículos. A quimioterapia consiste no uso de
medicamentos tóxicos que atacam as células cancerosas. Porém, eles atacam também células
sadias, principalmente aquelas com alta taxa de multiplicação, como as células do sangue, dos
folículos pilosos, da pele, entre outras. A quimioterapia é utilizada nos pacientes com doença
avançada, que não respondem à hormonioterapia. Os efeitos colaterais mais comuns são:
queda de cabelo, náuseas, vômitos, diarréia, alterações das células do sangue (que pode
predispor a infecções) (BOA SAÚDE, 2005).
Quando o urologista detecta um CP, o primeiro esforço é saber se o tumor está
localizado, avançado ou metastático. Se estiver situado internamente, recorre-se à cirurgia, à
40
probabilidade de um homem ficar impotente depois da operação era de 80%. Agora, essa
ameaça foi reduzida a um terço. Extremamente agressiva, a radioterapia costumava lesionar a
bexiga e o reto, os órgãos mais próximos da próstata. Hoje, a radiação pode ser controlada de
modo a preservar os tecidos ao redor do tumor. É como diz o urologista Guimarães: "O modo
de lidar com o CP mudou tanto nos últimos anos que hoje temos a impressão de estar diante
de uma doença completamente nova – e, certamente, mais controlável" (LOPES, 2008).
Neste sentido, tem-se recomendado alimentação com baixo teor de gordura animal,
comum nos países onde a incidência da doença é baixa (apenas 15% do total de calorias sob
forma de gordura). A ingestão abundante de tomate e seus derivados parece diminuir de 35%
os riscos de CP, segundo estudo realizado na Universidade de Harvard. O efeito benéfico do
tomate resultaria da presença de grandes quantidades de lycopene, um b-caroteno natural
precursor da vitamina A (COLOMBO, et al., 2008).
Ainda segundo GOMES (2008), o exercício regular e a comida saudável diminui a
taxa de crescimento do câncer. Deve-se evitar gorduras, álcool, carnes em geral
(especialmente carne vermelha) e cálcio (nunca mais de 2 copos de leite ao dia), já que o
câncer necessita de calorias para crescer. A melhor forma para uma alimentação saudável é
comer muita verdura e vegetais, grãos e legumes, produtos de soja, chá verde ou branco, água
(2 litros/dia), fibras (pelo menos 25 gramas), vitaminas A, D e E e o mineral selênio
(SCHOFFEN, et al., 2009).
Tem-se alegado preconceito cultural para explicar porque a maioria dos homens
resiste ao exame, assim a realização de exames de preventivos contra o CP ainda é um tabu
(FILIPINI, et al., 2009).
Segundo MARQUES (2007) o simples pronunciamento desta palavra causa
inquietação, receio e mal-estar para a maioria dos homens. Exatamente porque envolve um
problema grave para a população masculina. A próstata é um glândula exclusiva dos homens
e é um dos órgãos genitais mais sensíveis. Os homens conservam réstias de um machismo
tolo, recusam-se a permitir que o toque seja feito. E se fazem o exame não contam para
ninguém, envergonhando-se da atitude tomada (BERNARDES, et al., 2010).
O mito do toque retal ao contrário do que se pensa, não é um exame "antigo" ou
"superado"; não compromete a masculinidade nem é indigno. Jamais deverá ser trocado por
qualquer outro exame tipo ultra-sonografia ou radiografia, que não o substituem, mas
complementam-no quando for o caso. Concluído o exame preventivo, se nada de anormal for
encontrado, o paciente é orientado para retornar após um ano. Caso haja alguma suspeita de
CP ou HPB importante, o urologista tomará providências para esclarecer o caso,
aprofundando a investigação através da realização de outros exames (MARZANO, 2009).
condições de enfrentar o sofrimento. A masculinidade não é algo dado, mas algo que
constantemente o homem procura conquistar (TOFANI, et al., 2007).
GOMES (2003) também refere que na construção da identidade masculina pode estar
embutido, de forma contraditória, justamente o não cuidar de si, porque ser homem para
alguns é ser alguém que é poderoso e imbatível. O sentimento de impotência repercute como
uma ferida na vida dos pacientes com CP. Embora haja uma evolução da medicina em termos
de possibilidades de tratamento, observa-se que por se tratar de um órgão que afeta a
sensibilidade sexual masculina, o sentimento de impotência está presente em todos os
pacientes, mesmo naqueles com impotência transitória (TOFANI, et al., 2007).
48
13. CONCLUSÃO
O CP, uma das principais causas de doença e morte no mundo, uma vez que muitas
variáveis o influenciam: idade do paciente, níveis do PSA, estágio do tumor. O grande desafio
é realizar o diagnóstico precoce da doença, buscando sua cura logo nos estágios inicias.
Contudo, nota-se ainda um descaso da população masculina com relação à
fisiopatologia do câncer prostático, assim como sobre a importância da utilização de medidas
preventivas para se evitar o seu desenvolvimento, já que se registra na literatura um aumento
progressivo de sua incidência com o passar dos anos. Este aumento pode ser parcialmente
justificado pela evolução dos métodos diagnósticos, pela melhoria na qualidade dos sistemas
de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida do brasileiro. No entanto,
superar o preconceito, o medo e as barreiras impostas à realização do exame preventivo do
toque retal, assim como a desinformação dos homens com respeito a esta patologia, ainda é
uma realidade em nosso meio.
Diante deste cenário, fica evidente a necessidade de se ampliar os investimentos no
desenvolvimento de ações abrangentes para o controle do CP, nos diferentes níveis de atuação
como: na promoção da saúde, na detecção precoce, na assistência aos pacientes, na vigilância,
na formação de recursos humanos, na comunicação e mobilização social, assim como, na
pesquisa.
Neste contexto da busca do diagnóstico precoce, as enfermeiras precisam familiarizar-
se com os contínuos desenvolvimentos no campo da genética e do câncer e estarem
preparadas para apoiar o paciente e sua família enfrentando uma ampla gama de crises físicas,
emocionais, sociais, culturais e espirituais já que se trata de um tema que envolve diretamente
com a masculinidade do homem, assumindo assim um papel de fundamental importância na
conscientização desta população.
53
FONSECA, A., Câncer: prevenção ainda é o melhor remédio. Oncologista da Oncomed. Out,
2009.
LOPES, A.D., O Inicio De Uma Nova Era. Revista Veja. Ed. 2083. Publicada em 22 de
Outubro de 2008.
SROUGI, M., Câncer da Próstata: uma opinião médica. Disponível em: <
http://www.uronline.unifesp.br/uronline/ed1098/caprostata.htm> Acessado em: setembro de
2010.