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Fundamentos Em Oncologia 1
Fundamentos Em Oncologia 1
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2
INTRODUÇÃO A ONCOLOGIA....................................................................... 3
CONCEITO ...................................................................................................... 4
HISTÓRIA ........................................................................................................ 4
ETIOLOGIA ................................................................................................... 14
PREVENÇÃO ................................................................................................ 18
DIAGNÓSTICO.............................................................................................. 19
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 34
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NOSSA HISTÓRIA
2
INTRODUÇÃO A ONCOLOGIA
3
CONCEITO
Como definição, o câncer compreende um grupo de mais de 100 doenças
caracterizadas pelo crescimento desordenado de células que possuem a capacidade
de disseminar-se entre os tecidos e órgãos adjacentes à estrutura afetada
inicialmente no ser humano. O câncer é considerado um problema de saúde pública,
enfrentado pelo sistema de saúde brasileiro em vista de sua amplitude
epidemiológica, social e econômica. A incidência crescente de casos de neoplasia
tem ocasionado uma transformação no perfil epidemiológico da população, seja pelo
aumento da exposição aos fatores cancerígenos, pelo envelhecimento populacional,
pelo aprimoramento das tecnologias para o diagnóstico, como também pela elevação
do número de óbitos por câncer.
HISTÓRIA
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De fato. Segundo sua ficha funcional, Dra. Lena chefiou a Seção de Clínica Médica
de janeiro a outubro de 1972 e, sete anos depois, a Seção de Oncologia Clínica, já
uma especialidade dentro do Serviço de Clínica Médica do Instituto. O episódio que
redundou na aposentadoria de Dr. Luiz Carlos, eminente cirurgião que criou o Grupo
de Quimioterapia em março de 1964, pouco antes do golpe militar, seria relatado de
forma saborosa por Plínio Lucena, funcionário veterano do INCA, hoje com 79 anos
de idade. Mas isso veremos adiante.
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em Belo Horizonte. Mas só com a revolução de 1930, que dá início aos 15 anos da
era Vargas, é que o gaúcho e amigo do presidente, Mário Kroeff, consegue fundar o
Centro de Cancerologia, em 1931. É uma instalação acanhada no antigo Hospital de
Triagem, que, dois anos depois, se torna o Hospital Estácio de Sá. O prestígio de
Kroeff não foi suficiente para evitar que o Centro de Cancerologia passasse, então,
para a Faculdade de Medicina, subordinada ao ministério que reunia Educação e
Saúde. Em 1937, Getúlio Vargas fechou o Congresso e instituiu a ditadura do Estado
Novo. Desde a Constituição de 1934, o cuidado com saúde e assistência pública já
era competência da União e dos Estados federados. A Reforma Capanema cria uma
política centralizada de saúde.
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Federal, com uma duvidosa argumentação geográfico-militar quanto à conveniência
da localização do hospital, que seria útil em caso de um ataque inimigo pelo mar... O
resultado foi o sucateamento dos aparelhos de raios X e da radioterapia. 17 No ano
seguinte, 1943, tanto o Centro de Cancerologia como o Serviço Nacional de Câncer
se instalam, em regime de comodato, no Hospital Gaffrée e Guinle, o que foi proposto
pela própria fundação mantenedora do hospital. Dois anos depois, o presidente da
República interino, José Linhares, compra o terreno da praça Vieira Souto, hoje Praça
Cruz Vermelha, para a construção da sede do futuro Instituto Nacional de Câncer.
Somente em 1957, a sede definitiva do Instituto seria inaugurada pelo então
presidente Juscelino Kubitschek.
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especialização no Brasil no tratamento do câncer. Nasce o princípio do que se
tornaria, anos mais tarde, a especialidade Oncologia Clínica.
EPIDEMIOLOGIA
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predomínio, em homens, de localizações de câncer com pior sobrevida, tais como
fígado, esôfago e estômago.
Figura : Gráfico sobre a incidência de casos de câncer em Homens no Brasil no ano de 2018.
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Fonte: MS / INCA / Estimativa de Câncer no Brasil, 2018.
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a substancias químicas podem ser fatores que levam à metaplasia. As alterações
metaplásicas podem ser reversíveis ou podem progredir para displasia.
Todo tumor maligno é formado por uma célula que deveria ser normal, mas
que sofreu mutação induzida por qualquer agente físico, químico ou biológico
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transformando-a em uma célula anormal com novo ritmo biológico e funções
diferentes das originais.
Ainda que a doença possa ser descrita nos termos gerais acima mencionados,
o câncer não é uma doença única, com uma única causa; ao invés disso, constitui um
grupo de doenças distintas, com diferentes causas, manifestações, tratamentos e
prognósticos.
INVASÃO E METÁSTASE
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células malignas podem penetrar os vasos linfáticos, por invasão. Após haver entrado
na circulação linfática, as células malignas alojam-se nos gânglios linfáticos ou
passam entre os linfáticos e a circulação venosa. Os tumores que surgem na áreas
do corpo com circulação linfática rápida e extensa apresentam elevado risco de
metástase através dos canais linfáticos. Os tumores de mama frequentemente
ocasionam metástases dessa forma, através dos canais linfáticos axilares,
claviculares e torácicos.
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ETIOLOGIA
VÍRUS
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AGENTES FÍSICOS
AGENTES QUÍMICOS
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substâncias, como álcool, asbesto, urânio e vírus, promovendo o desenvolvimento de
câncer. A mastigação do tabaco está associada a câncer da cavidade oral.
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FATORES ALIMENTARES
AGENTES HORMONAIS
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Há várias teorias acerca de como as células tumorais conseguem ultrapassar
um sistema imune aparentemente intacto. Se o corpo deixa de reconhecer a célula
maligna como diferente de si, a resposta imune pode não ser estimulada. A
insuficiência do sistema imune em responder imediatamente às células malignas
permite que o tumor cresça demais, dificultando seu controle pelos mecanismos
imunológicos normais.
PREVENÇÃO
Vários estudos têm demonstrado que numerosos fatores como raça, influência
culturais, nível educacional, renda e idade, influenciam o grau de conhecimento que
as pessoas têm acerca dos fatores de risco para o câncer e tipos de comportamentos
saudáveis que precisam praticar.
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A conscientização do público acerca da promoção da saúde pode ser
aumentada de várias formas. Programas de educação e manutenção da saúde são
patrocinados por organizações comunitários como igrejas grupos comunitários e
associações de pais e mestres. Os programas de prevenção primária podem focalizar
os riscos de fumo ou a importância da alimentação. Os programas de prevenção
secundária podem incluir o autoexame de mama, próstata e o teste de Papanicolau.
DIAGNÓSTICO
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mesmos. O paciente e sua família cobram informações
sobre os exames a serem efetuados e acerca do papel
do paciente diante desses exames.
Análise de substâncias
encontradas no sangue que
Câncer de mama, cólon,
são produzidas pelo tumor ou
Identificação de marcador pulmão, ovário, testículo e
pelo corpo em resposta ao
tumoral próstata.
tumor.
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Teste Descrição Usos Potenciais
Imagens transversais
computadorizadas da
concentração aumentada de
radioisótopos nas células
malignas fornecem Cânceres de pulmão,
Tomografia com emissão de informações sobre a atividade cólon, fígado e
pósitron (PET scan) biológica das células pancreático.
malignas; ajuda a distinguir
entre processos benignos e
malignos e as respostas ao
tratamento.
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TIPOS DE TUMORES
CÂNCER DE PULMÃO
O câncer de pulmão é o câncer mais comum no mundo e, também, a principal
causa de morte por neoplasia maligna. Sua ocorrência está associada ao uso de
tabaco e a demonstração desta relação configura-se como uma das mais importantes
vitórias da Epidemiologia.
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Imagem relacionada ao câncer de pulmão
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Imagens relacionadas ao câncer de Boca
CÂNCER DE ESÔFAGO
Os fatores de risco para o câncer de esôfago são similares aos descritos para
o câncer de boca e de laringe. Estudos apontam o consumo de tabaco, de álcool e
de mate como importantes e independentes fatores de risco para o câncer do trato
aero-digestivo superior nos países da América Latina, levando-se em consideração a
presença de interação e fatores de confusão, tais como a temperatura da bebida - em
algumas áreas, o mate é consumido muito quente - e os hábitos alimentares como o
churrasco, muito comuns na região Sul do Brasil. Porto Alegre (15,4/100.000 em
homens e 4,5/100.000 em mulheres) e Distrito
Federal (14,7/100.000 em homens e 4,5/100.000
em mulheres) apresentam as mais altas taxas
anuais de incidência, ajustadas por idade, de
câncer de esôfago no país.
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CÂNCER DE ESTÔMAGO
O risco de câncer de estômago relaciona-se a hábitos dietéticos tais como
consumo de aditivos alimentares e de elevado teor de sal, que ocasionam inflamação
da mucosa gástrica, além de associar-se à infecção por H. pylori. O Japão apresenta
a mais alta taxa de incidência deste tipo de câncer no mundo (59,9 a 91,6/100.000
em homens e 23,8 a 38,9/100.000 em mulheres). A incidência de câncer de estômago
em imigrantes japoneses residentes em São Paulo excede àquela encontrada nos
brasileiros não japoneses em cerca de 30%, sendo pouco menor que a incidência
observada nos japoneses residentes no Japão. Tal achado não foi observado em
imigrantes japoneses residentes nos Estados Unidos da América, que apresentaram
uma considerável redução na incidência desta patologia após a migração. A
introdução do hábito de consumo diário de carne por parte dos imigrantes japoneses
e de seus descendentes em nosso país pode estar associada ao risco de câncer de
estômago nesta população, na qual destaca-se também o efeito protetor do consumo
de frutas. No Brasil, as maiores taxas anuais de incidência, ajustadas por idade, foram
encontradas em São Paulo (38,8/100.000 em homens e 15,0/100.000 em mulheres)
e Distrito Federal (32,7/100.000 em homens e 14,7/ 100.000 em mulheres).
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CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
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CÂNCER DE MAMA
Imagem relacionada a câncer de mama, estruturas circuladas de amarelo são células neoplásicas.
CÂNCER DE PRÓSTATA
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ao consumo de gorduras e carnes. No Brasil, pesquisas têm sido desenvolvidas na
tentativa de se esclarecer a associação entre câncer de próstata, além de outros tipos
de câncer, e fatores ambientais e/ou ocupacionais.
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possibilidade de prevenção e diagnóstico precoce com apropriada relação custo-
benefício e capacidade de alteração do curso natural da doença com o tratamento.
TRATAMENTO
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CIRURGIA
RADIOTERAPIA
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Figura: Exemplo de radioterapia estereotática em paciente com metástase cerebral. Note que
os raios da radioterapia convergem para o tumor, poupando o tecido normal ao redor.
QUIMIOTERAPIA
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Figura: A quimioterapia é um tratamento contra o câncer no qual são utilizados medicamentos.
Fonte: mundoeducacao
Outros
Hipertermia
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Acredita-se também que a hipertermia altera a permeabilidade da membrana celular,
quando usada com quimioterapia, aumentando a sua captação.
Anticorpos Monoclonais
Terapia de Gens
Melhoria da Autoestima
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REFERÊNCIAS
Guerra MR, Moura Gallo CV, Mendonça GAS. Risco de câncer no Brasil: tendências
e estudos epidemiológicos mais recentes. Revista Brasileira de Cancerologia 2005;
51(3): 227-234.
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