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Specimen - Shay Savage - PG
Specimen - Shay Savage - PG
Shay Savage
Specimen
Livro Único
Data: 12/2016
~2~
SINOPSE
Eu acordo em um laboratório.
~3~
Prólogo
— Faça.
Absorvo-as.
Medo.
Antecipação.
Desejo.
~4~
Capítulo 01
Eu acordo.
~5~
mesa está a única porta. Sobre a porta, uma pequena luz vermelha me
chama a atenção.
Uma câmera.
Computador.
~6~
espelho de duas faces, mas mesmo quando eu pressiono o meu rosto no
vidro, eu não consigo ver nada por trás dele.
~7~
nenhuma umidade para ser encontrada. Mesmo as ervas daninhas
desistiram.
— Relaxe.
Eu preciso tocá-la.
Ela coloca dois dedos contra meu pulso e olha para um dos
monitores no carrinho ao lado da cama. Seus dedos são frios contra a
~8~
minha pele, e eu tento virar o meu pulso para agarrar a mão dela, mas
as restrições estão no caminho. Eu fecho meus olhos e minha mente se
concentra exclusivamente em seu toque.
Ela retrai a mão, e eu abro meus olhos para vê-la tocar a tela do
tablet.
— Eu estive em um acidente?
~9~
Ela se senta na cadeira e coloca as mãos sobre as coxas. Por um
momento, ela não diz nada. Eu a vejo lamber os lábios e tomar um
longo suspiro antes dela se sentar reta.
Cada palavra que ela fala flui através de meus ouvidos como
música. O tom me acalma, me tranquiliza e me aplaca. Eu tenho
perguntas - muitas, muitas perguntas - mas as respostas parecem
menos importantes do que apenas ouvir o som de sua voz.
— Que guerra?
— Você fez uma grande bagunça mais cedo para alguém que não
está sobrecarregado.
~ 10 ~
informação que você precisa para realizar seus deveres. Por enquanto,
você só recebeu as informações mais básicas. Mais dados serão
adicionados com o tempo, e você terá uma melhor compreensão.
— Sten?
— Sete. Dois. Oito. Nove. STEN. Sten.1 — ela olha para longe. Eu
vejo uma pequena mudança no seu rosto enquanto ela enrubesce um
pouco. Ela esfrega o braço delicadamente com os dedos. — É apenas
algo que eu inventei, realmente. Eu não posso chamá-lo apenas de
espécime, posso?
~ 11 ~
— Por que um grupo de oitenta e nove?
— Você vai vê-los, eventualmente, — diz Riley. — Você vai ter que
completar as duas primeiras fases do treinamento primeiro. Estou aqui
para guiá-lo através de tudo isso. Temos muito trabalho a fazer.
— Muito disso vai ser fácil para você, — diz ela. — O processo de
transformação tornou muito mais fácil para você aprender. Vai parecer
mais como se você estivesse sendo lembrado de como fazer alguma
coisa, e nada que você encontrar vai parecer completamente
desconhecido.
— Terra?
Riley deixa escapar uma risada curta. Ela esfrega o meu braço
novamente, e os pensamentos do meu sonho se dissipam.
~ 12 ~
— Eu acho que isso é o suficiente por agora. — Riley dá um passo
para trás. — Como eu disse, eu não quero que você fique
sobrecarregado. Eu quero que você descanse. Você vai precisar de uma
quantidade significativa de sono durante a primeira rodada de
testes. Isso vai passar com o tempo e, eventualmente, você vai precisar
de muito pouco sono para sobreviver.
~ 13 ~
Capítulo 02
— Espécime setenta e dois de oitenta e nove: sexo masculino,
branco, cento e oitenta e três centímetros, pesando oitenta e nove
quilogramas. Sinais vitais normais – temperatura trinta e seis graus
centígrados, pressão arterial 12 por 7.
Riley está ao meu lado. Só posso ver o braço de seu jaleco, mas eu
sei que é ela. Posso dizer pelo jeito como ela se posiciona, o jeito que ela
segura o tablet, e como ela se move.
Seu cabelo ainda está em um coque, e seu rosto ainda está sem
maquiagem. Eu vejo seus olhos enquanto eles se movem para ler o que
está no tablet. Ela bate na tela e, em seguida, o coloca na mesa ao lado
da cama antes de se virar para mim.
~ 14 ~
e imagens suas presa sob mim enquanto eu impulsiono dentro dela
enchem minha cabeça.
Com tesão.
Agricultura?
~ 15 ~
— Você tem perguntas específicas para mim? — Riley está ao meu
lado na cadeira de rodinhas.
— Conglomerado Mills?
— Os protege de quê?
— Nenhuma.
~ 16 ~
— Vinte e sete anos atrás, um cometa gigante passou através do
nosso sistema solar. A divisão de tecnologia, uma empresa chamada
Danuk, descobriu o que estava por vir, três anos antes, mas havia
pouco que pudesse fazer. Eles lançaram sondas robóticas para tentar
desviá-lo para fora do curso. As sondas funcionaram até certo ponto,
alterando o curso suficiente para mantê-lo de atingir o planeta, mas não
seria o suficiente. Nós não sabíamos exatamente que tipo de impacto
teria, só que ele iria passar perto o suficiente da Terra para ter efeitos
devastadores.
~ 17 ~
os recursos técnicos deveriam ser dedicados a melhorar a agricultura e
reabastecer recursos.
~ 18 ~
— O que foi isso? — sussurro. Eu olho para ela, precisando de
respostas. — O que aconteceu comigo?
Uma guerra.
— Eu... eu me ofereci?
~ 19 ~
nos ultrapassam em pessoas e máquinas. Um ataque completo é muito
fácil de combater. A necessidade de um super-soldado se tornou
aparente.
~ 20 ~
Eu estou livre.
Ela olha para mim, hesitante. Com o canto do meu olho, eu posso
ver os guardas uniformizados atentos, e estou certo de que iriam abrir
fogo se tivessem que fazer isso. Eles me matariam se ela se sentisse
ameaçada.
Eu não quero soltá-la, mas tenho que fazer isso. Não tem nada a
ver com a ameaça dos guardas do outro lado da sala - é simplesmente
porque ela me disse para fazer isso. Relutantemente, eu a solto e
levanto. O topo da cabeça dela mal chega a meu ombro quando eu fico
ao lado dela.
Ela se vira e vai para o armário perto da pia do outro lado da sala
e se abaixa. Há uma pequena gaveta na parte inferior, mas isso quase
não se registra no meu cérebro. Tudo o que eu posso ver é sua bunda
arredondada à mostra na minha frente. Meus dedos se contorcem,
querendo agarrar seus quadris e puxar sua bunda para meu pau, mas
ela me disse para não tocá-la.
~ 21 ~
Ela se levanta e se aproxima novamente de mim, segurando uma
bermuda preta em sua mão.
~ 22 ~
Ela verifica o meu pulso, pressão arterial e temperatura. Eu
observo a tela vermelha no tablet que afirma que a minha temperatura
está mais elevada do que eu esperava, e eu pergunto a ela se eu estou
doente.
~ 23 ~
— Eu temo que eu não tenha uma resposta para isso. Não me
deram muita informação além de suas características físicas.
Estou cansado. Eu não tenho ideia de que hora do dia é, não que
importe aqui, mas mal consigo manter meus olhos abertos.
— Quem?
— Vou conhecê-lo?
— Eu não sei.
~ 24 ~
Capítulo 03
O chão sob meus pés está rachado, mas há uma fina camada de
umidade sobre ele por causa da breve chuva - a primeira que tivemos em
meses. Se eu agir rapidamente, pode haver o suficiente para conseguir
uma plantação ao pé da colina. Se não, não teremos água suficiente para
atravessarmos a temporada.
— Galen!
— Galen! Me ajude!
~ 25 ~
— Sten! O que há de errado? — ela chega até a mim e agarra
minhas mãos nas dela. Ela acaricia o interior do meu braço com as
pontas dos dedos, e minha pele formiga sob seu toque.
***
— Riley?
— Relaxe, Sten.
— Nada para se preocupar, — diz ela. Seu rosto está coberto por
uma máscara branca. — Nós só precisamos fazer alguns ajustes no seu
implante primário.
~ 26 ~
— Há uma pequena falha. Nós vamos cuidar disso, e então tudo
vai ficar bem.
***
~ 27 ~
Minha cabeça continua a pulsar. A última coisa que me lembro é
de correr na esteira, embora eu não senti como se tivesse exagerado em
algo naquele momento. Eu devo ter, embora. Eu sinto como se tivesse
sido atropelado.
— Acho que nós podemos fazer isso. — ela olha para o espelho,
mas nenhum guarda aparece quando ela me desamarra e eu me
sento. Eu pego a mão dela, e ela me deixa segurá-la. Eu flexiono os
dedos da minha mão direita, enrolando-os em torno dos dela. A
bandagem se foi, e meus dedos não doem.
~ 28 ~
— Posso te perguntar uma coisa? — eu olho em seus olhos. Ela
hesita um momento antes de concordar. — Quando você está perto de
mim, tudo faz sentido. Isso não é uma coincidência, não é?
Ela olha para mim por um momento. Eu não preciso que ela
responda essa questão para saber que estou certo. Ela está sozinha
aqui comigo, mas ela não teme por sua segurança. Eu poderia matá-la
em um instante – ninguém poderia, de maneira alguma, entrar aqui a
tempo de me impedir - mas eu nunca iria machucá-la.
— É necessário.
— Algo assim. — ela suspira. — Nós temos que ter certeza de que
você vai ser capaz de completar o seu treinamento de forma eficaz. Os
implantes são apenas parte disso. Os compostos químicos introduzidos
em sua corrente sanguínea podem induzir a reações emocionais
intensas a estímulos. É para sua própria proteção, bem como a nossa.
— Uma coisa de cada vez — Riley diz quando ela passa a mão
pelo meu braço.
~ 29 ~
fortes. Quando em batalha, isso irá te manter focado no seu objetivo. O
segundo composto é chamado FOG.
— Seu cheiro.
— Sim.
— Sim.
Eu pego seu rosto com a mão e arrasto o meu polegar sobre seus
lábios. Seu aroma está sobre mim agora, e quero experimentá-la com a
minha língua. Será que seu gosto se assemelha a seu perfume ou o
complementa? Eu tenho que saber.
~ 30 ~
posso sentir sua respiração quando a minha língua desliza para
dentro. Seu gosto é indefinível, um suave licor doce, eu não posso
recordar nada como isso.
Há uma mudança dentro dela. Não pode ser visto ou ouvido, mas
eu posso sentir o cheiro e gosto. O cheiro de sua pele se torna mais
escuro, mais grosso. Sinto-a flexionar os dedos no meu ombro enquanto
ela inclina a cabeça para me permitir aprofundar o beijo.
— Sten, pare!
Eu paro o que estou fazendo. Meu corpo inteiro aperta, e meu pau
pulsa no meu shorts.
Eu não me movo.
~ 31 ~
Eu olho para o meu reflexo, e os estranhos olhos escuros brilham
de volta para mim. Os lábios desconhecidos estão enrolados em um
grunhido, e a barba desgrenhada cria uma imagem assustadora. Tudo
sobre o homem olhando para mim é estranho.
— Jesus, Sten!
Você pode?
~ 32 ~
Eu me inclino para frente apenas o suficiente para pressionar
levemente minha testa contra seu estômago. Eu cerro os punhos até
que as minhas unhas estão cortando as palmas das mãos. Eu sinto a
mão dela contra a parte de trás da minha cabeça enquanto as lágrimas
caem dos meus olhos.
~ 33 ~
Capítulo 04
O tempo é uma coisa ilusória e indefinida.
~ 34 ~
— O que é desta vez?
— Entendi.
3 Armas.
~ 35 ~
eu chego ao topo e me coloco em posição. Eu verifico o compartimento
extra para o rifle, colocando o pente de balas ao meu lado para que eu
possa acessá-lo facilmente para recarregar.
~ 36 ~
protegê-la melhor. Eu não sei quantas pessoas se infiltraram, como eles
estão armados, ou onde eles estão localizados. Eu preciso de espaço.
Ela não tinha me dito nada sobre isso. Eu mal pensei nos outros
homens que compartilhavam minha sorte. Eu sabia de sua existência,
mas eu nem pensei no que estava acontecendo com eles. Como eu podia
ser o único?
~ 37 ~
Ignorando a sala do espelho, eu olho rapidamente em volta pelo
equipamento de laboratório. Minhas opções são escassas. Eu pego um
dos carrinhos médicos e agarro as pernas de metal com as mãos.
~ 38 ~
gritar quando ele cai no chão. Eu envolvo meus dedos ao redor da parte
de trás da cabeça do outro homem, puxando-o para mim e batendo
minha testa em seu nariz. Sangue irrompe dele, cobrindo meu braço
enquanto ele bate em meu intestino, ineficaz. Com a minha mão ainda
em torno do seu pescoço, eu soco sua garganta, quebrando a sua
traqueia.
Ele cai ao lado de seu companheiro ainda gritando. Ele agarra sua
garganta, e eu chuto seu rosto, quebrando seu crânio. Soltando a perna
da cadeira, eu pego o outro homem pela cabeça e torço. Outro estalo
ecoa no corredor, e seu corpo fica mole.
— Minha perna! — Riley olha para mim. Ela afasta sua mão,
revelando sangue.
Faço uma pausa para ouvir passos mais passos, mas não ouço
nada. O tiroteio não atraiu ninguém ainda, mas é apenas uma questão
de tempo. Em algum lugar muito à frente de nós, eu posso ouvir outros
tiros, mas não há nenhuma ameaça imediata.
~ 39 ~
nossa frente com vista da paisagem urbana. Eu posso ver uma porção
de água entre dois dos edifícios altos.
Ele voa para trás, e a arma voa com ele. Estendo a mão para a
garganta do outro, empurrando-o para as suas costas enquanto eu me
escarrancho em seu peito. Seus olhos arregalam enquanto ele luta por
ar, mas não há como ele soltar meus dedos de seu pescoço.
~ 40 ~
À medida que a luz diminui em seus olhos, eu ouço o bater de pés
no piso de cerâmica. Eu olho para cima, e um grupo de homens está
correndo em minha direção, armas apontadas. Rolando para um lado,
eu pego o corpo do chão e seguro. Ele treme enquanto as balas o
acertam.
Se ela ficar lá, eu não posso protegê-la. Ela está ferida. Ela é
vulnerável. Ela poderia morrer. Eu posso não ser capaz de salvá-la. Riley
poderia morrer. Eu não posso deixar isso acontecer. Nada é mais
importante do que ela. Eu tenho que matá-los agora. Eu tenho que matar
todos eles.
O último deles vem até a mim. Ele também está sem munição, e
ele grita quando ele se joga contra mim com a coronha de sua arma
apontada para o meu rosto. Eu solto a arma e movo a perna da cadeira
para bater na cabeça dele. Ele cai no chão, e eu estou em cima dele,
empurrando a ponta da minha arma em suas órbitas. Seus olhos
esbugalham, e ele despenca para o chão abaixo de mim.
O quê?
~ 41 ~
Estou na sala de treinamento virtual, ainda sentado na cadeira de
interface. Não há sirenes, não há luzes vermelhas piscando. Riley está
ao meu lado, sorrindo.
— Que diabos foi isso? — meu coração bate em meu peito, e suor
escorre em minha pele. Os dedos da minha mão direita estão apertados
com força, como se eu ainda estivesse segurando a perna da cadeira. Eu
não posso soltar, embora não haja nada lá para segurar.
Olho para ela com incredulidade, meus olhos atraídos para sua
perna, que está perfeitamente bem. Meu coração ainda está batendo
acelerado enquanto eu começo a entender o que acaba de acontecer. Eu
fui enganado. Não havia perigo para Riley. Foi somente outra simulação.
~ 42 ~
— Que porra, Riley? Pensei que estivesse ferida! Eu não sabia se
eu seria capaz de tirá-la de lá ou não, e eu não sabia onde eu a levaria
se eu conseguisse! Pelo que eu sabia, toda a fodida cidade tinha sido
invadida por Carson!
Ela olha para mim, a boca aberta. Ela se afasta quando eu vou
em direção a ela.
— Quantos?
— Setenta e um.
Tudo mentira.
— Não! Sten, você precisa se acalmar. Está tudo bem. Foi apenas
um teste.
Minha mente e meu corpo lutam. Eu quero fazer o que ela diz,
mas a raiva dentro de mim continua a crescer. Eu não posso parar
minha respiração ofegante, e eu não posso abrandar as batidas do meu
coração. Eu posso ouvi-lo em meus ouvidos e senti-lo em meu pau.
~ 43 ~
músculos em minhas mãos trêmulas doem para agarrar as gargantas
de meus inimigos e estrangulá-los até mata-los por ameaçá-la.
Eu preciso dela.
~ 44 ~
Passa um longo tempo antes que eu seja capaz de falar
novamente.
— Eu estou bem, Sten — diz ela. Ela ainda não olha para mim, e
eu não estou convencido. — Tudo está bem.
~ 45 ~
— Você ainda está limpando minhas memórias?
Ela está mentindo. Eu sei que ela está. Faço a barba todos os
dias, mas às vezes quando eu acordo, eu tenho uma leve barba e outras
vezes mais do que uma leve barba. Eu fui ferido duas vezes - uma
quando eu acordei e uma vez durante um exercício de
treinamento. Ambas as vezes minhas feridas foram tratadas. Ambas as
vezes eu acordei no dia seguinte sem nenhum sinal de lesão.
A simulação foi uma mentira. Ela está mentindo para mim agora
sobre as minhas memórias. O que mais ela me disse que não é verdade?
~ 46 ~
Capítulo 05
— Eu não estou tentando te dizer como gerenciar sua fazenda,
Galen.
— Galen!
Eu tenho que fazer este trabalho, mesmo que isso signifique gastar
tudo o que temos de água. Eu olho para o grande tanque perto da casa,
sabendo o quão próximo está de esvaziar. Se o pai estivesse aqui, ele
~ 47 ~
saberia exatamente o que fazer, mas ele se foi há mais de um ano. Somos
só minha irmã e eu agora.
Eu acordo.
Voluntários.
~ 48 ~
Eu já sonhei com o mesmo local muitas vezes - uma fazenda no
meio da terra seca, rachada. Cada sonho incluiu a menina de cabelos
loiros.
Às vezes eu sinto que ela está em perigo. Quero ajudá-la, mas não
posso. Alguém sempre me para. Os detalhes são elusivos, e acordo com
um sentimento pesado de tormento em meu peito.
Eu não tentei nada com ela - não desde que eu a empurrei contra
a parede na sala de simulação virtual. Todos os dias, o desejo está
lá. Não, não desejo - é muito mais do que isso. É uma necessidade
profunda, mas eu consegui me segurar.
Por pouco.
— É hora de outra rodada — Riley diz. Ela vai até uma das
gavetas da mesa e traz uma seringa. Há uma bandeja cheia de frascos
em cima da mesa. Eu deito de costas na cama, e ela desliza a agulha no
meu braço. O líquido é frio. Eu posso sentir isso se espalhando pelas
minhas veias.
~ 49 ~
— Por quê?
— Por quê?
— Quem?
— Capitã Mills, — diz Riley. — Ela ouviu muito sobre o quão bem
você está progredindo, e ela quer vê-lo pessoalmente.
— Sim.
~ 50 ~
aquecendo meu interior. Enquanto o sangue flui, os músculos nas
minhas pernas, braços e peito flexionam.
— Eu não consigo!
Ela pega a minha mão livre na dela e prende ao seu corpo, bem
sobre seu coração.
~ 51 ~
respiração enquanto minha língua desliza sobre a dela. Eu enfio os
meus dedos pelos seus cabelos e aperto minhas coxas em volta da
cintura dela, segurando-a perto de mim. Eu paro meu dedo mais para
baixo em seu colarinho e espalmo a minha mão em seu seio.
— Eu não quero.
Por quê?
— Sinto muito, Sten. Sei que isso é difícil para você. — seus dedos
pousam sob meu queixo, e eu pressiono o meu rosto em sua mão.
~ 52 ~
***
Ela disse que ia arranjar alguma coisa, mas eu não sei o que ela
queria dizer. Ela saiu pouco depois disso, e já faz três horas. Ela nunca
me deixou sozinho assim durante o dia antes. Normalmente eu acordo e
ela está aqui, e ela não sai do meu lado até que eu me deito para
dormir.
~ 53 ~
A mulher olha para Riley. Mary não é realmente seu nome, mas
eu não acho que isso é importante. Seu motivo para estar aqui é
claro. Isto é o que Riley foi ‗arranjar‘.
Há uma leve faísca em seu olhar - uma pitada de medo - mas ela
mal hesita em obedecer. Ela se vira e se coloca no chão frio.
~ 54 ~
Eu agarro seu quadril e empurro para frente. Ela grita quando eu
entro nela, mas eu apenas ouço o som. Eu só posso sentir o calor ao
redor do meu pau. Eu recuo e empurro nela mais uma vez, meus dedos
afundando em sua pele. Minha bunda se aperta conforme eu me movo,
entrando e saindo dela tão rápido quanto eu posso.
Isso não era o que eu queria. Não era o que eu precisava. Riley é a
única que pode aliviar esses sentimentos.
***
~ 55 ~
— Eu ouvi muito sobre você, — diz a Capitã Mills. — Dra. Grace
me disse que você está superando o resto do seu grupo em quase todos
os aspectos.
— Qual é o cenário?
— Infiltração e captura — diz ela. — Você vai ter que usar a sua
discrição para evitar a detecção.
~ 56 ~
estou surpreso quando pego a maleta a qual fui enviado para recuperar
e faço o meu caminho para fora sem ser detectado.
~ 57 ~
— Como você se sente? — pergunta a capitã Mills.
— Continue.
— Algo mais?
~ 58 ~
Capítulo 06
Meus sonhos continuam.
Uma coisa eu sei com certeza - desde que fiz uma decisão
consciente de não falar sobre os meus sonhos, eu não tenho
experimentado qualquer lapso de tempo. Eu não tenho acordado
sentindo como se eu tivesse perdido dias, e se minha barba cresce, eu
me lembro que é porque eu não me preocupei em fazê-la no dia
anterior. Mesmo quando os tratamentos com drogas aumentam, eu não
esqueço nada.
~ 59 ~
Sinto a batida suave de seus dedos no interior do meu antebraço
esquerdo. Profundamente sob minha pele, há uma sensação de
formigamento quando ela me toca - quase uma vibração. Eu me inclino
para frente e coloco minha cabeça contra seu ombro enquanto outra
onda de dor nauseante me bate.
E insatisfatório.
Quero Riley, mas ela sempre me nega. Mesmo quando seu cheiro
muda, e eu posso sentir o desejo nela, ela me faz parar meus
avanços. Eu vejo sua reação quando as prostitutas saem, e eu sei que
ela observa da sala espelhada. Eu sei que isso a afeta, e me pergunto se
ela toca a si mesma enquanto ela assiste ou se existem outras pessoas
na sala com ela.
~ 60 ~
acesso a sua buceta, eu prefiro estar perto de Riley e pensar sobre ela
do que ter outra prostituta trazida a mim para aliviar minhas
frustrações.
— Eu sei que isso tem sido intenso — diz ela. — Você quase
chegou à dose máxima, mas isso não deve acontecer muitas mais vezes.
Talvez eu soubesse.
Ela vai me deixar beijá-la, mas ela sempre me faz parar muito
antes do que eu quero. Talvez isso seja suficiente por agora. Eu
pressiono meus lábios na lateral de seu pescoço e, em seguida, cubro
sua boca. Eu sinto sua mão no meu braço apertar enquanto a boca se
abre, e eu deslizo minha língua para prová-la. Eu levanto minha mão
para tocar seu rosto e, em seguida, corro meus dedos ao longo dos fios
~ 61 ~
do seu cabelo. Eu acaricio o ponto atrás da orelha dela, logo acima das
pontas de seu cabelo, e quebro o beijo. Eu mantenho meus lábios perto
dos dela, sentindo sua respiração no meu rosto.
Riley olha nos meus olhos e solta um longo suspiro. Seus dedos
tencionam contra a minha pele, e eu espero que ela me afaste o
suficiente para se soltar do meu abraço e começar a registrar minhas
estatísticas em seu tablet.
— Faça.
Absorvo-as.
Medo.
Antecipação.
Desejo.
~ 62 ~
Estendendo a mão, meus dedos agarram a gola do seu jaleco de
laboratório, e eu a puxo.
~ 63 ~
vibram, e ela engasga quando eu faço isso novamente e
novamente. Observá-la é demais - eu tenho que desviar o olhar ou eu
vou gozar logo.
~ 64 ~
pressionando com força contra seu osso púbico. Eu posso sentir seu
tremor quando ela empurra contra mim.
Riley imediatamente sai cama. Ela chega até seu jaleco rasgado,
mas não há o suficiente dele inteiro para se preocupar. Ela coloca o que
resta sobre a mesa e caminha rapidamente para o armário onde ela se
veste com roupas grandes demais para ela.
Ela não diz nada, enquanto ela envolve seus braços em torno de
si mesma e corre para fora da porta.
~ 65 ~
Capítulo 07
— Me diga mais sobre si mesma. — eu estou de lado, com a
cabeça apoiada no meu braço enquanto assisto Riley inserir dados em
seu tablet.
Ela está visivelmente agitada durante todo o dia, mas não tenho
ideia do por quê. Mesmo seu tom durante o treinamento foi curto, suas
palavras cortadas quando ela me deu minhas instruções. Ela está
passando as estatísticas finais do dia, e logo ela vai preparar o meu
jantar e sair. Ela não ofereceu nenhuma pista sobre por que ela está
chateada, e eu não posso evitar achar que tem a ver com a noite
passada. Eu não sei por que ela fugiu como ela fez, e eu não sei como
abordar o assunto.
— Me conte tudo.
— Você vai ter que me dar algo específico — diz ela. — Caso
contrário, eu vou ter que começar com ‗Quando eu nasci...‘.
— Qual é a data?
— Dez de janeiro.
~ 66 ~
— Quando eu cheguei aqui?
— Vinte e quatro.
— Não.
— É seu namorado?
~ 67 ~
para uma vida social. O nome da minha companheira de quarto é
Sharon, e ela trabalha na divisão de tecnologia.
— Eu sinto muito.
— É só isso?
~ 68 ~
como ele morreu. Eu sei que ela era próxima a ele e que sua morte é
parte da razão pela qual ela está aqui hoje.
Se eu pudesse matar o homem que matou seu pai - faria tudo o que
eu já passei valer a pena.
Meu coração parece que caiu no meu estômago. Ela não queria
isso. Essa foi a sensação mais incrível que eu me recordo de ter
experimentado, e ela não queria que tivesse acontecido.
— Eu não as quero.
~ 69 ~
— Eu sei que você não quer. — Ela suspira. — Você deixa isso
bem claro.
— Deixo?
— Eu posso dizer pelo olhar em seu rosto cada vez que eu trago
uma para o quarto. É óbvio que você não as quer, mas precisamos de
alguma saída para você. Eu não tenho certeza se há outra opção.
~ 70 ~
— Sim. — Eu aceno antes de olhar de volta em seus olhos. — Mas
quando eu estava dentro de você, de repente, tudo fez sentido.
— Está tudo bem — eu digo a ela. — Eu sei o que é isso. Você não
tem que dizer.
— Na verdade não.
~ 71 ~
meu toque, e ela cantarola em minha boca. Eu me afasto e olho para
baixo enquanto eu esfrego e aperto o outro mamilo até que eles estão
ambos alongados e duros. Eu tomo um pequeno passo para trás.
Quero adorá-la.
— Eu vou fazer você gozar tão forte que você nunca vai considerar
a possibilidade de outro homem estar aqui novamente.
~ 72 ~
Ela crava os dedos no meu couro cabeludo. Eu tenho que segurar
as pernas dela com firmeza para evitar que ela caia enquanto se
contorce e pressiona contra meu rosto. Seus sons mudam de tom,
tornando-se mais altos quando as suas pernas tensas estremecem ao
meu redor. Ela grita mais uma vez, e eu tenho que segurá-la para evitar
que caia no chão.
~ 73 ~
enquanto ela pega a minha cabeça em suas mãos. Sinto-me
completamente possuído por ela como se ela estivesse dentro do meu
corpo, em vez de me ter dentro dela.
Beijo seu queixo e garganta, acaricio seus seios com uma mão
enquanto eu começo a me mover mais rápido. Eu empurro
profundamente, giro os quadris, e ouço seus gemidos suaves. Tomo um
mamilo em minha boca, mordo suavemente, e ela se contorce contra
mim.
~ 74 ~
jamais esteve antes. Eu olho para ela e sorrio por um momento antes de
retirar-me lentamente e rolar para o lado. Eu mantenho uma das
minhas pernas sobre as dela e envolvo meu braço em volta de seus
ombros, segurando-a perto de mim.
— Não vá.
Ela para e fecha os olhos. Sinto a seu peito subir debaixo do meu
braço enquanto ela balança ligeiramente a cabeça. Ela agarra meu
pulso e empurra meu braço para baixo antes de se afastar de mim para
se levantar.
— Isso é tão ruim? — eu sorrio para ela, mas ela não devolve o
sorriso. — Eu poderia manter minhas mãos quietas.
— Você poderia?
Ela faz uma careta, obviamente, não está feliz com o que eu disse.
~ 75 ~
— Apenas não é uma boa ideia. — Ela sai da cama. — Eu preciso
ir para casa.
Ela fecha os olhos, e vejo sua garganta mover-se para cima e para
baixo quando ela engole.
O alívio é imediato.
Feromônios.
— Você disse que se sentiu solitário — Riley diz quando ela vira a
cabeça para olhar para mim.
~ 76 ~
Eu paro e penso por um momento.
— Isso ajuda mais. — enfio meu nariz contra sua garganta e inalo
o cheiro dela. — Não é o mesmo com as outras. Estar com você é
~ 77 ~
diferente. Eu não quero nunca mais que traga prostitutas para mim. Eu
quero que seja sempre você.
— Você disse antes que você está atraído por mim — diz Riley.
~ 78 ~
Capítulo 08
Minha única instrução do centro de treinamento virtual está
completa. Hoje, eu vou conhecer alguns dos outros como eu, e vamos
começar a trabalhar juntos.
~ 79 ~
viveram lá ou foram capturados ou mortos. Deus sabe o que está sendo
feito para aqueles que se tornaram prisioneiros.
Eu não sei por que não podemos cultivar alimentos reais em vez
dessa porcaria.
~ 80 ~
que eu estou usando, cada um com uma mulher com o jaleco do
laboratório de pé ao lado dele. Vejo Capitã Mills atrás deles, de pé, com
dois homens uniformizados. No outro lado do quintal está um grande
helicóptero.
Eu aceno para a mulher, mas não digo nada. Ela não me aborda,
apenas me olha da cabeça aos pés antes de voltar para Riley.
— Tenho certeza que ele vai trabalhar bem com Isaac. — ela
estende a mão e traz o homem ao seu lado pela mão, guiando-o ao lado
dela. Eu fico tenso enquanto ele encurta a distância entre ele e Riley, e
minha atenção afia. Eu não quero que ele fique muito perto dela. A
partir do olhar em seu rosto e os ombros quadrados, ele não me quer
perto de Dr.ª Rahul.
~ 81 ~
bochecha esquerda. Ele não faz nenhum movimento para tocar Riley, o
que é bom. Eu não quero suas mãos sobre ela. Se ele fizer um
movimento em direção a ela, eu poderia matá-lo, mas ele não faz.
— Pike — ele diz enquanto aperta minha mão. Ele é mais alto do
que eu alguns centímetros, com cabelos e olhos escuros como os meus.
— Capitã Mills está bem ciente dos passos que tomei — responde
Riley.
~ 82 ~
— Provavelmente subornada — resmunga a Dr.ª McCall sob a sua
respiração enquanto ela se afasta, mas eu não acho que Riley ouviu.
Ela toca meu pulso e passa os dedos até o interior do meu braço
esquerdo.
~ 83 ~
— Tudo bem — Riley diz enquanto caminha na minha frente. —
Isso vai ser um pouco diferente para você, mas pense nisso como estar
no centro virtual. Em vez de ter imagens e sons criados em sua cabeça,
isso vai lhe dar a informação tática que você precisa para o exercício de
treinamento.
Concordo com a cabeça e viro a cabeça para o lado para que ela
possa me alcançar melhor. Eu me preparo quando Riley pega um
pequeno disco e coloca os dedos contra o lado da minha cabeça. À
minha direita e esquerda, posso ver os outros médicos e os outros
espécimes fazendo a mesma coisa.
~ 84 ~
atingido, não há danos de verdade. No entanto, você vai sentir o
impacto como se você tivesse sido ferido. Se você acertar um alvo, a
pessoa marcada será considerada incapacitada e não mais uma ameaça
para a conclusão de sua atribuição. De vocês, é claro, é esperado irem
em frente. Seus implantes irão enviar impulsos de dor através de seu
sistema, imitando as sensações que vocês iriam experimentar caso
realmente tivessem sido atingidos.
Interessante.
— Anulada?
~ 85 ~
— Nada para se preocupar — diz ela calmamente. — Isso não vai
acontecer.
Discrição é fundamental.
~ 86 ~
Eu tomo nota sobre tudo com todos os meus sentidos. Eu
memorizo a rota, os edifícios e os rostos que vejo quando passamos
correndo. Eu catalogo cada som que eu ouço - cada cheiro, cada sabor
no ar. Eu conto o número de passos que eu dou e, em média, o
comprimento dos meus passos. Comparando os meus passos, a nossa
velocidade, e o mapa na minha cabeça, faz com que seja fácil calcular
quanto tempo deve demorar para completar nossa missão.
— Verificado.
— Contagem?
— Quatro.
— Peguei ele.
6Eles usam para indicar direções, como se a pessoa estivesse no relógio, olhando para
os ponteiros que as horas indicam, eles têm a direção que a pessoa quer que eles
vejam ou saibam.
~ 87 ~
Me concentro adiante. Há uma bifurcação na estrada à frente, e
quando nos aproximamos, eu vejo um grande grupo de soldados
enfileirados nas laterais da rua.
— Status.
Isaac acena para mim, mas Pike já virou seu foco para a nova
trajetória. Nós vamos para a direita, longe do grande grupo.
~ 88 ~
Começamos a descer por uma longa rua com estruturas
alinhadas em ambos os lados. Estou em estado de alerta. Este é um
bom lugar para um ataque, e eu não estou surpreso quando tiros
soam. Pike quase é baleado quando ele salta para o lado e se protege
atrás de uma porta. Isaac e eu ocupamos posições semelhantes.
— Vê a torre? — pergunto.
— Seria a mais difícil de acessar — diz Isaac. — Essa tem que ser
onde a bandeira está.
~ 89 ~
Eu busco mais informações sobre a segurança do edifício na
minha cabeça.
— Não tem como escapar agora! — ele pisca para eles enquanto
ele volta.
~ 90 ~
fora do jogo na medida em que nos diz respeito. Faz pouca
diferença. Assim que estamos fora no corredor, alarmes começam a
tocar.
Pike está no centro do fogo cruzado, mas seu foco está agora em
dois dos homens ―mortos‖ abaixo dele. Eles o agarram e o puxam para o
chão. Isaac começa a atirar através de nós, e eu junto, tentando ir para
o lado de Pike quando eu disparo. Ele não entende o quão rápido ele vai
ser atingido; seu rosto é uma máscara de raiva dirigida para aqueles
que estavam se fazendo de morto.
~ 91 ~
Nenhum deles estendeu suas mãos em sinal de rendição,
indicando que tinha sido atingido. Há uma lição a ser aprendida ai.
Eu fui atingido.
~ 92 ~
Capítulo 09
Eu fui atingido durante o treinamento virtual antes, mas a dor
desta vez é muito mais intensa. Por uma fração de segundo, eu hesito, e
Pike é atingido no fogo cruzado também.
— Objetivo à vista.
— Entendido.
Nós três fomos além dos limites que já tentamos antes, mesmo
sem lesões. Eu ouço as batidas do coração de meus companheiros e
comparo com o meu próprio pulso ligeiramente mais rápido. À nossa
~ 93 ~
frente está a entrada para a base, e nós aumentamos para a nossa
velocidade máxima, mas todos nós sabemos que estamos atrasados.
— Nos atrasamos.
~ 94 ~
atentamente, tomando notas. Concentro-me em Riley e permaneço em
silêncio. Lembro-me de cada segundo da missão e não têm necessidade
de uma repescagem.
Riley bate em seu tablet. Dois dos dedos da sua mão esquerda
ficam brancos quando ela segura a máquina. Ela não está feliz, embora
não estou certo se é pelas palavras do funcionário ou pelos dados em
sua apresentação que a desagradam.
~ 95 ~
— Aqueles dois foram avisados sobre o seu envolvimento durante
este exercício — diz a capitã Mills. — Todos eles foram informados de
um potencial possível risco.
~ 96 ~
Observei-o durante o treinamento. Eu sei quais seus pontos
fracos. No curso de dois segundos, avaliamos o outro, e eu abaixo a
minha cabeça e o empurro, mandando-o para trás.
Ele está pronto para a luta, e nós rolamos juntos. Ele é mais forte
do que qualquer um que eu encontrei nas sessões de treinamento
virtual, mas não tão forte quanto eu. Eu soco e chuto, e ele retorna
cada golpe à medida que caímos no chão.
~ 97 ~
Eu pisco e processo o que ela está dizendo. Ela está correta. O
perigo não era físico, mas ainda era uma ameaça. Tudo dentro de mim
havia dito que ela precisava ser protegida.
~ 98 ~
sobre o meu peito e penso sobre os acontecimentos do dia, enquanto
Riley sincroniza os dados do treino para o computador principal.
— Você não tem que gostar dela. — ri Riley. Ela caminha até a pia
perto do chuveiro para lavar as mãos
~ 99 ~
— Por quê?
— Sten...
Ela não diz nada. Eu corro minhas mãos sobre seus quadris e
paro em suas laterais. Eu mexo meus dedos, e Riley ri.
— Diga-me.
~ 100 ~
— Não faça isso! Ou vou bater na sua bunda. — eu a pressiono
um pouco mais contra a parede.
— Não se atreva!
— Você vai ter que me dizer que verificou meu pau, então.
~ 101 ~
Gozo quando ela treme em torno de mim. Eu pressiono meus
lábios em sua clavícula e beijo sua pele suavemente antes de colocá-la
lentamente no chão. Ela mantém um aperto firme no meu bíceps
enquanto se inclina contra mim.
— Ás vezes?
~ 102 ~
Capítulo 10
Eu estou no campo da fazenda, mexendo no solo com a espátula e
tentando voltar a existir. Meu estômago está em uma bola apertada por
dias. Eu não vou ter o suficiente para manter qualquer um feliz. O que
eles vão fazer se eu não puder entregar? Será que eles vão tomar a terra?
Será que eles vão dividir-nos? Levariam minha irmã para longe de mim?
~ 103 ~
cercado por ela. Faço uma pausa e pressiono os meus lábios em seu
ombro, segurando-a perto de mim. Riley suspira e vira a cabeça para
encontrar os meus lábios.
— Apenas bom?
— Certo.
~ 104 ~
Agora que já nos conhecemos, Isaac, Pike, e eu somos capazes de
estar com os outros em uma sala de estar perto dos centros de
formação virtuais. É um bom lugar para falar sobre as missões que
fizemos e comparar táticas. Na maioria das vezes, estamos todos de
acordo sobre qual a abordagem a tomar, mas nas poucas ocasiões em
que discordamos, eu acho que os raciocínios são interessante.
Eu não posso definir o que sinto por Riley. O amor é uma palavra
muito simples.
~ 105 ~
Elas não vão sobreviver.
— Quem mais iria falar? — Pike diz com uma risada. — Helen
escorregou-me a informação enquanto eu estava escorregando-lhe o
pau.
~ 106 ~
— Vantagens do trabalho! — Diz Isaac. Ele chega e me dá um
soco no ombro. — Com todas as drogas extras que você tem em seu
sistema, você tem que querer Dra. Grace o tempo todo.
— Esquisito.
~ 107 ~
— Três prováveis candidatos — diz Isaac.
— Candidatos?
— O pai de Riley?
— Sim.
~ 108 ~
Eu não posso ouvir os pensamentos dos meus companheiros,
mas eu posso definitivamente sentir a sua presença e estado de
espírito. Quanto mais perto eles estão fisicamente, mais forte é a
sensação. Quando estamos ligados por um exercício de treinamento, o
sentimento é enfatizado.
— Eles decidiram que está tudo pronto para uma missão real —
diz ela. — Eu continuo dizendo a eles que precisamos de mais
treinamento em primeiro lugar, mas eles estão insistindo que o
momento é certo. É tudo tão político!
~ 109 ~
— Qual é a missão? — Eu pergunto, perguntando se Pike tinha
sido correto.
— Quem?
— Errol Spat.
— Essa é a ideia.
~ 110 ~
medicamento. Estou recebendo algumas anomalias de seu padrão de
sono, e eu não sei o que eles querem dizer.
— Amanhã?
***
~ 111 ~
Eu não digo nada quando eu sou cercado. A espingarda é
arrancada de minhas mãos e os meus braços são puxados para trás de
mim antes de ser empurrado duramente para o chão. Minha mente gira
novamente, e eu estou sentado em uma cadeira de plástico duro com um
receptor de telefone pressionado para meu ouvido.
~ 112 ~
Mas eu sei que não é.
***
Se algo aconteceu com ela, eu não tenho ideia do que vou fazer.
Me matam?
Eu já estou indo para a porta, não sei o que vou fazer diferente de
bater nela e gritar para alguém encontrar Riley, quando a porta se abre
e uma abatida Riley entra. Eu imediatamente a agarro em meus braços
e a abraço firmemente para mim.
~ 113 ~
— Sten... oh, Sten, eu sinto muito! — Ela para e acaricia o lado do
meu rosto e, em seguida, meu braço. — Eu não quis demorar tanto
tempo.
~ 114 ~
Capítulo 11
Isaac, Pike, e eu somos colocados no vagão de passageiros de um
trem. Somos orientados pela Capitã Mills ao longo do caminho para a
fronteira.
~ 115 ~
farpado. Torres de guarda ficam a cada quinhentos metros, com
guardas armados vigiando o perímetro.
— Certo.
Riley ri.
— Sério?
~ 116 ~
Ela nunca fez o primeiro movimento antes, e eu gosto disso. Ela
desliza a mão por cima do meu ombro e no meu peito. Ela faz círculos
com a ponta do dedo em um dos meus mamilos, fazendo minhas bolas
apertarem. Um momento depois, ela move a mão mais baixa e passa
sobre a minha ereção.
Eu engulo - forte.
— Vou tomar isso como um sim. — Ela passa a mão para baixo,
forçando minhas pernas ligeiramente afastadas, para que ela possa
acariciar minhas bolas. Ela aperta o polegar na base do meu pau, e eu
suspiro.
Ela aperta os lábios, mas não pode parar seu sorriso. Ele ilumina
todo seu rosto enquanto e ela cai de joelhos na minha frente. Ela pega a
fivela do meu cinto e abre. Eu não me movo. Eu mal posso envolver
minha cabeça em torno do que ela está fazendo quando ela agarra a
bainha da minha calça e puxa para baixo junto com as minhas boxers.
Ela arrasta o dedo sobre minhas bolas e meu eixo. Ela circunda a
cabeça com a ponta do dedo, enquanto ela acaricia a minha coxa e, em
~ 117 ~
seguida, envolve a mão em torno de mim. Ela inclina a cabeça para
cima, seus olhos nos meus enquanto ela lentamente se move para
frente e me leva em sua boca.
~ 118 ~
— Os espelhos.
— Exatamente.
— Mais, então?
— Dados?
— Quanto tempo leva para que você possa estar pronto para me
foder. Quantos minutos antes que seu pau grosso esteja duro e
pulsando de novo.
~ 119 ~
vislumbre do sutiã rosa por baixo. Ela chega por trás de si mesma e
abre sua saia.
— Esse é o plano. — Ela olha para baixo no meu pau, que agora
está projetando-se do meu corpo e tem toda a sua atenção. — Hmm...o
que foi isso? Três minutos? Quatro? Isso é muito impressionante.
~ 120 ~
Rastejando sobre a cama, eu abro suas pernas e corro minhas
mãos para cima nas suas coxas. Eu empurro o meu polegar para cima
na sua fenda, pressionando o clitóris quando eu chego ao topo.
~ 121 ~
— Não me provoque — eu digo com um rosnado. Eu agarro seus
quadris com ambas as mãos e puxo-a contra mim. — Espalhe as pernas
e coloque o seu rabo no ar.
— Quero que seja tão forte, que eu não possa esquecer onde você
esteve. Eu quero que você me deixe ferida e usada. Eu quero ser capaz
de sentir seu pau muito depois de você ter ido.
~ 122 ~
minha cabeça para olhar para a lâmpada nua no teto até a sensação
diminuir.
— Silêncio.
Nós dois caímos em uma pilha sobre a cama. Meu pau desliza
para fora dela imediatamente, mas eu não posso me empurrar para fora
dela. Meus braços e pernas sentem como se eles estivessem apoiando
pesos de dez toneladas.
~ 123 ~
Eu transo com ela na cama, por cima da pequena cômoda e no
chuveiro. Ela é completamente diferente - selvagem em seu abandono e
com a boca suja. No momento em que termino, nós dois estamos
exaustos. Nós ficamos sobre nossas costas sobre a cama, nossos dedos
entrelaçados.
Uma vez que ela prendeu a respiração, Riley rola e dobra o braço
em volta do meu peito. Eu trabalho o meu braço em torno dela para trás
e a abraço.
— Isso vai ser tão diferente dos treinos — diz ela. — Nós tentamos
antecipar todas as circunstâncias possíveis que você pode encontrar,
mas lidando com seres humanos reais, adversários...não é exatamente
a mesma coisa. Eu queria que você estivesse mais bem preparado. Eu
estava trabalhando em alguns outros cenários que não tiveram a
oportunidade de programar para o centro virtual. Eu queria mais tempo
para prepará-lo antes de você estivesse por sua conta risco.
— Eu não vou estar sozinho. Isaac e Pike vão estar lá, e você está
sempre no meu ouvido. Eu não vou ficar sozinho.
— É isso que você acha que se trata? — Riley faz uma carranca
para mim.
~ 124 ~
— Você não é um rato de laboratório! — Ela grita. — De modo
nenhum!
— Eu não entendo.
~ 125 ~
nisso. Eu quero que seja sempre você. Não por causa de algum tipo de
droga. Eu só... Eu quero estar com você.
~ 126 ~
Capítulo 12
Minha bunda dói. Eu sinto que eu passei um dia inteiro fazendo
agachamentos, mas eu acho que estou em melhor forma do que
Riley. Ela está andando um pouco estranha. Eu sorrio para ela, incapaz
de controlar o sorriso no meu rosto quando ela faz a uma última
verificação dos meus equipamentos.
— Eu acho que isso é tudo — diz Riley. Sua voz é suave, mas o
olhar em seus olhos é difícil. Ela ainda não está feliz com esta missão.
— Agora que eu sei o tipo de conversa suja que sai da sua boca,
não há nada que possa me impedir de voltar.
— Eu vou ter algo extra especial para você quando você voltar —
diz ela com uma promessa.
~ 127 ~
algumas centenas de metros de distância, e nós corremos a leste para
lá. Nós mantemos o ritmo até chegar à margem do rio.
— Agora! — Eu comando.
~ 128 ~
— O comboio parou — digo a ela. — Quando é o próximo
reabastecimento programado?
— Nada está previsto durante uma hora — diz ela. — O que eles
estão fazendo?
— Entendido.
Isso é inesperado.
~ 129 ~
— Movendo-se para uma melhor cobertura — ouço Isaac chamar.
~ 130 ~
estou meio minuto de distância de sua localização. Eu atiro no caos, e
vários homens caem.
Eu olho para o local onde Pike estava. Ele está no chão, ainda
disparando a arma para o grupo mais próximo de soldados. Eles
continuam avançando. Eu posso ver Pike empurrando com cada golpe,
mas estou longe demais para fazer qualquer coisa sobre isso, mas atiro
para o grupo. Há tantos deles. Para cada um que eu atiro, mais saem de
um dos caminhões de transporte.
— Nós temos que levá-lo de volta, — diz ele. — Nós não podemos
deixá-lo aqui para alguém encontrar.
— Não faço ideia, mas eu vou descobrir, — Isaac diz, —e eles vão
pagar.
~ 131 ~
— Pike está morto — eu digo a ela. — Estamos trazendo-o de
volta. Missão abortada.
Veneno?
— Nada — diz ele depois de uma breve pausa. — Você acha que
estão nos seguindo?
~ 132 ~
— O que é isso?
— Agora!
~ 133 ~
— Sten, status! Sten!
— Desista, Superman.
~ 134 ~
Capítulo 13
Não posso me mover.
~ 135 ~
— Pronto?
— Vá em frente.
— Acenda.
Questões.
Gritos.
Tudo está borrado. Eu sinto a luz ainda nos meus olhos, mas eu
não posso realmente ver mais. Meus braços e pernas pulsam com
dor. Eu posso sentir a minha própria carne queimada, onde eles me
queimavam com os choques. Meus lábios estão secos, rachados, e,
provavelmente, sangrando. Fui espancado até ficar inconsciente várias
vezes, mas o alívio nunca dura. Os choques me despertam, e começa
tudo de novo.
— Ela é uma coisa bonita — diz ele. — Aposto que você teria se
oferecido para tudo isso se você soubesse que você ia fodê-la tanto
quanto você quisesse.
~ 136 ~
Eu lambo os lábios, mas não há umidade suficiente na minha
língua para fazer qualquer diferença. Pelo que eu sei, eu fiz voluntário
por esse motivo. De qualquer maneira, eu não estou dizendo nada a
este imbecil.
— Você não vai ser capaz de quebrá-lo assim. — Esta voz é nova
para mim. — Ele está muito condicionado. Talvez uma vez que as
drogas estão fora do seu sistema, mas isso vai levar semanas.
— Como?
Errol. Ele tinha que ser Errol Spat, o homem que eu tinha sido
enviado para trazer de volta para a base do Conglomerado Mills. Ele
está aqui, e eles estão trazendo-o para mim.
~ 137 ~
Uma centena de possíveis formas de escapar e trazer Errol Spat
de volta comigo passam por minha cabeça, cada uma menos plausível
do que a última. Eu não tenho nenhuma vantagem agora, mas eu vou
encontrá-la eventualmente. Vou encontrá-la e explorá-la.
— Temos alguns gritos dele, mas apenas quando ele esta ligado a
bateria do carro. — Eu sinto uma mão na minha coxa, perto de uma
das garras. Ele bate com o dedo, e eu recuo.
~ 138 ~
— Se você quiser matá-lo, com certeza – faça isso. Tenho certeza
de que Merle estava esperando para tirar a transformação dele. Será
que ele sabe o que vocês desgraçados estão fazendo aqui?
— O que é estranho?
— Talvez nada, mas não é certo. Eu não acho que eles usaram o
regime habitual de drogas - os níveis estão todos desligados. Também
parece que o implante traseiro mudou. Ele já passou por várias
cirurgias, o que não é normal também. Ele deve ter um efeito.
— Mas você pode entrar? Fazê-lo falar? Ler toda a merda que está
na sua cabeça?
~ 139 ~
— Não é assim que funciona. Poderíamos ser capazes de forçá-lo a
energia de ciclo, mas isso não lhe dá muito tempo. Talvez se a gente
puder desativar o implante primário, alguns dos seus funcionamentos
serão desativados. Nunca realmente tentei fazer isso, mas poderia
funcionar.
— Como?
— De que maneira?
— Basicamente.
— Coloque-o na caixa.
~ 140 ~
O homem que segurava meu braço esquerdo olha para trás, e seu
aperto vacila um pouco. Eu torço meu pulso para trás, agarro a mão
dele, e quebro dois de seus dedos. Ele grita e pula para trás, libertando
o meu braço. Eu bato meu punho na cabeça do homem mais próximo
de mim. Ele cai no chão, mas a minha liberdade não dura.
— Preencha.
~ 141 ~
descubro que eu posso prender a respiração por alguns minutos, mas,
eventualmente, eu tenho que levantar-me de volta para que eu possa
respirar apesar do protesto de meus músculos. Eu sou capaz de puxar
os anéis de metal de minhas órbitas quando eu inclino minha cabeça
perto o suficiente para as minhas mãos para que eu possa, finalmente,
fechar os olhos por um tempo, mas eu obviamente não posso dormir.
~ 142 ~
minhas coxas. Não vai demorar muito para que eu tenha que me
segurar para cima novamente.
~ 143 ~
Capítulo 14
— Você pode me ouvir?
Eu sinto uma mão no meu ombro. Eu não estive fora por muito
tempo, e eu ainda não posso me mover. Estou tão incrivelmente
frio. Tenho certeza que se tentassem me pegar e eu caísse no chão, meu
corpo iria quebrar em mil pedaços.
***
***
~ 144 ~
Algo quente e úmido está sendo arrastado pela minha testa. Há
um cheiro doce, distinto enchendo meu nariz. Minhas têmporas pulsam
enquanto minha mente tenta fazer sentido do cheiro.
— Riley — eu gemo.
~ 145 ~
também está começando a mostrar sinais de abstinência. Eu não sei
quantas vezes ele estava sendo injetado com TST. Errol pode ter uma
ideia melhor.
***
~ 146 ~
objeto, duro, quadrado metálico, talvez um chip de algum tipo. O objeto
incorporado é inferior a um centímetro quadrado e quase nivelado
contra a minha pele.
Eu sei que é a voz. É o mesmo que disse aos outros para me tirar
da caixa. Ele coloca o saco na cadeira e vem ao lado da cama. Eu fico
tenso reflexivamente.
Sua voz é gentil, mas eu não confio nele. Ele me coloca a uma
posição sentada, atinge o saco de lona, e tira um pequeno saco de papel
que ele entrega para mim. Dentro está uma garrafa de água e algo
embrulhado em papel alumínio. Eu hesito.
~ 147 ~
hidropônica, aqui mesmo neste edifício. Desculpe as tortilhas não são
frescas. Tem havido uma falta.
— Você nasceu Galen Michael Braggs — diz ele. — Sua mãe era
Bethany Clayborn-Braggs. Ela faleceu quando você tinha seis anos de
~ 148 ~
idade - uma doença cardíaca de algum tipo. Você, seu pai, Michael
Jason Braggs, e sua irmã, Amélia Jane, viviam em uma fazenda nos
territórios Aliança Carson.
— Nem tudo que foi dito a você deve ser tomado como verdade —
diz ele. — Você foi levado para Mills por uma razão específica, e eles te
diriam qualquer coisa para incentivar sua cooperação.
Eu ignoro o pensamento.
— Eu sei que você não tem nenhuma razão para confiar em mim,
— Merle diz — mas posso dizer-lhe a história de qualquer maneira? Eu
não tenho muita oportunidade para ensinar história mais.
Ele faz uma pausa e esfrega o queixo com dois dedos enquanto
ele me olha nos olhos.
~ 149 ~
próprios lucros. Quando eles começaram a se fundir, a fim de ganhar
mais influência, Carson e Mills saíram por cima. Todo o resto foi
absorvido - polarizada em uma das duas mentalidades.
~ 150 ~
A memória aparece-me rapidamente. Os homens que estavam me
torturando - eles já sabiam o nome dela. Merle está tentando me fazer
acreditar que ele é diferente, mas ele não me engana.
Eu não respondo. Ele afirma que eu tenho sede e puxa mais duas
garrafas do saco de lona. Ele coloca uma no chão perto dos meus pés e
abre a outra antes de continuar.
Merle continua.
Porra nenhuma.
~ 151 ~
— Você não acredita em mim. — Merle balança a cabeça
lentamente, seus lábios franzidos. — Eu posso te mostrar todos os
registros, Galen, mas você provavelmente não vai acreditar neles
também. Eles não têm quaisquer detalhes sobre exatamente o que
aconteceu naquele dia, mas sei que de alguém que têm, alguém que
você pode ouvir. Se Errol fez seu trabalho direito, você pode até se
lembrar dele.
— Eu pensei que você disse que não ele não se lembrava de nada.
— Hal ri enquanto ele se senta ao meu lado na cama e aperta a mão
trêmula no meu ombro. — Tem sido um caminho muito longo, Galen,
meu filho.
— Eu sei — diz ele. — Ouvi de sua própria boca anos atrás. Você
tem certeza que quer saber?
— Sim.
~ 152 ~
— Eram homens rudes — diz Hal. — Talvez eles pensassem que
estavam apenas acelerando, mas ficou fora de controle. Eles começaram
ir de casa em casa, fazenda por fazenda, destruindo tudo ao redor. Você
sabia que eles estavam chegando mais perto de seu lugar.
~ 153 ~
tinham um assassino confesso logo ali na frente deles, um macho
jovem, forte ali nas suas mãos. Sua punição era para se tornar um dos
espécimes.
~ 154 ~
Capítulo 15
Minha cabeça está girando.
Se outro cometa caísse nesta cela agora, meu mundo não seria
mais tumultuado.
— Será que eles sabem de onde viemos? Será que eles sabem que
estávamos todos os prisioneiros?
— Eu sei que isso vai ser difícil para você acreditar — diz
Merle. — Você está programado para acreditar nela, a confiar nela. Você
~ 155 ~
provavelmente teve pouca interação com qualquer outra pessoa. Você já
percebeu o quão rápido ela pode acalmá-lo quando você fica chateado?
Eu não posso acreditar. Riley não pode saber de nada disso. Eles
devem ter mentido para ela, também.
Ela mentiu. Ela pegou as minhas memórias, e ela mentiu para mim
sobre isso.
~ 156 ~
Não não não não…
~ 157 ~
***
Não há um lugar no meu corpo que não irradie dor. Apenas rolo
minha barriga para baixo e estremeço. Quando me levanto em minhas
mãos e joelhos, minhas pernas pulsam a partir de onde os pregos me
perfuraram. As queimaduras elétricas ao redor dos buracos doem como
se eles estivessem corroendo minha carne.
Eu sei que pelo menos alguns dos fatos que Merle e Hal me
disseram é verdade. Mas se for é verdade, então Riley mentiu para
mim. Se ela mentiu para mim sobre uma coisa, como eu poderia confiar
em qualquer coisa que ela me disse?
Não é?
Não importa. O que ela fez para mim não faz diferença, porque eu
não tenho mais ninguém. Mesmo que eu não tenha nenhuma ideia de
quem eu sou ou o quão longe eu estou dela, a imagem de seu rosto em
minha mente é um farol, chamando-me a ela. Eu tenho que voltar para
~ 158 ~
ela. Riley vai resolver tudo isso. Ela vai acalmar meus medos e me
convencer de que tudo está bem com o mundo.
— Bom dia, Galen. — Merle vem com uma nova cadeira, na mão,
bem como um novo saco de lona. Ele coloca a cadeira ao lado da minha
cabeça, senta-se, e me entrega um outro lanche e uma garrafa de
água. — Como você dormiu?
Eu duvido.
— Se eu puder.
~ 159 ~
— E sobre a rede que foi lançada sobre mim?
~ 160 ~
— Se você pode estragar tanto com os meus implantes, por que
você não pode simplesmente levar a informação para fora da minha
cabeça?
~ 161 ~
Merle vai até a porta, mas não sai. Ele chama dois homens. Eles
não falam, mas parecem familiares para mim. Eu estreito meus olhos
quando Merle me orienta para ficar de modo que os dois homens
possam colocar a cama novamente. Eu faço como ele diz, tropeçando
um pouco quando eu tento ficar de pé. Minha visão dança com
manchas pretas enquanto as náuseas aumentam.
Eles me torturaram.
Paciência.
Merle quer ser meu amigo. Ele quer que eu fale. Se eu posso
ganhar a confiança dele, a porta permanecerá aberta por mais
tempo. Pode haver apenas um soldado na escolta, em vez de dois. Eu
vou ter que esperar meu tempo, prestar atenção para padrões e
fraquezas.
~ 162 ~
Riley transportar em torno dela, mas apenas em uma fotografia de
referência.
Sua expressão muda quando ela olha para minha cara. Breve
confusão nos olhos antes que ela olha para longe de mim, o rosto
tingido de vermelho. Ela passa os dedos pelo cabelo preto curto, puxa a
cadeira para o lado da cama e pega a minha mão. Ela rola a manga sem
uma palavra.
— Eu sou. — Ela não olha para trás em meu rosto enquanto ela
fala. Ela mantém os olhos em seu trabalho enquanto ela desenrola a
bandagem em volta do meu braço, limpa a ferida, e envolve de volta.
— Sim.
— Por quê?
— Quem então?
~ 163 ~
Eu estreito meus olhos enquanto eu tento aprender mais detalhes
sobre ela a partir das informações contidas em meus implantes, mas a
informação é inacessível ou não existe.
Eu viro. Eu não vejo uma razão para não virar. Ela é médica,
como Riley. Ela deve ter alguma inclinação natural para a empatia, o
que faria dela um alvo fácil para a manipulação. Se eu posso acalmá-la,
fazê-la me ver como uma não ameaça, ela poderia ser tomada de
surpresa. Eu poderia até mesmo usá-la como refém.
Ela está atraída por mim. Em vez de levá-la à força, ela poderia
ser um refém disposta - alguém que vai me ajudar a escapar desde que
com a motivação adequada.
~ 164 ~
quando eu abri a porta. Seu rosto estava tão machucado antes, eu mal
reconheci você.
~ 165 ~
— Segure-o para baixo. Certifique-se de sua cabeça está voltada
para o lado.
— O que você fez com ele? — Merle está ao meu lado agora.
— Sim.
~ 166 ~
pescoço. — Você acha que você poderia remover os implantes
cirurgicamente?
— Faça isso rápido — diz Merle. — Nós não podemos perdê-lo. Ele
é muito importante.
~ 167 ~
Capítulo 16
Estou fraturado.
~ 168 ~
Quando as memórias fluem e refluem, estou consciente do mundo
fora da minha cabeça. Eu ouço vozes familiares, reconheço aromas, e
vejo os rostos que devo reconhecer, mas não posso fazer sentido de
qualquer uma delas.
~ 169 ~
Vejo-me acima de seu corpo nu. Ela sorri para mim com olhos
escuros e encapuzados. Seus dedos traçam meu queixo enquanto ela
puxa a minha boca na dela.
Ela mentiu.
— Ela mentiu…
~ 170 ~
O gelo flui pelas minhas veias. Eu não posso respirar se eu não
inclinar a cabeça para trás, e eu estou tão frio, eu não sei por que me
preocupar. Eu deveria deixar ir - deixe a água me levar. Eu não posso
fazê-lo, no entanto. Algo dentro de mim não me deixa desistir.
Eu grito. Eu grito e outra vez até que minha voz é rouca, e minha
garganta queima. Eu estou sendo amarrado para baixo, e eu bato
contra as mãos que tentam me conter.
Seja qual for a pequena fração do meu cérebro que ainda é capaz
de um pensamento racional clama por Riley. Ela é a única que pode
tirar esse tormento de mim.
~ 171 ~
Com grande esforço, eu forço a abrir os olhos. Eu sei de quem é o
rosto mais próximo a mim. Ela tenta cuidar de mim, mas ela não pode.
— Galen? — Sussurra.
— Há sempre opções.
***
Eu rio da imagem.
~ 172 ~
— E se nós formos vistos?
— Nós vamos ter que ter muito cuidado. Apenas Anna e Errol na
parte final, juntamente com o motorista.
~ 173 ~
que eu estou e voltar para Riley. Seu nome se torna um canto na minha
cabeça.
— Riley?
— Está tudo bem — ela me diz. — Tudo vai ficar bem. Eu estou
com você. Eu vou te levar para casa, Sten.
~ 174 ~
Viro a cabeça apenas o suficiente para olhar para ela. Seus olhos
se alargam quando ela encontra o meu olhar.
~ 175 ~
Capítulo 17
Riley olha para mim.
~ 176 ~
Eu vejo lágrimas nos cantos dos olhos, e quero chegar e limpar,
mas eu não posso levantar meu braço. Os passos nos alcançam, e nove
soldados uniformizados com Isaac levando-os vem ao redor das
árvores. Ele corre para o meu lado e cai de joelhos.
— Sten?
Riley segue atrás. Ela tem que correr para manter-se com os
passos de Isaac.
Capturado. Torturado.
— Bem, você cheira a merda. — Ele ri. — Quando foi a última vez
que você tomou banho?
Ele sorri para mim, mas eu não consigo sorrir de volta. Tento
encolher os ombros, e minha mente vagueia de volta para a caixa
apertada de água gelada.
— Você vai ter que me contar tudo sobre eles. — ele muda o meu
peso em seus braços. — Então nós vamos encontrá-los e rasgá-los em
fodidos pedaços.
~ 177 ~
escuto o zumbido das hélices do helicóptero antes de sucumbir mais
uma vez a escuridão.
***
— Não agora — diz a Dra. Rahul. — Vamos Dra. Grace vai deixa-
lo estável, e então você vai ser capaz de vê-lo. Não há nada que você
possa fazer por ele agora.
— Nenhuma. Mas olhe para a cicatriz. Ele pode ter sido torturado
— Torturado?
~ 178 ~
— Você acha que ele conseguiu cortar dentro?
— Isto não tem nada a ver com sorte. — A voz estridente de Dra.
McCall está cheio de areia. — Eles o devolveram para nós com
intenção. Nós precisamos de guardas armados ao redor dele em todos
os momentos. Se Spat teve acesso a ele, ele pode estar
comprometido. Podemos precisar limpar os implantes completamente.
~ 179 ~
— Eu entendo — Riley responde — mas não sabemos com
certeza. Se o limparmos agora, vamos perder qualquer informação que
ele pode ter aprendido enquanto ele foi capturado. Ele teve, obviamente,
contato com Errol Spat, talvez até Hudson.
***
Riley diz que eu apaguei por três dias. Não me lembro de acordar
ou sonhar durante esse tempo. Eu me lembro do que aconteceu comigo,
embora, e eu ainda me lembro de quem eu sou e como eu cheguei aqui.
Riley fica agitada sobre mim desde que eu acordei. Eu fui injetado
tantas vezes, eu meio que espero meus braços começar a jorrar como
uma fonte. Minha cabeça está clara agora, e Riley diz que os níveis de
drogas no meu sistema são quase de volta ao normal. Eu honestamente
não sei o que eu penso sobre isso, mas pelo menos eu me sinto forte
novamente.
~ 180 ~
Eu sei que Riley tem mil perguntas para mim, mas ela não pediu
nada ainda. Pergunto-me se ela pode ler as informações em meus
implantes e aprender tudo sem eu nunca abrir minha boca. Eu me
pergunto se ela já tem.
— Eu não posso acreditar que eles fizeram isso com você. Temos
um interrogatório com todos em uma hora sobre o que aconteceu com
você, mas eu não tenho certeza se quero ouvir isso.
Riley faz uma pausa e olha para o espelho. Quando ela encara
meus olhos novamente, seu olhar é intenso.
~ 181 ~
— Ainda há guardas postados do lado de fora — diz ela — e,
provavelmente, mais uma dúzia na sala atrás do espelho, monitorando
você. Os técnicos dizem que não há maneira de quebrar, através de
garantias do implante, mas pode demorar algum tempo.
— Era ele.
— Está quase na hora — diz ela. — Deixe-me ver mais uma coisa.
Eu concordo.
— Algo não está certo aqui — ela murmura antes que ela puxe
uma camisa azul para fora do gabinete e me entrega. — Coloque
essa. Tenho certeza de que o coronel Mills vai estar lá, e eu gosto dessa
cor em você.
~ 182 ~
não tinha ido antes. Entramos numa grande sala de conferência já
cheia com as pessoas. Eu sento na cadeira que Riley aponta para mim,
e ela se senta ao meu lado.
~ 183 ~
— Espécime Setenta e Dois — Capitã Mills diz quando ela olha
para mim — já ouvimos em conta a missão Quatorze. Eu quero que
você comece a partir do momento em que você rompeu com as outras
espécies.
~ 184 ~
— Eu não tenho muita memória dela — digo a ela. — Spat disse
que meus implantes estavam falhando, e Jarvis disse que eu ia morrer.
— Parece que você quer ser jogado fora deste projeto. — Capitã
Mills levanta uma sobrancelha enquanto ela olha para baixo da
tecnologia.
— Isso é traição.
— Você não respondeu minha pergunta — diz ela. — Por que você
foi liberado?
~ 185 ~
que fui submetido, a fim de tornar os implantes falhos poderia ter sido
demais para o meu sistema para lidar.
Riley olha para mim antes que ela se sente novamente. Guardas
me levam de volta para o laboratório onde eu sento na beira da cama e
espero Riley retornar. Ela se foi há muito tempo, e eu fico cada vez mais
agitado cada minuto que espero.
~ 186 ~
— Foi tudo bem? — Pergunto.
Riley suspira quando ela olha para o espelho. Nós ainda estamos
sendo monitorados, sem dúvida.
— McCall é...bem, sendo ela mesma. Ela sabe que você não pode
mentir quando eu lhe faço uma pergunta direta, mas ela está insistindo
que você fez.
— Eu não fiz.
Ela quer dizer mais alguma coisa, mas ela continua olhando para
o espelho. Tudo o que ela quer dizer, ela não quer que ninguém
ouça. Estou confuso por suas ações. Se ela mentiu para mim sobre ser
um voluntário, por que ela está tentando me proteger agora?
Não há dúvida de que estou tão atraído por ela como eu já estive,
possivelmente ainda mais. Após a longa ausência dela, eu tento ficar
perto o suficiente para que eu possa chegar e tocá-la a qualquer
momento. Ela está tentando me proteger, mas eu não sei suas
motivações.
~ 187 ~
Eu cumpro instantaneamente, deslizando para dentro e para fora
dela, polegada por polegada. Todas as dúvidas e desconfiança que tinha
se foram quando eu me afundo nela, e estou instantaneamente perdido
na sensação. Riley beija meu peito e, em seguida, meu pescoço. Eu
tenho que empurrar para cima com meus pés para ficar dentro dela
enquanto ela praticamente se arrasta até mim para chegar a minha
orelha.
É uma distração.
~ 188 ~
Ela vira a cabeça um pouco longe, mas eu agarro o queixo e viro
para mim. Eu olho em seus olhos antes de beijá-la novamente.
~ 189 ~
fez! Você é um soldado fazendo o seu dever! Você concordou em ter as
suas memórias apagadas, ou eu nunca teria feito isso!
Ela não responde. Ela empurra meu peito até que eu me solto
dela. Ela sai de cima de mim e fica fora da cama. Agarrando as roupas
da cadeira, ela se veste rapidamente e agarra a bolsa da mesa.
Talvez como eu, é apenas uma ferramenta que ela usa quando
quer ou precisa. Talvez agora que eu sei a verdade, ela não tem mais
interesse em qualquer um de nós.
Tão irritado como eu senti, o desejo que tenho por ela é mais
profundo e mais carente. Eu nunca deveria ter dito a ela o meu
nome. Eu deveria ter mantido meu silêncio desde o início, esquecido
toda a experiência. Se eu tivesse feito isso, talvez ela ainda estivesse
aqui, mas eu não fiz, e ela não está.
~ 190 ~
Capítulo 18
Eu não dormi naquela noite. Durante muito tempo, eu
simplesmente sentei na beira da cama e olhei para a porta, esperando o
retorno de Riley. Depois de algumas horas, eu deito no meu lado e
assisto a porta a partir dessa posição, mas eu nunca dormi.
Onde é que Riley foi, e o que ela está fazendo? Será que ela
revelou o meu segredo para seus superiores, e eles estão agora
discutindo o que deve ser feito comigo?
~ 191 ~
computador sobre a mesa - sem bom dia — sem sorriso, sem nada em
primeiro lugar — e bate rapidamente para as teclas.
Informações de diagnóstico.
Varreduras.
Cirurgia.
— Riley?
~ 192 ~
— O que?
— Conversar?
— Eu não entendo.
~ 193 ~
originais foram fracassos, e alguns acreditavam que era por causa do
uso de criminosos violentos. A química do cérebro era diferente de
outras pessoas. Eles não reagiam bem aos tratamentos.
— Mortos.
— Sim.
— Encontrou o quê?
— Isso significa que você não é o que eles me disseram que você
era. — Seus olhos escurecem quando ela aperta a mandíbula.
— Eu era um prisioneiro?
~ 194 ~
não ter conhecido sobre isso antes? Quem exatamente eles lhe disseram
que eu era? Suas palavras são convenientes demais.
— Eu fiz.
— É a verdade, Sten.
— Você vai ter que dizer-lhes — eu digo. — Se você não fizer isso,
vai estar implicada.
~ 195 ~
Eu fecho meus olhos e deixo todos os resultados possíveis
girarem em torno na minha cabeça. Não há uma solução definitiva, e eu
não compreendo as motivações de Riley.
— Eu posso provar isso para você — diz ela — mas não aqui.
— Onde então?
Ela puxa uma maca para o exame estável e move-me a ela. Ela
tem correias nos meus braços e pernas, mas as restrições estão
soltas. Eu poderia sair delas facilmente.
~ 196 ~
— Comece a se debater — diz ela. — Aja como se estivesse tendo
uma convulsão.
— Hã?
— Nós temos que fazer isto — Riley grita sobre o barulho das
hélices. Ela empurra sua bolsa médica sob o assento no interior da
máquina. — Não temos tempo para esperar por um outro!
~ 197 ~
Assim que estamos no ar, Riley libera as correias de meus braços
e pernas. Ela não diz nada, apenas me dá um olhar forte e um aceno de
cabeça em direção ao piloto.
— Meu Deus!
Eu olho para trás, Riley, que está se segurando no seu lugar com
as duas mãos.
~ 198 ~
velocidade vertical com o coletivo. Por um momento, o nariz sobe alto o
suficiente para que eu não possa ver o meu local de pouso, mas eu sigo
em frente para controlar a deriva. Eu inclino o nariz para a frente e
baixo o coletivo até que está descansando no chão apenas uma meia
milha a partir da cabine.
Riley coloca a maleta médica para baixo e puxa seu laptop fora
dele. Ela o conecta na parede e se transforma em um roteador de rede
sem fio sentado no balcão.
~ 199 ~
se abaixa para endireitar sua saia na altura dos joelhos, toma uma
respiração profunda, e olha nos olhos da mulher mais velha. — É um
privilégio ser parte de um projeto tão importante.
— Eu adoraria!
~ 200 ~
— Estamos todos inconscientes?
— De onde ele é?
~ 201 ~
Eu viro o meu foco de volta para o vídeo.
— Isso poderia ser vantajoso para você. — Mills ri alto, mas Riley
parece confusa.
~ 202 ~
Riley fica, obviamente, pasma. Ela olha para baixo para o meu
peito enquanto a mão da capitã acaricia lentamente minha pele.
— Vou colocar setenta e dois como seu! — Ela grita enquanto ela
sai da sala.
— Foi tão errado para mim — diz ela. — Eu já lhe disse isso
antes. Eu senti como se estivesse usando você. Não parecia...
consensual.
Eu vejo a lógica no que ela diz, mas não posso concordar com
essa conclusão. Nunca pensei nisso dessa forma, e eu ainda não sei. De
todas as coisas que ela tinha feito, esta é a menor das minhas
preocupações.
~ 203 ~
— E por que você acha que é? Você acha que você se sentiria
assim se eu não tivesse bombeado você cheio de drogas e manipulado o
seu circuito para atender a todos os meus caprichos?
~ 204 ~
Capítulo 19
— Como você pode dizer isso? — Riley dá um passo para longe de
mim.
— Dezessete dias .
— Sim.
~ 205 ~
— Não. — Eu balancei minha cabeça. — Isso pode ter sido uma
força motriz no início, mas no final, quando eles me largaram na mata,
pensar em você era a única coisa que me mantinha vivo.
~ 206 ~
— Eu lembro de ter visto ele antes. — Eu me concentro na tela
quando Riley e Kane param na mesa perto do computador.
— Bem vindo a casa — Kane diz com um sorriso. Ele leva uma
pequena versão de um comprimido e pica a tela. — Espécime 72 de
89. Você foi ativado no sistema com a médica controle.
— Obrigado.
— McCall, hein?
— Sim, ela vai ser um grande fator nesta divisão, e antes que você
pergunte, não, nós não nos damos bem.
— Nós temos sido rivais por algum tempo, mas não vai afetar o
meu trabalho. — É claro o tom de Riley que ela acha que o trabalho de
McCall será afetado.
Kane ri.
— O FOG?
~ 207 ~
— Nem um pouco. — Riley revira os olhos dramaticamente. — Ela
trabalhou desde o início, certo? Quando foram utilizados os criminosos?
— Verde.
— Você vai precisar falar com o coronel para ter a sua autorização
para quaisquer detalhes sobre isso.
— Só outro voluntário — diz Riley. — Você tem que saber que tipo
de pessoa está disposta a dar sua vida.
~ 208 ~
— Nenhuma, eu suponho. Eu só gostaria que houvesse um pouco
mais de informações em seu arquivo. Seria bom saber que tipo de
tendências naturais ele tem.
~ 209 ~
— Isto é, quando você acorda pela primeira vez — diz ela
calmamente.
~ 210 ~
— Não se preocupe, Galen — diz ela calmamente. — Eu vou
cuidar de você, tudo bem?
— Eu estou doente?
— Você vai ficar bem. — Riley sorri e tira outra seringa. Ela injeta
para o IV, e eu vejo como meu corpo afunda na cama.
~ 211 ~
puxar todas essas informações sobre o conhecimento prévio de Riley
junto o suficiente para fazer o sentido dele. Eu quero acreditar em tudo
o que ela diz. Eu preciso acreditar, mas há uma bolha de profunda
desconfiança no meu interior, e eu não sei como conciliar isso.
— E agora?
~ 212 ~
— Pode dizer-lhes que eu te levei como refém — eu digo. —
Ninguém tem que saber que você me ajudou. Pode dizer-lhes que o
fracasso em meus implantes lhe causou a perder o controle, e eu te
forcei a me trazer aqui. Eu irei embora.
— E ir para onde?
— Você não vai chegar longe, sem transporte aéreo — diz ela. — E
se você tentar voar por cima do muro, eles vão te derrubar.
— Você não pode ir. — Eu não estou a ponto de arriscar sua vida
também. Meu plano é sólido, mas há sempre variáveis
desconhecidas. Estou confiante de que posso escapar com poucos
danos, mas Riley é outro assunto.
— Eu não quero que você... jogue sua vida fora, a sua carreira.
~ 213 ~
— Eu entendo — eu digo em voz baixa. — Eu sou sua
criação. Você estava certa sobre como alterar os tratamentos, e eu sou a
prova viva disso.
Meus sentimentos por Riley têm sido sempre forte, com drogas ou
sem. Eles têm sido um ponto focal da minha existência desde que foi
alterada. Eu nunca me preocupei em dar a esses sentimentos um nome,
e eu nunca tinha considerado como ela podia se sentir sobre
mim. Minha suposição tinha sido sempre que estou apenas trabalhando
com ela - sua obra-prima. Ela não pode se sentir assim sobre mim.
~ 214 ~
Eu fecho os olhos e tento me controlar. Eu não gosto, mas eu sei
que ela está certa. Concordo com a cabeça e relaxo o meu domínio sobre
ela, mas não a deixo ir. Meus pensamentos e emoções estão produzindo
dentro de mim, mas eu tenho que encontrar o foco.
Se Riley vem comigo, eu tenho que ter mais cuidado. Não posso
permitir que ela seja prejudicada. Eu olho para ela, e as lágrimas estão
caindo de seus olhos. Ela atinge-se e envolve seus braços em volta do
meu pescoço.
— Como muito do que tem a ver com as drogas que você toma? —
Pergunto.
~ 215 ~
— A cerca que retém as minhas memórias.
— Cerca?
— Exatamente.
— Mas se essa parte falhou, tem outras partes não tão bem?
— O que?
— O que é?
~ 216 ~
— O que?
— Ela disse que não foi Peter Hudson, que ordenou que
matassem seu pai.
— Quem foi?
— Eu não tenho certeza que ela saiba — eu digo, — mas ela deu a
entender que ele foi morto por alguém dentro do Conglomerado
Mills. Ela achou que foi feito para transformá-lo em um mártir e
promover a causa.
— Você acha que você pode encontrar esse grupo de novo? — Ela
pergunta. — Você pode encontrar Errol Spat?
— Possivelmente.
~ 217 ~
Capítulo 20
— Como pode ter apenas um paraquedas? — Dentro da minha
cabeça o tempo avançava.
Porra!
Precisamos do helicóptero.
~ 218 ~
— Deixe que me preocupo com isso. — Eu definitivamente estou
preocupado, mas as minhas opções são limitadas. Eu tenho que nos
tirar daqui e entrar no território Carson. Se conseguirmos atravessar a
fronteira, não vamos ser seguidos. Não faria sentido taticamente; eles
precisam de tempo para traçar estratégias.
— Entre.
— Confie em mim.
~ 219 ~
Eu torço o acelerador e coloco até a velocidade máxima, mas os
outros ainda estão chegando até nós. Eu não vou conseguir chegar no
muro até que eles estejam perto o suficiente para disparar.
— Sten? É Isaac.
— Eles foderam com a sua cabeça — diz Isaac. — Eu sei que eles
fizeram, mas você tem que ouvir a Dra. Grace. Você tem que ouvir
Riley. Você sabe que você quer obedecê-la. Apenas deixe que isso
aconteça
— Eles vão atirar em você para fora do céu, Sten! Não faça isso
por mim, mano!
— Sten? Sten!
~ 220 ~
Eu olho para o lado. A parede está apenas abaixo de nós, e eu
posso ver vários soldados armar lançadores de mísseis no topo. Eu só
preciso de cento e cinquenta pés para nós alcançarmos a terra do outro
lado do rio, mas eu tenho que ganhar mais altitude.
~ 221 ~
mas podemos contornar sobre o rio com facilidade e cair em alguns
arbustos. Eu salto para os meus pés com Riley ainda envolta em meus
braços.
~ 222 ~
Nós viajamos por mais de duas horas. Riley está esgotada, mas
não podemos descansar em aberto. Eu preciso encontrar algum lugar
seguro para passar a noite. Ainda estamos bem mais de uma milha de
Haprin, mas eu posso ver as primeiras luzes da cidade à distância. Eu
continuo incentivando-a a avançar o mais rapidamente possível.
— O armazém?
~ 223 ~
Dou-lhe um meio sorriso, quebro a janela mais próxima, e a ajudo
entrar.
— Onde?
~ 224 ~
alimentos e bebidas energéticas. Eu estou dentro e para fora em três
minutos. Mesmo se eu tropeçar num alarme silencioso, eu vou estar
muito longe antes que alguém chegue aqui.
— O que?
— Eu vou tentar — diz ela com um sorriso triste. Ela coloca tudo
de volta dentro de sua bolsa médica. — Eu estou desenvolvendo um
pouco de um complexo de culpa, porém, e cada injeção vai permanecer
um lembrete disso.
~ 225 ~
para nos levar embora. Eu não teria uma chance de encontrar Spat e os
outros. Eu não posso me arrepender de nada, não que isso signifique
que eu possa mantê-la segura agora.
— O que é isso?
— Está.
~ 226 ~
— Pare. — Eu a beijo novamente. — Sem culpa. Não serve
qualquer propósito agora.
Se eles me ameaçam com danos a ela, eu não sei o que vou fazer.
— Eu não acho que ele teve tempo suficiente. Eu estava bem com
isso até então, mas eu me lembro dele dizendo que ele não tinha o
conhecimento médico.
~ 227 ~
que, pelo menos, não precise de drogas. Eu tenho o suficiente para
mantê-lo por algumas semanas, mas depois disso, nós vamos ter que
achar uma outra fonte ou descobrir um substituto.
— Existe um substituto?
~ 228 ~
Ela está tão perto, eu posso sentir o cheiro dela. Eu rodo meus
quadris mais rápido e sinto suas pernas apertarem em torno de meus
quadris, puxando-me para ela. Ela inclina a cabeça para trás e grita
quando ela estremece, esmagando meu pau.
~ 229 ~
Capítulo 21
Estamos no topo de uma colina, olhando para baixo em
Martinsberg.
~ 230 ~
— Ele pensou que você me sequestrou?
~ 231 ~
— Posso ajudá-los? — Ele pergunta.
— Eu preciso falar com Anna Jarvis — Riley diz a ele. — Por favor,
diga a ela que Riley Grace gostaria de vê-la.
— Não exatamente — Riley diz, — mas ela vai estar ansiosa para
falar comigo.
O guarda olha cético, mas ele pega um telefone ao lado dele e bate
em um código.
— Nós fomos boas amigas uma vez. Nós duas decidimos ir para a
medicina em conjunto, embora em diferentes áreas de
especialização. Ela é uma especialista em crescimento e nutrição.
Riley não reage, e eu percebo que ela não pode ouvir o que o
guarda está dizendo. Eu olho cuidadosamente para Riley, o corte em
sua bochecha e os hematomas nos braços da nossa fuga, e considero
como eles se parecem para os outros que olham para ela. Embora eu
esteja desgrenhado o suficiente, as lesões menores feitas durante a
aterrisagem abrupta já havia se curado. Alguém poderia tirar a
conclusão de que eu tinha prejudicado ela.
— O que?
~ 232 ~
— Eles acham que eu tenho abusado de você. — Eu posso ouvi-
los chegando. Seis soldados estão caminhando pelo corredor ao virar da
esquina da mesa de segurança. Duas outras pessoas com menor
construção, um homem e uma mulher, a julgar pelo som de seus
passos, os acompanha.
— Eles não vão, não imediatamente. Eles acham que eu sou uma
ameaça para você. Eles não vão ouvir até que estejamos separados.
— Não se mexa!
~ 233 ~
mim e um pouco de lado. Se eles abrirem fogo, eu vou ser capaz de
bloquear os tiros com meu corpo de forma mais eficaz com ela lá.
~ 234 ~
— Nós não sabemos se ela está segura, senhora. — O soldado diz
— Ele precisa ser revistado e detido até que possamos determinar o
nível de ameaça.
— Vou verifica-la por armas — diz Anna. Ela está olhando para
mim, e eu sei que ela está pensando. Se o soldado der um tapinha em
Riley, eu vou rasgar seus braços das órbitas.
— Ele está.
~ 235 ~
— Onde?
— Quem tem?
~ 236 ~
Ele segurou os grampos que martelaram em minhas pernas.
As horas passam.
Isso não devia demorar tanto. Onde está Riley, e o que está sendo
feito ou dito a ela? Ter vindo aqui será um erro terrível? Tenho certeza
que Merle vai querer falar com a gente, mas pelo que Anna disse, ele
não está aqui. O quão longe ele está, e o que pode acontecer nesse meio
tempo?
~ 237 ~
Minha paciência está se esgotando. Estou tendo um tempo cada
vez mais difícil não agir sobre as instruções que executam em minha
cabeça. Estou perto do ponto de ruptura quando alguém abre a porta.
— Dra. Grace nos contou tudo sobre sua fuga do centro médico
Mills — diz Merle. — Honestamente, é consideravelmente mais do que
eu esperava. Era muito mais provável que você quisesse ser reparado, o
que eliminaria as suas memórias novamente, ou ser destruído.
~ 238 ~
— Eu entendo, e peço desculpas por isso — diz Merle. — Os
seguranças podem ficar um pouco... com excesso de zelo. Perceba que é
para o bem de todos nós.
— Errol deve estar aqui em breve — diz Anna. — Ele está olhando
por cima do arquivo de diagnóstico que Riley forneceu.
~ 239 ~
Cross para de sorrir e estreita os olhos para mim.
— Se isso faz você se sentir melhor, você colocou esse pobre rapaz
no hospital hoje cedo.
— Isso era esperado — diz Riley. — Nós sabemos que eles não
podem ir muito tempo sem FOG; que é a base para a ponte entre o
cérebro e o sistema orgânico cibernético.
~ 240 ~
— Hormônios e feromônios — diz Riley. — A injeção é projetada
para promover o vínculo entre a médica e o espécime.
— Levemente.
— Ela fez você ter uma coisa para traças. — Errol ri também.
~ 241 ~
Há uma longa pausa. Eu não tenho uma compreensão clara da
parte técnica e médica de que todo mundo está dizendo, e eu não tenho
nada a acrescentar. Eu esfrego meu polegar sobre a borda da mão de
Riley, tentando confortá-la.
~ 242 ~
— Você vê essas vertentes? — Diz Errol. — Elas são muito
pequenas, quase imperceptível, mas eles estão lá, e eles não são parte
do design. Seu cérebro está se conectando aos implantes em formas
completamente novas. O projeto de reparação parece ter ido para a
sobrecarga, e ele está criado novas conexões. Eu não posso nem dizer o
que eles estão fazendo.
Eu observo a reação de Riley, mas ela não olha para mim. Ela
olha para o holograma, paralisada. Eu chego mais perto e pego a mão
dela novamente, mas ela não se move.
Eu não sei o que pensar das informações que Errol Spat forneceu.
— Eles não deveriam ter emoção — diz Anna. Ela se dirige a Errol
para destacar uma parte diferente do implante. — Todas estas conexões
estão alvejando sua amígdala e hipocampo, os centros emocionais do
cérebro.
~ 243 ~
— Vamos voltar para a questão real aqui — diz Cross. — Podemos
remover os implantes?
— Ele está certo — diz Riley. — Essa foi toda a ideia por trás dele,
criar um pequeno grupo de soldados que podem obter por trás das
linhas inimigas e fazer grandes danos. Mills tem a tecnologia mais
avançada, mas a Alliance Carson sempre teve os recursos e os números
para combater movimentos ofensivos.
~ 244 ~
— Não é tanto a comida — diz Riley. — Sintéticos fazem o
trabalho, Anna, mas existem outros componentes que não podem
sintetizar tão facilmente. Carson controla as instalações de mineração
para os minerais necessários para a divisão de tecnologia. Sem esses
recursos, temos dificuldade em manter-nos com a demanda. Algumas
das províncias menores estão sofrendo.
Nós ficamos, e eu fixo meu olhar sobre Riley quando seus ombros
sobem e descem com uma respiração profunda antes de falar.
~ 245 ~
Capítulo 22
Riley e eu somos escoltados para um hotel. Dois dos soldados
estão estacionados fora da porta para a nossa segurança. É besteira,
mas eu entendo a necessidade de cautela. Os soldados não são os
mesmos homens de antes, e eles são educados o suficiente.
~ 246 ~
— Eu acho que o caminho está livre. É melhor comer toda essa
comida, você vai precisar da energia.
Ela corre as mãos para baixo sobre seus quadris, abrindo ainda
mais o robe. Ela só está vestindo calcinha rosa por baixo, e ela desliza
os dedos logo abaixo da borda.
— Eu tenho que ter certeza de que você está pronto — diz ela
docemente.
— Você está tão molhada. Aposto que você esteve pensando sobre
isso todo o tempo que estive aqui, apenas esperando o momento certo,
não é?
~ 247 ~
— Então o que você está esperando? — Ela levanta uma
sobrancelha, e eu salto para ela.
— Você acha que tem o vigor para isso? — Ela empurra de volta
contra mim, me enterrando profundamente.
~ 248 ~
— Diga-me o quão forte você precisa de alivio. — Eu me inclino e
rosno as palavras em seu ouvido enquanto eu abrando, mal me
movendo dentro dela. — Você quer que eu te encha com porra, não é?
Estou feliz.
— É sua culpa!
~ 249 ~
Ela está um pouco instável, então eu a puxo para perto e seguro
até que ela recupere o equilíbrio. Ela olha nos meus olhos e me abençoa
com seu lindo sorriso.
— Eu também.
— Onde quer que vamos acabar — diz ela, — nós vamos precisar
de paredes à prova de som.
— Sem dúvida.
— O que?
~ 250 ~
Eu não sei como responder. Eu não estou totalmente certo se eu
posso fazer o sentido na minha cabeça, mas eu não quero mudar o jeito
que eu sou agora.
Riley se vira para mim quando ela passa a mão pelo meu
braço. Eu estou tremendo, mas eu não tinha percebido isso antes que
ela me tocou, me acalmou.
— Isso foi antes de você desertar. Mesmo que eles achem que você
é um refém agora, eventualmente, eles vão descobrir tudo. Não é como
você seria capaz de alguma vez voltar lá e fazer o mesmo trabalho
novamente.
— Isso não é uma razão para você ter para...para ficar assim para
sempre.
— Não é?
— Você não deve isso para mim, Galen — diz ela. — Você
deveria...bem, você deve estar com raiva de mim, me sinto em dívida.
~ 251 ~
memórias foram roubadas de mim, mas eu as tenho de volta
agora. Eu quero protegê-la. Eu quero estar com você.
— Nós ainda estaríamos juntos — diz Riley. — Mas você não deve
ter que confiar em tratamentos com drogas para o resto de sua vida.
— O que é ?
~ 252 ~
— Eu não quero que os sentimentos que eu tenho para você vão
embora. — Eu mantenho o meu olhar sobre ela, suplicante.
— Que vida?
— Como posso confiar no que você acha que você quer? — Ela
pergunta. — Sabendo que eu tinha uma parte em fazer você se sentir
assim, como posso acreditar agora?
~ 253 ~
— Você sabe que não é o ponto.
~ 254 ~
Capítulo 23
Eu acordo.
~ 255 ~
Agora eu sei que isso é o que eu quero, o que eu tenho
agora. Todas as manhãs, eu quero acordar em uma cama quente com
Riley ao meu lado. Eu quero abrir os olhos antes que ela acorde para
que eu possa vê-la dormir.
~ 256 ~
— Puta merda — ela murmura enquanto sua cabeça cai para um
lado. Ela me olha para os lados e, em seguida, abre um sorriso. — Isso
foi uma maravilhosa forma de despertar.
~ 257 ~
Riley define o ritmo, movendo-se lentamente em cima de mim em
primeiro lugar. Estou tão agitado com a boca, já posso sentir a tensão
no meu estômago. Eu inclino a cabeça para trás e fecho os olhos,
limitando, pelo menos, um sentido, na esperança de que eu possa
aguentar um pouco mais.
***
~ 258 ~
de transmitir dados de volta para Mills. Ela o pressiona contra a minha
pele. Arde quando ele entra, mas eu me seguro.
— E depois?
— Isso importa?
Riley fala uma lista de compostos químicos, e Errol faz nota deles.
~ 259 ~
que funciona e apenas quando combinado com os outros componentes
da FOG.
— É o único lugar.
***
~ 260 ~
— Bem, — Errol diz: — Eu sei que nós temos falado sobre o uso
de Galen para descobrir como transformar toda a merda na sua cabeça,
mas não há um problema com isso.
Riley coloca sua mão sobre a minha sobre a mesa. Donald Cross
estreita os olhos e olha para nós dois. Eu posso ver a veia em sua
têmpora latejando.
— Eu não acho que seja uma boa ideia — diz Anna. — Nós já
estamos falando sobre como obter os medicamentos de que
necessita. Como é que vamos conseguir isso a longo prazo?
~ 261 ~
— Eu tenho para dezenove dias de todos os seus medicamentos
— diz Riley. — Eu posso esticar isso para três, talvez quatro
semanas. Ela deve permanecer a um nível suficientemente elevado no
seu sistema de quatro ou cinco dias após a última injeção. Depois disso,
os níveis de agressão aumentarão significativamente.
— Até você?
— Como todos vocês acham que isso foi uma boa ideia? —Cross
dá um duro olhar para Spat e Anna e depois olha para Riley.
Eu olho para Riley, e ela puxa para a minha mão. Eu volto para o
meu lugar lentamente, com os olhos no Cross o tempo todo.
Sua voz diminui, enquanto ela olha para mim. Meu estômago se
embrulha como ele fez quando eu ataquei Dra. McCall que havia
~ 262 ~
insultado Riley. Cross é desagradável, e eu não entendo por
que sou considerado um agressivo.
~ 263 ~
— Eles sabem o que precisamos, e eles estarão esperando por
nós.
— Galen, por que você diz isso? — Riley coloca a mão no meu
braço, trazendo-me dos meus pensamentos.
— Não!
~ 264 ~
Riley parece que está prestes a quebrar, e eu não sei o que
dizer. Não tenho ideia do que fazer. Eu sou a escolha lógica, a única
escolha, mas eu não posso suportar vê-la tão chateada.
— Eles vão ser capazes de localizá-lo. — Sua voz cai mais baixo e
ela não encontra o meu olhar.
Não há escolha.
~ 265 ~
Capítulo 24
Os próximos dias são gastos nos mudando para Carson City e
planejar um ataque a Mills Pharmco. Eu faço o argumento de que eu
deveria ir sozinho, mas existem dois postos de controle para passar
antes de atingir as instalações em si. A maioria das pessoas da CA
Inteligência não confia em mim, e vamos precisar de pessoas em cada
ponto de verificação, a fim de ser bem-sucedido.
~ 266 ~
— Nós já nos conhecemos antes — diz a Dra. Charles. — Você era
muito jovem na época.
— Você conhecia o meu pai. — Riley coloca a mão sobre sua boca
e pisca algumas vezes. — Você trabalhou com o grupo de sintéticos.
Riley endurece ao meu lado, e eu fico tenso junto com ela. Ela
rapidamente molha os lábios e olha incisivamente para a Dra. Charles.
— Ele foi assassinado por aqueles que não apoiaram seus pontos
de vista — diz Riley. — Pelo menos, foi o que me disseram.
— O que?
~ 267 ~
— Eles o mataram.
— O inferno que você vai. — Eu olho para ela. — Você vai ficar
bem aqui.
~ 268 ~
— Você pode me dar o que eu preciso, e eu posso injetar-me se
você realmente acha que é necessário.
— Observe-me.
— Para que?
— Eu vou.
— E Riley é?
~ 269 ~
Riley fica bem junto comigo, com as mãos fechadas em punhos e
colocado nos quadris.
— Eu vou.
É claro que ela não vai ceder, e meu peito dói com o pensamento.
~ 270 ~
Eu sinto os dedos de Riley no meu braço esquerdo e me dá o
efeito calmante. Ainda leva vários minutos antes que eu possa falar
novamente.
— Nós temos o potencial para uma nova vida aqui — Riley diz
gentilmente, ainda acariciando meu braço. — Eu sei que é assustador
agora, mas é tudo o que temos.
Ela olha para mim, abre boca, por um longo momento antes de
ela chegar para a frente e colocar a mão no lado do meu rosto.
— Tudo o que importa é ter certeza que o meu erro não acabe te
matando ou causando-lhe a morte. Eu preciso estar lá para ter certeza
que tudo está certo. Você é tudo que me resta, também.
~ 271 ~
— Precisamos ficar juntos — diz ela. — Vai levar dois dias para
começar a partir de Carson City ao primeiro checkpoint. Você vai fazer
melhor comigo lá, perto de você. Mais importante, eu não quero jamais
ser separada de você. Nunca
~ 272 ~
Capítulo 25
— Você fica muito bem com esse terno, você sabe. — Riley sorri
para mim quando nós estamos na estrada.
— Claro.
— Ambos, na verdade.
~ 273 ~
— É possível — diz Riley. — Não é algo que já foi testado. É que...é
que algo que você quer?
— Você não quer? Quer dizer, um dia, quando toda essa merda
estiver no passado?
— Eu não sei se isso algum dia isso vai estar no passado, Galen.
O caminhão vira, e nós vamos por uma estrada áspera até que
finalmente chegamos a uma paragem. Eu escuto as portas da frente
abrir primeiro, e depois um dos soldados vem e abre a escotilha de volta
para nós.
~ 274 ~
— Melhor do que eu estava a última vez que te vi. — Eu volto
para Riley. — Riley, este é Hal. Ele cultivou os campos próximos aos
nossos. Hal, esta é Riley.
— Onde?
— Eu não entendo.
***
~ 275 ~
para abrir e cair chuva nesta área, tudo o que posso pensar agora é que
eu vou acabar levando lama por todo o caminhão.
Amada irmã
Quando se trata dela, eu sei que vou fazer qualquer coisa e tudo o
que ela quer, inclusive envolvendo-me em uma guerra, que eu
realmente não entendo. Ambas as organizações estão realmente
brigando para uma coisa. O fato de que eles estão indo sobre isso de
diferentes maneiras não é algo que me interessa.
~ 276 ~
— Galen?
~ 277 ~
— Pelo menos eu posso me lembrar agora. — Eu aperto a mão
dela e sorrio para ela.
— Estou feliz que nós paramos por aqui — diz Riley. — É bom ver
onde você cresceu.
— Claro!
— Você não sabe — diz ela enquanto ela sorri docemente — que
você pode se cansar de mim um dia, e eu vou precisar de um incentivo
a mais.
~ 278 ~
Ela agarra meus ombros e sobe no meu colo. Eu tomo meu eixo
na minha mão, dobrando para encontrar com a carne dela enquanto ela
desliza para baixo em cima de mim. Ela se move lentamente, beijando-
me profundamente quando meu pênis pulsa dentro dela.
Ela ri, é um belo som, e, em seguida, agarra meu pau com a mão,
acariciando-me algumas vezes antes de trazer-nos de volta juntos.
— Mais...por favor...mais...
~ 279 ~
Riley empurra contra o meu ombro, e nós rolamos mais uma
vez. Ela acaba em cima de mim e se inclina para trás, forçando-me
profundamente dentro dela, em seguida, começa a se mover
rapidamente. Os seios dela saltam para cima e para baixo quando ela
bate em cima de mim repetidamente. Pego um deles, acaricio-o, e gemo
quando o momento me captura, a pressão aumenta, e eu explodo.
~ 280 ~
Capítulo 26
O ar da noite é refrigerado pela chuva quando nós abandonamos
nossos veículos e fazemos o nosso caminho em território Mills a pé. Não
há nenhuma parede aqui e não há guardas. A área é pantanosa e difícil
de atravessar a pé, e não há nenhuma vantagem militar para a área.
— Isso foi o que me disseram, mas é evidente que ela não está. —
Ele dá de ombros e usa um cartão de acesso fornecido pelo Spat para
abrir a porta de trás, e todos nós nos movemos dentro. — Ela pode ter
sido chamada para alguma ocorrência. Eu vou descobrir.
~ 281 ~
— Todo o militar deve ter um — diz Riley. — Nós vamos ficar bem
aqui, Galen.
— Isso deve ajudar — Riley diz que ela insere uma agulha em
meu braço.
— Eu te amo, Riley.
— Eu não vou.
— Promete?
~ 282 ~
— Prometo. — Ela sorri para mim, mas seus olhos são
maçantes. Ela desliza as mãos por meus braços e aperta os meus
dedos.
— Eu vou.
Quase.
~ 283 ~
Minhas instruções são em caminhar, mas estou cauteloso. A
janela da frente está escura e eu não vejo movimento dentro. Eu
movimento para a parte de trás do lugar, mas não há nenhuma janela
lá, apenas uma porta de metal com um cadeado nele.
— Sim. Vamos.
— Você vai ter que deixar sua arma — diz ele. — Ela vai ser
detectada, e nós não queremos ter que nos explicar.
~ 284 ~
Eu sei o caminho, mas Wick tem acesso ao sistema de monotrilho
para que possamos chegar lá mais rápido. Estar no trem me deixa
nervoso embora haja apenas um punhado de passageiros a esta hora
cedo. Nós mudamos de trem uma vez, em seguida, saímos da estação e
vamos para a calçada ao lado de um prédio de tijolos.
— Ok.
~ 285 ~
sido armazenada no que é hoje o espaço vazio. Alguém veio aqui e
removeu tudo.
Eles sabiam que eu iria precisar dele. Eles sabiam que eu estava
chegando.
Ele está desarmado, mas está confiante. Nada nele mudou desde
a última vez que o vi, mas ele ainda parece diferente. Há remorso em
seus olhos quando ele olha para mim, e eu fico completamente imóvel,
calculando.
— Eu senti sua falta, você sabe — diz ele. — Primeiro Pike é morto
e depois você foge. Não tenho ninguém para conversar durante as
horas. Eu não fui atribuído a uma nova equipe desde que nós
estávamos esperando trazê-lo de volta.
Eu fico tenso, pronto e esperando por ele para fazer uma jogada,
mas ele faz uma pausa.
~ 286 ~
— Isso não é bom, Sten. Você não tem para onde ir. Enquanto
falamos, eles estão invadindo o centro técnico Carson em
Martinsville. Não há qualquer lugar para você correr. Você só precisa
voltar comigo para que os médicos possam fazer com que você se
concentre.
~ 287 ~
Isaac agarra uma mesa próxima e a arremessa para mim. Eu
desvio, tento recuperar o meu equilíbrio, e agacho de novo, pronto para
meu próximo movimento.
~ 288 ~
Eu sei das minhas limitações físicas, e o fosso entre edifícios é
mais do que eu posso controlar. Há uma saída de incêndio com uma
escada contra o edifício, e eu poderia fazer meu salto é perfeito, mas eu
poderia facilmente cair no chão. O impacto não iria me matar, mas
poderia me atrasar o suficiente para Isaac chegar ao chão antes que eu
pudesse escapar.
— Você não pode vencer esta, Sten! Nós vamos trazê-lo de volta
para casa!
Não há nada.
~ 289 ~
Na verdade, a janela está quebrada. Não há vidro quebrado no
chão do lado de fora, então alguém deve ter forçado o seu caminho de
fora para dentro.
Isaac sabia onde eu estaria, e a rota foi rastreada até aqui. Se eles
encontraram Taylor Wick e questionaram ele antes de matá-lo, eles
podem ter descoberto o meu ponto de origem.
— Riley.
~ 290 ~
Capítulo 27
Eu corro em alta velocidade da estação de serviço para a pequena
cidade de Marra. Eu nunca abrando, e eu faço a trajetória diretamente
para o meu destino. Quando eu chego, a cidade parece deserta. Mesmo
a esta hora tardia, alguém devia estar do lado de fora de casa, mas eu
não vejo ninguém. Janelas de todas as casas estão escuras, e não há
ninguém nas ruas.
— Porra.
~ 291 ~
Eu bato na porta da frente e vejo Riley e os soldados pularem com
o ruído.
— Nós temos que sair! — Eu grito com ela. — Eles estão vindo.
Riley luta com o trinco na porta, mas não consegue abrir. Ela está
em pânico, e seus dedos são desastrados. Eu pressiono os meus pés
contra o chão, levando-me em sua direção para que eu possa chegar à
porta aberta.
~ 292 ~
sua cabeça. Eu a envolvo em meus braços, protegendo-a com meu
corpo quando os tiros começam.
Uma e outra vez, eu tomo cada tiro, manipulando meu corpo para
manter as balas e impedi-las de acertar a mulher que eu seguro perto
de mim. Ela está gritando meu nome mais e mais enquanto eu estou
sendo abatido, e meu corpo treme com o impacto, mas eu não posso
ouvi-la. Está levando tudo o que tenho apenas para mantê-la fora do
perigo.
— Continue! — Eu grito.
~ 293 ~
compensar a dor por mais tempo. Dezessete balas me atingiram, quatro
passaram por mim e o resto estão alojadas dentro do meu corpo. Eu
luto contra a dor, mas minhas pernas param de me forçar a frente.
Eu posso ver a saída logo à frente de nós. Uma vez que passarmos
através dela, eu posso levá-la para dentro da floresta e fugir tempo
suficiente para determinar a melhor estratégia para sair do território
Mills e de volta para a fazenda. As árvores estão apenas alguns metros
de distância da casa, e do pântano bem atrás.
Eu sei que ela não vai gostar. Já posso ouvir seus protestos na
minha imaginação, mas eu não vou permitir qualquer argumento. Ela
tem que ir, com ou sem mim. Pode ser a única maneira de salvá-la.
Estou bem atrás dela. Eu posso sentir o seu calor no meu peito, e
eu me lembro como ela se enrolou contra mim na noite passada depois
de ter feito amor com ela. Ela suspirou baixinho quando ela caiu no
sono, e eu tinha acabado me deitando ali, olhando para ela.
Eu não posso deixar que esta seja a nossa última noite juntos.
~ 294 ~
— Não! — Grita Riley. Ela agita nas mãos do espécime, chutando
e gritando. — Me deixe ir! Deixe ele em paz!
— Você não pode fazer isso! — Riley grita com ela. — Sua
puta! Deixe ele em paz! Deixe ele em paz!
— Você é uma traidora — Dr. McCall diz ela. — Sorte sua que nós
termos uma solução que irá beneficiar a todos, e você será capaz de
retornar ao seu trabalho.
— Você vai fazer exatamente o que você vai ser programada para
fazer. — Ela caminha até Riley enquanto o espécime detém seus braços
para os lados. Ela se inclina para perto e bufa. — Desta vez, vamos fazer
as coisas do meu jeito. Leve ela daqui!
~ 295 ~
aumenta à medida que a máquina sobe para o céu, Riley é mantida em
cativeiro a bordo da embarcação.
Ela se foi.
— Faça agora. — Dr. McCall bufa cada palavra enquanto olha pra
mim.
~ 296 ~
Dentro de mim, eu começo a cair.
~ 297 ~
Epílogo
Eu acordo em um quarto branco austero.
~ 298 ~
— Não é muito difícil agora. — Sua voz calma me acalma, e eu
solto meu aperto.
~ 299 ~
— Não. — Ela balança a cabeça e passa os dedos sobre meu
braço novamente. — Nada assim.
— O que, então?
— Resultados?
~ 300 ~
— Riley. — Eu gosto de seu nome. Eu posso praticamente sentir
as sílabas vibrando através da minha pele. Eu gosto de como ele soa em
meu ouvido e a forma como ele fica na minha língua.
~ 301 ~