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@fredericocoliveira

Sociologia – UFU

1. Há pouco mais de uma semana, quando a varejista Amazon foi acusada de fazer
com que seus funcionários trabalhassem em horários excessivos a ponto de terem de
urinar em garrafas plásticas, a companhia do homem mais rico do mundo, Jeff Bezos,
afirmou que, “se isso fosse verdade, ninguém trabalharia conosco”. [...]. Nesta sexta-
feira (2), no entanto, a Amazon voltou atrás e pediu desculpas [...] e acabou admitindo
que sim, alguns funcionários não têm tempo de ir ao banheiro e acabam urinando em
garrafas de água.

VITORIO, Tamires. Com horários de trabalho excessivos, funcionários da Amazon


urinam em garrafas. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/. Acesso em: 20
abr. 2023. (Fragmento adaptado).

A notícia de que uma das principais empresas varejistas contemporâneas admitiu que
uma parte de seus funcionários trabalha em condições precárias é um testemunho de
como
a) a formação de sindicatos fortes, a partir da emergência do toyotismo, não impede a
exploração do trabalho.
b) a maior flexibilização dos vínculos trabalhistas passa a exigir uma maior qualificação
técnica do trabalhador.
c) a desregulamentação do trabalho tem como consequência o fortalecimento do
papel do Estado de bem estar social.
d) a sociedade contemporânea produz uma contradição entre a modernização e a
regressão das condições de trabalho.

2. Tenho 260 escolas em comunidades. Eles querem ser advogados, professores,


médicos. Eu acho correto. Eles [indígenas] têm que se aculturar, não podem mais ficar
no meio da mata, parecendo bicho. Eles têm que estar lá com condição, com estrada,
escola, posto de saúde, fazendo agricultura deles, produzindo macaxeira, farinha.

ANDRADE, Mariana. Denarium entra na mira do MPF após declaração sobre povo
Yanomami. Disponível em: https://www.metropoles.com/. Acesso em: 20 abr. 2023.
(Fragmento).

Adotando o ponto de vista da Antropologia, a afirmação acima, dada pelo governador


de Roraima, Antonio Denarium, revela a
a) necessidade de garantir aos indígenas o acesso à tecnologia, mesmo que este
processo leve ao abandono da sua identidade.
b) persistência de obstáculos que impedem a integração nacional, considerando a
existência de tribos que buscam o isolamento.
c) dificuldade de conceber outros modos de vida em que a relação entre natureza e
cultura não ocorra em termos de exploração.
d) perspectiva preconceituosa em relação às comunidades indígenas que lhes nega a
possibilidade de aculturação.

3. Os estudos feministas sobre a violência de gênero consideram, em especial, como


um dos pilares da violência contra a mulher, o patriarcado e, de modo correlato, a
posição de dominação simbólica masculina. Contudo, reconhecem que há outros
elementos que compõem a dinâmica da violência. Dessa forma, o patriarcado e a
dominação masculina, se tomados isoladamente, seriam causas insuficientes para se
explicar a violência contra a mulher. Apesar das fragilidades que ambos os conceitos
apresentam na sociedade contemporânea, bem como das críticas que lhes são
atribuídas, ainda assim trazem consigo significados e desdobramentos importantes
para que se possa compreender a manutenção dos ordenamentos familiares, uma vez
que não está rompida a máxima: “em briga de marido e mulher, ninguém mete a
colher”. Se a luta do movimento feminista torna pública a violência sofrida pelas
mulheres, no sentido de reconhecê-la como problema que envolve a sociedade em
geral, o poder familiar ainda a silencia.

BANDEIRA, Lourdes Maria. Violência de gênero: a construção de um campo teórico e


de investigação. Revista Sociedade e Estado, v. 29, n. 2, Maio/Agosto, 2014.
(Fragmento).

Conforme o texto, a violência de gênero envolve


a) a hegemonia masculina, entendida como definidora de uma hierarquia de gênero no
interior da família.
b) a divisão dos papeis sexuais numa sociedade patriarcal, em que a violência contra
mulher sempre foi visível.
c) a família patriarcal e a consequente restrição desta forma de violência ao âmbito
doméstico.
d) a nova condição da mulher no mercado de trabalho, o que reforça a dissimetria
entre papeis de gênero.

4. A fim de ampliarem sua influência, as associações cívicas e os movimentos sociais


devem procurar atingir diferentes agendas: a dos meios de comunicação, a dos
partidos políticos e a dos corpos parlamentares e administrativos. Através dos media,
as questões e causas de atores cívicos podem alcançar uma audiência muito mais
ampla do que seria possível por meio de ações diretas. Os media contribuem para
inserir temas na agenda pública, para configurar a percepção que os cidadãos têm das
questões-chave da política e, também, para construir o senso que as autoridades
políticas formam sobre a reação dos cidadãos.
MAIA, Rousiley C. M. Atores da sociedade civil e ação coletiva: relações com a
comunicação de massa. Lua Nova, São Paulo, v. 76, p. 87-118, 2009. (Fragmento).

Ao descrever a necessidade do uso das mídias de massa pelos atores que formam a
sociedade civil, revela-se como, na democracia participativa, os diferentes atores da
sociedade civil
a) utilizam-se da mídia para enfraquecer a capacidade de representação dos partidos
políticos e os poderes do Estado.
b) procuram controlar a mídia para conquistar a opinião pública e obter o fim da
interferência estatal no espaço público.
c) visam se mobilizar, por meio do uso das mídias sociais, para definir a posição da
burguesia na esfera pública.
d) podem influenciar as pautas políticas pelos meios de comunicação, mesmo sem
controlar o Estado.

5. Francisca Dantas Mendes, professora do curso de Têxtil e Moda na Escola de Artes,


Ciências e Humanidades da USP e coordenadora do Núcleo de Apoio à Pesquisa
Sustentabilidade na Cadeia Têxtil, explica que o Fast Fashion é um modelo em que os
produtos são produzidos, consumidos e literalmente descartados em um curto período
de tempo, tanto pela má qualidade das roupas quanto pelas constantes mudanças de
tendências de moda. [...] Do ponto de vista social, “como não há garantia de volume
de produção de roupas, as empresas prestadoras desse tipo de serviço mantêm um
número reduzido de funcionários contratados e, quando a demanda pela produção
aumenta, ocorre a quarteirização e até a quinteirização do serviço, sendo que, nestes
dois últimos casos, o processo ocorre de forma informal e com preços ainda mais
reduzidos”, explica a professora. Nesse ambiente de exploração do trabalho, a mão de
obra análoga à escravidão prolifera.

ZANFER, Gustavo. O modelo Fast Fashion de produção de vestuário causa danos


ambientais e trabalho escravo. Disponível em: https://jornal.usp.br/. Acesso em: 20
abr. 2023. (Fragmento adaptado).

A melhoria das condições de trabalho nesta situação necessita do(a)


a) modernização do processo de produção.
b) aumento da qualificação do trabalhador.
c) flexibilização das regulações trabalhistas.
d) diminuição da jornada de trabalho.

6. De 1969 até meados da década de 1970, a Fundação Nacional do Índio (Funai)


manteve silenciosamente em Minas Gerais dois centros para a detenção de índios
considerados “infratores”. Para lá, foram levados mais de cem indivíduos de dezenas
de etnias, oriundos de ao menos 11 estados das cinco regiões do país. O Reformatório
Krenak, em Resplendor (MG), e a Fazenda Guarani, em Carmésia (MG), eram geridos e
vigiados por policiais militares sobre os quais recaem diversas denúncias de tortura, de
trabalho escravo, de desaparecimentos e de intensa repressão cultural.

CAMPOS, André. Ditadura criou campos de concentração indígena. Repórter Brasil,


2014. Disponível em: <https://reporterbrasil.org.br/>. Acesso em: 11 set. de 2022.

O texto revela um exemplo de repressão das comunidades originárias no Brasil


durante a ditadura. A partir de uma leitura antropológica, esse episódio revela a
a) consequência de ideais relativistas que ignoravam a diversidade étnica.
b) influência de teorias racialistas na tutela de comunidades indígenas.
c) tentativa de pacificar indígenas civilizados.
d) ausência da resistência indígena em face do poder colonizador.

7. No Brasil, há quase 30 anos têm-se direitos civis, políticos e sociais assegurados. No


entanto, para muitos brasileiros, isto se deu apenas no campo jurídico-formal. Há,
ainda, uma falta de sincronia entre o que está previsto legalmente e o que de fato
ocorre na sociedade brasileira, de forma que, dentro de uma mesma nação, existem
duas noções diversas de direitos humanos: uma é a da lei, outra é a da população. Por
isso, crê-se que, devido ao fato de a expressão “direitos humanos” ter tomado um tom
negativo para muitos brasileiros, trazendo a lembrança de impunidade ou de injustiça,
deve-se, minimamente, em qualquer sociedade que esteja comprometida com
princípios de igualdade e de liberdade e, sobretudo, com a democracia, chamar a
atenção sobre essa questão.

LINHARES, Bianca de Freitas.; CABRERA, Valéria Cabreira. Proteção de direitos


humanos e democracia: uma análise longitudinal da percepção do cidadão brasileiro
de 2007 a 2015. Agenda Política. Revista de Discentes de Ciência Política da
Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, v. 7, n. 1, p. 141-167, 2019. (Adaptado).

Conforme o texto, a falta de sincronia entre uma concepção negativa dos direitos
humanos e os princípios da liberdade e da igualdade indicaria
a) a limitação do reconhecimento dos valores da cidadania por uma parcela da
população brasileira.
b) a necessidade de se rever os limites que os direitos humanos impõem à punição de
atos ilícitos.
c) a falta de correspondência entre as leis brasileiras e os direitos humanos.
d) como os direitos humanos se baseiam em princípios abstratos que não têm efeito
no cotidiano.

8. Ao analisar os sistemas de classificação que garantem a preeminência da mão


direita, o sociólogo Robert Hertz, aluno de Durkheim, afirma:

Portanto, não é porque seja fraca, ou sem poder, que a mão esquerda é desprezada: o
contrário é verdade. Esta mão é submetida a uma verdadeira mutilação, que apesar
disso não é marcada porque afeta a função e não a forma externa do órgão, porque é
fisiológico e não anatômica. Os sentimentos de um canhoto, numa sociedade atrasada,
são análogos àqueles de um homem não circuncisado em sociedades nas quais a
circuncisão é lei. O fato é que não se aceita ou se cede à desteridade como uma
necessidade natural: ela é um ideal ao qual todos precisam conformar-se e o qual a
sociedade nos força a respeitar por meio de sanções positivas.

HERTZ, Robert. A preeminência da mão direita: um estudo sobre a polaridade religiosa.


Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, v. 6, p. 99-127, 1980.

Essa passagem demonstra a influência da teoria de Durkheim, considerando que


Robert Hertz, autor do trecho,
a) leva em conta o papel da coerção social como força originada pela livre associação
entre indivíduos.
b) denuncia o caráter arbitrário e preconceituoso dos fatos sociais, causador da
anomia social.
c) alinha-se à ideia de que os valores e representações sociais podem ser analisados
objetivamente, a partir da dinâmica social.
d) concebe a vida social como uma entidade superior e perfeita, embora subordinada à
dimensão biológica.

9. O futuro terá menos empregos e mais trabalho [...]. Com o passar dos anos, os
vínculos empregatícios começam a ser desfeitos, abrindo espaço para outras formas
de gerar renda que não exigem presença física do funcionário. [...] Formatos
tradicionais serão substituídos por contratos esporádicos e temporários, em que o
vínculo entre as partes se encerra após a entrega. O expert pode trabalhar em dois,
três lugares diferentes participando de projetos distintos.

RODRIGUES, Robson G. Tecnologias alteram modelos de trabalho, que passam a ser


mais flexíveis. Correio Braziliense, 2018. Disponível em:
<https://www.correiobraziliense.com.br/>. Acesso em: 11 set. 2022.

Temos de reconhecer que nosso trabalhador sai do processo de produção diferente de


quando nele entrou. [...] O contrato pelo qual ele vende sua força de trabalho ao
capitalista prova – por assim dizer, põe o preto no branco – que ele dispõe livremente
de si mesmo. Fechado o negócio, descobre-se que ele não era “nenhum agente livre”,
que o tempo de que livremente dispõe para vender sua força de trabalho é o tempo
em que é forçado a vendê-la, que, na verdade, seu parasita não o deixará “enquanto
houver um músculo, um nervo, uma gota de sangue para explorar”.

MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Trad. Rubens Enderle. São Paulo:
Boitempo, 2013. Livro I. p. 373-374.

A partir da comparação entre a notícia sobre o avanço do modelo de trabalho flexível e


as considerações de Marx acerca da posição do trabalhador no mercado capitalista, é
correto concluir que, na perspectiva marxista,
a) a liberdade de escolha do local em que se realiza o trabalho impede a alienação em
relação ao que é produzido.
b) as formas flexíveis de trabalho podem aumentar a jornada de trabalho ao
eliminarem a distinção entre tempo livre e tempo de trabalho.
c) as novas tecnologias possibilitaram a flexibilização da jornada de trabalho,
valorizando os direitos trabalhistas.
d) os novos modelos de trabalho resolvem a contradição entre trabalho e lazer.

10. Trazendo um recorte racial, [...] percebemos que pessoas brancas


candomblecistas tendem a sofrer racismo religioso somente quando estão
paramentadas ou quando assumem publicamente sua identidade religiosa. Por outro
lado, no caso da população negra, percebemos que, junto a essa discriminação
religiosa, vem a discriminação racial a partir do fenótipo dessa população.

RODRIGUES, Ozaias da Silva; NYACK. As múltiplas faces do racismo religioso: reflexões


acerca do impacto desse fenômeno em “corpos-macumbeiros”. 32. RBA, 2020.
Disponível em: <https://www.32rba.abant.org.br/>. Acesso em: 11 set. 2022.

O texto exemplifica como o racismo no Brasil


a) ocorre de maneira implícita, buscando incorporar a diversidade étnica e religiosa.
b) envolve a intolerância em relação aos cultos e seitas que não são reconhecidos
oficialmente pelo Estado.
c) está subordinado à desigualdade econômica, permitindo que a discriminação recaia
sobre brancos e negros.
d) está disseminado na sociedade, depreciando modos de vida de matriz africana.

11. O princípio carismático de legitimidade, interpretado em seu sentido original


como autoritário, pode ser reinterpretado como antiautoritário, pois a vigência efetiva
da autoridade carismática repousa, na realidade, inteiramente sobre o
reconhecimento dos dominados condicionado por ratificação [...].

WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos de sociologia compreensiva.


Brasília: Unb, 1994. v. 1. p. 176.

Essa análise sobre a relação entre carisma e democracia reflete a preocupação de Max
Weber em:
a) definir a coerção social e a racionalidade como fundamentos de toda forma de
poder.
b) provar como a burocracia em regimes democráticos nega qualquer crença como
fundamento da dominação.
c) demonstrar como o autoritarismo se torna legítimo ao se basear exclusivamente no
controle violento dos dominados.
d) apresentar como toda forma de dominação necessita de uma justificativa para se
legitimar entre os dominados
12. Quem estiver acompanhando o programa eleitoral gratuito na TV deve ter
percebido como ficou difícil descobrir o partido de cada candidato. As letras miúdas
que aparecem no canto da tela ajudam pouco. Mesmo no material impresso da
campanha, há pouco destaque para o nome e para a logomarca do partido. No rádio, a
lista dos integrantes da coligação é lida em um ritmo tão veloz que, na maior parte das
vezes, é impossível captar todos os partidos. Esse fenômeno, o de ocultar ou mesmo
evitar uma associação entre o candidato e um partido, já vinha ocorrendo em eleições
anteriores, mas foi acentuado na campanha para as eleições municipais deste
domingo.

YASINI, Inayatulhaq. Por que tantos candidatos a prefeito 'escondem' nome e


logomarca de partidos nas campanhas. Terra, 2016. Disponível em:
<https://www.terra.com.br/>. Acesso em: 11 set. 2022.

A ocultação da sigla partidária por candidatos durante a campanha eleitoral evidencia


a) a limitação da participação popular diante da crescente influência de movimentos
sociais e de sindicatos no processo eleitoral.
b) o avanço do domínio da burocracia estatal na definição de agendas políticas e na
escolha de candidatos na disputa eleitoral.
c) o enfraquecimento da capacidade de as instituições partidárias organizarem e
representarem os interesses de parcelas da população.
d) a ampliação do acesso das minorias sociais ao debate público e aos cargos públicos
eletivos.

13. Como considerar pertencente à classe média um taifeiro aposentado entrevistado


pela Folha de S. Paulo se, apesar de ganhar mensalmente R$ 3.400,00, ele sustenta
cinco pessoas? Sua família não tem lazer, ele diz nunca terem ido a um cinema, moram
em rua sem calçamento que, até bem pouco tempo atrás, sequer possuía rede de
esgoto.

YACCOUB, Hilaine. A chamada “nova classe média”. Cultura material, inclusão e


distinção social. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 17, v. 36, p. 197-231,
jul./dez. 2011.

As reflexões em torno da identificação de uma nova classe média remetem ao debate


sobre a definição do conceito de classe social. Nesse caso, é correto afirmar que o
autor do texto define esse conceito pelo(a)
a) estado das relações de produção e pela capacidade de desenvolvimento de uma
consciência de classe.
b) distribuição desigual de renda e pelo acesso a bens duráveis.
c) articulação das dimensões econômicas, simbólicas e culturais.
d) poder de compra de diferentes estratos sociais aliado ao acesso à infraestrutura
urbana.

14. Em pesquisa sobre a participação política dos alunos da Unb, a cientista política
Débora Messemberg apresentou os seguintes resultados: “assume destaque a
baixíssima participação desses universitários em instituições associativas e
representativas. Mais de 87% deles não participam de nenhuma associação nem são
membros de algum conselho, sindicato ou movimento social.”.

MESSEMBERG, Débora. Civitas, Rev. Ciênc. Soc.[online]. 2015, Vol. 15, n.1, Jan-Mar,
pp.1-23

O reduzido interesse por política é considerado um desafio para a democracia, já que a


participação política nesse regime
a) permite a organização da sociedade civil, a fim de garantir as demandas da classe
política.
b) ocorre por meio de eleições censitárias, assegurando o exercício da cidadania
ampliada.
c) estabelece o acesso ao espaço público, limitando o debate argumentativo e
oportunizando o controle sobre os representantes.
d) garante a legitimidade do governo, ao apresentar demandas sociais a serem
observadas na formulação de políticas públicas.

15. “Apenas uma característica, associada à experiência brasileira, ressalta como uma
singularidade: o Brasil é o único país que, além de combinar a proporcionalidade, o
multipartidarismo e o "presidencialismo imperial", organiza o Executivo com base em
grandes coalizões. [...] Fica evidente que a distinção se faz fundamentalmente entre
um "presidencialismo imperial", baseado na independência entre os poderes, se não
na hegemonia do Executivo, e que organiza o ministério com amplas coalizões, e um
presidencialismo "mitigado" pelo controle parlamentar sobre o gabinete e que
também constitui este gabinete, eventual ou frequentemente, através de grandes
coalizões. O Brasil retorna ao conjunto das nações democráticas, sendo o único caso
de presidencialismo de coalizão.”

ABRANCHES, S., 1988. Presidencialismo de Coalizão: o dilema institucional brasileiro.


Dados, 31(1), pp.5-34.

De acordo com o texto, é correto afirmar que o presidencialismo de coalizão é


caracterizado pelo(a)
a) imposição da agenda política do Poder Executivo ao Poder Legislativo por meio de
um sistema bipartidário.
b) enfraquecimento do Poder Legislativo, e a consequente diminuição da capacidade
de controle sobre os atos do Poder Executivo.
c) relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo, estabelecida por
compromissos partidários e com lideranças regionais.
d) formação de um bloco parlamentar com unidade ideológica e programática,
mediada por troca de favores.

16. “Desejo aqui sugerir que o caipira-básico – por assim dizer – passava
normalmente da enxada e do machado para o anzol ou para a espingarda; da foice
para o visgo, a arapuca, a zagaia, o mundéu, como quem circula na mesma atmosfera
contínua pela vida. Compreenderemos esse estado de coisas se considerarmos a
estreita ligação das suas representações religiosas com a vida agrícola, a caça, a pesca
e a coleta, e de ambas com a literatura oral.”

CANDIDO, Antônio. Os Parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira paulista e a


transformação dos seus meios de vida. São Paulo: Duas Cidades, 1979.

Nesse trecho da análise clássica de Antônio Candido sobre as transformações no modo


de vida caipira no interior de São Paulo, o autor destaca
a) a intensificação da divisão do trabalho no meio caipira.
b) a produção ideológica camponesa com base em valores irracionais.
c) a baixa especialização e a reduzida produtividade do trabalho caipira.
d) a relação de continuidade entre a esfera do trabalho e a simbologia caipira.

17. “Depois de meses de tramitação, de intenso debate e de propostas de alteração,


o projeto de lei que instituía o 13º salário, de autoria do então deputado federal Aarão
Steinbruch, entrou na pauta de votação da Câmara dos Deputados [...]. João Goulart,
presidente da República na época e ex-ministro do Trabalho de Getúlio Vargas, sofreu
pressões de empregadores e de sindicatos. De um lado, a ameaça de greve caso o
projeto não fosse aprovado; de outro, previsões de que o benefício aumentaria a
inflação no país. Contudo, naquela noite de segunda-feira, às 21h, o texto do projeto
foi aprovado em sua forma original e, em 13/7/1962, sancionado como a Lei
4.090/1962.”

13º salário: tudo que você precisa saber. Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em:
<https://www.tst.jus.br/13-salario > Acesso em: 6 jun. 2021.

De acordo com o texto, o 13º salário é resultado de um processo social que possui
como característica
a) a expansão de direitos trabalhistas e o protagonismo do movimento dos
trabalhadores.
b) a conciliação de interesses entre o capital e os trabalhadores a partir da expansão
do ideário socialdemocrata.
c) a formação de partidos operários e a desregulamentação do mercado de trabalho.
d) a realização de greves e o controle dos meios de produção pelos sindicatos.

18. “O modelo vigente de regulamentação internacional tem falhado. A Organização


Mundial da Saúde acenou precariamente com sua responsabilidade, dispensando as
primeiras notificações formais da calamidade tardiamente. Quando, finalmente,
começou a organizar sua estratégia, tentando implementar um plano mundial
improvisado, já era tarde demais para milhares de vítimas. O vírus já havia se
espalhado pelo mundo. Em seus domínios estatais supostamente autossuficientes,
alguns líderes preferiram se concentrar em discursos messiânicos, capitalizando a
situação para ganho político local, concentrando-se em manobras que os
beneficiariam nas próximas eleições. Quando a pandemia tomou forma, a negação se
transformou em desespero, que, por sua vez, deu lugar a atos juridicamente tão
terríveis que algumas das principais nações foram acusadas de pirataria internacional
por apreensão ilegal de suprimentos médicos pertencentes a outros Estados.”

MENEZES, Wagner; MARCOS, Henrique J. Bezerra. O Direito Internacional e a


Pandemia. Revista da Faculdade de Direito. Uberlândia, MG. v. 48, n. 2, pp. 43-78,
jul./dez. 2020.

Essa avaliação da relação entre um órgão internacional e os poderes estatais durante a


pandemia da covid-19 expressa
a) a imposição de regulações por parte de órgãos multilaterais em consonância com o
fortalecimento de lideranças locais.
b) a dificuldade enfrentada pelos Estados na resolução de problemas globais,
caracterizando um impasse entre soberania e democracia.
c) o aumento da influência de empresas multinacionais sobre a agenda política local,
garantindo a expansão do livre comércio.
d) o enfraquecimento da soberania dos Estados na regulação da sua economia, dado a
necessidade de atender as demandas eleitorais.

19. “A Teologia da Prosperidade Neopentecostal [...] prega uma ética econômica


voltada para o mundo, onde possuir e ascender são sinais de que Deus, e não o diabo,
age em sua vida. Essa ascensão não se ancora especificamente na disciplina e na
dedicação ao trabalho, mas em uma disposição empreendedora de quem almeja
tornar-se o patrão nas relações de trabalho. Tal disposição de empreender é
alimentada por ritos sacrificiais – como dar o dízimo – que geram expectativas de
prosperidade material no futuro. Os riscos materiais do empreendimento são
considerados atos de fé.”

ALMEIDA, Ronaldo de. A onda quebrada - evangélicos e conservadorismo. Cadernos


Pagu (50), 2017:e175001.

Conforme a definição da Teologia da Prosperidade Neopentecostal, o vínculo entre a


conduta econômica e a ética religiosa, nesse contexto,
a) aponta para o processo de desencantamento do mundo, em que a racionalidade
econômica capitalista se afasta de sua origem religiosa.
b) desvaloriza o lucro como forma de comprovação de uma salvação religiosa,
conforme a tese weberiana.
c) afasta-se da proposição weberiana, segundo a qual a ética protestante valoriza o
trabalho metódico como uma prova de fé.
d) contribui para a manutenção da coesão social, ao separar a ética religiosa do
espírito empreendedor.

20. “O controle social, algo mais amplo do que o controle da ordem pública, parece
ter esgotado suas funções no interior de modelos tradicionais. Por um lado, os
mecanismos de pressão social sobre o comportamento dos indivíduos, que operaram,
sobretudo, na esfera da moralidade, pública e privada, não parecem suscitar nem o
sentimento de medo, sequer o de angústia diante das possibilidades, sempre abertas,
de violação das normas sociais. É como se operasse uma sorte de dissociação entre as
imposições morais e as práticas sociais. [...] Por outro lado, as éticas vocacionais,
muitas delas dotadas de forte inspiração religiosa, que, no passado, asseguravam o
represamento das pulsões e do desejo, se não mais parecem mecanismos sólidos para
conter os conflitos dos indivíduos entre si e com a sociedade, muito menos ainda o são
para evitar as tensões entre coletivos sociais. Está-se em plena era das paixões, sem
que quaisquer interditos ou freios morais subjetivos consigam objetivar a experiência
social.”

ADORNO, Sérgio. Conflitualidade e violência: reflexões sobre a anomia na


contemporaneidade. Tempo soc. [online]. 1998, vol.10, n.1, pp.19-47.

De acordo com os argumentos apresentados no texto, é correto afirmar que a


resolução dos problemas sociais relativos à segurança pública no Brasil envolveria
a) a construção de elementos de controle social no âmbito da sociedade para além da
garantia dos instrumentos repressivos estatais.
b) o respeito ao interesse individual e o domínio da racionalidade como forma de
orientação da conduta.
c) o fim da crise de legitimidade do Estado frente ao aumento da influência de
correntes religiosas no espaço público.
d) o fortalecimento dos laços de solidariedade e a simplificação da legislação de
combate à criminalidade.
Gabarito:

Resposta da questão 1:
[D]

Apenas a alternativa [D] está correta.

A alternativa [A] está incorreta pois o Toyotismo é um tipo de organização da


produção industrial que surgiu na década de 1950 no Japão. Este tipo de organização
não está especialmente relacionado à emergência de sindicatos fortes. Ainda, desde
então, o sistema de produção se modificou enormemente.

A alternativa [B] está incorreta pois apresenta questões que não estão diretamente
relacionadas com a situação apresentada no enunciado. Isto é, o enunciado não trata
sobre flexibilização dos vínculos trabalhistas ou qualificação técnica do trabalhador.

A alternativa [C] está incorreta pois, no Estado de bem-estar social, o trabalho tende a
ser fortemente regulamentado, de forma a garantir direitos e condições de trabalho
adequadas, situação inversa à apresentada no enunciado.

Resposta da questão 2:
[C]

Apenas a alternativa [C] está correta.

A alternativa [A] está incorreta pois o acesso à tecnologia não deve implicar na perda
da identidade indígena.

A alternativa [B] está incorreta pois a integração dos povos indígenas na sociedade
deve ser feita a partir dos critérios e vontades de cada povo, respeitando sua cultura e
modo de vida. Não é possível dizer que o maior obstáculo para essa integração sejam
comunidades que desejam permanecer isoladas. Na verdade, o preconceito e os
interesses comerciais de grandes fazendeiros, garimpeiros e empresários são os
maiores obstáculos a uma integração digna do indígena na sociedade brasileira.

A alternativa [D] está incorreta pois, no contexto apresentado, a própria ideia de


“aculturação” é preconceituosa, na medida em que significa que indígenas devam se
afastar de sua cultura e adaptar-se à cultura branca.

Resposta da questão 3:
[A]

Apenas a alternativa [A] está correta.

A alternativa [B] está incorreta pois o texto não afirma que a violência contra a mulher
tenha sido sempre visível. Ao contrário, sugere que foi a luta feminista que tornou essa
violência conhecida publicamente.
A alternativa [C] está incorreta pois o texto não afirma que a violência de gênero esteja
restrita ao ambiente doméstico.

A alternativa [D] está incorreta pois o texto não menciona a condição da mulher no
mercado de trabalho como um fator que reforça a dissimetria entre os papéis de
gênero.

Resposta da questão 4:
[D]

Apenas a alternativa [D] está correta.

A alternativa [A] está incorreta pois o texto não sugere que os atores da sociedade civil
utilizam os média para enfraquecer a capacidade de representação dos partidos
políticos ou os poderes do Estado. Ao contrário, ele destaca a capacidade de
influenciar a agenda política por meio dos meios de comunicação.

A alternativa [B] está incorreta pois o texto não sugere que os atores da sociedade civil
procuram controlar a mídia, mas sim que utilizam os meios de comunicação para
alcançar uma audiência mais ampla e influenciar a agenda pública.

A alternativa [C] está incorreta pois o texto não menciona a mobilização dos atores da
sociedade civil para definir a posição da burguesia na esfera pública.

Resposta da questão 5:
[D]

Apenas a alternativa [D] está correta.

A alternativa [A] está incorreta pois a modernização do processo de produção, por si


só, não garante melhores condições de trabalho.

A alternativa [B] está incorreta pois não se trata de melhorar a qualificação do


trabalhador, mas sim as suas condições de trabalho, seja este qualificado ou não.

A alternativa [C] está incorreta pois a flexibilização das regulamentações trabalhistas é


a principal causa de condições de trabalho precárias e análogas à escravidão. Isto é,
este problema só pode ser combatido com o aumento da regulamentação trabalhista e
de sua fiscalização.

Resposta da questão 6:
[B]

Apenas a alternativa [B] está correta.


A alternativa [A] está incorreta pois o relativismo cultural é uma corrente que
considera que não existem cultural superiores ou avançadas, na medida em que cada
cultura só pode ser compreendida a partir de seus próprios conceitos e ideias. Assim, o
relativismo não ignora a diversidade étnica.

A alternativa [C] está incorreta pois, de uma perspectiva racista, não faria sentido falar
em “pacificar” indígenas “civilizados”, na medida em que a pacificação era direcionada
aos indígenas considerados “selvagens” ou “rebeldes”. Deve-se ter em mente, no
entanto, que todos esses conceitos possuem forte conotação racista.

A alternativa [D] está incorreta pois o poder colonizador encontrou enorme resistência
indígena em todo o território nacional. Atualmente, é consenso na historiografia que
os indígenas resistiram, sempre que puderam, à dominação colonial.

Resposta da questão 7:
[A]

Apenas a alternativa [A] está correta.

A alternativa [B] está incorreta pois o trecho não problematiza a extensão legal dos
direitos humanos e defende, inclusive, que essa extensão deveria corresponder à
aplicação e garantia de direitos que a população possui na realidade.

A alternativa [C] está incorreta pois o trecho enfatiza que, no que diz respeito ao
campo jurídico-formal, os direitos humanos estão assegurados. O problema está na
realidade efetiva, em que muitas vezes tais direitos não são garantidos.

A alternativa [D] está incorreta. O trecho não afirma que os direitos humanos se
baseiam em princípios abstratos.

Resposta da questão 8:
[C]

Apenas a alternativa [C] está correta. Em “A preeminência da não direita”, Hertz


reflete sobre como os costumes e hábitos de uma sociedade se tornam soberanos.
Assim, a desteridade normativa (pessoas destras serem consideradas como “normais”
e canhotos serem “desviantes) é vista como um fato social. Deve-se ter em mente que
o conceito de “fato social” é elaborado por Durkheim para oferecer à sociologia uma
objetividade científica.

A alternativa [A] está incorreta pois Hertz não considera que a livre associação entre
indivíduos é causa da coerção social. Nem ao menos Durkheim, para quem a
associação entre indivíduos é resultado da divisão social do trabalho, produzindo
solidariedade entre os membros de uma sociedade.

A alternativa [B] está incorreta pois Hertz e Durkheim não consideram que os fatos
sociais geram anomia social. Além disso, para ambos, a análise dos fatos sociais não é
moral, mas sim objetiva, portanto não faz sentido falar em “preconceitos”. Para a
teoria durkheimiana, a anomia social é resultado da falta de normas e regras morais
em uma sociedade.

A alternativa [D] está incorreta pois, tanto para Durkheim quanto para Hertz, a vida
social não está subordinada à dimensão biológica.

Resposta da questão 9:
[B]

Apenas a alternativa [B] está correta. As transformações no mundo do trabalho estão


tornando a distinção entre “tempo livre” e “tempo de trabalho” cada vez mais
complexa, na medida em que o trabalhador pode estar em casa com sua família e,
ainda assim, estar trabalhando através de um computador ou celular, por exemplo.

A alternativa [A] está incorreta pois, em primeiro lugar, a liberdade de escolha é


apenas aparente, na medida em que o trabalhador não tem opção a não ser vender
sua força de trabalho para conseguir sobreviver. Em segundo lugar, mesmo que o
trabalhador escolha onde irá trabalhar, estará sendo explorado e, portanto, alienado.
Na prática, o trabalhador apenas pode escolher onde será alienado.

A alternativa [C] está incorreta pois a flexibilização da jornada de trabalho representa,


na prática, contratos de trabalho mais fracos, que não garantem aos trabalhadores
direitos trabalhistas.

A alternativa [D] está incorreta. Os novos modelos de trabalho podem confundir as


noções de trabalho e lazer, porém a contradição permanece, na medida em que o
tempo de lazer é tempo de se preparar para o trabalho e o tempo de trabalho é tempo
de ser explorado.

Resposta da questão 10:


[D]

Apenas a alternativa [D] está correta.

A alternativa [A] está incorreta pois o racismo no Brasil ocorre de forma implícita e
explícita. Ainda, o racismo é responsável por dificultar ou impedir o respeito à
diversidade étnica e religiosa.

A alternativa [B] está incorreta pois, no Brasil, as religiões de matriz africana são
reconhecidas pelo Estado e a liberdade religiosa é um direito constitucional. Neste
caso, o racismo se manifesta não no campo jurídico-legal, mas sim na aplicação das leis
e na realidade objetiva vivida pela população.

A alternativa [C] está incorreta. O racismo está relacionado à desigualdade econômica


na medida em que a raça muitas vezes determina a maneira como os indivíduos
experenciam a classe, isto é, um homem negro e rico é tratado de maneira diferente
do que um homem branco e rico. Esta relação, portanto, é mais complexa do que
simples subordinação.

Resposta da questão 11:


[D]

Apenas a alternativa [D] está correta.

A alternativa [A] está incorreta pois, para Weber, poder é a capacidade de um


indivíduo realizar as suas vontades mesmo que seja contra a vontade de outro
indivíduo. Mas nem sempre o poder é coercitivo, como no caso em que há autoridade.
A autoridade, para Weber, se baseia no fato de que quem dá as ordens possui
legitimidade diante dos demais e, por isso, tem suas ordens aceitas sem oposição.
Assim, o poder autoritário é um exemplo de poder legítimo e não coercitivo.

A alternativa [B] está incorreta pois, para Weber, a autoridade racional-legal, da qual a
burocracia é o maior exemplo, baseia-se na crença nas leis, na ordem e nos títulos de
quem exerce a dominação.

A alternativa [C] está incorreta pois o autoritarismo é legítimo justamente porque não
depende da coerção ou força física. A autoridade se estabelece justamente porque os
dominados reconhecem a sua legitimidade, não se opondo às suas ordens/vontades.

Resposta da questão 12:


[C]

Apenas a alternativa [C] está correta. A ocultação da sigla partidária por candidatos
durante a campanha eleitoral é uma escolha estratégica diante de uma realidade em
que os partidos políticos são cada vez mais vistos como “insuficientes”, “fracos” ou
“todos iguais ou corruptos” por uma parcela significativa da população. Assim, os
candidatos investem, cada vez mais, no chamado “personalismo” da política,
enfatizando a própria história e atuação em detrimento do pertencimento partidário.

A alternativa [A] está incorreta pois não é possível afirmar que haja uma crescente
influência de movimentos sociais e de sindicatos no processo eleitoral.

A alternativa [B] está incorreta pois não é possível afirmar que a burocracia estatal
exerça domínio sobre a escolha dos candidatos.

A alternativa [D] está incorreta pois as minorias sociais ainda enfrentam enormes
dificuldades para acessar o debate público e ocupar cargos públicos eletivos.

Resposta da questão 13:


[C]

Apenas a alternativa [C] está correta.


A alternativa [A] está incorreta pois o trecho não enfatiza as relações de produção ou a
consciência de classe para questionar o pertencimento do taifeiro à classe média.

A alternativa [B] está incorreta pois, ainda que a distribuição desigual de renda seja um
fator, o trecho enfatiza o acesso à cultura, além da manutenção de uma família, não
mencionando especificamente bens duráveis.

A alternativa [D] está incorreta pois, seguindo a argumentação do trecho, o poder de


compra de diferentes estratos sociais não seria suficiente para definir o pertencimento
de classe.

Resposta da questão 14:


[D]

A afirmativa correta é a [D]. A democracia é um regime que pressupõe a participação


do povo. Caso isso não ocorra, abre-se caminho para que este se torne um governo
dominado por uma minoria ou que defenda interesses de somente poucos setores da
sociedade.

Resposta da questão 15:


[C]

O presidencialismo de coalizão corresponde a uma forma de organização entre


poderes no Brasil no qual o poder executivo governa a partir de alianças
pluripartidárias que distribuem cargos e emendas para partidos aliados no poder
legislativo.

Resposta da questão 16:


[D]

Antônio Candido é uma das principais referências dos estudos de sociologia brasileira.
O trecho selecionado revela uma forma de compreensão da realidade que parte das
relações materiais com as coisas, com o trabalho e com o espaço, exatamente como
descreve a alternativa [D].

Resposta da questão 17:


[A]

Os direitos trabalhistas são resultado da conjugação complexa entre lutas dos


trabalhadores e múltiplos interesses econômicos e políticos que orientam as políticas
públicas no Brasil, exatamente como descreve o texto da questão e a alternativa [A].

Resposta da questão 18:


[B]

O equilíbrio entre os interesses particulares dos Estados Nacionais e a construção de


uma agenda global de enfrentamento de problemas complexos, como a pandemia de
Covid-19, é bastante precário. Nesse sentido, impasses como aquele entre soberania e
democracia, apontado no texto da questão, infelizmente reforçam uma situação que
costuma prejudicar as nações e pessoas mais vulneráveis.

Resposta da questão 19:


[C]

A Teologia da Prosperidade Neopentecostal, ao valorizar uma disposição


empreendedora e não o trabalho metódico, distancia-se da ética protestante descrita
por Max Weber.

Resposta da questão 20:


[A]

A afirmativa [A] é a única correta. No texto de Sérgio Adorno está descrito um


diagnóstico de que as instituições repressivas não são mais capazes de impedir a
violência e as tensões sociais.

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